Os crustáceos são animais invertebrados aquáticos com exoesqueleto e apêndices. Incluem camarões, lagostas e caranguejos. Podem viver em ambientes marinhos e de água doce. Têm corpo segmentado e exoesqueleto de quitina que mudam periodicamente. Alimentam-se de forma variada dependendo da espécie.
2. Crustáceos
Os crustáceos são animais invertebrados. O
grupo é bastante numeroso e diversificado e
inclui cerca de 20 000 espécies descritas. A
maioria dos crustáceos são organismos
marinhos, como as lagostas, camarões e
caranguejos que vivem enterrados nas
areias da ria formosa , mas também existem
crustáceos de água doce, e mesmo
crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
3. Onde Vivem?
Podem encontrar-se crustáceos em
praticamente todos os ambientes do
mundo, desde as fossas abissais dos
oceanos até glaciares e lagoas
temporárias dos desertos.
4. Anatomia
Os crustáceos (do latim crusta = carapaça
dura) têm um exosqueleto de quitina e
outras proteínas, ao qual se prendem os
músculos.
Para poderem crescer, estes animais têm
de se desfazer do exosqueleto "apertado"
e formar um novo, a muda ou ecdisa.
5. Continuação
Por esta razão, foi formado um grupo
sistemático para englobar todos os
animais que mudam o exosqueleto, os
Ecdysozoa, que inclui os artrópodes, os
nemátodes, os Nematomorpha, os
Tardigrada, os Onychophora e os Esse
exoesqueleto é também apropriado para
que esses animais não se desidratem
quando estão expostos ao sol.
6. Como são?
Os crustáceos têm, geralmente, o corpo segmentado
como os anelídeos, com um par de apêndices em
cada segmento. O corpo é geralmente dividido em
cabeça, tórax e abdómen; a fusão de segmentos é
comum e, em certos grupos de crustáceos, a cabeça
e o tórax encontram-se fundidos no que geralmente
se chama o cefalotórax que é a região recoberta pela
carapaça (espessamento sobre o exoesqueleto).
Tipicamente, apresentam dois pares de antenas
(primeiro par: antênula; segundo par: antena) na
cabeça, pelo menos na fase larval, olhos
pedúnculados, três pares de apêndices bucais e um
télson no último segmento abdominal.
7. Alimentação
Existe uma grande variedade de hábitos
alimentares nos crustáceos, podendo ser
filtradores de matéria orgânica em
suspensão, carnívoros, herbívoros,
saprófagos. Comumente, determinados
apêndices torácicos adaptaram-se para a
coleta de alimento, predação ou consumo
de suspensão. A boca é ventral e o trato
digestivo quase sempre reto.
8. Excreção
A excreção é feita pelas glândulas
antenais ou glândulas verdes, em
conjunto com as glândulas maxilares; são
glândulas de igual função e estrutura,
diferindo apenas na posição em que
abrem seus poros. Também existem
nefrócitos, que são células que fagocitam
os excretas e fazem sua degradação
intracelularmente. A principal excreta
nitrogenada produzida é a amônia.1
9. Reprodução
A maioria dos crustáceos é dióica, eles tem sexos
separados, existem apêndices especializados para a
reprodução; por exemplo, em decápodos podem se
distinguir um par anterior de pleópodos como tendo
função copulatória. Os ovários são semelhantes aos
testículos em estrutura e localização. Algumas
espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não
só em termos do tamanho, mas também de outras
características: no caranguejo de mangal, Scylla
serrata, uma espécie abundante da região indo-
pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o
abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos
com maior segurança.
10. Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é
importante mencionar os principais apêndices
de um crustáceo típico, localizados dos lados
de cada segmento e cujo número e aspecto
são usados para a sua identificação.
Na cabeça:
olhos geralmente compostos, como os dos
insetos, mas colocados num pedúnculo, pod
endo mover-se;
11. antênulas ou 1as antenas (um par);
antenas ou 2as antenas (um par);
mandíbula ou 1a maxila (um par);
maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois
pares);