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OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS DO FUTURO JÁ ALCANÇADOS NOS MEIOS
DE TRANSPORTE TERRESTRE, HIDROVIÁRIO, AÉREO E ESPACIAL
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo apresentar o estado da arte dos avanços tecnológicos do
futuro já alcançados pela humanidade nos meios de transporte terrestre, hidroviário, aéreo
e espacial. A elaboração deste artigo foi motivada pelo interesse demonstrado por vários
leitores do artigo de nossa autoria O futuro dos meios de transporte terrestre, hidroviário,
aéreo e espacial que nos solicitaram que apresentasse as inovações já realizadas nesses
setores de transporte que estão em curso e fazem com que elas já apontem o nascimento
das mudanças que ocorrerão no futuro. Este artigo apresenta os avanços tecnológicos em
curso relacionados com o desenvolvimento de carros elétricos, carros autônomos, carro
voador elétrico, drones e veículos aéreos não tripulados, Hyperloop no transporte
ferroviário com o trem que levita e praticamente voa dentro de um túnel a vácuo, rodovias
inteligentes, ITS (Intelligent transportation Systems) que possibilita monitorar em tempo
real tudo o que acontece no sistema de ônibus, nas ferrovias e rodovias, hidrogênio verde
como novo combustível limpo a ser usado nos meios de transporte, navios movidos a
energia eólica, navios movidos a energia solar, navios autônomos, aviões hipersônicos e
supersônicos, avião elétrico, avião autônomo, avião Flying-V, foguete espacial com
fusão nuclear, motor íônico para foguete espacial e propulsão Bussard para naves
espaciais. Os exemplos apresentados nos próximos parágrafos deixam evidenciados os
avanços tecnológicos do futuro já alcançados pela humanidade nos meios de transporte
terrestre, hidroviário, aéreo e espacial.
Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte terrestre
Poucas áreas são tão dinâmicas quanto o mercado de carros elétricos. Os carros elétricos
já estão nas ruas do Brasil e do mundo. Em comparação com 2019, triplicou o percentual
de carros elétricos no mundo em 2021. Em 2019, 2,2 milhões de carros elétricos foram
vendidos no mundo, representando apenas 2,49% das vendas globais de automóveis. Em
2021, as vendas de carros elétricos mais que dobraram, para 6,6 milhões, representando
8,57% do mercado global de carros e mais do que triplicando sua participação de mercado
em relação a dois anos antes. Todo o crescimento líquido nas vendas globais de veículos
em 2021 veio de carros elétricos. Em todo o mundo, 10% dos carros vendidos em 2022
foram modelos 100% elétricos, de acordo com uma análise de dados da Agência de
Internacional Energia (IEA) sendo dez vezes mais do que há cinco anos.
Considerados como veículos do futuro, muitos carros autônomos já estão presentes no
trânsito de algumas cidades ou rodovias no mundo em testes que já demostram o
comportamento real desses sistemas. Uma das empresas que se dedica fortemente a esse
movimento é a General Motors (GM) que irá investir US$ 35 bilhões até 2025 no
desenvolvimento de tecnologias que envolvem esses “carros robôs”. A visão da GM é de
um futuro com zero acidente, zero emissão e zero congestionamento. Para isso, investiu
US$ 35 bilhões até 2025 em três importantes tecnologias de mobilidade: os
veículos autônomos, os veículos elétricos e os veículos conectados. Dessa forma, em
2017 foi lançado o Super Cruise, o primeiro sistema global de auxílio à condução
autônoma em rodovias. Em 2020, a GM apresentou o Cruise Origin, um veículo nível
máximo de autonomia, sem volante ou pedal. Há décadas, a GM oferece para seus carros
sistemas que auxiliam o motorista, como é o caso do assistente de permanência na faixa,
que alerta e é capaz de fazer correções no volante na tentativa de manter o veículo na
faixa em caso de distração, entre outros exemplos de recursos. Carros robôs ou autônomos
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já fazem parte da mobilidade urbana no mundo. Veículos sem volante ou pedal já rodam
nas cidades ou estradas de países como os Estados Unidos e outros, muitos deles com
passageiros a bordo.
A Embraer vai produzir no Brasil um carro voador elétrico em parceria com a Eve Airmobility.
A expectativa é de que os primeiros veículos, chamados eVTOLs (aeronaves de decolagem e
aterrissagem vertical elétrica, na sigla em inglês), sejam lançados em 2026. A Joby Aviation
fez o primeiro voo de um eVTOL em Nova York, nos Estados Unidos. A empresa já produziu
uma aeronave para a Força Aérea dos Estados Unidos e deve entregar a segunda unidade neste
ano, mas os voos comerciais só devem começar em 2025. A empresa brasileira GoHobby,
especializada na comercialização de drones e veículos aéreos não tripulados, anunciou
recentemente a chegada do E-Hang 216-S ou “carro voador”, capaz de operar sem precisar
de piloto. O veículo é mais um dos modelos da chinesa E-Hang, que vem expandindo sua
atuação no mercado global por meio de parcerias com companhias de vários países.
Um audacioso projeto de transporte ferroviário que desafia a gravidade está ganhando
impulso na Europa, prometendo revolucionar as viagens: o Hyperloop. Trata-se de um
trem que levita e praticamente voa dentro de um túnel a vácuo. Essa inovação tem o
potencial de encurtar os tempos de viagem em até um quarto do atual. A tecnologia se
manifesta a partir de um sistema de tubos hermeticamente fechados, elevados do solo,
que transportam módulos capazes de carregar pessoas e cargas em altas velocidades. Esse
método de levitação, que combina a força do ar e a atração magnética, não apenas permite
velocidades surpreendentes. Ele também gera resistência mínima ao movimento das
correntes de ar, fazendo com que haja baixo consumo de energia. Os trens de alta
velocidade utilizam tecnologia de levitação magnética, ou Maglev. Nesse sistema, os
trens não rodam, levitam. Graças a potentes imãs chamados magnetos, o trem não toca
no trilho. A China já possui trem-bala sem condutor que viaja a 350km/h.
A China celebra a estreia do primeiro trem sem trilhos do mundo, uma inovação que
promete transformar o transporte urbano. O lançamento ocorreu em Zhuzhou, na
província de Hunan, marcando um marco importante para a mobilidade sustentável.
Criado pela CRRC Corporation, um dos maiores fabricantes de trens do mundo, o
Autonomous Rail Rapid Transit (ART) é visto como um avanço pioneiro no transporte
público. Equipado com tecnologia de ponta, o trem sem trilhos se destaca como uma
grande inovação no setor. O trem sem trilhos opera através de tecnologia sensorial
avançada, seguindo trajetos mapeados na estrada. Inicialmente, o trem possui três vagões,
mas planeja-se que ele possa transportar até cinco vagões em uma fase posterior de
expansão. A CRRC Corporation inovou ao utilizar rodas de borracha com núcleo de
plástico, um modelo inédito no mercado. Estima-se que o trem sem trilhos tenha uma vida
útil de aproximadamente 25 anos. Com 32 metros de comprimento, o trem tem capacidade
para transportar até 300 passageiros de uma vez. Funcionando com eletricidade, o trem
sem trilhos consegue percorrer 25 km após apenas 10 minutos de carregamento. Ele pode
atingir uma velocidade máxima de 70 km/h. Em vez de trilhos físicos, o trem segue linhas
pontilhadas pintadas na estrada, com 3,75 metros de largura. O trem possui sensores
avançados que detectam o pavimento e coletam informações essenciais da viagem. Com
um design inovador, o trem sem trilhos é considerado uma evolução do ônibus público
tradicional, assemelhando-se mais a um bonde.
A China tem mais de 3.500 quilômetros de rodovias inteligentes. A rodovia inteligente é
um novo tipo de rodovia que utiliza a moderna tecnologia da informação e digitalização.
3
Rodovias inteligentes deixam de ser conceito futurista e começam a virar realidade
no Brasil. Essas são apenas algumas das tecnologias que já são vistas nas rodovias
brasileiras, de acordo com dados do DNIT (Departamento Nacional de Transportes
Terrestres). Com uma imensa variedade de inovações, as rodovias poderão ser atualizadas
com tecnologias de comunicação, iluminação e transmissão de energia, melhorar a
segurança e a eficiência, ajudando a transformar a experiência de direção do motorista,
além de conectar diversos tipos de dispositivos, como sensores de velocidade, sensores
acústicos, câmeras de CFTV IP, semáforos inteligentes, sistemas de monitoramento de
condições, clima e sinalização digital. O ITS (Intelligent transportation Systems), que
possibilita monitorar em tempo real tudo o que acontece no sistema de ônibus e criar uma
interface com outros modais de mobilidade urbana, é largamente aplicado nas grandes
cidades do mundo, nas ferrovias e rodovias de muitos países avançados
tecnologicamente. Este é o caso do Rio de Janeiro com o uso do ITS na operação do VLT
(Veículo leve sobre trilhos) que opera nesta cidade.
O hidrogênio, que é considerado pela Agência Internacional de Energia (AIE) como o
combustível do futuro, sua utilização pela indústria já acontece há muito tempo. Este gás
foi usado como combustível desde o começo do século XIX em carros, dirigíveis e naves
espaciais. A Austrália, maior país da Oceania, lidera os planos de produção do hidrogênio
verde, novo combustível limpo com propostas para a construção de 5 megaprojetos em
seu território, graças aos seus vastos recursos energéticos renováveis, especialmente
energia eólica e solar. O maior projeto de hidrogênio da Austrália e do mundo é o Asian
Renewable Energy Hub, em Pilbara, na Austrália Ocidental, onde está prevista a
construção de uma série de eletrolisadores da água com capacidade total de 14 GW. A
previsão é de que o projeto de US$ 36 bilhões esteja pronto até 2027-28. A petrolífera
anglo-holandesa Shell lidera junto com outros desenvolvedores o projeto NortH2 no
Porto do Ems, no norte da Holanda, que prevê a construção de pelo menos 10 GW de
eletrolisadores da água. A meta é ter 1GW até 2027 e 4GW até 2030, utilizando a energia
eólica offshore. A Alemanha também tem seus próprios projetos de hidrogênio verde em
território nacional. O maior é o AquaVentus, na pequena ilha de Heligoland, no Mar do
Norte. O plano é construir ali 10 GW de capacidade até 2035.
A China é o maior produtor mundial de hidrogênio, mas até agora usou hidrocarbonetos
para gerar quase toda essa energia. No entanto, o país está dando agora os primeiros
passos no mercado de hidrogênio verde com a construção de um megaprojeto na
Mongólia Interior (região autônoma da China), no norte do país. O projeto é liderado pela
concessionária estatal Beijing Jingneng, que investirá US$ 3 bilhões para gerar 5 GW a
partir de energia eólica e solar. A previsão é que o projeto fique pronto ainda neste ano.
A Arábia Saudita, possuidora das maiores reservas de petróleo do mundo, também planeja
entrar no mercado de hidrogênio verde, com o projeto Helios Green Fuels. Ele será
baseado na "cidade inteligente" futurística de Neom, às margens do Mar Vermelho, na
província de Tabuk, no noroeste do país. A previsão é de que o projeto de US$ 5 bilhões
instale 4 GW de eletrolisadores da água até 2025. O Chile, considerado uma das mecas
da energia solar, foi o primeiro da América Latina a apresentar uma "Estratégia Nacional
de Hidrogênio Verde" em novembro de 2020. É também a única nação latino-americana
com dois projetos em desenvolvimento: o HyEx, da empresa francesa de energia Engie e
da empresa chilena de serviços de mineração Enaex; e o Highly Innovative Fuels (HIF),
da AME, Enap, Enel Green Power, Porsche e Siemens Energy. O primeiro, com sede em
Antofagasta, no norte do Chile, usará energia solar para abastecer eletrolisadores da água
de 1,6 GW. Um teste piloto inicial planeja instalar 16 MW até 2024. O projeto HIF, no
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extremo oposto do Chile, na Região de Magalhães e da Antártida Chilena, usará energia
eólica para gerar combustíveis à base de hidrogênio. O projeto piloto utilizará um
eletrolisador de 1,25 MW e nas fases comerciais será superior a 1 GW.
Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte hidroviário
Um navio de carga Pyxis Ocean, que saiu da China e se move por energia eólica, zarpou
em sua primeira viagem, com destino final no Brasil. A embarcação é equipada com velas
especiais, que visam reduzir o consumo de combustível e, por consequência, a pegada de
carbono. O Pyxis Ocean é o primeiro teste da tecnologia no mundo. As velas especiais
têm 37,5 metros e, para serem mais duráveis, são construídas com o mesmo material das
turbinas eólicas. O uso das velas reduz em 30% as emissões de carbono de um navio de
carga. Um consórcio sueco liderado pela Wallenius Marine, desenvolveu o Oceanbird,
um navio cargueiro transatlântico para veículos movidos a energia eólica (Wind Powered
Car Carrier - wPCC). O Oceanbird tem um conjunto de cinco velas de aço que mais se
parecem com as asas de um avião. Quando içadas, as velas alcançam uma altura de até
105 metros acima do nível do mar e são utilizadas para capturar a força do vento e
impulsionar o navio no oceano. Após um ano e meio de viagem, o navio PlanetSolar
completa a primeira volta ao mundo feita por uma embarcação movida a energia solar. O
navio tem uma superfície que serve como "gerador solar", tornando possível que possa
continuar navegando, inclusive, sem insolação direta, pois a energia produzida é
armazenada em uma bateria.
Um barco de US$ 10 milhões movido a energia solar coberto com 200 metros quadrados
de painéis solares, modelo criado pela polonesa Sunreef se destaca pela sua configuração
inovadora que combina propulsão elétrica e energia solar. Suas baterias alimentam dois
motores de 180 kW cada e os painéis solares podem gerar até 40 kWp (quilowatt-pico).
Se preferir, é possível adicionar um sistema de propulsão híbrida. Segundo a fabricante,
o 80 Power Eco vem equipado com baterias 30% mais leves do que as convencionais, o
que, combinado com a energia solar, oferece um alcance quase ilimitado. Um barco
movido à energia solar é atração nas águas do Rio Mimoso, em Bonito no Estado do Mato
Grosso do Sul. Com motor elétrico, veículo é silencioso e abastecido 100% com energia
limpa. Seu modelo é o Safari 7.0 M, equipado com duas solares adaptadas para operar o
motor elétrico e capacidade para 15 pessoas sentadas. As vantagens são inúmeras. Além
de silencioso, o barco é movido a energia 100% limpa.
O primeiro navio autônomo do mundo está pronto para começar sua viagem de estreia,
cruzando o oceano Atlântico de Plymouth, na Inglaterra, até a cidade de mesmo nome em
Massachusetts, nos Estados Unidos. O Mayflower 400 não foi feito para transportar
pessoas, mas sim para realizar pesquisas sobre a poluição marinha e rastrear mamíferos
aquáticos durante o trajeto que pode levar até três semanas para ser concluído. O navio é
um projeto desenvolvido pela organização de pesquisas marinhas ProMare e conta com a
tecnologia da IBM para atravessar os mais de cinco mil quilômetros que separam as duas
cidades. A embarcação tem 15 metros de comprimento e pesa pouco mais de nove
toneladas. A energia é garantida por painéis solares instalados na parte de cima e por um
motor a diesel. Todo o sistema de dirigibilidade do Mayflower 400 é automatizado, desde
o leme robótico até os geradores de eletricidade.
Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte aéreo
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A Boeing apresentou, em junho de 2018, um conceito de avião hipersônico que poderia
ser utilizado tanto para o transporte civil de passageiros como para uso militar.
Velocidades hipersônicas são aquelas superiores a cinco vezes a velocidade do som, o
equivalente a pelo menos 6.100 km/h. A Virgin Galactic e a Rolls-Royce assinaram
uma parceria em 2023 para o desenvolvimento de um jato supersônico capaz de atingir
até três vezes a velocidade do som, o equivalente a 3.700 km/h. Um voo entre Londres
e Nova York poderia ser feito em apenas uma hora e meia, sendo duas horas a menos
do que o gasto pelo Concorde. A Virgin Galactic está projetando a aeronave para uma
variedade de cenários operacionais, incluindo serviços para passageiros em rotas de
aviação comercial de longa distância. A aeronave decolaria e aterrissaria como qualquer
outra aeronave de passageiros e espera-se que se integre à infraestrutura aeroportuária
e no espaço aéreo internacional existentes em todo o mundo.
A Nasa e a Lockheed Martin trabalham em conjunto para o desenvolvimento de um
avião supersônico, o X-59, que seja mais silencioso que os modelos já usados no
passado. O forte barulho impedia que o Concorde voasse a velocidades supersônicas
sobre continentes. O avião só podia ultrapassar a velocidade do som quando sobrevoava
os oceanos. O novo avião é um dos projetos mais avançados da atualidade. O X-59 já
foi liberado para a fase final de montagem e há a expectativa de que ele possa realizar
seu voo inaugural ainda neste ano. O projeto tem potencial para criar uma nova era nas
viagens supersônicas. Outro projeto em estágio avançado de desenvolvimento é da
startup Boom. A empresa apresentou, em 2023, uma aeronave em escala reduzida para
os primeiros testes. A versão final do avião deverá ter capacidade para 55 passageiros
e atingir até 2,2 vezes a velocidade do som, ou 2.700 km/h. A fabricante afirma que o
objetivo é criar um avião que seja viável para as companhias aéreas. O preço das
passagens será equivalente a um bilhete de classe executiva. O objetivo é fazer voos de
alta velocidade acessível para todos. A Aerion Supersonic tem um projeto de jato
executivo supersônico, que teria capacidade para 12 passageiros, atingiria até 1,4 vez a
velocidade do som, ou 1.700 km/h, e alcance de 7.800 quilômetros de distância. Assim
como já ocorria no Concorde, o avião, AS2, só poderá romper a barreira do som sobre
os oceanos. Sobrevoando áreas terrestres, o avião voará abaixo da velocidade do som.
Projetado pela estadunidense Bye Aerospace, o eFlyer 800 é uma aeronave elétrica que
será fabricada para concorrer no mercado de aviação regional e executiva, com
capacidade máxima para oito passageiros. Segundo a empresa, ele operará até um teto
máximo de 10.600 metros, alcance de 920 km e com velocidade de cruzeiro máxima de
590 km/h. O Alice é um jato executivo elétrico projetado pela Eviation Aircraft para
viagens curtas e operação de rotas regionais de até 800 quilômetros. Seu teto operacional
é de até 9 mil metros e sua capacidade máxima é de 11 passageiros, sendo dois deles
tripulantes. O peso máximo de decolagem é de pouco mais de 7 mil quilos e a velocidade
de cruzeiro é de 400 km/h. Para o carregamento das baterias dos dois motores elétricos,
será necessária uma estação de carregamento específica para a aeronave. O Velis Electro
é um avião elétrico desenvolvido pela Pipistrel Aircraft para treinamento de pilotos e
missões militares curtas, sendo o primeiro modelo a ser certificado como 100%
elétrico. Fabricado pela empresa eslovena Pipistrel Aircraft, este modelo leve tem
números interessantes para seu tamanho e proposta. O motor elétrico de 78 cavalos é
movido por uma bateria de íons de lítio de 11 kW/h, fazendo com que ele atinja uma
velocidade máxima de 181 km/h.
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Atualmente, a Embraer, fabricante brasileira de aviões, está empenhada no
desenvolvimento de seu "carro voador" para passageiros, mas não abandonou seu projeto
de avião elétrico, que ainda não foi batizado, mas que foi um dos primeiros protótipos no
mundo. A aeronave, que é feita sob o EMB-203 Ipanema, está em desenvolvimento em
parceria com a multinacional energética EDP Smart, de Portugal. A empresa alemã
Lilium fez recentemente o primeiro teste de voo bem-sucedido com o seu avião elétrico,
que incluiu as capacidades de decolagem e pouso verticais (eVTOL). O avião também é
capaz de executar manobras mais complexas, como a transição do modo pairado para voo
horizontal com sustentação alar. Um dos diferenciais mais importantes dessa aeronave
elétrica em relação aos aviões tradicionais com a mesma capacidade, que dependem de
rotores, é a simplicidade do projeto do Lilium Jet. Trata-se de uma aeronave leve,
potenciada por 36 motores a jato elétricos que, montados nas asas via 12 flaps móveis,
fornecem empuxo quase instantâneo em todas as direções. Durante a decolagem, os flaps
apontam para baixo, proporcionando sustentação vertical. Uma vez no ar, eles voltam aos
poucos à posição horizontal, permitindo o deslocamento da aeronave no sentido paralelo
ao horizonte. Isso torna desnecessários os controles de superfície, como leme, ailerons
(as partes móveis das asas) e cauda.
Embraer e Eve testam tecnologias de voo autônomo em operação no Rio de Janeiro.
A Embraer concluiu uma série de voos experimentais voltados para avaliação de novas
tecnologias de sistemas autônomos em condições reais de voo. Os ensaios realizados no
Rio de Janeiro têm o objetivo de viabilizar operações autônomas seguras em ambientes
urbanos complexos. A coleta de dados e avaliação em tempo real dessas tecnologias em
área urbana utilizou um helicóptero pilotado como parte do Projeto de Sistemas
Autônomos da Embraer (Project EASy) que utiliza processos ágeis de testes para o
desenvolvimento de soluções que possam impulsionar a aviação autônoma do futuro. O
interior do Cessna 208 passou por uma reforma cujo resultado é um avião que taxia,
decola, manobra no ar e pousa sem piloto. Não há nada de especial no avião de carga de
11,5m de comprimento que sobrevoou o norte da Califórnia no mês passado. Maquinário
e software que permitem à nave voar sozinha vêm de uma startup chamada Reliable
Robotics, que passou quatro anos trabalhando em voos autônomos. A empresa tem ao
todo dois aviões, mas o plano de longo prazo é encher os céus de aeronaves sem piloto
transportando carga e passageiros.
A Airbus está trabalhando em propulsão híbrida-elétrica entre as opções para reduzir
emissões de poluentes de aviões a jato. Até agora, a Airbus divulgou principalmente o
hidrogênio como a fonte de energia preferida para futuros aviões, prometendo lançar o
primeiro avião comercial movido a hidrogênio em 2035. A empresa está trabalhando
em alternativas híbridas-elétricas. O trabalho da empresa em voo elétrico lançou as
bases para a futura aeronave comercial de emissão zero explorando uma variedade de
opções de tecnologia híbrida-elétrica e hidrogênio. Honeywell desenvolve motor para
aeronaves híbridas-elétricas com peso de 280 libras (127 kg). O gerador Honeywell de 1
megawatt será combinado com a unidade de energia auxiliar Honeywell HGT1700,
atualmente instalada em todos os Airbus A350 XWB, para formar um turbogerador 2,5
vezes mais potente do que a versão que a empresa lançou em 2019. O novo turbogerador
da Honeywell será capaz de funcionar com biocombustível de aviação. O turbogerador
da Honeywell pode ser usado para operar motores elétricos de alta potência ou carregar
baterias e pode cumprir missões de drones de carga pesada a táxis aéreos ou aeronaves de
passageiros.
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O modelo de avião Flying-V está sendo desenvolvido pela Universidade de Tecnologia
de Delft, na Holanda, em parceria com a TU Delft e a KLM. No projeto original, que
também tem participação da fabricante de aviões Airbus, a capacidade da aeronave será
de 314 passageiros. AviãoconceitoemformatodeVrealizouprimeirovoonaEuropa.O Flying-V
fez seu primeiro voo com sucesso em uma base de teste alemã. O design futurista busca
acomodar melhor espaço útil e aerodinâmica, deslocando a cabine dos passageiros,
compartimento de carga e combustível para a asa do avião. Modelo integra asas e
fuselagem em um mesmo corpo com aerodinâmica avançada e poderá reduzir consumo
de combustível em 20%.
Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte espacial
Foguete nuclear dos Estados Unidos será lançado em breve. O foguete nuclear Draco é
uma parceria entre a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa norte-
americana (Darpa) e a NASA. Conhecido como Draco (sigla em inglês para Foguete de
Demonstração para Operações Cislunares Ágeis), o projeto vai servir de teste para a
propulsão térmica nuclear (NTP) no espaço, uma tecnologia potencialmente
revolucionária que pode ajudar a humanidade a se deslocar para Marte e outros mundos
distantes. De acordo com a NASA, um foguete térmico movido a energia nuclear pode
ser três a quatro vezes mais eficiente do que os foguetes convencionais e reduzir o tempo
de viagem ao planeta vermelho, isto é, de 8 meses para 2 meses.
O motor íônico é uma alternativa promissora como propulsor de espaçonaves. O motor
íônico usa energia elétrica para criar partículas magneticamente carregadas de
combustível, geralmente na forma do gás xênon, acelerando essas partículas, em
altíssimas velocidades. Nos foguetes convencionais, a velocidade de exaustão é limitada
pela energia química armazenada nas ligações moleculares do combustível, limitando a
impulsão do propulsor a 5 km/s. Já os motores a íon são, em princípio, limitados apenas
pela energia elétrica disponível na espaçonave. Por isso, a velocidade de exaustão das
partículas carregadas nesse tipo de motor fica entre 15 km/s e 35 km/s. Seja com a
utilização da energia do Sol ou do átomo, ela seria usada para ionizar (ou carregar
positivamente) um gás inerte, como xenônio ou criptônio. Os íons acelerados seriam
empurrados para fora do propulsor, impulsionando a nave à frente. Se no início a
espaçonave avançaria lentamente, com o tempo a aceleração seria gradual e inexorável,
alcançando velocidade próxima à da luz (300 mil Km/s). Na falta de uma estrela, um
reator nuclear poderia fornecer eletricidade, possibilitando a um ser humano alcançar
estrelas próximas, como a Alfa Centauri, a 4,3 anos-luz de distância.
A espaçonave Dawn foi a primeira missão de exploração do espaço a usar um motor
íônico ao invés de propulsores convencionais, movidos por meio de reações químicas. A
espaçonave Dawn passou os últimos sete anos viajando pelo Sistema Solar até interceptar
o asteroide Vesta e o planeta-anão Ceres com o uso do motor iônico. A NASA já decidiu
que os motores a íon serão usados na próxima geração de espaçonaves que irá viajar pela
galáxia Via Láctea nas próximas décadas. A tecnologia também será útil para fabricantes
de satélites geoestacionários comerciais. A propulsão elétrica irá permitir que eles sejam
manobrados, acrescentando novas capacidades para o satélite durante suas missões, além
de aumentar a vida útil do aparelho.
Propulsão Bussard é outro método de propulsão para naves espaciais que poderia acelerar
uma espaçonave até uma velocidade próxima à da velocidade da luz (300 mil Km/s). Um
motor com propulsão Bussard para naves espaciais, proposto nos anos 1960, pode de fato
8
funcionar e impulsionar naves até velocidades relativísticas, ou seja, já na faixa próxima
à velocidade da luz. Precisamos de motores como este se quisermos explorar o espaço
interestelar. Chegar à estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, levaria mais de quatro
anos se conseguíssemos viajar à velocidade da luz. O inconveniente é que esse motor
exige espaçonaves tão grandes que dificilmente se tornará uma realidade prática. O ramjet
de Bussard é essencialmente um motor de fusão nuclear, que poderá capturar prótons
(núcleos de hidrogênio) no espaço interestelar e usá-los para alimentar um reator de fusão.
Se coletar o hidrogênio na frente da espaçonave, como em um funil magnético, com a
ajuda de enormes campos magnéticos, poderia usá-lo para operar um reator de fusão e
acelerar a espaçonave.
* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA
e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona,
professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento
estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi
Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution
company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de
Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e
a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel,
São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado.
Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e
Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX
e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of
the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade
ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da
ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da
humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton,
Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the
extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução
da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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  • 1. 1 OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS DO FUTURO JÁ ALCANÇADOS NOS MEIOS DE TRANSPORTE TERRESTRE, HIDROVIÁRIO, AÉREO E ESPACIAL Fernando Alcoforado* Este artigo tem por objetivo apresentar o estado da arte dos avanços tecnológicos do futuro já alcançados pela humanidade nos meios de transporte terrestre, hidroviário, aéreo e espacial. A elaboração deste artigo foi motivada pelo interesse demonstrado por vários leitores do artigo de nossa autoria O futuro dos meios de transporte terrestre, hidroviário, aéreo e espacial que nos solicitaram que apresentasse as inovações já realizadas nesses setores de transporte que estão em curso e fazem com que elas já apontem o nascimento das mudanças que ocorrerão no futuro. Este artigo apresenta os avanços tecnológicos em curso relacionados com o desenvolvimento de carros elétricos, carros autônomos, carro voador elétrico, drones e veículos aéreos não tripulados, Hyperloop no transporte ferroviário com o trem que levita e praticamente voa dentro de um túnel a vácuo, rodovias inteligentes, ITS (Intelligent transportation Systems) que possibilita monitorar em tempo real tudo o que acontece no sistema de ônibus, nas ferrovias e rodovias, hidrogênio verde como novo combustível limpo a ser usado nos meios de transporte, navios movidos a energia eólica, navios movidos a energia solar, navios autônomos, aviões hipersônicos e supersônicos, avião elétrico, avião autônomo, avião Flying-V, foguete espacial com fusão nuclear, motor íônico para foguete espacial e propulsão Bussard para naves espaciais. Os exemplos apresentados nos próximos parágrafos deixam evidenciados os avanços tecnológicos do futuro já alcançados pela humanidade nos meios de transporte terrestre, hidroviário, aéreo e espacial. Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte terrestre Poucas áreas são tão dinâmicas quanto o mercado de carros elétricos. Os carros elétricos já estão nas ruas do Brasil e do mundo. Em comparação com 2019, triplicou o percentual de carros elétricos no mundo em 2021. Em 2019, 2,2 milhões de carros elétricos foram vendidos no mundo, representando apenas 2,49% das vendas globais de automóveis. Em 2021, as vendas de carros elétricos mais que dobraram, para 6,6 milhões, representando 8,57% do mercado global de carros e mais do que triplicando sua participação de mercado em relação a dois anos antes. Todo o crescimento líquido nas vendas globais de veículos em 2021 veio de carros elétricos. Em todo o mundo, 10% dos carros vendidos em 2022 foram modelos 100% elétricos, de acordo com uma análise de dados da Agência de Internacional Energia (IEA) sendo dez vezes mais do que há cinco anos. Considerados como veículos do futuro, muitos carros autônomos já estão presentes no trânsito de algumas cidades ou rodovias no mundo em testes que já demostram o comportamento real desses sistemas. Uma das empresas que se dedica fortemente a esse movimento é a General Motors (GM) que irá investir US$ 35 bilhões até 2025 no desenvolvimento de tecnologias que envolvem esses “carros robôs”. A visão da GM é de um futuro com zero acidente, zero emissão e zero congestionamento. Para isso, investiu US$ 35 bilhões até 2025 em três importantes tecnologias de mobilidade: os veículos autônomos, os veículos elétricos e os veículos conectados. Dessa forma, em 2017 foi lançado o Super Cruise, o primeiro sistema global de auxílio à condução autônoma em rodovias. Em 2020, a GM apresentou o Cruise Origin, um veículo nível máximo de autonomia, sem volante ou pedal. Há décadas, a GM oferece para seus carros sistemas que auxiliam o motorista, como é o caso do assistente de permanência na faixa, que alerta e é capaz de fazer correções no volante na tentativa de manter o veículo na faixa em caso de distração, entre outros exemplos de recursos. Carros robôs ou autônomos
  • 2. 2 já fazem parte da mobilidade urbana no mundo. Veículos sem volante ou pedal já rodam nas cidades ou estradas de países como os Estados Unidos e outros, muitos deles com passageiros a bordo. A Embraer vai produzir no Brasil um carro voador elétrico em parceria com a Eve Airmobility. A expectativa é de que os primeiros veículos, chamados eVTOLs (aeronaves de decolagem e aterrissagem vertical elétrica, na sigla em inglês), sejam lançados em 2026. A Joby Aviation fez o primeiro voo de um eVTOL em Nova York, nos Estados Unidos. A empresa já produziu uma aeronave para a Força Aérea dos Estados Unidos e deve entregar a segunda unidade neste ano, mas os voos comerciais só devem começar em 2025. A empresa brasileira GoHobby, especializada na comercialização de drones e veículos aéreos não tripulados, anunciou recentemente a chegada do E-Hang 216-S ou “carro voador”, capaz de operar sem precisar de piloto. O veículo é mais um dos modelos da chinesa E-Hang, que vem expandindo sua atuação no mercado global por meio de parcerias com companhias de vários países. Um audacioso projeto de transporte ferroviário que desafia a gravidade está ganhando impulso na Europa, prometendo revolucionar as viagens: o Hyperloop. Trata-se de um trem que levita e praticamente voa dentro de um túnel a vácuo. Essa inovação tem o potencial de encurtar os tempos de viagem em até um quarto do atual. A tecnologia se manifesta a partir de um sistema de tubos hermeticamente fechados, elevados do solo, que transportam módulos capazes de carregar pessoas e cargas em altas velocidades. Esse método de levitação, que combina a força do ar e a atração magnética, não apenas permite velocidades surpreendentes. Ele também gera resistência mínima ao movimento das correntes de ar, fazendo com que haja baixo consumo de energia. Os trens de alta velocidade utilizam tecnologia de levitação magnética, ou Maglev. Nesse sistema, os trens não rodam, levitam. Graças a potentes imãs chamados magnetos, o trem não toca no trilho. A China já possui trem-bala sem condutor que viaja a 350km/h. A China celebra a estreia do primeiro trem sem trilhos do mundo, uma inovação que promete transformar o transporte urbano. O lançamento ocorreu em Zhuzhou, na província de Hunan, marcando um marco importante para a mobilidade sustentável. Criado pela CRRC Corporation, um dos maiores fabricantes de trens do mundo, o Autonomous Rail Rapid Transit (ART) é visto como um avanço pioneiro no transporte público. Equipado com tecnologia de ponta, o trem sem trilhos se destaca como uma grande inovação no setor. O trem sem trilhos opera através de tecnologia sensorial avançada, seguindo trajetos mapeados na estrada. Inicialmente, o trem possui três vagões, mas planeja-se que ele possa transportar até cinco vagões em uma fase posterior de expansão. A CRRC Corporation inovou ao utilizar rodas de borracha com núcleo de plástico, um modelo inédito no mercado. Estima-se que o trem sem trilhos tenha uma vida útil de aproximadamente 25 anos. Com 32 metros de comprimento, o trem tem capacidade para transportar até 300 passageiros de uma vez. Funcionando com eletricidade, o trem sem trilhos consegue percorrer 25 km após apenas 10 minutos de carregamento. Ele pode atingir uma velocidade máxima de 70 km/h. Em vez de trilhos físicos, o trem segue linhas pontilhadas pintadas na estrada, com 3,75 metros de largura. O trem possui sensores avançados que detectam o pavimento e coletam informações essenciais da viagem. Com um design inovador, o trem sem trilhos é considerado uma evolução do ônibus público tradicional, assemelhando-se mais a um bonde. A China tem mais de 3.500 quilômetros de rodovias inteligentes. A rodovia inteligente é um novo tipo de rodovia que utiliza a moderna tecnologia da informação e digitalização.
  • 3. 3 Rodovias inteligentes deixam de ser conceito futurista e começam a virar realidade no Brasil. Essas são apenas algumas das tecnologias que já são vistas nas rodovias brasileiras, de acordo com dados do DNIT (Departamento Nacional de Transportes Terrestres). Com uma imensa variedade de inovações, as rodovias poderão ser atualizadas com tecnologias de comunicação, iluminação e transmissão de energia, melhorar a segurança e a eficiência, ajudando a transformar a experiência de direção do motorista, além de conectar diversos tipos de dispositivos, como sensores de velocidade, sensores acústicos, câmeras de CFTV IP, semáforos inteligentes, sistemas de monitoramento de condições, clima e sinalização digital. O ITS (Intelligent transportation Systems), que possibilita monitorar em tempo real tudo o que acontece no sistema de ônibus e criar uma interface com outros modais de mobilidade urbana, é largamente aplicado nas grandes cidades do mundo, nas ferrovias e rodovias de muitos países avançados tecnologicamente. Este é o caso do Rio de Janeiro com o uso do ITS na operação do VLT (Veículo leve sobre trilhos) que opera nesta cidade. O hidrogênio, que é considerado pela Agência Internacional de Energia (AIE) como o combustível do futuro, sua utilização pela indústria já acontece há muito tempo. Este gás foi usado como combustível desde o começo do século XIX em carros, dirigíveis e naves espaciais. A Austrália, maior país da Oceania, lidera os planos de produção do hidrogênio verde, novo combustível limpo com propostas para a construção de 5 megaprojetos em seu território, graças aos seus vastos recursos energéticos renováveis, especialmente energia eólica e solar. O maior projeto de hidrogênio da Austrália e do mundo é o Asian Renewable Energy Hub, em Pilbara, na Austrália Ocidental, onde está prevista a construção de uma série de eletrolisadores da água com capacidade total de 14 GW. A previsão é de que o projeto de US$ 36 bilhões esteja pronto até 2027-28. A petrolífera anglo-holandesa Shell lidera junto com outros desenvolvedores o projeto NortH2 no Porto do Ems, no norte da Holanda, que prevê a construção de pelo menos 10 GW de eletrolisadores da água. A meta é ter 1GW até 2027 e 4GW até 2030, utilizando a energia eólica offshore. A Alemanha também tem seus próprios projetos de hidrogênio verde em território nacional. O maior é o AquaVentus, na pequena ilha de Heligoland, no Mar do Norte. O plano é construir ali 10 GW de capacidade até 2035. A China é o maior produtor mundial de hidrogênio, mas até agora usou hidrocarbonetos para gerar quase toda essa energia. No entanto, o país está dando agora os primeiros passos no mercado de hidrogênio verde com a construção de um megaprojeto na Mongólia Interior (região autônoma da China), no norte do país. O projeto é liderado pela concessionária estatal Beijing Jingneng, que investirá US$ 3 bilhões para gerar 5 GW a partir de energia eólica e solar. A previsão é que o projeto fique pronto ainda neste ano. A Arábia Saudita, possuidora das maiores reservas de petróleo do mundo, também planeja entrar no mercado de hidrogênio verde, com o projeto Helios Green Fuels. Ele será baseado na "cidade inteligente" futurística de Neom, às margens do Mar Vermelho, na província de Tabuk, no noroeste do país. A previsão é de que o projeto de US$ 5 bilhões instale 4 GW de eletrolisadores da água até 2025. O Chile, considerado uma das mecas da energia solar, foi o primeiro da América Latina a apresentar uma "Estratégia Nacional de Hidrogênio Verde" em novembro de 2020. É também a única nação latino-americana com dois projetos em desenvolvimento: o HyEx, da empresa francesa de energia Engie e da empresa chilena de serviços de mineração Enaex; e o Highly Innovative Fuels (HIF), da AME, Enap, Enel Green Power, Porsche e Siemens Energy. O primeiro, com sede em Antofagasta, no norte do Chile, usará energia solar para abastecer eletrolisadores da água de 1,6 GW. Um teste piloto inicial planeja instalar 16 MW até 2024. O projeto HIF, no
  • 4. 4 extremo oposto do Chile, na Região de Magalhães e da Antártida Chilena, usará energia eólica para gerar combustíveis à base de hidrogênio. O projeto piloto utilizará um eletrolisador de 1,25 MW e nas fases comerciais será superior a 1 GW. Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte hidroviário Um navio de carga Pyxis Ocean, que saiu da China e se move por energia eólica, zarpou em sua primeira viagem, com destino final no Brasil. A embarcação é equipada com velas especiais, que visam reduzir o consumo de combustível e, por consequência, a pegada de carbono. O Pyxis Ocean é o primeiro teste da tecnologia no mundo. As velas especiais têm 37,5 metros e, para serem mais duráveis, são construídas com o mesmo material das turbinas eólicas. O uso das velas reduz em 30% as emissões de carbono de um navio de carga. Um consórcio sueco liderado pela Wallenius Marine, desenvolveu o Oceanbird, um navio cargueiro transatlântico para veículos movidos a energia eólica (Wind Powered Car Carrier - wPCC). O Oceanbird tem um conjunto de cinco velas de aço que mais se parecem com as asas de um avião. Quando içadas, as velas alcançam uma altura de até 105 metros acima do nível do mar e são utilizadas para capturar a força do vento e impulsionar o navio no oceano. Após um ano e meio de viagem, o navio PlanetSolar completa a primeira volta ao mundo feita por uma embarcação movida a energia solar. O navio tem uma superfície que serve como "gerador solar", tornando possível que possa continuar navegando, inclusive, sem insolação direta, pois a energia produzida é armazenada em uma bateria. Um barco de US$ 10 milhões movido a energia solar coberto com 200 metros quadrados de painéis solares, modelo criado pela polonesa Sunreef se destaca pela sua configuração inovadora que combina propulsão elétrica e energia solar. Suas baterias alimentam dois motores de 180 kW cada e os painéis solares podem gerar até 40 kWp (quilowatt-pico). Se preferir, é possível adicionar um sistema de propulsão híbrida. Segundo a fabricante, o 80 Power Eco vem equipado com baterias 30% mais leves do que as convencionais, o que, combinado com a energia solar, oferece um alcance quase ilimitado. Um barco movido à energia solar é atração nas águas do Rio Mimoso, em Bonito no Estado do Mato Grosso do Sul. Com motor elétrico, veículo é silencioso e abastecido 100% com energia limpa. Seu modelo é o Safari 7.0 M, equipado com duas solares adaptadas para operar o motor elétrico e capacidade para 15 pessoas sentadas. As vantagens são inúmeras. Além de silencioso, o barco é movido a energia 100% limpa. O primeiro navio autônomo do mundo está pronto para começar sua viagem de estreia, cruzando o oceano Atlântico de Plymouth, na Inglaterra, até a cidade de mesmo nome em Massachusetts, nos Estados Unidos. O Mayflower 400 não foi feito para transportar pessoas, mas sim para realizar pesquisas sobre a poluição marinha e rastrear mamíferos aquáticos durante o trajeto que pode levar até três semanas para ser concluído. O navio é um projeto desenvolvido pela organização de pesquisas marinhas ProMare e conta com a tecnologia da IBM para atravessar os mais de cinco mil quilômetros que separam as duas cidades. A embarcação tem 15 metros de comprimento e pesa pouco mais de nove toneladas. A energia é garantida por painéis solares instalados na parte de cima e por um motor a diesel. Todo o sistema de dirigibilidade do Mayflower 400 é automatizado, desde o leme robótico até os geradores de eletricidade. Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte aéreo
  • 5. 5 A Boeing apresentou, em junho de 2018, um conceito de avião hipersônico que poderia ser utilizado tanto para o transporte civil de passageiros como para uso militar. Velocidades hipersônicas são aquelas superiores a cinco vezes a velocidade do som, o equivalente a pelo menos 6.100 km/h. A Virgin Galactic e a Rolls-Royce assinaram uma parceria em 2023 para o desenvolvimento de um jato supersônico capaz de atingir até três vezes a velocidade do som, o equivalente a 3.700 km/h. Um voo entre Londres e Nova York poderia ser feito em apenas uma hora e meia, sendo duas horas a menos do que o gasto pelo Concorde. A Virgin Galactic está projetando a aeronave para uma variedade de cenários operacionais, incluindo serviços para passageiros em rotas de aviação comercial de longa distância. A aeronave decolaria e aterrissaria como qualquer outra aeronave de passageiros e espera-se que se integre à infraestrutura aeroportuária e no espaço aéreo internacional existentes em todo o mundo. A Nasa e a Lockheed Martin trabalham em conjunto para o desenvolvimento de um avião supersônico, o X-59, que seja mais silencioso que os modelos já usados no passado. O forte barulho impedia que o Concorde voasse a velocidades supersônicas sobre continentes. O avião só podia ultrapassar a velocidade do som quando sobrevoava os oceanos. O novo avião é um dos projetos mais avançados da atualidade. O X-59 já foi liberado para a fase final de montagem e há a expectativa de que ele possa realizar seu voo inaugural ainda neste ano. O projeto tem potencial para criar uma nova era nas viagens supersônicas. Outro projeto em estágio avançado de desenvolvimento é da startup Boom. A empresa apresentou, em 2023, uma aeronave em escala reduzida para os primeiros testes. A versão final do avião deverá ter capacidade para 55 passageiros e atingir até 2,2 vezes a velocidade do som, ou 2.700 km/h. A fabricante afirma que o objetivo é criar um avião que seja viável para as companhias aéreas. O preço das passagens será equivalente a um bilhete de classe executiva. O objetivo é fazer voos de alta velocidade acessível para todos. A Aerion Supersonic tem um projeto de jato executivo supersônico, que teria capacidade para 12 passageiros, atingiria até 1,4 vez a velocidade do som, ou 1.700 km/h, e alcance de 7.800 quilômetros de distância. Assim como já ocorria no Concorde, o avião, AS2, só poderá romper a barreira do som sobre os oceanos. Sobrevoando áreas terrestres, o avião voará abaixo da velocidade do som. Projetado pela estadunidense Bye Aerospace, o eFlyer 800 é uma aeronave elétrica que será fabricada para concorrer no mercado de aviação regional e executiva, com capacidade máxima para oito passageiros. Segundo a empresa, ele operará até um teto máximo de 10.600 metros, alcance de 920 km e com velocidade de cruzeiro máxima de 590 km/h. O Alice é um jato executivo elétrico projetado pela Eviation Aircraft para viagens curtas e operação de rotas regionais de até 800 quilômetros. Seu teto operacional é de até 9 mil metros e sua capacidade máxima é de 11 passageiros, sendo dois deles tripulantes. O peso máximo de decolagem é de pouco mais de 7 mil quilos e a velocidade de cruzeiro é de 400 km/h. Para o carregamento das baterias dos dois motores elétricos, será necessária uma estação de carregamento específica para a aeronave. O Velis Electro é um avião elétrico desenvolvido pela Pipistrel Aircraft para treinamento de pilotos e missões militares curtas, sendo o primeiro modelo a ser certificado como 100% elétrico. Fabricado pela empresa eslovena Pipistrel Aircraft, este modelo leve tem números interessantes para seu tamanho e proposta. O motor elétrico de 78 cavalos é movido por uma bateria de íons de lítio de 11 kW/h, fazendo com que ele atinja uma velocidade máxima de 181 km/h.
  • 6. 6 Atualmente, a Embraer, fabricante brasileira de aviões, está empenhada no desenvolvimento de seu "carro voador" para passageiros, mas não abandonou seu projeto de avião elétrico, que ainda não foi batizado, mas que foi um dos primeiros protótipos no mundo. A aeronave, que é feita sob o EMB-203 Ipanema, está em desenvolvimento em parceria com a multinacional energética EDP Smart, de Portugal. A empresa alemã Lilium fez recentemente o primeiro teste de voo bem-sucedido com o seu avião elétrico, que incluiu as capacidades de decolagem e pouso verticais (eVTOL). O avião também é capaz de executar manobras mais complexas, como a transição do modo pairado para voo horizontal com sustentação alar. Um dos diferenciais mais importantes dessa aeronave elétrica em relação aos aviões tradicionais com a mesma capacidade, que dependem de rotores, é a simplicidade do projeto do Lilium Jet. Trata-se de uma aeronave leve, potenciada por 36 motores a jato elétricos que, montados nas asas via 12 flaps móveis, fornecem empuxo quase instantâneo em todas as direções. Durante a decolagem, os flaps apontam para baixo, proporcionando sustentação vertical. Uma vez no ar, eles voltam aos poucos à posição horizontal, permitindo o deslocamento da aeronave no sentido paralelo ao horizonte. Isso torna desnecessários os controles de superfície, como leme, ailerons (as partes móveis das asas) e cauda. Embraer e Eve testam tecnologias de voo autônomo em operação no Rio de Janeiro. A Embraer concluiu uma série de voos experimentais voltados para avaliação de novas tecnologias de sistemas autônomos em condições reais de voo. Os ensaios realizados no Rio de Janeiro têm o objetivo de viabilizar operações autônomas seguras em ambientes urbanos complexos. A coleta de dados e avaliação em tempo real dessas tecnologias em área urbana utilizou um helicóptero pilotado como parte do Projeto de Sistemas Autônomos da Embraer (Project EASy) que utiliza processos ágeis de testes para o desenvolvimento de soluções que possam impulsionar a aviação autônoma do futuro. O interior do Cessna 208 passou por uma reforma cujo resultado é um avião que taxia, decola, manobra no ar e pousa sem piloto. Não há nada de especial no avião de carga de 11,5m de comprimento que sobrevoou o norte da Califórnia no mês passado. Maquinário e software que permitem à nave voar sozinha vêm de uma startup chamada Reliable Robotics, que passou quatro anos trabalhando em voos autônomos. A empresa tem ao todo dois aviões, mas o plano de longo prazo é encher os céus de aeronaves sem piloto transportando carga e passageiros. A Airbus está trabalhando em propulsão híbrida-elétrica entre as opções para reduzir emissões de poluentes de aviões a jato. Até agora, a Airbus divulgou principalmente o hidrogênio como a fonte de energia preferida para futuros aviões, prometendo lançar o primeiro avião comercial movido a hidrogênio em 2035. A empresa está trabalhando em alternativas híbridas-elétricas. O trabalho da empresa em voo elétrico lançou as bases para a futura aeronave comercial de emissão zero explorando uma variedade de opções de tecnologia híbrida-elétrica e hidrogênio. Honeywell desenvolve motor para aeronaves híbridas-elétricas com peso de 280 libras (127 kg). O gerador Honeywell de 1 megawatt será combinado com a unidade de energia auxiliar Honeywell HGT1700, atualmente instalada em todos os Airbus A350 XWB, para formar um turbogerador 2,5 vezes mais potente do que a versão que a empresa lançou em 2019. O novo turbogerador da Honeywell será capaz de funcionar com biocombustível de aviação. O turbogerador da Honeywell pode ser usado para operar motores elétricos de alta potência ou carregar baterias e pode cumprir missões de drones de carga pesada a táxis aéreos ou aeronaves de passageiros.
  • 7. 7 O modelo de avião Flying-V está sendo desenvolvido pela Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, em parceria com a TU Delft e a KLM. No projeto original, que também tem participação da fabricante de aviões Airbus, a capacidade da aeronave será de 314 passageiros. AviãoconceitoemformatodeVrealizouprimeirovoonaEuropa.O Flying-V fez seu primeiro voo com sucesso em uma base de teste alemã. O design futurista busca acomodar melhor espaço útil e aerodinâmica, deslocando a cabine dos passageiros, compartimento de carga e combustível para a asa do avião. Modelo integra asas e fuselagem em um mesmo corpo com aerodinâmica avançada e poderá reduzir consumo de combustível em 20%. Os avanços tecnológicos alcançados nos meios de transporte espacial Foguete nuclear dos Estados Unidos será lançado em breve. O foguete nuclear Draco é uma parceria entre a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa norte- americana (Darpa) e a NASA. Conhecido como Draco (sigla em inglês para Foguete de Demonstração para Operações Cislunares Ágeis), o projeto vai servir de teste para a propulsão térmica nuclear (NTP) no espaço, uma tecnologia potencialmente revolucionária que pode ajudar a humanidade a se deslocar para Marte e outros mundos distantes. De acordo com a NASA, um foguete térmico movido a energia nuclear pode ser três a quatro vezes mais eficiente do que os foguetes convencionais e reduzir o tempo de viagem ao planeta vermelho, isto é, de 8 meses para 2 meses. O motor íônico é uma alternativa promissora como propulsor de espaçonaves. O motor íônico usa energia elétrica para criar partículas magneticamente carregadas de combustível, geralmente na forma do gás xênon, acelerando essas partículas, em altíssimas velocidades. Nos foguetes convencionais, a velocidade de exaustão é limitada pela energia química armazenada nas ligações moleculares do combustível, limitando a impulsão do propulsor a 5 km/s. Já os motores a íon são, em princípio, limitados apenas pela energia elétrica disponível na espaçonave. Por isso, a velocidade de exaustão das partículas carregadas nesse tipo de motor fica entre 15 km/s e 35 km/s. Seja com a utilização da energia do Sol ou do átomo, ela seria usada para ionizar (ou carregar positivamente) um gás inerte, como xenônio ou criptônio. Os íons acelerados seriam empurrados para fora do propulsor, impulsionando a nave à frente. Se no início a espaçonave avançaria lentamente, com o tempo a aceleração seria gradual e inexorável, alcançando velocidade próxima à da luz (300 mil Km/s). Na falta de uma estrela, um reator nuclear poderia fornecer eletricidade, possibilitando a um ser humano alcançar estrelas próximas, como a Alfa Centauri, a 4,3 anos-luz de distância. A espaçonave Dawn foi a primeira missão de exploração do espaço a usar um motor íônico ao invés de propulsores convencionais, movidos por meio de reações químicas. A espaçonave Dawn passou os últimos sete anos viajando pelo Sistema Solar até interceptar o asteroide Vesta e o planeta-anão Ceres com o uso do motor iônico. A NASA já decidiu que os motores a íon serão usados na próxima geração de espaçonaves que irá viajar pela galáxia Via Láctea nas próximas décadas. A tecnologia também será útil para fabricantes de satélites geoestacionários comerciais. A propulsão elétrica irá permitir que eles sejam manobrados, acrescentando novas capacidades para o satélite durante suas missões, além de aumentar a vida útil do aparelho. Propulsão Bussard é outro método de propulsão para naves espaciais que poderia acelerar uma espaçonave até uma velocidade próxima à da velocidade da luz (300 mil Km/s). Um motor com propulsão Bussard para naves espaciais, proposto nos anos 1960, pode de fato
  • 8. 8 funcionar e impulsionar naves até velocidades relativísticas, ou seja, já na faixa próxima à velocidade da luz. Precisamos de motores como este se quisermos explorar o espaço interestelar. Chegar à estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, levaria mais de quatro anos se conseguíssemos viajar à velocidade da luz. O inconveniente é que esse motor exige espaçonaves tão grandes que dificilmente se tornará uma realidade prática. O ramjet de Bussard é essencialmente um motor de fusão nuclear, que poderá capturar prótons (núcleos de hidrogênio) no espaço interestelar e usá-los para alimentar um reator de fusão. Se coletar o hidrogênio na frente da espaçonave, como em um funil magnético, com a ajuda de enormes campos magnéticos, poderia usá-lo para operar um reator de fusão e acelerar a espaçonave. * Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co- autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).