Este documento fornece um resumo da história do trabalho humano e da necessidade de armazenamento. Explica que o trabalho humano evoluiu de atividades de caça e coleta para a agricultura e criação de animais, permitindo que as pessoas vivessem em locais fixos. Isso criou a necessidade de armazenar excedentes de alimentos colhidos para consumo futuro. O documento também menciona brevemente a história antiga do transporte.
4. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Márcio Luiz França Gomes
Secretário
Cláudio Valverde
Secretário-Adjunto
Maurício Juvenal
Chefe de Gabinete
Marco Antonio da Silva
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
5. Concepção do programa e elaboração de conteúdos
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Coordenação do Projeto Equipe Técnica
Marco Antonio da Silva Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr.
e Raphael Lebsa do Prado
Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap
Gestão do processo de produção editorial
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Wanderley Messias da Costa
Diretor Executivo
Márgara Raquel Cunha
Diretora Técnica de Formação Profissional
Coordenação Executiva do Projeto
José Lucas Cordeiro
Equipe Técnica
Emily Hozokawa Dias e Odair Sthefano Sant’Ana
Textos de Referência
Beatriz Garcia Sanchez, Clélia La Laina, Dilma Fabri Marão
Pichoneri, Maria José Masé dos Santos, Selma Venco e
Walkiria Rigolon
Mauro de Mesquita Spínola
Presidente da Diretoria Executiva
José Joaquim do Amaral Ferreira
Vice-presidente da Diretoria Executiva
Gestão de Tecnologias em Educação
Direção da Área
Guilherme Ary Plonski
Coordenação Executiva do Projeto
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gestão do Portal
Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves,
Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira
Gestão de Comunicação
Ane do Valle
Gestão Editorial
Denise Blanes
Equipe de Produção
Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel
Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa,
Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann,
Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso,
Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza
Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire,
Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto,
Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro,
Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca,
Roberto Polacov e Sandro Carrasco
Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz,
Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito,
Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios
Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico
CTP, Impressão e Acabamento
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Coparts Com. de Peças e Serviços Ltda, DiCico, Jesus Inácio Bueno, Nacco Materials Handling Group Brasil,
Pallets de Paula, Saur Equipamentos, Sest-Senat Santo André e Somov
6. Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do
Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é
importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir
o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo
desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados
ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da edu-
cação profissional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para
facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores
experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho
e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação
profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a
realização de sonhos ainda maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação
7. Caro(a) Trabalhador(a)
Você inicia agora um curso preparado para lhe proporcionar muitas aprendizagens. A
opção por um curso de qualificação, sem dúvida, é uma decisão importante não so-
mente por conta da certificação que você receberá ao final, mas também pelos novos
relacionamentos e aprendizagens que construirá durante esse percurso formativo.
Vamos tratar da ocupação de operador de empilhadeira, modalidade que se insere
no setor de movimentação de cargas e está presente em diferentes ramos de ativi-
dades dos mais diversos segmentos (como o marítimo, o aéreo e o terrestre), ou seja,
ela pode ser exercida em aeroportos, portos, supermercados, shoppings, armazéns,
indústrias, centros de distribuições de produtos de toda natureza, entre outros.
Você vai conhecer diferentes tipos de carga e alguns aspectos relacionados ao arma-
zenamento e – é claro – vai aprender sobre os tipos, o funcionamento e a operação
das empilhadeiras. Você também verá procedimentos de segurança na condução
desses equipamentos e muitos outros fatores que envolvem a organização e o traba-
lho em equipe.
Na Unidade 1, estudaremos a história do trabalho. Você verá como ele deixou de ser
uma atividade artesanal e ganhou as formas a que estamos acostumados atualmente,
bem como as mudanças que essa transformação gerou nas relações de trabalho.
Na Unidade 2, faremos um levantamento dos conhecimentos, saberes e vivências
que você já possui e conheceremos como a Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO) descreve a ocupação de operador de empilhadeira. Com isso, você poderá
identificar as capacidades que você já possui e aquelas que ainda precisa desenvolver.
A Unidade 3 nos mostrará quais são as atividades desempenhadas no exercício
dessa ocupação e quais são suas ferramentas de trabalho.
Na Unidade 4, conheceremos as rotinas básicas no setor de movimentação de cargas,
observando uma descrição das atividades típicas de um operador de empilhadeira.
Por fim, na Unidade 5, veremos mais de perto a principal ferramenta de trabalho
dessa ocupação. Serão apresentados os modelos de empilhadeiras, suas especificidades
e partes que as compõem.
Bom curso!
8. Sumário
Unidade 1
9
Quando tudo começou?
Unidade 2
47
Reconhecendo meus saberes
Unidade 3
61
O que faz o operador de empilhadeira
Unidade 4
73
Rotinas básicas no setor de movimentação de cargas
Unidade 5
95
A empilhadeira – modelos e componentes
9. FICHA CATALOGRÁFICA
Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262
São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e
Inovação. Via Rápida Emprego: transporte: operador de empilhadeira, v.1. São Paulo: SDECTI,
2015.
il. - - (Série Arco OcupacionalTransporte)
ISBN: 978-85-8312-195-4 (Impresso)
978-85-8312-194-7 (Digital)
1. Ensino Profissionalizante 2.Transporte – QualificaçãoTécnica 3. Operador de
Empilhadeira – Mercado deTrabalho I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia e Inovação II.Título III. Série.
CDD: 331.12513884
13. 12 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
1. Nesse texto, qual diferença é apontada por Marx entre o trabalho humano e
aqueles realizados pela natureza?
2. Você mudaria a sua resposta da Atividade 2 depois da leitura desse texto? Por quê?
A necessidade de armazenar
O ato de armazenar representou um momento importante na história da hu-
manidade. Antes de dominar essa técnica, os povos eram nômades, ou seja, não
viviam em um lugar fixo, estavam sempre mudando de um lugar para outro.
Quando as condições de subsistência (sustento) se esgotavam, eles partiam em
busca de um novo espaço.
Contudo, quando o homem começou a se dedicar à agricultura, ele passou a plan-
tar, colher e armazenar para o consumo próprio e esse domínio possibilitou que os
povos começassem a viver em um só lugar, deixando de ser nômades.
Esse aprendizado foi essencial, pois a partir dele o homem passou a identificar os
períodos de plantio, de colheita farta e de escassez e, dessa forma, começou a esto-
car alimentos para o próprio consumo futuro. Assim não precisaria buscar outro
lugar para viver, nem passaria fome.
Ao trabalhar, o homem foi transformando a natureza com a finalidade de atender
às suas necessidades. A princípio, para sua subsistência, ele aprendeu a caçar e a
coletar frutos. Porém, com o tempo, suas necessidades evoluíram. Ao mesmo tem-
po que foi aperfeiçoando sua capacidade de transformação da natureza, o homem
desenvolveu instrumentos que favoreceram a realização de seu trabalho. Desse modo,
foram sendo criados os meios de trabalho, que também permitiam o aprimoramen-
to das técnicas de plantio, de colheita e de criação de animais.
16. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 15
Durante um longo período, o desenho da roda permaneceu praticamente o
mesmo, enquanto passou a ter diferentes usos, como em moinhos d’água. A roda
sofreria alterações de fato significativas apenas muito tempo depois, já no sécu-
lo XVI (16) d.C. (depois de Cristo), época em que surgiu a roda com raios em
forma de cone achatado. Três séculos depois (em torno de 1870), surgiram as
rodas de raios de arame usadas nas bicicletas. Aproximadamente dez anos depois,
foi desenvolvido o aro para pneus. Apenas no século seguinte, por volta da década
de 1930, apareceram os modelos de roda de aço estampado, com características
mais próximas dos que são utilizados atualmente, mais leves e resistentes, com
custo mais baixo e acessível.
Ainda na Antiguidade (período histórico entre 3 500 a.C. [antes de Cristo] até
476 d.C. [depois de Cristo]), o aperfeiçoamento da roda permitiu a criação de dife-
rentes tipos de veículo, que passaram a ser utilizados nos mesmos caminhos primi-
tivos percorridos a pé. Com esse novo uso e com a busca por melhores condições
de tráfego para os novos veículos, esses caminhos foram sendo transformados em
vias que podiam ser percorridas mais facilmente e permitiam acessar as cidades de
forma mais rápida, algo similar às estradas que surgiriam mais tarde.
A invenção desses veículos e a formação das rotas que facilitavam o trânsito de
mercadorias e de pessoas levaram à intensificação do comércio. Elas permitiram que
aumentasse também a movimentação de pessoas em busca de outros locais para
habitar ou trabalhar, o que levou à criação de novos povoamentos.
Muitos séculos depois, já ao final da Idade Média (período histórico entre os sécu-
los V [5] e XV [15]) e início da Idade Moderna (período entre os séculos XV [15] e
XVIII [18]), com as Grandes Navegações, o comércio terrestre entre regiões vizinhas
ou relativamente próximas perdeu importância para o comércio por via marítima,
que ocorria entre regiões distantes. O comércio de longas distâncias passou a dar
acesso a novos produtos, mercadorias e especiarias, anteriormente pouco disponíveis
e muito caros. Foi quando Portugal e Espanha se tornaram potências navais, não
apenas por causa do comércio, mas também em razão de interesses políticos, reli-
giosos e econômicos.
Enquanto isso, o transporte de pessoas também sofria mudanças. Na Antiguidade
surgiram as bigas, muitas vezes retratadas por filmes em corridas e lutas no Império
Romano. Também foram usados vários tipos de carroça, charrete, diligência e artefa-
tos semelhantes que, como as bigas, eram movidos por tração animal. Além disso,
foram criados meios de transporte movidos por tração humana, como o palanquim e
19. 18 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
1. O que elas têm em comum?
2. A primeira imagem é o quadro Café, de Candido Portinari (1903-1962), um
grande pintor brasileiro. Observe-a novamente.
a) Considerando o título da obra, o que você acha que os trabalhadores estão car-
regando nos sacos sobre a cabeça?
b) Você consegue identificar mulheres trabalhando? O que elas estão fazendo?
c) Você consegue identificar nessa obra a figura de algum capataz? Onde?
d) Quais são as cores predominantes nesta obra?
e) Como você acredita que o café é transportado da lavoura para os armazéns nos
dias atuais?
21. 20 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
c) Você diria que esse trabalho de extração estava sendo realizado de forma artesa-
nal ou industrial? Por quê?
A 1a
Revolução Industrial
Quando se fala em revolução, com frequência associamos a palavra a algum acon-
tecimento muito conturbado. Pense nas situações em que você emprega essa palavra
no dia a dia. Alguns a utilizam para expressar confusão: um dia de mudança, águas
das chuvas invadindo a casa, um dia de greve nos transportes etc.
Mas quando nos referimos a um acontecimento histórico, a palavra revolução in-
dica um fenômeno que alterou profundamente a sociedade, que causou grandes
mudanças em vários aspectos da vida cotidiana, na política, na economia, na cul-
tura e na relação entre as pessoas.
A 1a
Revolução Industrial aconteceu no século XVIII (18), na Inglaterra, região
europeia rica em carvão mineral e ferro. Nesse período, a utilização de máqui-
nas causou muitas mudanças na economia, no modo de vida das pessoas, na
política, nas artes e também na organização do trabalho. Antes disso, no mo-
delo artesanal, o trabalhador acompanhava todo o processo de produção.
25. 24 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
2. Quais são as principais características da 1a
Revolução Industrial? Escreva uma
resposta bem detalhada e, depois, discuta com seus colegas.
800 km
Atelier de cartographie de Sciences Po, 2007,
www.sciences-po.fr/cartographie
Pedagogical use only. For any other use
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or partial, contact : carto@sciences-po.fr
Seul l’usage pédagogique en classe
ou centre de documentation est libre.
Pour toute autre utilisation, contacter :
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Projeçãohorizontalequivalente
Atividade 5
Situando a 1a
Revolução Industrial
1. Observe o mapa a seguir e tente localizar o território do Reino Unido na época
da 1a
Revolução Industrial. Caso tenha dificuldade, faça o exercício na bibliote-
ca ou no laboratório de informática e consulte um atlas. Aproveite e localize
outros países como França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal.
ATELIER de Cartographie de Sciences Po. Disponível em: http://cartographie.
sciences-po.fr/en/europe. Acesso em: 30 mar. 2015. Mapa original (base
cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão
representadas; colorizado para fins didáticos).
26. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 25
Da manufatura à mecanização da
produção
Você já aprendeu que a manufatura (a produção feita
com as próprias mãos) perdeu espaço depois da mecani-
zação do trabalho. A invenção da máquina a vapor per-
mitiu às indústrias um salto significativo na produção.
Antes, o trabalho era feito de maneira lenta e heterogê-
nea. Por exemplo, uma pessoa poderia moldar o barro
para fazer um jarro, mas, quando outra pessoa fizesse o
mesmo, o jarro nunca ficaria idêntico ao primeiro. Foram
as máquinas que ofereceram a possibilidade de tornar
os produtos homogêneos, idênticos. Além disso, elas
também possibilitaram um tempo de produção mais
curto. E, assim, o proprietário passou a produzir mais,
vender mais e lucrar mais. Essa nova relação do homem
com o próprio trabalho e com o trabalho do outro fez
nascer a ideia de emprego.
Ainda na 1a
Revolução Industrial não havia emprego
para todos. A pobreza e a fome cresceram entre a popu-
lação. Se, por um lado, a produção crescia, por outro, as
condições de trabalho e de vida da população que fugiu
do campo em busca de emprego eram difíceis:
• os salários eram baixos;
• as fábricas contratavam principalmente mulheres e
crianças, pois os salários eram ainda mais baixos do
que os pagos aos homens. A eles eram destinadas as
funções que dependiam da força física;
• as crianças eram recrutadas em orfanatos, a partir dos
quatro anos, para o trabalho na indústria têxtil;
• os trabalhadores não tinham férias, descanso semanal
ou outros direitos;
• a jornada de trabalho diária chegava a 16 horas;
• todos os empregados estavam sujeitos a castigos físicos
e as trabalhadoras eram, com frequência, violentadas
pelos capatazes.
Emprego é uma rela-
ção firmada entre o
proprietário dos meios
de produção – que são
as ferramentas, terras,
máquinas etc. – e o tra-
balhador. Nesse con-
trato, o empregador
compra a força de tra-
balho, isto é, paga pelo
trabalho realizado.
28. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 27
b) Quebrar as máquinas era um ato contra os equipamentos?
c) Existem semelhanças entre o emprego daquela época e o de hoje? Quais?
2. Organizem uma apresentação criativa para os colegas de sala.
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia e Inovação (Sdecti). Sociologia: caderno do estudante. Ensino Médio.
São Paulo: Sdecti/SEE, 2015. v. 1.
A organização do trabalho: taylorismo, fordismo e
toyotismo
Pense em alguma atividade que você costuma fazer em casa: higienizar o banheiro,
consertar a porta do armário, cozinhar etc. Talvez, mesmo inconscientemente, você
se organize para fazer essas tarefas: calcula o tempo que levará para fazê-las; verifi-
ca se tem todas as ferramentas e produtos para um conserto ou para a limpeza; e
faz uma lista para não esquecer nada nas compras. Depois, avalia o resultado: se o
armário ficou bom, se a limpeza ficou adequada e assim por diante.
Se você considerar o trabalho realizado nas indústrias, no comércio e nos serviços,
verá que algumas situações são muito semelhantes. Mas, na empresa, a organização
é estudada minuciosamente, para que cada tarefa seja feita em menos tempo. Essa foi
a lógica arquitetada no início do século XX (20) por Frederick W. Taylor (1856-1915),
cujo pensamento ficou conhecido em todo o mundo como taylorismo.
29. 28 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Como pensava Taylor no início do
século XX (20)?
Taylor acreditava que os operários “faziam cera” no traba
lho (conforme a própria expressão utilizada por ele) e que
escondiam dos patrões o modo como realizavam cada
atividade, além de serem contrários a produzir diaria-
mente tanto quanto fosse possível.
Ele também achava que os sindicatos tinham uma visão
errada, pois queriam que os operários trabalhassem me-
nos e em melhores condições.
Como uma solução para esse caso, Taylor desenvolveu o
que chamou de “organização científica do trabalho”.
Como era essa organização?
Taylor observou o trabalho dos carregadores de barras
de ferro, operários em grande parte provenientes dos
países da Europa e que se encontravam em situação eco-
nômica difícil.
Havia 75 carregadores e cada barra pesava 45 quilos.
Cada homem carregava 12,5 toneladas de ferro por dia
trabalhado.
Antes do
taylorismo
Com o
taylorismo
Número de
carregadores
75 75
Toneladas
transportadas por dia
12,5 47
Como Taylor conseguiu aumentar a produtividade?
Segundo ele, uns planejam e outros executam o trabalho,
ou seja, Taylor compreendia que alguns eram destinados
a pensar e outros a executar. Por isso, havia a divisão
entre os que pensavam como carregar as barras e os que
só utilizavam a força física.
Produtividade: “Resultado
da divisão da produção física
obtida numa unidade de tem-
po (hora, dia, ano) por um
dos fatores empregados na
produção (trabalho, terra, ca-
pital). Em termos globais, a
produtividade expressa a uti-
lização eficiente dos recursos
produtivos, tendo em vista
alcançar a máxima produção
na menor unidade de tempo
e com os menores custos.”
SANDRONI, Paulo. Dicionário
de economia do século XXI.
8. ed. revista e ampliada. Rio de
Janeiro: Editora Record, 2014.
p. 694.
30. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 29
Com base na observação do trabalho, ele propôs o controle do tempo e dos movi-
mentos, isto é: ele sabia que um movimento era feito em “x” segundos e outro em
“y” segundos. A intenção era que o empregador tivesse controle sobre todo o pro-
cesso de trabalho e, assim, na visão de Taylor, os empregados não fariam mais “cera”.
O trabalhador precisava obedecer aos comandos, inicialmente feitos por Taylor,
sobre o momento e o tempo exatos de se mover, sempre com a vigilância e a super-
visão constantes das chefias.
Taylor, no entanto, considerou que nem todo carregador poderia executar seu mé-
todo e, assim, incluiu mais um item em sua lista de procedimentos para obter a
produção pretendida: a seleção científica do trabalhador, acompanhada do devido
treinamento para realizar a tarefa tal como esperada por quem a planejou.
Ele observou o comportamento dos carregadores, pois, em sua concepção, não
seria qualquer operário que se submeteria às exigências. Taylor pesquisou o passa-
do, o caráter, os hábitos e, principalmente, as pretensões de cada trabalhador. Por
fim, ele encontrou um imigrante holandês cujos hábitos lhe pareceram adequados.
Este estava construindo, ele mesmo, a casa para morar com sua família. Fazia isso
pela manhã; corria para o emprego, no qual carregava barras de ferro; e, ao voltar
para casa, continuava a construção. Todos diziam que esse operário era muito
econômico. Esse trabalhador reuniu as “qualidades” que Taylor desejava e recebeu
o nome de Schmidt.
Atividade 7
Schmidt e Taylor
1. Leia, a seguir, o diálogo de Taylor com Schmidt, o trabalhador que ele pretendia
selecionar. Esse diálogo foi retirado do livro Princípios de administração científi-
ca, que teve sua primeira edição publicada em 1911.
31. 30 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
– Schmidt, você é um operário classificado?
– Não sei bem o que o senhor quer dizer.
– Desejo saber se você é ou não um operário classificado.
– Ainda não o entendi.
– Venha cá. Você vai responder às minhas perguntas. Quero saber se
você é um operário classificado, ou um desses pobres-diabos que andam
por aí. Quero saber se você deseja ganhar $ 1,85 dólar por dia, ou se está
satisfeito com $ 1,15 dólar que estão ganhando todos esses tontos aí.
– Se quero ganhar $ 1,85 dólar por dia? Isto é que quer dizer um ope-
rário classificado? Então, sou um operário classificado.
– Ora, você me irrita. Naturalmente que deseja ganhar $ 1,85 por dia;
todos o desejam. Você sabe perfeitamente que isso não é bastante
para fazer um operário classificado. Por favor, procure responder às
minhas perguntas e não me faça perder tempo. Venha comigo. Vê
esta pilha de barras de ferro?
– Sim.
– Vê este vagão?
– Sim.
– Muito bem. Se você é um operário classificado, carregará todas
estas barras para o vagão, amanhã, por $ 1,85 dólar. Agora, então,
pense e responda à minha pergunta. Diga se é ou não um operário
classificado.
– Bem, vou ganhar $ 1,85 dólar para pôr todas estas barras de ferro
no vagão, amanhã?
– Sim; naturalmente, você receberá $ 1,85 dólar para carregar uma
pilha, como esta, todos os dias, durante o ano todo. Isto é que é um
operário classificado e você o sabe tão bem como eu.
32. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 31
– Bem, tudo entendido. Devo carregar as barras para o vagão, amanhã,
por $ 1,85 dólar e nos dias seguintes, não é assim?
– Isso mesmo.
– Assim, então, sou um operário classificado.
– Devagar. Você sabe, tão bem quanto eu, que um operário classifi-
cado deve fazer exatamente o que se lhe disser desde manhã à noite.
Conhece você aquele homem ali?
– Não, nunca o vi.
– Bem, se você é um operário classificado deve fazer exatamente o
que este homem lhe mandar, de manhã à noite. Quando ele disser
para levantar a barra e andar, você se levanta e anda, e quando ele
mandar sentar, você senta e descansa. Você procederá assim durante
o dia todo. E, mais ainda, sem reclamações. Um operário classificado
faz justamente o que se lhe manda e não reclama. Entendeu? Quan-
do este homem mandar você andar, você anda; quando disser que se
sente, você deverá sentar-se e não fazer qualquer observação. Final-
mente, você vem trabalhar aqui amanhã e saberá, antes do anoitecer,
se é verdadeiramente um operário classificado ou não.
TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica. 8. ed.
São Paulo: Atlas, 1990. p. 45-6.
2. Agora, responda às questões a seguir.
a) Qual é sua opinião sobre a entrevista feita por Taylor? O que lhe pareceu conve-
niente? E o que lhe pareceu inconveniente?
Conveniente:
33. 32 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Inconveniente:
b) Como são as entrevistas de emprego na atualidade? São diferentes da entrevista
feita por Taylor no momento da “promoção” de Schmidt? Por quê?
c) Volte ao texto Como era essa organização?. O que você achou das características
valorizadas por Taylor no operário “ideal” para a tarefa a ser executada?
34. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 33
3. Foi dessa forma que Taylor conseguiu praticamente quadruplicar a produtivida-
de no trabalho. Leia a seguir a opinião de Taylor sobre Schmidt, mesmo sendo
ele o operário ideal para o aumento da produção:
Ora, o único homem, entre oito, capaz de fazer o trabalho, não tinha
em nenhum sentido característica de superioridade sobre os outros.
Apenas era um homem tipo bovino – espécime difícil de encontrar e,
assim, muito valorizado. Era tão estúpido quanto incapaz de realizar
a maior parte dos trabalhos pesados. A seleção, então, não consistiu
em achar homens extraordinários, mas simplesmente em escolher
entre homens comuns os poucos especialmente apropriados para o
tipo de trabalho em vista.
TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica.
8. ed. São Paulo: Atlas, 1990. p. 54-5.
Operário “tipo bovino”?
Para Taylor, portanto, era natural que alguns mandassem e outros obedeces-
sem, e os que obedeciam deveriam ser do “tipo bovino”, o que em outras
palavras significava que cada operário não deveria refletir sobre a organização
do trabalho.
Tendo em vista que o objetivo de Taylor era aumentar a produtividade e os
lucros das empresas, faltava para ele, ainda, aperfeiçoar seu método. Era ne-
cessário reduzir a quantidade de trabalhadores.
Em outra experiência que realizou, Taylor conseguiu reduzir o número de
trabalhadores e o custo do carregamento diário, conforme você pode observar
na tabela a seguir.
35. 34 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Antigo sistema Com o taylorismo
Número de trabalhadores 400 a 600 140
Toneladas médias/dia/homem 16 59
Remuneração us$ 1,15 us$ 1,88
Custo do
carregamento/tonelada
us$ 0,072 us$ 0,033
Fonte: TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990.
Atividade 8
Taylorismo hoje?
Como vocês puderam observar, o fenômeno da redução de pessoal não é novo, pois
esse é um dos motores que sustentam o capitalismo. Em outras palavras, diminuir
custos é um dos pilares para a acumulação de capital.
1. Em grupo, discutam:
a) Quais são, na opinião do grupo, os aspectos mais importantes na lógica de tra-
balho elaborada por Taylor?
36. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 35
b) Existe taylorismo hoje? Em quais situações vocês observam a existência do taylorismo
na atualidade? Em quais ocupações vocês identificam esse modo de organização do
trabalho?
2. Escolham uma ocupação com a qual tenham contato ou experiência e reflitam:
O taylorismo do início do século XX (20) está presente na organização desse
trabalho? Por quê?
O fordismo na esteira do taylorismo
Fordismo talvez seja uma palavra mais familiar a você do que taylorismo. O termo
é derivado do nome de seu idealizador, Henry Ford (1863-1947), empresário esta-
dunidense da indústria automotiva.
Ford procurou aperfeiçoar o pensamento de Taylor. Ele concluiu que se ganharia
ainda mais tempo se as peças fossem até os operários – e não o inverso, como acon-
tecia até então.
Além de arquitetar a esteira mecânica, Henry Ford teve outro papel que trouxe
consequências para todo o mundo. Ele construiu o primeiro carro popular da his-
tória, o Ford T. Sua produção em série deveria vir associada ao consumo em série,
pois Ford tinha a convicção de que a produção em massa reduziria os custos do
automóvel e, com isso, o preço final do produto seria menor.
40. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 39
a) Quais foram os detalhes que mais chamaram a aten-
ção do grupo? Por quê?
b) Como eram as condições de trabalho na fábrica?
c) Com base no mural, como vocês imaginam o ambiente
de trabalho na fábrica?
O sentido do trabalho
Como foi estudado, o fordismo nasceu nos Estados Unidos
da América, motivado pelos mesmos princípios de Taylor.
Os operários, no entanto, percebiam que cada vez mais
executavam um trabalho mecanizado e sem qualificação.
Com isso, eles passaram a optar por outras atividades que
ainda garantissem maior envolvimento com o trabalho.
Diego Rivera (1886-1957)
foi um pintor mexicano
especialista em pintura
de grandes murais. Sua
produção artística contri-
buiu sobremaneira para
a arte moderna mexica-
na. Esse grande artista
buscou aproximar ao
máximo sua arte do pú-
blico geral ao pintar seus
murais em ruas e edifí-
cios, expressando sua
crítica social por meio da
linguagem artística. É
reconhecido como artis-
ta comprometido com a
luta por uma sociedade
mais justa. Se puder, fa-
ça uma visita virtual ao
Museu Diego Rivera.
Disponível em: http://www.
diegorivera.com. Acesso em:
20 mar. 2015.
42. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 41
A jornada de trabalho sempre foi de 8 horas diárias?
Nem sempre foi assim. Durante a 1a
Revolução Industrial, não havia limite para a jornada
diária de trabalho. Mesmo as crianças trabalhavam 14, 16 horas por dia.
Foi em 1919 que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu uma convenção
que limitava a jornada de trabalho a 8 horas diárias e a jornada semanal a 48 horas.
No Brasil, foram necessárias diversas lutas sindicais, iniciadas no século XIX (19), para a
conquista das 8 horas diárias. No entanto, foi apenas em 1934 que a Constituição determinou
a jornada de trabalho de 8 horas diárias ou 48 semanais.
Atualmente, a jornada semanal de trabalho definida pela Constituição Federal de 1988 é de
44 horas. Esse tema está sendo debatido na atualidade, pois há forte pressão para que a
jornada legal seja limitada a 40 horas.
Na França, por exemplo, no auge da crise do emprego na década de 1980, o governo determinou
a redução da jornada de trabalho semanal para 35 horas, com o intuito de criar mais empregos.
Fonte: DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS
SOCIOECONÔMICOS (DIEESE). Redução da jornada de trabalho no Brasil. Nota
Técnica, n. 16, mar. 2006. Disponível em: http://www.dieese.org.br/
notatecnica/2006/notatec16ReducaoDaJornada.pdf. Acesso em: 20 mar. 2015.
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Geografia, História e
Trabalho: 7º ano/2º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2012.
Toyotismo: a nova organização do trabalho
Você percebeu que as alterações na organização do trabalho visam aumentar a
produtividade e reduzir custos. A lógica é: fazer mais em menos tempo e, se possí-
vel, com menos trabalhadores.
No toyotismo não foi diferente. Essa nova forma de organização do trabalho surgiu
no Japão após a 2a
Guerra Mundial, principalmente para fazer frente à indústria
automobilística estadunidense.
Os japoneses inovaram e alteraram completamente o modo de pensar que vigorava
com o fordismo.
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Geografia, História e
Trabalho: 9º ano/4º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2013.
Os pilares do toyotismo são:
• Just-in-time: conhecido pela sigla JIT, significa, literalmente, “no momento
exato”. Trata-se de uma técnica de organização do espaço-tempo nas empresas.
Seu objetivo é tornar a produção e a distribuição de mercadorias mais dinâmi-
cas. Nesse processo, a produção ocorre de acordo com a demanda e as empresas
não acumulam estoque.
45. 44 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
A terceirização
Outra forma de trabalho na qual os trabalhadores têm perdido seus direitos surgiu
há alguns anos e ganhou força especialmente nas últimas décadas. Trata-se da
terceirização, na qual o trabalho é formal, mas há perda significativa de direitos.
Um exemplo são os bancários. Essa categoria profissional, graças a sua organização e
à ação dos sindicatos, conquistou direitos que vão além do que consta na Consolida-
ção das Leis do Trabalho (CLT). Entre eles, estão: a existência de um piso salarial
mínimo da categoria e participar na decisão do valor do vale-refeição e do seguro-
-saúde. Por essas e outras razões, os bancos, a partir da década de 1990, passaram a
terceirizar serviços e, por consequência, demitir bancários.
Você deve estar pensando: Mas alguém vai continuar fazendo o mesmo serviço? Sim,
vai. No entanto, as empresas que passam a prestar serviços aos bancos vão contratar
pessoal com salários menores e, como não são bancários, não possuem os mesmos
direitos que os demais trabalhadores da categoria conquistaram. Assim, o serviço
prestado pode ser mais barato e, com isso, os bancos podem reduzir seus custos.
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Geografia, História e
Trabalho: 6º ano/1º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2011.
Atividade 10
O sistema organizacional do trabalho
Essa atividade traz questões relacionadas ao tema que estamos estudando e que apa-
receram em vestibulares ou provas de concurso. Vamos testar seus conhecimentos?
1. O sistema organizacional do trabalho denominado de toyotismo é uma respos-
ta à crise do fordismo dos anos [19]70. É correto afirmar que o toyotismo se
caracteriza:
a) pela rigidez na produção, principalmente pela eliminação do desperdício de
tempo e movimentos, por meio do trabalho parcelar, padronizado e descontínuo.
b) por ter um trabalhador qualificado e polivalente e pela produção atender às
particularidades das demandas.
c) por ter sua origem no modo de organização do trabalho de uma indústria auto-
mobilística da China, cujo presidente era Kiichiro Toyoda, daí a derivação da
sua denominação.
46. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 45
d) pela produção em massa, pois o consumo condiciona toda a organização da
produção.
e) pela adoção de uma organização produtiva verticalizada, voltada para produzir
somente os itens necessários na quantidade necessária, sem gerar estoque, por
meio da técnica denominada de kanban, em que o trabalhador desempenha uma
única tarefa.
Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Concurso para Assistente Social, 2011.
Disponível em: http://www.copeve.ufal.br/index.php?opcao=concursoidConcurso=62.
Acesso em: 20 mar. 2015.
2. O círculo de controle da qualidade tem como característica:
a) ser obrigatória a participação dos colaboradores da linha de produção do princi-
pal produto da organização.
b) evitar ações de enaltecimento e motivação para a gestão da qualidade de modo
a não ser caracterizado como invasivo no processo produtivo.
c) evitar a participação de detentores de cargos de chefia.
d) limitar o número de seus participantes.
e) não remunerar seus membros.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Concurso Público Inmetro.
Cespe-UnB, 2010. Disponível em: http://www.cespe.unb.br/concursos/inmetro2010/arquivos/
INMETRO10_010_14.pdf. Acesso em: 20 mar. 2015.
3. As expressões fordismo e taylorismo foram empregadas para explicar uma nova
forma de organização do trabalho no século XX [20]. Essas expressões têm como
significado:
a) valorização do trabalho humano em relação às máquinas, o aumento dos salários
e a participação dos operários nos lucros obtidos pelas empresas.
b) a produção seria realizada em pequenos números, o que beneficiaria o consumo
das massas de determinados produtos.
c) diminuição da jornada de trabalho e o pagamento de salários compatíveis as
horas trabalhadas que suprissem todas as necessidades básicas do operariado,
como: lazer, vestimentas, alimentação, saúde, moradia e educação.
d) aumento de produtividade em série, a mecanização de parte das atividades,
o controle das atividades dos trabalhadores, a introdução da linha de mon-
tagem e de um sistema de recompensas e punições dos operários no interior
das fábricas.
51. 50 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Ano Fato marcante
Concluí a antiga quarta série
Arrumei meu primeiro emprego
Agora que você já registrou os fatos mais marcantes da sua vida, pense nas suas
experiências profissionais. Procure se lembrar de todas elas e registre na tabela a
seguir o que precisou fazer nesse(s) trabalho(s), o que você já sabia e o que preci-
sou aprender.
Experiências
profissionais
O que precisei
fazer
O que eu já sabia
O que precisei
aprender
Atividade 3
Recordar é viver
1. Pensando nas experiências profissionais que você já teve, quais foram as “pedras
no caminho”? Qual experiência você considerou a mais difícil e por quê?
52. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 51
2. Quais são suas principais qualidades?
3. O que as pessoas dizem quando te elogiam?
4. O que você costuma fazer que todo mundo gosta?
Atividade 4
Compartilhando experiências
Agora que você já fez um balanço de suas experiências, qualidades e saberes,
compartilhe com seu monitor e com seus colegas um pouco da sua trajetória
profissional. Assim, as pessoas vão conhecer um pouco mais sobre você e você
sobre as pessoas com quem convive neste curso. Conhecer um pouco da histó-
ria de vida daqueles com quem convivemos nos aproxima uns dos outros e
contribui para o bom convívio.
53. 52 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Atividade 5
Interpretando a canção
1. Leia ou, se possível, aprecie a canção a seguir, que foi gravada também pelo
grupo Roupa Nova:
O sal da terra
Beto Guedes e Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da
Terra, és o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
55. 54 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Atividade 6
Operador de empilhadeira e sua
rotina
1. Você já parou para pensar o que faz um operador de
empilhadeira? Em grupo, discutam e escrevam a seguir
como imaginam a rotina de trabalho desse profissio-
nal. Quais atividades vocês acreditam que ele realiza
diariamente?
O que diz o Ministério do Trabalho e
Emprego sobre a ocupação de operador
de empilhadeira
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) produz
um documento conhecido como Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO). Nesse documento é possível
Você sabia?
A descrição de cada
ocupação da CBO é feita
pelos próprios trabalhado-
res. Dessa forma, temos a
garantia de que as infor-
mações vêm de quem
atua no ramo e, portanto,
conhece bem a ocupação.
Você pode consultar esse
documento na íntegra
acessando o site da CBO.
Disponível em: http://www.mtec
bo.gov.br. Acesso em: 20 mar.
2015.
56. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 55
encontrar a descrição de aproximadamente 2 500 ocu-
pações existentes no Brasil, o que o profissional de cada
ocupação faz e o grau de escolaridade necessária para
exercê-la, bem como onde o profissional pode atuar.
Entre as descrições desse documento, encontramos a de
“operador de empilhadeira”. Eles são “operadores de equi-
pamentos de movimentação de cargas” e podem ser de-
nominados também como:
• motorista de empilhadeira;
• operador de empilhadeira elétrica;
• operador de máquina empilhadeira.
Segundo descrição da CBO, os operadores de empilhadeira:
• preparam a movimentação de carga e a movimentam;
• organizam carga, interpretando simbologia das em-
balagens, armazenando de acordo com o prazo de
validade do produto, identificando características
da carga para transporte e armazenamento e sepa-
rando carga não conforme;
• realizam manutenções previstas em equipamentos para
movimentação de cargas;
• trabalham seguindo normas de segurança, higiene,
qualidade e proteção ao meio ambiente.
Tudo isso você aprenderá ao longo deste curso.
Para cada uma das ocupações, a CBO atribui um códi-
go que a classifica. O código referente à ocupação do
operador de empilhadeira é 7822-20. Se você for contra-
tado para exercer essa ocupação, esse número será assi-
nalado em sua carteira de trabalho.
A ocupação de operador de empilhadeira faz parte do
grupo de ocupações dos profissionais responsáveis por
movimentação de cargas, assim como o operador de do-
cagem e o guincheiro (construção civil).
Carga não conforme: Car-
gas que foram violadas, so-
freram alguma avaria; cargas
que tiveram as embalagens
abertas indevidamente; ou
cargas que apresentam pro-
dutos quebrados.
57. 56 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
A CBO descreve essas ocupações da seguinte forma:
Condições gerais de exercício
Atuam nas mais diversas atividades econômicas, entre elas: na extra-
ção mineral, no beneficiamento de pedras, mármores e granitos, na
construção civil, na fabricação de produtos químicos, produtos alimen-
tares e bebidas, produtos de madeira e de metalurgia básica, como
empregados com carteira assinada. O trabalho é presencial, realizado
de forma individual, sob supervisão permanente, em rodízio de turnos
e pode ser em ambiente fechado, a céu aberto ou em veículos. Per-
manecem, durante longos períodos, em posições desconfortáveis,
trabalham sob pressão, o que pode levá-los à situação de estresse, e
estão expostos a materiais tóxicos, ruído intenso e altas ou baixas
temperaturas.
Formação e experiência
Para o exercício dessas ocupações requer-se a quarta série do ensino
fundamental e curso básico de qualificação profissional em torno de
duzentas horas-aula. O pleno desempenho das atividades ocorre com
até um ano de experiência profissional. A(s) ocupação(ões) elencada(s)
nesta família ocupacional demandam formação profissional para efei-
tos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos
estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do decreto
5.598/2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO). Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br. Acesso em: 20 mar. 2015.
Atividade 7
O que eu preciso saber
1. Leia, na tabela a seguir, as capacidades necessárias para um operador de empi-
lhadeira, de acordo com a CBO. Assinale para cada uma delas se você acredita
já tê-la desenvolvido ou se você precisa desenvolvê-la.
59. 58 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
2. De todas as capacidades necessárias, qual você acredita ser a mais difícil de
desenvolver? Por quê?
Você sabia que Carlos Drummond de Andrade escreveu um poema em homenagem
a João Guimarães Rosa?
Um chamado João
João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
60. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 59
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia
nome, curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
e precípites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
62. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 61
Unidade 3
O que faz o operador de
empilhadeira
Na Unidade 2 você aprendeu o que é a CBO e viu muito do que
ela diz sobre a atividade do operador de empilhadeira, certo? Re-
veja agora as principais características esperadas desse profissional:
• Formação/qualificação profissional:
– ter habilitação como operador de empilhadeira.
• Atitudes pessoais:
– trabalhar em equipe;
– evidenciar iniciativa;
– trabalhar com atenção concentrada.
• Atitudes profissionais:
– interpretar códigos para a movimentação de cargas;
– demonstrar confiabilidade no desenvolvimento do trabalho;
– participar de treinamentos (capacitação e atualização);
– demonstrar destreza manual;
– dar provas de coordenação motora;
– certificar-se como operador de movimentação de cargas;
– certificar-se para movimentação de cargas especiais.
Atividade 1
Conhecendo sua atividade
Leia atentamente os anúncios de emprego na página a seguir e,
depois, responda às questões propostas.
64. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 63
1. O que os anúncios de emprego apresentados têm em comum?
2. Qual o anúncio com menos exigências? Cite-as.
3. E qual o anúncio com mais exigências? Cite-as.
4. Para quais anúncios você estaria qualificado? Qual escolheria? Justifique sua
resposta.
5. Agora, discuta suas respostas com seu monitor e com seus colegas.
65. 64 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
As características do trabalho segundo a
CBO
A CBO publica uma tabela das atividades exercidas em
cada conjunto ou família de ocupações. No nosso caso,
trata-se da família ocupacional 7822 – Operadores de
equipamentos de movimentação de cargas, que inclui as
ocupações de guincheiro, operador de docagem e opera-
dor de empilhadeira.
O operador de empilhadeira não é responsável apenas
pela função de dirigir ou operar a empilhadeira. Sua
atividade abrange também a conferência da carga, o car-
regamento e o descarregamento para o transporte.
Contudo, antes de o operador conferir e movimentar a
carga, outras atividades são necessárias e elas compõem
a rotina de trabalho dele. Alguns procedimentos que
precisam ser realizados antes e depois da movimentação
da carga também são de responsabilidade do operador
de empilhadeira.
Atividade 2
Empilhando os conhecimentos
1. Observe os itens a seguir e assinale aqueles que você
acredita fazerem parte das atribuições específicas de
um operador de empilhadeira.
( ) Preparar movimentações de carga.
( ) Controlar operações de transporte.
( ) Organizar ambiente de trabalho.
( ) Coordenar coleta e embarque de carga doméstica.
( ) Realizar manutenções previstas em equipamentos
para movimentação de cargas.
Embora a CBO aponte como
requisitos mínimos a 4ª série/5º ano
do Ensino Fundamental e o curso
básico de qualificação profissional, a
maioria das empresas exige Ensino
Médio completo, algumas até
Superior incompleto. Além do curso
básico, elas pedem também
especialização no tipo de
empilhadeira a ser manuseada.
66. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 65
2. Agora leia o documento emitido pela CBO e confira suas respostas.
Família Ocupacional: 7822 – Operadores de equipamentos de
movimentação de cargas – Atividades específicas do operador
de empilhadeira (OE)
A – PREPARAR MOVIMENTAÇÕES DE CARGA
A.1 – Interpretar ordens de serviço
A.2 – Inspecionar visualmente a carga e descarga de serviços
A.3 – Conferir conteúdos, peso e volumes de cargas
A.4 – Selecionar equipamentos de movimentação de acordo com a carga
A.5 – Separar acessórios dos equipamentos
A.6 – Prever materiais para o armazenamento (estrato, forração)
A.7 – Programar sequência de movimentação
B – MOVIMENTAR CARGA
B.1 – Utilizar os acessórios do equipamento de movimentação de
acordo com o tipo de carga
B.2 – Conferir prazos de validade
B.3 – Carregar carga conforme programação
B.4 – Carregar o equipamento de acordo com sua capacidade
B.5 – Monitorar condições de funcionamento do equipamento duran-
te a operação
B.6 – Controlar velocidade e sentido de operação de equipamentos
B.7 – Descarregar os itens programados
C – ORGANIZAR AMBIENTE DE TRABALHO
C.1 – Manter o ambiente higienizado
C.2 – Retirar obstáculos do ambiente de trabalho
C.3 – Inspecionar o local de acondicionamento da carga
C.4 – Delimitar área para a movimentação de cargas
C.5 – Identificar carga movimentada
D – ORGANIZAR CARGA
D.1 – Interpretar a simbologia das embalagens
67. 66 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
D.2 – Armazenar a carga de acordo com o prazo de
validade do produto
D.3 – Identificar características da carga para o trans-
porte e armazenamento
D.4 – Separar carga não conforme
E – REALIZAR MANUTENÇÕES PREVISTAS EM
EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE
CARGAS
E.1 – Consultar instruções dos fabricantes para uso
e conservação de equipamentos
E.2 – Inspecionar itens básicos de funcionamento
dos equipamentos de movimentação de cargas
E.3 – Lubrificar equipamentos
E.4 – Testar funcionamento de equipamentos
E.5 – Identificar disfunções e avarias
E.6 – Ajustar equipamentos
E.7 – Requisitar manutenção
E.8 – Identificar equipamentos em manutenção
F – TRABALHAR COM SEGURANÇA
F.1 – Autoavaliar condições psicofísicas antes da
execução do trabalho
F.2 – Utilizar equipamentos de segurança individual (EPI)
F.3 – Identificar situações inseguras
F.4 – Solicitar adequação do piso para movimentação
com empilhadeira
F.5 – Movimentar carga conforme normas de segu-
rança específicas
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego.
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br.
Acesso em: 20 mar. 2015.
Coletor de dados
Como você pôde constatar pela lista de atividades, o
operador de empilhadeira não só é responsável por diri-
gir a empilhadeira, mas também possui atribuições que
vão além disso. Para dar conta de tantas funções, ele
conta com alguns equipamentos facilitadores. Um deles
é o coletor de dados, instrumento de trabalho indispen-
sável para esse profissional.
Todos nós sabemos o quanto a
questão da segurança no trabalho é
importante para o trabalhador e para
toda a sociedade, não é mesmo?
No Caderno 2 teremos uma
Unidade para tratar com mais
profundidade das questões
incluídas no item Trabalhar
com segurança.
69. 68 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Falando em códigos, você já se deparou com o QR code? Ele é um código bidi-
mensional (2D), parecido com um enigma. A maioria dos celulares consegue
fazer a leitura dele, desde que possua câmera fotográfica. O conteúdo desses có-
digos pode ser o trecho de um texto, um link ou um endereço que redireciona
para determinado site.
Atividade 3
Um pouco sobre os códigos de barras
1. Você já reparou nos códigos de barras que há nos produtos que usa no dia a dia?
Já parou para pensar o que os números que acompanham esse código podem
representar? Escreva a sua opinião nas linhas a seguir.
2. Observe a lista de produtos na tabela a seguir. Procure em embalagens de cada
um deles o código de barras, conte quantos números há nele e complete a colu-
na correspondente.
70. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 69
Produto
Quantidade de números que acompanham
o código de barras
Creme dental
Gelatina
Arroz
Refrigerante
Papel higiênico
Códigos de barras – como funcionam?
Pela comparação dos códigos, você pode perceber que, em geral, os códigos de
barras vêm acompanhados de um número composto de 13 dígitos que armazenam
as informações do produto.
• Os primeiros três dígitos identificam o país em que o produto foi cadastrado, e
não onde ele foi fabricado necessariamente (por exemplo, o código de todos os
produtos cadastrados no Brasil começa com a sequência 789).
• Os quatro dígitos seguintes referem-se ao fabricante.
• Os próximos cinco dígitos identificam o produto.
• O último é o dígito de controle, também chamado dígito verificador.
Prefixo do país
Código do
fabricante
Código do produto Dígito de controle
XXX FFFF PPPPP D
Por exemplo, veja a composição do código 7897123884012 de determinado produto:
Prefixo do país
(Brasil)
Código do
fabricante
Código do produto Dígito de controle
789 7123 88401 2
O dígito de controle é usado em muitas situações que envolvem algum tipo de
identificação. Você pode observá-lo nos números de documentos ou em contas
bancárias. Em geral, trata-se do último ou dos dois últimos algarismos escritos após
um “tracinho” ou uma barra.
72. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 71
1. Em grupo, façam uma lista de vários lugares onde um operador de empilha-
deira pode trabalhar. Depois, comparem sua lista com aquelas feitas pelos demais
grupos e contem com a ajuda do monitor para completar a de vocês. Em segui-
da, organizem-se para procurar, nos locais listados, operadores de empilhadei-
ra que possam ser entrevistados por vocês.
É importante selecionar profissionais que trabalhem em diferentes lugares e
com diferentes tipos de empilhadeira, assim todos aprenderão mais sobre essa
ocupação. Também é interessante entrevistarem homens e mulheres.
2. O que vocês gostariam de perguntar para esses operadores?
Observem, a seguir, um roteiro para a entrevista, que vocês poderão adaptar. Seu
grupo também pode incluir no roteiro outras perguntas. Boa entrevista!
a) Quem é o entrevistado?
* Madal
Portainer (fala-se “portêiner”)
* Paletizadora
EPI [Equipamentos de Proteção Individual] e EPC [Equipamentos de
Proteção Coletiva]
Jacaré
* Rádio de comunicação
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO). Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br. Acesso em: 20 mar. 2015.
Atividade 4
Estudo do meio
73. 72 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
b) Quantos anos tem? Qual é sua escolaridade? Ainda estuda ou pretende voltar a
estudar?
c) Costuma fazer cursos de especialização em sua área?
d) Onde trabalha?
e) Como escolheu essa ocupação?
f) Quais pontos considera positivos e quais considera negativos nessa área de atuação?
g) Que conselhos daria a um operador de empilhadeira que está começando agora?
75. 74 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
Como era a vida na Idade Média
Por mil anos, a Europa dividida em feudos foi controlada pela Igreja
e por nobres. A Idade Média moldou o continente que dominaria o
planeta, mas a vida era dura
Sábado de um típico camponês na França do século 10 começa às 5 da
manhã. Ele, a esposa e os quatro filhos acordam em sua casa de um
único cômodo, comem mingau de pão e dão início à labuta. O pai e os
mais velhos, de 12 e 14 anos, vão para o campo – a colheita de trigo e
cevada está atrasada. A família passou os dois dias anteriores cumprin-
do o trabalho obrigatório nas terras do senhor feudal. Há muito o que
fazer. A mãe e os mais novos, de 6 e 8 anos, vão lidar com a horta e as
galinhas. Todos fazem uma rápida pausa para comer (sempre que pos-
sível, peixe). O batente só termina quando já está escuro. Eles dormem
juntos, sobre um amontoado de palha, iluminados por velas de sebo e
aquecidos por uma pequena fogueira no centro do cômodo. Descansam
felizes. O dia seguinte é o único da semana em que a rotina árdua muda
um pouco: seguem o comando dos sinos e vão à missa. Rezam por
suas almas e são orientados mais a temer o diabo que a adorar a Deus.
Assim viveram, durante dez séculos, 90% dos habitantes do Velho
Continente. [...]
CORDEIRO, Tiago. Como era a vida na Idade Média. Aventuras na História,
1 abr. 2010. Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/
como-era-vida-idade-media-677615.shtml. Acesso em: 30 mar. 2015.
Durante mil anos, no período conhecido como Idade Média – entre os séculos V (5)
e XV (15) –, 90% da população da Europa viveu dessa forma. Homens e mulheres
tinham uma vida com características muito parecidas em razão das relações estabe-
lecidas em determinado contexto social, político e econômico.
79. 78 Arco Ocupacional Transporte Operador de Empilhadeira 1
3. Você conhece essas músicas? Se possível, ouça e apre-
cie as duas canções.
4. Que sentimento essas músicas lhe transmitem?
5. O que você entende por rotina?
Significado de rotina no trabalho do
operador de empilhadeira
Há um “caminho utilizado normalmente; itinerário ha-
bitual”, tarefas habituais que devem ser realizadas pelo
operador de empilhadeira? Será que é importante existir
uma rotina básica nesse tipo de trabalho?
Se considerarmos que a existência de rotinas básicas no
ofício de operador de empilhadeira é importante, podemos
dizer, então, que é preciso existir uma “sequência mais ou
menos maquinal de atos e procedimentos habituais” no
trabalho de operador de empilhadeira?
Veja o que diz a educadora Madalena Freire sobre rotina.
Você sabia?
Madalena Freire é peda-
goga, atua em projetos de
formação de professores
promovendo reflexões e
estudos e é autora de inú-
meros livros que abordam
temáticas educacionais.
Filha do grande educador
brasileiro Paulo Freire
(1921-1997), é uma das prin-
cipais propagadoras da
teoria freiriana.
80. Operador de Empilhadeira 1 Arco Ocupacional Transporte 79
[...] rotina aqui não é expressão do rotineiro que se arrasta tediosa-
mente. [...] A rotina estrutura o tempo (história), o espaço (geografia)
e as atividades. [...] a rotina é alicerce básico para que o grupo cons-
trua seus vínculos, estruture seus compromissos, cumpra suas tare-
fas, assuma suas responsabilidades [...].
FREIRE, Madalena. Educador, educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008. p. 118.
Pois bem, é pensando na perspectiva apontada por Madalena Freire que queremos
conversar com você sobre rotinas básicas no setor de movimentação de cargas.
Ainda que as tarefas exercidas pelos operadores de empilhadeiras sejam habituais e
exercidas com regularidade, elas não precisam ser alienantes e mecânicas, não acha?
A atenção e o cuidado na realização das tarefas têm estreita ligação com a maior ou
a menor consciência da importância e do sentido dessas tarefas durante a sua reali-
zação. Ou seja, se o trabalhador sabe o que tem de fazer, sabe por que e para que
tem de fazer, quais são os riscos do seu fazer, provavelmente ele terá maiores opor-
tunidades de planejar suas tarefas, organizar seu tempo e seus compromissos e
cumprir suas atividades de forma mais estruturada e responsável.
Como é um dia na vida de um operador de empilhadeira?
Quando você decidiu fazer este curso no Programa Via Rápida Emprego, já
tinha alguma experiência como operador de empilhadeira? Em caso negativo,
fazia alguma ideia das atividades desenvolvidas por um operador de empilha-
deira? Bom, de qualquer forma, a essa altura do curso, com certeza você já tem
algumas noções.