2. Expectativas de continuidade da oficina 5 para 6
▪ Como atuar em equipe e entre serviços da básica e
da especial?
▪ Como transformar uma demanda individual em
demanda coletiva?
▪ Como reconhecer os usuários sem rótulos ou
preconceitos?
▪ Como planejar o acompanhamento?
3. Focos da oficina de agosto
eixo território
O que é de cada serviço?
O que é comum entre
eles para lidar com essas
demandas?
Que estratégias usar
para acompanhar as
famílias e garantir sua
“adesão” ao trabalho
social?
Como reconhecer
mudanças nas situações e
registra-las?
Quais são as demandas de
proteção específicas do
SUAS?
eixo família
4. Objetivos da oficina- agosto/18
▪ Acolher os participantes e criar condições para sustenção de
um grupo.
▪ Aprofundar entendimento sobre processo de
acompanhamento em duas chaves:
✓ demandas familiares e articulação entre serviços da PSB e
PSE.
✓ demandas coletivas e acompanhamento nos territórios.
6. Matricialidade: referência e vínculos
preservados
▪ Equipes compartilham experiências, saberes e poderes
para a tomada de decisões de modo integrado.
▪ A equipe de referência é responsável pelo
acompanhamento, para favorecer a ampliação do vínculo.
▪ É uma atenção que dura, mesmo quando as situações de
vulnerabilidade reduziram, com quem se pode contar...
7. ▪ O apoiador matricial: especialistas que podem agregar um conhecimento, contribuindo
para a intervenção pensada na resolução de determinado problema. O fato de serem
especialistas não significa que detenham a resposta para a resolução do caso, a ideia é a
construção compartilhada de possibilidades de intervenção. Somente a integralidade
pode ser realmente efetiva.
▪ O apoio requer um trabalho interdisciplinar e encontros sistemáticos entre as equipes, para
a troca de saberes na construção de projetos comuns, bem como para a definição de
responsabilidades específicas para cada ator envolvido neste trabalho.
▪ A DEFINIÇÃO DO QUE CADA UM VAI FAZER É FEITA EM CONJUNTO!!! (IGLEZIAS,
AVELAR)
Matricialidade: igualdade e equidade
8. Referência: contar com...
...referência e contra-referência: articulação com serviços que permita
realizar e receber demandas de usuários e usuárias, com
resolutividade da necessidade apresentada de modo a garantir
ao usuário acesso, [tanto na rede socioassistencial do território de
abrangência do CRAS], como na rede de proteção especial de média e alta
complexidade do território municipal, bem como para os serviços das
demais políticas públicas...
9. ...referência e contra-referência...
▪ ...tais procedimentos exigem a organização de informações
técnicas e gerenciais e o compartilhamento de estratégias
mais potentes e adequadas em conformidade com as situações
enfrentadas, a serem incorporadas na rotina de acompanhamento
de usuários e de serviços, com FLUXOS de encaminhamentos
(referência) e de retorno de informações e de usuários ao [CRAS e ]
CREAS (contra-referência)...
11. Demandas coletivas: pistas apontadas na oficina 1
1. Presença de migrantes sem rede de apoio no município, vitimas de preconceito e
violências.
2. Grupos sociais com dificuldade de construir redes de apoio e/ou pertencimento
territorial pelo alto custo da moradia (nomadismo) ou vivendo em moradias coletivas
(conflitos frequentes).
3. Isolamento por extensão territorial: municípios grandes, com área rural e/ou ribeirinha
sem transporte coletivo.
4. Apartação territorial por presença de rodovias e/ou estrutura geográfica que dificulta a
circulação entre diferentes regiões da cidade e expõe algumas populações à situação
de calamidade.
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12. 5. Conflitos familiares frequentes motivados por: intermitência da presença masculina
(embarcados), alto índice de alcoolistas, sobrecarga de cuidados sobre uma única mulher.
6. Alto índice e banalização da violência contra mulheres e homossexuais.
7. Demanda por benefícios eventuais como consequência da: 1) predominância de
trabalhos temporários e sazonais (turismo e pesca) geram incerteza de ganho para as
famílias e 2) da característica geográfica expõe populações à situações de calamidade
pública (enchentes, desmoronamento e outras).
8. Grupos de idosos com relações sociais limitadas e pouco convívio. (famílias idosas)
9. Idosos em situação de maus tratos e/ou violência sob responsabilidade de parentes.
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Demandas coletivas: pistas apontadas na oficina 1
14. Acompanhar para proteger
“ ... escolhas de abordagens metodológicas precisam ser compatíveis com as
características de horizontalidade das relações tanto entre os técnicos
(interdisciplinaridade) quanto da relação deles com os usuários, ... as
escolhas metodológicas não são prévias, elas se dão no processo e precisam
levar em conta o “chão” onde serão implementadas. (p.84)
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – A tradução do direito à Proteção
Social Básica: uma contribuição de BH.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência
Social. Org. Aidê Almeida Cançado/Belo Horizonte: PBH/ASCON, 2013. 150p.
15. Como faz? Planejando...
▪ Conhecer as situações de vulnerabilidades e as potencialidades das famílias e sua incidência no território;
▪ Levantamento das principais demandas coletivas;
▪ Aprofundar conhecimento de alguns temas e fenômenos, inclusive junto a especialistas, caso necessário;
▪ Discutir entre profissionais do serviço a constituição de grupos de famílias com afinidades, necessidades e
características similares, para acompanhamento;
▪ Negociar com serviços socioassistenciais, sempre que for o caso, ou com outros setores, para subsidiar
conversa com família;
▪ Preparar o encontro com famílias do território (convite, organização do espaço, materiais, etc.).
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – A tradução do direito à Proteção Social
Básica: uma contribuição de BH.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Org.
Aidê Almeida Cançado/Belo Horizonte: PBH/ASCON, 2013. 150p.
16. Como faz? Desenvolvendo...
▪ Apresentar o objetivo e proposta de trabalho com grupo de família;
▪ Escuta atenta das expectativas, preocupações, necessidades e demandas das famílias;
▪ Discutir e construir, junto com elas, o Plano de Acompanhamento Familiar;
▪ Executar o Plano, tornando o acompanhamento um processo de compartilhamento de experiências entre os
participantes, de reflexão sobre a realidade, de acesso à informação sobre direitos, de apoio à família;
▪ Monitorar a execução do Plano de acompanhamento familiar e os objetivos atingidos, realizando as mediações
necessárias;
▪ Registrar sistematicamente o processo de acompanhamento familiar;
▪ Discutir, entre os técnicos, o acompanhamento às famílias, como forma de aprimorar o processo e acumular.
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – A tradução do direito à Proteção Social
Básica: uma contribuição de BH.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Org.
Aidê Almeida Cançado/Belo Horizonte: PBH/ASCON, 2013. 150p.
17. Como faz? Avaliando....
▪ Ouvir as impressões dos participantes e proceder a avaliação periódica do Plano de
Acompanhamento Familiar, juntamente com as famílias;
▪ Identificar os resultados parciais, verificando se os objetivos do Plano foram alcançados;
▪ Verificar necessidade de ajustar ações previstas no Plano;
▪ Compartilhar a avaliação com colegas de trabalho dos CRAS, com vistas ao aprimoramento do
serviço;
▪ Definir, junto com família, ao longo do processo, sobre continuidade ou encerramento do
acompanhamento;
▪ Incluir os resultados em relatórios a serem encaminhados às instâncias competentes.
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – A tradução do direito à Proteção Social
Básica: uma contribuição de BH.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Org.
Aidê Almeida Cançado/Belo Horizonte: PBH/ASCON, 2013. 150p.
18. Referência Bibliográfica
KOGA, Dirce e RAMOS, Frederico. Trajetórias de vida: desafios da pesquisa sociourbanística e
contribuições para a gestão pública. In: Revista Serviço Social e Sociedade n.106. São Paulo:
Cortez, 2011.
KOWARICK, L. Viver em Risco: sobre a vulnerabilidade socioeconômica e civil. São Paulo: 34, 2009.
SPOSATI, A. Especificidade e intersetorialidade da política de assistência social. Revista Serviço
Social e Sociedade nº 77. São Paulo: Cortez, 2004.
_____. O cidadão pode contar com o que? Le MondeBrasil. Publicado em 01 fev. 2011. Disponível
em: http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=865. Acesso em 15 jun.2013.
TORRES, A. S.. Parâmetros para o trabalho profissional na política de assistência social. São
Paulo: 2015. Mimeo.
___________. Gestão de serviços públicos: os desafios de atenção à vida pulsando. IN PAULA,
Renato de (org) . Gestão Social e Planejamento Público: temas de políticas públicas. Curitiba, CRV,
2018.