1) O documento discute a história do neoliberalismo e sua aplicação na bacia do Mediterrâneo. 2) Inicialmente, descreve como a riqueza européia se originou através do saque de recursos em outras partes do mundo. 3) Em seguida, discute como o neoliberalismo surgiu como uma reação ao keynesianismo e promove princípios como a desregulamentação e a flexibilização do mercado de trabalho.
Este documento discute a evolução da economia como ciência social desde o século 18. Apresenta como a economia clássica defendia uma visão estática e natural da sociedade, mas que não explicava os problemas econômicos após as guerras mundiais. Isso levou ao desenvolvimento de novas teorias e maior intervenção estatal, mas recentemente há um retorno às ideias da economia clássica com ênfase no livre mercado.
O documento discute os principais conceitos do capitalismo, incluindo suas características, doutrinas (liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo) e fases históricas. As três principais doutrinas econômicas discutidas são o liberalismo clássico, keynesianismo e neoliberalismo, cada um com visões distintas sobre o papel do Estado na economia. O documento também descreve as quatro fases históricas do capitalismo: comercial, industrial, financeiro e informacional.
O documento discute a evolução da ordem mundial ao longo da história, desde a unipolaridade pré-Primeira Guerra Mundial, passando pela bipolaridade da Guerra Fria entre EUA e URSS, até a atual multipolaridade globalizada marcada pela ascensão de novos poderes econômicos. Também aborda temas como neoliberalismo, globalização e seus impactos.
O documento resume as principais fases do capitalismo e teorias econômicas associadas, incluindo: 1) o capitalismo comercial pré-industrial; 2) o capitalismo industrial do século 18 impulsionado pela Revolução Industrial; e 3) o capitalismo monopolista-financeiro moderno centrado no sistema bancário. Também discute teorias como o liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo.
1) O documento discute os impactos da Primeira Guerra Mundial, incluindo a transformação de valores e a crise do humanismo e racionalismo.
2) A Primeira Guerra levou a mudanças territoriais na Europa e enfraqueceu a ordem internacional existente no período entre-guerras.
3) A Primeira Guerra abalou o domínio colonial europeu e destruiu o Império Russo.
[1] O documento descreve a evolução do capitalismo desde suas origens comerciais na Europa medieval até se tornar o sistema econômico dominante no mundo moderno, passando por suas fases comercial, industrial, financeira e informacional. [2] Ele destaca como o comércio colonial europeu permitiu a acumulação dos primeiros capitais, a Revolução Industrial transformou a produção e a sociedade e o capitalismo financeiro levou à concentração de empresas e bancos. [3] Por fim, explica como cada fase se adaptou aos avanços tecnoló
O documento discute a nova ordem mundial pós-Guerra Fria, caracterizada por uma multipolaridade com três pólos de poder (EUA, União Europeia e Japão), em contraste com a bipolaridade anterior. Apresenta também as características dessa nova ordem, como o surgimento de conflitos entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido e a emergência de novos blocos econômicos.
O documento discute a Nova Ordem Mundial pós-Guerra Fria, caracterizada pelo neoliberalismo, multipolaridade e formação de blocos econômicos. Apresenta também o conceito de globalização e como ela influenciou a evolução do capitalismo e do sistema financeiro internacional.
Este documento discute a evolução da economia como ciência social desde o século 18. Apresenta como a economia clássica defendia uma visão estática e natural da sociedade, mas que não explicava os problemas econômicos após as guerras mundiais. Isso levou ao desenvolvimento de novas teorias e maior intervenção estatal, mas recentemente há um retorno às ideias da economia clássica com ênfase no livre mercado.
O documento discute os principais conceitos do capitalismo, incluindo suas características, doutrinas (liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo) e fases históricas. As três principais doutrinas econômicas discutidas são o liberalismo clássico, keynesianismo e neoliberalismo, cada um com visões distintas sobre o papel do Estado na economia. O documento também descreve as quatro fases históricas do capitalismo: comercial, industrial, financeiro e informacional.
O documento discute a evolução da ordem mundial ao longo da história, desde a unipolaridade pré-Primeira Guerra Mundial, passando pela bipolaridade da Guerra Fria entre EUA e URSS, até a atual multipolaridade globalizada marcada pela ascensão de novos poderes econômicos. Também aborda temas como neoliberalismo, globalização e seus impactos.
O documento resume as principais fases do capitalismo e teorias econômicas associadas, incluindo: 1) o capitalismo comercial pré-industrial; 2) o capitalismo industrial do século 18 impulsionado pela Revolução Industrial; e 3) o capitalismo monopolista-financeiro moderno centrado no sistema bancário. Também discute teorias como o liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo.
1) O documento discute os impactos da Primeira Guerra Mundial, incluindo a transformação de valores e a crise do humanismo e racionalismo.
2) A Primeira Guerra levou a mudanças territoriais na Europa e enfraqueceu a ordem internacional existente no período entre-guerras.
3) A Primeira Guerra abalou o domínio colonial europeu e destruiu o Império Russo.
[1] O documento descreve a evolução do capitalismo desde suas origens comerciais na Europa medieval até se tornar o sistema econômico dominante no mundo moderno, passando por suas fases comercial, industrial, financeira e informacional. [2] Ele destaca como o comércio colonial europeu permitiu a acumulação dos primeiros capitais, a Revolução Industrial transformou a produção e a sociedade e o capitalismo financeiro levou à concentração de empresas e bancos. [3] Por fim, explica como cada fase se adaptou aos avanços tecnoló
O documento discute a nova ordem mundial pós-Guerra Fria, caracterizada por uma multipolaridade com três pólos de poder (EUA, União Europeia e Japão), em contraste com a bipolaridade anterior. Apresenta também as características dessa nova ordem, como o surgimento de conflitos entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido e a emergência de novos blocos econômicos.
O documento discute a Nova Ordem Mundial pós-Guerra Fria, caracterizada pelo neoliberalismo, multipolaridade e formação de blocos econômicos. Apresenta também o conceito de globalização e como ela influenciou a evolução do capitalismo e do sistema financeiro internacional.
1) O documento lista vários livros e autores relacionados a temas como capitalismo, imperialismo e história econômica.
2) Inclui leituras sobre capitalismo e crises econômicas, a formação do Terceiro Mundo, a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo.
3) A lista engloba obras clássicas e contemporâneas de diferentes perspectivas teóricas.
O documento discute os conceitos de geografia política e geopolítica, e descreve as características do capitalismo e socialismo, incluindo suas fases e causas da decadência do sistema socialista. Também aborda os níveis de desenvolvimento dos países e a divisão do mundo entre primeiro, segundo e terceiro mundos.
A nova ordem mundial apresenta características geopolíticas e econômicas. O fim da Guerra Fria e da bipolarização entre Estados Unidos e União Soviética levou ao surgimento de uma ordem multipolar, com três pólos de poder: Estados Unidos, União Europeia e Japão. A globalização e a interdependência econômica entre países também marcam essa nova fase.
O documento discute a evolução da ordem mundial ao longo do século XX, passando por três fases principais: 1) A Velha Ordem Mundial caracterizada pela bipolaridade entre EUA e URSS durante a Guerra Fria; 2) Uma fase transitória após o fim da Guerra Fria; 3) A Nova Ordem Mundial multipolar pós-Guerra Fria marcada pelo neoliberalismo e formação de blocos econômicos regionais.
Aula 27 03-2013 - socialismo e geografia da pobrezaAntonio Pessoa
O documento discute conceitos relacionados a organização de empresas e estruturas de mercado, como trustes, cartéis, holdings e pools. Também aborda socialismo e capitalismo, comparando suas essências e origens. A desigualdade é apontada como característica marcante do capitalismo ao longo da história.
O documento resume a evolução do pensamento econômico, desde a antiguidade até perspectivas contemporâneas. Aborda os precursores como Aristóteles, Platão, mercantilismo e fisiocracia. Detalha as escolas clássica, neoclássica e keynesiana, além de abordagens alternativas como marxismo e institucionalismo.
Aula 09 e 16 04-2014 - socialismo e geografia da pobrezaAntonio Pessoa
O documento discute as principais características do capitalismo e do socialismo, assim como a desigualdade global. Apresenta o capitalismo como uma economia de mercado baseada na propriedade privada e lucro, enquanto o socialismo prega a apropriação estatal dos meios de produção e a busca por uma sociedade igualitária. Também analisa a divisão internacional do trabalho e a concentração de riqueza no hemisfério norte, perpetuando a pobreza no sul global.
Este documento discute os conceitos de globalização e nova ordem mundial, descrevendo como a interdependência econômica entre nações, o comércio global e a integração cultural caracterizam a atual etapa do capitalismo. Também aborda tópicos como o neoliberalismo, blocos econômicos, questões geopolíticas e desafios ambientais na atual configuração global.
O documento descreve a origem e evolução do capitalismo desde os séculos XV-XVI na Europa até a sua forma atual. O capitalismo passou por três fases principais: a comercial, a industrial e a financeira. Embora traga benefícios como progresso econômico, o capitalismo também gera problemas sociais que requerem intervenção estatal para reduzir desigualdades.
O documento resume as principais eras da história mundial contemporânea, começando com a Revolução Francesa em 1789. As eras incluem a Era das Revoluções (1789-1875), a Era do Capital (1875-1914), a Era das Catástrofes (1914-1945), a Guerra Fria (1945-1991) e a Nova Ordem Mundial (1991-presente). A Revolução Francesa desencadeou forças de mudança política, econômica, social e cultural que ainda impactam o mundo atual.
O documento discute o capitalismo, definindo-o como um sistema econômico onde os meios de produção e distribuição são propriedade privada com fins lucrativos. Explora as origens do capitalismo na transição da Idade Média para a Idade Moderna e as características do sistema capitalista, como produção para venda e lucro em vez de uso pessoal. Também descreve os diferentes tipos de capitalismo ao longo da história: comercial, industrial e financeiro.
O documento discute conceitos e métodos da ciência econômica, incluindo a evolução histórica da disciplina desde os fisiocratas até Keynes. Também aborda tópicos como microeconomia, macroeconomia, desenvolvimento econômico e economia internacional, além de questões como pobreza, desigualdade, crescimento e inflação no Brasil.
O documento descreve a evolução histórica do capitalismo desde o período comercial até o capitalismo financeiro monopolista, dividido em três fases. Também define socialismo, comunismo e diferentes modelos, e discute a classificação de países em primeiro, segundo e terceiro mundo com base em seu desenvolvimento econômico e problemas sociais.
O processo de desenvolvimento do capitalismoLilian Damares
O documento descreve as quatro fases do desenvolvimento do capitalismo: 1) Capitalismo Comercial, marcado pela expansão marítima europeia em busca de riquezas; 2) Capitalismo Industrial, com o início da Revolução Industrial na Inglaterra; 3) Capitalismo Financeiro Monopolista, com a formação de grandes corporações e divisão internacional do trabalho; 4) Capitalismo Informacional, baseado em tecnologias avançadas e importância do conhecimento.
Este capítulo discute as três vias de constituição do capitalismo (clássica, prussiana e colonial), e como a via colonial, seguida pelo Brasil, levou à formação de uma economia baseada na agricultura em grande escala utilizando mão-de-obra escrava. O capítulo também examina como o mercantilismo português e o "Pacto Colonial" estabeleceram as bases para a exploração econômica da colônia brasileira.
A primeira globalização (1450-1850) foi dominada pela expansão mercantilista européia através do comércio triangular entre a Europa, África e Américas. A segunda globalização (1850-1950) foi caracterizada pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista das potências européias. A globalização recente (pós-1989) foi acelerada pela queda da URSS e marcada pela cibernética, tecnologia e associações globais.
1) O documento contém uma avaliação de geografia sobre sistemas socioeconômicos, a Guerra Fria e desenvolvimento global. Inclui questões sobre capitalismo, socialismo, lei da oferta e procura, Guerra Fria e bipolaridade mundial.
2) Pede para associar características a sistemas socioeconômicos, explicar a relação entre oferta, procura e preços de alimentos, e marcar afirmativas sobre a Guerra Fria como verdadeiras ou falsas.
3) Também solicita elaborar um texto sobre a
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviiiVítor Santos
1) Durante os séculos XVII e XVIII, alguns países europeus dominaram o comércio colonial e intercontinental, gerando grandes lucros;
2) Surgiu o capitalismo comercial, com o desenvolvimento de grandes companhias e novos mecanismos financeiros;
3) Isto levou à colonização das Américas e ao comércio triangular entre Europa, África e Américas, baseado no tráfico de escravos.
[1] O documento discute a evolução da ciência econômica desde os economistas clássicos até os neoclássicos, focando na escassez de recursos. [2] Também aborda o capitalismo imperialista dos séculos XIX-XX, quando potências europeias exploraram mercados e mão de obra em países subdesenvolvidos. [3] Finalmente, analisa como a globalização transformou o capitalismo em um sistema completo e potencializou o progresso científico-tecnológico em nível mundial.
20 a historia do capitalismo - michael beaudlucyinthesky33
1. O documento lista leituras sobre temas relacionados ao capitalismo, como livros e coleções.
2. As leituras incluem obras de autores como Rolf Kuntz, João Cardoso de Mello, Albert Hirschman e Frederico Mazzucchelli.
3. Também são listadas coleções como "Primeiros Passos" e "Primeiros Vôos", com livros sobre conceitos como capital, capitalismo e imperialismo.
O documento discute as visões de Max Weber, Karl Marx, Paul Singer e Claude Jessua sobre o capitalismo e como ele se desenvolveu ao longo da história, passando pelas fases do capitalismo comercial, industrial, financeiro e técnico-científico informacional.
O documento descreve os processos de globalização e organização do espaço mundial sob o capitalismo. Resume as três fases de expansão capitalista - mercantil, industrial e monopolista/financeira - e como cada uma moldou as relações de produção e dominação entre centros e periferias. Também discute como a atual fase de globalização acelerou o processo de integração do mundo sob o comando do sistema capitalista por meio de novas tecnologias.
1) O documento lista vários livros e autores relacionados a temas como capitalismo, imperialismo e história econômica.
2) Inclui leituras sobre capitalismo e crises econômicas, a formação do Terceiro Mundo, a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo.
3) A lista engloba obras clássicas e contemporâneas de diferentes perspectivas teóricas.
O documento discute os conceitos de geografia política e geopolítica, e descreve as características do capitalismo e socialismo, incluindo suas fases e causas da decadência do sistema socialista. Também aborda os níveis de desenvolvimento dos países e a divisão do mundo entre primeiro, segundo e terceiro mundos.
A nova ordem mundial apresenta características geopolíticas e econômicas. O fim da Guerra Fria e da bipolarização entre Estados Unidos e União Soviética levou ao surgimento de uma ordem multipolar, com três pólos de poder: Estados Unidos, União Europeia e Japão. A globalização e a interdependência econômica entre países também marcam essa nova fase.
O documento discute a evolução da ordem mundial ao longo do século XX, passando por três fases principais: 1) A Velha Ordem Mundial caracterizada pela bipolaridade entre EUA e URSS durante a Guerra Fria; 2) Uma fase transitória após o fim da Guerra Fria; 3) A Nova Ordem Mundial multipolar pós-Guerra Fria marcada pelo neoliberalismo e formação de blocos econômicos regionais.
Aula 27 03-2013 - socialismo e geografia da pobrezaAntonio Pessoa
O documento discute conceitos relacionados a organização de empresas e estruturas de mercado, como trustes, cartéis, holdings e pools. Também aborda socialismo e capitalismo, comparando suas essências e origens. A desigualdade é apontada como característica marcante do capitalismo ao longo da história.
O documento resume a evolução do pensamento econômico, desde a antiguidade até perspectivas contemporâneas. Aborda os precursores como Aristóteles, Platão, mercantilismo e fisiocracia. Detalha as escolas clássica, neoclássica e keynesiana, além de abordagens alternativas como marxismo e institucionalismo.
Aula 09 e 16 04-2014 - socialismo e geografia da pobrezaAntonio Pessoa
O documento discute as principais características do capitalismo e do socialismo, assim como a desigualdade global. Apresenta o capitalismo como uma economia de mercado baseada na propriedade privada e lucro, enquanto o socialismo prega a apropriação estatal dos meios de produção e a busca por uma sociedade igualitária. Também analisa a divisão internacional do trabalho e a concentração de riqueza no hemisfério norte, perpetuando a pobreza no sul global.
Este documento discute os conceitos de globalização e nova ordem mundial, descrevendo como a interdependência econômica entre nações, o comércio global e a integração cultural caracterizam a atual etapa do capitalismo. Também aborda tópicos como o neoliberalismo, blocos econômicos, questões geopolíticas e desafios ambientais na atual configuração global.
O documento descreve a origem e evolução do capitalismo desde os séculos XV-XVI na Europa até a sua forma atual. O capitalismo passou por três fases principais: a comercial, a industrial e a financeira. Embora traga benefícios como progresso econômico, o capitalismo também gera problemas sociais que requerem intervenção estatal para reduzir desigualdades.
O documento resume as principais eras da história mundial contemporânea, começando com a Revolução Francesa em 1789. As eras incluem a Era das Revoluções (1789-1875), a Era do Capital (1875-1914), a Era das Catástrofes (1914-1945), a Guerra Fria (1945-1991) e a Nova Ordem Mundial (1991-presente). A Revolução Francesa desencadeou forças de mudança política, econômica, social e cultural que ainda impactam o mundo atual.
O documento discute o capitalismo, definindo-o como um sistema econômico onde os meios de produção e distribuição são propriedade privada com fins lucrativos. Explora as origens do capitalismo na transição da Idade Média para a Idade Moderna e as características do sistema capitalista, como produção para venda e lucro em vez de uso pessoal. Também descreve os diferentes tipos de capitalismo ao longo da história: comercial, industrial e financeiro.
O documento discute conceitos e métodos da ciência econômica, incluindo a evolução histórica da disciplina desde os fisiocratas até Keynes. Também aborda tópicos como microeconomia, macroeconomia, desenvolvimento econômico e economia internacional, além de questões como pobreza, desigualdade, crescimento e inflação no Brasil.
O documento descreve a evolução histórica do capitalismo desde o período comercial até o capitalismo financeiro monopolista, dividido em três fases. Também define socialismo, comunismo e diferentes modelos, e discute a classificação de países em primeiro, segundo e terceiro mundo com base em seu desenvolvimento econômico e problemas sociais.
O processo de desenvolvimento do capitalismoLilian Damares
O documento descreve as quatro fases do desenvolvimento do capitalismo: 1) Capitalismo Comercial, marcado pela expansão marítima europeia em busca de riquezas; 2) Capitalismo Industrial, com o início da Revolução Industrial na Inglaterra; 3) Capitalismo Financeiro Monopolista, com a formação de grandes corporações e divisão internacional do trabalho; 4) Capitalismo Informacional, baseado em tecnologias avançadas e importância do conhecimento.
Este capítulo discute as três vias de constituição do capitalismo (clássica, prussiana e colonial), e como a via colonial, seguida pelo Brasil, levou à formação de uma economia baseada na agricultura em grande escala utilizando mão-de-obra escrava. O capítulo também examina como o mercantilismo português e o "Pacto Colonial" estabeleceram as bases para a exploração econômica da colônia brasileira.
A primeira globalização (1450-1850) foi dominada pela expansão mercantilista européia através do comércio triangular entre a Europa, África e Américas. A segunda globalização (1850-1950) foi caracterizada pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista das potências européias. A globalização recente (pós-1989) foi acelerada pela queda da URSS e marcada pela cibernética, tecnologia e associações globais.
1) O documento contém uma avaliação de geografia sobre sistemas socioeconômicos, a Guerra Fria e desenvolvimento global. Inclui questões sobre capitalismo, socialismo, lei da oferta e procura, Guerra Fria e bipolaridade mundial.
2) Pede para associar características a sistemas socioeconômicos, explicar a relação entre oferta, procura e preços de alimentos, e marcar afirmativas sobre a Guerra Fria como verdadeiras ou falsas.
3) Também solicita elaborar um texto sobre a
4 03 15_16triunfo dos estados e dinamicas economicas nos seculos xvii e xviiiVítor Santos
1) Durante os séculos XVII e XVIII, alguns países europeus dominaram o comércio colonial e intercontinental, gerando grandes lucros;
2) Surgiu o capitalismo comercial, com o desenvolvimento de grandes companhias e novos mecanismos financeiros;
3) Isto levou à colonização das Américas e ao comércio triangular entre Europa, África e Américas, baseado no tráfico de escravos.
[1] O documento discute a evolução da ciência econômica desde os economistas clássicos até os neoclássicos, focando na escassez de recursos. [2] Também aborda o capitalismo imperialista dos séculos XIX-XX, quando potências europeias exploraram mercados e mão de obra em países subdesenvolvidos. [3] Finalmente, analisa como a globalização transformou o capitalismo em um sistema completo e potencializou o progresso científico-tecnológico em nível mundial.
20 a historia do capitalismo - michael beaudlucyinthesky33
1. O documento lista leituras sobre temas relacionados ao capitalismo, como livros e coleções.
2. As leituras incluem obras de autores como Rolf Kuntz, João Cardoso de Mello, Albert Hirschman e Frederico Mazzucchelli.
3. Também são listadas coleções como "Primeiros Passos" e "Primeiros Vôos", com livros sobre conceitos como capital, capitalismo e imperialismo.
O documento discute as visões de Max Weber, Karl Marx, Paul Singer e Claude Jessua sobre o capitalismo e como ele se desenvolveu ao longo da história, passando pelas fases do capitalismo comercial, industrial, financeiro e técnico-científico informacional.
O documento descreve os processos de globalização e organização do espaço mundial sob o capitalismo. Resume as três fases de expansão capitalista - mercantil, industrial e monopolista/financeira - e como cada uma moldou as relações de produção e dominação entre centros e periferias. Também discute como a atual fase de globalização acelerou o processo de integração do mundo sob o comando do sistema capitalista por meio de novas tecnologias.
O documento discute as três fases do capitalismo - capitalismo comercial, capitalismo industrial e capitalismo monopolista-financeiro - e três teorias econômicas - liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo. A primeira fase se estendeu do século XVI ao XVIII e foi caracterizada pela busca de lucros e acumulação de capital através do comércio. A segunda fase iniciou-se no século XVIII com a Revolução Industrial e fortaleceu o sistema capitalista através da industrialização. A terceira fase iniciou-se no século XX
O documento discute os sistemas econômicos, em particular o capitalismo, e suas fases de desenvolvimento. Apresenta também a teoria das elites, que defende a existência de uma elite minoritária destinada à liderança em qualquer sociedade.
O documento discute o declínio do estado-nação sob o neoliberalismo e a globalização capitalista. Apresenta como os modelos keynesiano e neoliberal falharam em resolver problemas como pobreza e desigualdade. Também descreve como os estados perderam autonomia para multinacionais e o sistema financeiro, levando a crises econômicas e sociais e descrédito da democracia representativa.
O documento descreve a evolução histórica do capitalismo desde sua origem na Europa feudal até se tornar o sistema econômico dominante globalmente nos dias de hoje. Inicialmente, o capitalismo surgiu como um sistema comercial baseado no comércio e na acumulação de riquezas, mas se transformou em um sistema industrial e financeiro com o surgimento da Revolução Industrial e da formação de monopólios e corporações multinacionais. O documento também discute como o capitalismo promoveu a integração econômica global através da divisão internacional do trabalho
O documento discute os impactos da globalização no mundo do trabalho, incluindo o aumento da precarização através da disseminação de formas de trabalho precário e condições análogas à escravidão. A globalização econômica enfraqueceu as proteções sociais e levou países menos desenvolvidos a oferecer mão de obra barata para atrair investimentos, comprometendo os direitos trabalhistas.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (1)GRAZIA TANTA
Carlos Taibo sintetiza a questão que se nos coloca, hoje. Ou ganhamos a consciência de que temos de sair urgentemente do capitalismo, regressando a lógicas de cooperação, solidariedade e apoio mútuo; ou entra-se num caminho de salve-se quem puder, com guerras, pobreza acentuada, desdém para com as alterações climáticas, com regimes fascistas e genocidas.
Sumário
1 - Uma (des)ordem económica e política
2 - A globalização é um processo
2.1 - Como o capitalismo vem cavalgando a globalização
2.2 - A instituição de um estado de excepção generalizado
3 - Os grandes promotores do desastre
3.1 - As ameaças vindas das classes políticas
4 – A leitura do contexto.
4.1 - As alternativas possíveis e as desejáveis
4.2 – O desenvolvimento do espirito do fascismo
4.3 – Um novo internacionalismo, precisa-se!
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
O documento discute como o capitalismo, e não a globalização, é o principal problema. A globalização é um processo histórico que precede o capitalismo, mas este último o aprofundou e estendeu de forma prejudicial. Uma alternativa é superar o capitalismo através de narrativas e redes internacionais anticapitalistas que promovam a unidade entre os trabalhadores.
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
1. O documento discute a dinâmica das desigualdades na Europa desde 1990, resultante da interação de fatores econômicos, sociais e geopolíticos no contexto da globalização capitalista.
2. Analisa a evolução recente do capitalismo e como gerou desigualdades entre centros e periferias na Europa através da deslocalização industrial e financeirização.
3. Discutem-se as alternativas para os estados periféricos europeus no atual sistema, como inserção competitiva, protecionismo ou satelitização.
O documento discute o capitalismo, desde suas origens na Idade Média até as fases atuais. Apresenta o surgimento da burguesia e do sistema capitalista comercial, seguido pela Revolução Industrial e o capitalismo industrial. Por fim, aborda o capitalismo monopolista-financeiro atual e as críticas ao sistema.
1. O documento discute os conceitos de geografia política e geopolítica, e descreve as fases do capitalismo e do socialismo. 2. Apresenta as principais características do sistema capitalista, incluindo a busca por lucro e propriedade privada. 3. Detalha as três fases do capitalismo: comercial, industrial e financeiro, e discute os níveis de desenvolvimento entre países.
1. O documento discute os conceitos de geografia política e geopolítica, e descreve os sistemas capitalista e socialista. 2. Detalha as fases do capitalismo: comercial, industrial e financeiro. 3. Explica as características principais do socialismo e as causas de sua decadência.
O documento discute a globalização e regionalização, explicando como a globalização neoliberal levou à formação de blocos econômicos regionais para proteger mercados internos. Identifica três grandes blocos - Americano, Europeu e Asiático - que exercem influência econômica, cultural e até militar em suas áreas, ainda que sem fronteiras claras. A conclusão é que globalização e regionalização estão ligadas e contribuem para concentração de riqueza e desigualdades sociais.
Um internacionalismo do século xxi, contra o capitalismo e o nacionalismo (3)GRAZIA TANTA
1. O documento discute as alternativas possíveis e desejáveis ao capitalismo, defendendo a construção de redes globais democráticas e a desobediência civil como formas de resistência.
2. Ao longo da história, os trabalhadores responderam ao desenvolvimento do capitalismo com protestos, greves e organizações como a Comuna de Paris e a Associação Internacional dos Trabalhadores.
3. Nos últimos anos, o neoliberalismo enfraqueceu os sindicatos e aumentou a precariedade dos trabalhadores para reduzir cust
O documento discute os conceitos de geografia política e geopolítica, e descreve os sistemas capitalistas e socialistas. Ele explica as características e fases do capitalismo, desde o capitalismo comercial até o capitalismo financeiro atual. Também aborda o socialismo real implementado na União Soviética e suas características, além de discutir brevemente o comunismo.
O documento discute a história da globalização em três fases: (1) Expansão mercantilista dos séculos XV-XVIII; (2) Industrialização e imperialismo dos séculos XIX-XX; (3) Crescimento financeiro pós-Segunda Guerra Mundial. A globalização atual é caracterizada por economias totalmente interconectadas através do comércio, investimentos e tecnologia de informação.
O documento descreve o capitalismo, socialismo e a Guerra Fria. O capitalismo é baseado na propriedade privada e lucro, enquanto o socialismo defende a igualdade de classes e propriedade coletiva. A Guerra Fria (1945-1989) foi um período de confronto ideológico entre esses sistemas, marcado por corrida armamentista e disputa de influência global entre EUA (capitalismo) e URSS (socialismo).
1. O livro discute o capitalismo democrático e seu significado espiritual.
2. O autor argumenta que o capitalismo democrático revolucionou as expectativas de vida humana mais do que qualquer outro sistema, aumentando a esperança de vida e reduzindo a pobreza.
3. Ele visa restaurar a fé no sistema capitalista democrático, estudando sua moral, princípios econômicos, políticos, culturais e teológicos.
Este documento resume as principais características da sociedade do século XIX na Europa industrializada. Dividia-se em duas grandes classes: a burguesia, dona dos meios de produção, e o proletariado, fornecedor da mão de obra. A burguesia subdividia-se em alta burguesia, burguesia média e pequena burguesia. As classes médias situavam-se entre a burguesia e o proletariado. Cada grupo desenvolveu sua própria identidade e valores dentro da sociedade de classes emergente
Semelhante a O neoliberalismo e a geopolítica no mediterrâneo (1) (20)
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfGRAZIA TANTA
O documento fornece estatísticas sobre as exportações de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia, mostrando que a Rússia continuou a vender grandes quantidades de petróleo, gás natural, derivados de petróleo e carvão para países da Europa e Ásia, incluindo membros da OTAN. O autor critica os líderes da UE e da OTAN por sua incapacidade de impedir as vendas de energia russa e dependência contínua dos recursos energéticos da Rússia.
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaGRAZIA TANTA
Este documento analisa as desigualdades demográficas na União Europeia entre 1995-2021. Aponta que alguns países como Espanha, França e Alemanha tiveram crescimento populacional, enquanto outros como Romênia e Bulgária perderam quase 3 milhões de habitantes. Também destaca que a crise financeira acentuou as desigualdades regionais e levou a mais migração para a UE.
1) O documento discute o conceito de "BideNato", referindo-se à aliança entre os EUA e a Europa liderada pela Casa Branca e Pentágono.
2) A Europa está em declínio e tende a ser vista como uma península asiática sob influência dos EUA, que usam a NATO para evitar o isolamento geopolítico em relação a outras potências como China e Rússia.
3) A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é apontada como símbolo da decadência europeia
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
1. The document discusses NATO expansionism and militarism as dangers to humanity. It argues that the US uses NATO to dominate Europe, install military bases near Russia, and promote the arms industry.
2. It claims the war in Ukraine will prolong US/NATO dominance over Europe and allow more weapons sales. However, this escalates tensions and endangers European lives and economies to serve US interests.
3. Militarism poses great risks and the document advocates demilitarization and reducing US/NATO aggression towards Russia to promote peace in Europe.
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
O documento discute a proliferação militar dos EUA no mundo e como isso revela os limites do seu poder. Apresenta uma lista incompleta de instalações militares dos EUA por região, com a maior concentração no Oriente e Oceania (40% do total) e na Europa (60% na Alemanha e Itália).
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UEGRAZIA TANTA
Este documento discute a história e situação atual da NATO e da Ucrânia. A NATO foi criada originalmente para proteger a Europa Ocidental dos EUA contra a URSS, mas continua sob forte influência dos EUA. A Ucrânia nunca teve unidade política e está dividida entre o oeste católico e o leste pró-Rússia. Recentemente, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas no leste da Ucrânia em resposta à crescente influência ocidental.
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
Este documento contém 10 textos de circunstância sobre vários assuntos como: 1) A concorrência entre conferências democráticas; 2) Ataques judiciais ao futebol e alegada corrupção nos clubes; 3) Vários casos de corrupção nas Forças Armadas portuguesas.
O neoliberalismo e a geopolítica no mediterrâneo (1)
1. O neoliberalismo e a geopolítica no Mediterrâneo (1)
Sumário:
1 - Panorama histórico global
2 - O neoliberalismo
3 – Notas sobre a globalização excludente
4 – Aplicações neoliberais na bacia do Mediterrâneo
5 - As clivagens demográficas e económicas. A posição de Portugal
1 - Panorama histórico global
É meridianamente verdadeiro que a riqueza relativa de Europa se
iniciou com o saque de recursos, baseado na guerra e na pirataria –
esta, como forma redistribuidora do espólio entre as potências
europeias. Curiosamente, a jurisdição da época distinguia entre piratas
(iniciativa privada) e corsários (piratas com credenciais de um Estado,
uma forma pioneira de parceria público-privada), sendo os mais
célebres, Drake e Surcouf); o que não era compreendido totalmente
por comerciantes e marinheiros de navios saqueados e afundados.
Hoje, também não é fácil distinguir a cupidez de bancos privadas e a
de bancos públicos.
Mais tarde, no século XIX, na sequência do predomínio europeu no
mundo, estabeleceu-se uma hierarquia entre as potências europeias
para a efectivação da partilha colonial do planeta, especialmente em
África (Conferência de Berlim, 1885) e na Ásia. No continente
americano, para além dos EUA, vigoravam essencialmente fórmulas de
neocolonialismo, sobre as antigas colónias ibéricas, dominadas desde
as independências por minorias oligárquicas de brancos e crioulos.
Sobrevindo a descolonização, há pouco mais de meio século, alargou-
se à África e à Ásia a forma neocolonial da exploração dos recursos,
numa aliança entre o capitalismo ocidental e as suas multinacionais,
por um lado. e as oligarquias corruptas do chamado Terceiro Mundo,
de peles escuras e máscaras brancas.
De toda a secular pilhagem e exploração de povos de além-mar
nasceu uma enorme acumulação de riqueza – rendimentos e
propriedade – que permitiu aos capitalistas ocidentais amenizarem as
lutas de classe e jugularem os ímpetos revolucionários da multidão.
Feitas as contas, efectuada a análise dos custos e dos benefícios, o
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2. poder económico ocidental utilizou o bom pecúlio da exploração
neocolonial, do controlo dos preços e da troca desigual para favorecer
as camadas trabalhadoras, em troca da paz social. Foram os aparelhos
dos Estados que se encarregaram dessa mediação, criando sistemas de
apoio na doença e na velhice, férias pagas e garantia de emprego.
Bismark foi um dos primeiros a compreender as vantagens desse modelo
pacificador e, em 1933, Beveridge criou nos EUA o primeiro sistema de
segurança social.
O designado modelo social europeu, nas suas diversas configurações
(escandinava, renana, japonesa, inglesa…), funcionou enquanto as
economias cresciam em ritmo aceitável para suportar os custos sociais
inerentes que mantinham os trabalhadores mais ou menos serenos
dentro dos seus redutos nacionais, com o apoio decidido e por vezes
musculado das burocracias sindicais. Foi o periodo dos conhecidos
“gloriosos trinta anos” cujo fim foi selado politicamente pelas revoltas de
Maio de 1968 em França e depois na Itália, pela capacidade da OPEP
em aumentar o preço da energia e ainda, pela derrota americana no
Vietnam.
O capitalismo ocidental inventou então a deslocalização da produção
para locais no mundo onde os custos da gestão alargada da mão de
obra eram mais baratos; o processo vulgarizou-se e a produção
segmentou-se em diversos componentes que deixaram de estar
integrados em grandes conglomerados de empresas, para terem uma
produção individualizada e de massa, repartida por várias empresas em
vários continentes.
A liberalização dos movimentos das mercadorias processou-se em
paralelo, pois as fronteiras, as alfândegas e os impostos ali cobrados
constituiam barreiras e encargos que tendiam a produzir custos, alongar
o tempo de circulação das mercadorias e reduzir a rendabilidade das
multinacionais.
Recorde-se que o liberalismo económico havia renascido, após a II
grande guerra, com o retomar da tese das vantagens comparativas e
da criação, então, de mercados para as exportações dos EUA. Isso,
porém, numa base geográfica limitada que servia os interesses das
multinacionais norte-americanas, muito interessadas em participar na
reconstrução da Europa, devastada pela guerra, em unificar o espaço
europeu naquilo que se veio a chamar, então, as Comunidades, com
relevo para a CEE.
Voltando ao final dos “gloriosos trinta anos”, todo o processo descrito, a
globalização, acentuou as dificuldades de crescimento das economias
europeias, promoveu a pressão para que os níveis salariais não
acompanhassem a inflação, nem os acréscimos de produtividade e
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3. gerou desemprego. Entretanto, os bens de consumo produzidos,
sobretudo na Ásia, chegavam a baixos preços, concentrando-se a
Europa nos serviços e na produção material não exportável ou, onde
(por enquanto) existem qualificações impares que permitem uma
exportação competitiva.
2 - O neoliberalismo
Iniciou-se há cerca de quarenta anos (no Chile de Pinochet) a
aplicação prática do modelo de gestão social e organização
económica alicerçado nas teses de Hayek, a que se designou por
neoliberalismo. Pretendia-se assim proceder a um remoçar do
liberalismo económico, derivação do pensamento dos economistas do
século XVIII, porém, despojado da inspiração iluminista, do pendor
igualitário e moralista daqueles; derivação essa que mostrou os seus
limites, mesmo a sua estupidez, durante a recessão de 1929/33.
Procurou contrapor-se o neoliberalismo ao keynesianismo reinante
desde o New Deal e dos finais da última grande guerra, acusado de
não promover o investimento, de limitar a iniciativa privada, de assentar
num aparelho de Estado, omnipresente e ávido de impostos.
Algumas das características nobres desta forma de gestão do
capitalismo são a mercantilização, a competitividade, a
desregulamentação e, mais recentemente, os aprofundamentos
criativos da financiarização e da flexibilização. Todos estes preceitos
pretendem-se como regras universais dos detentores de capital
aumentarem o que sempre foi o seu móbil essencial – o lucro.
O lucro, a “criação de valor” é tomado como o motor da criação de
riqueza, a base da poupança, geradora do investimento, que por sua
vez promove o crescimento e o desenvolvimento e de onde resulta o
bem-estar geral. Para tal é preciso reduzir ou eliminar custos, toda a
“gordura”, para que os empreendedores possam promover a felicidade
global… um dia! Como ser empreendedor sem capital não é nada fácil
– pesem embora as fábulas sobre os “self-made men” – é preciso
enriquecer os capitalistas para cumprirem a pesada responsabilidade
de promover o bem da Humanidade.
Os problemas sociais, o desemprego, os despedimentos, os baixos
salários, os desequilíbrios internacionais ou nacionais, o acesso a
cuidados médicos ou a um ensino decente, tudo tem resolução através
do mercado. O neoliberalismo apresenta-se como panaceia para
todas as maleitas.
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4. Esta axiomática que também se designa por catecismo ou teologia
neoliberal constitui portanto, um mecanicismo auto-suficiente, uma
revelação. E é esta conversa fiada que é ensinada nas universidades,
que é regurgitada pelo patronato, pelos mandarins de referência, pelos
media e até repercutida no discurso das próprias vítimas da teologia.
Mesmo quando a actual crise mundial, a incapacidade dos governos,
da Comissão Europeia do BCE, do sistema financeiro apodrecido revela
que a ortodoxia neoliberal é uma patranha, as universidades não
inovam, não revêem o que ensinam. Recentemente, ouvimos um
mediático neoliberal, um tal João Duque, director do ISEG referir o seu
grande feito: ter iniciado neste ano lectivo uma turma pioneira por ter
aulas só em inglês e que a coisa se vai expandir. Será que importa a
língua utilizada se o que se aprende é parvoice?
3 – Notas sobre a globalização excludente
No processo de inserção dos dogmas neoliberais a nível global, podem-
se identificar duas fases.
Numa primeira fase do processo de (des)montagem neoliberal
procedeu-se à transferência de actividades dos países ocidentais para
países e locais de baixo preço de mão de obra, associados a duras e
extensivas condições laborais ou menosprezo pelos danos ambientais.
As necessidades de funcionamento do modelo neoliberal pouco se
perturbam com essas questões ou com a existência de ditaduras a que
eufemisticamente designam por “deficits democráticos”, “regimes
musculados” e outros epítetos; desde que contribuam para a criação
de lucros, a ausência de valores, a ética, os direitos humanos não causa
perda de sono aos promotores da ordem económica global. Até se
mostram distraidos se lhes for apontado que a corrupção, a fuga fiscal,
a burla, são factores de distorção da concorrência.
Essa deslocalização e a liberdade de circulação de mercadorias e
capitais promoveram, a segmentação da produção em unidades
independentes, localizadas um pouco por toda a parte e associadas a
pesadas cadeias logísticas, consumidoras de capital e geradoras de
enormes consumos energéticos. E promoveram, como consequência, o
abandono de equipamentos, terras, conhecimentos, gente,
transformados em monos, improdutivos e inúteis, nos países ocidentais.
Paralelamente, oferecendo a possibilidade de proceder a
investimentos, as multinacionais incentivaram a concorrência entre
países e seus governos, regiões e seus autarcas, com as contagiosas
sequelas na mente dos povos, volúveis a cânticos nacionalistas, em que
a minha pátria é melhor e mais gloriosa que a tua; regionalistas, em que
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5. os nortenhos são melhores que os sulistas, os madrilenos melhores que os
“lepes”, etc; xenófobos, segundo os quais a minha etnia ou religião é
mais civilizada e esperta que a tua, sobretudo se fores preto ou cigano.
Como os gestores globais de multinacionais se devem divertir como se
agitassem um osso, com uma matilha de cães ladrando e saltando à
sua volta, cada qual disputando a refeição!
Para aceder a essas benfeitorias das multinacionais, governos e
autarquias competem entre si, oferecendo terrenos e benefícios fiscais
específicos e procurando que o trabalho seja remunerado de forma a
agradar às multinacionais, que é como quem diz, com baixos níveis e
condições laborais… competitivas. E as multinacionais sempre saberão
utilizar consultores e advogados, como intermediários para corromper os
decisores certos (ministros, autarcas e outros); os casos Freeport, dos
submarinos, em Portugal, estão aí para o confirmar. A escalada
neoliberal da concorrência e do empobrecimento relativo ou absoluto,
encontra aí um decisivo elemento.
Sem dúvida que as deslocalizações também vieram a gerar em alguns
casos emprego ou a retirada da miséria de muitos trabalhadores nos
países pobres para onde se transferiram fábricas e criaram novas
actividades economicas. Os camponeses chineses que
clandestinamente se mudaram para as cidades decerto não foi porque
naquelas encontrassem piores condições de vida, mesmo trabalhando
sessenta horas semanais. Isto até poderia estar contido num discurso do
Strauss-Khan!
Mas, na realidade, a esmagadora maioria das populações dos paises
pobres está longe de ter grandes benefícios com as deslocalizações. Na
Índia, apesar dos avanços realizados, 92% da população vive na
miséria; no norte do México, o tráfego de droga coabita com as
desumanas “maquilladoras”; e, com os 40% de egípcios que vivem $ 2
por dia, constituem outras tantas manchas negras no quadro idílico do
neoliberalismo. E as multidões que se acolhem às metrópoles africanas
em busca de sobrevivência, uma vez que a agricultura nos seus países
não é viável e a indústria não aparece? E os favelados do Brasil? E os
centro-americanos que morrem no muro da fronteira México-EUA para
fugir à fome? E os africanos que se esmagam contra as redes
fronteiriças em Ceuta ou se afogam no mar antes de chegarem à
Europa? E os roubos, as violações, os assassínios que os assolam pelo
caminho?
Em termos globais, da multidão mundial, a parcela que beneficiou da
globalização excludente não supera em quantidade e acréscimo de
rendimento a parcela daqueles que, no chamado Terceiro Mundo, são
vítimas da pobreza por obra do desnorte da economia mundial,
somados aqueles que, na Europa e nos EUA vivem no desemprego
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6. continuado ou na pobreza. Nos opulentos e exemplares EUA, da Wall
Street e dos Goldman Sachs, 42 M de pessoas recebe cupões para
comer nas instituições de caridade.
Numa segunda fase, foram surgindo paises, nomeadamente com
grande dimensão territorial e demográfica onde, com um forte apoio
do Estado e utilizando mitologias socialistas ou nacionalistas, se foram
construindo sectores de média e elevada tecnologia com uma lógica
laboral mais ou menos restritiva e sem abandono dos baixos níveis
salariais, comparativamente aos praticados nos países desenvolvidos.
Está-se a falar particularmente dos BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China
mas, também de outros como o Irão ou a Venezuela.
Esses países, no seu conjunto, detêm imensas reservas energéticas, uns
40% da população mundial, armas atómicas (Rússia e China), recursos
financeiros apreciáveis, vão aumentando as trocas entre si e com
terceiros e possuem competências técnicas e tecnológicas em quase
todas as áreas da produção.
O surgimento destes poderes regionais fortes, com razoável margem de
manobra para com as multinacionais ocidentais, nomeadamente o FMI,
constitui um desafio enorme à supremacia política e económica do
Ocidente; e não existe uma solução militar disponível ou ganhadora
que possa ser lançada pelos EUA, pela UE e pelos seus instrumentos de
guerra.
Todo este processo de globalização não anulou as fronteiras no que se
refere às normas laborais e salariais, à regulação social ou ambiental; as
fronteiras continuam a ser imprescindíveis para a segmentação da
produção e da multidão, ao estabelecimento de hierarquias
internacionais e intra-nacionais, dentro do velho preceito de “dividir
para reinar”. De facto, por um lado, defendem-se lógicas
incentivadoras da constituição de mercados alargados, de
coordenação de políticas e homogeneização ideológica (o tal
pensamento único); por outro, assiste-se, em paralelo, ao fomento de
forças centrípetas, à implosão de estados, à sua reconstituição em
bases frágeis ou mesmo inviáveis, sempre que daí resultem clientelas
dóceis, facilidades de implantação das multinacionais, vantagens
geoestratégicas, etc.
Em nome da competitividade, da inserção nos “mercados” globais,
também no que se refere aos paises ricos se tem vindo a consolidar um
pendor para o rebaixamento dos níveis salariais e das condições de
vida, que está longe de ter terminado. Esse rebaixamento tem sido feito
para benefício do tripé em que assenta a estrutura do capitalismo – o
sector financeiro, as multinacionais e o capital mafioso – com evidentes
ligações aos Estados nacionais ou plurinacionais, com a utilização
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7. normativa e “exterior” das organizações internacionais (OMC, FMI,
OCDE…).
Finalmente, as possibilidades oferecidas pelo sistema financeiro, pela
especulação, pelos ignotos, omnipotentes e omniscientes “mercados”
constituem um destino o para encaminhamento dos capitais. Se um
capitalista investe na construção de uma fábrica, isso representa
imobilização de capital, com recuperação em vários anos, problemas
técnicos e de gestão, trabalhadores… tudo evitável perante as
facilidades, a liquidez e a rendabilidade dos “mercados” financeiros.
Portanto, é mais prático, menos cansativo e mais rendável colocar o
dinheiro na especulação, emprestando, por exemplo, dinheiro aos
Estados – a dívida soberana - os quais, obedientemente, exercerão os
seus direitos de exercer a punção fiscal para abastecer aqueles
capitalistas, absentistas e desligados de qualquer função socialmente
útil.
4 - Aplicações neoliberais na bacia do Mediterrâneo
Como produto de toda esta reestruturação do poder económico e
político mundial há um declínio político e económico do mundo
ocidental, de carácter “tectónico” com a ascensão da Ásia do sul e
oriental e da América Latina. No que se refere à bacia do
Mediterrâneo, mais particularmente, verifica-se:
Na Europa,
• Um empobrecimento económico, com o surgimento de mais
fundas clivagens entre o centro e a periferia do continente, entre o
norte e o sul; no sul da Europa, há mesmo um processo de visível
terceiromundialização, com a degradação acelerada das
condições de vida;
• Uma deriva anti-democrática nos métodos de escolha política e
uma lógica concentracionária, em torno de mandarins autoritários
e não-eleitos, nas decisões estruturantes na configuração política,
social e militar da UE;
• A criação de vastos segmentos da multidão, como excluidos,
tomados como excedentes demográficos e verdadeiras
excrescências sociais, como os desempregados, os trabalhadores
precários, os reformados, os funcionários públicos, os pobres, no seu
conjunto, agredidos, ostracizados ou ignorados pelos poderes
estatais ou sindicais;
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8. • A criação de novos alvos do chauvinismo e do racismo (ciganos,
imigrantes, sobretudo africanos e muçulmanos) como polos de
canalização e confluência de descontentamentos múltiplos. O
anúncio do falhanço ou da inconveniência do multiculturalismo por
Cameron, Sarkozy ou Merkel insere-se no mesmo objectivo;
• A manutençaõ de alguma entrada de imigrantes do sul, por dois
motivos. Por um lado, dada a situação de miséria e desespero
vivida na margem sul, a entrada controlada de imigrantes constitui
uma pressão contínua no sentido do abaixamento dos salários nos
países europeus. Em segundo lugar, é preciso manter a ilusão junto
dos deserdados do sul de que há uma saída para as suas vidas no
lado norte do Mediterrâneo; mesmo que os bafejados com essa
sorte sejam poucos e se passem a designar “sem-papéis”, forma
crua de referir a ausência de direitos e de dignidade humana.
Na África do Norte e na Ásia Ocidental,
• Na orla sul e oriental do Mediterrâneo têm sido incentivados ou
tolerados regimes políticos ditatoriais em torno de oligarquias
monárquicas ou militares, gestoras da venda de recursos
energéticos ou de centros de acolhimento de massas de turistas;
• O grande crescimento demográfico e da população urbana em
especial, acompanhado de um forte aumento das habilitações dos
jovens, gera um conflito insanável para com as oligarquias
nacionais e os seus apoiantes ocidentais, dadas as enormes taxas
de desemprego, as fundas desigualdades na distribuição do
rendimento e a generalizada corrupção;
• Também para as populações do Maghreb e da Ásia ocidental
está na agenda uma lógica virada para a supressão dos pobres
para suprimir a pobreza, uma vez que aquelas populações são
consideradas pouco interessantes do ponto de vista do
capitalismo global;
• Essas lógicas excludentes que incidem sobre estratos sociais ou
etários assume formas de genocídio relativamente a algumas
nacionalidades, despojadas e despejadas das suas regiões de
ancestral permanência, como no caso dos palestinianos e dos
saharauis;
• Os palestinianos e os saharauis são os destacamentos mais
avançados, os “eleitos” pela globalização excludente no
genocídio lento que está dirigido aos povos das duas margens do
Mediterrâneo, como produto da incapacidade do capitalismo de
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9. promover o desenvolvimento e o bem-estar para a esmagadora
maioria dos povos que vivem em torno do velho Mare Nostrum.
5 - As clivagens demográficas e económicas. A posição de Portugal
As clivagens demográficas e económicas na bacia do Mediterrâneo
estão em gestação há décadas e atingiram um ponto de desequilíbrio
nunca atingido no passado. Se, do ponto de vista económico as
posições relativas entre os vários quadrantes geopolíticos do
Mediterrâneo se têm mantido, com algumas alterações, no capítulo da
demografia regista-se uma mudança qualitativa essencial.
As regiões geopolíticas aqui definidas são as seguintes:
• Europa Sul-Ocidental
• África do Norte
• Europa Sul-Oriental
• Ásia Ocidental
Em 1889, no rescaldo da Conferência de Berlim, de partilha da África, a
população estimada para a bacia mediterrânica distribuia-se do
seguinte modo(1):
1000 %
Africa do Norte 31.468 16,5
Asia Ocidental 22.176 11,6
Europa Sul-Oriental 33.762 17,7
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10. Europa Sul-Ocidental 103.718 54,3
Total 194.124 100,0
Pese embora que o cálculo da população nos paises colonizados não
tenha sido rigoroso, pois não se realizavam aí recenseamentos, o
colonialismo ou o semi-colonialismo de que era objecto o Império
Otomano, tinha na base uma grande superioridade militar, económica
e, como se observa, demográfica, das potências coloniais
relativamente aos povos submetidos. Isto, sem prejuizo das resistências
passivas ou activas, pacíficas ou armadas dos colonizados contra a
suserania europeia, impante, autoritária e racista, para a qual os
colonizados eram incivilizados, brutos, animalizados.
Em finais da segunda guerra mundial e antes do início da
descolonização, demonstra-se que a população da Europa Sul-
Ocidental já não constituia a maioria da população da bacia
mediterrânica mas, apenas 46.7% do total.
Actualmente, a Europa Sul-Ocidental representará apenas 28.2% do
total, o que passou a representar menos do que qualquer uma das
populações do Norte de África e da Ásia Ocidental. Para o periodo
2025/2050 é prevista uma estagnação da população daquela região
europeia, com a continuação da perda de quota no total da bacia
mediterrânica.
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11. Mediterrâneo - Distribuição da população
100%
80%
60%
40%
20%
0%
1950 1970 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2025 2050
Africa do Norte Asia Ocidental Europa Sul-Oriental
Europa Sul-Ocidental Israël
Fonte primária : CNUCED/UNCTAD
Por outro lado, a população da Europa Sul-Oriental que cresce até
1995, entrou em declínio desde então e terá em 2050 uma população
aproximada à que tinha oitenta anos antes.
O número de habitantes do Norte de África é hoje o quádruplo da que
registava em 1950 e projecta-se que cresça 50% até 2050. Na Ásia
Ocidental a população quase quintuplica o número atingido em 1950 e
crescerá 70% nos próximos quarenta anos. Em 1950, a Europa Sul-
Ocidental tinha mais 40 M de habitantes que o conjunto das partes de
África e da Ásia aqui consideradas; actualmente, tem menos do que
apenas uma daquelas regiões!
Finalmente, na fortaleza ocidental designada por Israel, o crescimento
vem-se manifestando regular devendo-se isso, como é sabido,
parcialmente, ao aumento verificado nos súbditos de origem
palestiniana, cidadãos de segunda.
Não se pretende, de modo algum, subscrever teses malthusianistas,
uma vez que a espécie humana sempre se soube adaptar às condições
naturais e socio-económicas dos espaços; e, por outro lado,
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12. imaginando uma estagnação das capacidades tecnológicas de
produção de alimentos nos níveis actuais, o planeta seria, hoje, capaz
de alimentar 12000 M de seres humanos, pouco menos do dobro dos
seus actuais 7000 M de habitantes. Naturalmente, portanto, nada
justifica que não seja apenas decorrente das estruturas económicas e
sociais próprias do capitalismo e dos “mercados”, o aumento dos
preços dos bens alimentares ou o recrudescimento do número de
indivíduos em situação crónica de fome.
A distribuição do rendimento entre as regiões consideradas como
distintas para o periodo 1970/2010 revela, a despeito de algumas
variações, uma relativa estabilidade.
Mediterrâneo - Distribuição do PIB
100%
80%
60%
40%
20%
0%
1970 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Africa do Norte Asia Ocidental Europa Sul-Oriental
Europa Sul-Ocidental Israel
Fonte primária : CNUCED/UNCTAD
A parcela da Europa do Sul-Ocidental decresce até 1985, atingindo na
década de 90 mais de três quartos dos rendimentos gerados em toda a
bacia do Mediterrâneo, voltando a reduzir-se até ao momento
presente, revelando claramente as baixas taxas de crescimento que
vêm marcando a conjuntura na Europa do sul. No entanto, ultrapassa
os três quartos do rendimento regional, actualmente… para uma
população que só representa 28.2% do total.
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13. A Europa Sul-Oriental reduz a sua participação no rendimento global
para cerca de metade, de 1950 para 2000, fruto das dificuldades de
crescimento no seio do antigo Comecon, da sua transição para a
lógica neoliberal e ainda da pulverização do antigo espaço jugoslavo.
No Norte de África, o peso no rendimento da bacia cresce até 1985,
não voltando a atingir o mesmo nível desde então, situando-se em 2010
na situação em que se achava há quarenta anos; isto é, 5.4% para uma
população que representa 30.4% do total.
Na Ásia Ocidental há um aumento substancial da sua
representatividade na década de 70 do século passado, consequência
evidente das grandes subidas do preço do petróleo então registadas,
decaindo depois, para retomar a ascensão do seu peso, já no actual
século. Embora tenha uma população que representa 28.6% da bacia
mediterrânica a parcela do rendimento global não ultrapassa 15.5%.
Note-se ainda a redução do peso de Israel na ultima década.
A comparação dos dois gráficos anteriores revela as enormes
desigualdades existentes na bacia do Mediterrâneo e justifica, de um
modo global e claro, as actuais clivagens políticas e económicas entre
as duas margens do mar e indicia as causas das dificuldades da
multidão, causadas pelos seus respectivos mandarinatos, bem como
dos levantamentos populares em curso. E, como em todas as médias,
oculta as enormes desigualdades dentro das diversas fronteiras
nacionais, sobretudo dada a pequena dimensão das classes médias,
nas margens sul e oriental.
Apesar das desigualdades que se vão acentuando na Europa como
resultado das lógicas da competitividade e do primado dos mercados,
a situação não é comparável com a observada nos outros paises da
bacia, onde grande parte da produção e das exportações se
concentra em bens energéticos cujos rendimentos se acumulam nas
contas das castas governamentais.
Quando se revela que Mubarak terá roubado, no seu longo consulado
ditatorial cerca de $ 70000 M, correspondendo a um terço da
economia egípcia, percebe-se a miséria, o desemprego e a revolta dos
egípcios. E quanto terão roubado os generais que ainda estão no
poder? Com tais possibilidades de enriquecimento que levaria os
generais a solidarizarem-se com os povos da região no extirpar do quisto
israelita? Claro que preferiram o abrigo fofo do tio Sam e o conforto das
luxuosas mansões no deserto e os rendimentos de centros comerciais.
Generais sentados à beira do Nilo.
A comparação revela também as causas profundas da crispação
existente na UE relativamente aos outros povos ribeirinhos; a razão pela
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14. qual a UE apoia todo e qualquer regime autoritário e corrupto, como
guarda das suas fronteiras, das condutas de petróleo ou gás e do Suez.
E ainda a razões do armamento e das acções militar-policiais levadas a
cabo pelo dispositivo militar-estratégico ocidental no Mediterrâneo.
Para sintetizar com maior clareza as desigualdades descritas, compare-
se a distribuição actual da população e do rendimento.
Mediterrâneo - Distribuição da população e do PIB
- 2010 -
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
População PIB
Europa Sul-Ocidental Restantes
Considerando que o índice 100 corresponde à capitação média do
rendimento no Mediterrâneo, o quadro seguinte revela pequenas
variações nos níveis relativos dos vários quadrantes, excepto no que se
refere à Europa Sul-Ocidental que, contudo vem estabilizando as
distâncias relativamente à média global, desde 1990. Apesar dessa
situação, aquela região é a única verdadeiramente ganhadora nos
quarenta anos estudados.
Neste contexto, notem-se as perdas, ainda que ligeiras, do Norte de
África, a partir de 1990 e que contribuem para que a região se
posicione como a mais pobre do Mediterrâneo. Salientam-se também
as alternâncias entre a Europa Sul-Oriental e a Ásia Ocidental, sempre
claramente aquém da média global, afectadas pelo peso da Europa
Sul Ocidental no conjunto.
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15. Capitação regional
(capitação média na bacia mediterrânica=100)
275
250
225
200
175
150
125
100
75
50
25
0
1970 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Africa do Norte Asia Ocidental Europa Sul-Oriental
Europa Sul-Ocidental Israel Total
Fonte primária : CNUCED/UNCTAD
O gráfico que se vai seguir estabelece o quociente entre a capitação
média na Europa Sul-Ocidental e as capitações das outras regiões.
O rendimento médio de um habitante da Europa Sul-Ocidental
correspondia em 1970 ao de 7.3 norte-africanos mas já 13.6
actualmente. Na Ásia Ocidental era preciso somar o rendimento de 3.7
habitantes de 1970 para alcançar a capitação de um europeu do
sudoeste e esse indicador subiu para 4.5, quarenta anos depois, apesar
de algumas melhorias nos anos noventa.
Na Europa Sul-Oriental o indicador também evolui desfavoravelmente
nos anos noventa e fixa-se em 3.1 em 2010.
Globalmente, a capitação de um habitante da Europa Sul-Ocidental
valia o correspondente à de 1.8 cidadãos da bacia mediterrânica, em
1970 e evoluiu para 2.4 no tempo que corre. Em suma, a redistribuição
dos rendimentos beneficiou, nos últimos quarenta anos, a Europa Sul-
Ocidental.
Entre as heterogeneidades dentro de cada uma das regiões
identificadas, sublinha-se a que se observa na Europa Sul-Ocidental,
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16. sensivelmente um primeiro quadrante da bacia mediterrânica (ver
mapa) e oculta as grandes desigualdades que existem entre os países e
povos aí enquadrados. E, na parte que interessa aos residentes em
Portugal revela-se o grande equívoco quanto à Europa.
Destaca-se, para além de algumas quedas registadas nos países mais
desenvolvidos, o facto de Portugal evidenciar, tal como a Espanha uma
evolução muito favorável nos dois primeiros lustros que se seguiram à
integração na UE (1986). No caso português a estagnação,
comparativamente à média da bacia mediterrânica, é bastante visível
nos últimos quinze anos; bem como o distanciamento relativamente ao
vizinho ibérico.
Capitação relativamente à capitação média na bacia
mediterrânica (=100)
550
525
500
475
450
425
400
375
350
325
300
275
250
225
200
175
150
125
100
75
50
1970 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009
Espanha França, incl depart. Ultramar.
Itália Malta
Portugal Suiça/Liecht.
Fonte primária : CNUCED/UNCTAD
No que respeita a Portugal vão apresentar-se elementos tratados em
trabalho anterior (2) sobre a distribuição do rendimento, para um cotejo
mais detalhado sobre a posição do país na hierarquia regional. Disse-se
aí que 5148 milhares de trabalhadores por conta de outrém ou de
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17. conta própria, em 2008, teriam auferido 50.2% do rendimento nacional,
cabendo a cada um o valor anual médio de € 16220 para fazer face à
sua existência e dos seus familiares, nomeadamente crianças. Por outro
lado, os 441 000 indivíduos que vivem essencialmente de lucros, juros e
rendas arrecadam 36.8% do rendimento nacional, o designado
excedente bruto da produção; cabe a cada um, em média € 61277
anuais, sem esquecer que a grande maioria daqueles tem também
emprego e é remunerado pelo seu trabalho. São casos escandalosos
de rendimentos do trabalho, os proventos do célebre Mexia e do
presidente da TAP, Fernando Pinto que dificilmente se não podem
deixar de ser considerados capitalistas.
Como é evidente e palpável, há um grande fosso entre trabalhadores e
capitalistas, sabendo-se que a chamada classe média, muito referida
nos media, é bastante mais reduzida do que se julga; embora
ideologicamente, seja comum encontrarem-se pessoas com parcos
rendimentos, que se afirmam como pertencentes a essa classe média.
O gráfico que se segue procede a um cotejo entre a capitação do
rendimento para os países incluidos na região Europa Sul-Ocidental,
incluindo Portugal, para 2008/2009 mas, apresentando também os
rendimentos médios de um trabalhador português e de um luso
capitalista.
Europa Sul-Ocidental - Capitação do rendimento (2008/09)
Suiça/Liecht.
Portugal - trabalhadores
Portugal - capitalistas
Portugal
Malta
Itália
França, incl dep ultram.
Espanha
Europa Sul-Ocidental
1000 euros 0 10 20 30 40 50 60 70
Fonte primária : CNUCED/UNCTAD, INE
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18. Conclui-se que um capitalista português padrão tem, vivendo em
Portugal, um rendimento equiparado ao de um suiço médio, sabendo-
se que inversamente, o rendimento de um trabalhador comum em
Portugal só daria para uma semana em cada mês, se vivesse na Suiça.
Esta situação escandalosa, é produto do modelo neoliberal e revela
como é degradante para quem vive em Portugal, olhar-se ao espelho e
ver a imagem da sua apatia ou resignação. É escandaloso também
que na divertida esquerda portuguesa, esta questão nunca tenha sido
colocada claramente e catapultada para propostas políticas
mobilizadoras da multidão. Quem compreenderá que na esquerda
paroquial lusitana, nada se refira sobre as desigualdades existentes na
distribuição do rendimento?
É urgente e imperioso que, na sequência das movimentações de massa
de 12 de Março último, as desigualdades no rendimento e nos impactos
da pressão genocida exercida pelo sistema financeiro global sejam
tidas em conta para uma transformação do cenário político e social
que vai doendo à esmagadora maioria da multidão; e que esta deixe
de se mostrar distraida para com os capitalistas e os ricos.
(continua)
Notas:
(1) Com base em elementos recolhidos no Atlas de Geographie Moderne, Librairie
Hachette, 1889
(2) Portugal, os “mercados” e o empobrecimento generalizado
http://www.slideshare.net/durgarrai/portugal-os-mercados-e-o-
empobrecimento-generalizado
Este e outros textos em:
http://www.scribd.com/group/16730-esquerda-desalinhada
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
www.esquerda_desalinhada.blogs.sapo.pt
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