O documento discute o capitalismo, desde suas origens na Idade Média até as fases atuais. Apresenta o surgimento da burguesia e do sistema capitalista comercial, seguido pela Revolução Industrial e o capitalismo industrial. Por fim, aborda o capitalismo monopolista-financeiro atual e as críticas ao sistema.
2. CAPITALISMO
•Origens do sistema capitalista
•Características
•Fases
•História do capitalismo
•Lucros e trabalho assalariado
•Neocolonialismo
•Economia de mercado
•Globalização da economia
3. "O caminho da vida pode ser o da liberdade e
da beleza, porém, desviamo-nos dele.
A cobiça envenenou a alma dos homens,
levantou no mundo as muralhas do ódio e
tem-nos feito marchar a passo de ganso para
a miséria e os morticínios.
Criamos a época da produção veloz, mas nos
sentimos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz em grande escala, tem
provocado a escassez.
4. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos;
Nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que máquinas, precisamos de
humanidade;
Mais do que de inteligência, precisamos
de afeição e doçura!
Sem essas virtudes, a vida será de violência e
tudo estará perdido."
(Charles Chaplin, em discurso proferido no final do filme O grande ditador.)
5. Origens
•Encontramos a origem do sistema
capitalista na passagem da Idade Média
para a Idade Moderna.
•Com o renascimento urbano e comercial
dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa
uma nova classe social: a burguesia. Esta
nova classe social buscava o lucro
através de atividades comerciais.
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7. Nesse período, vemos uma transformação no
caráter auto-suficiente das propriedades
feudais onde as terras começaram a ser
arrendadas e a mão-de-obra começou a ser
remunerada com um salário.
8. Essas primeiras mudanças vieram junto do
surgimento de uma classe de comerciantes e
artesãos que viviam à margem da unidade
feudal habitando uma região externa,
chamada de burgo. A burguesia medieval
implantou uma nova configuração à economia
européia onde a busca pelo lucro e a
circulação de bens a serem comercializados
em diferentes regiões ganharam maior
espaço.
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10. •Neste contexto, surgem também os
banqueiros e cambistas, cujos ganhos
estavam relacionados ao dinheiro em
circulação, numa economia que estava
em pleno desenvolvimento.
•Historiadores e economistas identificam
nesta burguesia, e também nos
cambistas e banqueiros, ideais
embrionários do sistema capitalista:
lucro, acúmulo de riquezas, controle
dos sistemas de produção e
expansão dos negócios.
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12. A prática comercial experimentada imprimiu
uma nova lógica econômica onde o
comerciante substituiu o valor-de-uso das
mercadorias pelo seu valor-de-troca.
Dessa maneira, o comerciante deixou de julgar
o valor das mercadorias tendo como base sua
utilidade e demanda, para calcular custos e
lucros a serem convertidos em uma
determinada quantia monetária.
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14. Primeira Fase: Capitalismo Comercial
ou Pré-Capitalismo
Este período estende-se do século XVI ao
XVIII. Inicia-se com as Grandes
Navegações e Expansões Marítimas
Européias, fase em que a burguesia
mercante começa a buscar riquezas em
outras terras fora da Europa. Os
comerciantes e a nobreza estavam a
procura de ouro, prata, especiarias e
matérias-primas não encontradas em
solo europeu.
15. Nesse contexto, os Estados Nacionais
incentivaram a descoberta e o domínio de
novas áreas de exploração econômica por
meio do processo de colonização.
Foi nessa época que os continentes americano
e africano passaram a integrar uma economia
mundialmente articulada aos interesses das
poderosas nações européias.
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17. Estes comerciantes, financiados por reis
e nobres, ao chegarem à América, por
exemplo, vão começar um ciclo de
exploração, cujo objetivo principal era o
enriquecimento e o acúmulo de capital.
Neste contexto, podemos identificar as
seguintes características capitalistas:
busca do lucros, uso de mão-de-obra
assalariada, moeda substituindo o
sistema de trocas, relações bancárias,
fortalecimento do poder da burguesia e
desigualdades sociais.
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19. No entanto, a relação harmônica entre a
burguesia e os monarcas ganhou uma nova
feição na medida em que a manutenção dos
privilégios da nobreza se transformava em um
empecilho ao desenvolvimento burguês.
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21. Segunda Fase: Capitalismo Industrial
No século XVIII, a Europa passa por uma
mudança significativa no que se refere ao
sistema de produção.
A Revolução Industrial, iniciada na
Inglaterra, fortalece o sistema capitalista
e solidifica suas raízes na Europa e em
outras regiões do mundo.
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23. A Revolução Industrial modificou o
sistema de produção, pois colocou a
máquina para fazer o trabalho que antes
era realizado pelos artesãos.
O dono da fábrica conseguiu, desta
forma, aumentar sua margem de lucro,
pois a produção acontecia com mais
rapidez.
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26. Se por um lado esta mudança trouxe
benefícios (queda no preço das
mercadorias), por outro a população
perdeu muito.
O desemprego, baixos salários,
péssimas condições de trabalho,
poluição do ar e rios e acidentes nas
máquinas foram problemas enfrentados
pelos trabalhadores deste período.
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28. O lucro ficava com o empresário que
pagava um salário baixo pela mão-de-
obra dos operários.
As indústrias, utilizando máquinas à
vapor, espalharam-se rapidamente pelos
quatro cantos da Europa. O capitalismo
ganhava um novo formato.
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30. Muitos países europeus, no século XIX,
começaram a incluir a Ásia e a África
dentro deste sistema. Estes dois
continentes foram explorados pelos
europeus, dentro de um contexto
conhecido como neocolonialismo.
31. As populações destes continentes, foram
dominadas a força e tiveram suas
matérias-primas e riquezas exploradas
pelos europeus.
Eram também forçados a trabalhar em
jazidas de minérios e a consumirem os
produtos industrializados das fábricas
européias.
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33. Chegando ao século XIX, percebemos que o
capitalismo promoveu uma riqueza custeada
pela exploração da mão-de-obra e a formação
de grandes monopólios industriais.
Nesse período vemos a ascensão das
doutrinas socialistas em franca contraposição
ao modelo de desenvolvimento social,
econômico e político trazido pelo sistema
capitalista.
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35. No século passado, o capitalismo viveu
diversos momentos de crise onde percebemos
claramente os problemas de sua lógica de
crescimento permanente.
Mesmo movendo diversas revoluções e
levantes contra o sistema, o socialismo não
conseguiu interromper o processo de
desenvolvimento do capital.
36. Apesar disso, vemos que novas formas de
rearticulação das políticas econômicas e o
afamado progresso tecnológico conseguiram
dar suporte para que o capitalismo
alcançasse novas fronteiras.
37. Terceira Fase:
Capitalismo Monopolista-Financeiro
Iniciada no século XX, esta fase vai ter
no sistema bancário, nas grandes
corporações financeiras e no mercado
globalizado as molas mestras de
desenvolvimento. Podemos dizer que
este período está em pleno
funcionamento até os dias de hoje.
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39. Grande parte dos lucros e do capital em
circulação no mundo passa pelo sistema
financeiro.
A globalização permitiu as grandes
corporações produzirem seus produtos
em diversas partes do mundo, buscando
a redução de custos.
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41. Estas empresas, dentro de uma
economia de mercado, vendem estes
produtos para vários países, mantendo
um comércio ativo de grandes
proporções.
42. Os sistemas informatizados possibilitam
a circulação e transferência de valores
em tempo quase real.
Apesar das indústrias e do comércio
continuarem a lucrar muito dentro deste
sistema, podemos dizer que os sistemas
bancário e financeiro são aqueles que
mais lucram e acumulam capitais dentro
deste contexto econômico atual.
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44. NEOCAPITALISMO
Também chamado de economia mista,
é um termo utilizado para designar uma
nova forma de capitalismo, surgido nas
sociedades reconstruídas e tecnológicas
do pós-guerra.
Se caracteriza pela correção de seus
excessos, mediante a aplicação de
medidas visando o bem estar social.
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47. No sistema atual o trabalhador produz
bens que não lhe pertencem e cujo
destino, depois de prontos, escapa ao
seu controle.
O trabalhador, assim, não pode se
reconhecer no produto de seu trabalho;
não há a percepção daquilo que ele criou
como fruto de suas capacidades físicas e
mentais, pois se trata de algo que ao
trabalhador não terá utilidade alguma.
48. A criação (o produto), se apresenta
diante do mesmo como algo estranho e
por vezes hostil, e não como o resultado
normal de sua atividade e do seu poder
de modificar livremente a natureza.
Assim sendo, se o produto do trabalho
não pertence ao trabalhador e de certa
forma, se defronta com o mesmo de
uma forma estranha, isso somente
ocorre porque tal produto pertence a
outro homem que não o trabalhador.
49. Portanto, quem se apropria de parte do
fruto e do próprio trabalho operário ?
Marx responde:
O capitalista, o proprietário dos meios
de produção.