O documento descreve a evolução do comércio interno em Portugal entre os séculos XIII e XV, passando de um sistema de auto-suficiência para um mercado organizado entre as zonas rurais e urbanas. Os almocreves e as feiras e mercados locais e regionais desempenharam um papel importante no desenvolvimento do comércio interno.
1. O comércio interno
O ideal de auto-suficiência e a quase inexistência de um sistema regular de compra e
venda começou no século XIII a ser substituído por um novo princípio de mercado. O
novo sistema implicava uma troca organizada entre o campo e a cidade e, assim, cada
grande propriedade começou a enviar boa parte da sua produção para a cidade mais
próxima, tornando-se o mercado a forma habitual da organização económica.
O comércio entre as povoações era feito pelos almocreves, que, nos seus animais,
transportavam as mercadorias por todo o reino. Para além dos almocreves, que vendiam
os seus produtos de terra em terra, os mercados e as feiras tiveram um papel muito
importante no desenvolvimento económico do reino. Os mercados eram locais ou
regionais e realizavam-se com frequência quinzenais ou mensais. As feiras eram
geralmente anuais, e atraíam grande número de mercadores e compradores.
COMÉRCIOINTERNACIONAL
Como os países não conseguem produzir todos os produtos de que necessitam,
especializam-se nas actividades produtivas para os quais se encontram mais aptos,
permutando os produtos entre si. Este comércio internacional ou comércio exterior
submete os produtores internos a um maior grau de concorrência, reduzindo seu poder
de mercado. à Consequentemente, os consumidores internos compram produtos mais
baratos, tanto dos produtores externos quanto dos produtores nacionais que devem
manter seus preços em níveis competitivos. À política de comércio exterior de um país
deve estar vinculada a sua política interna, no plano económico, social e lega.
COMÉRCIO EXTERNO
O comércio de exportação e
importação tem uma relevância
muito especial pelo facto de ser
composto por mercadorias de preço mais
elevado, dando lugar a maiores margens de
2. lucro. O negócio dirigia-se às camadas com maior poder de compra, em especial à
aristocracia que era a grande compradora de objectos de prestígio, especiarias, artigos
de luxo ou armas. Os governantes tinham de assegurar o fornecimento dos recursos
essenciais às necessidades dos exércitos e aos sectores chaves da economia. Estas trocas
internacionais tornaram-se assim uma necessidade, ocupando os comerciantes uma
posição privilegiada na sua realização.
O estabelecimento de relações comerciais entre regiões tornou-se imperativo. Tais
relações só podiam ser mantidas com paz e amizade e não com conflitos, tornando-se
necessário estabelecer convenções, concessões ou interdições. Certos estados
acordavam mesmo o fornecimento regular de certas matérias-primas ou a instalação de
armazéns comerciais em locais escolhidos dos seus territórios. Estabeleciam-se tratados
bilaterais que continham cláusulas a autorizar o comércio, a definir as restrições ou as
zonas de monopólio. Com o tempo, fixaram-se regras precisas sobre direitos
aduaneiros, arrecadação de impostos ou isenções.
Bibliografia
http://www.portugal-tchat.com/forum/do-condado-portucalense-a-consolidacao-de-
portugal-1095-1383/3384-comercio-interno.html
http://pt.scribd.com/doc/272271/Comercio-internacional
http://www.eumed.net/libros/2008a/372/COMERCIO%20EXTERNO.htm
Trabalho realizado por Ana Vaz nº1