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O Chamado para o Ministério.
1º Timóteo 3:1 Fiel é a palavra: se alguém almeja o episcopado, excelente obra
almeja.
Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Escrevo esta carta
irmão Fernando para lhe orientar no que diz respeito ao chamado Ministerial e a
Disciplina nas Igrejas.
Quando alguém é chamado e vocacionado por Deus para exercer o ministério pastoral
recebe uma responsabilidade, um desafio e um trabalho muito maior que toda sua
capacidade física, emocional ou intelectual poderia conseguir realizar. É chamado para
cumprir uma missão muito além de suas forças, intelecto ou influência. Terá que tratar
com pessoas de todos os tipos (temperamentos, formação, história), e acima de tudo,
terá que cuidar e liderar de forma que essas pessoas rumem ao crescimento e maturidade
espiritual. Além de pregar, ensinar, treinar, discipular, visitar, administrar, liderar,
aconselhar e estar presente em atividades e circunstâncias diversas terá que se preparar
sempre em oração, consagração, meditação e estudo da Palavra de Deus. O rebanho do
Senhor deve ser tratado com o máximo de cuidado, responsabilidade e amor. Por isso,
o pastor terá muitas vezes que renunciar seus próprios interesses e planos em prol da
edificação da congregação da qual Deus permitiu que apascentasse. Além dessas tarefas
que mencionei e de outras próprias do ofício pastoral (Batismo, Ceia, Casamentos,
etc…), do pastor é exigido disponibilidade. É um trabalho de 24 horas diárias. É um
trabalho de tempo integral. Essa exigência do rebanho e penso da própria missão de
pastorear, vê-se implícito no ministério do Senhor Jesus, de Paulo, Pedro, Timóteo, Tito
e dos demais apóstolos e em todo o NT. É um trabalho que requer saúde mental, física,
emocional e espiritual. É um serviço que requer esforço, dedicação, responsabilidade e
renúncia. Além disso, a missão de pastorear exige a atualização contínua, o
aperfeiçoamento das metodologias e das práticas, bem como o constante mergulho na
infinitude do conhecimento bíblico. O pastor deve sempre buscar aprender teoricamente
(cursos, atualizações, etc…) como também na sua experiência do dia-a-dia pastoral.
Aprender a ouvir a Deus cada vez mais e também as pessoas. Reconhecer que é servo e
depende de Deus para fazer o trabalho e que o rebanho não é dele, mas do Senhor, e que
foi chamado para levar esse rebanho ao bom alimento, boa água, descanso e a
proteção do Bom Pastor, Cristo. E, finalmente, precisa crer que todo esse trabalho,
mesmo com lágrimas e suor muitas vezes, mesmo com ingratidões e decepções em
outras, não é vão no Senhor.
Dentro do espectro da vocação ministerial, é relevante considerar, de acordo com as
epístolas de 1 e 2 Tessalonicenses (os livros mais explícitos sobre a obra do ministério),
as responsabilidades básicas do pastor, que são:
• Orar – 1 Ts 1.2,3; 3.9-13
• Evangelizar – 1 Ts 1.4,5, 9,10
• Capacitar – 1 Ts 1.6-8
• Defender – 1 Ts 2.1-6
• Amar – 1 Ts 2.7,8
• Labutar – 1 Ts 2.9
• Exemplificar – 1 Ts 2.10
• Liderar – 1 Ts 2.10-12
• Alimentar – 1 Ts 2.13
• Vigiar – 1 Ts 3.1-8
• Alertar – 1 Ts 4.1-8
• Ensinar – 1 Ts 4.9-5.11
• Exortar – 1 Ts 5.12-24
• Encorajar – 2 Ts 1.3-12
• Corrigir – 2 Ts 2.1-12
• Confrontar – 2 Ts 3.6,14
• Resgatar – 2 Ts 3.15
A DISCIPLINA NAS IGREJAS
Às vezes a ação disciplinar da igreja é bem sucedida em trazer aflição e verdadeiro
arrependimento. Quando isso acontece, o indivíduo é capaz de ser restaurado à
comunhão. Aquele envolvido na passagem de 1 Coríntios 5 se arrependeu, e Paulo
encorajou a igreja a restaurá-lo à comunhão da igreja (2 Coríntios 2:5-8). Infelizmente,
a ação disciplinar, mesmo quando feita em amor e da forma correta, nem sempre é bem
sucedida em fazer com que tal restauração aconteça, mas ainda é necessária para
realizar os outros bons propósitos acima mencionados. Provavelmente todos nós já
fomos testemunhas do comportamento de uma criança que é permitida a fazer tudo o
que quer com pouca (às vezes nenhuma) disciplina. Não é nada bonito de se ver! Nem é
tal forma de paternidade, pois desgraça a criança a um futuro triste. Tal comportamento
vai atrapalhar a criança de formar relacionamentos significantes e de atuar bem em
qualquer tipo de ambiente, quer seja socialmente ou em uma profissão. Da mesma
forma, disciplina na igreja, mesmo que não seja prazerosa ou fácil, é não só necessária,
mas um ato de amor também. Além disso, é comandada por Deus. Hoje se diz que a
verdade é relativa e que cada pessoa tem sua própria verdade. Estamos vivendo a
relativização dos valores morais. Se diz que a vida de cada um é governada por aquilo
que a pessoa sente que é melhor. Se a pessoa está se sentindo bem em determinado
lugar, se algo está fazendo-lhe bem, então, não importa outras questões, outros critérios.
O critério que é usado é sentir-se bem e passa a ser o principal para governar a conduta
das pessoas. O que valida uma situação ou uma conduta é eu estar ou não me sentindo
bem no que estou fazendo. Esses conceitos têm predominado em nossa sociedade e em
muitas igrejas. A relativização na mídia, nas músicas, nos escritos modernos, nas
universidades, nos debates da ética e da moralidade. Os formadores de opinião pública
nacional estão totalmente envolvidos na pós-modernidade que resume tudo que foi dito.
Tudo isso acaba minando a vida da igreja, a literatura, os seminários, os congressos. Às
vezes, de forma sutil, nos tornamos avesso àquilo que venha nos contrariar, que venha
nos obrigar a dizer: “Isso está errado!”. Mas temos de fazer a escolha. É um momento
sério de decisão da Igreja, se vamos viver à luz da Palavra de Deus e de seus valores
absolutos ou se vamos nos deixar levar pelos “ventos” da época. A Palavra de Deus nos
chama a viver vidas santas e retas. Nos chama a aborrecer o pecado e se necessário,
tomar as devidas providências para que ele não tenha livre curso em nosso meio, nas
nossas vidas, nas nossas famílias. Tomar a providência necessária em amor, em espírito
de brandura, olhando por nós mesmos para que não sejamos também levados pelo
pecado, mas ajudando-nos mutuamente, levando as cargas uns dos outros para que a
comunidade toda viva vida de santidade e de alegria. O problema não é o pecado
somente, mas o pecado não resolvido. Para o pecado há perdão, resgate, redenção e
libertação. O problema não é só o pecado, mas o pecado não confessado, não
reconhecido e não tratado. É contra isso que Paulo fala. Que Deus nos ajude. Lembre-se
que esta mensagem é para a igreja e não para os líderes. Sempre fico admirado com
Paulo pelo fato de que quando fala de disciplina eclesiástica ele não se dirige aos
pastores e aos presbíteros apenas, mas fala para a comunidade toda. É nossa
responsabilidade de orarmos e vivermos vidas santas ajudando-nos uns aos outros a nos
livrar do inimigo das nossas almas. Esse é o pior inimigo: o pecado não tratado. Que
Deus nos dê graça e misericórdia para vivermos segundo o padrão da Palavra de Deus.

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O Chamado para o Ministério.

  • 1. O Chamado para o Ministério. 1º Timóteo 3:1 Fiel é a palavra: se alguém almeja o episcopado, excelente obra almeja. Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Escrevo esta carta irmão Fernando para lhe orientar no que diz respeito ao chamado Ministerial e a Disciplina nas Igrejas. Quando alguém é chamado e vocacionado por Deus para exercer o ministério pastoral recebe uma responsabilidade, um desafio e um trabalho muito maior que toda sua capacidade física, emocional ou intelectual poderia conseguir realizar. É chamado para cumprir uma missão muito além de suas forças, intelecto ou influência. Terá que tratar com pessoas de todos os tipos (temperamentos, formação, história), e acima de tudo, terá que cuidar e liderar de forma que essas pessoas rumem ao crescimento e maturidade espiritual. Além de pregar, ensinar, treinar, discipular, visitar, administrar, liderar, aconselhar e estar presente em atividades e circunstâncias diversas terá que se preparar sempre em oração, consagração, meditação e estudo da Palavra de Deus. O rebanho do Senhor deve ser tratado com o máximo de cuidado, responsabilidade e amor. Por isso, o pastor terá muitas vezes que renunciar seus próprios interesses e planos em prol da edificação da congregação da qual Deus permitiu que apascentasse. Além dessas tarefas que mencionei e de outras próprias do ofício pastoral (Batismo, Ceia, Casamentos, etc…), do pastor é exigido disponibilidade. É um trabalho de 24 horas diárias. É um trabalho de tempo integral. Essa exigência do rebanho e penso da própria missão de pastorear, vê-se implícito no ministério do Senhor Jesus, de Paulo, Pedro, Timóteo, Tito e dos demais apóstolos e em todo o NT. É um trabalho que requer saúde mental, física, emocional e espiritual. É um serviço que requer esforço, dedicação, responsabilidade e renúncia. Além disso, a missão de pastorear exige a atualização contínua, o
  • 2. aperfeiçoamento das metodologias e das práticas, bem como o constante mergulho na infinitude do conhecimento bíblico. O pastor deve sempre buscar aprender teoricamente (cursos, atualizações, etc…) como também na sua experiência do dia-a-dia pastoral. Aprender a ouvir a Deus cada vez mais e também as pessoas. Reconhecer que é servo e depende de Deus para fazer o trabalho e que o rebanho não é dele, mas do Senhor, e que foi chamado para levar esse rebanho ao bom alimento, boa água, descanso e a proteção do Bom Pastor, Cristo. E, finalmente, precisa crer que todo esse trabalho, mesmo com lágrimas e suor muitas vezes, mesmo com ingratidões e decepções em outras, não é vão no Senhor. Dentro do espectro da vocação ministerial, é relevante considerar, de acordo com as epístolas de 1 e 2 Tessalonicenses (os livros mais explícitos sobre a obra do ministério), as responsabilidades básicas do pastor, que são: • Orar – 1 Ts 1.2,3; 3.9-13 • Evangelizar – 1 Ts 1.4,5, 9,10 • Capacitar – 1 Ts 1.6-8 • Defender – 1 Ts 2.1-6 • Amar – 1 Ts 2.7,8 • Labutar – 1 Ts 2.9 • Exemplificar – 1 Ts 2.10 • Liderar – 1 Ts 2.10-12 • Alimentar – 1 Ts 2.13
  • 3. • Vigiar – 1 Ts 3.1-8 • Alertar – 1 Ts 4.1-8 • Ensinar – 1 Ts 4.9-5.11 • Exortar – 1 Ts 5.12-24 • Encorajar – 2 Ts 1.3-12 • Corrigir – 2 Ts 2.1-12 • Confrontar – 2 Ts 3.6,14 • Resgatar – 2 Ts 3.15 A DISCIPLINA NAS IGREJAS Às vezes a ação disciplinar da igreja é bem sucedida em trazer aflição e verdadeiro arrependimento. Quando isso acontece, o indivíduo é capaz de ser restaurado à comunhão. Aquele envolvido na passagem de 1 Coríntios 5 se arrependeu, e Paulo encorajou a igreja a restaurá-lo à comunhão da igreja (2 Coríntios 2:5-8). Infelizmente, a ação disciplinar, mesmo quando feita em amor e da forma correta, nem sempre é bem sucedida em fazer com que tal restauração aconteça, mas ainda é necessária para realizar os outros bons propósitos acima mencionados. Provavelmente todos nós já fomos testemunhas do comportamento de uma criança que é permitida a fazer tudo o que quer com pouca (às vezes nenhuma) disciplina. Não é nada bonito de se ver! Nem é tal forma de paternidade, pois desgraça a criança a um futuro triste. Tal comportamento vai atrapalhar a criança de formar relacionamentos significantes e de atuar bem em
  • 4. qualquer tipo de ambiente, quer seja socialmente ou em uma profissão. Da mesma forma, disciplina na igreja, mesmo que não seja prazerosa ou fácil, é não só necessária, mas um ato de amor também. Além disso, é comandada por Deus. Hoje se diz que a verdade é relativa e que cada pessoa tem sua própria verdade. Estamos vivendo a relativização dos valores morais. Se diz que a vida de cada um é governada por aquilo que a pessoa sente que é melhor. Se a pessoa está se sentindo bem em determinado lugar, se algo está fazendo-lhe bem, então, não importa outras questões, outros critérios. O critério que é usado é sentir-se bem e passa a ser o principal para governar a conduta das pessoas. O que valida uma situação ou uma conduta é eu estar ou não me sentindo bem no que estou fazendo. Esses conceitos têm predominado em nossa sociedade e em muitas igrejas. A relativização na mídia, nas músicas, nos escritos modernos, nas universidades, nos debates da ética e da moralidade. Os formadores de opinião pública nacional estão totalmente envolvidos na pós-modernidade que resume tudo que foi dito. Tudo isso acaba minando a vida da igreja, a literatura, os seminários, os congressos. Às vezes, de forma sutil, nos tornamos avesso àquilo que venha nos contrariar, que venha nos obrigar a dizer: “Isso está errado!”. Mas temos de fazer a escolha. É um momento sério de decisão da Igreja, se vamos viver à luz da Palavra de Deus e de seus valores absolutos ou se vamos nos deixar levar pelos “ventos” da época. A Palavra de Deus nos chama a viver vidas santas e retas. Nos chama a aborrecer o pecado e se necessário, tomar as devidas providências para que ele não tenha livre curso em nosso meio, nas nossas vidas, nas nossas famílias. Tomar a providência necessária em amor, em espírito de brandura, olhando por nós mesmos para que não sejamos também levados pelo pecado, mas ajudando-nos mutuamente, levando as cargas uns dos outros para que a comunidade toda viva vida de santidade e de alegria. O problema não é o pecado somente, mas o pecado não resolvido. Para o pecado há perdão, resgate, redenção e
  • 5. libertação. O problema não é só o pecado, mas o pecado não confessado, não reconhecido e não tratado. É contra isso que Paulo fala. Que Deus nos ajude. Lembre-se que esta mensagem é para a igreja e não para os líderes. Sempre fico admirado com Paulo pelo fato de que quando fala de disciplina eclesiástica ele não se dirige aos pastores e aos presbíteros apenas, mas fala para a comunidade toda. É nossa responsabilidade de orarmos e vivermos vidas santas ajudando-nos uns aos outros a nos livrar do inimigo das nossas almas. Esse é o pior inimigo: o pecado não tratado. Que Deus nos dê graça e misericórdia para vivermos segundo o padrão da Palavra de Deus.