A NR 31.12 se refere à Norma Regulamentadora nº 31, que trata das condições de saúde e segurança no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Essa norma estabelece diretrizes e requisitos mínimos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores rurais, considerando os diversos aspectos envolvidos nas atividades desenvolvidas nesses setores, como exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
4. INTRODUÇÃO:
As máquinas pesadas servem para facilitar o trabalho, escavando, nivelando solos, carregando,
preparar o solo, dar suporte no levantamento de peso, consertar estradas, etc. Ou seja, as
máquinas e implementos são peças fundamentais dentro de um processo de trabalho.
E para que se alcancem os objetivos esperados deve-se ter em primeiro lugar segurança na
operação das máquinas.
NR 31.12
7. NR 31.12
FAÇA O CHECK LIST:
Confira todos os dispositivos de segurança da máquina, se não há nenhuma irregularidade;
Confira os implementos, se está tudo ok;
Adquira informações sobre o local que irá trabalhar;
Confira a parte elétrica da máquina;
Qualquer irregularidade avise seu superior e/ou manutenção.
8. NR 31.12
31.12.1 As máquinas e implementos devem ser utilizados segundo as especificações técnicas do
fabricante e dentro dos limites operacionais e restrições por ele indicados, e operados por
trabalhadores capacitados, qualificados ou habilitados.
31.12.2 As proteções, dispositivos e sistemas de segurança previstos nesta Norma devem integrar as
máquinas desde a sua fabricação, não podendo ser considerados itens opcionais para quaisquer fins.
31.12.3 Os procedimentos de segurança e permissão de trabalho, quando necessários, devem ser
elaborados e aplicados para garantir de forma segura o acesso, acionamento, inspeção, manutenção
ou quaisquer outras intervenções em máquinas e implementos.
NR 31.12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos Agrícolas
9. NR 31.12
DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA:
31.12.6 - Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas estacionárias e dos
equipamentos estacionários devem ser projetados,
selecionados e instalados de modo que:
a) não se localizem em suas zonas perigosas;
b) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma
acidental;
c) não acarretem riscos adicionais;
d) não possam ser burlados; e
e) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o
operador.
31.12.7 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas estacionárias devem possuir
dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.
Caso ocorra uma queda de energia, no retorno da transmissão de energia, as máquinas NÃO podem
retornar seu funcionamento automaticamente!!!
10. NR 31.12
31.12.9 As máquinas cujo acionamento por pessoas não autorizadas possa oferecer risco à saúde
ou integridade física de qualquer pessoa devem possuir sistema ou, no caso de máquinas auto
propelidas, chave de ignição, para o bloqueio de seus dispositivos de acionamento.
A chave de ignição é obrigatória apenas para as máquinas auto propelidas, mas o sistema de
bloqueio de seus dispositivos é para todas as máquinas!!
SISTEMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E IMPLEMENTOS:
11. NR 31.12
SISTEMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E IMPLEMENTOS:
31.12.10 As zonas de perigo das máquinas e implementos devem possuir sistemas de segurança,
caracterizados por proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança interligados ou não, que
garantam a proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
31.12.11 A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem
perigo, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as
medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança
previsto nesta Norma.
14. NR 31.12
• São proteções de difícil remoção, fixadas normalmente no corpo ou estrutura da máquina. Essas
proteções deverão ser mantidas em sua posição fechada sendo de difícil remoção, fixadas por
meio de solda ou parafusos, tornando sua remoção ou abertura impossível sem o uso de
ferramentas. Podem ser confeccionadas em tela metálica, chapa metálica ou policarbonato.
PROTEÇÕES FIXAS:
15. NR 31.12
Essas proteções geralmente estão vinculadas à estrutura da máquina ou elemento de fixação
adjacente que pode ser aberto sem o auxílio de ferramentas.
PROTEÇÕES MÓVEIS:
16. NR 31.12C
SISTEMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E IMPLEMENTOS:
31.12.12 Cabe ao empregador rural ou equiparado manter os sistemas de segurança em perfeito
estado de conservação e funcionamento, sendo a retirada ou neutralização total ou parcial destes
sistemas que coloquem em risco a integridade física dos trabalhadores considerada risco grave e
iminente.
a) PROTEÇÃO FIXA, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de
elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas
específicas; e
b) PROTEÇÃO MÓVEL, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por
elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar
a dispositivos de intertravamento.
19. NR 31.12
31.12.14 Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os
componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de
acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados
em:
a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o
monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do
sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como
relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável
- CLP de segurança;
SISTEMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E IMPLEMENTOS:
25. NR 31.12
A IMPORTÂNCIA DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS RURAIS:
As máquinas agrícolas e florestais foram projetadas para desenvolver as mais diversas operações,
possibilitando ao agricultor uma maior produtividade.
Planejadas para realizar operações agrícolas e florestais, as máquinas podem ser classificadas
em máquinas de preparo do solo, máquinas de semeadura, plantio e transplante, além das máquinas
de carregamento, transporte e aplicação de adubos químicos e corretivos do solo, as máquinas
aplicadoras de defensivos, as máquinas de colheita, etc. Independente da classificação, as
máquinas têm como principal objetivo aumentar a produtividade e eficiência dos trabalhos agrícolas.
27. NR 31.12
TRATOR:
O operador de trator agrícola leigo geralmente desempenha sua função sem
esclarecimento correto sobre o uso e manutenção desta máquina, devendo por isso,
se submeter à capacitação profissional, atendendo assim, a demanda de mercado e
exigências das normas de segurança no trabalho.
A capacitação profissional além de atender às necessidades do mercado, promove e
incentiva o operador a ter maior disposição para o trabalho, aumentando a sua
autoestima e sua conscientização profissional.
28. NR 31.12
COMPONENTES BÁSICOS :
Os componentes básicos dos tratores agrícolas de pneus são muito semelhantes,
mesmo que de fabricantes diferentes, onde os detalhes de montagem, não
inviabilizam o aprendizado de maneira genérica para todas as marcas e modelos de
tratores.
29. NR 31.12
MOTOR:
É a parte mais importante do trator, responsável pela transformação da energia dos
combustíveis em energia mecânica (rotação).
As principais partes dos motores de combustão interna são:
Cabeçote,
Bloco e
Carter (são comuns a todos os motores.)
30. NR 31.12
SISTEMA DE TRANSMISSÃO:
Esse sistema é composto por um conjunto de componentes básicos:
Embreagem;
Caixa de câmbio (caixa de marchas);
Diferencial e
Redução final.
31. NR 31.12
SISTEMA DE RODADO DOS TRATORES:
É o elemento responsável pela estabilidade, direcionamento e pela tração do trator e é
composto por:
Pneu (parte de borracha);
Roda (parte metálica) - pode ser divida em aro e disco.
32. NR 31.12
EIXO DIANTEIRO:
O eixo dianteiro tem a função de sustentação do corpo do trator e de suportar o sistema
de direção, além de permitir pela sua oscilação (balança), a permanência dos quatro
pontos de apoio do trator no solo.
33. NR 31.12
SISTEMA DE DIREÇÃO:
A função do sistema de direção é o direcionamento em operações, permitindo alterar
as posições do trator e executar manobras, conforme o trajeto e condições da
operação.
34. NR 31.12
SISTEMA DE FREIOS:
O sistema de freios do trator tem por finalidade reduzir a sua velocidade ou efetuar
sua parada.
35. NR 31.12
SISTEMA HIDRÁULICO:
O sistema hidráulico consiste na utilização de líquido para a transmissão de força
através de sua pressurização.
O sistema hidráulico é composto por:
Reservatório de óleo
Filtro de sucção e de pressão
bomba de óleo hidráulica
Comando hidráulico (alavancas)
Pistões (Cilindros) ou motor hidráulico.
Tubulações
36. NR 31.12
SISTEMA ELÉTRICO:
O sistema elétrico atende às funções de acionamento do motor de partida,
iluminação e sinalização do trator.
Os principais componentes do sistema elétrico são: bateria de acumuladores,
gerador, regulador de voltagem, motor de partida, caixa de fusíveis, iluminação,
indicadores de painel etc.
37. NR 31.12
TOMADA DE POTÊNCIA (TDP):
A tomada de potência (TDP) é um eixo acionador utilizado para operar máquinas que
necessitam de movimento de rotação tais como roçadoras, pulverizadores,
distribuidores de insumos e sementes, enxadas rotativas, etc.
38. NR 31.12
BARRA DE TRAÇÃO:
A barra de tração é uma das formas de aproveitamento da potência a se fornecida pelo
trator, para realizar tarefas de arrastamento de máquinas, implementos e outros fins.
39. NR 31.12
BARRA DE TRAÇÃO:
A barra de tração pode trabalhar em diferentes posições: fixa, deslocada, oscilante,
dependendo do modelo, marca e potência do trator. Pode-se variar o seu
comprimento, conforme a necessidade e disponibilidade desse recurso.
40. NR 31.12
PAINEL DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE:
Sua função é a de indicar e monitorar o funcionamento do trator. No painel, estão
localizados os medidores e indicadores de controle.
No painel dos tratores existem instrumentos dos mais variados tipos, marcas e
escalas. Em geral, esses instrumentos são compostos de medidores.
41. NR 31.12
Como exemplos de medidores têm-se:
Contagiro (tacômetro) ;
horímetro;
Manômetro;
Amperímetro;
Termômetro;
Medidor de combustível do tanque;
Vacuômetro.
PAINEL DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE:
43. NR 31.12
COMANDOS DE OPERAÇÃO:
O operador deve conhecer a finalidade, localizar e interpretar corretamente os
comandos de operação do trator. Essa ação vai garantir segurança, preservação e
integridade da máquina e do operador, além de possibilitar uma operação correta e
mais eficiente.
44. NR 31.12
COMANDOS DE OPERAÇÃO:
Geralmente uma máquina é dotada dos seguintes comandos:
Chave de contato e partida;
Chave de luzes (luz do painel, luzes de estacionamento, faróis e faroletes);
Estrangulador;
Alavanca do acelerador manual e de pé;
Pedais de freio;
45. NR 31.12
Pedal de embreagem;
Volante de direção;
Acionador de buzina;
Acionador de setas;
Alavanca de embreagem da TDP;
Alavanca do freio de estacionamento;
COMANDOS DE OPERAÇÃO:
Geralmente uma máquina é dotada dos seguintes comandos:
46. NR 31.12
Alavanca(s) do hidráulico de engate de três pontos;
Alavanca(s) do hidráulico de controle remoto;
Alavanca do controle de sensibilidade do hidráulico;
Acionador do bloqueio do diferencial;
Alavanca da tomada de potência.
Alavanca de marchas
COMANDOS DE OPERAÇÃO:
Geralmente uma máquina é dotada dos seguintes comandos:
50. NR 31.12
ARADO:
01 - Chassi frontal
02 - Chassi lateral direito
03 - Chassi lateral esquerdo
04 - Braço telescópico
05 - Rodeiro
06 - Seção de discos
07 - Sapata
08 - Barra com limpadores
09 - Roda guia
10 - Cilindros hidráulicos
11 - Mangueiras
12 - Cabeçalho
13 - Suporte das mangueiras
14 - Engate ao trator
51. NR 31.12
ROÇADEIRA – KAMAQ:
PREPARANDO ADEQUADAMENTE O EIXO CARDAN
A potência do trator é transmitida para a roçadeira através do eixo
cardam.
52. NR 31.12
Observe ao montar o cardam no implemento, a posição correta interna dos garfos.
Uma montagem errada dos garfos podem ocasionar vibrações
ROÇADEIRA – KAMAQ:
53. NR 31.12
Acoplamento da roçadeira no trator é
bem simples, mas requer alguns
cuidados. Ao engatar o braço
hidráulico, não fique entre o trator e
a roçadeira, fique sobre a roçadeira,
conforme figura abaixo.
ROÇADEIRA – KAMAQ:
55. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Em 1960, a frota de tratores no Brasil era pouco superior a 60.000 unidades e
em 2006 passou para quase 500.000 unidades (ANFAVEA, 2006).
57. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Veiculo “ALL TERRAIN” – falsa sensação de segurança.
58. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
ATO INSEGURO
59. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Estabilidade dos tratores agrícolas:
O conhecimento do limite de estabilidade de tratores é de grande importância na
segurança das operações agrícolas.
Limites de estabilidades são as condições do plano de apoio que permitem o
funcionamento estável do espécime, sem sobrecarga dos rodados e risco de
tombamento
60. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Tombamento Lateral:
Quando pode ocorrer o tombamento lateral?
• Em trabalhos realizados em terrenos inclinados;
• Queda de roda em buraco no terreno;
• Afundamento das rodas traseiras na lama;
• Deslocamento e frenagem brusca em alta velocidade.
• Presença de pedras ou outros no percurso do trator.
61. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Tombamento Lateral:
63. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Tombamento para trás (Empinamento):
Quando pode ocorrer tombamento para trás?
• Implementos tracionados fora da barra de tração ;
• Pontos de engate muito elevados;
• Tracionar objetos com marcha para frente e
• Carga acima do peso do trator.
64. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Tombamento para trás (Empinamento):
65. NR 31.12
PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS NA ÁREA
AGRÍCOLA E FLORESTAL:
Tombamento para trás (Empinamento):
68. NR 31.12
ESTRUTURA DE PROTEÇÃO NA CAPOTAGEM:
A estrutura de proteção ao capotamento é uma estrutura instalada diretamente sobre
o trator, que tem como finalidade evitar ou limitar os riscos para o condutor em caso
de tombamento do mesmo durante a utilização.
69. NR 31.12
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO:
A eficiência do sistema de proteção ao capotamento do trator é estabelecida com o
uso do cinto de segurança, caso o operador não esteja utilizando o cinto de
segurança no momento do acidente ele poderá ser arremessado e acabar sendo
esmagado pela própria estrutura de proteção ou mesmo o próprio trator.
70. NR 31.12
CINTO DE SEGURANÇA:
O cinto de segurança de um trator tem a função de garantir a adequada fixação do
condutor, para que o mesmo possa estar dentro da zona de segurança durante o
capotamento ou durante qualquer outro tipo de acidente. Porém, a estrutura do cinto
permite uma adequada mobilidade para desenvolver seu trabalho corretamente em
condições normais
72. NR 31.12
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Estudos recentes realizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostraram que as
atividades agrícolas, em especial a utilização de máquinas agrícolas, estão entre as três atividades mais
perigosas para os trabalhadores, sendo que para cada três acidentes ocorrido no meio rural, um
ocasionou a incapacidade permanente do trabalhador.
A operação com tratores e equipamentos agrícolas são as que oferecem os maiores riscos de
acidentes. Os acidentes de trabalho representam enorme importância social e econômica, estudos
estatísticos têm demonstrado a gravidade deste problema, seja pela incidência de acidentes, seja pela
idade dos acidentados, seja pelas suas consequências.
A utilização intensa de máquinas agrícolas ampliou consideravelmente os riscos a que estão sujeitos os
trabalhadores rurais, e mais de 60% das mortes ocorridas em acidentes de trabalho no setor agrário são
consequências da mecanização agrícola.
73. NR 31.12
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Além do tombamento da máquina, outro mecanismo que tem causado grande número de acidentes
fatais ou ocasionado lesões graves e irreversíveis, são a utilização de equipamentos acionados pela
tomada de potência do trator, conhecida pela sigla TDP ou TDF, este eixo cardam, transmite a potência
do motor do trator para acionamento de equipamentos a ele acoplado, quase que a totalidade dos
acidentes ocorridos com este mecanismo poderiam ser evitados se os operadores tivessem mais
conhecimento e consciência no momento da utilização do mesmo.
Vários mecanismos de proteção para estes tipos de eixo estão disponíveis no mercado, muitos
inclusive já acompanham o equipamento no momento de sua aquisição, porém durante a operação
estão sujeitos a quebras e jamais são substituídos.
Outro ponto importante quando se fala em tomada de potência, são as improvisações, conhecidas
como gambiarras é comum a utilização de vergalhões, pregos, arames de cerca entre outros, em
substituição aos pinos de união das extremidades dos eixos, soldas entre outros, transformam estes
equipamentos em verdadeiras máquinas de arrancar braços e pernas ou causar a morte do operador.
74. NR 31.12
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Outra prática muito comum entre os operadores principalmente em regiões de grande circulação de
máquinas tais como as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, são os deslocamentos das
máquinas em estradas e rodovias, esta prática tem causado muitos acidentes graves e fatais pelas
rodovias do país, é comum em épocas de safra, estas máquinas estarem transitando pelas rodovias,
muitas vezes ocupando metade da faixa de rolamento, por se tratarem de máquinas grandes, trazendo
um risco iminente para os usuários das vias.
Outra prática comum entre os operadores é o carona, nos deslocamentos até o local de trabalho
grande maioria dos operadores acabam transportando pessoas em cima dos para lamas do trator, em
pé nos degraus, nos braços do terceiro ponto, consequentemente a ocorrência de atropelamentos em
função de quedas de cima do trator vem aumentado
75. NR 31.12
ATO INSEGURO:
É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, à riscos de acidentes.
Os atos inseguros são as maiores causas dos acidentes.
Exemplos:
Passar ou permanecer sob cargas suspensas;
Colocar parte do corpo em local inseguro;
Usar máquinas sem habilitação ou permissão;
Excesso de velocidade
Lubrificar, ajustar ou limpar maquinas em movimento;
Improvisar ferramentas;
Inutilizar dispositivos de segurança;
Deixar de usar EPI;
Fumar em locais inflamáveis;
Auto confiança e exibicionismo.
78. NR 31.12
CONDIÇÃO INSEGURA:
São aquelas que comprometem a segurança do trabalhador, ou seja, falhas, defeitos, irregularidades,
carência de dispositivos de segurança, etc, que põem em risco a integridade e/ou a saúde das pessoas e
também a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
Exemplos:
Falta de proteções em maquinas e equipamentos;
Proteções inadequadas ou defeituosas;
Má arrumação e falta de limpeza;
Falta de espaço;
Iluminação inadequada;
Instalações elétricas inadequadas;
Escadas sem corrimão;
Falta de EPI
Falta de equipamentos de combate a incêndio.
81. NR 31.12
FATOR PESSOAL:
As características psicológicas e mentais em que a pessoa está vivenciando no momento de um
acidente proporcionam acidentes do trabalho e tem consequências preocupantes. O estado emocional
do trabalhador pode interferir em suas tarefas fazendo com que ele se sinta preocupado, triste, eufórico,
desatento, etc.
Além das condições psicológicas da pessoa, pode haver as questões das características físicas para um
determinado tipo de serviço, isto também pode acarretar em acidentes e doenças do trabalho.
Os fatores pessoais mais predominantes são:
• Problemas familiares;
• Excesso de confiança;
• Bebidas e/ou drogas;
• Uso incorreto da máquina;
• Brincadeiras;
• Trabalho a uma velocidade insegura.
82. NR 31.12
ACIDENTES FATAIS:
Segundo pesquisa realizadas, apontam que 80% dos acidentes são por falhas humanas e 20 % por
falhas mecânicas.
Sendo eles:
30% - Incapacidade ou ignorância do perigo;
22% - Inexperiência ou falta de atenção;
15% - Excesso de velocidade;
13% - Outros atos inseguros;
83. NR 31.12
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA:
Não desça da maquina com o motor em funcionamento.
Se tiver que descer, desligue-o motor e retire a chave
do contato;
Suba e desça sempre pelo lado esquerdo da máquina,
utilizando sempre todos os pontos de apoio existente;
Nunca acenda chamas perto da bateria;
Faça o check-list corretamente;
Use corretamente os Equipamentos de Proteção
Individual - EPI;
Ajuste o assento do veiculo de maneira a realizar o seu
trabalho comodamente;
Conheça os dispositivos de segurança da máquina,
verifique se estão funcionando corretamente;
84. NR 31.12
Aprenda a utilizar os controles da maquina
corretamente. Leia as plaquetas de aviso existente na
maquina e siga as instruções conforme manual;
Antes de dar partida, coloque todos os controles de
transmissão em ponto morto.
Teste os freios da maquina e verifique se estão freando
as rodas por igual;
Puxe o freio estacionário e calce se estiver parado,
tanto em descidas quanto subidas;
Estude o terreno que você ira trabalhar;
Cuidado com curva de nível e manobras perigosas.
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA:
85. NR 31.12
PARA QUE TODO TRABALHO SEJA REALIZADO DE FORMA SEGURA,
É NECESSARIO SABER:
• Como?
• Quando?
• Onde ?
• Com o quê?
• Por quê?
ANTES DE INICAR O TRABALHO, PENSE EM QUE VOCÊ VAI FAZER E COMO.
COM ISSO VOCÊ ECONOMIZA:
• Tempo;
• Esforço;
• E previne acidente, o mais importante.
86. NR 31.12
ORGANIZANDO O TRABALHO:
Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes. Organizar
significa pensar antes de iniciarmos a tarefa.
Mas pensar em quê?
Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles exagerados.
No modo mais barato de fazer a tarefa.
No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.
Num procedimento que seja mais rápido.
Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.
Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.
Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause poluição
do ar, da água e do solo.
87. NR 31.12
ORGANIZANDO O TRABALHO:
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO é justamente desenvolver ações que envolvem os itens
anteriores, pois permite que o “erro” seja menor. Mas……… O Ser Humano tem uma característica
peculiar, ou seja, resolve ações intuitivamente, principalmente quando domina a situação e é neste
momento que ocorre situação de risco. Então devemos ……. “Pensar e Planejar”
Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar:
Máquinas
Ferramentas adequadas e em bom estado
Matéria-prima
Equipamentos diversos, inclusive os de segurança
Tempo necessário
Pessoas qualificadas etc.
88. NR 31.12
SIMPLIFICANDO O TRABALHO:
A simplificação do trabalho constitui outro meio que favorece diretamente a………..
Produtividade.
Essa simplificação se relaciona com a melhoria de um método de trabalho, seja ele de natureza
científica ou simplesmente surgido da prática. Simplifica-se com o objetivo de aumentar a produtividade.
89. NR 31.12
MÉTODO DE TRABALHO:
Método de trabalho é uma condição para a simplificação do trabalho. Portanto ………
Por mais simples que seja a ação do trabalho, cada profissional desenvolve o
trabalho diferenciado uns dos outros na questão do tempo, qualidade e
principalmente na questão de segurança.
Para isso, o método passa por alterações de modo que o trabalho se torne:
Mais simples
Mais barato
Menos fatigante
Mais rápido
Menos perigoso
Com melhor qualidade
Menos poluidor
90. NR 31.12
MANUTENÇÃO:
As máquinas são fabricadas em qualquer ponto do mundo e podem ser vendidas para
qualquer país que tenha línguas diferentes, por isso existe um padrão universal baseado
na ISO (International Standarization Organization) ou seja Organização Internacional de
Padronização, uma espécie de ABNT mundial.
91. NR 31.12
O QUE É FERRAMENTAL MANUAL?
É uma denominação genérica para instrumentos ou utensílios usados em
trabalhos que ampliam e diversificam a eficácia das mãos, proporcionando maior
força e precisão na atividade realizada.
92. NR 31.12
USO CORRETO DE FERRAMENTAS:
História
Desde os primórdios até os dias atuais,
mesmo com o avanço da tecnologia, as
ferramentas manuais são muito utilizadas
pelo homem.
93. NR 31.12
USO CORRETO DE FERRAMENTAS:
História
As ferramentas manuais são consideradas um
prolongamento das mãos humanas, desempenhando um
fantástico recurso aos movimentos no desempenho de
suas atividades, em todos os ramos da vida.
Devido ao fácil acesso e manuseio destas ferramentas,
constantemente pessoas são acidentadas por ignorar
conhecimentos técnicos e cuidados quanto sua
aplicação.
94. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave fixa”
A chave fixa, também conhecida pelo nome de chave de boca fixa, é utilizada para
apertar ou afrouxar porcas e parafusos de perfil quadrado ou sextavado.
96. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave Combinada”
É extremamente prática, pois possui em uma das extremidades uma boca fixa, e na
outra extremidade uma boca estrela.
98. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave Soquete”
Dentro da linha de ferramentas mecânicas, este tipo é o mais amplo e versátil, em
virtude da gama de acessórios oferecidos, que tornam a ferramenta prática.
99. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave Phillips”
A extremidade da haste, oposta ao cabo, nesse modelo de chave, tem a forma
em cruz. Esse formato é ideal para os parafusos Phillips que apresentam
fendas cruzadas.
100. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave Fenda Sextavada”
É uma ferramenta utilizada em mecânica para apertar e soltar parafusos grandes
quando se exige o emprego de muita força.
101. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave para Cano e Tubos”
A chave para canos é uma ferramenta específica para instalação e manutenção
hidráulica, também conhecida por chave grifo.
102. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Chave de Boca Ajustável”
É muito utilizada na mecânica, em trabalhos domésticos e em serviços como
montagem de torres e postes de eletrificação, e elementos de fixação roscados.
103. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Alicate Universal”
É o modelo mais conhecido e usado de toda família de alicates. Utilizado para
segurar, cortar, dobrar, colocar e retirar peças de determinadas montagens.
104. NR 31.12
“Alicate de Pressão”
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
É uma ferramenta manual destinada a segurar, puxar, dobrar e girar objetos de
formatos variados.
105. NR 31.12
PRINCIPAIS FERRAMENTAS:
“Alicate para Anéis”
Alicates para anéis de segmento interno e externo:
É uma ferramenta utilizada para remover anéis de segmento, também chamados de
anéis de segurança ou anéis elásticos.
106. NR 31.12
DICAS PARA TRABALHOS PREVENTIVOS COM FERRAMENTAS:
Use sempre ferramentas
adequadas e apropriadas para
cada atividade
107. NR 31.12
Método de Trabalho
DICAS PARA TRABALHOS PREVENTIVOS COM FERRAMENTAS:
nunca utilize ferramentas gastas ou defeituosas.
solicite reparo ou troca quando danificadas.
108. NR 31.12
Improvisação
DICAS PARA TRABALHOS PREVENTIVOS COM FERRAMENTAS:
Não improvise e nunca force ferramentas manuais em direção a partes cortantes.
Quando não for possível, proteja o material cortante
109. NR 31.12
Qualidade
DICAS PARA TRABALHOS PREVENTIVOS COM FERRAMENTAS:
Inspecionar ferramentas, parafusos e porcas, certificando-se de suas condições
de qualidade.
110. NR 31.12
Organização
Após o término da atividade, mantenha as ferramentas limpas e guardadas
organizadamente.
DICAS PARA TRABALHOS PREVENTIVOS COM FERRAMENTAS: