Este documento discute os aspectos técnicos, sociais, ambientais e econômicos da produção de carvão vegetal no Brasil. Apresenta os principais tipos de carvão vegetal e suas aplicações, destacando que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais. Discute também a importância do uso de florestas plantadas em vez de nativas para a produção sustentável de carvão vegetal.
O carvão vegetal é obtido através da queima ou carbonização da madeira, é uma fonte de energia renovável e ajuda a reduzir as emissões de CO2. É utilizado como combustível para aquecimento e geração de energia, e o Brasil obtém 12,9% de sua oferta energética total do carvão vegetal, principalmente de eucalipto. Além de trazer benefícios ecológicos, o carvão vegetal também pode ser usado na medicina para combater problemas gastrointestinais.
O documento discute o uso do carvão vegetal na produção de aço verde no Brasil. O carvão vegetal é produzido a partir da queima controlada de madeira de eucalipto cultivado em florestas plantadas e é considerado renovável porque a madeira pode ser replantada. O carvão vegetal é um insumo importante na indústria siderúrgica brasileira e seu uso na produção de aço torna o processo mais sustentável por substituir fontes de energia fósseis.
O desmatamento e as queimadas causam danos ambientais como redução da biodiversidade, poluição do ar e solo, e contribuem para o aquecimento global. A criação de gado de forma intensiva compacta o solo e libera metano, intensificando o aquecimento global. O uso excessivo de agrotóxicos contamina o solo, lençol freático e rios, e gera resistência de pragas. Técnicas sustentáveis como o pousio e o planejamento rural podem reduzir esses impactos e tornar a produção agrícola
Este documento discute a introdução à agroecologia. Primeiro, define agricultura e explica sua origem quando os humanos se tornaram sedentários. Em seguida, descreve a evolução histórica da agricultura, desde quando era considerada uma arte até se tornar uma ciência. Por fim, contrasta a agricultura convencional com as agriculturas de base ecológica, como a agroecologia, que buscam maior sustentabilidade.
O que é meio ambiente?
O que é Degradação Ambiental?
Meio ambiente transformado.
O que é Poluição ambiental
Tipos de poluição.
Desmatamento
Nascentes
Maneiras de preservar o meio ambiente.
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitoscarlosbidu
O documento discute a educação ambiental e seu papel em promover a consciência ambiental e mudanças de hábitos. Ele define educação ambiental, discute suas finalidades de formação de atitudes voltadas à preservação, e o papel do educador em incentivar a mudança por meio do pensamento crítico.
O documento discute o meio ambiente, sua definição e importância. Ele também aborda a poluição ambiental, seus tipos e formas de prevenção, incluindo a reciclagem. O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de proteger o meio ambiente.
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slidebudhamider
O documento discute a gestão ambiental pública e responsabilidade social. Aborda conceitos como políticas públicas ambientais, avaliação de impacto ambiental, licenciamento ambiental e instrumentos como EIA e RIMA. Também discute a importância da proteção ambiental e a estrutura da gestão pública ambiental nos níveis federal, estadual e municipal.
O carvão vegetal é obtido através da queima ou carbonização da madeira, é uma fonte de energia renovável e ajuda a reduzir as emissões de CO2. É utilizado como combustível para aquecimento e geração de energia, e o Brasil obtém 12,9% de sua oferta energética total do carvão vegetal, principalmente de eucalipto. Além de trazer benefícios ecológicos, o carvão vegetal também pode ser usado na medicina para combater problemas gastrointestinais.
O documento discute o uso do carvão vegetal na produção de aço verde no Brasil. O carvão vegetal é produzido a partir da queima controlada de madeira de eucalipto cultivado em florestas plantadas e é considerado renovável porque a madeira pode ser replantada. O carvão vegetal é um insumo importante na indústria siderúrgica brasileira e seu uso na produção de aço torna o processo mais sustentável por substituir fontes de energia fósseis.
O desmatamento e as queimadas causam danos ambientais como redução da biodiversidade, poluição do ar e solo, e contribuem para o aquecimento global. A criação de gado de forma intensiva compacta o solo e libera metano, intensificando o aquecimento global. O uso excessivo de agrotóxicos contamina o solo, lençol freático e rios, e gera resistência de pragas. Técnicas sustentáveis como o pousio e o planejamento rural podem reduzir esses impactos e tornar a produção agrícola
Este documento discute a introdução à agroecologia. Primeiro, define agricultura e explica sua origem quando os humanos se tornaram sedentários. Em seguida, descreve a evolução histórica da agricultura, desde quando era considerada uma arte até se tornar uma ciência. Por fim, contrasta a agricultura convencional com as agriculturas de base ecológica, como a agroecologia, que buscam maior sustentabilidade.
O que é meio ambiente?
O que é Degradação Ambiental?
Meio ambiente transformado.
O que é Poluição ambiental
Tipos de poluição.
Desmatamento
Nascentes
Maneiras de preservar o meio ambiente.
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitoscarlosbidu
O documento discute a educação ambiental e seu papel em promover a consciência ambiental e mudanças de hábitos. Ele define educação ambiental, discute suas finalidades de formação de atitudes voltadas à preservação, e o papel do educador em incentivar a mudança por meio do pensamento crítico.
O documento discute o meio ambiente, sua definição e importância. Ele também aborda a poluição ambiental, seus tipos e formas de prevenção, incluindo a reciclagem. O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de proteger o meio ambiente.
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slidebudhamider
O documento discute a gestão ambiental pública e responsabilidade social. Aborda conceitos como políticas públicas ambientais, avaliação de impacto ambiental, licenciamento ambiental e instrumentos como EIA e RIMA. Também discute a importância da proteção ambiental e a estrutura da gestão pública ambiental nos níveis federal, estadual e municipal.
Este documento descreve as principais commodities produzidas e exportadas pelo Brasil. O Brasil é um grande produtor mundial de commodities agrícolas como soja, cana-de-açúcar, milho e café, bem como commodities minerais como ferro e petróleo. Essas commodities são produzidas em larga escala e seus preços são definidos internacionalmente, tornando a economia brasileira dependente das flutuações do mercado global.
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDOVictor Said
Este documento aborda a questão camponesa no Brasil e no mundo, discutindo quem são os camponeses, sua importância econômica, principais produções e distribuição territorial. Também apresenta os movimentos sociais camponeses antes e depois do golpe de 1964 e formas de resistência além desses movimentos, além de tratar da reforma agrária brasileira.
Degradação do solo, Erosão, Enchentes e Desertificação.Carlos Eduardo
Trabalho de geologia destacando as principais agressões ao meio ambiente. Uma apresentação que traz impactos ao estado do Ceará, trazendo Degradação do solo, Erosão, Enchentes e Desertificação.
O documento discute os processos de reciclagem de resíduos sólidos, incluindo a segregação dos materiais, coleta seletiva, unidades de triagem e usinas de reciclagem. Também aborda os benefícios ambientais e econômicos da reciclagem e o papel das cooperativas de catadores nesse processo.
O documento discute os processos e parâmetros da compostagem, incluindo: (1) A compostagem é a decomposição biológica de resíduos orgânicos por microrganismos; (2) Existem dois tipos principais - aeróbia e anaeróbia; (3) Os principais parâmetros do processo incluem aeração, temperatura, umidade, relação C/N, pH e estrutura.
O documento descreve um projeto de conscientização sobre reciclagem e redução de lixo em uma escola. A equipe do projeto abordará a necessidade de mudança de valores e atitudes para inserir tais práticas no cotidiano dos alunos, utilizando metodologias interdisciplinares. As disciplinas envolvidas desenvolverão atividades para sensibilizar os estudantes sobre os problemas causados pelo lixo e promover a reutilização e reciclagem.
O documento descreve o processo de compostagem, no qual microrganismos transformam resíduos orgânicos como folhas e restos de comida em um material semelhante ao solo. Esse material, chamado composto, é utilizado como adubo para melhorar as características físicas e biológicas do solo, proporcionando mais vida ao solo e diminuindo o uso de fertilizantes químicos.
O documento discute o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, estabelecido pela ONU em 1972 para tratar de assuntos ambientais globais. A data destaca problemas como poluição, desmatamento e perda de biodiversidade, e a importância de ações sustentáveis para garantir recursos naturais para as gerações futuras. O texto fornece dicas simples de hábitos sustentáveis como uso de transportes não poluentes, economia de energia e água, e reciclagem.
Agricultura sustentável respeita o meio ambiente, é socialmente justa e economicamente viável, garantindo recursos para gerações futuras. Princípios incluem redução de agrotóxicos, não poluição, orgânica e captação de água. No Brasil, há esforços, mas ainda se usam muitos agrotóxicos, desmatam-se florestas e violam-se direitos trabalhistas.
O documento discute silvicultura no Brasil. Ele explica o que é silvicultura e as etapas do cultivo de florestas, e destaca que existe demanda por produtos florestais. Também mostra que as florestas plantadas no Brasil estão crescendo rapidamente e que o país tem a melhor produtividade florestal do mundo.
O documento discute a problemática do lixo no Brasil, os tipos de lixo, formas de reduzi-lo através da redução, reutilização e reciclagem. Aponta que o Brasil produz 200 mil toneladas de lixo por dia e explica os destinos do lixo, incluindo aterros controlados e sanitários. Aborda também a reciclagem, coleta seletiva, metais e plásticos recicláveis, além dos riscos de pilhas e baterias ao meio ambiente.
1) O documento apresenta um resumo de conteúdos abordados em disciplina de Planejamento e Política Ambiental.
2) Inclui discussões sobre planejamento ambiental, política ambiental, análise de discurso, ecologia política e a Curva de Kuznets Ambiental.
3) Há referências a estudos de caso sobre desastres naturais, desertificação e justiça ambiental.
O documento discute conceitos e ações relacionadas ao manejo e conservação do solo. Aborda tópicos como formação do solo, perda de solo, erosão, práticas conservacionistas, levantamento de solos, capacidade de uso e marco legal para a conservação do solo no Brasil. O documento fornece informações sobre como garantir a sustentabilidade da agricultura por meio do uso adequado dos recursos naturais, principalmente do solo.
O documento classifica os resíduos sólidos de acordo com sua origem, periculosidade e composição. Ele descreve as categorias de resíduos urbanos, industriais, especiais e seus subtipos, como resíduos orgânicos, inorgânicos, perigosos e não perigosos. A legislação determina que os geradores de resíduos industriais são responsáveis por sua destinação final adequada.
O documento discute a definição de biomassa e sua classificação como um recurso natural renovável ao contrário dos combustíveis fósseis. Ele também lista as principais fontes de biomassa, tecnologias e derivados de biomassa para geração de energia.
O documento descreve os conceitos e benefícios da reciclagem, incluindo a minimização do uso de fontes naturais e da quantidade de resíduos, além de exemplos de materiais que podem ser reciclados como papel, vidro, metal e plástico.
O documento apresenta um resumo sobre os fundamentos da educação ambiental, incluindo seu histórico, objetivos, princípios e leis. Aborda conceitos como desenvolvimento sustentável e biodiversidade, além de destacar a importância da educação ambiental para a construção de valores que levem a uma convivência harmoniosa com o meio ambiente.
Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que reciclam elementos químicos entre os organismos e o meio ambiente. Elementos como carbono, oxigênio, nitrogênio, fósforo, cálcio e enxofre passam por ciclos que unem a biosfera, atmosfera, hidrosfera e litosfera. Os ciclos descrevem como esses elementos se movimentam e são transformados entre os seres vivos e não vivos.
O documento discute os tipos de poluição ambiental, incluindo poluição do ar, da água e do solo. A poluição do ar pode ser natural ou antropogênica, e as principais fontes antropogênicas incluem indústrias, transporte e queima de combustíveis. A poluição da água pode ser pontual ou difusa, proveniente de esgotos domésticos e industriais. A poluição do solo pode ocorrer por urbanização, extração de recursos ou deposição de resíduos.
O documento discute os conceitos e princípios da educação ambiental no Brasil. Ele explica que a educação ambiental tem como objetivo disseminar conhecimentos sobre o meio ambiente para ajudar em sua preservação e uso sustentável de recursos. Também descreve a Lei da Educação Ambiental no Brasil e características como ser um processo dinâmico, transformador e permanente.
O documento discute fontes renováveis de energia como madeira e carvão vegetal. Explica que o carvão vegetal é produzido através da queima ou carbonização da madeira e tem grande potencial de uso no Brasil e no mundo. O Brasil é o maior produtor mundial e a China é o país que mais consome carvão vegetal.
Carvão Vegetal Renovável: O Diferencial da Siderurgia BrasileiraRoosevelt Almado
O documento discute a produção de carvão vegetal renovável no Brasil, focando em Minas Gerais. Apresenta dados sobre a evolução do setor de carvão vegetal no estado, incluindo plantios florestais, produção e consumo. Também aborda temas como silvicultura, colheita florestal, produção de carvão e possibilidades de melhoria tecnológica para aumentar a sustentabilidade e reduzir custos.
Este documento descreve as principais commodities produzidas e exportadas pelo Brasil. O Brasil é um grande produtor mundial de commodities agrícolas como soja, cana-de-açúcar, milho e café, bem como commodities minerais como ferro e petróleo. Essas commodities são produzidas em larga escala e seus preços são definidos internacionalmente, tornando a economia brasileira dependente das flutuações do mercado global.
Camponeses: A QUESTÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL E NO MUNDOVictor Said
Este documento aborda a questão camponesa no Brasil e no mundo, discutindo quem são os camponeses, sua importância econômica, principais produções e distribuição territorial. Também apresenta os movimentos sociais camponeses antes e depois do golpe de 1964 e formas de resistência além desses movimentos, além de tratar da reforma agrária brasileira.
Degradação do solo, Erosão, Enchentes e Desertificação.Carlos Eduardo
Trabalho de geologia destacando as principais agressões ao meio ambiente. Uma apresentação que traz impactos ao estado do Ceará, trazendo Degradação do solo, Erosão, Enchentes e Desertificação.
O documento discute os processos de reciclagem de resíduos sólidos, incluindo a segregação dos materiais, coleta seletiva, unidades de triagem e usinas de reciclagem. Também aborda os benefícios ambientais e econômicos da reciclagem e o papel das cooperativas de catadores nesse processo.
O documento discute os processos e parâmetros da compostagem, incluindo: (1) A compostagem é a decomposição biológica de resíduos orgânicos por microrganismos; (2) Existem dois tipos principais - aeróbia e anaeróbia; (3) Os principais parâmetros do processo incluem aeração, temperatura, umidade, relação C/N, pH e estrutura.
O documento descreve um projeto de conscientização sobre reciclagem e redução de lixo em uma escola. A equipe do projeto abordará a necessidade de mudança de valores e atitudes para inserir tais práticas no cotidiano dos alunos, utilizando metodologias interdisciplinares. As disciplinas envolvidas desenvolverão atividades para sensibilizar os estudantes sobre os problemas causados pelo lixo e promover a reutilização e reciclagem.
O documento descreve o processo de compostagem, no qual microrganismos transformam resíduos orgânicos como folhas e restos de comida em um material semelhante ao solo. Esse material, chamado composto, é utilizado como adubo para melhorar as características físicas e biológicas do solo, proporcionando mais vida ao solo e diminuindo o uso de fertilizantes químicos.
O documento discute o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, estabelecido pela ONU em 1972 para tratar de assuntos ambientais globais. A data destaca problemas como poluição, desmatamento e perda de biodiversidade, e a importância de ações sustentáveis para garantir recursos naturais para as gerações futuras. O texto fornece dicas simples de hábitos sustentáveis como uso de transportes não poluentes, economia de energia e água, e reciclagem.
Agricultura sustentável respeita o meio ambiente, é socialmente justa e economicamente viável, garantindo recursos para gerações futuras. Princípios incluem redução de agrotóxicos, não poluição, orgânica e captação de água. No Brasil, há esforços, mas ainda se usam muitos agrotóxicos, desmatam-se florestas e violam-se direitos trabalhistas.
O documento discute silvicultura no Brasil. Ele explica o que é silvicultura e as etapas do cultivo de florestas, e destaca que existe demanda por produtos florestais. Também mostra que as florestas plantadas no Brasil estão crescendo rapidamente e que o país tem a melhor produtividade florestal do mundo.
O documento discute a problemática do lixo no Brasil, os tipos de lixo, formas de reduzi-lo através da redução, reutilização e reciclagem. Aponta que o Brasil produz 200 mil toneladas de lixo por dia e explica os destinos do lixo, incluindo aterros controlados e sanitários. Aborda também a reciclagem, coleta seletiva, metais e plásticos recicláveis, além dos riscos de pilhas e baterias ao meio ambiente.
1) O documento apresenta um resumo de conteúdos abordados em disciplina de Planejamento e Política Ambiental.
2) Inclui discussões sobre planejamento ambiental, política ambiental, análise de discurso, ecologia política e a Curva de Kuznets Ambiental.
3) Há referências a estudos de caso sobre desastres naturais, desertificação e justiça ambiental.
O documento discute conceitos e ações relacionadas ao manejo e conservação do solo. Aborda tópicos como formação do solo, perda de solo, erosão, práticas conservacionistas, levantamento de solos, capacidade de uso e marco legal para a conservação do solo no Brasil. O documento fornece informações sobre como garantir a sustentabilidade da agricultura por meio do uso adequado dos recursos naturais, principalmente do solo.
O documento classifica os resíduos sólidos de acordo com sua origem, periculosidade e composição. Ele descreve as categorias de resíduos urbanos, industriais, especiais e seus subtipos, como resíduos orgânicos, inorgânicos, perigosos e não perigosos. A legislação determina que os geradores de resíduos industriais são responsáveis por sua destinação final adequada.
O documento discute a definição de biomassa e sua classificação como um recurso natural renovável ao contrário dos combustíveis fósseis. Ele também lista as principais fontes de biomassa, tecnologias e derivados de biomassa para geração de energia.
O documento descreve os conceitos e benefícios da reciclagem, incluindo a minimização do uso de fontes naturais e da quantidade de resíduos, além de exemplos de materiais que podem ser reciclados como papel, vidro, metal e plástico.
O documento apresenta um resumo sobre os fundamentos da educação ambiental, incluindo seu histórico, objetivos, princípios e leis. Aborda conceitos como desenvolvimento sustentável e biodiversidade, além de destacar a importância da educação ambiental para a construção de valores que levem a uma convivência harmoniosa com o meio ambiente.
Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que reciclam elementos químicos entre os organismos e o meio ambiente. Elementos como carbono, oxigênio, nitrogênio, fósforo, cálcio e enxofre passam por ciclos que unem a biosfera, atmosfera, hidrosfera e litosfera. Os ciclos descrevem como esses elementos se movimentam e são transformados entre os seres vivos e não vivos.
O documento discute os tipos de poluição ambiental, incluindo poluição do ar, da água e do solo. A poluição do ar pode ser natural ou antropogênica, e as principais fontes antropogênicas incluem indústrias, transporte e queima de combustíveis. A poluição da água pode ser pontual ou difusa, proveniente de esgotos domésticos e industriais. A poluição do solo pode ocorrer por urbanização, extração de recursos ou deposição de resíduos.
O documento discute os conceitos e princípios da educação ambiental no Brasil. Ele explica que a educação ambiental tem como objetivo disseminar conhecimentos sobre o meio ambiente para ajudar em sua preservação e uso sustentável de recursos. Também descreve a Lei da Educação Ambiental no Brasil e características como ser um processo dinâmico, transformador e permanente.
O documento discute fontes renováveis de energia como madeira e carvão vegetal. Explica que o carvão vegetal é produzido através da queima ou carbonização da madeira e tem grande potencial de uso no Brasil e no mundo. O Brasil é o maior produtor mundial e a China é o país que mais consome carvão vegetal.
Carvão Vegetal Renovável: O Diferencial da Siderurgia BrasileiraRoosevelt Almado
O documento discute a produção de carvão vegetal renovável no Brasil, focando em Minas Gerais. Apresenta dados sobre a evolução do setor de carvão vegetal no estado, incluindo plantios florestais, produção e consumo. Também aborda temas como silvicultura, colheita florestal, produção de carvão e possibilidades de melhoria tecnológica para aumentar a sustentabilidade e reduzir custos.
Este documento analisa a cadeia produtiva do carvão vegetal na microrregião do Vão do Paranã no nordeste de Goiás. A região lidera a produção de carvão vegetal no estado, respondendo por 46,5% da produção total. O carvão vegetal é usado principalmente pela indústria siderúrgica e as condições de trabalho dos carvoeiros são consideradas precárias e próximas da escravidão.
O documento apresenta um manual de licenciamento ambiental do Estado do Rio de Janeiro, descrevendo o que é a licença ambiental e por que as empresas precisam obtê-la, os problemas de se operar sem a devida licença e quais atividades estão sujeitas ao processo de licenciamento.
Assistência de enfermagem ao paciente portador da síndrome de fournier revisã...Gabriela Montargil
Este artigo tem como objetivo principal compreender a importância da assistência de enfermagem ao portador da Síndrome de Fournier, a partir de uma revisão de literatura acerca da temática tendo como objetivo específico reconhecer a importância da assistência de enfermagem no controle e disseminação desta infecção. A Síndrome de Fournier é uma infecção poli microbiana causada por bactérias aeróbias e anaeróbias, que induzem o paciente ao desenvolvimento de uma fasceíte necrotizante abrangendo a região genital, perianal e perineal. Nestes termos, a atuação do enfermeiro é direcionada ao acompanhamento e tratamento das lesões, tendo como estratégia principal o bloqueio ou a redução da proliferação bacteriana.
1) O documento discute a mineração de carvão, incluindo os processos de extração, beneficiamento e impactos ambientais.
2) Apresenta os principais tipos de carvão e suas aplicações, além do consumo mundial crescente.
3) Detalha os processos de extração a céu aberto e subterrânea, assim como a drenagem ácida de minas e seus efeitos nocivos.
O documento discute o carvão, incluindo sua formação a partir de plantas enterradas, como libera energia através do calor, e seu uso atual para gerar eletricidade e produzir aço, bem como suas vantagens e desvantagens como um recurso não renovável. O documento também enfatiza a importância do uso racional de energia e de alternativas sustentáveis.
O documento discute a adição de glicerina, subproduto da produção de biodiesel, em biodigestores para aumentar a produção de biogás. Experimentos em biodigestores de laboratório mostraram que a adição de apenas 5% de glicerina residual melhorou o desempenho do biodigestor, aumentando em mais de cinco vezes a produção de biogás.
O documento apresenta as biografias de três autores que escreveram sobre a utilização de resíduos na construção habitacional. São descritos os nomes, formações acadêmicas e áreas de atuação de Luiz R. Prudêncio Jr., Sílvia Santos e Dario de Araújo Dafico.
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Newton José Leme Duarte (Associação da Indústria de Cogeração de Energia - COGEN)
O documento discute as vantagens competitivas do Brasil para a produção agrícola e energética, destacando os recursos naturais de água, solo e radiação solar, assim como o papel da ciência no aumento da produtividade. A Embrapa teve importante contribuição para o crescimento da agricultura brasileira por meio da pesquisa agrocientífica. O capim-elefante e a silvicultura são apontados como promissores para a geração de energia renovável devido aos abundantes recursos naturais e baixo cust
Estimulando a Implementação de RPPN Urbanas em Guajará-AMAugusto Rocha
Com a publicação da política municipal de Meio ambiente, ocorre a possibilidade de proprietário de áreas verdes no perímetro urbano de transformarem estas em Reservas Particulares de Patrimônio Natural, como forma de diminuir o curso do IPTU e contribuindo para a manutenção da qualidade ambiental.
Mitigação das Emissões de Gases Efeito Estufa pelo Uso do Etanol da Cana-de-A...ProjetoBr
Este documento discute a mitigação das emissões de gases de efeito estufa pelo uso de etanol da cana-de-açúcar produzido no Brasil. Primeiro, analisa o balanço energético da produção de etanol da cana, considerando as operações agrícolas e de produção. Em seguida, estima as emissões de outros gases de efeito estufa durante o processo. Por fim, avalia o impacto na mitigação com a mudança de diesel/gasolina para etanol e a possível expansão da área de cana
1. A indústria brasileira de cana-de-açúcar oferece um excelente exemplo de como questões sociais, ambientais e econômicas podem ser colocadas no contexto do desenvolvimento sustentável. Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor opção para a produção sustentável de biocombustíveis.
2. A UNICA tem implementado diversos protocolos e iniciativas para promover a sustentabilidade social e ambiental da indústria, como o Protocolo Agroambiental, que estabelece metas para eliminação
Combustíveis Fósseis x Combustíveis da BiomassaJunior Ozono
Este documento apresenta uma comparação entre combustíveis fósseis e combustíveis da biomassa. Ele discute os tipos de combustíveis fósseis como petróleo, gás natural e carvão, e como esses combustíveis são produzidos e usados. Também aborda os impactos ambientais da produção de derivados de petróleo. Em seguida, o documento descreve a biomassa como uma fonte de energia renovável, e discute a produção de alcoóis e biodiesel a partir da biomassa, assim como a digestão anaeró
Formas de aproveitamento de resíduos da produção de cocoMarylza
O documento discute formas de aproveitamento dos resíduos da produção de coco no Brasil, incluindo o uso da casca de coco para produzir telas biodegradáveis, gerar energia térmica e fazer isolamento acústico. Apesar de existirem várias alternativas, os altos custos de desenvolvimento de novas tecnologias ainda são um obstáculo para sua aplicação em larga escala.
Seminário stab 2013 comum - 01. a cana de açúcar e o meio ambiente - alfred...STAB Setentrional
O documento discute a cana-de-açúcar e a economia sustentável. Apresenta os benefícios ambientais e econômicos da produção de etanol a partir da cana, incluindo a redução de emissões de gases do efeito estufa e poluentes atmosféricos. Também descreve os avanços do Protocolo Agroambiental paulista na adoção de práticas sustentáveis na produção de cana, como a redução do uso do fogo e a proteção de recursos naturais.
1) O documento discute soluções tecnológicas para o aproveitamento de conchas de ostras, incluindo sua utilização na remoção de fosfatos, na construção civil e na indústria farmacêutica.
2) Estudos na Coréia e no Brasil indicam que as conchas podem ser usadas para remover fosfatos de efluentes, enquanto na construção civil podem substituir agregados.
3) Medicamentos contendo cálcio extraído de conchas auxiliam no combate à osteoporose.
Seminário ANCP 2016 – Roberto Guimarães Junior – Pecuária de corte de alta pr...ANCP Ribeirão Preto
A palestra discute se a pecuária de corte de alta produtividade no Brasil é herói ou vilão. Apresenta que o aumento da produção de carne bovina para atender a demanda mundial crescente deve ocorrer por meio da intensificação sustentável da atividade pecuária em sistemas pastoris. Demonstra que o uso de tecnologias permite uma pecuária produtiva com ganhos ambientais como redução do desmatamento, aumento do armazenamento de água e carbono no solo, e redução de emissões de
Este documento descreve o potencial da biomassa como fonte de energia renovável no Brasil. Apresenta informações sobre o uso atual da biomassa, principalmente cana-de-açúcar e resíduos florestais, e seu potencial para geração de eletricidade no futuro. Destaca que a cana-de-açúcar, especialmente seu resíduo bagaço, representa o maior potencial para geração de energia elétrica no país por meio de sistemas de cogeração.
O documento descreve a biomassa como uma fonte renovável de energia proveniente de matéria orgânica animal ou vegetal. Apresenta informações sobre a disponibilidade global e uso atual da biomassa, bem como seu potencial para geração de eletricidade no Brasil, principalmente a partir do bagaço de cana-de-açúcar.
Artigo 5 determinação da eficiência energética do processo de obtenção do b...André Bellin Mariano
Este documento investiga a viabilidade energética de produzir biodiesel a partir da microalga Nannochloropsis oculata por meio de metanólise in situ. A microalga foi cultivada, floculada, secada por aspersão e teve seus lipídeos convertidos diretamente em ésteres de alquila pela adição de metanol, ácido clorídrico e clorofórmio. O rendimento médio obtido foi de 23,07% com eficiência energética de 1,37. As propriedades dos produtos foram caracter
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...ANCP Ribeirão Preto
Este documento discute protocolos para aumentar a produtividade da pecuária de corte com baixa emissão de carbono. Ele descreve iniciativas no Brasil e no mundo para promover a pecuária sustentável e de baixo carbono, incluindo o programa Carbono Neutro da Embrapa e o selo Carbono Baixo da CNA. Além disso, fornece evidências de que práticas como integração lavoura-pecuária, adubação de pastagens e confinamento podem aumentar a produtividade e mitigar as emissões de metano
1) O documento discute pesquisas sobre seqüestro de carbono em florestas e solos no cerrado, e desenvolvimento de sistema de queima de gases para geração de energia.
2) Foram realizadas pesquisas para quantificar biomassa e estoque de carbono em diferentes culturas e florestas, e analisar a viabilidade econômica de projetos de créditos de carbono.
3) Os resultados das pesquisas podem subsidiar o desenvolvimento de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo visando redução de emissões de carbono
O documento descreve um projeto de pesquisa sobre seqüestro de carbono em florestas e solos no cerrado e desenvolvimento de um sistema de queima de gases na carbonização para geração de energia em Minas Gerais. O projeto visa quantificar estoques de carbono, desenvolver um sistema de queima de gases para gerar energia e criar um banco de dados para projetos de redução de emissões.
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GORDUROSOS DO PROCESSO DE...PintoRGS
1) O documento avalia a viabilidade de usar resíduos gordurosos de processamento de pescado para fabricação de biodiesel.
2) Foi determinado que o resíduo tem 25% de umidade e 98,46% de lipídios totais, o que pode ser adequado para biodiesel se a umidade for removida.
3) Também foram medidas outras propriedades como acidez, oxigênio bioquímico e composição de ácidos graxos para avaliar a conveniência do uso deste resíduo.
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GORDUROSOS DO PROCESSO DE...PintoRGS
1) O documento avalia a viabilidade de usar resíduos gordurosos de indústrias de pescado para fabricação de biodiesel.
2) Análises encontram que o resíduo tem 25% de umidade e 98,46% de lipídios totais, o que pode ser adequado para biodiesel se a umidade for removida.
3) Foram medidas outras propriedades como acidez, oxigênio bioquímico e ácidos graxos para avaliar a qualidade do resíduo para biodiesel.
Semelhante a Nota técnica sobre a produção de Carvão Vegetal (20)
Diversidade de Scolitynae (Coleoptera, Curculionidae) em Fragmentos de Flores...Carlos Alberto Monteiro
Este estudo investigou as populações de besouros Scolytinae em três fragmentos florestais com diferentes níveis de perturbação humana. Foram encontradas 38 espécies de Scolytinae, sendo que H. eruditus foi a espécie mais abundante e constante nos três fragmentos, sugerindo que ela é generalista e se beneficia de perturbações. Os resultados indicam que a fragmentação florestal pode levar ao desaparecimento de espécies especialistas, enquanto espécies generalistas como H. eruditus podem dominar ambientes perturbados
Este documento discute a legislação brasileira sobre Áreas de Preservação Permanente (APPs). Analisa a evolução histórica das APPs desde 1934 e como a lei atual protege essas áreas por sua importância ecológica. Também examina pontos problemáticos na interpretação da lei e argumenta que as APPs devem ser preservadas, mesmo em caso de degradação, para manter os serviços ambientais que fornecem.
Este documento fornece orientações para a elaboração de planos de proteção de unidades de conservação do tipo RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). Ele explica a estrutura e conteúdo mínimo que devem constar em um plano de proteção, incluindo informações gerais, diagnóstico de riscos e ameaças, e planejamento de ações de proteção. O documento também fornece exemplos e recomendações para a elaboração de cada seção do plano.
O documento apresenta:
1) A história da degradação da Mata Atlântica no Brasil e sua importância ecológica e socioeconômica.
2) As principais fases da restauração florestal na Mata Atlântica, desde o plantio de árvores sem critérios até a abordagem baseada nos processos ecológicos.
3) Tópicos sobre diagnóstico ambiental, monitoramento, quantificação de biomassa e metodologias de restauração.
1. O documento discute a contribuição da chuva de sementes na recuperação de áreas degradadas e o uso de poleiros artificiais para acelerar a sucessão natural.
2. Foram instalados coletores de sementes em diferentes distâncias de um fragmento florestal e em áreas de reflorestamento para avaliar a composição da chuva de sementes.
3. Poleiros artificiais foram colocados em uma área degradada para testar se aumentam o aporte e estabelecimento de sementes, comparando com parcelas sem
Here is the summary in 3 sentences or less:
[SUMMARY]
The document evaluates the influence of different methods of controlling Urochloa spp. grass on the establishment of forest plantations for restoration purposes. It analyzes the growth of seven tree species under five control treatments over 30 months, finding that intercropping with nitrogen-fixing legumes led to better tree growth and soil coverage than other methods, while having intermediate costs.
O texto resume e avalia o livro "1001 discos para ouvir antes de morrer", destacando que apesar de seu nome poder causar desconfiança, o livro reúne uma ampla seleção de lançamentos musicais essenciais das últimas 5 décadas de forma equilibrada, incluindo estilos como glam e synth-pop. A resenha elogia o tratamento gráfico do livro e comenta que embora contenha obviedades, como a presença excessiva de Beatles, também lembra trabalhos menos conhecidos.
O documento discute padrões globais de biodiversidade, abordando tópicos como a distribuição heterogênea da biodiversidade no planeta, a importância do conhecimento sobre padrões globais para definir prioridades de conservação e como fatores históricos como deriva continental e isolamento geográfico influenciam a biodiversidade em diferentes regiões.
1) Uma nova espécie de porco-espinho foi descoberta na Mata Atlântica de Pernambuco e recebeu o nome científico de Coendou speratus.
2) A espécie foi vista primeiramente na Usina Trapiche em Sirinhaém e batizada de "speratus", que significa esperança, para representar a esperança de preservar os remanescentes da Mata Atlântica.
3) A descoberta foi feita por pesquisadores da UFPE e UFES estudando a biodiversidade da regi
O documento discute fragmentos florestais, definindo-os como áreas de vegetação natural interrompidas por barreiras naturais ou antrópicas. Apresenta exemplos de fragmentos florestais no Brasil, como na Amazônia e Mata Atlântica, e discute os impactos da fragmentação, como maior mortalidade de árvores nas bordas e redução da germinação de sementes. Também aborda como fatores como tamanho, forma, isolamento e vizinhança afetam a dinâmica dos fragmentos florestais.
1. Researchers studied a plankton community isolated from the Baltic Sea that was cultured in a laboratory for over 2,300 days under constant conditions.
2. Despite constant conditions, species abundances fluctuated dramatically over several orders of magnitude, displaying different periodicities attributed to species interactions.
3. Analyses found positive Lyapunov exponents, limited predictability to 15-30 days, and characteristics of chaos, demonstrating that species interactions in complex food webs can generate chaos. This implies stability is not required for food web persistence and long-term species prediction may be impossible.
Este documento discute os aspectos históricos e epistemológicos envolvidos na consolidação dos pressupostos subjacentes à biologia evolutiva e mutações no DNA. Aborda a importância do acaso na evolução versus mutações dirigidas e como a teoria sintética da evolução unificou princípios evolutivos, mas também obscureceu outros mecanismos como a herança epigenética.
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto revolucionário que usa inteligência artificial para automatizar tarefas domésticas. O dispositivo pode limpar, cozinhar e fazer compras sozinho, poupando tempo dos usuários. No entanto, alguns especialistas levantaram preocupações sobre a segurança e o impacto no mercado de trabalho à medida que mais tarefas são automatizadas.
Este documento discute como o design pode ser visto como um processo complexo quando: 1) Reconhece que o acaso faz parte do processo criativo de design; 2) Considera que os produtos têm funções além da prática, como funções estética e simbólica; 3) Isso rompe com a visão reducionista anterior que via apenas a função prática.
1) A causalidade é um pressuposto da ciência, mas pode ser afetada por fatores contingentes que representam o acaso.
2) Aristóteles argumenta que o acaso ocorre quando resultados inesperados surgem de ações deliberadas ou processos naturais que possuem propósitos.
3) O acaso resulta da confluência de cadeias causais independentes, ou seja, quando séries causais sem necessidade de coincidência se encontram por acaso.
Este resumo descreve um artigo que resenha o livro "Marxismo e Crítica Literária" de Terry Eagleton. O artigo destaca que Eagleton analisa a crítica literária marxista focando em quatro temas principais: literatura e história, forma e conteúdo, o escritor e o engajamento, e o autor como produtor. O artigo também discute as visões de Eagleton sobre a relação entre literatura e ideologia e a importância de considerar a mercantilização da arte na análise marxista.
Este artigo discute os diferentes tipos de estudos de revisão da literatura, dividindo-os em dois grupos: estudos que mapeiam campos de conhecimento e estudos que avaliam e sintetizam resultados de pesquisas. O artigo descreve alguns dos principais tipos de estudos de revisão encontrados na literatura, como levantamentos bibliográficos, revisões narrativas e sistemáticas, e meta-análises.
Este documento resume o livro "A idéia de cultura" de Terry Eagleton. O autor analisa como o conceito de cultura evoluiu ao longo da história e como é entendido atualmente. Eagleton discute as tensões entre cultura e natureza, e como a cultura está em crise na era pós-moderna devido a fatores como especialização e conflitos culturais globais. Ele argumenta que a cultura precisa manter sua capacidade crítica para sobreviver.
Este documento resume as principais alterações ortográficas introduzidas no português brasileiro pelo Acordo Ortográfico de 1990, como a reintrodução das letras K, W e Y no alfabeto, a remoção do trema em certas palavras e mudanças nas regras de acentuação.
Introdução ao GNSS Sistema Global de PosicionamentoGeraldoGouveia2
Este arquivo descreve sobre o GNSS - Globas NavigationSatellite System falando sobre os sistemas de satélites globais e explicando suas características
Os nanomateriais são materiais com dimensões na escala nanométrica, apresentando propriedades únicas devido ao seu tamanho reduzido. Eles são amplamente explorados em áreas como eletrônica, medicina e energia, promovendo avanços tecnológicos e aplicações inovadoras.
Sobre os nanomateriais, analise as afirmativas a seguir:
-6
I. Os nanomateriais são aqueles que estão na escala manométrica, ou seja, 10 do metro.
II. O Fumo negro é um exemplo de nanomaterial.
III. Os nanotubos de carbono e o grafeno são exemplos de nanomateriais, e possuem apenas carbono emsua composição.
IV. O fulereno é um exemplo de nanomaterial que possuí carbono e silício em sua composição.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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Estruturas de Madeiras: Dimensionamento e formas de classificaçãocaduelaia
Apresentação completa sobre origem da madeira até os critérios de dimensionamento de acordo com as normas de mercado. Nesse material tem as formas e regras de dimensionamento
Se você possui smartphone há mais de 10 anos, talvez não tenha percebido que, no início da onda da
instalação de aplicativos para celulares, quando era instalado um novo aplicativo, ele não perguntava se
podia ter acesso às suas fotos, e-mails, lista de contatos, localização, informações de outros aplicativos
instalados, etc. Isso não significa que agora todos pedem autorização de tudo, mas percebe-se que os
próprios sistemas operacionais (atualmente conhecidos como Android da Google ou IOS da Apple) têm
aumentado a camada de segurança quando algum aplicativo tenta acessar os seus dados, abrindo uma
janela e solicitando sua autorização.
CASTRO, Sílvio. Tecnologia. Formação Sociocultural e Ética II. Unicesumar: Maringá, 2024.
Considerando o exposto, analise as asserções a seguir e assinale a que descreve corretamente.
ALTERNATIVAS
I, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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O presente trabalho consiste em realizar um estudo de caso de um transportador horizontal contínuo com correia plana utilizado em uma empresa do ramo alimentício, a generalização é feita em reserva do setor, condições técnicas e culturais da organização
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...Consultoria Acadêmica
Os termos "sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" só ganharam repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Rio 92. O encontro reuniu 179 representantes de países e estabeleceu de vez a pauta ambiental no cenário mundial. Outra mudança de paradigma foi a responsabilidade que os países desenvolvidos têm para um planeta mais sustentável, como planos de redução da emissão de poluentes e investimento de recursos para que os países pobres degradem menos. Atualmente, os termos
"sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" fazem parte da agenda e do compromisso de todos os países e organizações que pensam no futuro e estão preocupados com a preservação da vida dos seres vivos.
Elaborado pelo professor, 2023.
Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta sobre a definição de desenvolvimento sustentável:
ALTERNATIVAS
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Desenvolvimento sustantável é o desenvolvimento que supre as necessidades momentâneas das pessoas.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento incapaz de garantir o atendimento das necessidades da geração futura.
Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento econômico, social e político que esteja contraposto ao meio ambiente.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração anterior, comprometendo a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações.
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AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...Consultoria Acadêmica
“O processo de inovação envolve a geração de ideias para desenvolver projetos que podem ser testados e implementados na empresa, nesse sentido, uma empresa pode escolher entre inovação aberta ou inovação fechada” (Carvalho, 2024, p.17).
CARVALHO, Maria Fernanda Francelin. Estudo contemporâneo e transversal: indústria e transformação digital. Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
Com base no exposto e nos conteúdos estudados na disciplina, analise as afirmativas a seguir:
I - A inovação aberta envolve a colaboração com outras empresas ou parceiros externos para impulsionar ainovação.
II – A inovação aberta é o modelo tradicional, em que a empresa conduz todo o processo internamente,desde pesquisa e desenvolvimento até a comercialização do produto.
III – A inovação fechada é realizada inteiramente com recursos internos da empresa, garantindo o sigilo dasinformações e conhecimento exclusivo para uso interno.
IV – O processo que envolve a colaboração com profissionais de outras empresas, reunindo diversasperspectivas e conhecimentos, trata-se de inovação fechada.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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Workshop Gerdau 2023 - Soluções em Aço - Resumo.pptx
Nota técnica sobre a produção de Carvão Vegetal
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NOTA TÉCNICA X
CARVÃO VEGETAL
Aspectos Técnicos, Sociais, Ambientais e Econômicos
Esta Nota Técnica é baseada nos trabalhos desenvolvidos em 2008, pelos autores
mencionados, ao longo da disciplina ENE5726: Biomassa como Fonte de Energia –
Conversão e Utilização, ministrada pela Profª. Drª. Suani Teixeira Coelho, no Programa
de Pós-Graduação em Energia (PPGE) da Universidade de São Paulo (USP).
Dezembro de 2008
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1. Introdução
Carvão vegetal é o produto sólido obtido por meio da carbonização da madeira, cujas
características dependem das técnicas utilizadas para sua obtenção e o uso para o qual se
destina. O rendimento do carvão vegetal gira em torno de 25 a 35%, com base na madeira
seca. Segundo Brito & Barrichelo (1981), os principais tipos de carvão são:
a) Carvão para uso doméstico: não deve ser muito duro, deve ser facilmente inflamável e
deve emitir o mínimo de fumaça. Sua composição química não tem importância fundamental
e pode ser obtido a baixa temperaturas (350 a 400 ºC);
b) Carvão metalúrgico: utilizado na redução de minérios de ferro em alto-fornos, fundição,
etc. A preparação deste carvão necessita de melhores técnicas em que a carbonização deve
ser conduzida a elevadas temperaturas (mínimo de 650 ºC) com grande tempo de duração.
Deve ser denso, pouco friável e ter uma boa resistência, além de apresentar baixa taxa de
materiais voláteis e cinzas. O carvão deve ter no mínimo 80% de carbono;
c) Carvão para gasogênio: O carvão não deve ser muito friável, sua densidade aparente
não deve ultrapassar 0,3 g/cm³ e deve ter um teor de carbono de 75%;
d) Carvão ativo: usado para descoloração de produtos alimentares, desinfecção,
purificação de solventes, etc. O carvão deve ser leve e ter grande porosidade. Para aumentar
o poder absorvente, podem ser realizados pré-tratamentos na madeira utilizada;
e) Carvão para a indústria química: as exigências variam segundo o uso do carvão, mas de
modo geral, exige-se evidentemente boa pureza ligada a uma boa reatividade química;
f) Outros usos: carvão para a indústria de cimento (produto pulverizado e com boa
inflamabilidade).
Segundo a Sociedade Brasileira de Silvicultura (2006), o Brasil é um dos maiores
produtores de carvão vegetal, respondendo por cerca de 1/3 da produção mundial. O setor
industrial caracteriza-se como o principal consumidor de carvão vegetal, sendo responsável
pelo consumo de 89% das 10,5 milhões de toneladas carvão vegetal produzidos no ano de
2007 (BEN, 2008).
Para a redução do minério de ferro em uma siderúrgica, é necessária a utilização de
uma fonte de carbono, encontrada no carvão mineral ou carvão vegetal. O carvão mineral é
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um combustível de origem fóssil e, portanto, altamente poluidor. Desta forma a utilização de
um combustível renovável como o carvão vegetal é viável do ponto de vista ambiental. O
grande problema é a origem deste carvão vegetal, que deve ser proveniente de florestas
plantadas, pois a utilização de mata nativa torna sua produção insustentável.
Como pode ser visto na Tabela 1, a origem do carvão vegetal consumido no Brasil foi 49 %
proveniente de origem nativa e 51 % proveniente de florestas plantadas, em 2006.
Tabela 1. Origem do carvão vegetal consumido no Brasil
Ano Origem Nativa % Orig. Flor. Plantadas % Total
1990 24.355 66,0 12,547 34,0 36.902
1991 17.876 57,7 13.102 42,3 30.978
1992 17.826 61,1 11.351 38,9 29.177
1993 17.923 56,5 13.77 43,5 31.700
1994 15.180 46,0 17.820 54,0 33.000
1995 14.920 48,0 16.164 52,0 31.084
1996 7.800 30,0 18.200 70,0 26.000
1997 5.800 25,0 17.800 75,0 23.600
1998 8.600 32,6 17.800 67,4 26.400
1999 8.070 30,0 18.380 70,0 26.900
2000 7.500 29,5 17.900 70,5 25.400
2001 9.115 34,8 17.105 65,2 26.220
2002 9.793 36,5 17.027 63,5 26.820
2003 12.216 41,8 16.986 58,2 29.202
2004 19.490 52,2 17.430 47,8 36.920
2005 18.862 49,6 19.188 50,4 38.051
2006 17.189 49,0 17.936 51,0 35.125
Unidade: 1.000 mdc
Fonte: AMS (2007)
Em estudo realizado pela FAO (2007), mostrado na Tabela 2, os países com maiores
plantações florestais são a China e Índia. O Brasil encontra-se na 7ª posição, com 5,24
milhões de hectares plantados, correspondente a 0,6 % da área territorial do país.
Tabela 2. Países com mais plantações vegetais
País
Área Territorial
(mil ha)
(1)
Plantações Florestais
(mil ha)
(2)
%
(2/1)
% em relação ao
total de
plantações
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1º China 932.743 45.083 4,8 23,5
2º Índia 297.319 32.578 11,0 17,0
3º Rússia 1.688.851 17.340 1,0 9,0
4º EUA 915.895 16.238 1,8 8,5
5º Japão 37.652 10.682 28,0 5,6
6º Indonésia 181.157 9.871 5,0 5,1
7º Brasil 845.651 5.242 0,6 2,7
8º Tailândia 51.089 4.920 9,6 2,6
9º Ucrânia 57.935 4.425 7,6 2,3
10º Irã 162.201 2.284 1,4 1,2
Outros 7.893.497 43.312 0,6 22,6
Total 13.963.900 186.733 1,4 100
Fonte: FAO (2007)
No estudo realizado pela SBS (2007), este percentual corresponde à 0,7 % do território
nacional, compreendendo 5,74 milhões de hectares plantados, com cerca de 61 % de
eucaliptos e 31 % de pinus. A distribuição das florestas plantadas no Brasil é mostrada na
Figura 1.
Figura 2. Florestas plantadas no Brasil
Fonte: SBS (2007)
A produtividade média ponderada de carvão vegetal de matas nativas
no Brasil é de 1 m³ para um hectare de mata desmatada. Quando se considera o carvão
vegetal proveniente de florestas de eucalipto, atinge-se a produtividade anual de 44,8 m³/ha e
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as florestas de pinus atingem 30 m³/ha (SBS, 2007). Além de maior produtividade, as
florestas plantadas oferecem benefícios ambientais como conservação da mata nativa,
regulação de recursos hídricos, seqüestro de dióxido de carbono, recuperação de áreas
degradadas, etc.
Muitas empresas da região sudeste estão substituindo a utilização de madeira
proveniente de florestas nativas por aquelas de florestas plantadas, que vêm assumindo
crescente importância no conjunto do agronegócio do país. Novos investimentos estão sendo
realizados em outras regiões como, por exemplo, no Norte e Nordeste.
Essa mudança decorre de questões como maiores custos para obtenção de madeira
de locais distantes, ganhos operacionais obtidos pela utilização de matéria-prima uniforme,
além da pressão social contra o corte de florestas nativas. Considerando a média nacional de
uso de madeira, se toda a produção de ferro-gusa do país fosse dependente do carvão
vegetal, seria necessário derrubar anualmente uma área de aproximadamente 7.463,73 mil
hectares, equivalente a 1,7 vezes o estado do Rio de Janeiro (MILANEZ & PORTO, 2008).
Com o intuito de reduzir o uso de florestas na produção do carvão vegetal, o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizou pesquisas para viabilizar a
utilização de coco de babaçu. De acordo com a pesquisa, na produção do carvão vegetal, os
maiores custos estão associados à coleta, preparo e transporte da matéria-prima. Como o
coco de babaçu é disperso e os produtores buscam biomassa de menor custo, desprezando
repercussões sociais e ambientais, este acaba não se tornando competitivo.
A possibilidade de obtenção de créditos de carbono por meio do reflorestamento de
áreas degradadas tornou-se um incentivo às siderurgias no país e no mundo. A Tabela 3
mostra as metodologias de aflorestamento e reflorestamento já aprovadas pelo IPCC
(Intergovernmental Panel on Climate Change).
Tabela 3. Metodologias de Aflorestamento e Reflorestamento aprovadas pelo IPCC
Metodologia Título Aprovação País
AR – AM0001 Reflorestamento de Terra Degradada
Maio de
2006
China
AR – AM0002
Restauração de Terras Degradadas por
meio de A/R
Maio de
2006
Moldova
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AR – AM0003
A/R de Terras Degradadas por meio de
Plantio de Árvores, Regeneração Natural
Assistida e Controle de Animais
Outubro de
2006
Albânia
AR – AM0004 A/R de Terras sob Uso Agrícola
Setembro de
2006
Honduras
AR – AM0005
A/R Implementado para Usos Comercial e
Industrial
Dezembro
de 2006
Brasil
AR – AM0006
A/R com Árvores e Arbustos em Terras
Degradadas
Fevereiro de
2007
China
AR – AM0007 A/R de Terra sob Uso Agrícola ou Pastoril
Fevereiro de
2007
Equador
Fonte: IPCC, 2008
2. Aspectos Técnicos*
* Camila Gregorut e Marcel Miranda Taccini
2.1 A produção do carvão vegetal
A ação do calor sobre a madeira, que é um material predominantemente orgânico,
implica na sua degradação. Por conseqüência, há o surgimento de uma pequena fração
residual que é denominada “cinzas” e que correspondem aos elementos minerais
quantitativamente minoritários originalmente presentes na madeira. Este fenômeno é
denominado genericamente de “pirólise” ou “termodegradação” da madeira (BRITO, 1990).
A pirólise da madeira ou de outra biomassa vegetal, em atmosfera controlada e à
temperatura conveniente, produz carvão vegetal e matéria volátil parcialmente condensável.
Este processo também é chamado de “destilação seca da madeira” pois, mediante a ação do
calor, ocorre a eliminação da maior parte dos componentes voláteis da madeira e a
concentração de carbono no carvão vegetal produzido. A Figura 2 ilustra este processo. Da
condensação da matéria volátil resultam o lícor pirolenhoso e o alcatrão insolúvel. O lícor
pirolenhoso é composto de ácido pirolenhoso, que pode ser definido como uma solução
aquosa de ácidos acético e fórmico, metanol e alcatrão solúvel, além de outros constituintes
menores. Os gases não-condensáveis consistem de compostos gasosos de carbono (CO2,
CO, CnHm) e nitrogênio. A análise do carvão e da matéria volátil mostra que sua composição
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depende fortemente da temperatura de carbonização, da espécie vegetal que fornece a
madeira e da idade da árvore (FERREIRA, 2008).
Figura 2. Ilustração da pirólise da madeira
O processo de carbonização pode ser dividido em 4 fases, dependendo da faixa de
temperatura alcançada:
Até 200°C: Ocorre a secagem da madeira. O processo é endotérmico,
verificando-se a liberação de H20, traços de CO2, HCOOH, CH3COOH e glioxal.
280ºC: O processo ainda é endotérmico, com a liberação de H2O, CO2,
HCOOH, CH3COOH e glioxal e um pouco de CO. Nesta etapa, destaca-se o início da
liberação de produtos com alto poder calorífico.
500ºC: O processo é exotérmico e auto-sustentável. Ocorrem reações
secundárias com os produtos da pirólise primária. Verifica-se a liberação de CO, CH4,
HCHO, CH3COOH, CH3OH, H2 e alcatrões. Forma-se o resíduo da pirólise: o carvão
vegetal.
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Acima de 500ºC: Processo indesejado, pois a H2O e o CO2 reagem com o
carvão, produzindo CO, H2 e HCHO, e diminuindo, portanto, o rendimento. Ocorrem
também reações de pirólise dos gases efluentes da etapa anterior.
A temperatura de carbonização influencia diretamente no rendimento de carvão
vegetal produzido e também em sua composição elementar, conforme pode ser visto na
Tabela 4.
Tabela 4. Efeito da temperatura de carbonização no rendimento e na composição elementar do
carvão vegetal
Temperatura de
Carbonização (ºC)
C (%) H (%) O (%) Rendimentos (%)
200 52,3 6,3 41,4 91,8
300 73,2 4,9 21,9 51,4
400 82,7 3,8 13,5 37,8
500 89,6 3,1 6,7 33,0
600 92,6 2,6 5,2 31,0
800 95,8 1,0 3,3 26,7
1000 96,6 0,5 2,9 26,5
Fonte: LEPAGE et al. (1986)
A maioria dos fornos opera com temperatura de carbonização entre 500 e 600ºC, pois
nesta faixa de temperatura obtêm-se um carvão vegetal de alta qualidade, ou seja, com alta
concentração de carbono e rendimento razoável LEPAGE et al. (1986).
2.2 Sistemas de produção de carvão vegetal
Para a produção de carvão vegetal, conforme já foi dito anteriormente, é necessária a
aplicação de calor sobre a madeira em quantidade suficientemente controlada para que
ocorra apenas a sua degradação parcial. As variações que ocorrem nos processos de
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produção ficam por conta do dimensionamento do tamanho e capacidade de produção dos
equipamentos, materiais construtivos, níveis de controle do processo e origem do calor
necessário para o aquecimento da carga de madeira a ser convertida em carvão.
Os sistemas de produção de carvão vegetal podem ser classificados em dois grupos,
que se diferem no que diz respeito à origem do calor para o processo:
Sistemas com fonte interna de calor ou por combustão parcial: nestes sistemas
o calor é fornecido mediante a combustão de parte da carga destinada para a
carbonização. Neste caso, cerca de 10 a 20% do peso da carga de madeira é
“sacrificada” mediante combustão total, gerando o calor necessário para o processo. A
queima é realizada através da admissão controlada de ar no interior do forno. É um
processo predominantemente artesanal, sendo mais difundido em países do terceiro
mundo.
Sistemas com fonte externa de calor: nestes sistemas o calor é fornecido a partir
de uma fonte externa (aquecimento elétrico, introdução de calor na carga pela queima
externa de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos). Neste caso não há a queima de
uma parte da carga para a geração de calor necessário ao processo. Toda madeira é
teoricamente convertida em carvão vegetal, o que resulta em um maior rendimento do
processo.
No Brasil o sistema de produção de carvão vegetal mais comumente utilizado é o de
fonte interna de calor, devido ao seu baixo custo de instalação e manutenção, compensando,
assim, a baixa produtividade alcançada.
O carvão vegetal brasileiro ainda é hoje produzido, em sua maior proporção, da
mesma forma como o era há um século. A tecnologia é primitiva, o controle operacional dos
fornos de carbonização é pequeno, e não se pratica o controle qualitativo e quantitativo da
produção. Novas tecnologias estão totalmente disponíveis, mas devido à baixa capitalização
dos produtores brasileiros e aos riscos de produção associados às tecnologias
desconhecidas, a produção de carvão no país ainda é arcaica (BRITO, 1990).
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Os fornos para a produção de carvão vegetal podem ser divididos em 4 tipos
principais: forno meia-laranja ou “rabo-quente”, forno de encosta ou de barranco, forno
colméia ou de superfície e retortas. Os 3 primeiros tipos são originalmente fornos com
aquecimento interno por combustão controlada de matéria-prima, entretanto, estes modelos
podem ser adaptados para serem utilizados em processos com fonte externa de calor
(BARROSO, 2007).
2.2.1 Forno meia-laranja ou “rabo-quente”
É construído de tijolos, geralmente sem chaminé e com uma porta. A Figura 3 ilustra
este modelo de forno, muito utilizado no Brasil.
Figura 3. Imagem de um forno meia-laranja ou “rabo-quente”
Exemplo de produção em forno meia-laranja (BRITO, 1990):
Volume médio: 20 m
3
;
Ciclo total: 10 dias (240 h);
Relação de volume: 2,5 Mst lenha
1
/ 1MDC
2
;
Rendimento gravimétrico: 0,16 (base seca).
1
Mst” refere-se ao chamado metro estéril, onde se mede rusticamente o volume que a lenha ocupa quando está
empilhada, contando-se inclusive com os espaços vazios existentes entre as toras.
2
“MDC” refere-se a metro de carvão vegetal.
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2.2.2 Forno de encosta ou de barranco
As Figuras 4 a 6 apresentam desenhos desse forno, também construído com tijolos,
geralmente com 1 a 3 chaminés e uma porta.
Figura 4. Vista frontal de um forno de encosta.
Fonte: FERREIRA (2000).
Figura 5. Vista superior de um
forno de encosta.
Fonte: FERREIRA (2000).
Figura 6. Imagem de um forno de encosta.
Exemplo de produção em forno de encosta (BRITO, 1990):
Volume médio: 20 m
3
;
Ciclo total: 10 dias (240 h);
Relação de volume: 2,3 Mst lenha/ 1MDC;
Rendimento gravimétrico: 0,18 (base seca).
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2.2.3 Forno colméia ou de superfície
As Figuras 7 a 9 apresentam desenhos desse forno também construído com tijolos,
geralmente com 1 a 6 chaminés e com 1 ou 2 portas.
Figura 7. Vista frontal de um forno colméia.
Fonte: FERREIRA (2000).
Figura 8. Vista superior de um
forno colméia.
Fonte: FERREIRA (2000).
Figura 9. Imagem de um forno colméia.
Exemplo de produção em forno colméia (BRITO, 1990):
Volume médio: 36 m
3
;
Ciclo total: 10 dias (240 h).;
Relação de volume: 2,25 Mst lenha/ 1MDC;
Rendimento gravimétrico: 0,18 (base seca).
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2.2.4 Retortas
A retorta é atualmente a tecnologia mais eficiente na produção de carvão vegetal. Em
geral são equipamentos que utilizam a combustão externa de gases recuperados do próprio
processo para a geração de calor, melhorando assim a eficiência de conversão. Elas são
construídas, verticalmente ou horizontalmente, em material metálico, e com dimensões que
permitem grandes produções num único equipamento. Além disso, pode-se obter carvão de
melhor e mais homogênea qualidade em função das condições mais ideais de controle de
processo (BRITO, 1990).
Modernamente, há exemplos de retortas que, individualmente, pode chegar a produzir
por ano o equivalente a 350 fornos de alvenaria do tipo colméia, com capacidade para 35 m3
de madeira (BRITO, 1990). A Figura 10 apresenta um esquema de carbonização em retorta.
Figura 10. Esquema de carbonização em retorta
Fonte: BRITO,1990
Segundo Ferreira (2000), na maioria das retortas, além da recuperação e queima dos
gases do próprio processo para a geração de calor, prevê-se também a obtenção de gases
inertes, que são utilizados no resfriamento do carvão produzido. Em muitas concepções de
retortas, com a recuperação de gases, pode-se prever também a obtenção de produtos
químicos contidos nos mesmos. Qualitativamente, a gama de produtos que podem ser
obtidos desses gases é bastante grande. Na prática, os compostos químicos são
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recuperados na massa de dois produtos líquidos básicos condensáveis: o alcatrão e o licor
pirolenhoso. A Figura 11 ilustra um esquema de uma instalação com recuperação de
alcatrão.
Figura 11. Esquema de uma instalação com recuperação de alcatrão
Fonte: FERREIRA, 2000
Exemplo de produção em retorta (BRITO, 1990):
Volume: 320 m
3
;
Ciclo total: 12 dias ;
Rendimento gravimétrico: 0,27 (base seca).
Industrialmente, há referências de sistemas de retortas onde, para cada 1 tonelada de
madeira, são obtidos:
380 kg de carvão vegetal;
100 kg de alcatrão;
65 kg de ácido acético;
25 kg de metanol.
2.3 Matéria-prima
A matéria-prima abordada para a produção de carvão vegetal são as espécies vegetais
do gênero Eucalyptus, popularmente conhecidas apenas como Eucalipto, pois estas
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possuem alta densidade, alto poder calorífico e menor ciclo de produção quando comparadas
às espécies de outros gêneros vegetais como o Pinus. Assim, o Eucalipto é capaz de
produzir um carvão vegetal de melhor qualidade e garantir um retorno mais rápido do capital
investido pelo produtor. A Tabela 5 apresenta algumas características deste importante
gênero vegetal.
Tabela 5. Características do Eucalipto
Espécie
Produção/corte
(Mst)
Ciclo de
corte
(anos)
Produtividade
média
(Mst/ha.ano)
Produtividade
máxima
observada
(Mst/ha.ano)
Eucalipto 280 7 40 60 – 80
Fonte: NOGUEIRA, 2003
2.3.1 A correlação entre a densidade da madeira e a densidade do carvão vegetal
Visando avaliar a correlação existente entre a densidade da madeira de eucalipto e a
densidade do carvão produzido, um estudo determinou a densidade básica da madeira e a
densidade aparente do carvão para diversas espécies de eucalipto. Os resultados estão
ilustrados nas Figuras 12 e 13.
Figura 12. Densidade básica de diversas espécies de eucalipto
Fonte: BRITO & BARRICHELO, 1980
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Figura 13. Densidade aparente do carvão produzido pelas espécies de eucalipto citadas
Fonte: BRITO & BARRICHELO, 1980
Em estudo realizado por Brito & Barrichelo (1980), foram plotados estes dados em um
gráfico (Figura 14), foi possível verificar que existe uma correlação linear entre a densidade
básica da madeira e a densidade aparente do carvão vegetal produzido. Ou seja, a
densidade da madeira exerce influência direta sobre a densidade aparente do carvão vegetal
produzido.
Figura 14. Gráfico correlacionando a densidade básica da madeira (eixo x) versus a densidade
aparente do carvão produzido (eixo y). Coeficiente de correlação: r = 0,9732.
Fonte: BRITO & BARRICHELO (1980).
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2.4 Produtos da carbonização e eficiência energética
A carbonização do Eucalyptus Grandis (a espécie adotada na maioria dos plantios nos
anos 70 e 80) produz (% em massa, base seca) (FERREIRA, 2008):
Carvão com 86% de carbono fixo (CF): 33,0 %
Líquido pirolenhoso: 35,5 %
Alcatrão insolúvel: 6,5 %
Gases não condensáveis: 25,0 %
O ácido pirolenhoso compõe-se de: ácidos (acético e fórmico), alcatrão solúvel,
pequena proporção de metanol (cerca de 1%) e água. A proporção de alcatrão total (solúvel +
insolúvel) é de 12%.
Os constituintes principais dos gases não condensáveis (em % de massa) são
(CETEC, 1982):
Hidrogênio: 0,63%
Metano: 2,43%
CO: 34,0%
Etano: 0,13%
CO2: 62,0%
O balanço de energia para o perfil de produção acima, referido a 100 g de madeira
úmida é o seguinte (FERREIRA, 2008):
Entalpia de 80 g de madeira 80 g x 4.200 cal/g = ( 336.000 cal )
Entalpia de 26,4 g de carvão com 86% CF = 26,4 x 0,86 x 7.100 = 161.200 cal
Entalpia de 9,6 g de alcatrão (total) = 9,6 x 6.000 = 57.600 "
Entalpia de 20,0 g GNC = 20,0 x 1.490 = 29.730 "
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Total: 248.500 cal.
Eficiência teórica: teórica = entalpia dos produtos / entalpia dos insumos
teórica = 248.500 / 336.000 = 0,74
A eficiência real é bastante inferior à teórica, principalmente por não serem
recuperados o alcatrão e não serem usados os gases não condensáveis na maioria das
instalações.
Para uma avaliação realista da eficiência, pode-se usar o poder calorífico do carvão
como comercializado, registrado no Balanço Energético Nacional, e supor, para uma
instalação típica, que a produção será de 25 g de carvão por 100 g de madeira pré-secada.
= (25 x 6.800) / 336.000 = 0,51
Deve-se lembrar que o poder calorífico obtido do BEN expressa o resultado de
experimentos realizados pela Belgo-Mineira, Acesita e INT, e é superior ao que se calcula
com base na composição obtida em laboratório (FERREIRA, 2008).
Ainda segundo Ferreira (2008), no estado atual da arte, o alcatrão insolúvel e o ácido
pirolenhoso são recuperados na proporção de 140kg / t carvão, ou 4% da massa de madeira
carbonizada (MRA). O ácido pirolenhoso é destinado a outros usos industriais. O alcatrão,
que pode substituir o óleo combustível, também é destinado a outros usos industriais devido
ao baixo preço do óleo combustível. Computando-se apenas o alcatrão recuperável, a
eficiência seria:
= (25 x 6.800 + 3,2 x 6.000) / 336.000 = 0,56
3. Aspectos Sociais*
* Belisa Bordin de Sales e Keina Poliana Pivarro Dalmolin
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A produção de carvão vegetal no Brasil está vinculada intimamente com a produção de
ferro-gusa; essa situação acontece em poucos lugares no mundo, pois a maioria dos países
substituiu o carvão vegetal pelo mineral. Trata-se de uma atividade de grande importância
econômica para o país, que direta ou indiretamente, envolve um grande número de
trabalhadores (Pimenta et al., 2006).
A utilização de carvão vegetal na siderurgia pode representar um ganho para o meio
ambiente se sua produção vier de florestas plantadas e respeitar os direitos trabalhistas dos
carvoeiros. Infelizmente, não é essa situação que ocorre em todo o Brasil.
Uma característica da produção de carvão vegetal é sua baixa eficiência, além de
diversos tipos de técnicas, variando desde os métodos mais simples e baratos aos mais
eficientes (Rosillo-Calle et al, 2005). Apesar de esse produto requerer baixo investimento,
permanece disperso, pouco desenvolvido e com poucos incentivos por parte das autoridades
e também dos próprios proprietários das carvoarias.
O carvão vegetal apresenta-se como uma possibilidade de fonte de renda para
trabalhadores de baixa renda nas zonas rural e urbana, porque essas pessoas podem entrar
no mercado de trabalho oferecendo apenas sua mão-de-obra (Pinheiro e Sampaio, 2008). Os
aspectos sociais da produção de carvão vegetal são muito distintos no Brasil; em alguns
lugares existem sindicatos organizados para assegurar que os direitos trabalhistas dos
carvoeiros sejam cumpridos e locais sem a menor infra-estrutura para o trabalho e moradia
dos carvoeiros.
Segundo Rosillo-Calle et al (2005), na região do Vale de Jequitinhonha, em Minas
Gerais, a produção de carvão vegetal pode ser dividida em dois grupos: o primeiro é
representado pelos pequenos produtores, que são geralmente famílias rurais pobres em que
a produção de carvão age como um adicional à renda ou apenas como uma atividade de
subsistência. As fontes de madeira são as florestas nativas e frequentemente também são
usados os resíduos florestais da expansão da agricultura e área de pastagem. A eficiência e
os custos de produção não são relevantes. No segundo grupo estão os produtores
profissionais de carvão vegetal. Para eles, a principal fonte de madeira são as plantações
industriais. São geralmente empregados ou de uma empresa produtora de carvão ou de uma
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empreiteira contratada. Eficiência e custos de produção são pontos centrais nas operações
realizadas.
A mesma divisão de grupos se apresenta em siderúrgicas na Amazônia. Maurílio de
Abreu Monteiro relatou em seu estudo, de 1994, que os pequenos fornecedores de carvão da
região – aqueles que produzem até uma tonelada anual – equivaliam a 2/3 do número de
fornecedores, mas representavam uma pequena parcela do carvão produzido. Um pequeno
número de fornecedores era responsável pela maior parcela de produção de carvão.
Este trabalho abordará distintamente as informações obtidas acerca das condições
sociais em quatro estados produtores de carvão vegetal: São Paulo, Minas Gerais, Pará e
Maranhão. Desse modo, será exibido um panorama da realidade nas carvoarias brasileiras,
referente às condições sociais existentes.
Segundo Monteiro (1994), a característica de mobilidade dos trabalhadores e a falta de
outros empregos dificultam a organização dos carvoeiros em sindicatos (2006). Além disso, o
carvoejamento reforça atitudes por parte dos empregadores que se caracterizam como
trabalho escravo, como a peonagem de dívidas dos trabalhadores.
Através do Centro do Comércio do Estado de São Paulo - CCESP, e o apoio do
SEBRAE-SP, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Estado de São Paulo, foi
instituído o Programa de Qualificação e Certificação da Industrialização do Carvão Vegetal
no Estado de São Paulo, que promoveu o cadastramento das empresas e avaliação do perfil
carvoeiro, sendo este realizado do período de novembro de 1999 a julho de 2000 no estado
de São Paulo, com dados e informações coletadas diretamente no campo (Pró-Carvão,
2000).
Os grandes projetos florestais promovem o aumento na receita municipal, pela
arrecadação de impostos, a melhoria na infra-estrutura rural, por meio da construção e
manutenção de estradas de rodagem, a melhoria do sistema de comunicação e o
favorecimento da dinâmica da economia regional (COUTO et al., 2000).
Atualmente o setor florestal brasileiro oferece 700 mil empregos diretos e dois milhões
indiretos (Revista Granja, 1998; COUTO & DUBÉ, 2001). Além disso, o setor florestal
contribui com uma receita da U$ 40,2 bilhões, ou aproximadamente 5% do PIB brasileiro
(Gazeta Mercantil, 1997).
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3.1 Características do Carvoeiro
O carvoeiro é um indivíduo jovem, mestiço, casados e com poucos filhos. Possui baixo
nível de escolaridade, sendo que 20% dos entrevistados eram analfabetos. Tinham origem
predominantemente rural e eram católicos (Pimenta et al, 2006).
3.2 Condições de Trabalho e Moradia nos Estados Brasileiros
Pará e Maranhão
Monteiro (1996) concluiu em seu estudo na região do Carajás, que “a produção de
carvão reproduz mecanismos de superexploração da força de trabalho; amplia a pressão
sobre a floresta; reforça as tensões sociais no campo e apesar de estar presente no discurso
oficial como um dos elementos de uma pretensa racionalidade econômica modernizante é
nitidamente conservadora, porquanto não se dissocia do latifúndio”.
Para este autor, é possível classificar os empregos de carvoaria como de péssima
qualidade, pois as condições de trabalho, moradia e estabilidade no emprego não têm níveis
satisfatórios. “Não contam com garantias previdenciárias e trabalhistas, a remuneração
mensal dificilmente ultrapassa o salário mínimo nacional, além do que estão sujeitos a
mecanismos coercitivos de imobilização da força de trabalho” (Monteiro, 1994). Constata-se
também que apesar da geração de empregos, empregando número significativo de
trabalhadores, a quantidade de salários gerados não modifica o perfil de renda da população,
ou seja, os baixos valores recebidos não alteram financeiramente a vida dos carvoeiros e
suas famílias.
Segundo relatório do Instituto Observatório Social de 2005, existem várias
irregularidades, com níveis de gravidade diferentes, nas carvoarias do Maranhão. Assim, as
maiores irregularidades nas instalações auditadas foram acerca do alojamento, em que em
9,3% delas não havia cobertura (teto) ou era feita de lona; das instalações sanitárias que
eram inexistentes ou apresentaram falta de privacidade em 22% dos locais verificados e, 20%
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da água potável à disposição dos trabalhadores não existia ou estava em acondicionamento
inadequado.
Das irregularidades graves quanto aos trabalhadores, o relatório mostra que a retenção
salarial ou caderneta de dívidas (uma das situações que caracteriza o trabalho escravo)
estava presente em 3,2% das carvoarias analisadas. A inadimplência quanto aos encargos
sociais e salariais, sobre a produtividade, estava presente em 90% das situações. Verificou-
se a presença de crianças e adolescentes nas carvoarias em menos de 1% das instalações.
Outras irregularidades foram observadas como a inexistência de exames médicos,
recolhimento de FGTS, INSS, 13º salário e férias em uma média de 30% dos casos.
O referido relatório também verificou a porcentagem de trabalhadores com carteira
assinada. Na primeira auditoria realizada pelos técnicos do Instituto, foi verificado que em 189
carvoarias que fornecem carvão vegetal para 4 siderúrgicas, cerca de 20% dos carvoeiros
trabalhavam sem o registro de suas carteiras.
Tabela 5. Índice de trabalhadores com registro em carteira em Fev/2005, separados por empresas
siderúrgicas.
Registro de
carteiras
SIMASA
PINDARE
VIENA FERGUMAR
GUSA
NORDESTE
MEDIA
Trabalhadore
s registrados
62,6% 87,3% 83,2% 83,1% 79,8%
Trabalhadore
s sem registro
37,4% 12,7% 13,8% 16,9% 20,2%
Fone: Instituto Observatório Social
*Foram auditadas 189 carvoarias fornecedoras
Minas Gerais
No Estado de Minas Gerais existe uma grande divergência entre as siderúrgicas. Estas
na maioria são certificadas segundo normas internacionais e em suas carvoarias
fornecedoras, muitas vezes, há utilização intensiva e predatória dos recursos florestais,
exploração do trabalho em condições subumanas, incluindo de crianças e adolescentes (Dias
et al, 2002), além de utilizar técnicas rudimentares de baixa eficiência.
Nas carvoarias estão presentes crianças de várias idades: quando começam a andar,
acompanham as mães e “brincam” de encher o forno, algumas crianças de seis, sete anos, já
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conhecem todo o processo da produção de carvão. Já aos 12 anos, meninos e meninas são
responsáveis pelas etapas de carvoejamento. As mulheres também fazem parte da
produção, geralmente acompanham o marido para ajudar na renda da família, uma vez que o
carvoeiro recebe por produtividade. Nas carvoarias volantes (temporárias), os trabalhadores
moram ou ficam alojados próximos aos fornos, em instalações improvisadas, cobertas por
lonas, dormem em catres e não dispõem de condições mínimas de higiene e saneamento
básico (Dias et al, 2002).
O carvoejamento exige muito esforço físico do trabalhador, desde o abastecimento dos
fornos até o ensacamento do produto obtido. Durante toda a produção, ocorrem muitos
deslocamentos, riscos de acidentes como queimaduras, trabalho noturno para vigilância dos
fornos e desconforto térmico (temperaturas muito elevadas e variações de temperatura).
Através das pesquisas realizadas, observou-se que não havia banheiros para higiene
pessoal e as condições de moradia eram, sempre, muito precárias, sendo ainda piores nas
carvoarias volantes.
Existem vários riscos à saúde que ocorrem em uma carvoaria: exigência de grande
esforço físico, exposição ao ruído e vibração pelo uso da moto-serra, à radiação solar
excessiva, ao calor emitido pelos fornos, às substâncias químicas produzidas na combustão
da madeira e à picada por animais. De todo o processo de produção de carvão vegetal, a
etapa mais crítica que é a retirada do produto dos fornos, nessa fase, o trabalhador está mais
exposto a altas temperaturas e aos gases da combustão da madeira, sob exigência de
esforços físicos importantes (Dias et al., 2002). Além do risco de queimaduras, pois muitas
vezes o carvão é retirado ainda quente dos fornos, por causa da necessidade de entrega aos
compradores.
Os trabalhadores não têm jornada de trabalho definidas e seus encargos sociais,
quando pagos, são feitos de forma irregular devido ao baixo nível de escolaridade dos
trabalhadores, seus conhecimentos quanto à produção do carvão foram obtidos
empiricamente, através de observações e suas experiências quanto ao aspecto do próprio
produto, como aspecto, forma, odor etc (Dias et al, 2002).
Quanto à saúde dos carvoeiros e suas famílias, segundo as pesquisas consultadas, a
média de vida dos trabalhadores foi de 54 anos para o sexo masculino e 59 para o sexo
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feminino, abaixo dos índices observados no estado de Minas Gerais. Quase metade dos
óbitos ocorreu sem assistência médica, refletindo a falta de acesso à saúde e a precariedade
de moradia. Doenças cardiovasculares foram as principais causas de morte, em especial a
miocardiopatia chagásica, com 12,2% dos óbitos registrados no período. Foi constatado que
a desnutrição infantil é mais freqüente nos filhos de carvoeiros (25%) do que em filhos de
lavradores (4%) (Dias et al, 2002).
São Paulo
A mão-de-obra recebe uma média salarial de R$ 292,00 na área de produção e R$
331,00 na área distribuidora, sendo que existem diferenças entre o salário masculino e o
feminino, onde o homem recebe na produção até sete vezes mais e na área de distribuição
cerca de nove vezes mais que a mulher, não havendo recolhimento dos benefícios e
membros da família não recebem salários (Pró-Carvão, 2000).
A moradia da mão-de-obra própria é 97% adequada, já no caso de mão-de-obra
terceirizada 87% é adequada e no caso de água potável 81% é adequada para mão-de-obra
produtora de carvão vegetal, enquanto a distribuidora chega a 95%, a eletricidade para o
produtor é 77% adequada e de 93% para a distribuidora. Isso é comprovado pela localidade
do setor produtor que é estabelecido na zona rural e o setor distribuidor na zona urbana (Pró-
Carvão, 2000).
O trabalho infantil não é feito de forma direta, mas são encontradas crianças nas
carvoarias por não terem onde ficar durante o dia. Acompanham os pais no trabalho e,
acabam, eventualmente, ajudando no serviço, pois a maioria dos pais recebe por quantidades
de carvão produzidas; são encontrados adultos de até 60 anos trabalhando nas atividades.
O nível de escolaridade dos carvoeiros normalmente é primário incompleto; outros
apesar de ler e escrever tem grande dificuldade de interpretar palavras e são incapacitados
de exercerem outras funções. Quanto às crianças que acompanham os pais no trabalho, a
maioria freqüenta a escola regularmente; mas é grande a incidência de adolescentes de 16 e
18 anos, que abandonaram a escola para trabalhar na atividade. As moradias são de baixo
padrão e com problemas de acesso e de saneamento básico, principalmente, para os
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produtores; geralmente, os envolvidos apenas no empacotamento e distribuição têm
melhores condições de trabalho e de moradia. Observou-se que, na cadeia produtiva de
carvão, o produtor é o mais, marginalizado, trabalhando e morando em péssimas condições,
podendo algumas vezes ser considerado como mão-de-obra semi-escrava (Pró-carvão,
2000).
Tabela 6. Condições de moradia da mão-de-obra.
Aspectos Produtores Distribuidores
Nº pessoas que moram no local 730 513
Nº pessoas com moradia própria 446 447
Nº pessoas sem moradia própria 284 66
Nº pessoas com moradia adequada 680 457
Nº pessoas sem moradia adequada 50 5
*162 empresas produtoras e 125 empresas distribuidoras.
Fonte: Pró-carvão: Diagnóstico sobre a Cadeia Produtiva de Carvão e Lenha do Estado de São Paulo.
O uso de equipamentos de proteção é restrito e encontrado apenas nas cidades,
sendo que na maioria dos casos é incompleto, porém, as roupas são adequadas. Em muitas
empresas os equipamentos de segurança estão restritos ao uso de luvas; contudo nas
pequenas carvoarias não são utilizados nenhum tipo de equipamento de proteção. A jornada
de trabalho varia de 6 a 8 horas/dia de acordo com a atividade principal e com a época do
ano, ocorrendo maior jornada de trabalho nos meses de novembro e dezembro, quando
cresce o mercado para o carvão vegetal, sendo estendida para 10 a 11 horas/dia de trabalho
(Pró-carvão, 2000).
Os carvoeiros não possuem capacitação, sendo adquirida experiência através da
tradição familiar e com os anos de práticas no trabalho; a maioria das carvoarias é
administrada pelos proprietários, e a maioria da mão-de-obra é familiar. Na região de
Salesópolis, a mão-de-obra qualificada é comum por ser atividade bastante difundida na
região. A produção de carvão vegetal não exige qualificação, tornando-se fonte principal de
emprego para muitas regiões pobres, não há mão-de-obra especializada para construções de
fornos, nem conhecimento do ponto de queima ideal para a preparação do carvão vegetal
(Pró-carvão, 2000).
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4. Aspectos Ambientais*
* Natalie Jimenez Verdi de Figueiredo e Renato Mariano Barbosa
A lenha e o carvão vegetal são os combustíveis sólidos renováveis mais utilizados,
principalmente nos setores industrial e residencial. A região Sudeste caracteriza-se como a
maior produtora e consumidora destes combustíveis, levando à exploração da madeira em
áreas próximas aos grandes centros urbanos. A retirada contínua de madeira ao longo dos
anos resultou na diminuição da mata nativa desta região, acarretando em custos financeiros
elevados e prejuízos ambientais.
Alguns impactos ambientais causados pelo desmatamento das florestas são descritos,
a seguir:
Destruição da biodiversidade, resultando na destruição e extinção de diversas
espécies;
Elevação das temperaturas locais e regionais, pois na ausência das florestas que
absorviam parte da energia solar, toda energia é devolvida à atmosfera na forma de
calor;
Aumento do processo de erosão e empobrecimento do solo, devido à remoção de sua
camada superficial;
Agravamento dos processos de desertificação devido à diminuição de chuvas,
aumento de temperatura e empobrecimento do solo;
Assoreamento de rios e lagos, devido a sedimentação, podendo ocasionar enchentes
e dificuldades de navegação;
Diminuição dos índices pluviométricos (Estima-se que metade das chuvas caídas
sobre as florestas tropicais são resultantes da troca de água da floresta com a
atmosfera);
Proliferação de pragas e doenças devido ao desequilíbrio nas cadeias alimentares; e
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Fim do extrativismo vegetal, por vezes de alto valor econônico.
Além destes, o desmatamento de florestas por meio de queimadas tem colaborado
com o aumento da concentração de gás carbônico, um dos gases responsáveis pelo
agravamento do efeito estufa, caracterizando um impacto de nível global. O reflorestamento
de áreas degradadas é vista como solução para este problema, visto que possui menor
tempo de regeneração quando comparado às florestas nativas. Esta atividade vem sendo
praticada em diversas áreas da região Sudeste, porém ainda não é capaz de substituir a
exploração de matas nativas.
Dentre as vantagens das plantações florestais, destaca-se a possibilidade de remoção
de CO2 da atmosfera (1,8 t CO2 / t madeira seca), liberação de O2 para atmosfera (1,3 t O2 /
t madeira seca), além da retenção e aumento do estoque de carbono (20 kg CO2 / árvore
ano). A relação do eucalipto e seqüestro de carbono para o eucalipto é de 10 toneladas por
hectare anualmente, enquanto a do pinus é de 7 (SBS, 2006).
4.1 Emissões de Poluentes
Como dito anteriormente, o carvão mineral é um combustível de origem fóssil e sua
queima resulta na emissão de diversos poluentes. Essa emissão pode ser reduzida com a
substituição deste por um combustível renovável, como o carvão vegetal. Na Figura 15, a
seguir, são apresentadas as rotas de produção do carvão mineral e vegetal, além das
emissões e remoções de dióxido de carbono. A substituição do carvão mineral pelo carvão
vegetal, possibilita um ganho ambiental de 3 toneladas de dióxido de carbono equivalente por
tonelada de carvão produzida.
Na produção de uma tonelada de carvão vegetal são emitidas cerca de 233 kg de
dióxido de carbono, 81 kg de monóxido de carbono e 6 kg de metano (Figura 16). Além
destas, na produção de uma tonelada de gusa, tem-se a emissão de 118 kg de dióxido de
carbono, 47 kg de monóxido de carbono e 2,6 kg de metano. Para cada tonelada de gusa
produzida é necessário 0,875 tonelada de carvão vegetal (CEMIG, 1988).
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Figura 15. Rota do carvão mineral e vegetal
Fonte: Moura, 2007
Figura 16. Emissões na produção de uma tonelada de carvão vegetal
Fonte: Ferreira, 2000
O processo siderúrgico emite diversos poluentes como óxidos de enxofre (SOx), gás
sulfídrico (H2S), óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono
(CO2), metano (CH4), etano (C2H6), material particulado e diferentes hidrocarbonetos
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orgânicos, como o benzeno. A emissão de CO2 anual do Brasil pelo setor siderúrgico é a
segunda maior do mundo, perdendo apenas para o México (MILANEZ e PORTO, 2008).
O CO2 e o CH4, gases de efeito estufa, contribuem para o aumento do aquecimento
global, enquanto que o SOx e o NOx reagem com a umidade presente no ar ocasionando a
chuva ácida. Esta, por sua vez, causa impactos negativos às plantas, rios e lagos, além de
danificar prédios e construções. Todos estes problemas são agravados na presença de
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), produzidos pela combustão incompleta da
matéria orgânica presente no carvão e adsorvidos no material particulado (TERRA FILHO e
KITAMURA, 2006).
4.2 Resíduos da Produção de Carvão Vegetal
Outra questão relevante do ponto de vista ambiental é a utilização e contaminação dos
recursos hídricos, além da gestão dos resíduos sólidos gerados pelas siderurgias, que serão
abordados a seguir.
4.2.1 Efluentes
As siderurgias geram efluentes que, se lançados aos corpos d’água sem o devido
tratamento pode ocasionar a contaminação dos mesmos. Além disto, a necessidade de
resfriamento de equipamentos resulta em um elevado consumo de água.
Com o intuito de diminuir o consumo de água, as siderúrgicas estão tentando promover
sua recirculação, conseguindo reciclar aproximadamente 90% da água utilizada. De acordo
com o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS, 2006), são necessários cerca de 15 m³ de água
para produção de uma tonelada de aço e, desta forma, estima-se a captação de 453 milhões
de m³ de água no ano de 2006.
Os efluentes gerados pelas indústrias apresentam diversos poluentes como amônia,
benzeno, cianetos, fluoretos, óleo, zinco, chumbo, cromo e níquel. Neste contexto, torna-se
necessário tratá-los em estações eficientes e encaminhar o lodo resultante do processo para
aterros sanitários. No ano de 2006, estima-se que a indústria siderúrgica gerou 1,35 milhões
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de toneladas de lamas que incluem, entre outros, o lodo das estações de tratamento (IBS,
2006).
4.2.2 Gestão de Resíduos Sólidos
A problemática da gestão dos resíduos sólidos também merece atenção. Estima-se
que sejam produzidas um milhão de toneladas de cinzas com a atual produção de carvão
vegetal, além de 340 kg de resíduos sólidos a cada tonelada de ferro-gusa produzida,
distribuídos de acordo com a Figura 17. No processo de despoluição das fumaças liberadas
na queima do carvão vegetal são produzidos quase 3 milhões de toneladas de alcatrão
(ROSSI, 2008).
Figura 17. Resíduos sólidos gerados na produção de uma tonelada de ferro-gusa
Fonte: Rossi (2008)
A Figura 18 ilustra um fluxograma de geração de resíduos sólidos nas siderurgias a
carvão vegetal. Diante do exposto, observa-se a relevância da implantação de um sistema de
gestão dos resíduos sólidos siderúrgicos.
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Figura 18. Fluxograma da geração de resíduos sólidos das siderurgias a carvão vegetal
Fonte: Almeida e Melo, 2001
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10004 Resíduos Sólidos –
Classificação , a escória é um resíduo que, por apresentar grande concentrações de
alumínio, varia de classe II (resíduo não inerte) à classe III (resíduo inerte). Os finos de
minério e a moinha são classe III (inertes), o pó de coletor e a lama de alto-forno são classe I
(perigosos) por apresentarem teor de fenóis acima do limite permitido (ALMEIDA E MELO,
2001). Com a possibilidade de utilização dos resíduos em diversos setores como mostrado a
seguir, é possível diminuir os problemas de gestão.
o ESCÓRIA: construção civil, pavimentação, cimento e agricultura;
o FINOS DE MINÉRIO: pavimentação de estradas ou reuso nos fornos;
o MOINHA DE CARVÃO: combustível em cimenteiras e siderúrgicas;
o MP: resíduos perigosos, e são utilizados na agricultura e setor de cerâmicas;
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o ALCATRÃO: fertilizantes, indústria alimentícia (defumados), farmacêutica (anti-
séptico), etc.
4.3 Redução de impactos ambientais por meio de melhorias tecnológicas
A siderurgia mundial caracteriza-se por poucas inovações tecnológicas radicais. Na
Figura 19 é apresentado um fluxograma que representa as possibilidades de melhoria
tecnológica, com a finalidade de reduzir os custos e aumentar a produtividade.
Figura 19. Melhorias Tecnológicas
Fonte: Raad et al (2008)
A Figura 20 ilustra a recuperação dos gases condensáveis com controle de fluxo de
saída dos fornos, enquanto a Figura 21 mostra a secagem de madeira utilizando o alcatrão,
em substituição ao uso da madeira.
Outra melhoria é realizada com a queima de fumaça por meio de fornalhas,
objetivando a redução das emissões de gases e seu posterior aproveitamento térmico,
reduzindo cerca de 90 % das emissões de CO e 87 % das emissões de CH4. Com o intuito de
reduzir o tempo médios de resfriamento dos fornos, é realizada a circulação forçada dos
gases e troca de calor. Esta recirculação possibilita a redução de 63 % no tempo médio de
resfriamento (RAAD et al, 2008).
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Figura 20. Recuperação dos gases conensáveis
Fonte: Raad et al (2008)
Figura 21. Secagem da madeira com alcatrão
Fonte: Raad et al (2008)
4.4 Impactos Ambientais e Valoração de Danos
As operações de desmatamento em florestas nativas, bem como o preparo do solo
para o plantio de florestas intensificam as erosões hídrica e eólica, acarretando significativas
perdas de nutrientes e de parte do solo, contabilizando-se as perdas do volume de água das
represas a jusante. A partir dos dados disponíveis para uma área típica de plantio de arvores,
pode-se calcular o custo de reposição dos recursos, tendo-se como base os preços de
mercado para fertilizantes e adubos utilizados para o manejo dessas áreas.
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Assim, segundo Barros e Novais (1990), para efeitos de comparação de um hectare de
floresta plantada à jusante de uma barragem, supõe-se uma hidrelétrica de potência instalada
de 1200 MW, com formação de um lago em uma área inundada de 1.200 km2, de
profundidade de 10 metros, cujo volume do reservatório é de 12.000.000 m3, e um volume
crítico de funcionamento de um terço da capacidade inicial, construído ao custo de US$
2.400,00 por kW instalado.
Logo, para cada hectare de floresta plantada corresponde uma depreciação na UHE
situada a jusante de US$ 2,88 por ano, o que decore do processo de assoreamento neste
caso. Já para o assoreamento devido ao desmatamento de florestas nativas, esse valor não
passa de US$ 0,09 por hectare.
Segundo Stout, 1980, um outro caso a ser mencionado é o da exploração
descontrolada e desenfreada das matas nativas, que trazem como externalidades negativas
uma piora condições de vida das populações locais, a redução das atividades extrativas
locais de alimentos e matérias-primas nativas; uma queda na absorção de mão-de-obra
excedente nas redondezas, levando, por sua vez, à continuidade do êxodo rural, aumentando
a favelização em centros urbanos.
Desta forma, a título de valoração do dano ambiental da exploração comercial das
florestas nativas, comparando-se o potencial extrativista para subsistência de savanas e
formações florestais àquele dos cerrados, a capacidade de suporte para o sustento de um
homem em bases totalmente extrativistas seria algo em torno de cerca de 150 hectares.
Considerando o processo de extração de frutos e matérias primas diversas da mata
como complementar à agricultura de subsistência, pode-se ter que a área de floresta nativa,
necessária para complementar o sustento de um homem, é reduzida para 75 hectares
(Medeiros, 1993).
Se dissermos que essas pessoas são vistas, agora, como mão-de-obra deslocada e
transformada em potencial corrente migratória, tem-se então que cada pessoa ocuparia uma
área de 150 ha. Como a área desmatada para carvoejamento é de cerca de 500.000 ha/ano,
o deslocamento anual calculado, que tem agora como destino as periferias das grandes
cidades, será de cerca de 3.333 mil pessoas ano. Logo, com o custo social de cada pessoa
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adulta sendo equivalente a treze salários mínimos anuais, o que é cerca de US$ 2,430.00, o
custo ambiental deste impacto será de US$ 16.20/hectare
Mas os danos referentes à exploração de matas nativas, em bases não sustentáveis,
provoca não só a marginalização de comunidades locais, como também a depleção no capital
natural, que pode ser representado pelo recurso natural finito de que dispõe a floresta nativa,
o que também pode ser valorado em termos financeiros (Magalhães, 1993). Assim, sendo os
custos para a fabricação de carvão vegetal de matas nativas estimados em US$ 1,00/m3,
para um custo de produção FOB (na carvoaria) de US$ 12,03/m3 de carvão, vê-se que
nenhum valor é atribuído ao recurso natural quando do desmatamento, uma vez que se tem a
idéia de que a fonte de matéria prima é gratuita e infinita.
Para fins de contabilização desse dano, toma-se como base o custo de US$ 5,00/m3
da lenha de eucalipto em pé para carvoejamento. Se adotarmos os coeficientes de
rendimento do eucalipto como sendo de 1 m3 e equivalente a 1,5 m³ de lenha nativa, o custo
ambiental da utilização do recurso natural de matas nativas é de US$ 3,33 por m³ de lenha,
ou seja, US$ 10,00 por m³ de carvão vegetal produzido (AMS, 2008).
Sabe-se também que as florestas plantadas de eucalipto podem reduzir
significativamente a produção de água de uma bacia hidrográfica, principalmente em áreas
de cobertura vegetal menos densa, como é o caso de cerrados e campos reflorestados com
eucalipto de cinco anos de idade, onde podem-se verificar reduções de até 230 mm de água
de drenagem devido à produção de biomassa pelas árvores (Lima, 1993).
Nesses casos, para uma precipitação média anual de 1.200 mm, verifica-se uma
estimativa média de perda de água na bacia hidrográfica da região de 300 mm ou 3.000
m³/ha de água, que é subtraída dos rios e represas a jusante.
Desta forma, simplificadamente tomam-se os impactos negativos da geração de
energia elétrica como comparativo na estimativa do custo intrínseco a esse impacto
ambiental. Portanto, comparando-se à água absorvida pelas árvores àquela turbinada por
uma usina hidrelétrica, tem-se que, para uma usina com 60% da água turbinada para geração
de energia anualmente, a redução no volume de água à jusante da bacia hidrográfica seria
equivalente a 1.800 m3/ha.ano daquela de eucalipto.
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Esse volume turbinado, caindo de cerca de 60 metros de altura, para uma geração
energética com eficiência de 85%, geraria 255 kWh de energia elétrica, e se considermos
outras 4 UHEs rio abaixo nessa bacia, geram-se mais de 1 MWh de energia. Essa energia é,
portanto, aquela subtraída pela redução na produção de água de 1 ha de bacia hidrográfica
em um ano, a um custo marginal de geração de US$ 60,00/MWh.
5. Aspectos Econômicos*
* Renata Patrícia Soares Grisoli
Segundo a FAO (2004) o Brasil é considerado o maior produtor de carvão vegetal do
mundo, estando bem à frente dos outros países, que são principalmente de origem africana
(Figura 22). Observa-se também nesses dados que a produção de carvão mundial de carvão
vegetal é muito concentrada, sendo 68% do total produzido provenientes de apenas 11
países.
Figura 22. Relação dos principais países produtores de carvão vegetal no mundo
De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (2006) é possível avaliar qual a
proporção de lenha que é destinada à produção de carvão vegetal, sendo que atualmente
esse número representa um pouco mais de 40% (Figura 23).
Para analisar os aspectos econômicos do carvão vegetal com relação à oferta e
demanda no Brasil, foram encontradas algumas dificuldades já elucidadas por Oliveira
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(2008), no que diz respeito à padronização de dados para o consumo de carvão vegetal no
Brasil.
Figura 23. Participação da madeira como fonte energética
Sendo assim na Figura 24 é possível o identificar os dados de consumo de carvão
vegetal referentes a quatro fontes distintas, sendo duas internacionais e duas nacionais. As
duas primeiras: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos – FAO e
Agência Internacional de Energia – IEA; e as duas nacionais: Ministério de Minas e Energia –
MME e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os dados diferem de acordo
com a metodologia utilizada para obtenção destas informações (OLIVEIRA, 2008), porém
essa disparidade é um fator que deve ser levado em consideração quando se planeja
elaborar uma análise econômica profunda do setor.
PRODUÇÃO E CONSUMO LENHA - HISTÓRICO
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
Quantidade10³t
PRODUÇÃO DE LENHA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL
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Figura 24. Consumo de carvão vegetal no Brasil
5.1 Consumo carvão vegetal por setor no Brasil
No consumo energético da madeira, a produção de carvão vegetal se destaca, em
decorrência da demanda existente pelo produto junto ao setor siderúrgico. O Brasil é o maior
produtor mundial de aço produzido com o emprego do carvão vegetal para fins de redução do
minério de ferro. Trata- se de um setor solidificado e em expansão, gerador de centenas de
milhares de postos de trabalho, grande quantidade de impostos e de renda. Devido a uma
evolução significativa quanto ao atendimento da demanda por ações visando à
sustentabilidade do setor, o uso de carvão vegetal proveniente de madeira de florestas
plantadas vem apresentando um franco crescimento. Se em 1990 esse valor era de apenas
30%, atualmente ele já representa mais de 70% do volume consumido (Associação..., 2004).
Como segundo importante consumidor de madeira para energia no Brasil, há o setor
residencial. Nesse setor, a madeira é fortemente usada para cocção de alimentos e, em
menor escala, para aquecimento domiciliar. Trata-se de um consumo particularmente
atrelado à evolução de consumo de gás liquefeito de petróleo, seu substituto natural na
maioria das residências brasileiras e para o qual, ao contrário da madeira, políticas oficiais de
incentivos sempre se fizeram presentes. Em que pese tal fato, após forte tendência de
redução de consumo, nos últimos anos se observa um retorno ao uso da madeira para
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energia junto ao segmento domiciliar. O volume anual de madeira usada para tal finalidade
situa-se acima do consumo de madeira para serraria em nosso país (BRITO, 2007). Na
Figura 6 é possível observar a distribuição do consumo de carvão vegetal no Brasil.
Figura 26. Consumo de carvão vegetal por setor no Brasil
5.2 Carvão vegetal e a siderurgia
Conforme já citado, o principal destino do carvão vegetal no Brasil é para o setor
industrial, correspondendo a 90% da utilização dessa fonte, e que dentro desse valor, cerca
de 84% são destinados a produção de ferro-gusa e aço nas siderúrgicas (MME, 2006).
No Brasil a siderurgia conta também em sua maioria com a utilização de coque mineral
para seu processo, o que em 2006 totalizou o uso de 21,3 milhões de toneladas desse
recurso, enquanto que a utilização de carvão vegetal foi de 11,2 milhões de toneladas (34,6%
do total) correspondente à produção de 32,4 milhões de toneladas de ferro-gusa (IBGE,
2006).
5.3 Economia do carvão vegetal
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O setor florestal brasileiro em 2005 obteve um faturamento de US$ 28 bilhões, cerca
de 3,5 % PIB brasileiro. O setor siderúrgico a carvão vegetal teve uma significativa parcela,
com o faturamento de US$ 4,2 bilhões no ano, correspondendo a 0,5% do PIB do país,
conforme distribuído na Figura 27 (IBGE, 2006).
Figura 27. Faturamento da siderurgia a carvão vegetal no Brasil (2005)
Em 2005, somente o comércio de carvão vegetal totalizou 5,5 milhões de toneladas e
gerou 1,7 bilhão de reais em venda (IBGE, 2006). O carvão vegetal ainda conta com a
característica de ser um dos energéticos mais baratos quando comparado com outras fontes,
conforme Figura 28.
Com relação ao preço do carvão vegetal é possível observar um aumento acentuado a
partir de 2003, quando houve um aumento de demanda mundial por ferro-gusa e os altos
preços levaram ao rápido aumento da produção elevando a participação da floresta nativa
para 50% do total produzido (Figura 29) (BRITO 2007).
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Figura 28. Preços de energéticos no Brasil (2006)
Figura 29. Evolução do preço do carvão vegetal no Brasil
5.4 Viabilidade economia do carvão vegetal
Com relação a viabilidade de produção de carvão vegetal foi realizado um estudo que
descreveu os principais custos para a produção de uma tonelada de carvão vegetal em uma
unidade. Nesse estudo, é possível verificar que a madeira posta até a unidade de
carbonização corresponde a 55% do custo (Figura 30) (PINHEIRO E SAMPAIO, 2008).
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Figura 30. Custos de Produção de uma tonelada de carvão vegetal
Nessa relação de custo, até a unidade de carbonização, é possível identificar o alto
valor de juros para investimentos na floresta, correspondente a aproximadamente 30%
investimento até essa etapa. Este fator é devido à natureza do investimento, pois, por
exemplo, os R$ 4.300/ha investidos inicialmente estão 70% concentrados nos 18 meses
iniciais e a colheita se dá apenas após sete anos, sendo a razão da alta participação de juros
no custo, considerada uma dificuldade significativa para empresas de médio porte
(PINHEIRO E SAMPAIO, 2008).
Outro fator a ser considerado diz respeito ao frete, que possui significativa participação
também. De acordo com o estudo de Pinheiro e Sampaio (2008), com os preços atuais a
viabilidade do transporte do carvão vegetal se dá em um raio de cerca de 2000 km da
unidade produtora.
Com relação à carbonização, esta representa 10% do custo e não entra muito nas
discussões dos gestores desse setor, uma dificuldade, pois análises técnicas mostram que
alterações no processo de carbonização proporcionariam grandes ganhos em eficiência
(PINHEIRO E SAMPAIO, 2008).
6. Conclusão
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O tamanho do mercado nacional e o crescimento da siderurgia brasileira têm cada vez
mais destaque com relação a seus vultuosos ganhos econômicos, o que, em muitos dos
casos está relacionado a impactos ambientais e sociais, uma vez que a produção de carvão
vegetal e seu uso podem gerar degradação e depreciação dos capital humano e do meio
ambiente se não tratado de maneira adequada e dentro das normas e leis vigentes no que se
refere, inclusive, ao descarte dos resíduos gerados e as emissões de poluentes na atmosfera.
Do ponto de vista social, as condições de trabalho e moradia dos carvoeiros e suas
famílias são diferentes nos estados brasileiros, assim como é diferente os níveis de
organização dos grupos. Essas condições são abaixo da ideal, havendo ainda exploração
dos trabalhadores sem pagamento de todos os encargos sociais garantidos por lei, presença
de crianças e adolescentes na carvoaria e conseqüente abandono escolar. Existe também
precariedade em suas moradias e as carvoarias não dispõe de instrumentos adequados e é
alto o risco de ocorrência de acidentes.
É evidente que a adoção de soluções de mais amplo espectro, junto ao setor de
carvão vegetal no Brasil, implica em alterações na sistemática hoje utilizada. São alterações
que exigem, em primeiro lugar, a adoção de modernas tecnologias e modernos conceitos
agroindustriais, fugindo, da definição que ainda se dá à atividade produtiva, como sendo algo
marginal e secundário da atividade rural.
Do ponto de vista ambiental, uma alternativa à exploração de florestas nativas é o
plantio de da madeira, que têm importante papel no agronegócio brasileiro, dado que tem-se
investido massivamente no setor. Outro ponto de destaque é a obtenção de créditos de
carbono com reflorestamento de áreas degradadas, o que se vê com ponto positivo ao setor
de siderurgia, mas deve-se atentar que a produção de carvão vegetal, mesmo de florestas
plantadas, apresenta impactos negativos, como a emissão de emissão de material
particulado, que pode poluir cursos d´água, além de representar alto consumo desse recurso
natural em seus dispendiosos processos de resfriamento.
Observa-se, do ponto de vista econômico, que o carvão vegetal possui ampla
disseminação no Brasil, e que se fossem considerados alguns fatores relacionados à
eficiência do processo, é possível que a sua participação no mercado fosse maior. Porém,
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incentivos e ações vem sendo realizadas para aumentar a viabilidade desse recurso,
principalmente por seu apelo como uma fonte alternativa, que seja renovável, contrapondo a
matriz atual. Assim, é possível que haja um aumento da utilização desse recurso,
principalmente se for considerado a matéria-prima sustentável, aqueles relacionados à
silvicultura e não a extração de florestas nativas.
Por fim, todos os impactos podem ser valorados economicamente e comparados à
geração de energia, à mobilidade e degradação do capital social e humano. Isso não nos
mostra a real situação a que se pode chegar, mas nos dá uma idéia do quanto e do que se
deve fazer de maneira a evitar que, além do meio ambiente, sofra também o homem, quando
da adoção de práticas não sustentáveis por parte de determinadas empresas.
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