Nise da Silveira (1905-1999) foi uma pioneira na psiquiatria brasileira que introduziu a terapia ocupacional no tratamento de pacientes psiquiátricos. Ela criou o Serviço de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação no Hospital Pedro II em 1946 e o famoso Museu de Imagens do Inconsciente em 1952 para preservar as obras de arte criadas pelos pacientes durante a terapia. Sua abordagem humanista influenciou o movimento da psiquiatria anti-asilar e ela se tornou uma importante divulgadora
A obra de Nise da Silveira tem uma reverberação tão grande entre os mais variados grupos sociais que o alcance de seu trabalho é inestimável. Seu vigor ético, aliado a uma incrível persistência, além de todo o seu embasamento teórico, contribuíram em muito para que fosse modificado o modo de tratar as pessoas em cuidado psiquiátrico no Brasil. A maneira de reavaliar a Terapia Ocupacional, o Museu de Imagens do Inconsciente e Casa das Palmeiras refletem a essência do esforço de Nise na verdadeira revolução em defesa da dignidade do paciente esquizofrênico e, sobretudo, da vida.
O documento discute a história e os principais desafios do atendimento em saúde mental no Brasil. A assistência mudou da institucionalização em manicômios para um modelo comunitário e descentralizado com a criação de CAPS a partir da década de 1990. O texto também destaca a importância da integração entre a atenção primária e especializada em saúde mental e do respeito aos direitos dos pacientes.
O documento descreve o movimento artístico Expressionismo, que surgiu na Alemanha no início do século XX. O grupo Die Brücke, liderado pelo pintor Ernst Ludwig Kirchner, foi fundamental para o desenvolvimento do estilo. As obras expressionistas se caracterizavam por retratar a realidade de forma crua, sem embelezamentos, enfatizando emoções como dor e sofrimento. Artistas como Kirchner, Kollwitz e Edvard Munch influenciaram o estilo através de traços angulosos e uso de cores intensas.
O documento descreve a história da psicologia no Brasil desde o período colonial até os dias atuais. Começa com a educação dos jesuítas e o uso de conhecimentos psicológicos por Padre Antônio Vieira. Depois, fala sobre o desenvolvimento da psicologia nas faculdades de medicina no século XIX e a criação dos primeiros laboratórios. Por fim, aborda a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil a partir da década de 1960.
Este documento fornece uma cronologia da história da psicologia no Brasil desde o período colonial até o período atual. Ele destaca marcos importantes como a criação dos primeiros laboratórios de psicologia no século 19 e a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil na década de 1960.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em 1922 e marcou o início do modernismo no Brasil. O evento apresentou pintura, escultura, poesia, literatura e música durante três dias no Teatro Municipal e contou com a participação de importantes figuras como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Heitor Villa-Lobos. Apesar de críticas na época, a Semana resultou na consolidação do modernismo no país e na ruptura com movimentos artísticos anteriores.
O documento resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e conceitos relacionados como saúde holística. Também discute a atuação do psicólogo no hospital, incluindo diferenças em relação à clínica, técnicas utilizadas e focos como o paciente, família e equipe.
A obra de Nise da Silveira tem uma reverberação tão grande entre os mais variados grupos sociais que o alcance de seu trabalho é inestimável. Seu vigor ético, aliado a uma incrível persistência, além de todo o seu embasamento teórico, contribuíram em muito para que fosse modificado o modo de tratar as pessoas em cuidado psiquiátrico no Brasil. A maneira de reavaliar a Terapia Ocupacional, o Museu de Imagens do Inconsciente e Casa das Palmeiras refletem a essência do esforço de Nise na verdadeira revolução em defesa da dignidade do paciente esquizofrênico e, sobretudo, da vida.
O documento discute a história e os principais desafios do atendimento em saúde mental no Brasil. A assistência mudou da institucionalização em manicômios para um modelo comunitário e descentralizado com a criação de CAPS a partir da década de 1990. O texto também destaca a importância da integração entre a atenção primária e especializada em saúde mental e do respeito aos direitos dos pacientes.
O documento descreve o movimento artístico Expressionismo, que surgiu na Alemanha no início do século XX. O grupo Die Brücke, liderado pelo pintor Ernst Ludwig Kirchner, foi fundamental para o desenvolvimento do estilo. As obras expressionistas se caracterizavam por retratar a realidade de forma crua, sem embelezamentos, enfatizando emoções como dor e sofrimento. Artistas como Kirchner, Kollwitz e Edvard Munch influenciaram o estilo através de traços angulosos e uso de cores intensas.
O documento descreve a história da psicologia no Brasil desde o período colonial até os dias atuais. Começa com a educação dos jesuítas e o uso de conhecimentos psicológicos por Padre Antônio Vieira. Depois, fala sobre o desenvolvimento da psicologia nas faculdades de medicina no século XIX e a criação dos primeiros laboratórios. Por fim, aborda a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil a partir da década de 1960.
Este documento fornece uma cronologia da história da psicologia no Brasil desde o período colonial até o período atual. Ele destaca marcos importantes como a criação dos primeiros laboratórios de psicologia no século 19 e a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil na década de 1960.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em 1922 e marcou o início do modernismo no Brasil. O evento apresentou pintura, escultura, poesia, literatura e música durante três dias no Teatro Municipal e contou com a participação de importantes figuras como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Heitor Villa-Lobos. Apesar de críticas na época, a Semana resultou na consolidação do modernismo no país e na ruptura com movimentos artísticos anteriores.
O documento resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e conceitos relacionados como saúde holística. Também discute a atuação do psicólogo no hospital, incluindo diferenças em relação à clínica, técnicas utilizadas e focos como o paciente, família e equipe.
O documento discute conceitos básicos de normalidade e patologia mental, incluindo perspectivas de normalidade e diagnóstico diferencial de transtornos. Também aborda a política de desinstitucionalização, nosografia psiquiátrica, epidemiologia de transtornos e aspectos clínicos de psicopatologia da infância e adolescência.
Sigmund Freud nasceu na Morávia em 1856 e se mudou para Viena aos 4 anos. Estudou medicina e trabalhou com neurologia, desenvolvendo o método da psicanálise. Freud fundou a Sociedade Psicanalítica de Viena em 1908 e publicou trabalhos fundamentais sobre sonhos, histeria e sexualidade, estabelecendo as bases da psicanálise moderna.
O documento descreve o movimento artístico Art Nouveau, que surgiu na Europa no final do século XIX em resposta às mudanças trazidas pela Revolução Industrial. O estilo se caracterizava por formas orgânicas e sinuosas inspiradas na natureza e tinha como objetivo criar uma arte que representasse o estilo de vida moderno. O Art Nouveau teve influências do movimento Arts & Crafts inglês, do Simbolismo e da arte japonesa. O estilo se manifestou principalmente na arquitetura, design e artes decorativas da ép
O documento discute os modelos de saúde biomédico e biopsicossocial. Apresenta as limitações do modelo biomédico em considerar apenas fatores biológicos e defende um modelo mais abrangente que inclua variáveis psicológicas e sociais. Também argumenta que a formação médica deve adotar uma abordagem mais ampla e multidisciplinar.
Di Cavalcanti foi um pintor brasileiro nascido em 1897. Ele participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e viajou para a Europa em 1923, onde estudou na Academia Ranson em Paris. Ao longo de sua carreira, Cavalcanti expôs em diversos países e recebeu vários prêmios, como a Medalha de Ouro na Bienal Interamericana do México. Ele faleceu em 1976, sendo homenageado por diversas exposições retrospectivas após sua morte.
Psicologia do trabalho e da organizações - trabalho das alunas Sofia e MagdaAna Pereira
A psicologia do trabalho evoluiu de três fases: inicialmente focada na produtividade, depois nos sentimentos dos trabalhadores, e atualmente promovendo o bem-estar dos trabalhadores. Psicólogos do trabalho realizam atividades como seleção, avaliação de desempenho e formação para melhorar a satisfação no trabalho.
Este documento apresenta informações sobre a teoria do psicólogo Kurt Goldstein. A teoria organísmica de Goldstein enfatiza que o organismo funciona como um todo e que qualquer estímulo que o afete causará mudanças em toda a unidade. A criatividade é vista como essencial para a saúde e auto-regulação do organismo, enquanto a neurose envolve padrões de comportamento repetitivos que limitam a criatividade. A psicoterapia busca auxiliar o paciente a recuperar sua criatividade e capacidade de auto-
Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um psiquiatra e psicólogo suíço que desenvolveu teorias influentes sobre o inconsciente coletivo e os arquétipos. Sua teoria da psicologia analítica diferiu da psicanálise de Freud ao enfatizar a importância do futuro e do processo de individuação na meia-idade. Jung propôs três sistemas da personalidade - Ego, Inconsciente Pessoal e Inconsciente Coletivo - e definiu cinco arquétipos principais.
O documento discute a evolução histórica da saúde mental e da psiquiatria no Brasil, desde os primeiros hospícios psiquiátricos no século XIX até as reformas recentes do sistema de saúde mental. Também aborda os modelos biomédico e biopsicossocial e a transição entre eles, assim como as mudanças nas políticas e legislação de saúde mental no país.
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"Tacio Aguiar
Sigmund Freud nasceu em 1856 na Morávia e se mudou para Viena com sua família em 1859. Ele desenvolveu a psicanálise como método de tratamento de neuroses através da livre associação e interpretação dos sonhos. Teorias fundamentais incluem o complexo de Édipo, princípio do prazer vs realidade e a estrutura do aparelho psíquico em id, ego e superego.
O documento discute o significado de saúde mental e os fatores que podem influenciá-la, incluindo fatores socioculturais, psicológicos e biológicos. Também aborda a reforma psiquiátrica no Brasil e os distúrbios mentais mais comuns como fobias, abuso de substâncias e transtornos afetivos como a depressão.
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL Rayanne Chagas
1) Melanie Klein revolucionou a psicanálise infantil ao desenvolver uma técnica baseada na observação do brincar das crianças, revelando fantasias primitivas e ansiedades. 2) Ela propôs as posições esquizoparanóica e depressiva para explicar o desenvolvimento psíquico infantil marcado por ansiedades persecutórias e de perda do objeto. 3) Klein teve grande influência no atendimento psicanalítico de crianças.
O documento discute o processo de avaliação psicológica para diagnóstico, destacando a importância de identificar mudanças nos padrões de comportamento através da análise de sinais e sintomas. Também enfatiza a necessidade de considerar fatores contextuais e utilizar diferentes modelos e instrumentos para chegar a um diagnóstico consistente.
O documento fornece um resumo do movimento artístico surrealista. Ele discute o contexto histórico do surrealismo, sua definição e filosofia, e categoriza suas principais contribuições nas artes plásticas, literatura, teatro e cinema. Artistas fundamentais como Salvador Dalí, Max Ernst, Alberto Giacometti e René Magritte são apresentados com algumas de suas obras mais importantes.
O documento discute conceitos fundamentais da psicopatologia, incluindo: (1) a diferença entre diagnóstico psiquiátrico e psicanalítico; (2) os desafios em estabelecer diagnósticos precisos devido à complexidade dos fenômenos mentais; (3) a importância de avaliar múltiplos aspectos como consciência, atenção, pensamento, afetividade e vontade no exame psíquico.
1. O documento apresenta um livro sobre psicodrama e dinâmica de grupo, discutindo seus conceitos e aplicações.
2. A dinâmica de grupo surgiu no início do século XX com estudos sobre pequenos grupos e seu funcionamento. Teorias importantes incluem as de Kurt Lewin, Jacob Moreno e Rogers.
3. O livro pretende apresentar a abordagem socio-psicodramática de dinâmica de grupo, discutindo suas etapas, técnicas e aplicações em educação e outros campos.
História da Psicopatologia / Significado e evolução dos conceitos de normalid...Caio Maximino
O documento discute a história da psicopatologia desde a antiguidade até a Idade Média, abordando as concepções sobrenatural, biológica e psicológica da loucura. Descreve como Hipócrates e Galeno desenvolveram uma visão biológica baseada nos humores, e como a Igreja passou a atribuir a loucura a demônios durante a Idade Média, levando à perseguição de "bruxas". Também analisa a evolução do tratamento dos doentes mentais nesse período
O movimento Dadaísta surgiu na Suíça durante a Primeira Guerra Mundial como forma de protesto à guerra e à arte convencional, manifestando-se por meio de exposições, publicações e performances que provocavam choque e questionamento.
O Surrealismo, inspirado pela pintura metafísica e pela psicanálise, valorizava a irracionalidade e o inconsciente, representando figuras e sonhos de forma subjetiva, sem se prender a regras.
Artistas como Dali, Mag
O documento discute a loucura e sua relação com a arte e a poesia ao longo da história. Aborda diferentes perspectivas sobre loucura desde a Grécia Antiga até o século XX, incluindo exemplos de artistas e pacientes psiquiátricos que produziram obras de arte.
Este documento discute a Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde no Brasil. Ele apresenta um estudo de revisão integrativa da literatura sobre o processo de implantação desta política nos serviços de saúde e a construção da cultura de humanização. O estudo analisou 8 artigos científicos publicados entre 2004-2010 e concluiu que ainda há poucos estudos avaliando a percepção dos usuários sobre a humanização e que não foi avaliado o fator motivacional das equipes de saúde no processo de mudança
O documento discute conceitos básicos de normalidade e patologia mental, incluindo perspectivas de normalidade e diagnóstico diferencial de transtornos. Também aborda a política de desinstitucionalização, nosografia psiquiátrica, epidemiologia de transtornos e aspectos clínicos de psicopatologia da infância e adolescência.
Sigmund Freud nasceu na Morávia em 1856 e se mudou para Viena aos 4 anos. Estudou medicina e trabalhou com neurologia, desenvolvendo o método da psicanálise. Freud fundou a Sociedade Psicanalítica de Viena em 1908 e publicou trabalhos fundamentais sobre sonhos, histeria e sexualidade, estabelecendo as bases da psicanálise moderna.
O documento descreve o movimento artístico Art Nouveau, que surgiu na Europa no final do século XIX em resposta às mudanças trazidas pela Revolução Industrial. O estilo se caracterizava por formas orgânicas e sinuosas inspiradas na natureza e tinha como objetivo criar uma arte que representasse o estilo de vida moderno. O Art Nouveau teve influências do movimento Arts & Crafts inglês, do Simbolismo e da arte japonesa. O estilo se manifestou principalmente na arquitetura, design e artes decorativas da ép
O documento discute os modelos de saúde biomédico e biopsicossocial. Apresenta as limitações do modelo biomédico em considerar apenas fatores biológicos e defende um modelo mais abrangente que inclua variáveis psicológicas e sociais. Também argumenta que a formação médica deve adotar uma abordagem mais ampla e multidisciplinar.
Di Cavalcanti foi um pintor brasileiro nascido em 1897. Ele participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e viajou para a Europa em 1923, onde estudou na Academia Ranson em Paris. Ao longo de sua carreira, Cavalcanti expôs em diversos países e recebeu vários prêmios, como a Medalha de Ouro na Bienal Interamericana do México. Ele faleceu em 1976, sendo homenageado por diversas exposições retrospectivas após sua morte.
Psicologia do trabalho e da organizações - trabalho das alunas Sofia e MagdaAna Pereira
A psicologia do trabalho evoluiu de três fases: inicialmente focada na produtividade, depois nos sentimentos dos trabalhadores, e atualmente promovendo o bem-estar dos trabalhadores. Psicólogos do trabalho realizam atividades como seleção, avaliação de desempenho e formação para melhorar a satisfação no trabalho.
Este documento apresenta informações sobre a teoria do psicólogo Kurt Goldstein. A teoria organísmica de Goldstein enfatiza que o organismo funciona como um todo e que qualquer estímulo que o afete causará mudanças em toda a unidade. A criatividade é vista como essencial para a saúde e auto-regulação do organismo, enquanto a neurose envolve padrões de comportamento repetitivos que limitam a criatividade. A psicoterapia busca auxiliar o paciente a recuperar sua criatividade e capacidade de auto-
Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um psiquiatra e psicólogo suíço que desenvolveu teorias influentes sobre o inconsciente coletivo e os arquétipos. Sua teoria da psicologia analítica diferiu da psicanálise de Freud ao enfatizar a importância do futuro e do processo de individuação na meia-idade. Jung propôs três sistemas da personalidade - Ego, Inconsciente Pessoal e Inconsciente Coletivo - e definiu cinco arquétipos principais.
O documento discute a evolução histórica da saúde mental e da psiquiatria no Brasil, desde os primeiros hospícios psiquiátricos no século XIX até as reformas recentes do sistema de saúde mental. Também aborda os modelos biomédico e biopsicossocial e a transição entre eles, assim como as mudanças nas políticas e legislação de saúde mental no país.
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"Tacio Aguiar
Sigmund Freud nasceu em 1856 na Morávia e se mudou para Viena com sua família em 1859. Ele desenvolveu a psicanálise como método de tratamento de neuroses através da livre associação e interpretação dos sonhos. Teorias fundamentais incluem o complexo de Édipo, princípio do prazer vs realidade e a estrutura do aparelho psíquico em id, ego e superego.
O documento discute o significado de saúde mental e os fatores que podem influenciá-la, incluindo fatores socioculturais, psicológicos e biológicos. Também aborda a reforma psiquiátrica no Brasil e os distúrbios mentais mais comuns como fobias, abuso de substâncias e transtornos afetivos como a depressão.
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL Rayanne Chagas
1) Melanie Klein revolucionou a psicanálise infantil ao desenvolver uma técnica baseada na observação do brincar das crianças, revelando fantasias primitivas e ansiedades. 2) Ela propôs as posições esquizoparanóica e depressiva para explicar o desenvolvimento psíquico infantil marcado por ansiedades persecutórias e de perda do objeto. 3) Klein teve grande influência no atendimento psicanalítico de crianças.
O documento discute o processo de avaliação psicológica para diagnóstico, destacando a importância de identificar mudanças nos padrões de comportamento através da análise de sinais e sintomas. Também enfatiza a necessidade de considerar fatores contextuais e utilizar diferentes modelos e instrumentos para chegar a um diagnóstico consistente.
O documento fornece um resumo do movimento artístico surrealista. Ele discute o contexto histórico do surrealismo, sua definição e filosofia, e categoriza suas principais contribuições nas artes plásticas, literatura, teatro e cinema. Artistas fundamentais como Salvador Dalí, Max Ernst, Alberto Giacometti e René Magritte são apresentados com algumas de suas obras mais importantes.
O documento discute conceitos fundamentais da psicopatologia, incluindo: (1) a diferença entre diagnóstico psiquiátrico e psicanalítico; (2) os desafios em estabelecer diagnósticos precisos devido à complexidade dos fenômenos mentais; (3) a importância de avaliar múltiplos aspectos como consciência, atenção, pensamento, afetividade e vontade no exame psíquico.
1. O documento apresenta um livro sobre psicodrama e dinâmica de grupo, discutindo seus conceitos e aplicações.
2. A dinâmica de grupo surgiu no início do século XX com estudos sobre pequenos grupos e seu funcionamento. Teorias importantes incluem as de Kurt Lewin, Jacob Moreno e Rogers.
3. O livro pretende apresentar a abordagem socio-psicodramática de dinâmica de grupo, discutindo suas etapas, técnicas e aplicações em educação e outros campos.
História da Psicopatologia / Significado e evolução dos conceitos de normalid...Caio Maximino
O documento discute a história da psicopatologia desde a antiguidade até a Idade Média, abordando as concepções sobrenatural, biológica e psicológica da loucura. Descreve como Hipócrates e Galeno desenvolveram uma visão biológica baseada nos humores, e como a Igreja passou a atribuir a loucura a demônios durante a Idade Média, levando à perseguição de "bruxas". Também analisa a evolução do tratamento dos doentes mentais nesse período
O movimento Dadaísta surgiu na Suíça durante a Primeira Guerra Mundial como forma de protesto à guerra e à arte convencional, manifestando-se por meio de exposições, publicações e performances que provocavam choque e questionamento.
O Surrealismo, inspirado pela pintura metafísica e pela psicanálise, valorizava a irracionalidade e o inconsciente, representando figuras e sonhos de forma subjetiva, sem se prender a regras.
Artistas como Dali, Mag
O documento discute a loucura e sua relação com a arte e a poesia ao longo da história. Aborda diferentes perspectivas sobre loucura desde a Grécia Antiga até o século XX, incluindo exemplos de artistas e pacientes psiquiátricos que produziram obras de arte.
Este documento discute a Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde no Brasil. Ele apresenta um estudo de revisão integrativa da literatura sobre o processo de implantação desta política nos serviços de saúde e a construção da cultura de humanização. O estudo analisou 8 artigos científicos publicados entre 2004-2010 e concluiu que ainda há poucos estudos avaliando a percepção dos usuários sobre a humanização e que não foi avaliado o fator motivacional das equipes de saúde no processo de mudança
O documento descreve a influência de Sir William Osler na arte e prática da medicina. Osler foi um médico canadense do século 19 considerado um dos fundadores da medicina moderna. Ele destacou a importância do humanismo, da humildade e do humor na prática médica e enfatizou a necessidade de escutar o paciente.
O documento resume a vida e obra do psicólogo Carl Jung, fundador da psicologia analítica. Apresenta detalhes sobre sua infância, educação e contato com Freud, com quem inicialmente colaborou antes de desenvolver suas próprias ideias. Descreve conceitos-chave da psicologia analítica como inconsciente pessoal, inconsciente coletivo, arquétipos, funções psicológicas e tipos psicológicos.
Este documento discute a obra "A História da Loucura" de Michel Foucault e alguns elementos centrais dela, como a exclusão da loucura da sociedade civilizada e a grande internamento no século XVII, assim como o nascimento da psiquiatria e do manicômio no final do século XVIII.
Este documento resume a psicologia analítica de Carl Gustav Jung, incluindo sua história pessoal e profissional, conceitos-chave como inconsciente pessoal, inconsciente coletivo e arquétipos como persona, sombra, anima/animus e self. Também descreve funções psicológicas como pensamento e sentimento, e atitudes como introversão e extroversão.
O documento descreve a introdução da psicanálise no Rio de Janeiro e São Paulo no início do século XX, quando médicos se interessaram pela nova doutrina, mas a viam como complementar à psiquiatria. Posteriormente, houve maior difusão entre leigos através de livros e rádio. Nos anos 1930, iniciaram-se esforços para institucionalizar a psicanálise no Brasil.
Psicologia e arte nos processos de criaçãoLuciano Souza
1) A arte, especialmente a pintura, pode ser usada como forma de expressão por pacientes psiquiátricos, já que é mais fácil do que a linguagem verbal. 2) O documento apresenta três casos de pacientes - Adelina Gomes, Octávio Ignácio e Carlos Pertuis - que usaram a pintura no ateliê de Nise da Silveira para se comunicarem sobre seus conflitos internos. 3) A arte pode ajudar na reorganização da ordem interna dos pacientes e na reconstrução da realidade.
O documento descreve a vida e obra do psiquiatra Carl Gustav Jung, incluindo seus estudos iniciais no Hospital Burghölzli, o desenvolvimento da teoria dos complexos afetivos e sua separação teórica de Freud. Também aborda conceitos-chave da psicologia analítica de Jung, como inconsciente coletivo, arquétipos e a estrutura da psique dividida em consciente e inconsciente.
Teorias e Técnicas Psicoterápicas I - Aula 4.pptxJessicaDassi
1) O documento discute as sete principais escolas de psicanálise, incluindo a escola freudiana, a escola dos teóricos das relações objetais de Melanie Klein, e as contribuições de figuras como Sándor Ferenczi, Wilhelm Reich e Anna Freud.
2) Melanie Klein foi pioneira no uso de brinquedos na psicanálise de crianças e no entendimento dos símbolos contidos nos jogos e brinquedos.
3) Figuras como Ferenczi, Reich e Anna Freud trouxeram novas abordagens à técnica
Este documento fornece um resumo da história da psicanálise e de suas influências. (1) A psicanálise foi criada por Sigmund Freud entre 1895-1939 e se baseou em influências anteriores como Charcot, Breuer e Darwin. (2) Freud introduziu novas ideias como o inconsciente, pulsões e mecanismos de defesa que revolucionaram a psicologia. (3) A psicanálise evoluiu a partir das primeiras ideias sobre a mente inconsciente e tratamentos mais humanos para doenças mentais.
1) O documento descreve a vida e obra do psiquiatra Wilhelm Reich, um pensador inconformista que desafiou as instituições estabelecidas e desenvolveu teorias revolucionárias sobre sexualidade e energia vital.
2) Reich foi perseguido pelos nazistas e autoridades americanas, preso e seus livros queimados por suas ideias não ortodoxas.
3) O texto analisa a obra de Reich, que entendia o ser humano como uma expressão da energia cósmica chamada "orgone" e teorizou sobre a ligação entre repressão
Este documento apresenta os principais precursores da psicanálise, incluindo Philippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria moderna, e Sigmund Freud, fundador da psicanálise. Muitos médicos e psiquiatras do século XIX, como Jean-Martin Charcot, contribuíram para o desenvolvimento inicial da psicanálise. A teoria freudiana foi posteriormente expandida e modificada por outros pensadores como Carl Jung, Alfred Adler, Melanie Klein entre outros.
1) Freud desenvolveu a psicanálise, uma teoria que enfatiza o papel do inconsciente e dos desejos reprimidos na formação dos sintomas. 2) Ele observou que os pacientes esqueciam experiências dolorosas e que estes esquecimentos estavam relacionados aos sintomas. 3) Freud postulou a existência de três instâncias psíquicas - inconsciente, pré-consciente e consciente - e descobriu a sexualidade infantil.
1) Freud desenvolveu a psicanálise, uma teoria que enfatiza o papel do inconsciente e dos desejos reprimidos na formação dos sintomas. 2) Ele observou que os pacientes esqueciam experiências dolorosas e que estes esquecimentos estavam relacionados aos sintomas. 3) Freud postulou a existência de três instâncias psíquicas - inconsciente, pré-consciente e consciente - e que a sexualidade desempenha um papel central na vida psíquica desde a infância.
O documento descreve a vida e obra do psiquiatra Viktor Frankl, fundador da Logoterapia. Frankl sobreviveu ao Holocausto e desenvolveu suas ideias sobre a busca inerente do ser humano por sentido, propósito e valores. A Logoterapia enfatiza que os indivíduos têm liberdade para encontrar significado mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
1) O filme conta o encontro entre os filósofos Nietzsche e Freud com o médico Josef Breuer em Veneza, onde tentam tratar a depressão de Nietzsche através da terapia da conversa.
2) Nietzsche nasceu na Alemanha e se tornou um filósofo solitário e doente após perder seu emprego de professor. Sua irmã falsificou seus escritos depois de sua morte.
3) Nietzsche criticou a moralidade judaico-cristã e propôs a vont
Nietzsche nasceu na Prússia em 1844 e se tornou um influente filósofo e professor. Suas ideias questionavam aspectos da psicologia e teologia de forma simples. Ele propôs conceitos como a "vontade de potência" e o "eterno retorno" e criticou a metafísica e a moral cristã. Suas obras tiveram grande impacto até hoje.
O documento descreve a vida e obra de Sigmund Freud, fundador da psicanálise. Ele nasceu em 1856 na Morávia e mudou-se para Viena aos 4 anos, onde viveu até 1938. Freud desenvolveu técnicas como a associação livre e a interpretação dos sonhos, que deram origem à psicanálise. Sua teoria propôs que a mente humana é dividida em três instâncias: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente, impulsionado por pulsões como a libido.
O documento descreve a relevância do caso de "Ana O.", a primeira paciente histérica tratada por Freud e Breuer, para o desenvolvimento da psicanálise. O tratamento de Ana O., conhecido como "talking cure", envolveu fazer a paciente falar sobre memórias reprimidas e deu início à psicanálise. O documento também fornece detalhes sobre a vida e obra de Freud, seu interesse pela histeria após estudar com Charcot, e o desenvolvimento inicial de seus métodos e teorias psicanalíticas.
O documento descreve a relevância do caso de "Ana O.", a primeira paciente histérica tratada por Freud e Breuer, para o desenvolvimento da psicanálise. O tratamento de Ana O. por Breuer entre 1880-1882, utilizando o método da "talking cure", é considerado o marco inicial da psicanálise. O documento também fornece detalhes sobre a vida e obra de Freud, com foco no desenvolvimento de seus estudos sobre a histeria.
1) O documento descreve a fundação do Colégio Allan Kardec por Eurípedes Barsanulfo em 1907 e seu sucesso inicial, até ser fechado temporariamente devido à gripe espanhola em 1918.
2) A biografia de Adolfo Bezerra de Menezes, nascido em 1831 no Ceará e falecido no Rio de Janeiro em 1900, conhecido como "O Médico dos Pobres".
3) As informações biográficas da jovem Meimei, nascida em 1922 e falecida em 1946, que passou
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIASolangerubim111
Este documento fornece uma visão geral da história da psiquiatria, desde períodos antigos até os desenvolvimentos modernos. Aborda como as doenças mentais eram entendidas e tratadas ao longo dos séculos, desde visões sobrenaturais até a psiquiatria se estabelecer como especialidade médica no século XIX. Também discute contribuições importantes de figuras como Freud, Bleuler e o desenvolvimento de tratamentos farmacológicos modernos.
A hipnose tem origens antigas e foi usada por diversas civilizações ao longo da história. Sua prática evoluiu ao longo dos séculos com contribuições de figuras como Hipócrates, Mesmer e Braid. Atualmente, é usada na hipnoterapia, que emprega técnicas hipnóticas para tratamento físico e mental de pacientes.
O documento descreve o filme "Freud - Além da Alma" de 1962, que retrata a vida e o trabalho do psicanalista Sigmund Freud. O filme mostra como as teorias de Freud sobre o inconsciente revolucionaram a compreensão da mente humana e como ele desenvolveu técnicas como a hipnose e a associação livre. O documento também discute a época em que Freud viveu e como suas ideias eram vistas como uma ameaça à sociedade da época.
1. Nise da Silveira (1905 - 1999)
Autor: Fernando Portela Câmara | Data: 24/08/2010
Legenda: Nise da Silveira
Nise da Silveira (15.02.1905 – 30.10.1999) foi singular na psiquiatria brasileira. Pequenina e frágil, era uma
gigante em força e coragem com que defendeu e lutou por suas idéias no âmbito da psiquiatria institucional. Ela
foi pioneira na terapia ocupacional, introduzindo este método no Centro Psiquiátrico Pedro II do Rio de Janeiro
e, segundo suas próprias palavras, entrara na Psiquiatria "pela via de atalho da ocupação terapêutica, método
então considerado pouco importante para os padrões oficiais".
Nise era alagoana e fez seus estudos médicos na Faculdade de Medicina da Bahia (1921-1926) e foi a única
mulher numa turma de 157 alunos. Colou grau com a tese "Ensaio Sobre a Criminalidade da Mulher no Brasil"
(28.12.1926) e retornou à terra natal em seguida, mas somente por um breve período, pois, com a morte
prematura do pai, decidiu vir para o Rio de Janeiro (1927) onde estabeleceu suas raízes intelectuais e
profissionais. Já casada, com seu conterrâneo e colega de turma, o sanitarista Mario Magalhães, engajou-se nos
meios artísticos e literários e freqüentava ativamente os círculos marxistas, junto como marido, e escrevia sobre
medicina para o jornal A Manhã (artigos que eram reproduzidos no Jornal de Alagoas, jornal onde seu pai fora
jornalista e diretor). Em 1932 estagiou na famosa clínica neurológica de Antônio Austregésilo, e em 1933 entrou
para o serviço público, através de concurso, trabalhando no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia
Mental, na Praia Vermelha, pertencente da antiga Divisão de Saúde Mental.
O envolvimento de Nise com o marxismo valeu-lhe 15 meses de reclusão no presídio da Frei Caneca, no período
de 1936-1934, local onde conheceu Graciliano Ramos, que a descreve no seu famoso livro "Memórias do
Cárcere" (José Olympio Ed., RJ, 1953): "... lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão,
do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-se culta e boa. Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral
daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se a tomar espaço. O marido
também era médico, era o meu velho conhecido Mário Magalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E
calei-me, num vivo constrangimento."
Segundo a própria Nise, ela fora denunciada por uma enfermeira que mostrou à polícia política de Getúlio
Vargas, liderada então pelo feroz Filinto Müller, os livros marxistas "subversivos" que ela guardava na sua
estante. Sobre esta prisão, há uma anedota que Nise deliciava-se em contar, tanto porque ilustrava sua total
descrença na existência do "embotamento afetivo" dos esquizofrênicos, fruto de sua experiência em terapêutica
ocupacional com estes doentes. Luiza, uma esquizofrênica que todas as manhãs levava o café da Nise, ao saber
que esta tinha sido presa, aplicou uma formidável sova na infeliz enfermeira que denunciara sua querida
doutora. Nise terminava este relato dizendo que aquilo fora "uma verdadeira reação afetiva", e ria satisfeita,
para então concluir seriamente: "o esquizofrênico não é indiferente, não é não".
Livre da prisão vagou na semiclandestinidade ao lado do marido devido ao risco de ser novamente presa. É
neste período que se dedica a uma profunda e reflexiva leitura de Spinoza, redigindo suas conclusões e
questionamentos sob formas de cartas que muitos anos mais tarde viria publicar. Em 17 de abril de 1944 foi
reintegrada ao serviço público, sendo lotada no Hospital Pedro II, antigo Centro Psiquiátrico Nacional, no
Engenho de Dentro, subúrbio do Rio de Janeiro. Nise sentia-se inapta para exercer a tarefa de psiquiatra, pois,
era ferozmente contra os choques elétrico, cardiazólico e insulínico, as camisas de força, o isolamento, a
psicocirurgia, e outros métodos da época que considerava extremamente brutais e recordavam-lhe as torturas
do Estado Novo aplicada aos dissidentes políticos, e que ela conhecia tão bem. Recordo também o horror
visceral dela contra a farra do boi, e penso que isto podia ser também um reflexo do seu horror a torturas. De
qualquer modo, sua postura humanista a faria ser uma pioneira das idéias de Laing e Cooper (antipsiquiatria),
Basaglia (psiquiatria democrática) e Jones (comunidade terapêutica).
No mesmo ano que entrou no Hospital Pedro II (antigo Centro Psiquiátrico Nacional), Nise colaborou com o
psiquiatra Fábio Sodré na introdução da TO naquela instituição. Em 1946, sabendo que Nise havia colaborado na
implantação da TO no HPII, o então do diretor deste hospital, Paulo Elejalle, entusiasta desta forma de
reabilitação psiquiátrica, pediu a ela para criar a Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR) do
Centro Psiquiátrico Pedro II, neste mesmo ano. Em 1954 o STOR foi regulamentado pelo próprio Paulo Elejalle
através de uma ordem de serviço, e oficializado em 9 de agosto de 1961 pelo decreto presidencial no 51.169.
2. Nise dirigiu o STOR desde a sua fundação, em 1946, até sua aposentadoria compulsória em 1974.
O STOR tinha alguns setores especializados, mas foi a criação do atelier de pintura que o tornaria famoso. Neste
empreendimento notável, Nise foi ajudada pelo estagiário Almir Mavignier, então com 21 anos e funcionário da
secretaria do HPII. Almir viria se tornar um dos primeiros pintores abstratos do Brasil e professor de pintura da
Escola Superior de Artes Plásticas de Hamburgo. Ele organizou a "Exposição de Arte Psicopatológica" no I
Congresso Internacional de Psiquiatria, em Paris, 1950, e ainda em 1957, a mostra "A Esquizofrenia em
Imagens", durante o II Congresso Internacional de Psiquiatria, em Zurique. A colaboração de Almir no STOR
duraria até 1951, quando então este se transferiu definitivamente para Ulm, Alemanha.
Em pouco tempo o atelier do STOR ganhou notoriedade e a produção dos pacientes tornou-se um material
impressionante sobre as imagens da psicose. Já em 1947, uma exposição sobre esta forma de arte foi
organizada pelo Ministério de Educação e Cultura, outra em 1949, no Museu de Arte Moderna de São Paulo
("nove Artistas de Engenho de Dentro"), com obras escolhidas pelo crítico francês Leon Degand, e ainda neste
mesmo ano outra exposição na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Para preservar e pesquisar o acervo
artístico dos psicóticos (que reúne cerca de 350 mil obras), Nise criaria o internacionalmente famoso Museu de
Imagens do Inconsciente em 1952, referência internacional e objeto de estudos e visitas, a para mante-lo foi
criada em 1974 a Sociedade dos Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente, celebrando um convênio com a
FINEP e a SEPLAN. Em 1975 dar-se-ia a ultima grande exposição deste acervo na Fundação Cultural do Distrito
Federal, Brasília, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, na Fundação Palácio das Artes, em Belo
Horizonte e na Universidade do Paraná.
Para Nise, a terapia ocupacional era uma psicoterapia não verbal, única e apropriada à reabilitação de psicóticos.
Ela ressaltava o alcance desta terapia para além das formas convencionais de psicoterapia (verbais), ao
constatar que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser feita inicialmente em nível não
verbal. A terapia ocupacional permitia a eles, segundo suas próprias palavras, "a expressão de vivências não
verbalizáveis que no psicótico estão fora do alcance das elaborações da razão e da palavra". Nise não aceitava
que os esquizofrênicos tivessem embotamento afetivo, pois, acreditava que a TO negava eloqüentemente esta
afirmação, pois, toda aquela produção artística seria uma demonstração cabal da preservação da afetividade
nestes doentes, embora guardadas em seu íntimo, como que protegida. Dentro desta perspectiva, o psicótico
não era apenas uma relação de sintomas positivos e negativos, era preciso proporcionar ao paciente um
ambiente onde ele pudesse encontrar o suporte afetivo que o ajudasse a retornar ao mundo externo. Temos aí o
fundamento da psiquiatria de Nise e percebe-se claramente seu pioneirismo no movimento da psiquiatria
antiasilar.
Nise introduziu ainda animais (gatos e cães) em seu serviço como forma de atrair a afetividade dos psicóticos
estabelecendo uma ponte com o mundo real. O cuidar dos animais tinha um efeito positivo e regulador nestes
pacientes, e esta relação com animais acompanhou-a por toda a vida. Ela nunca esclareceu totalmente a razão
de manter estes animais, como era típico seu, mas sabemos que isto era uma tentativa de extrair o afeto de
seus pacientes, ou pelo menos proporcionar um estímulo ambiental para que eles se mantivessem próximos da
superfície. Ela escreveu apenas um pequeno livro sobre sua experiência com gatos, seu animal preferido (v.
relação de suas obras).
Nise estudou a TO sob todos os pontos de vista da época (Kraepelin, Bleuler, Schneider, Simon, Freud, Jung)
justificando-a sob todos os ângulos, sem contudo subordinar-se intelectualmente a nenhuma destas escolas,
apesar de ter encontrado na psicologia profunda de Jung a base para explicar a produção artística dos psicóticos
no atelier de pintura do STOR, bem como a possível linguagem para entender o processo da psicose. Em 1955,
visando propagar as idéias de Jung entre nós e criar uma ponte entre o Museu de Imagens do Inconsciente e a
sociedade, criou o Grupo de Estudos C. G. Jung (que funciona ainda na Rua Marques de Abrantes no bairro do
Flamengo, Rio de Janeiro). Este grupo, que foi presidido por Nise até a sua morte, foi oficializado em 1968 e
mantinha uma publicação muito irregular chamada "Quaternio", até agora contando com poucos números
publicados. Em 1956 ela criou a Casa das Palmeiras, uma instituição externa para atendimentos dos padecentes
mentais sem internação ou restrição de liberdade. Aí se iniciou um projeto nos moldes em que Nise concebia a
psiquiatria, e que foi precursor do atual hospital-dia, lares abrigados e centros de convivência. A Casa das
Palmeiras foi reconhecida como de utilidade pública por decreto municipal em 1963.
O embasamento de sua experiência com a arte dos psicóticos, e a descoberta da Psicologia Junguiana como o
suporte teórico que necessitava para compreender toda aquela a linguagem do inconsciente manifestada
naquele acervo, fez Nise evoluir naturalmente da TO para a Psicologia Profunda e tornar-se a maior autoridade
em Psicologia Junguiana no Brasil. Contudo, afirmava sempre que seu conhecimento prático de psicologia
aprendera lendo Machado de Assis na biblioteca de seu pai, e seus conhecimentos do homem vieram das suas
leituras de Marx. Segundo Adriano Pires de Campos e Miriam Ejzenberg, que conviveram muito de perto com
ela, Nise também conhecia profundamente a obra de Freud, que lia tanto na edição inglesa quanto na
espanhola. Tamanho era o seu conhecimento da obra de Freud, que alguns psicanalistas freudianos que a
freqüentavam chamavam-na carinhosamente de "le petit Freud". De fato, Nise nunca deixou de considerar as
idéias de Freud em todas as suas reflexões, mas somente em Jung ela encontraria o respaldo para a arte dos
seus psicóticos.
3. O encontro de Nise com a psicologia Junguiana não foi obra do acaso. Ao iniciar a terapia ocupacional com
psicóticos no CPPII, usando a pintura, o desenho e a modelagem, logo ela percebeu algo singular: uma profusão
de figuras circulares ou "mandalas", e a recorrência de temas mitológicas e religiosas, e logo percebeu que
estava lidando com uma produção viva do inconsciente daqueles pacientes. Foi em Jung que ela encontrou
semelhante observações e um sistema teórico que procura interpretar estes achados.
Em 1954 travou contato com Jung através de cartas, onde discutia as mandalas de seus psicóticos. Desde então,
Jung impressionou-se com o material do Museu de Imagens do Inconsciente e aconselhou Nise a estudar
mitologia e religiões comparadas para encontrar a fonte ou arquétipos de tudo aquilo, que ele afirmava, como
ela já percebera lendo suas obras, ser a manifestação do inconsciente coletivo. Jung lhe enfatizara que o
inconsciente coletivo fala a linguagem dos mitos, que os mitos resumem toda experiência ancestral da
humanidade simbolizada em figuras que ele denominou "arquétipos", e que o inconsciente coletivo era o
depositário desta experiência e, portanto, das representações arquétipos.
Jung explicaria a Nise que as mandalas de seus pacientes era uma reação de compensação do inconsciente ao
caos que a psicose produzia na consciência, uma tentativa autógena de reunificação do ego cindido. Mostrou-lhe
também que a predisposição dos psicóticos para reproduzirem imagens iguais ou semelhantes era uma tentativa
de vencer a ruptura do ego, utilizando um material arcaico de situações já vividas pela humanidade e
condensadas nos motivos mitológicos (arquétipos), material este que eram usados como tentativas de solução
para o ego rompido. Confirmando, pois, para Nise que a linguagem das pinturas, modelagens e desenhos de
seus artistas psicóticos seria a dos arquétipos, e que isto era uma ponte para ela entender a psicose, a
Psicologia Junguiana marcou definitivamente a vida da eminente psiquiatra brasileira.
O primeiro encontro entre Nise e Jung se deu em 1957, no II Congresso Internacional de Psiquiatria, em
Zurique. Jung inaugurou a exposição "Esquizofrenia em Imagens", do Museu de Imagens do Inconsciente, na
presença da Nise que fora para a Suíça com bolsa do CNPq. Esta mostra causou uma enorme sensação e foi o
reconhecimento mundial definitivo das idéias e do trabalho de Nise da Silveira. Nise completou sua supervisão
em psicanálise Junguiana com Marie Louise von Franz, a assistente de Jung, viajando para Zurique algumas
vezes e também mediante troca de cartas com Franz, resultando uma estreita e profícua amizade entre essas
duas grandes mulheres.
Esta carreira empreendedora foi à marca de Nise da Silveira, aliadas à paixão, tenacidade e espírito de aventura,
que a fizera resistir e manter-se em todas as adversidades e lutas profissionais que enfrentaria ao longo de seus
94 anos de vida. Nise era indômita, seguia suas próprias idéias e tinha seus próprios projetos. Isto já se
configurava na garota de 16 anos que, contrariando o desejo e expectativas de sua mãe em torna-la pianista
como ela, resolveu estudar medicina, veio para o Rio de Janeiro, e daí ganhou o mundo e marcou a psiquiatria
brasileira. Uma figura singular.
Produção literária:
Detentora de numerosos títulos, comenda e medalhas de mérito, Nise teve amplo reconhecimento em vida de
sua obra e contribuição para a psiquiatria. Publicou alguns artigos em jornais e revistas populares, e seus artigos
acadêmicos são poucos, todos em língua portuguesa e em revistas nacionais. Destes, destaco os que foram
publicados na Revista de Medicina, Cirurgia e Farmácia (Rio de Janeiro) como os mais importantes, em minha
opinião,
* Estado mental dos afásicos. Set. 1944.
* Considerações teóricas sobre ocupação terapêutica. Jun. 1952.
* Contribuição aos estudos dos efeitos da leucotomia sobre a atividade criadora. Jan. 1955.
Assim como sua resenha sobre sua experiência com TO no Hospital Pedro II:
* 20 anos de Terapêutica Ocupacional em Engenho de Dentro (1946-1966). Revista Brasileira de Saúde Mental,
v. 12 (número especial), 1966.
Nise publicou 10 livros, abaixo relacionados:
* Ensaio sobre a criminalidade da mulher no Brasil. Tese de doutoramento, Faculdade de Medicina da Bahia,
Imprensa Oficial do Estado, Salvador, 1926.
* Jung: Vida e Obra. Este excelente livro introdutório ao pensamento Junguiano teve muitas edições,
sucessivamente pela José Álvaro Ed. (Rio de Janeiro, 1968) e Paz e Terra (Rio de Janeiro, 1975, 1976, 1985,
1999), com várias tiragens em cada edição.
* Terapêutica Ocupacional: Teoria e Prática. Casa das Palmeiras, Rio d Janeiro, 1979.
* Imagens do Inconsciente. Alhambra, Rio de Janeiro, 1981.
* Casa das Palmeiras. A emoção de lidar. Uma experiência em psiquiatria. Alhambra, Rio de Janeiro, 1986.
* O Museu de Imagens do Inconsciente – História. In: Museu de Imagens do Inconsciente, MEC, Rio de Janeiro,
pp. 13-29, 1980.
* Artaud: a nostalgia do mais. Numen Ed., Rio de Janeiro, 1989, juntamente com outros autores: Rubens
4. Corrêa, Marco Lucchesi e Milton Freire.
* O mundo das imagens. Ed. Ática, São Paulo, 1992.
* Cartas a Spinoza. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1995.
* Gatos, a emoção de lidar. Léo Christiano Editorial, Rio de Janeiro, 1998.
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