2. 1º SEGMENTO
ALFABETIZAÇÃO e PÓS –
ALFABETIZAÇÃO
Eixo – Cultura, Cidadania e Meio Ambiente
Subeixo – Cultura e Cidadania
Tema – A construção da identidade cidadã a
partir do estudo da formação étnica.
3.
4. • Justificativa:
• Contribuir para a construção da identidade e
da cidadania do aluno a partir do estudo da
sua formação étnica.
5. • Objetivos:
• Conhecer as origens da formação étnica do povo brasileiro
em geral.
• Perceber-se como sujeito de direitos em sua sociedade, como
dono e membro.
• Reconhecer a importância de seu papel social no mundo, na
comunidade da qual faz parte e no manejo da sua vida.
• Desenvolver valores sociais, morais e espirituais.
• Reconhecer a distinção entre conhecimento científico
e senso comum.
• Compreender que os saberes e valores passados de geração
em geração pela Cultura Afrodescendente são o
amálgama da formação do povo brasileiro.
6. • Metodologia:
• Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa.
Com releituras multimodais, trabalhando
sempre em grupos, através de variadas
expressões artísticas, como a música,
literatura e artes visuais.
7. Em Vygotsky: A construção social do ser.
Em Paulo Freire: Filosofia freiriana - a
educação tem que provocar mudanças.
Ação: Conhecer, reconhecer , otimizar o
potencial do aluno, e investir no seu capital
social.
15. Guri
Das roupas velhas do pai queria que a mãe fizesse
Uma mala de garupa e uma bombacha e me desse
Queria boinas e alpargatas e um cachorro companheiro
Pra me ajudar a botar as vacas no meu petiço sogueiro
Hei de ter uma tabuada e o meu livro "Queres Ler"
Vou aprender a fazer contas e algum bilhete escrever
Pra que a filha do seu Bento saiba que ela é meu bem
querer
E se não for por escrito eu não me animo a dizer
Quero gaita de oito baixos pra ver o ronco que sai
Botas feitio do Alegrete e esporas do Ibirocai
Lenço vermelho e guaiaca compradas lá no Uruguai
Pra que digam quando eu passe saiu igualzito ao pai
E se Deus não achar muito tanta coisa que eu pedi
Não deixe que eu me separe deste rancho onde nasci
Nem me desperte tão cedo do meu sonho de guri
E de lambuja permita que eu nunca saia daqui
16. Negro da Gaita
Mata o silêncio dos mates, a cordeona voz trocada
E a mão campeira do negro, passeando aveludada
Nos botões chora segredos, que ele juntou pela estrada
(Quando o negro abre essa gaita
Abre o livro da sua vida
Marcado de poeira e pampa
Em cada nota sentida)
Quando o pai que foi gaiteiro, desta vida se ausentou
O negro piá solitário, tal como pedra rolou
E se fez homem proseando, com a gaita que o pai deixou
E a gaita se fez baú para causos e canções
Do negro que passa a vida, mastigando solidões
E vai semeando recuerdos, por estradas e galpões
17. Negro de 35
A negritude trazia a marca da escravidão
Quem tinha a pele polianga vivia na escuridão
Desgarrado e acorrentado, sem ter direito a razão
Castrado de seus direitos não tinha casta nem grei
Nos idos de trinta e cinco, quando o caudilho era o rei
E o branco determinava, fazia e ditava a lei
Apesar de racional, vivia o negro na encerra
E adagas furavam palas, ensanguentando esta terra
Da solidão das senzalas tiraram o negro pra guerra
(Peleia, negro, peleia pela tua independência
Semeia, negro, semeia teus direitos na querência)
18. Deixar o trabalho escravo, seguir destino campeiro
As promessas de igualdade aos filhos no cativeiro
E buscando liberdade o negro se fez guerreiro
O tempo nas suas andanças viajou nas asas do vento
Fez-se a paz, voltou a confiança, renovaram pensamentos
A razão venceu a lança e apagou ressentimentos
Veio a lei Afonso Arinos cultivando outras verdades
Trouxe a semente do amor para uma safra de igualdade
Porque o amor não tem cor, sem cor é a fraternidade
(Peleia, negro, peleia com as armas da inteligência
Semeia, negro, semeia teus direitos na querência)
19. Leis de defesa contra a prática de
discriminação racial
Lei do Ventre Livre - 1871
Lei dos Sexagenários - 1885
Lei Áurea - 1888
Lei Afonso Arinos - 1951
Lei Caó - 1985
Constituição Federal – 1988
Lei 7.716 – 1989
Estatuto da Igualdade Racial - 2010