O documento discute a importância de equilibrar o "cronos", o tempo medido da rotina, e o "cairós", o tempo vivido e valorizado, na gestão escolar. O gestor deve encontrar sentido em todas as atividades para que os funcionários deem valor ao seu trabalho e cumpram prazos. Isso transforma o tempo burocrático em tempo de aprendizagem significativa.
Comunicadores.info | Blog do mês da Revista WebdesignHaendel Dantas
Tive uma grande surpresa ontem à noite quando meu amigo Eriko avisou que o Comunicadores foi escolhido “Blog do Mês” da edição 70 (Out/09) da Revista Webdesign, o principal veículo de comunicação sobre o design para web no país.
http://comunicadores.info/2009/10/21/comunicadores-na-revista-webdesign/
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Tive uma grande surpresa ontem à noite quando meu amigo Eriko avisou que o Comunicadores foi escolhido “Blog do Mês” da edição 70 (Out/09) da Revista Webdesign, o principal veículo de comunicação sobre o design para web no país.
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Caminhos e Descaminhos no Ensino e Aprendizagem do Conceito de DivisãoEveraldo Gomes
O presente trabalho tem por objetivo relatar uma experiência vivenciada em uma turma
de sétimo ano de uma escola municipal da cidade de Lavras – MG. Nessa experiência
nós do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da área de
Matemática da Universidade Federal de Lavras tivemos a oportunidade de trabalhar
com o conceito de divisão de uma forma que entendesse que a construção do
conhecimento não é linear e que as ações do professor devem proporcionar aos alunos
meios onde se organize as informações e aprenda significativamente. A atividade
denominada “Dividindo Guloseimas” foi elaborada por nós com o intuito de se
trabalhar com divisões discretas e contínuas e observar como os estudantes lidavam
com os restos dessas divisões. Assim, pudemos com essa iniciativa encontrar caminhos
para ensinar e aprender o conceito de divisão e alguns descaminhos que também
contribuíram para a formação do grupo que conta com estudantes de graduação,
professores da educação básica e professores da universidade.
Como Ter Mais Tempo Para Você e Sua FamíliaRicardo Novais
Milhões de papais e mamães sofrem pela falta de tempo para família. Segundo pesquisa divulgada pela Cathos 58,3% das mamães e papais entrevistados sentem falta de estar presentes em momentos importantes da vida do filho(a) e de participar mais efetivamente de sua educação.
Na nossa luta diária acabamos nos distanciando de coisas que nos fazem bem, seja um hobbie, tempo para família, viagens, amizades. Há quem seja muito organizado com o tempo e sofra mesmo assim, porque não se trata apenas de fazer tudo caber em 24 horas, trata-se da qualidade dos momentos que vivemos nesse período.
Mas afinal? Como usar o tempo a seu favor e da sua família?
Reflexões : O ato de registrar e Aprender com a prática PedagógicaLuluroque
O presente trabalho é um estudo bibliográfico que tem por objetivo refletir sobre o registro pedagógico no contexto escolar, caracterizando a amplitude de sua importância para a melhoria da prática docente.
1. Núcleo Básico – Módulo 3
Na escola, tudo tem seu tempo
Refletir sobre a atividade dos gestores
Na escola, tudo tem seu tempo
Rotina e prazer são necessários no dia a dia. O papel do gestor é levar a equipe a equilibrar os
dois polos para conseguir ensinar melhor
O que é tempo? Uma pergunta como essa, tão filosófica, à primeira vista parece ter
pouco a ver com o mote desta coluna – refletir sobre a atividade dos gestores
escolares. Pretendo mostrar que o tempo é, sim, um componente fundamental no dia a
dia desses profissionais. Não apenas no que diz respeito à sua administração, mas
também em relação à sua vivência.
Peço ajuda aos gregos da Antiguidade para explicar melhor. Eles distinguiam dois tipos
de tempo: o cronos e o cairós. O primeiro é o tempo efetivamente medido, aquele do
relógio e da rotina. O segundo é o tempo vivido, que, diferentemente do cronos, não se
mede pelo tamanho, mas pela intensidade. É como se os ponteiros de hora, minuto e
segundo parassem e mergulhássemos num túnel fora da Terra. Quando entramos nas
portas infinitas do tempo cairós, o cronos fica sem importância. Como num reencontro
de dia inteiro com amigos queridos, que há muito não víamos, podemos dizer: “Nem
percebi que passou o tempo e já está na hora de ir para casa...”. Sinal de que a
atividade realmente foi boa e pudemos nos entregar ao cairós vivido, valorizado,
partilhado.
A escola está impregnada de cairós. As vivências afetivas são as mais lembradas de
nossa infância. Certamente muitas delas se passaram nos recreios, em um diálogo
esclarecedor com um professor que ajuda a aprender o conteúdo, nos trabalhos em
grupo, numa instigante experimentação científica ou na exposição dos trabalhos. Os
alunos também experimentam esse tempo quando ficam olhando para o infinito, como
que distraídos, com o rosto entre as mãos, sonhando com a princesa ou o príncipe dos
seus sonhos – ou imaginando uma viagem ao mundo medieval, às geleiras dos Andes
ou ao deserto de Kalahari. Com os professores, não é diferente. Vem à cabeça a
imagem de uma docente que me procurou para mostrar uma prova de Matemática que
ela havia elaborado, dizendo: “Veja, Fernando, que lindo problema inventei para os
alunos!”. Ela, sem dúvida, estava vivendo o tempo cairós.
Não se pode esquecer, porém, que o cotidiano escolar está repleto de cronos, o tempo
que nos acompanha e nos enquadra, dando o sentido das tarefas, pondo-lhes metas e
balizando a organização coletiva. O cronos é frequentemente confundido com a
burocracia – e não há nada de mau nisso. Explico o porquê. Por exemplo, a
pontualidade no pagamento do salário é uma burocracia (já imaginou receber apenas
quando o patrão quisesse?). Mas é uma burocracia boa, assim como a dos prazos
cumpridos, a dos relatórios entregues e a das notas na secretaria no dia combinado.
Fazer esses dois tempos conversar entre si não é fácil. Rotinas atropeladoras, excesso
de demanda, mistura de urgências com condução do dia a dia... O conflito entre as
atividades “burocráticas” e as “nobres e pedagogicamente ricas” é uma contradição que
o gestor enfrenta diariamente. No limite, se faço só o prazeroso, abandono as
exigências burocráticas pelas quais serei cobrado. De outro lado, se não faço nada de
que gosto, meu trabalho fica sem sentido.
2. Núcleo Básico – Módulo 3
Na escola, tudo tem seu tempo
Sabemos que as duas atividades são importantes para nossa saúde mental e
profissional. Como administrar o tempo do gestor e da escola para responder a tantos
problemas? Como fazer o equilíbrio entre eles? A segunda edição da revista Nova
Escola Gestão Escolar mergulha fundo nessa difícil questão. Uma das reportagens
discute como o diretor pode organizar melhor seu tempo de trabalho, ensinando a
contemplar as tarefas planejadas e as rotineiras para evitar que o dia a dia seja
dedicado somente a apagar incêndios.
O bom administrador do tempo é aquele que consegue extrair dos mais corriqueiros
atos do cotidiano as maravilhas do cairós sem descuidar do cronos, estabelecendo
claramente os responsáveis pelas tarefas, expondo datas de entregas e cobrando o
cumprimento dos prazos ligados ao bem comum. Uma prática muito importante é
buscar, juntamente com a equipe, o sentido de todas as atividades da escola. Todos
conhecemos a afirmação de que as pessoas ocupadas são as que têm mais tempo. E
também seu reverso: “Quem não tem nada a fazer não tem tempo para nada”. Ou seja,
achar tempo para as coisas está ligado a uma disponibilidade interior. Se dou valor e
importância a uma atividade, então acho tempo para ela. Se a julgo desimportante, seu
tempo some.
Na prática, isso significa que os faxineiros debaterão com o gestor qual o significado da
limpeza na organização dos espaços. Isso fará com que, ao se verem reconhecidos,
deem mais valor à sua atuação e ao cumprimento dos horários de suas tarefas. Já os
professores, refletirão com a direção sobre os duros e promissores caminhos que
trilharam com suas classes durante todo o ano.
O próprio gestor precisa examinar seu fazer, buscando nas ações corriqueiras – como
ler o Diário Oficial, prestar contas dos recursos financeiros (por exemplo, do Dinheiro
Direto na Escola), verificar os rendimentos escolares dos alunos, cuidar da manutenção
e de seus prazos de validade – uma rica forma de trabalhar com o tempo individual e
com o tempo coletivo. Trata-se, portanto, de enxergar na burocracia de cumprir
calendários uma forma de tornar a escola de aprender em uma escola de aprender
Ciências, Geografia, leitura e Geometria. Tudo para saber viver a melhor dimensão dos
tempos da vida: a felicidade de conviver.
Ao proceder dessa forma, o gestor constrói um percurso que visa transformar o tempo
burocrático em tempo vivido e valorizado. O exercício de planejamento e a rotina,
assim, passam de mera prestação de contas a análise dos significados do ato de
educar. Cronos transformado em cairós.
Fernando José de Almeida
É filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, SP e vice-
presidente da TV Cultura – Fundação Padre Anchieta.
Fonte: ALMEIDA, F. J. de. “Na escola, tudo tem seu tempo”. In: revista Nova escola.
São Paulo: ano XXIV, n. 223, p. 112-113, jun/jul. 2009.