Em todo o mundo, 2,6 milhões de bebês morrem anualmente antes do primeiro mês de vida. Um milhão morre já no primeiro dia de existência. Outros 2,6 milhões são natimortos. Os dados são do Unicef.
Mais assustador do que essas estatísticas é saber que, de acordo com esse organismo internacional, cerca de 80% dessas mortes poderiam ter sido evitadas com cuidados básicos!
Trata-se de uma triste realidade, presente, sobretudo, em regiões mais pobres, desprovidas de recursos e onde as autoridades não conseguiram implementar ações estratégicas capazes de assegurar aos pacientes e seus familiares a saúde e o bem-estar de que precisam.
Ressalte-se que recém-nascidos de famílias mais pobres têm 40% mais chances de morrer do que os nascidos em famílias com melhor renda.
No Brasil, apesar dos sucessivos anúncios de avanços na área econômica, esses dramas acontecem todos os dias, nas grandes e pequenas cidades, o que mostra a distância que ainda precisa ser percorrida para podermos alcançar o patamar mínimo de desenvolvimento social.
Para se ter uma ideia do tamanho do desafio, dentre 184 nações analisadas pelo Unicef, o Brasil figura como a 108º pior para recém-nascidos, com média de 9,9 mortes neonatais para cada 1 mil nascidos vivos.
...
Esperamos que os gestores se debrucem sobre esta importante questão, promovendo a melhoria da infraestrutura dos hospitais e maternidades e estimulando a capacitação adequada de toda a equipe que cuida do binômio mãe-filho.
Tudo em defesa do nascimento seguro. Afinal, juntos, fazemos uma Pediatria melhor e mais forte no País, mostrando que o pediatra cuida diuturnamente do nosso futuro!
Forte abraço,
Luciana Rodrigues Silva
Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP
1) O documento apresenta informações sobre a situação da saúde do recém-nascido no Brasil, abordando os desafios relacionados à mortalidade infantil e neonatal no país.
2) A mortalidade neonatal concentra-se principalmente na primeira semana de vida, especialmente no primeiro dia, sendo responsável por cerca de 70% das mortes no primeiro ano de vida.
3) O guia destaca a importância dos cuidados com a saúde do recém-nascido, desde a gestação até o período neonatal, para a promoção da saúde ao longo da
O documento discute iniciativas para promover o parto seguro no Brasil, como o Pacto Nacional pela Redução das Taxas de Cesárea, o Programa de Humanização no Parto e Nascimento, e a Rede Cegonha. Ele também aborda desafios como a medicalização excessiva do parto e a importância da qualidade do cuidado, segurança do paciente e centralidade da mulher no processo de parto.
Este documento fornece orientações sobre a atenção à saúde da criança de 0 a 12 anos. Apresenta recomendações sobre a chegada da criança na família, visitas domiciliares, consultas médicas, exames complementares, imunizações, triagem auditiva neonatal, avaliação do crescimento e desenvolvimento, alimentação saudável, suplementação alimentar, saúde bucal e prevenção de lesões. Inclui também informações sobre aleitamento materno, alimentação em diferentes faixas etárias e prevenção da
Este documento discute a saúde da criança no âmbito da Estratégia Saúde da Família, abordando programas e políticas de saúde infantil no Brasil e no mundo, o papel da equipe de saúde da família no planejamento de ações voltadas para a saúde da criança, e a relação da criança com a família e o meio ambiente. Além disso, apresenta conceitos sobre crescimento e desenvolvimento infantil e ações específicas da enfermagem no cuidado à saúde da cri
Este documento apresenta diretrizes para a atenção à saúde da criança no estado de Minas Gerais. Ele discute o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, a abordagem do recém-nascido, o aleitamento materno e a vacinação. Também aborda o atendimento à criança vítima de violência doméstica e as principais patologias da infância como desnutrição, diarreia e tuberculose. Por fim, discute a organização da assistência e do sistema de informação para apoiar a rede inte
Este documento é o manual técnico da terceira edição do Ministério da Saúde sobre a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido pelo Método Canguru. O manual fornece diretrizes atualizadas sobre cuidados perinatais holísticos que incluem aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais da gestação, parto e cuidados com recém-nascidos pré-termo e de baixo peso.
A Transferência do Cuidado está inserida no contexto das redes de atenção e está baseada na articulação e parceria entre as Unidades de Atenção Primária e as de Atenção Especializada, visando contribuir com o fortalecimento do cuidado integral.
Material de 31 de julho de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Não é possível produzir qualidade sem mensurar de diversas formas o que está sendo produzido. A busca pela qualidade é permanente e deve ser entendida como um ciclo contínuo de planejamento, incorporação do planejado, monitoramento e nova análise dos resultados.
Material de 19 de julho de 2019. Atualizado em 23/07/2019.
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
1) O documento apresenta informações sobre a situação da saúde do recém-nascido no Brasil, abordando os desafios relacionados à mortalidade infantil e neonatal no país.
2) A mortalidade neonatal concentra-se principalmente na primeira semana de vida, especialmente no primeiro dia, sendo responsável por cerca de 70% das mortes no primeiro ano de vida.
3) O guia destaca a importância dos cuidados com a saúde do recém-nascido, desde a gestação até o período neonatal, para a promoção da saúde ao longo da
O documento discute iniciativas para promover o parto seguro no Brasil, como o Pacto Nacional pela Redução das Taxas de Cesárea, o Programa de Humanização no Parto e Nascimento, e a Rede Cegonha. Ele também aborda desafios como a medicalização excessiva do parto e a importância da qualidade do cuidado, segurança do paciente e centralidade da mulher no processo de parto.
Este documento fornece orientações sobre a atenção à saúde da criança de 0 a 12 anos. Apresenta recomendações sobre a chegada da criança na família, visitas domiciliares, consultas médicas, exames complementares, imunizações, triagem auditiva neonatal, avaliação do crescimento e desenvolvimento, alimentação saudável, suplementação alimentar, saúde bucal e prevenção de lesões. Inclui também informações sobre aleitamento materno, alimentação em diferentes faixas etárias e prevenção da
Este documento discute a saúde da criança no âmbito da Estratégia Saúde da Família, abordando programas e políticas de saúde infantil no Brasil e no mundo, o papel da equipe de saúde da família no planejamento de ações voltadas para a saúde da criança, e a relação da criança com a família e o meio ambiente. Além disso, apresenta conceitos sobre crescimento e desenvolvimento infantil e ações específicas da enfermagem no cuidado à saúde da cri
Este documento apresenta diretrizes para a atenção à saúde da criança no estado de Minas Gerais. Ele discute o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, a abordagem do recém-nascido, o aleitamento materno e a vacinação. Também aborda o atendimento à criança vítima de violência doméstica e as principais patologias da infância como desnutrição, diarreia e tuberculose. Por fim, discute a organização da assistência e do sistema de informação para apoiar a rede inte
Este documento é o manual técnico da terceira edição do Ministério da Saúde sobre a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido pelo Método Canguru. O manual fornece diretrizes atualizadas sobre cuidados perinatais holísticos que incluem aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais da gestação, parto e cuidados com recém-nascidos pré-termo e de baixo peso.
A Transferência do Cuidado está inserida no contexto das redes de atenção e está baseada na articulação e parceria entre as Unidades de Atenção Primária e as de Atenção Especializada, visando contribuir com o fortalecimento do cuidado integral.
Material de 31 de julho de 2020
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Não é possível produzir qualidade sem mensurar de diversas formas o que está sendo produzido. A busca pela qualidade é permanente e deve ser entendida como um ciclo contínuo de planejamento, incorporação do planejado, monitoramento e nova análise dos resultados.
Material de 19 de julho de 2019. Atualizado em 23/07/2019.
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Eixo: Atenção às Mulheres
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1) O documento discute intervenções não farmacológicas para aliviar a dor em crianças durante a vacinação, com foco na amamentação.
2) Foi realizado um estudo qualitativo com enfermeiros para identificar estratégias de alívio da dor utilizadas e se a amamentação é usada.
3) Os resultados mostraram que várias estratégias são usadas, mas a amamentação geralmente não, com necessidade de mais treinamento sobre seus benefícios.
1. A nota técnica recomenda que a amamentação seja incentivada durante a vacinação de crianças, pois reduz a dor e o estresse de forma eficaz.
2. Estudos mostram que a amamentação antes e durante a vacina reduz as respostas comportamentais e os escores de dor em comparação com outras intervenções.
3. A ativação cortical generalizada durante a amamentação pode oprimir a percepção da dor, diferentemente da administração de glicose.
O documento discute a importância de um calendário de consultas para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças na Atenção Primária. Ele recomenda sete consultas no primeiro ano, duas no segundo ano e uma no terceiro ano, além de consultas anuais após os três anos. Também enfatiza a necessidade de registro das consultas na Caderneta de Saúde da Criança e de educar as famílias sobre o calendário.
O documento discute a segurança do paciente em pediatria, apresentando: 1) os objetivos de conceituar segurança do paciente e discutir o cuidado centrado no paciente; 2) a relevância do tema para a pediatria, onde erros ainda afetam 1/3 das crianças hospitalizadas; 3) as 6 metas de segurança do paciente estabelecidas pela OMS.
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. IIIbibliotecasaude
1) O documento apresenta normas e diretrizes para a assistência ao pré-natal, parto e puerpério de adolescentes, abordando a organização dos serviços de saúde, equipe multidisciplinar, registro de informações e fluxo de referência e contra-referência.
2) Inclui também orientações sobre a realização das consultas médicas, enfatizando a importância de um atendimento humanizado e não-julgamento da adolescente grávida.
3) Detalha os equipamentos, insumos e exames laboratoriais necessários para a
1. A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde para garantir saúde, qualidade de vida e bem-estar para mulheres e recém-nascidos durante a gravidez, parto, pós-parto e nos primeiros anos de vida da criança.
2. A estratégia busca implementar um novo modelo de atenção ao parto e nascimento centrado nas necessidades da mulher, reduzir a mortalidade materna e infantil, e garantir os direitos reprodutivos.
3. Os principais componentes são pré
Acolhimento com classificacao de riscoKátia Amaral
1. O documento descreve o acolhimento com classificação de risco em obstetrícia como uma estratégia para garantir o acesso e priorização no atendimento de gestantes e puérperas.
2. A classificação de risco é feita em 5 grupos (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) de acordo com o grau de urgência das queixas apresentadas.
3. O documento fornece detalhes sobre a implementação do acolhimento com classificação de risco em uma maternidade pública,
Apresentação realizada na mesa 'Panorama da Política da Saúde da Criança e Adolescente' do Seminário A Política na Saúde São Paulo Carinhosa, promovido em fevereiro de 2014 em São Paulo. Por Athenê Maria de Marco França Mauro, representante da Secretaria Municipal de Saúde no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA)
O documento discute a atenção à saúde da mulher no Brasil, abordando: 1) a elevada mortalidade infantil e materna devido a causas evitáveis; 2) a intensa medicalização dos partos, com altas taxas de cesáreas desnecessárias; 3) a necessidade de promover partos normais e humanizados com foco na saúde da mulher e da criança.
O documento descreve a experiência de criar uma Linha de Cuidado do Aleitamento Materno em Caçapava do Sul no Rio Grande do Sul. A linha de cuidado envolveu a organização de um espaço de educação permanente inspirado no método de Paulo Freire, uma dinâmica sobre comunicação efetiva em equipe e a construção de um fluxograma para guiar a jornada da gestante e puérpera na rede de saúde. O objetivo final foi estabelecer um flux
Este documento apresenta as bases para a discussão da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno no Brasil. Ele descreve os benefícios da amamentação, as ações já realizadas no país, a situação atual da amamentação e propõe pressupostos, diretrizes, objetivos, componentes e responsabilidades institucionais para a formulação da política, visando garantir o direito à amamentação exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos ou mais.
Trabalho Conclusão de Curso Enfermagem UNIP/Assis 2012elisabuzzo
O documento descreve uma pesquisa sobre a avaliação do conhecimento de enfermeiros no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. A pesquisa foi realizada com 11 enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde de Assis-SP por meio de questionários. Os resultados demonstraram que os enfermeiros sabem da importância do acompanhamento infantil e realizam esse procedimento, porém apresentaram divergências no conhecimento sobre desenvolvimento psicomotor da criança e falta de capacitação especializada na área.
A parceria entre famílias e profissionais de saúde é essencial para garantir um atendimento de qualidade na saúde da criança.
Material de 08 de janeiro de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Aula Fundamentos em Saúde da Criança UFMG para turmas Fisioterapia/ Fonoaudio...Leonardo Savassi
O documento discute os fundamentos da saúde da criança no Brasil, incluindo a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), seus princípios norteadores como universalidade e equidade, e a atenção à saúde da criança na Estratégia Saúde da Família.
O documento discute as políticas de saúde da criança no Brasil, incluindo os princípios norteadores como acesso universal, acolhimento e responsabilização, assim como as linhas de cuidado como a atenção à gestante, recém-nascido, aleitamento materno, crescimento e desenvolvimento, imunização e doenças prevalentes.
A interface entre a vigilância do óbito infantil, fetal e materno se faz necessária, na medida em que os problemas relacionados a estes óbitos são semelhantes e as ações de prevenção podem beneficiar a mulher e a criança.
Ainda, é importante destacar a repercussão de um óbito materno sobre a vida da criança que sobrevive.
Material de 15 de julho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute o cuidado de crianças com condições crônicas complexas de saúde. Ele aborda (1) o crescimento dessas condições e os desafios associados ao seu cuidado, (2) a definição de condições crônicas complexas, e (3) os objetivos do cuidado dessas crianças, incluindo compreender suas necessidades, organizar informações relevantes, e promover o protagonismo familiar no cuidado.
O documento descreve a coleção Primeiríssima Infância da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que inclui materiais sobre o desenvolvimento integral da criança de zero a três anos. O objetivo é qualificar o atendimento à criança pequena e favorecer ações integradas entre educação, saúde e assistência social. A oficina descrita no documento visa capacitar profissionais sobre cuidados em pré-natal, puerpério e amamentação.
A prematuridade é uma síndrome complexa, com múltiplos fatores etiológicos, e está associada a um amplo espectro de condições clínicas que define a sobrevida e o padrão de crescimento e desenvolvimento, nos diferentes sub grupos de risco. O nascimento pre termo não é uma entidade única, mas o desfecho final de múltiplos determinantes. O processo que resulta no nascimento de um prematuro inicia-se na gestação,em um curso contínuo, a partir de condições de risco pré-concepcionais e da gestação, compossíveis repercussões durante toda a vida da criança.
Parabéns ao Departamento de Neonatologia da SBP por esse documento no dia de hoje: 17 de novembro - Dia Internacional do Prematuro.
Este manual fornece diretrizes sobre a organização da assistência neonatal em diferentes níveis de complexidade e sobre os procedimentos básicos de atendimento ao recém-nascido, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil no Brasil. O documento discute a classificação de risco dos recém-nascidos, a importância da regionalização dos serviços e do transporte entre unidades de diferentes níveis, e fornece orientações sobre reanimação, icterícia, distúrbios respiratórios e metabólicos, infecções, convulsões
Este manual fornece diretrizes sobre a organização da assistência neonatal em diferentes níveis de complexidade e sobre os procedimentos básicos de atendimento ao recém-nascido, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil no Brasil. O documento descreve a classificação de risco dos recém-nascidos, procedimentos de reanimação, cuidados com icterícia, distúrbios respiratórios e metabólicos, infecções e outras condições neonatais, além de orientações sobre registros perinatais e transporte de
O documento discute a enfermagem pediátrica, definindo o enfermeiro pediatra como aquele que cuida de crianças e suas famílias em diferentes ambientes de saúde. Apresenta as competências centrais do enfermeiro pediatra, incluindo o papel da enfermagem, crescimento e desenvolvimento da criança e cuidado centrado na família. Também aborda o papel do técnico de enfermagem em apoiar os cuidados primários, secundários e terciários das crianças.
1) O documento discute intervenções não farmacológicas para aliviar a dor em crianças durante a vacinação, com foco na amamentação.
2) Foi realizado um estudo qualitativo com enfermeiros para identificar estratégias de alívio da dor utilizadas e se a amamentação é usada.
3) Os resultados mostraram que várias estratégias são usadas, mas a amamentação geralmente não, com necessidade de mais treinamento sobre seus benefícios.
1. A nota técnica recomenda que a amamentação seja incentivada durante a vacinação de crianças, pois reduz a dor e o estresse de forma eficaz.
2. Estudos mostram que a amamentação antes e durante a vacina reduz as respostas comportamentais e os escores de dor em comparação com outras intervenções.
3. A ativação cortical generalizada durante a amamentação pode oprimir a percepção da dor, diferentemente da administração de glicose.
O documento discute a importância de um calendário de consultas para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças na Atenção Primária. Ele recomenda sete consultas no primeiro ano, duas no segundo ano e uma no terceiro ano, além de consultas anuais após os três anos. Também enfatiza a necessidade de registro das consultas na Caderneta de Saúde da Criança e de educar as famílias sobre o calendário.
O documento discute a segurança do paciente em pediatria, apresentando: 1) os objetivos de conceituar segurança do paciente e discutir o cuidado centrado no paciente; 2) a relevância do tema para a pediatria, onde erros ainda afetam 1/3 das crianças hospitalizadas; 3) as 6 metas de segurança do paciente estabelecidas pela OMS.
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. IIIbibliotecasaude
1) O documento apresenta normas e diretrizes para a assistência ao pré-natal, parto e puerpério de adolescentes, abordando a organização dos serviços de saúde, equipe multidisciplinar, registro de informações e fluxo de referência e contra-referência.
2) Inclui também orientações sobre a realização das consultas médicas, enfatizando a importância de um atendimento humanizado e não-julgamento da adolescente grávida.
3) Detalha os equipamentos, insumos e exames laboratoriais necessários para a
1. A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde para garantir saúde, qualidade de vida e bem-estar para mulheres e recém-nascidos durante a gravidez, parto, pós-parto e nos primeiros anos de vida da criança.
2. A estratégia busca implementar um novo modelo de atenção ao parto e nascimento centrado nas necessidades da mulher, reduzir a mortalidade materna e infantil, e garantir os direitos reprodutivos.
3. Os principais componentes são pré
Acolhimento com classificacao de riscoKátia Amaral
1. O documento descreve o acolhimento com classificação de risco em obstetrícia como uma estratégia para garantir o acesso e priorização no atendimento de gestantes e puérperas.
2. A classificação de risco é feita em 5 grupos (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) de acordo com o grau de urgência das queixas apresentadas.
3. O documento fornece detalhes sobre a implementação do acolhimento com classificação de risco em uma maternidade pública,
Apresentação realizada na mesa 'Panorama da Política da Saúde da Criança e Adolescente' do Seminário A Política na Saúde São Paulo Carinhosa, promovido em fevereiro de 2014 em São Paulo. Por Athenê Maria de Marco França Mauro, representante da Secretaria Municipal de Saúde no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA)
O documento discute a atenção à saúde da mulher no Brasil, abordando: 1) a elevada mortalidade infantil e materna devido a causas evitáveis; 2) a intensa medicalização dos partos, com altas taxas de cesáreas desnecessárias; 3) a necessidade de promover partos normais e humanizados com foco na saúde da mulher e da criança.
O documento descreve a experiência de criar uma Linha de Cuidado do Aleitamento Materno em Caçapava do Sul no Rio Grande do Sul. A linha de cuidado envolveu a organização de um espaço de educação permanente inspirado no método de Paulo Freire, uma dinâmica sobre comunicação efetiva em equipe e a construção de um fluxograma para guiar a jornada da gestante e puérpera na rede de saúde. O objetivo final foi estabelecer um flux
Este documento apresenta as bases para a discussão da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno no Brasil. Ele descreve os benefícios da amamentação, as ações já realizadas no país, a situação atual da amamentação e propõe pressupostos, diretrizes, objetivos, componentes e responsabilidades institucionais para a formulação da política, visando garantir o direito à amamentação exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos ou mais.
Trabalho Conclusão de Curso Enfermagem UNIP/Assis 2012elisabuzzo
O documento descreve uma pesquisa sobre a avaliação do conhecimento de enfermeiros no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. A pesquisa foi realizada com 11 enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde de Assis-SP por meio de questionários. Os resultados demonstraram que os enfermeiros sabem da importância do acompanhamento infantil e realizam esse procedimento, porém apresentaram divergências no conhecimento sobre desenvolvimento psicomotor da criança e falta de capacitação especializada na área.
A parceria entre famílias e profissionais de saúde é essencial para garantir um atendimento de qualidade na saúde da criança.
Material de 08 de janeiro de 2020
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Eixo: Atenção à Criança
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Aula Fundamentos em Saúde da Criança UFMG para turmas Fisioterapia/ Fonoaudio...Leonardo Savassi
O documento discute os fundamentos da saúde da criança no Brasil, incluindo a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), seus princípios norteadores como universalidade e equidade, e a atenção à saúde da criança na Estratégia Saúde da Família.
O documento discute as políticas de saúde da criança no Brasil, incluindo os princípios norteadores como acesso universal, acolhimento e responsabilização, assim como as linhas de cuidado como a atenção à gestante, recém-nascido, aleitamento materno, crescimento e desenvolvimento, imunização e doenças prevalentes.
A interface entre a vigilância do óbito infantil, fetal e materno se faz necessária, na medida em que os problemas relacionados a estes óbitos são semelhantes e as ações de prevenção podem beneficiar a mulher e a criança.
Ainda, é importante destacar a repercussão de um óbito materno sobre a vida da criança que sobrevive.
Material de 15 de julho de 2019
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O documento discute o cuidado de crianças com condições crônicas complexas de saúde. Ele aborda (1) o crescimento dessas condições e os desafios associados ao seu cuidado, (2) a definição de condições crônicas complexas, e (3) os objetivos do cuidado dessas crianças, incluindo compreender suas necessidades, organizar informações relevantes, e promover o protagonismo familiar no cuidado.
O documento descreve a coleção Primeiríssima Infância da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que inclui materiais sobre o desenvolvimento integral da criança de zero a três anos. O objetivo é qualificar o atendimento à criança pequena e favorecer ações integradas entre educação, saúde e assistência social. A oficina descrita no documento visa capacitar profissionais sobre cuidados em pré-natal, puerpério e amamentação.
A prematuridade é uma síndrome complexa, com múltiplos fatores etiológicos, e está associada a um amplo espectro de condições clínicas que define a sobrevida e o padrão de crescimento e desenvolvimento, nos diferentes sub grupos de risco. O nascimento pre termo não é uma entidade única, mas o desfecho final de múltiplos determinantes. O processo que resulta no nascimento de um prematuro inicia-se na gestação,em um curso contínuo, a partir de condições de risco pré-concepcionais e da gestação, compossíveis repercussões durante toda a vida da criança.
Parabéns ao Departamento de Neonatologia da SBP por esse documento no dia de hoje: 17 de novembro - Dia Internacional do Prematuro.
Este manual fornece diretrizes sobre a organização da assistência neonatal em diferentes níveis de complexidade e sobre os procedimentos básicos de atendimento ao recém-nascido, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil no Brasil. O documento discute a classificação de risco dos recém-nascidos, a importância da regionalização dos serviços e do transporte entre unidades de diferentes níveis, e fornece orientações sobre reanimação, icterícia, distúrbios respiratórios e metabólicos, infecções, convulsões
Este manual fornece diretrizes sobre a organização da assistência neonatal em diferentes níveis de complexidade e sobre os procedimentos básicos de atendimento ao recém-nascido, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil no Brasil. O documento descreve a classificação de risco dos recém-nascidos, procedimentos de reanimação, cuidados com icterícia, distúrbios respiratórios e metabólicos, infecções e outras condições neonatais, além de orientações sobre registros perinatais e transporte de
O documento discute a enfermagem pediátrica, definindo o enfermeiro pediatra como aquele que cuida de crianças e suas famílias em diferentes ambientes de saúde. Apresenta as competências centrais do enfermeiro pediatra, incluindo o papel da enfermagem, crescimento e desenvolvimento da criança e cuidado centrado na família. Também aborda o papel do técnico de enfermagem em apoiar os cuidados primários, secundários e terciários das crianças.
O projeto Apice On - Aprimoramento e Inovação no Cuidado e
Ensino em Obstetrícia e Neonatologia é uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a EBSERH, ABRAHUE, MEC e IFF/FIOCRUZ, tendo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como instituição executora.
Propõe a qualificação nos campos de atenção/cuidado ao parto
e nascimento, planejamento reprodutivo pós-parto e pósaborto,
atenção às mulheres em situações de violência sexual
e de abortamento e aborto legal, em hospitais com as seguintes
características: de ensino, universitários e/ou que atuam como
unidade auxiliar de ensino, no âmbito da Rede Cegonha.
O propósito é ampliar o alcance de atuação dos hospitais na rede SUS e também reformular e/ou aprimorar processos de trabalho e fluxos para adequação de acesso, cobertura e qualidade do cuidado.
Desse modo, traz a perspectiva de potencializar a parceria entre o Ministério da Saúde, os hospitais de ensino e as instituições formadoras vinculadas a estes serviços, visando fortalecer o papel dos diferentes atores como agentes de cooperação na área obstétrica e neonatal. Para tanto, visa contribuir com a implementação e capilarização de práticas de cuidado baseadas em evidências científicas, nos direitos e nos princípios da humanização, disponibilizando um conjunto de práticas formativas de atenção e de gestão capaz de produzir impacto em toda a rede de serviços.
...
Agradecemos a Profa. Daphne Rattner da ReHuNa pelo envio dessa publicação.
Este documento apresenta um manual sobre o Método Canguru para a atenção humanizada a recém-nascidos de baixo peso. O manual foi elaborado pelo Ministério da Saúde e destina-se a capacitar profissionais no atendimento perinatal com base na Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso pelo Método Canguru.
A contribuição dos profissionais da Atenção Primária à Saúde é necessária e valiosa para a construção de uma sociedade mais equânime por meio da promoção do Desenvolvimento Infantil e da parentalidade positiva nos grupos em que atua.
Material de 16 de outubro de 2019
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Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
1. O documento discute iniciativas para melhorar a qualidade do cuidado no parto no Brasil, incluindo programas como a Rede Cegonha e diretrizes para o parto normal.
2. Ele também aborda conceitos como centralidade do paciente, segurança do paciente e qualidade do cuidado em saúde no contexto do parto, e intervenções para promover mudanças como definir lideranças, analisar a situação e implementar intervenções efetivas.
3. Os desafios incluem promover mudanças incrementais, com bases sólidas
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE D...Cínthia Lima
Este documento apresenta uma proposta de intervenção para sistematizar o atendimento a adolescentes com o objetivo de diminuir o número de gestações indesejadas na área de abrangência do Programa de Saúde da Família Alto do Açude. A proposta foi desenvolvida com base em pesquisa bibliográfica e tem como estratégias incluir os adolescentes como protagonistas, trabalhar de forma intersetorial com a escola e abordar temas relevantes para a adolescência de forma participativa.
O documento discute as principais orientações de enfermagem fornecidas durante o pré-natal, incluindo informações sobre modificações fisiológicas da gravidez, trabalho de parto, cuidados com recém-nascidos e programas de saúde. Essas orientações visam promover a saúde materna e do bebê durante a gestação por meio da educação.
1) A puericultura consiste no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança para promover sua saúde por meio de consultas periódicas.
2) Durante as consultas, os profissionais avaliam indicadores como peso, estatura e perímetros para verificar o progresso da criança.
3) O objetivo é identificar possíveis desvios de crescimento de forma precoce e orientar os pais sobre a saúde e alimentação da criança.
A Atenção Básica é responsável pelo cuidado longitudinal de todas as crianças, deve se articular em perspectiva intersetorial e tem papel fundamental no ordenamento do cuidado em relação aos outros pontos de atenção.
Material de 28 de agosto de 2019
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Eixo: Atenção à Criança
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
- O relatório descreve o XI Encontro Nacional de Aleitamento Materno e I Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável realizado em Santos em 2010, com o objetivo de promover o debate sobre aleitamento materno e alimentação infantil.
- O evento contou com conferências, mesas redondas, oficinas, exposição de trabalhos e reuniões de redes, com a participação de mais de 2.000 profissionais e interessados na temática.
- Entre os principais desafios identificados estão a baixa adesão ao aleitamento
O documento discute a enfermagem pediátrica, definindo o profissional da enfermagem pediátrica e os contextos de atuação. Apresenta os objetivos da enfermagem pediátrica com base nos cuidados primários e o papel do enfermeiro e técnico de enfermagem. Também aborda as necessidades de saúde das crianças e as competências centrais do enfermeiro pediátrico.
O documento descreve a atuação do enfermeiro no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, caracterizado como puericultura. Ele apresenta a justificativa e objetivos da pesquisa, além de conceitos de puericultura e referências teóricas sobre o tema.
A Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGCAM/DAPES/SAS/MS) lança o guia
Método canguru: diretrizes do cuidado,
onde encontramos as diretrizes para a rotina de cuidados ao recém nascido em atenção às propostas contidas na Norma da Atenção Humanizada ao Recém nascido – Método Canguru.
O Método Canguru é uma política nacional de saúde que integra um conjunto de ações voltadas para a qualificação do cuidado ao recém nascido e sua família. Estas ações devem ser estabelecidas pelas equipes profissionais das Unidades Neonatais que devem estar preparadas para oferecer um atendimento de Saúde qualificado, observando a individualidade de cada criança e de sua história familiar. O guia apresentada as diretrizes que norteiam o trabalho em cada uma das três etapas de cuidado propostas pelo Método Canguru e, posteriormente, descreve as diretrizes propostas para diferentes rotinas de cuidados. Como forma de fortalecer as atividades das equipes de saúde que utilizam os Cuidados Canguru para atendimento de recém-nascidos, os autores orientam a leitura do Manual do Método Canguru (3ª edição) que descreve de forma pormenorizada as informações teóricas e práticas presentes nessas diretrizes.
Muito bom!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento discute a importância do pré-natal, do acompanhamento das gestantes e da Rede Cegonha. Ele destaca que o pré-natal é um período de vulnerabilidade para a mulher e que um adequado acompanhamento inclui consultas, exames, vacinas, orientações educativas e de promoção da saúde. O enfermeiro desempenha um papel fundamental nesse processo por meio da escuta qualificada e do estabelecimento de vínculo com a paciente.
Semelhante a Nascimento Seguro: uma proposta para diminuir a mortalidade neonatal (20)
Tem dúvidas de como cuidar da alimentação de crianças pequenas em situações de calamidade e adversidades?
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, por meio da Política de Saúde da Criança e da Divisão de Primeira Infância / Primeira Infância Melhor (PIM) produziram uma série de cards para tirar dúvidas da população e das equipes que estão atuando na linha de frente.
O material aborda a importância do leite materno, da amamentação exclusiva e da oferta segura de alimentos para crianças pequenas. Alerta sobre os perigos da amamentação cruzada e da insegurança e falta de higiene no preparo de mamadeiras sem uma fonte de água não contaminada.
Parabenizamos a Nutricionista Annelise Barreto Krause da Prefeitura de Porto Alegre por sua atuação oportuna e competente no desastre ambiental do estado e a equipe do PIM/RS.
Todo o nosso apoio.
Divulgaremos essa publicação no V Seminário anual online preparatório para a Semana Mundial de Aleitamento de 2024 em www.agostodourado.com
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Programadora: Clara
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Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para garantir sua segurança e prosperidade a longo prazo. A Comissão Europeia propôs novas iniciativas para fortalecer a resiliência econômica e geopolítica do bloco.
Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Nascimento Seguro: uma proposta para diminuir a mortalidade neonatal
1. 1
Nascimento seguro
Departamento Científico de Neonatologia
Presidente: José Maria Andrade Lopes
Secretária: Maria Albertina Santiago Rego
Conselho Científico: Alexandre Lopes Miralha, Hans Walter Ferreira Greve,
Maria Candida Ferrarez Bouzada Viana, Paulo Roberto Pachi,
Raimunda Izabel Pira Mendes, Remaclo Fischer Junior, Silvana Salgado Nader
Colaboradores: Sergio Tadeu Martins Marba, Ruth Guinsburg, Maria Fernanda B de Almeida,
Leila Denise Cesareo Pereira, Lissandra Mafra Andujar, Simone Fontes,
Lilian Sadeck, Dirceu Solé, Luciana Rodrigues Silva
Documento Científico
Departamento Científico
de Neonatologia
Nº 3, Abril de 2018
Objetivo
Esse documento tem como objetivo alinhar
conceitos de organização e sistematização da as-
sistência perinatal e traçar diretrizes que resultem
em práticas clínicas potencialmente melhores na
atenção neonatal. Trata-se de um documento fun-
damentado em argumentos científicos, experiên-
cias e expertises clínicas e atitude ética, comparti-
lhado com pediatras que atuam na assistência ao
recém-nascido (RN) e suas famílias. Implementar
paradigmas sólidos no cuidado perinatal, de for-
ma colaborativa e reflexiva, é uma estratégia de
grande impacto na redução dos óbitos neonatais
e maternos por causas potencialmente evitáveis.
Conceito
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pre-
vê um mundo em que “todas as mulheres grávidas
e recém-nascidos recebam cuidados de qualidade
durante a gravidez, o parto e o período pós-natal
imediato”. Esta afirmação está alinhada com duas
agendas de ação global complementares: “Estra-
tégias para acabar com a mortalidade materna
evitável” e “Para todo recém-nascido: um plano
de ação para acabar com óbitos evitáveis”.
Fundamentada na literatura disponível, a OMS
define qualidade da assistência prestada nos es-
tabelecimentos de saúde, como a capacidade de
“Visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo.
Visão com ação pode mudar o mundo.”
Joel Barker
2. Nascimento seguro
2
resposta às demandas clínicas de um indivíduo ou
população, medidos como resultados alcançados
em saúde em relação ao almejado. Para o alcance
desses objetivos, os cuidados em saúde devem ser
seguros, eficazes, oportunos, eficientes, equitati-
vos e centrados nas pessoas. Esta definição impli-
ca em dois componentes importantes da assistên-
cia perinatal: a qualidade dos cuidados oferecidos
e a qualidade dos cuidados experimentados pelas
mulheres, recém-nascidos e suas famílias.
Os nós críticos da assistência neonatal devem
ser delineados e abordados, tendo como elemento
central o percurso clínico da gestante e de seu RN.
A continuidade do cuidado pós-natal precisa
ser fortalecida antes do nascimento, no pré-natal
e, no decorrer do período neonatal, para manter
os ganhos alcançados com o programa de reani-
mação neonatal, que reduziu substancialmente as
mortes por complicações de eventos intraparto.
As taxas de sobrevida vinculadas às complicações
decorrentes da prematuridade, das infecções,
anomalias congênitas e outras causas não se alte-
ram de maneira significativa sem a integração do
cuidado nas várias etapas da atenção perinatal.
O NASCIMENTO SEGURO prevê componentes
integrados de estrutura, processos e resultados,
no contínuo do cuidado perinatal, com:
• identificação evolutiva do risco gestacional
materno-fetal e neonatal;
• pontos de atenção ambulatorial e hospitalar,
de risco habitual e alto risco gestacional e ou
feto-neonatal, integrados em rede, para asse-
gurar continuidade e abrangência do cuidado;
• processos assistenciais organizados em am-
biente com estrutura e recursos tecnológicos
capazes de responder às demandas clínicas
risco-dependentes, das mulheres e recém-
-nascidos, nos pontos de atenção ambulatorial
e hospitalar;
• prontuário clínico eletrônico com registro siste-
matizado da informação relevante e essencial
para melhores práticas no período neonatal;
• sistemas de apoio: diagnóstico, terapêutico e
assistência farmacêutica;
• regulação de leitos obstétricos e neonatais no
nível pré-hospitalar para garantia de assistên-
cia ao parto e nascimento na maternidade de
referência da gestante;
• sistema de transporte em saúde para gestantes
e recém-nascidos com acesso regulado;
• sistema de informação integrado, para comu-
nicação e monitoramento da assistência, em
rede.
Em todo o trajeto do cuidado, o RN precisa ser
protegido pelos direitos universais e pela legisla-
ção vigente no Brasil, interpretados à luz do con-
texto familiar e social da criança.
Epidemiologia
“Urgency in transforming hospitals into place
where each patient receives the best quality care,
every single time”, Institute of Medicine - The Health
and Medicine Division of the National Academies of
Sciences and Engineering, and Medicine - “Urgente-
mente, os hospitais precisam ser transformados em
locaisondeomelhorcuidadoéoferecidoacadauma
das pessoas, durante todo e a qualquer momento”.
A maior parte dos óbitos nos primeiros cinco
anos de vida concentra-se no primeiro ano, sobre-
tudo no primeiro mês de vida pós-natal. Há uma
elevada participação das causas perinatais sendo
a prematuridade a principal delas, o que eviden-
cia a importância dos fatores ligados à gestação,
ao parto e ao período neonatal, em geral prevení-
veis por meio da assistência ao parto e ao nasci-
mento, de qualidade. No Brasil, a prematuridade
e suas complicações são seguidas pela asfixia, in-
fecções e anomalias congênitas, com proporções
que diferem entre as regiões, com riscos menores
de mortes e sequelas onde as premissas do cuida-
do são implementadas.
A grande maioria dos nascimentos no Brasil,
em torno de 99%, ocorrem em hospitais dis-
tribuídos irregularmente pelo país, com vazios
assistenciais nas áreas mais pobres e distantes
dos grandes centros, com problemas no acesso
principalmente para assistir aos partos e nasci-
3. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
3
mentos de alto risco gestacional e obstétrico. A
maioria dos estabelecimentos tem volume obs-
tétrico baixo e equipes assistenciais incompletas
para garantir práticas clínicas efetivas. Os leitos
de terapia intensiva neonatal, à semelhança dos
leitos obstétricos em hospitais de alto risco, não
seguem uma distribuição regional, e com exceção
das regiões mais desenvolvidas, são insuficientes
em estrutura, recursos tecnológicos, composição
de equipes assistenciais e organização de proces-
sos clínicos.
Os hospitais-maternidades são instituições
complexas, com densidade tecnológica especí-
fica, cuja missão e perfil assistencial de atenção
materna e neonatal precisam ser definidos de
acordo com o desenho da rede no nível regional.
Nascimento seguro
O Pediatra é o profissional que deve estar presente e
participar de todas as etapas do cuidado perinatal.
• A participação do pediatra no pré-natal
A assistência ao nascimento se inicia com o
preparo da gestante já no pré-natal, quando todos
os cuidados dirigidos à promoção de saúde, pre-
venção e abordagem terapêutica das morbidades
devem ser instituídos.
Uma das mais complexas e gratificantes fun-
ções do pediatra é a de auxiliar os pais a serem
competentes cuidadores de seus filhos. Esse
processo deve começar antes do nascimento da
criança, ao estabelecer um diálogo com os pais
para discorrer sobre conceitos e estratégias para
potencializar a inserção da criança na família.
É nesse momento que o pediatra tem a opor-
tunidade de esclarecer sobre condições ao nascer
que favorecem o bem-estar da criança e ao seu
desenvolvimento futuro. O pai deve ser sempre
encorajado a participar da consulta. A presença
de outros familiares depende do desejo da mãe
ou dos pais. O esclarecimento à família dos fato-
res ambientes e sociais além dos biológicos que
influenciam o desenvolvimento físico e emocio-
nal da criança potencializa o cuidado à criança.
A mãe deve ser informada do seu direito (Lei
n° 1108, de 07 de abril de 2005) de livre escolha
de um acompanhante durante todo o período do
parto e no puerpério imediato.
A mãe, o pai e os familiares que os acompa-
nham devem ser informados da importância do
aleitamento materno sendo este o momento
apropriado para iniciar a discussão sobre as suas
vantagens, da importância da amamentação por
livre demanda, e das técnicas e dificuldades que
podem aparecer principalmente nos primeiros
dias de vida da criança. Orientar o casal em rela-
ção à importância da participação do pai e da ne-
cessidade de apoio da família no estabelecimento
da lactação e manutenção do aleitamento. É fun-
damental desfazer conceitos pré-estabelecidos e
equivocados como, por exemplo, modificação da
estética da mama pela amamentação e impossibi-
lidade em conciliar amamentação com trabalho e
outras atividades maternas. É fundamental refor-
çar a capacidade inata que a mulher possui para o
sucesso da amamentação. A indicação de literatu-
ra apropriada pode ser estimulada.
Além da história médica da mãe, antes e du-
rante a gestação, saúde do pai e dados relevantes
da família, é importante discorrer sobre experi-
ências gestacionais prévias e expectativas com o
nascimento da criança, com possíveis mudanças
no estilo de vida e na estrutura econômica fami-
liar. Esse é o momento adequado para se pergun-
tar e orientar sobre os hábitos de vida, tais como
tabagismo, uso de álcool ou drogas ilícitas. Fato-
res que possam interferir na estabilidade emocio-
Cuidados
pré-natais
Cuidados
pós-natais
Nascimento
Nascimento seguro - Papel do pediatra
4. Nascimento seguro
4
nal da família devem ser discutidos tais como o
relacionamento do casal, cuidados com os irmãos,
estabilidade no emprego e moradia. Questões
adicionais a serem consideradas é o suporte fa-
miliar e de amigos e a estrutura que utilizarão
quando retornarem ao trabalho.
A consulta pré-natal com o pediatra deve ser
recomendada a cada nova gestação. Além de do-
enças anteriores ou instaladas na gestação, fato-
res de risco, biológicos ou sociais, como história
anterior de morte perinatal, gestações múltiplas,
história familiar de doenças genéticas ou meta-
bólicas, uso de drogas, mães sem apoio familiar
e ou não participação do pai ou do companheiro,
pais adolescentes, história ou risco de violência
doméstica, são situações que devem ser aborda-
das. Para pais que planejam adotar uma criança, a
consulta pediátrica, adquire especial importância.
Em situações de condições adversas, o vínculo de
confiança desenvolvido com o pediatra, facilita
processos complexos de cuidados como, encami-
nhamento para centros de maior complexidade
assistencial ou diagnóstico de doenças raras ou
malformações congênitas graves com indicação
de tratamentos invasivos.
O plano de cuidados de acordo com a estra-
tificação de risco gestacional deve ser definido e
conduzido.
É essencial coletar dados sobre a saúde ma-
terna e o resultado dos principais exames como,
por exemplo: Anti-HIV (anticorpos Anti-HIV),
VDRL, HbsAg, susceptibilidade à Toxoplasmose,
hemograma, exame de urina e triagem para o es-
treptococo do grupo B.
O pediatra deve atuar na gestação, acompa-
nhar o parto, apoiar e orientar cuidados com a
mãe e o RN. Desta forma, desempenha o impor-
tante papel de “cuidador”, procurando orientar
questões de saúde e nutrição, além de diminuir
os estresses familiares.
Os objetivos que devem ser atingidos com a
consulta pré-natal incluem:
• Estabelecer o vínculo entre o pediatra e os pais;
• Identificar situações de risco;
• Definir abordagem de promoção, prevenção e
tratamento, fundamentados na avaliação da
história perinatal;
• Promoção à amamentação;
• Esclarecimento de dúvidas;
• Apoio aos sentimentos dos pais em relação à
gestação e ao parto.
Nessa consulta, o pediatra deve informar a im-
portância de sua presença na sala de parto, sobre
sua habilidade nos preceitos da reanimação neona-
tal, a importância do clampeamento oportuno do
cordão umbilical, o contato pele a pele, mesmo nos
partos cirúrgicos, e o aleitamento materno na pri-
meira hora de vida. Com essas orientações e infor-
mações o casal pode reivindicar essas atitudes por
parte da equipe de cuidados no local do nascimento.
Sistemas de organização da
atenção perinatal: um componente
importante do nascimento seguro
O conceito de organização da atenção peri-
natal dentro de uma área geograficamente dis-
tribuída, nos países de renda alta, vem sendo
desenvolvida desde a década de 1970 para maxi-
mizar o acesso e a capacidade de oferecer assis-
tência efetiva à mãe e ao RN, principalmente aos
de risco. A integração do cuidado materno-feto-
-neonatal, com critérios clínicos da perinatologia,
vem se mostrando como a forma mais efetiva de
organizar o cuidado ao redor do nascimento. Em
2015, o American College of Obstetric Gynecology,
por meio do Obstetric Care Consensus, atualizou
as recomendações com definição de níveis e or-
ganização de cuidados maternos integrados aos
neonatais. Também se verificou que a mortalida-
de e morbidade são significativamente reduzidas
para RN de alto risco que nascem em hospitais
com grande volume de partos, de nível de com-
plexidade assistencial obstétrico terciário e com
unidades neonatais com densidade tecnológica
apropriada e processos clínicos organizados.
Os perfis desses hospitais-maternidades pro-
piciam às equipes assistenciais maiores oportu-
5. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
5
nidades para aquisição de competências clínicas
na assistência aos RN de muito baixo peso ao
nascer e prematuros. Essas crianças representam
uma pequena parcela dos nascidos vivos, mas
contribuem em mais de 50% dos óbitos neona-
tais. Outra estratégia para melhorar a qualidade e
segurança é a integração das unidades em redes
de cuidado neonatal, com o objetivo de reduzir
variações indesejáveis nas práticas clínicas e de
gestão, implementando programas coordenados
de pesquisa, educação e qualidade.
• Regulamentação da atenção perinatal
No Brasil, o processo de organização do cui-
dado perinatal em rede para a gestão do SUS foi
iniciado com a Portaria MS/GM n° 569, 1°de junho
de 2000, que instituiu o programa de humaniza-
ção no pré-natal e nascimento, com integração
dos processos clínicos por meio do sistema de in-
formação, o SIS-PRENATAL. O modelo de atenção
à saúde, estruturado em redes temáticas, foi regu-
lamentado pela Portaria MS/GM n° 4279, de 30 de
dezembro de 2010, para se conseguir princípios
da qualidade: equidade, integração e abrangência
do cuidado, efetividade e eficiência. A Portaria
MS/GM n° 1459, de 24 de junho de 2011, que ins-
tituiu a rede cegonha, regulamenta o modelo da
rede perinatal com normatização dos fluxos assis-
tenciais da gestante e do neonato e a organização
dos pontos de atenção ambulatorial e hospitalar.
A organização do cuidado neonatal hospitalar
integrado foi regulamentada pela Portaria MS/
GM n° 930, de 10 de maio de 2012, que define
as diretrizes para a organização da assistência em
unidade neonatal de cuidados progressivos e de-
fine critérios de classificação e habilitação de lei-
tos neonatais hospitalares. A Portaria MS/GM n°
1130, de 15 de agosto 2015, regulamenta e siste-
matiza a política nacional de integração de ações
que promovam a saúde da criança.
Para implementação das normas técnicas
para o cuidado perinatal efetivo são necessários
investimentos no número e na distribuição de lei-
tos obstétricos e neonatais, principalmente nos
de risco, e na estrutura dos serviços ambulato-
riais e hospitalares.
• Regionalização da assistência
1. Definição do risco gestacional: estratificação
de risco no pré-natal
a. Abordagem dos fatores de risco e ou doen-
ça instalada na atenção primária à saúde, no
modelo da Estratégia Saúde da Família, com
a presença do Pediatra
b. Integração da atenção primária à saúde à
atenção ambulatorial secundária, para as
gestantes de risco e acompanhamento dos
RN pré-termo.
2. Vinculação da gestante à maternidade que
melhor responde às demandas clínicas, priori-
zando a região geográfica de acordo com a re-
sidência da gestante: regulação pré-hospitalar
dos leitos obstétricos e neonatais
3. Tipologia da Maternidade e Unidade Neonatal
a. Perfil assistencial: definição de níveis de
resposta às demandas clínicas maternas e
neonatais
b. Porte da maternidade: resultados neona-
tais e perinatais satisfatórios são mais bem
alcançados em maternidades com maior
volume de partos
c. Transferência antenatal de gestantes de alto
risco aos hospitais: transferência da gestan-
te por questões clínicas maternas ou fetais
reduz a mortalidade materna e perinatal
d. Transferência pós-natal: transporte segu-
ro e coordenado pela Regulação Estadual e
Municipal de Leitos, de maneira integrada
4. Sistematização da atenção aos RN, utilizando
diretrizes clínicas, por critérios de risco:
a. RN potencialmente saudável;
b. RN pré-termo tardio;
c. RN de muito baixo peso ao nascer ou extre-
mamente prematuro;
d. RN com malformações congênitas;
e. RN termos com condições específicas: asfi-
xia intraparto, fatores de risco para sepse,
infecções crônicas perinatais, e filhos de
mães com doenças com repercussão feto-
-neonatal.
6. Nascimento seguro
6
Onde nascer
• As unidades perinatais
Recomendamos utilizar o termo Unidade Pe-
rinatal porque a tipologia e perfil das materni-
dades devem responder às demandas clínicas da
gestante-parturiente-puérpera-RN em um alinha-
mento de conceito voltado para redução de mor-
tes maternas e neonatais, por causas potencial-
mente evitáveis.
Cuidado perinatal hospitalar deve ser funda-
mentado no cuidado centrado na família e na se-
gurança da parturiente, puérpera e RN, durante o
percurso clínico, em todos os componentes críti-
cos da assistência.
A adequação da ambiência dos serviços de
atenção obstétrica e neonatal, proposta pela re-
solução da diretoria colegiada - RDC n° 36/2008
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (AN-
VISA), é uma das estratégias para a qualificação
da assistência obstétrica e neonatal e para a im-
plementação das práticas assistenciais poten-
cialmente melhores. A organização dos espaços
acolhedores e saudáveis em todos os setores das
Unidades Perinatais é um processo em constante
construção que envolve a participação de gesto-
res, profissionais de saúde e das mulheres.
As instalações físicas para o atendimento pe-
rinatal devem ser condizentes com o atendimen-
to das necessidades fisiológicas únicas das par-
turientes, puérperas, dos RN e de suas famílias.
Instalações especiais devem estar disponíveis
quando as condições clínicas exigirem observa-
ção fisiológica e clínica contínuas durante o pe-
ríodo de permanência hospitalar. Os locais onde
ocorrem os partos e nascimentos e as unidades
neonatais e de apoio devem estar em locais adja-
centes. Quando estas instalações estão distantes
umas das outras, devem ser previstas disposições
para áreas transitórias apropriadas.
As recomendações podem ser adaptadas às
condições locais desde que não interfiram com os
resultados a serem alcançados para responder às
diretrizes da qualidade e segurança.
A respeito da escolha do local de nascimen-
to, os resultados diferem entre os estudos. Duas
publicações europeias não encontraram diferen-
ças significativas quanto à mortalidade e morbi-
dade em RN de gestações de risco habitual, ao
comparar parto domiciliar e hospitalar. Estas
publicações retratam a realidade de países de-
senvolvidos com uma intensa integração entre
os locais de ocorrência do parto e os hospitais
de referência, o que facilita a transferência de
gestantes quando o trabalho de parto apresenta
alguma situação que representa risco, diferente
da realidade dos países em desenvolvimento. No
entanto, a maioria das publicações faz restrições
ao nascimento domiciliar, mesmo em países
desenvolvidos, com mais condições de prestar
suporte aos partos domiciliares, alertando para
os fatores que contraindicam o nascimento do-
miciliar: primeira gestação, idade gestacional
acima de 41 semanas, cesárea prévia, apresen-
tação anômala e idade materna superior a 35
anos. A mortalidade neonatal é três a quatro ve-
zes maior em partos domiciliares planejados e
não planejados quando comparada à que ocorre
em partos hospitalares, além dos riscos de se-
quelas neurológicas também ser superior. Estes
achados corroboram a necessidade de local ade-
quadamente equipado e de equipe treinada para
todos os nascimentos.
A SBP recomenda que o nascimento ocorra em
ambiente hospitalar.
O protagonismo do Pediatra é fundamental
em todos os componentes da qualificação da as-
sistência e segurança da criança, sua mãe e a fa-
mília.
• Pontos de atenção do cuidado perinatal
hospitalar: o percurso clínico da gestante,
parturiente, puérpera e RN
1. Acolhimento com classificação de risco obs-
tétrico da parturiente.
2. Assistência à parturiente no pré-parto com
identificação de riscos obstétrico e neonatal.
3. Assistência ao parto e nascimento, de baixo
risco:
7. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
7
a. Instituir um plano organizado de ação que
inclua pessoal e equipamentos para iden-
tificação e reanimação imediata de RN, no
nível da intervenção necessária, quando
indicada;
b. Reanimação materna e estabilização,
quando necessárias;
c. Transferência da mãe para a UTI de adul-
to, no próprio hospital ou UTI externa, em
tempo adequado com transporte regulado
e seguro.
4. Transporte seguro intra-hospitalar da mãe e
do RN potencialmente saudáveis para Aloja-
mento Conjunto.
5. RN em maternidades de risco habitual, que
necessitam de cuidados intensivos ou inter-
mediários, devem ser assistidos em unidade
de apoio, até a transferência para unidade de
maior complexidade.
6. Programação da assistência em Alojamento
Conjunto, conforme Portaria MS/GM n° 2068
de 21 de outubro de 2016, que institui dire-
trizes para a organização da atenção integral
e humanizada à mulher e ao recém-nascido
no Alojamento Conjunto.
7. Alta hospitalar, em média, com 48 horas, para
RN potencialmente saudáveis, tempo neces-
sário para atender às normas da Portaria MS/
GM n° 2068, de 21 de outubro de 2016, que
regula Alojamento Conjunto.
8. Programação de cuidados à alta, para o RN
potencialmente saudável para integração do
cuidado hospitalar aos cuidados ambulato-
riais, de acordo com as demandas clínicas da
criança e família.
9. Para os RN que permaneceram em Unidade
Neonatal de Cuidados Progressivos, garantir
o cuidado de acordo com a Portaria MS/GM n°
930, 10 de maio de 2012, de organização do
cuidado neonatal hospitalar, e Portaria MS/
GM n° 1683, de 12 de julho de 2007, que ins-
titui normas de orientação para implantação
do Método Canguru.
10. Plano de Alta Hospitalar, para integração do
cuidado hospitalar aos cuidados ambulato-
riais da atenção secundária, dos RN com al-
gum risco perinatal e ao longo dos primeiros
anos de vida.
11. Em todo o percurso, a comunicação é um
componente crítico da integração e continui-
dade do cuidado efetivo.
12. Todos os hospitais, de todos os níveis de com-
plexidade assistencial, devem ter práticas de
cuidado voltadas para o desenvolvimento.
13. Em todo o percurso, as normativas técnicas
deverão ser seguidas
Práticas clínicas
potencialmente melhores
A assistência pré-natal, intraparto e pós-natal
de alta qualidade deve ser abrangente e integrada
a qualquer estratégia de melhoria da qualidade. As
normas de direitos humanos, a ética médica e os
padrões técnicos fortalecem o conceito integrador
da assistência, como elemento fundamental da
qualidade do cuidado perinatal.
• Cuidado centrado na mulher, RN e sua família
– Toda mulher tem a opção de experimentar
trabalho de parto com o companheiro (a) de
sua escolha.
– Todas as mulheres devem ser informadas das
escolhas feitas pela equipe na abordagem
preventiva ou terapêutica e as razões de de-
finições tomadas com os resultados possí-
veis, pela equipe assistencial.
– Toda mulher deve receber apoio para forta-
lecer sua capacidade durante o parto.
– Para cada mulher e RN, pessoal competen-
te e motivado deve estar consistentemente
disponível para fornecer cuidados de rotina
e gerenciar complicações.
• Privacidade e dignidade: Todas as mulheres e
RN precisam ter privacidade durante o período
do parto e nascimento, e sua confidencialidade
deve ser respeitada;
8. Nascimento seguro
8
• Estrutura física, ambiência, equipamentos e
composição do corpo técnico de profissionais
das Unidades Perinatais coerentes com o mo-
delo e complexidade assistenciais;
• Garantia de assistência por equipe multipro-
fissional, com competências definidas, durante
todo o percurso da mãe e do RN;
• Assistência fundamentada em protocolos clíni-
cos validados;
• Acolhimento da gestante com classificação de
risco obstétrico na maternidade;
• Garantia de atenção ao parto e nascimento na
maternidade de referência, com regulação pré-
-hospitalar dos leitos obstétricos e neonatais;
• Garantia de atendimentos às situações de emer-
gência com estabilização clínica, em todos os
pontos de atenção, até transferência para uni-
dades de complexidade adequada à demanda
clínica, com garantia de transporte seguro;
• Atendimento às emergências obstétricas;
• Organização das salas de parto, com estrutu-
ra adequada, processos organizados e equipe
competente para pronta reanimação neonatal,
quando necessária;
• Transporte intra-hospitalar planejado, com tro-
ca de informações entre equipes, de crianças
instáveis logo após o nascimento ou em deslo-
camento para exames ou procedimentos;
• Sistema de informação que favoreça práticas
clínicas efetivas com feedback de ações no per-
curso contínuo e integrado do cuidado neona-
tal hospitalar e monitoramento dos processos
clínicos e resultados;
• Implementação dos dez passos para a promo-
ção do aleitamento materno, segundo a UNI-
CEF/OMS, regulamentado pelo MS-Brasil;
• Adesão à Iniciativa Hospital Amigo da Criança e
da Mulher – OMS/UNICEF, segundo normas do MS-
-Brasil (Portaria n° 1153 de 22 de maio de 2014);
• Implementação do Método Canguru de assis-
tência ao RN de baixo peso ao nascer (Portaria
MS/GM n° 1683 de 12 de junho de 2007);
• Comunicação efetiva entre equipe de saúde,
gestante e família, de forma direta e verdadeira;
• Estabelecimento do plano de alta hospitalar
para a puérpera e o RN;
• Programas de melhoria contínua da qualidade
da assistência e segurança do usuário com re-
gistro da informação e monitoramento de todo
o processo assistencial;
• Desenvolvimento de atividades de educação
permanente para as equipes multiprofissionais
por iniciativa da instituição ou por meio de co-
operação;
• Realização de ações e serviços de vigilância e
investigação do óbito materno, fetal e infantil;
• Pesquisa de satisfação do usuário.
Cuidados perinatais
Em todos os partos de baixo risco e logo após
o nascimento, em todos os RN, deve-se verificar
a história perinatal para excluir condições de ris-
co que demandam intervenções imediatas: pre-
maturidade tardia, baixo peso ao nascer, RN com
fatores de risco para desenvolverem sepse (febre
materna, bolsa rota, prematuridade, corioamnio-
nite, infecção do trato urinário, cultura positiva de
material reto-vaginal para Estreptococos do gru-
po B), exames sorológicos ausentes ou sugestivos
de infecções crônicas perinatais, incompatibilida-
de sanguínea materno-fetal e diabetes materno.
Os RN pré-termo moderados e extremos e
aqueles com algum problema detectado antes ou
durante o nascimento devem receber cuidados
específicos: reanimação, quando indicada, estabi-
lização e transporte à Unidade Neonatal e assis-
tência intensiva ou intermediária, de acordo com
protocolos clínicos em Unidades Especializadas.
• A reanimação neonatal
O Programa de Reanimação Neonatal da So-
ciedade Brasileira de Pediatria vem atuando,
desde 1994, na capacitação teórico-prática de
profissionais de saúde com base nos documentos
publicados, a cada cinco anos, pelo International
Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), com
a finalidade de reduzir a mortalidade associada à
9. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
9
asfixia perinatal. Acredita-se que o treinamento
em reanimação neonatal seja um importante fa-
tor contribuinte para diminuir a mortalidade neo-
natal precoce no Brasil.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomen-
da a presença do pediatra em todo nascimento
por ser o profissional médico com a melhor for-
mação técnica para a assistência neonatal.
Todo RN a termo, respirando ou chorando e
com tônus muscular em flexão, independente-
mente do aspecto do líquido amniótico, deve ser
colocado junto à sua mãe, em contato pele a pele.
O cordão umbilical deve ser clampeado após 1 a
3 minutos e, deve-se estimular o aleitamento ma-
terno na primeira hora de vida.
O RN que apresente respiração irregular ou
apneia e /ou hipotonia, deve ser encaminhado à
mesa de reanimação para que sejam realizados os
passos iniciais da reanimação preconizados pelo
Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade
Brasileira de Pediatria. O clampeamento tardio do
cordão pode ser realizado nos RN pré-termo tar-
dios com idade gestacional (IG) entre 34 e 36 se-
manas, e nos RN pós-termo com IG igual ou maior
que 42 semanas, que se apresentarem ao nascer
com boa vitalidade. Em seguida, devem ser leva-
dos à mesa de reanimação para avaliação deta-
lhada das suas condições clinicas.
O nascimento é o momento em que acontece
o início da respiração e a transição da circulação
fetal para a neonatal. Quando a sequência fisioló-
gica da transição é interrompida ocorre prejuízo
da perfusão sanguínea e da oxigenação tecidual
em diversos órgãos, principalmente cérebro, co-
ração, pulmões e rins, com consequentes danos,
muitas vezes irreversíveis, que podem levar a se-
quelas neurológicas e à morte.
Mesmo em gestações de risco habitual podem
ocorrer situações de emergência, como prolap-
so ou rotura de cordão, nó verdadeiro de cordão,
descolamento prematuro de placenta, hiperto-
nia uterina, entre outras, que podem resultar em
graus variáveis de hipóxia fetal e levar à necessi-
dade inesperada de procedimentos de reanima-
ção neonatal.
No Brasil, de 2005 a 2010, as causas associa-
das à asfixia perinatal foram responsáveis por 5
a 6 mortes neonatais precoces por dia em RN de
baixo risco, com peso ao nascer maior ou igual a
2.500 gramas e sem malformações congênitas, e
por 10 a 12% das mortes neonatais precoces na-
queles com 400 a 1499 gramas ao nascer.
O RN precisa começar a respirar, espontane-
amente ou com auxílio, no primeiro minuto de
vida, considerado o “Minuto de Ouro”. Um em
cada 10 recém-nascidos necessita ajuda para ini-
ciar a respiração ao nascer. Sabe-se que o risco
de morte aumenta 16% a cada 30 segundos de
demora para iniciar a respiração, nos primeiros 6
minutos de vida.
A equipe de profissionais responsável pelo
atendimento do RN em sala de parto deve possuir
competência em reanimação neonatal. Pelo me-
nos um profissional capacitado a realizar os pas-
sos iniciais e a ventilação com pressão positiva
com máscara facial deve estar presente e disponí-
vel para atender exclusivamente o RN. Na presen-
ça de fatores de risco perinatais são necessários 2
a 3 profissionais treinados e capacitados a reani-
mar o recém-nascido de maneira rápida e efetiva.
Para assegurar qualidade ao atendimento e
segurança ao paciente, a equipe treinada deve
atuar de forma coordenada, com comunicação
efetiva entre os membros, e contar com um líder,
que defina a função de cada profissional antes do
nascimento.
É essencial que as salas de parto tenham ma-
teriais e equipamentos adequados para o atendi-
mento do RN, checados e testados de modo siste-
mático antes de cada nascimento.
• Os primeiros minutos de vida de um recém-
nascido termo
Durante o nascimento, o controle da tempera-
tura do ambiente, que deverá ser entre 23 e 26°C,
é um dos fatores mais importantes para a manu-
tenção da temperatura corporal do RN. Não pode-
mos esquecer que a parturiente também deverá
estar em normotermia, visto que se houver um
descontrole térmico, este pode repercutir no RN.
10. Nascimento seguro
10
A aquisição da microbiota do RN tem no par-
to vaginal, diferentemente do parto cesáreo, um
grande aliado, pois ela se instala no RN durante o
processo do nascimento.
O contato pele a pele logo após o nascimen-
to facilita a colonização do RN pela flora da pele
de sua mãe, somando-se aos fatores protetores
do aleitamento materno, que também oferece
componentes da microbiota da mãe e substrato
para o crescimento da microbiota intestinal do
RN. Em casos nos quais as mães não estejam em
condições de fazê-lo, uma opção é realizá-lo pele
a pele com o pai.
Recomenda-se o contato pele a pele por pelo
menos uma hora, para manter a normotermia, ini-
ciar o estabelecimento da lactação, favorecer o
aleitamento materno, prevenir o desmame preco-
ce, e fortalecer o vínculo mãe-filho
• O contato pele a pele na primeira hora de vida
não deve ser interrompido para os cuidados de
rotina com o RN.
RN de baixo peso ao nascer (RNBP) e/ou pré-
-termos precisam receber cuidados adicionais
conforme protocolos clínicos específicos. A vi-
tamina K, a prevenção da oftalmia neonatal e as
vacinas são administradas segundo as diretrizes
nacionais. A temperatura do RN é monitorada e
as complicações são identificadas e gerenciadas.
O banho deverá ser dado oportunamente no alo-
jamento conjunto, exceto nos RN com história de
exposição vertical.
Todo RN deve ser cuidado em Alojamento
Conjunto juntamente com sua mãe.
• Aleitamento materno
O MELHOR ALIMENTO PARA O RN TERMO
E PRÉ-TERMO É O LEITE MATERNO
Ações que o Pediatra deve participar e acom-
panhar:
• Todas as maternidades devem implementar
práticas evidenciadas que apoiem o estabele-
cimento do aleitamento materno;
• O cumprimento da legislação brasileira de nor-
matização de apoio e promoção ao aleitamen-
to materno: Lei n° 11.265, de 03 de janeiro de
2006, que regulamenta a comercialização de
alimentos para lactentes e crianças de primeira
infância e também a de produtos de puericultu-
ra correlatos; Portaria nº 1.153, de 22 de maio
de 2014, que redefine critérios de habilitação
dos hospitais na Iniciativa Hospital Amigo da
Criança (IHAC);
• As recomendações da UNICEF/OMS de que to-
dos os envolvidos no cuidado neonatal e ma-
terno devem ter um curso de no mínimo 20
horas de treinamento no apoio e abordagem
ao aleitamento materno, segundo a Iniciativa
Hospital Amigo da Criança-UNICEF/OMS- IHAC;
• A implementação das estratégias da IHAC que
integram ações de promoção e apoio ao aleita-
mento materno de recém-nascidos pré-termo
e/ou internados nas unidades neonatais e se-
parados de suas mães;
• Toda a equipe da assistência perinatal deve
ser capaz de fazer as orientações básicas e ter
competência nos processos envolvidos com o
aleitamento materno.
• Classificação do RN e exame clínico pediátrico
1. Classificação adequada do RN - desafio da es-
timativa obstétrica da idade gestacional: US
precoce, considerado padrão-ouro quando re-
alizado entre 7 e 13 semanas de IG;
2. A IG é o indicador mais próximo da avaliação de
risco de morbidade, mortalidade e sequelas;
3. Classificação do risco neonatal de acordo com
o peso ao nascer deve ser realizada levando
em conta a maturidade e desnutrição fetal;
4. A avaliação clínica do RN pelo pediatra, ali-
nhada à história perinatal, deve abranger o
exame físico sistematizado e não fragmen-
tado, integrado aos resultados dos testes de
triagem de deficiência visual (reflexo verme-
lho) e presença de malformações cardíacas
graves (oximetria);
11. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
11
5. Os testes de triagem auditiva e de doenças
metabólicas e genéticas, em crianças sem his-
tória de risco aumentado, podem ser realiza-
dos em nível ambulatorial;
6. Os exames dos demais órgãos fazem parte da
integralidade do exame pediátrico;
7. A escuta à mãe e à família é parte fundamen-
tal da avaliação integral do RN para tomada
de decisões no contexto familiar e social da
criança;
8. Cuidado e decisões clínicas que respeitem e
respondam às preferências, necessidades e
valores individuais da criança, representados
nesse momento de vida pela mãe e pai, e as-
segurem os valores da família e comunidade.
O registro da informação
A história clínica perinatal é o suporte clínico
mais importante e mais decisivo para a tomada de
decisões no cotidiano da assistência, pelo Pedia-
tra e sua Equipe Assistencial.
A história clínica deve garantir o registro e a
utilização das variáveis assistenciais, de consenso
universal, que mapeiam o percurso clínico da ges-
tante e do RN, para garantir a informação mínima
essencial para a assistência perinatal efetiva.
O registro clínico tem também funções epi-
demiológicas, permitindo ao analisar dados agre-
gados, conhecer as características da população
assistida, monitorar os resultados da assistência e
identificar problemas clínicos prioritários.
Para que isso se concretize é essencial a ga-
rantia do registro clínico confiável e de armaze-
namento rápido de dados para que possam ser
utilizados no tempo necessário e no local onde a
informação é gerada.
Integração interdisciplinar
O trabalho na Unidade Perinatal é essencial-
mente interdisciplinar com o dimensionamento
do corpo técnico pautado no risco da população
perinatal assistida e no grau de complexidade da
assistência da instituição.
O modelo preconizado para sua organização é
o colaborativo e em time, com trabalho compar-
tilhado entre médico obstetra, pediatra, enfer-
meiros e profissionais de apoio que compõem a
equipe interdisciplinar do cuidado obstétrico e
neonatal.
É papel do Pediatra assumir a função de coor-
denação da Equipe que assiste aos RN, com garan-
tia da integração do cuidado neonatal em todo o
trajeto clínico.
Um dos desafios para o estabelecimento des-
se modelo é a comunicação entre os profissionais
e entre a equipe multiprofissional e a população
assistida. Uma comunicação efetiva, clara, preci-
sa, completa, reduz a ocorrência de erros e resulta
na melhoria da segurança da criança e mãe e na
promoção de saúde.
Várias são as formas de comunicação e a pri-
meira delas é a interconexão de programas de for-
ma que as ações interpostas sejam uma oportuni-
dade para a comunicação efetiva.
Estratégias sugeridas para o estabelecimento
de uma boa comunicação:
• Oferta de informações completas e detalhadas
sobre os cuidados;
• Especial atenção à linguagem empregada;
• Comunicação entre todos os membros da equi-
pe de informações objetivas relacionadas à
gestão da unidade e à assistência como subsí-
dios para o planejamento do trabalho e tomada
de decisão;
• Troca de turnos com comunicação estruturada
entre os membros da equipe multidisciplinar:
identificação de pacientes sob cuidados, diag-
nósticos, intercorrências, plano terapêutico,
dados clínicos e laboratoriais;
• Organização do trabalho com responsabilidade
partilhada por todos os membros da equipe, di-
minuindo a distância entre os níveis hierárqui-
cos e valorizando as diversas competências.
12. Nascimento seguro
12
Conclusão
“Um Nascimento Seguro” precisa ocorrer em
um sistema de saúde organizado, com uma assis-
tência pré-natal de qualidade, com um cuidado
realizado em local com infraestrutura e material
apropriados, com a presença de profissionais ade-
quadamente capacitados e fundamentalmente
com a participação do PEDIATRA em todas as eta-
pas deste processo.
DESAFIOS: estratégias a serem implementadas
ou aperfeiçoadas
Reduzindo as sequelas e mortes neonatais por
causas evitáveis
1. Aumentar o número de mulheres que rece-
bem assistência de qualidade no período da
gestação, parto e puerpério;
2. Adequar e definir novos critérios da estrati-
ficação de risco gestacional para responder
às demandas clínicas da gestação, de acordo
com recomendações da OMS;
3. Regular a vinculação da gestante de risco à
maternidade de referência (regulação pré-hos-
pitalar de leitos obstétricos e neonatais) para
garantir o transporte in utero nos casos de: ris-
co de nascimento prematuro; diagnóstico de
malformações maiores, gravidez múltipla e do-
enças maternas graves com IG < 34 semanas;
doença hemolítica grave; hidropsia fetal;
4. Organizar a atenção secundária nas várias re-
giões do país: pré-natal de alto risco e segui-
mento ambulatorial do RN pré-termo;
5. Melhorar a estrutura das nossas maternidades
e unidades perinatais: validar um instrumento
de diagnóstico das Unidades Perinatais;
6. Implementar modelo assistencial em mater-
nidades localizadas em vazios assistenciais
condizente com a necessidade regional;
7. Promover amplo debate de como enfrentar as
diferenças regionais na assistência perinatal
com a implementação de novas tecnologias,
como telemonitoramento para maternidades
localizadas em vazios assistenciais;
8. Investimentos para melhoria dos processos as-
sistenciais em maternidades de risco habitual;
9. Investimentos em maternidades de alto risco
com fluxos especiais, não habilitadas ou cre-
denciadas;
10. Definir e regulamentar o papel dos Centros
Perinatais na coordenação do cuidado em
rede, gerenciando processos clínicos de hos-
pitais com diferentes níveis de complexidade
assistencial
11. Implementar estratégia de revisão por pares
para monitorar e classificar as Unidades Peri-
natais;
12. Telemedicina para disseminar conhecimen-
tos e recursos, melhorar a disseminação de
recursos;
13. Discutir a distribuição de medicamentos para
RN pré-termo em maternidades não credencia-
das, tais como surfactante incluindo nos SAMU,
prostaglandina (cardiopatas), CPAP nasal, jun-
tamente com a implementação de leitos de
cuidados neonatais de apoio ou intermediários
em maternidades de risco habitual, até a trans-
ferência para um centro especializado;
14. Aumentar o número de leitos neonatais em
centros perinatais de maior complexidade
assistencial: maior volume de casos acarreta
melhoria do desempenho das Unidades rela-
cionado à experiência clínica
15. Sistema de transporte seguro segundo nor-
mas assistenciais com coordenação do centro
que receberá a criança, ambulâncias especifi-
cas para RN, com assistência por médico neo-
natologista e enfermeira neonatal;
16. Equipe assistencial com competências defi-
nidas;
17. Mobilização social: educação do usuário e
consciência pública;
18. Definir sistema de informação e registro de
coleta e análise de dados;
19. Definir medidas de indicadores de gestão e
assistenciais; e
20. Discutir e consensuar as metas a serem alcan-
çadas
13. Departamento Científico de Neonatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria
13
LEITURA SUGERIDA
12. Brasil. Presidência da República. Decreto nº
7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta
a lei n 8080, 19/09/1990, para dispor sobre
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saúde, a assistência à saúde ... estabelecendo
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9. Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do
Ministro. Portaria Nº 3.390, DE 30 DE
DEZEMBRO DE 2013. Institui a Política Nacional
de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
10. Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do
Ministro. Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de
2011. Institui no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS - a Rede Cegonha.
11. Brasil. Ministério da Suade. Gabinete do
Ministro. Portaria GM N. 2.436, de 21 de
setembro de 2017. Aprova a Política Nacional
de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes para a organização da Atenção Básica,
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
14. Nascimento seguro
14
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47. Snowden JM, Tilden EL, Snyder J, Quigley
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Hospital Birth and Birth Outcomes. N Engl J Med.
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48. Villar J, Giuliani F, Barros F, Roggero P, Coronado
Zarco IA, Rego MAS, et al. Monitoring the Postnatal
Growth of Preterm Infants: A Paradigm Change.
Pediatrics. 2018;141(2). pii: e20172467.
49. UNICEF for every child. Every moment matters.
UNICEF, 2017 Disponível em https://www.
unicef.org/media/files/UNICEF_Early_Moments_
Matter_for_Every_Child_report.pdf acesso em
janeiro de 2018.
50. UNICEF for every child. Every Child Alive: The
urgent need to end the newborn deaths. 2018.
Disponível em https://reliefweb.int/report/
world/every-child-alive-urgent-need-end-
newborn-deaths-enar Acesso em janeiro de
2018.
51. Wax JR, Lucas FL, Lamont M, Pinette MG, Cartin
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in planned home birth vs planned hospital
births: a metaanalysis. Am J Obstet Gynecol.
2010;203(3):243.e1-8.
16. 16
Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
1º VICE-PRESIDENTE:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
2º VICE-PRESIDENTE:
Edson Ferreira Liberal (RJ)
SECRETÁRIO GERAL:
Sidnei Ferreira (RJ)
1º SECRETÁRIO:
Cláudio Hoineff (RJ)
2º SECRETÁRIO:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
3º SECRETÁRIO:
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA FINANCEIRA:
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL:
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Membros:
Hans Walter Ferreira Greve (BA)
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE)
Alberto Jorge Félix Costa (MS)
Analíria Moraes Pimentel (PE)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA)
Nordeste:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste:
Luciano Amedée Péret Filho (MG)
Sul:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Centro-oeste:
Regina Maria Santos Marques (GO)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA:
Assessoria para Assuntos Parlamentares:
Marun David Cury (SP)
Assessoria de Relações Institucionais:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e
Adolescentes com Deficiência:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença
Maternidade e Paternidade:
João Coriolano Rego Barros (SP)
Alexandre Lopes Miralha (AM)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência:
Evelyn Eisenstein (RJ)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP)
Atividade Física
Coordenadores:
Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros:
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Patrícia Guedes de Souza (BA)
Profissionais de Educação Física:
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA)
Alex Pinheiro Gordia (BA)
Isabel Guimarães (BA)
Jorge Mota (Portugal)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE)
Colaborador:
Dirceu Solé (SP)
Metodologia Científica:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Leone (SP)
Pediatria e Humanidade:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
João de Melo Régis Filho (PE)
Transplante em Pediatria:
Themis Reverbel da Silveira (RS)
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR)
Adriana Seber (SP)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP)
DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP:
Hélcio Villaça Simões (RJ)
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO
Mauro Batista de Morais (SP)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education
Consortium)
Ricardo do Rego Barros (RJ)
REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP)
Sérgio Augusto Cabral (RJ)
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA
Francisco José Penna (MG)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Marun David Cury (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ)
Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
João Cândido de Souza Borges (CE)
COORDENAÇÃO VIGILASUS
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Célia Maria Stolze Silvany ((BA)
Kátia Galeão Brandt (PE)
Elizete Aparecida Lomazi (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Jocileide Sales Campos (CE)
COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Maria Nazareth Ramos Silva (RJ)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Álvaro Machado Neto (AL)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE)
Cecim El Achkar (SC)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO
Normeide Pedreira dos Santos (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO
DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Paulo César Guimarães (RJ)
Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL:
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG)
Kátia Laureano dos Santos (PB)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Valéria Maria Bezerra Silva (PE)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA
PEDIÁTRICA (CANP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG)
PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS
Victor Horácio da Costa Júnior (PR)
PORTAL SBP
Flávio Diniz Capanema (MG)
COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
José Maria Lopes (RJ)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE)
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE)
Joel Alves Lamounier (MG)
DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES
Fábio Ancona Lopez (SP)
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
Joel Alves Lamounier (MG)
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Flávio Diniz Capanema (MG)
EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
Renato Procianoy (RS)
EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
Gil Simões Batista (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Sandra Mara Amaral (RJ)
Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Fábio Ancona Lopez (SP)
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Joel Alves Lamounier (MG)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Rosana Fiorini Puccini (SP)
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Rosana Alves (ES)
Suzy Santana Cavalcante (BA)
Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Silvia Wanick Sarinho (PE)
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Jefferson Pedro Piva (RS)
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Sérgio Luís Amantéa (RS)
Gil Simões Batista (RJ)
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Aurimery Gomes Chermont (PA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Hélcio Maranhão (RN)
COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Herberto José Chong Neto (PR)
DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Cláudio Barsanti (SP)
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Gilberto Pascolat (PR)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Valmin Ramos da Silva (ES)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Tânia Denise Resener (RS)
João Coriolano Rego Barros (SP)
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Marisa Lopes Miranda (SP)
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Núbia Mendonça (SE)
Nélson Grisard (SC)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Suplentes:
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
João de Melo Régis Filho (PE)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Presidente:
Mario Santoro Júnior (SP)
Vice-presidente:
Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Secretário Geral:
Jefferson Pedro Piva (RS)