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Murilo Mendes
Escritor Brasileiro
Murilo Mendes nasceu em 13 de maio de 1901, em Juiz de Fora, Minas Gerais, e perdeu
sua mãe no ano seguinte. Seu contato com a poesia teve início na infância, quando
começou a fazer seus primeiros versos. Tinha 16 anos quando fugiu do colégio para assis�r
a uma apresentação do bailarino russo Vaslav Nijinski (1889-1950), no Rio de Janeiro, onde
foi morar em 1920 e, para manter-se, passou a trabalhar no Ministério da Fazenda.
Sua filiação ao modernismo deu-se com a publicação do poema “República”, na Revista de
Antropofagia, em 1928. Assim, O primeiro livro do autor — Poemas — foi publicado em
1930, custeado pelo pai, que era funcionário público. Por essa obra, ganhou o Prêmio de
Poesia Fundação Graça Aranha. Quatro anos depois, com a morte de seu amigo, o pintor
Ismael Nery (1900-1934), que era católico, Murilo Mendes passou a dedicar-se ao
catolicismo, crença que, a par�r de então, influenciou fortemente a sua escrita poé�ca.
Biografia
Em 1936, foi nomeado inspetor de ensino secundário do Distrito Federal. Em 1943, ficou
internado durante seis meses, com sintomas de tuberculose. Curado, mas sem poder viver
exclusivamente da escrita, em 1946, trabalhou como escrivão. No ano seguinte, casou-se
com a poe�sa Maria da Saudade Cortesão (1914-2010). Em 1948, escreveu para os
periódicos A Manhã e O Estado de S. Paulo. Já na década seguinte, entre os anos de 1953
e 1956, dedicou-se a fazer conferências literárias na França, Bélgica e Holanda.
Sua mudança para a Itália ocorreu em 1957. Ali, foi professor de cultura brasileira na
Universidade de Roma e na Universidade de Pisa, a serviço do Departamento Cultural do
Itamara�. Sua casa era ponto de encontro de escritores e ar�stas plás�cos da Europa.
Murilo Mendes recebeu o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina, em 1972, e o
Prêmio Viareggio, em 1973, antes de falecer, em 13 de agosto de 1975, em Portugal.
A Segunda Fase do Modernismo que se estendeu de 1930 a 1945 foi o reflexo de um
conturbado momento histórico, uma herança da depressão econômica, do avanço do nazi
-fascismo, da expansão do comunismo e da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, deu-se a
ascensão de Getúlio Vargas e a consolidação de seu poder com a ditadura do Estado-Novo.
A poesia desse período traz uma temá�ca mais poli�zada, resultado das profundas
transformações, como também surge uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o
in�mismo, como fruto dessa inquietação, como é o caso da segunda fase da poesia de
Murilo Mendes.
Contexto Histórico
As obras de Murilo Mendes, autor pertencente à segunda fase do modernismo brasileiro
(1930-1945), apresentam:
Ironia
Crise existencial
Conflito espiritual
Ques�onamento meta�sico
Temá�ca sociopolí�ca
Liberdade formal
Influência do surrealismo
Caráter onírico
Valorização do inconsciente
Ilogismo e nonsense
Presença de símbolos do catolicismo
Reflexão sobre a realidade brasileira
Estilo literário
Poemas (1930)
Bumba-meu-poeta (1931)
História do Brasil (1932)
O sinal de Deus (1936)
A poesia em pânico (1937)
O visionário (1941)
As metamorfoses (1944)
Mundo enigma (1945)
O discípulo de Emaús (1945)
Poesia liberdade (1947)
Janela do caos (1949)
Contemplação de Ouro Preto (1954)
Poesias (1959)
Siciliana (1959)
Tempo espanhol (1959)
A idade do serrote (1968)
Convergência (1970)
Poliedro (1972)
Obras de Murilo Mendes

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  • 2. Murilo Mendes nasceu em 13 de maio de 1901, em Juiz de Fora, Minas Gerais, e perdeu sua mãe no ano seguinte. Seu contato com a poesia teve início na infância, quando começou a fazer seus primeiros versos. Tinha 16 anos quando fugiu do colégio para assis�r a uma apresentação do bailarino russo Vaslav Nijinski (1889-1950), no Rio de Janeiro, onde foi morar em 1920 e, para manter-se, passou a trabalhar no Ministério da Fazenda. Sua filiação ao modernismo deu-se com a publicação do poema “República”, na Revista de Antropofagia, em 1928. Assim, O primeiro livro do autor — Poemas — foi publicado em 1930, custeado pelo pai, que era funcionário público. Por essa obra, ganhou o Prêmio de Poesia Fundação Graça Aranha. Quatro anos depois, com a morte de seu amigo, o pintor Ismael Nery (1900-1934), que era católico, Murilo Mendes passou a dedicar-se ao catolicismo, crença que, a par�r de então, influenciou fortemente a sua escrita poé�ca. Biografia
  • 3. Em 1936, foi nomeado inspetor de ensino secundário do Distrito Federal. Em 1943, ficou internado durante seis meses, com sintomas de tuberculose. Curado, mas sem poder viver exclusivamente da escrita, em 1946, trabalhou como escrivão. No ano seguinte, casou-se com a poe�sa Maria da Saudade Cortesão (1914-2010). Em 1948, escreveu para os periódicos A Manhã e O Estado de S. Paulo. Já na década seguinte, entre os anos de 1953 e 1956, dedicou-se a fazer conferências literárias na França, Bélgica e Holanda. Sua mudança para a Itália ocorreu em 1957. Ali, foi professor de cultura brasileira na Universidade de Roma e na Universidade de Pisa, a serviço do Departamento Cultural do Itamara�. Sua casa era ponto de encontro de escritores e ar�stas plás�cos da Europa. Murilo Mendes recebeu o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina, em 1972, e o Prêmio Viareggio, em 1973, antes de falecer, em 13 de agosto de 1975, em Portugal.
  • 4. A Segunda Fase do Modernismo que se estendeu de 1930 a 1945 foi o reflexo de um conturbado momento histórico, uma herança da depressão econômica, do avanço do nazi -fascismo, da expansão do comunismo e da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, deu-se a ascensão de Getúlio Vargas e a consolidação de seu poder com a ditadura do Estado-Novo. A poesia desse período traz uma temá�ca mais poli�zada, resultado das profundas transformações, como também surge uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o in�mismo, como fruto dessa inquietação, como é o caso da segunda fase da poesia de Murilo Mendes. Contexto Histórico
  • 5. As obras de Murilo Mendes, autor pertencente à segunda fase do modernismo brasileiro (1930-1945), apresentam: Ironia Crise existencial Conflito espiritual Ques�onamento meta�sico Temá�ca sociopolí�ca Liberdade formal Influência do surrealismo Caráter onírico Valorização do inconsciente Ilogismo e nonsense Presença de símbolos do catolicismo Reflexão sobre a realidade brasileira Estilo literário
  • 6. Poemas (1930) Bumba-meu-poeta (1931) História do Brasil (1932) O sinal de Deus (1936) A poesia em pânico (1937) O visionário (1941) As metamorfoses (1944) Mundo enigma (1945) O discípulo de Emaús (1945) Poesia liberdade (1947) Janela do caos (1949) Contemplação de Ouro Preto (1954) Poesias (1959) Siciliana (1959) Tempo espanhol (1959) A idade do serrote (1968) Convergência (1970) Poliedro (1972) Obras de Murilo Mendes