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Serões de Dona Benta – Um livro - jogo
Ilustrações: Belmonte, André Le Blanc e Augustus.
Comichões
Científicas
── Dona Benta havia
notado que Pedrinho,
Narizinho e Emília estavam
ansiosos em aprender
Ciências.
“── Sinto uma comichão
no cérebro, disse Pedrinho.
Quero saber coisas. Quero
saber tudo quanto há no
mundo...”(LOBATO, 1994, p.
7)
Escolha seu personagem
• Pedrinho Emília Narizinho
• Emília é uma boneca de pano muito faladeira
• boneca
• Pedrinho é um menino muito esperto e
corajoso
• Narizinho é uma menina inteligente e que
adora jabuticaba
Narizinho estava no sítio com sua avó ficou
observando a natureza a sua volta e, então
perguntou:
── O que é Ciência, vovó?
── Ciência é uma coisa muito simples,
minha filha. Ciência é tudo quanto sabemos.
── E como sabemos?
── Sabemos graças ao uso da nossa
inteligência, que nos faz observar as coisas, ou
os fenômenos, como dizem os sábios.
── Então fenômeno é o mesmo que coisa?
(LOBATO, 2004, p.9)
── Fenômeno é tudo na natureza. Aquela
fumacinha lá longe, que sobe para o céu, é um
fenômeno. A chuva que cai é um fenômeno. O
som da minha voz é um fenômeno. Fenômeno é
tudo o que acontece. E foi observando os
fenômenos da natureza que o homem criou as
Ciências (LOBATO, 2004, p. 9).
── No começo o homem era um pobre bípede
que valia tanto como os quadrúpedes de hoje. Vivia
como todos os animais, nu em pêlo, morando só nos
lugares de bom clima, onde houvesse abundância de
frutas silvestres e caça. Um animal como outro
qualquer. Mas a inteligência que foi nascendo nele
fez que começasse a observar os fenômenos da
natureza e a tirar conclusões. O homem teve a ideia
de plantar, e com isso criou a agricultura. Teve ideia
de inventar armas e com isso aumentou a eficiência
de seus músculos
(LOBATO, 2004, p. 9).
── Também aprendeu a domesticar certos
animais, de que se servia para a alimentação ou para
ajudá-lo no trabalho. E a inteligência do homem, de
tanto observar os fenômenos, foi criando a Ciência,
que é o modo de compreender os fenômenos, de
lidar com eles e produzi-los quando se quer.
Nesse ponto um passarinho cantou no pomar.
Narizinho pôs-se de ouvido alerta.
── Que passarinho será aquele? – Murmurou,
falando consigo mesma. E saiu disparada para ver
(LOBATO, 2004, p.9).
── Ora ai está como se forma a Ciência –
disse a boa senhora. – Se o canto fosse de sabiá,
Narizinho não se incomodaria, porque já conhece o
sabiá. Mas como não reconheceu o canto, ficou logo
assanhada por saber - e foi correndo ao pomar. A
curiosidade diante de um fenômeno que não
conhecemos é a mãe da Ciência.
Logo depois Narizinho voltou.
── Era uma saíra das raras, a segunda que
vejo por aqui. – disse ela, e Dona Benta continuou a
desenvolver seu tema (LOBATO, 2004, p. 9).
── Muito bem; sua curiosidade Narizinho,
fez com que você adquirisse um conhecimento
novo. Ficou sabendo que esse canto é duma
saíra rara por aqui. Para chegar a essa
conclusão, você teve de observar o fenômeno, -
de ir ver, porque só com o ouvido não podia
identificar o passarinho. Você neste caso fez o
papel do cientista que observa, descobre e fica
sabendo (LOBATO, 2004, p. 11).
E eu aqui, que não fui observar, aceito esse
conhecimento que você adquiriu e também fico
sabendo que o tal canto é de uma saíra rara por
aqui. Quando alguém me perguntar: “Que
passarinho é esse que está cantando?” eu
responderei que é uma saíra rara, confiando na
informação que você me deu.
(LOBATO, 2004, p. 11).
Fonte: http://piobrasileiro.blogspot.com.br/2016/02/thraupidae-parte-1.html. Acesso em: 01 ago. 2017.
── Se a Ciência ficasse com o homem que a
adquire, de bem pouco valor seria, porque
desapareceria com esse homem. Mas a Ciência se
transmite de uma pessoa para outra pessoa e assim
vai aumentando o patrimônio de conhecimentos da
humanidade (LOBATO, 2004, p. 11).
── Nossa! Isso é muito legal, vovó, o poder
que o conhecimento têm.
── Sim, minha neta, mas veja bem, o
conhecimento é bom, quando passamos ele adiante,
quando podemos ensinar os outros.
── Isso me lembra que eu fiquei de ajudar a
Emília, ela está escrevendo um livro com suas
memórias, mas não sabe como começar, o
Visconde está ajudando, mas acho que toda a
ajuda é válida, não é, vovó?
── Claro! Vá lá e ajude a Emília, depois eu
quero dar uma olhada nessas memórias, a Emília é
uma figura, mesmo!
Fim!
Mesmo estando de férias, as crianças
adoravam estudar com a Dona Benta, estavam na
sala e, assim que Emília abriu a janela uma lufada
de ar entrou, levando uma folha de papel de cima da
mesa.
Dona Benta aproveitou-se do incidente para
falar do ar.
── Esse vento que acaba de arejar a sala –
disse ela – está nos indicando o caminho. Podemos
começar o nosso estudo de hoje pelo ar. Quem sabe
o que é o ar? (LOBATO, 2004, p.12).
── Eu sei, disse Emília - é uma coisa branca
que a gente respira.
── Branca Emília, então o ar é branco?
── Eu digo branco à toa – respondeu Emília -
Sei que o ar não tem cor, é como o vidro,
transparente.
── Isso, disse sua avó. Mas tem cor, sim. É
levemente azulado – tão levemente que só quando
visto em grandes camadas o seu azul se torna
perceptível. Sabemos que o ar é azul, por causa do
céu, que não passa da camada de ar que envolve a
terra (LOBATO, 2004, p. 12).
Mas vamos ver o que é o ar
── Eu sei que o ar forma a camada de
atmosfera que envolve o globo - disse Emília.
── Sim, o mais certo, porém, é dizer que o
ar faz parte da terra, como as rochas, as águas e o
mar. Forma a parte gasosa da terra e por isso
mesmo fica por cima da parte sólida, por ser
mais leve – e é nessa parte gasosa que vivem os
animais e plantas terrestres. Sem ar, não poderia
haver vida. (LOBATO, 2004, p. 12).
── O ar é uma mistura de vários gases, composta
principalmente de azoto (78 %), oxigênio (21 %) e
argônio (1 %). E há ainda nele outros gases em
quantidades mínimas, como o hélio, o neônio, o criptônio;
o xenônio e mais outros que escapam das fabricas, minas
de carvão ou petróleo, etc. Também há nele vapor ou água
em estado gasoso. Uma simples mistura, o nosso ar. Esses
gases não estão combinados entre si; estão apenas
misturados.
O oxigênio é a parte do ar de maior importância
para nós, porque deles nos utilizamos constantemente.
── Mas como é o oxigênio – Que cor, que gosto
tem? Indagou Emília.
── É um gás, portanto não pode ser visto, nem
pegado com as nossas mãos (LOBATO, 2004 p. 14 – 15).
Dona Benta, continuou:
── O gás oxigênio é utilizado pela maioria
dos seres vivos na respiração.
── Emília, perguntou Dona Benta, você
viu que nós respiramos o oxigênio, mas será que
nós o expiramos também?
── Vovó, que pergunta difícil, mas eu acho
que sim, nós expiramos gás oxigênio também.
── Não, vovó, eu ouvi dizer que nós
expiramos gás carbônico.
── Na verdade minha querida, os seres
humanos respiram oxigênio, porém expiram o
gás carbônico.
Fonte: https://escolakids.uol.com.br/respiracao.htm. Acesso em: 01. ago. 2017.
 O ser humano expira (CO2), mais conhecido como gás
carbônico.
 O CO2está presente em águas e refrigerantes
gaseificados. O sabor ácido característico destas bebidas é
alcançado com a adição desse gás.
 Ele também é necessário para que os vegetais
produzam seu próprio alimento através de um processo
chamado fotossíntese (SOUZA, entre 2015 e 2017).
── Muito legal conhecer tanta coisa sobre o
ar, agora eu sei o motivo das pessoas falarem tanto
para não cortarmos as árvores, pois são elas que
produzem o gás oxigênio que precisamos para
respirar!
── É isso mesmo, Emília! Dona Benta, falou.
── Falando nisso, olha como o ar balança os
galhos da jabuticabeira!
── Narizinho, Gritou Emília, de repente!
Vamos comer umas jabuticabas? Agora me bateu
uma fome.
Narizinho olhou para sua avó, que assentiu
com a cabeça!
── Vão meninas, e não esqueçam de trazer
algumas para mim!
E assim as duas meninas ficaram por horas em
cima da jabuticabeira, até que Narizinho, sem
querer, mordeu uma jabuticaba com uma abelha
dentro e por isso saiu correndo e chorando de cima
da árvore.
Tia Nastácia ouvindo todo aquele barulho, foi
ver o que era, e então tirou o ferrão da língua de
Narizinho, que parou de sentir dor.
Fim!
O que é água?
Estava chovendo no Sítio, então as crianças se
juntaram para conversar com a Dona Benta que viu que
Pedrinho estava triste, olhando pela janela, então para
distraí-lo, perguntou:
── O que é água?
Todos sabiam. Quem não sabe o que é água?
── Uma coisa que a gente bebe – disse Emília.
── A mãe da vida – Respondeu Pedrinho, que era
mais filosófico.
── A leva-e-traz – Sugeriu Narizinho (LOBATO,
2004, p. 21).
Dona Benta explicou:
── A água é o berço onde nascemos e o
berço onde nascemos e o berço onde ainda se
embalam todos os organismos. Sem água não há
vida possível, e pois é ela a mãe da vida, como
disse Pedrinho. Também é a leva-e-traz, como
disse Narizinho. E também uma coisa que a
gente bebe, como disse Emília. Fora o homem,
todos os seres, sejam animais ou vegetais, se
utilizam da água para beber apenas (LOBATO,
2004, p. 21).
── E também tomar banho – advertiu Emília
– Os passarinhos gostam muito de banhos.
── Sim, banho de refrescar o corpo –
concordou Dona Benta – porque os animais limitam
a molhar-se – não se lavam à nossa moda,
esfregando o corpo com sabão... Entre todos os
seres só o homem ampliou a utilização da água,
escravizando-a às suas necessidades.
Transformando-a em vapor, para aproveitar a
energia do vapor-d ’água. Transforma-a em gelo.
Utiliza-se das quedas d’água para produzir força
mecânica e sobretudo elétrica. Não tem conta os
serviços que a água presta ao homem (LOBATO,
2004, p. 21).
── Felizmente possuímos água na maior
abundância.
── Apesar disso, muita gente morre de sede
nos desertos e nas secas – disse Pedrinho.
── Sim, ocasionalmente, num ponto ou
noutro, a água vem a faltar, mas não que haja pouca
água na terra. Vocês bem sabem que três quartos da
superfície do globo são recobertos de água – a água
dos oceanos. E essa água dos oceanos está toda
ligada entre si, formando um corpo único, de modo
que o que chamamos continente não passam de
grandes ilhas – ou terras rodadas de água de todos
os lados (LOBATO, 2004, p. 21).
Mas o que é água afinal de contas?
── Já dissemos vovó.
── Vocês deram uma impressão sobre a
água e eu pergunto que coisa é a água no ponto
de vista Químico.
── Isso não sabemos porque não somos
químicos...
── Pois fiquem sabendo que a água é um
óxido (LOBATO, 2004, p. 22).
── Oxido do hidrogênio, assim como o
dióxido de carbono se forma quando uma
substância contendo carbono é queimada, assim
também a água se forma quando o hidrogênio é
queimado. O nome científico da água é, pois,
óxido de hidrogênio, e a formula química é H²O
(LOBATO, 2004, p.22).
Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/6213657. Acesso em 01. ago. 2017.
── Depois de um tempo a Dona Benta falou
da importância em se estudar as propriedades da
água. E que uma delas era dissolver coisas, como o
sal, o açúcar. Outras substâncias como as rochas,
também se dissolvem na água, mas em proporção
tão pequenas que não percebemos. O maior
dissolvente que existe é a água, isto é, a substância
que dissolve maior número de outras substâncias. E
é essa propriedade da água que permite a vida aos
peixes e mais seres aquáticos (LOBATO, 2004,
p.23).
── Mas existem substâncias que não
dissolvem na água – disse Dona Benta.
── Qual seriam essas substâncias?
• Azeite.
• Sal e açúcar.
── A água, conhecida como solvente
universal, pois dissolve várias substâncias.
O açúcar, quando misturado à água,
dissolve-se. Nessa mistura, não é possível
percebermos facilmente a presença dessa
substância. (PESSÔA; FAVALLI, 2014, p. 74).
── Então o sal e o açúcar se dissolvem na
água, sim.
Fonte: https://escolakids.uol.com.br/concentracao-de-uma-mistura-homogenea.htm. Acesso em 01. ago. 2017.
── O óleo, quando misturado à água, não
se dissolve, Nesse caso, podemos perceber a
presença dessa substância na água. (PESSÔA;
FAVALLI, 2014, p. 74).
── Parabéns, você acertou, o óleo
portanto, não se dissolve na água.
Fonte: http://umaquimicairresistivel.blogspot.com.br/2011/04/oleo-e-agua-nao-ha-conversa-possivel.html. Acesso em: 01. ago. 2017.
── Por que há tanto sal no mar? Perguntou
Pedrinho, de onde veio esse sal?
── Da terra, das rochas que compõem a
terra. A água do mar há milhares de anos
descreve uma volta: evapora-se, forma na
atmosfera as nuvens, o vento sopra as nuvens
para a terra, as nuvens se desfazem em chuva e a
água cai. Cai na terra e se infiltra, formando os
olhos-d’água, os ribeirõezinhos e por fim os rios,
que de novo levam para o mar a água que dele
saiu. Chamamos esse processo de ciclo da água
(LOBATO, 2004, p.23).
── Mas vovó, o que isso tem a ver com o
mar ficar salgado?
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descrever um circuito: mar-nuvem-terra-mar. E
de tanto lavar a terra, vai dissolvendo o sal e
outros minerais que encontra pelo caminho e
levando-os para o oceano.
── Mas quando a água evapora não leva
consigo o sal? (LOBATO, 2004, p. 23).
Sim, por isso a chuva também é salgada.
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── Na verdade a água da chuva, apesar de
ser água marinha, não tem o menor gosto de sal.
É puríssima. – É água destilada.
── O que quer dizer água destilada?
── Quer dizer água obtida diretamente da
condensação do vapor d’água. Agua da chuva é
água destilada; a dos rios não é (LOBATO, 2004,
p. 23 – 24).
Parabéns, você acertou!
── A água da chuva, apesar de ser água marinha, não tem
o menor gosto de sal. É puríssima. – É água destilada.
── O que quer dizer água destilada?
── Quer dizer água obtida diretamente da condensação
do vapor d’água (LOBATO, 2004, p. 23 - 24).
── Vovó, interrompei Pedrinho, é o Saci Pererê lá fora?
Nunca tinha visto ele por aqui, podemos continuar a conversa
depois? Quero tentar falar com ele!
Dona Benta rio e falou:
── Claro, Pedrinho, você pode ir!
E com isso, Pedrinho passou o resto da tarde brincando e
tentando falar com o Saci Pererê.
Fim!
Referências
•LOBATO; Monteiro. Serões de Dona Benta.
22.ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
•SOUZA, Líria Alves de. "Dióxido de
carbono"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/dioxido
-carbono.htm>. Acesso em 01 de ago. 2017.
•PESSÔA; Karina Alessandra, FAVALLI; Leonel
Delvai. A escola é nossa: Ciências. 3. ed. São
Paulo: Scipione, 2014.

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  • 8. ── Ciência é uma coisa muito simples, minha filha. Ciência é tudo quanto sabemos. ── E como sabemos? ── Sabemos graças ao uso da nossa inteligência, que nos faz observar as coisas, ou os fenômenos, como dizem os sábios. ── Então fenômeno é o mesmo que coisa? (LOBATO, 2004, p.9)
  • 9. ── Fenômeno é tudo na natureza. Aquela fumacinha lá longe, que sobe para o céu, é um fenômeno. A chuva que cai é um fenômeno. O som da minha voz é um fenômeno. Fenômeno é tudo o que acontece. E foi observando os fenômenos da natureza que o homem criou as Ciências (LOBATO, 2004, p. 9).
  • 10. ── No começo o homem era um pobre bípede que valia tanto como os quadrúpedes de hoje. Vivia como todos os animais, nu em pêlo, morando só nos lugares de bom clima, onde houvesse abundância de frutas silvestres e caça. Um animal como outro qualquer. Mas a inteligência que foi nascendo nele fez que começasse a observar os fenômenos da natureza e a tirar conclusões. O homem teve a ideia de plantar, e com isso criou a agricultura. Teve ideia de inventar armas e com isso aumentou a eficiência de seus músculos (LOBATO, 2004, p. 9).
  • 11. ── Também aprendeu a domesticar certos animais, de que se servia para a alimentação ou para ajudá-lo no trabalho. E a inteligência do homem, de tanto observar os fenômenos, foi criando a Ciência, que é o modo de compreender os fenômenos, de lidar com eles e produzi-los quando se quer. Nesse ponto um passarinho cantou no pomar. Narizinho pôs-se de ouvido alerta. ── Que passarinho será aquele? – Murmurou, falando consigo mesma. E saiu disparada para ver (LOBATO, 2004, p.9).
  • 12. ── Ora ai está como se forma a Ciência – disse a boa senhora. – Se o canto fosse de sabiá, Narizinho não se incomodaria, porque já conhece o sabiá. Mas como não reconheceu o canto, ficou logo assanhada por saber - e foi correndo ao pomar. A curiosidade diante de um fenômeno que não conhecemos é a mãe da Ciência. Logo depois Narizinho voltou. ── Era uma saíra das raras, a segunda que vejo por aqui. – disse ela, e Dona Benta continuou a desenvolver seu tema (LOBATO, 2004, p. 9).
  • 13. ── Muito bem; sua curiosidade Narizinho, fez com que você adquirisse um conhecimento novo. Ficou sabendo que esse canto é duma saíra rara por aqui. Para chegar a essa conclusão, você teve de observar o fenômeno, - de ir ver, porque só com o ouvido não podia identificar o passarinho. Você neste caso fez o papel do cientista que observa, descobre e fica sabendo (LOBATO, 2004, p. 11).
  • 14. E eu aqui, que não fui observar, aceito esse conhecimento que você adquiriu e também fico sabendo que o tal canto é de uma saíra rara por aqui. Quando alguém me perguntar: “Que passarinho é esse que está cantando?” eu responderei que é uma saíra rara, confiando na informação que você me deu. (LOBATO, 2004, p. 11). Fonte: http://piobrasileiro.blogspot.com.br/2016/02/thraupidae-parte-1.html. Acesso em: 01 ago. 2017.
  • 15. ── Se a Ciência ficasse com o homem que a adquire, de bem pouco valor seria, porque desapareceria com esse homem. Mas a Ciência se transmite de uma pessoa para outra pessoa e assim vai aumentando o patrimônio de conhecimentos da humanidade (LOBATO, 2004, p. 11). ── Nossa! Isso é muito legal, vovó, o poder que o conhecimento têm. ── Sim, minha neta, mas veja bem, o conhecimento é bom, quando passamos ele adiante, quando podemos ensinar os outros.
  • 16. ── Isso me lembra que eu fiquei de ajudar a Emília, ela está escrevendo um livro com suas memórias, mas não sabe como começar, o Visconde está ajudando, mas acho que toda a ajuda é válida, não é, vovó? ── Claro! Vá lá e ajude a Emília, depois eu quero dar uma olhada nessas memórias, a Emília é uma figura, mesmo! Fim!
  • 17. Mesmo estando de férias, as crianças adoravam estudar com a Dona Benta, estavam na sala e, assim que Emília abriu a janela uma lufada de ar entrou, levando uma folha de papel de cima da mesa. Dona Benta aproveitou-se do incidente para falar do ar. ── Esse vento que acaba de arejar a sala – disse ela – está nos indicando o caminho. Podemos começar o nosso estudo de hoje pelo ar. Quem sabe o que é o ar? (LOBATO, 2004, p.12).
  • 18. ── Eu sei, disse Emília - é uma coisa branca que a gente respira. ── Branca Emília, então o ar é branco? ── Eu digo branco à toa – respondeu Emília - Sei que o ar não tem cor, é como o vidro, transparente. ── Isso, disse sua avó. Mas tem cor, sim. É levemente azulado – tão levemente que só quando visto em grandes camadas o seu azul se torna perceptível. Sabemos que o ar é azul, por causa do céu, que não passa da camada de ar que envolve a terra (LOBATO, 2004, p. 12).
  • 19. Mas vamos ver o que é o ar ── Eu sei que o ar forma a camada de atmosfera que envolve o globo - disse Emília. ── Sim, o mais certo, porém, é dizer que o ar faz parte da terra, como as rochas, as águas e o mar. Forma a parte gasosa da terra e por isso mesmo fica por cima da parte sólida, por ser mais leve – e é nessa parte gasosa que vivem os animais e plantas terrestres. Sem ar, não poderia haver vida. (LOBATO, 2004, p. 12).
  • 20. ── O ar é uma mistura de vários gases, composta principalmente de azoto (78 %), oxigênio (21 %) e argônio (1 %). E há ainda nele outros gases em quantidades mínimas, como o hélio, o neônio, o criptônio; o xenônio e mais outros que escapam das fabricas, minas de carvão ou petróleo, etc. Também há nele vapor ou água em estado gasoso. Uma simples mistura, o nosso ar. Esses gases não estão combinados entre si; estão apenas misturados. O oxigênio é a parte do ar de maior importância para nós, porque deles nos utilizamos constantemente. ── Mas como é o oxigênio – Que cor, que gosto tem? Indagou Emília. ── É um gás, portanto não pode ser visto, nem pegado com as nossas mãos (LOBATO, 2004 p. 14 – 15).
  • 21. Dona Benta, continuou: ── O gás oxigênio é utilizado pela maioria dos seres vivos na respiração. ── Emília, perguntou Dona Benta, você viu que nós respiramos o oxigênio, mas será que nós o expiramos também? ── Vovó, que pergunta difícil, mas eu acho que sim, nós expiramos gás oxigênio também. ── Não, vovó, eu ouvi dizer que nós expiramos gás carbônico.
  • 22. ── Na verdade minha querida, os seres humanos respiram oxigênio, porém expiram o gás carbônico. Fonte: https://escolakids.uol.com.br/respiracao.htm. Acesso em: 01. ago. 2017.
  • 23.  O ser humano expira (CO2), mais conhecido como gás carbônico.  O CO2está presente em águas e refrigerantes gaseificados. O sabor ácido característico destas bebidas é alcançado com a adição desse gás.  Ele também é necessário para que os vegetais produzam seu próprio alimento através de um processo chamado fotossíntese (SOUZA, entre 2015 e 2017).
  • 24. ── Muito legal conhecer tanta coisa sobre o ar, agora eu sei o motivo das pessoas falarem tanto para não cortarmos as árvores, pois são elas que produzem o gás oxigênio que precisamos para respirar! ── É isso mesmo, Emília! Dona Benta, falou. ── Falando nisso, olha como o ar balança os galhos da jabuticabeira! ── Narizinho, Gritou Emília, de repente! Vamos comer umas jabuticabas? Agora me bateu uma fome.
  • 25. Narizinho olhou para sua avó, que assentiu com a cabeça! ── Vão meninas, e não esqueçam de trazer algumas para mim! E assim as duas meninas ficaram por horas em cima da jabuticabeira, até que Narizinho, sem querer, mordeu uma jabuticaba com uma abelha dentro e por isso saiu correndo e chorando de cima da árvore. Tia Nastácia ouvindo todo aquele barulho, foi ver o que era, e então tirou o ferrão da língua de Narizinho, que parou de sentir dor. Fim!
  • 26. O que é água? Estava chovendo no Sítio, então as crianças se juntaram para conversar com a Dona Benta que viu que Pedrinho estava triste, olhando pela janela, então para distraí-lo, perguntou: ── O que é água? Todos sabiam. Quem não sabe o que é água? ── Uma coisa que a gente bebe – disse Emília. ── A mãe da vida – Respondeu Pedrinho, que era mais filosófico. ── A leva-e-traz – Sugeriu Narizinho (LOBATO, 2004, p. 21).
  • 27. Dona Benta explicou: ── A água é o berço onde nascemos e o berço onde nascemos e o berço onde ainda se embalam todos os organismos. Sem água não há vida possível, e pois é ela a mãe da vida, como disse Pedrinho. Também é a leva-e-traz, como disse Narizinho. E também uma coisa que a gente bebe, como disse Emília. Fora o homem, todos os seres, sejam animais ou vegetais, se utilizam da água para beber apenas (LOBATO, 2004, p. 21).
  • 28. ── E também tomar banho – advertiu Emília – Os passarinhos gostam muito de banhos. ── Sim, banho de refrescar o corpo – concordou Dona Benta – porque os animais limitam a molhar-se – não se lavam à nossa moda, esfregando o corpo com sabão... Entre todos os seres só o homem ampliou a utilização da água, escravizando-a às suas necessidades. Transformando-a em vapor, para aproveitar a energia do vapor-d ’água. Transforma-a em gelo. Utiliza-se das quedas d’água para produzir força mecânica e sobretudo elétrica. Não tem conta os serviços que a água presta ao homem (LOBATO, 2004, p. 21).
  • 29. ── Felizmente possuímos água na maior abundância. ── Apesar disso, muita gente morre de sede nos desertos e nas secas – disse Pedrinho. ── Sim, ocasionalmente, num ponto ou noutro, a água vem a faltar, mas não que haja pouca água na terra. Vocês bem sabem que três quartos da superfície do globo são recobertos de água – a água dos oceanos. E essa água dos oceanos está toda ligada entre si, formando um corpo único, de modo que o que chamamos continente não passam de grandes ilhas – ou terras rodadas de água de todos os lados (LOBATO, 2004, p. 21).
  • 30. Mas o que é água afinal de contas? ── Já dissemos vovó. ── Vocês deram uma impressão sobre a água e eu pergunto que coisa é a água no ponto de vista Químico. ── Isso não sabemos porque não somos químicos... ── Pois fiquem sabendo que a água é um óxido (LOBATO, 2004, p. 22).
  • 31. ── Oxido do hidrogênio, assim como o dióxido de carbono se forma quando uma substância contendo carbono é queimada, assim também a água se forma quando o hidrogênio é queimado. O nome científico da água é, pois, óxido de hidrogênio, e a formula química é H²O (LOBATO, 2004, p.22). Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/6213657. Acesso em 01. ago. 2017.
  • 32. ── Depois de um tempo a Dona Benta falou da importância em se estudar as propriedades da água. E que uma delas era dissolver coisas, como o sal, o açúcar. Outras substâncias como as rochas, também se dissolvem na água, mas em proporção tão pequenas que não percebemos. O maior dissolvente que existe é a água, isto é, a substância que dissolve maior número de outras substâncias. E é essa propriedade da água que permite a vida aos peixes e mais seres aquáticos (LOBATO, 2004, p.23).
  • 33. ── Mas existem substâncias que não dissolvem na água – disse Dona Benta. ── Qual seriam essas substâncias? • Azeite. • Sal e açúcar.
  • 34. ── A água, conhecida como solvente universal, pois dissolve várias substâncias. O açúcar, quando misturado à água, dissolve-se. Nessa mistura, não é possível percebermos facilmente a presença dessa substância. (PESSÔA; FAVALLI, 2014, p. 74). ── Então o sal e o açúcar se dissolvem na água, sim. Fonte: https://escolakids.uol.com.br/concentracao-de-uma-mistura-homogenea.htm. Acesso em 01. ago. 2017.
  • 35. ── O óleo, quando misturado à água, não se dissolve, Nesse caso, podemos perceber a presença dessa substância na água. (PESSÔA; FAVALLI, 2014, p. 74). ── Parabéns, você acertou, o óleo portanto, não se dissolve na água. Fonte: http://umaquimicairresistivel.blogspot.com.br/2011/04/oleo-e-agua-nao-ha-conversa-possivel.html. Acesso em: 01. ago. 2017.
  • 36. ── Por que há tanto sal no mar? Perguntou Pedrinho, de onde veio esse sal? ── Da terra, das rochas que compõem a terra. A água do mar há milhares de anos descreve uma volta: evapora-se, forma na atmosfera as nuvens, o vento sopra as nuvens para a terra, as nuvens se desfazem em chuva e a água cai. Cai na terra e se infiltra, formando os olhos-d’água, os ribeirõezinhos e por fim os rios, que de novo levam para o mar a água que dele saiu. Chamamos esse processo de ciclo da água (LOBATO, 2004, p.23).
  • 37. ── Mas vovó, o que isso tem a ver com o mar ficar salgado? ── É que a água, Pedrinho, não cessa de descrever um circuito: mar-nuvem-terra-mar. E de tanto lavar a terra, vai dissolvendo o sal e outros minerais que encontra pelo caminho e levando-os para o oceano. ── Mas quando a água evapora não leva consigo o sal? (LOBATO, 2004, p. 23). Sim, por isso a chuva também é salgada. Não, só evapora a água.
  • 38. ── Na verdade a água da chuva, apesar de ser água marinha, não tem o menor gosto de sal. É puríssima. – É água destilada. ── O que quer dizer água destilada? ── Quer dizer água obtida diretamente da condensação do vapor d’água. Agua da chuva é água destilada; a dos rios não é (LOBATO, 2004, p. 23 – 24).
  • 39. Parabéns, você acertou! ── A água da chuva, apesar de ser água marinha, não tem o menor gosto de sal. É puríssima. – É água destilada. ── O que quer dizer água destilada? ── Quer dizer água obtida diretamente da condensação do vapor d’água (LOBATO, 2004, p. 23 - 24). ── Vovó, interrompei Pedrinho, é o Saci Pererê lá fora? Nunca tinha visto ele por aqui, podemos continuar a conversa depois? Quero tentar falar com ele! Dona Benta rio e falou: ── Claro, Pedrinho, você pode ir! E com isso, Pedrinho passou o resto da tarde brincando e tentando falar com o Saci Pererê. Fim!
  • 40. Referências •LOBATO; Monteiro. Serões de Dona Benta. 22.ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. •SOUZA, Líria Alves de. "Dióxido de carbono"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/dioxido -carbono.htm>. Acesso em 01 de ago. 2017. •PESSÔA; Karina Alessandra, FAVALLI; Leonel Delvai. A escola é nossa: Ciências. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2014.