1) Em 18 de maio de 2012, celebrou-se o primeiro Dia Internacional do Fascínio das Plantas em Portugal e mais de 30 instituições promoveram atividades sobre o assunto.
2) No ITQB, houve atividades para todas as idades com investigadores falando sobre a importância do estudo de plantas.
3) Foram realizados concursos sobre plantas e os melhores trabalhos foram reunidos em um livro.
O documento apresenta o início da história "A Reforma da Natureza" de Monteiro Lobato. Nele, Emília fica sozinha no Sítio do Pica-Pau Amarelo enquanto Dona Benta e os outros vão à conferência de paz na Europa. Emília planeja usar a oportunidade para realizar sua ideia de longa data de "reformar a natureza", acreditando que há muitos erros no mundo.
No primeiro Natal como reis e rainhas de Nárnia, Lúcia organiza uma festa para comemorar a data com Aslam e amigos. Pedro recebe uma carta avisando sobre um ataque de vampiros e precisa lutar para defender seu reino, mas é ferido. Com a ajuda dos irmãos e do líquido mágico de Lúcia, ele se recupera para derrotar os inimigos.
1) O documento relata os resultados dos alunos da Escola Estadual Cornélia Ferreira Ladeira nos Jogos Escolares de Minas Gerais de 2011, com vários alunos se classificando para a etapa estadual.
2) Inclui uma matéria sobre pombas que conseguem reconhecer rostos humanos e saber quem é bom ou ruim com elas.
3) Apresenta algumas piadas e uma seção de curiosidades.
A historia do azoto, bom em peq vanda brotas goncalvesAELPB
O documento conta a história de um grupo de estudantes que investiga a morte de peixes em um lago local. Eles descobrem que o lago está poluído com excesso de nutrientes como nitrogênio, provenientes de esgotos industriais não tratados que desaguam no lago, causando o crescimento excessivo de algas e falta de oxigênio na água, matando os peixes. Após várias discussões sobre se o nitrogênio é bom ou ruim, eles finalmente resolvem o mistério ao encontrar o esgoto correndo em dire
Pedro e seus irmãos convidam os animais de Nárnia para ouvir as novas leis do reino. Eles também participam da eleição para chefe da polícia secreta, que é vencida pelo Senhor Castor. Edmundo descobre um castelo misterioso com códigos secretos que ressuscitam os mortos, mas consegue desfazer o feitiço. Pedro visita o fundo do mar com a ajuda de uma sereia e conta sobre sua aventura.
Os irmãos João, Nuno e Sofia descobrem uma passagem secreta na casa dos avós em Porto Côvo que os leva a um mapa antigo. Explorando o mapa, eles encontram uma praia secreta e parte de um navio afundado com uma caveira. Eles nadam até a Ilha do Pessegueiro para investigar mais e acabam descobrindo um baú antigo no navio com a ajuda de um pescador local.
O golfinho ficou doente após uma tempestade e foi cuidado pela família com sopa de cenoura, o que o curou. Para comemorar, fizeram-lhe uma festa. A partir disso, ganhou uma receita para quando ficasse doente novamente.
O golfinho ficou doente após uma tempestade e foi cuidado pela família com sopa de cenoura, o que o curou. Para comemorar, fizeram-lhe uma festa com peixes-palhaços. A partir disso, ganhou uma receita para quando ficasse doente novamente.
O documento apresenta o início da história "A Reforma da Natureza" de Monteiro Lobato. Nele, Emília fica sozinha no Sítio do Pica-Pau Amarelo enquanto Dona Benta e os outros vão à conferência de paz na Europa. Emília planeja usar a oportunidade para realizar sua ideia de longa data de "reformar a natureza", acreditando que há muitos erros no mundo.
No primeiro Natal como reis e rainhas de Nárnia, Lúcia organiza uma festa para comemorar a data com Aslam e amigos. Pedro recebe uma carta avisando sobre um ataque de vampiros e precisa lutar para defender seu reino, mas é ferido. Com a ajuda dos irmãos e do líquido mágico de Lúcia, ele se recupera para derrotar os inimigos.
1) O documento relata os resultados dos alunos da Escola Estadual Cornélia Ferreira Ladeira nos Jogos Escolares de Minas Gerais de 2011, com vários alunos se classificando para a etapa estadual.
2) Inclui uma matéria sobre pombas que conseguem reconhecer rostos humanos e saber quem é bom ou ruim com elas.
3) Apresenta algumas piadas e uma seção de curiosidades.
A historia do azoto, bom em peq vanda brotas goncalvesAELPB
O documento conta a história de um grupo de estudantes que investiga a morte de peixes em um lago local. Eles descobrem que o lago está poluído com excesso de nutrientes como nitrogênio, provenientes de esgotos industriais não tratados que desaguam no lago, causando o crescimento excessivo de algas e falta de oxigênio na água, matando os peixes. Após várias discussões sobre se o nitrogênio é bom ou ruim, eles finalmente resolvem o mistério ao encontrar o esgoto correndo em dire
Pedro e seus irmãos convidam os animais de Nárnia para ouvir as novas leis do reino. Eles também participam da eleição para chefe da polícia secreta, que é vencida pelo Senhor Castor. Edmundo descobre um castelo misterioso com códigos secretos que ressuscitam os mortos, mas consegue desfazer o feitiço. Pedro visita o fundo do mar com a ajuda de uma sereia e conta sobre sua aventura.
Os irmãos João, Nuno e Sofia descobrem uma passagem secreta na casa dos avós em Porto Côvo que os leva a um mapa antigo. Explorando o mapa, eles encontram uma praia secreta e parte de um navio afundado com uma caveira. Eles nadam até a Ilha do Pessegueiro para investigar mais e acabam descobrindo um baú antigo no navio com a ajuda de um pescador local.
O golfinho ficou doente após uma tempestade e foi cuidado pela família com sopa de cenoura, o que o curou. Para comemorar, fizeram-lhe uma festa. A partir disso, ganhou uma receita para quando ficasse doente novamente.
O golfinho ficou doente após uma tempestade e foi cuidado pela família com sopa de cenoura, o que o curou. Para comemorar, fizeram-lhe uma festa com peixes-palhaços. A partir disso, ganhou uma receita para quando ficasse doente novamente.
O documento apresenta uma programação para aulas de evangelização espírita para crianças. A primeira aula tem como objetivo ensinar às crianças sobre a existência de Deus como o Criador de todas as coisas através da história "Festa no Mar". A segunda aula aborda as obras de Deus na natureza por meio da história "A Curiosidade de Juquinha". A terceira aula trata da diferenciação entre dia e noite por meio da história "O Coelhinho Curioso".
Biografia e obras vanda furtado 4ºa maria inês e inês lopespoletef
O documento apresenta uma história escrita por Vanda Furtado Marques chamada "Violeta...a menina que regava o mundo com ideias". A história fala de uma menina chamada Violeta que vive num reino estranho onde as pessoas usam máscaras e não podem tocar nas plantas. Violeta questiona estas regras e descobre que o rei as segue também. Ela é nomeada pensadora do reino e ajuda o povo a questionar porquê das regras.
O documento descreve a visita de um grupo de crianças ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro acompanhadas por sua professora. Eles aprendem sobre a história do jardim, fundado por D. João VI em 1808, e sobre diversas plantas e locais, como a Estufa das Plantas Insetívoras. A professora explica a importância da preservação da Mata Atlântica e do pau-brasil, árvore que deu nome ao Brasil.
Conímbriga e botânico coimbra - 5ºa e b b2010-2011AECBA
O documento descreve uma visita de estudo às ruínas de Conímbriga e ao Jardim Botânico de Coimbra. Inclui detalhes sobre as paragens, como as ruínas romanas, o jardim da sereia e o Jardim Botânico, com descrições de plantas como os nenúfares, o bambu e a figueira estranguladora. Termina relatando que todos se divertiram na viagem de volta para a Guarda.
Neste documento, objetos descartados ganham vida e ajudam um livro a encontrar um final para sua história sobre aquecimento global, discutindo causas e possíveis soluções para o problema.
O documento conta a história de Paulinha, que recebe uma planta chamada Erva-Gritadeira em casa. A planta passa a conversar com Paulinha e ensinar sobre consumo consciente e preservação ambiental, alertando sobre pequenos hábitos que podem poluir o planeta. No final, Paulinha descobre o nome da planta e a leva de volta para seu habitat natural.
O documento apresenta um provérbio africano que diz que o mundo não foi dado pelos nossos avós, mas sim emprestado pelos nossos filhos. Ele também agradece aos parceiros que investem no projeto e fornece informações sobre a autora, ilustradora e editora do livro "A Gritadeira".
1. O documento discute a biodiversidade e a prevalência das formigas na Amazônia, levantando a hipótese de que a organização colonial das formigas as torna dominantes na competição por recursos.
2. No entanto, o autor reconhece que não há como provar conclusivamente essa hipótese e que fatores alternativos podem explicar o sucesso das formigas.
3. O autor reflete sobre os desafios da biologia evolutiva em escolher as explicações corretas entre as muitas possíveis respostas, especialmente quando se está sozinho
Este documento apresenta atividades realizadas com crianças sobre vulcões, alimentação saudável, arco-íris, construção de terrários e experimentos de germinação. As crianças construíram modelos de vulcões, fizeram saladas de frutas, pintaram arco-íris, montaram terrários e testemunharam o crescimento de feijões em vasos com e sem luz.
O documento relata a história de um livro sobre aquecimento global que precisa de ajuda para encontrar um final para sua história. Um grupo de objetos recicláveis se reúne e ajuda o livro a criar um capítulo final listando ações que as pessoas podem tomar para ajudar o planeta. O livro é completado e pode ir morar na biblioteca.
O documento relata a história de um livro sobre aquecimento global que precisa de ajuda para encontrar um final para sua história. Um grupo de objetos recicláveis se reúne e ajuda o livro a criar um capítulo final listando ações que as pessoas podem tomar para ajudar o planeta. O livro é completado e pode ir morar na biblioteca.
1) Uma imagem de Jesus com as mãos cheias de sementes inspirou a autora e mostrou o potencial de transformação de cada semente e pessoa.
2) Uma história sobre crianças que procuraram um objeto escondido juntas em vez de individualmente para que todos pudessem se alegrar mostra a importância da união e compartilhamento.
3) A autora encoraja as "sementes" a terem uma visão ampla e compartilharem com os outros assim como o universo compartilha conosco.
O documento apresenta atividades educativas para alunos do 5o ano de uma escola em Vitória sobre temas como saúde, meio ambiente e música. As atividades incluem discussões sobre doenças, cuidados com o corpo e poluição, além de uma música e poesia sobre borboletas e o meio ambiente.
[1] O texto fala sobre uma menina chamada Sara Isabel, que tem 15 anos, mede 1,75m, pesa 62kg e é descrita como de uma beleza irreparável. [2] Ela estuda no 1o ano do segundo grau no Colégio São Marcos e pretende se formar em medicina. [3] O texto fornece detalhes físicos e acadêmicos sobre Sara Isabel.
cartilha Agrinho Ciclo-da -Agua 5 ano fudArleteGarcia4
Este documento descreve um programa de educação ambiental para crianças sobre a importância da água e a necessidade de proteger os recursos hídricos. A professora ensina as crianças sobre o ciclo da água, como os rios se formam e como a poluição pode afetar a qualidade da água e a saúde humana. Ela organiza um acampamento na nascente de um rio para que as crianças possam aprender na prática e observarem a importância de manter os recursos hídricos limpos e saudáveis.
O documento apresenta uma entrevista com Moussa Ag Assarid, um tuareg que nasceu no deserto do Saara sem documentos e hoje estuda gestão na universidade. Ele fala sobre a cultura tuareg, sua infância como pastor nômade, e as grandes diferenças entre a vida no deserto e na Europa.
Este documento resume o trabalho realizado por alunas e alunos do 1o ano sobre animais marinhos. As crianças aprenderam sobre diversos animais como narvais, tubarões-tigre e baleias jubarte. Eles coletaram informações sobre o habitat, alimentação e curiosidades de cada animal. O resultado foi um jogo da memória e um livro para a biblioteca da escola.
Este documento resume uma conversa entre Dona Benta e as crianças sobre ciência. Dona Benta explica que ciência é o estudo dos fenômenos da natureza através da observação, e que as várias ciências surgiram para estudar diferentes aspectos do mundo. Ela também discute como o conhecimento científico é adquirido e transmitido entre as pessoas.
Este documento analisa o provérbio "Setembro molhado, figo estragado" através de uma pesquisa que inclui: 1) a definição de provérbios e informações sobre figos; 2) a origem deste provérbio relacionado ao clima; 3) a explicação de que chuva em Setembro estraga os figos; 4) a confirmação através de uma entrevista que este provérbio não é um mito.
O documento apresenta uma programação para aulas de evangelização espírita para crianças. A primeira aula tem como objetivo ensinar às crianças sobre a existência de Deus como o Criador de todas as coisas através da história "Festa no Mar". A segunda aula aborda as obras de Deus na natureza por meio da história "A Curiosidade de Juquinha". A terceira aula trata da diferenciação entre dia e noite por meio da história "O Coelhinho Curioso".
Biografia e obras vanda furtado 4ºa maria inês e inês lopespoletef
O documento apresenta uma história escrita por Vanda Furtado Marques chamada "Violeta...a menina que regava o mundo com ideias". A história fala de uma menina chamada Violeta que vive num reino estranho onde as pessoas usam máscaras e não podem tocar nas plantas. Violeta questiona estas regras e descobre que o rei as segue também. Ela é nomeada pensadora do reino e ajuda o povo a questionar porquê das regras.
O documento descreve a visita de um grupo de crianças ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro acompanhadas por sua professora. Eles aprendem sobre a história do jardim, fundado por D. João VI em 1808, e sobre diversas plantas e locais, como a Estufa das Plantas Insetívoras. A professora explica a importância da preservação da Mata Atlântica e do pau-brasil, árvore que deu nome ao Brasil.
Conímbriga e botânico coimbra - 5ºa e b b2010-2011AECBA
O documento descreve uma visita de estudo às ruínas de Conímbriga e ao Jardim Botânico de Coimbra. Inclui detalhes sobre as paragens, como as ruínas romanas, o jardim da sereia e o Jardim Botânico, com descrições de plantas como os nenúfares, o bambu e a figueira estranguladora. Termina relatando que todos se divertiram na viagem de volta para a Guarda.
Neste documento, objetos descartados ganham vida e ajudam um livro a encontrar um final para sua história sobre aquecimento global, discutindo causas e possíveis soluções para o problema.
O documento conta a história de Paulinha, que recebe uma planta chamada Erva-Gritadeira em casa. A planta passa a conversar com Paulinha e ensinar sobre consumo consciente e preservação ambiental, alertando sobre pequenos hábitos que podem poluir o planeta. No final, Paulinha descobre o nome da planta e a leva de volta para seu habitat natural.
O documento apresenta um provérbio africano que diz que o mundo não foi dado pelos nossos avós, mas sim emprestado pelos nossos filhos. Ele também agradece aos parceiros que investem no projeto e fornece informações sobre a autora, ilustradora e editora do livro "A Gritadeira".
1. O documento discute a biodiversidade e a prevalência das formigas na Amazônia, levantando a hipótese de que a organização colonial das formigas as torna dominantes na competição por recursos.
2. No entanto, o autor reconhece que não há como provar conclusivamente essa hipótese e que fatores alternativos podem explicar o sucesso das formigas.
3. O autor reflete sobre os desafios da biologia evolutiva em escolher as explicações corretas entre as muitas possíveis respostas, especialmente quando se está sozinho
Este documento apresenta atividades realizadas com crianças sobre vulcões, alimentação saudável, arco-íris, construção de terrários e experimentos de germinação. As crianças construíram modelos de vulcões, fizeram saladas de frutas, pintaram arco-íris, montaram terrários e testemunharam o crescimento de feijões em vasos com e sem luz.
O documento relata a história de um livro sobre aquecimento global que precisa de ajuda para encontrar um final para sua história. Um grupo de objetos recicláveis se reúne e ajuda o livro a criar um capítulo final listando ações que as pessoas podem tomar para ajudar o planeta. O livro é completado e pode ir morar na biblioteca.
O documento relata a história de um livro sobre aquecimento global que precisa de ajuda para encontrar um final para sua história. Um grupo de objetos recicláveis se reúne e ajuda o livro a criar um capítulo final listando ações que as pessoas podem tomar para ajudar o planeta. O livro é completado e pode ir morar na biblioteca.
1) Uma imagem de Jesus com as mãos cheias de sementes inspirou a autora e mostrou o potencial de transformação de cada semente e pessoa.
2) Uma história sobre crianças que procuraram um objeto escondido juntas em vez de individualmente para que todos pudessem se alegrar mostra a importância da união e compartilhamento.
3) A autora encoraja as "sementes" a terem uma visão ampla e compartilharem com os outros assim como o universo compartilha conosco.
O documento apresenta atividades educativas para alunos do 5o ano de uma escola em Vitória sobre temas como saúde, meio ambiente e música. As atividades incluem discussões sobre doenças, cuidados com o corpo e poluição, além de uma música e poesia sobre borboletas e o meio ambiente.
[1] O texto fala sobre uma menina chamada Sara Isabel, que tem 15 anos, mede 1,75m, pesa 62kg e é descrita como de uma beleza irreparável. [2] Ela estuda no 1o ano do segundo grau no Colégio São Marcos e pretende se formar em medicina. [3] O texto fornece detalhes físicos e acadêmicos sobre Sara Isabel.
cartilha Agrinho Ciclo-da -Agua 5 ano fudArleteGarcia4
Este documento descreve um programa de educação ambiental para crianças sobre a importância da água e a necessidade de proteger os recursos hídricos. A professora ensina as crianças sobre o ciclo da água, como os rios se formam e como a poluição pode afetar a qualidade da água e a saúde humana. Ela organiza um acampamento na nascente de um rio para que as crianças possam aprender na prática e observarem a importância de manter os recursos hídricos limpos e saudáveis.
O documento apresenta uma entrevista com Moussa Ag Assarid, um tuareg que nasceu no deserto do Saara sem documentos e hoje estuda gestão na universidade. Ele fala sobre a cultura tuareg, sua infância como pastor nômade, e as grandes diferenças entre a vida no deserto e na Europa.
Este documento resume o trabalho realizado por alunas e alunos do 1o ano sobre animais marinhos. As crianças aprenderam sobre diversos animais como narvais, tubarões-tigre e baleias jubarte. Eles coletaram informações sobre o habitat, alimentação e curiosidades de cada animal. O resultado foi um jogo da memória e um livro para a biblioteca da escola.
Este documento resume uma conversa entre Dona Benta e as crianças sobre ciência. Dona Benta explica que ciência é o estudo dos fenômenos da natureza através da observação, e que as várias ciências surgiram para estudar diferentes aspectos do mundo. Ela também discute como o conhecimento científico é adquirido e transmitido entre as pessoas.
Este documento analisa o provérbio "Setembro molhado, figo estragado" através de uma pesquisa que inclui: 1) a definição de provérbios e informações sobre figos; 2) a origem deste provérbio relacionado ao clima; 3) a explicação de que chuva em Setembro estraga os figos; 4) a confirmação através de uma entrevista que este provérbio não é um mito.
Semelhante a E-book aqui há planta 18 Maio 2012 Dia International do Fascino das Plantas (20)
The Department of Botany and Plant Biology at the University of Geneva held various events to celebrate Fascination of Plants Day 2015, including educational activities for school children and an evening debate for the public. During the morning, over 50 school children learned about plant evolution through an interactive game and observed plant collections. Students also acted as scientists investigating tomato domestication and extracting tomato DNA. The evening debate among experts addressed challenges for modern agriculture, alternatives to GMOs and pesticides, and new sustainable strategies. Around 100 people participated in the debate and subsequent poster session.
Fascination of Plants Day 2015 Russia Success Storywd4u
Fascination of Plants Day 2015 was celebrated in Russia with great success, engaging over 1500 people across 10 cities and 48 events organized by 23 institutions including 8 high schools. Events included lectures, workshops, experiments, excursions and tree plantings for students to learn about the importance of plants. The week long celebration engaged students in learning about plant biodiversity and development in their local regions. Organizers were pleased with the enthusiasm of participants and look forward to expanding the initiative in future years.
Tercer Dia International de la Fascination por las Plantas 18 de mayo de 2015...wd4u
Tercer Dia International de la Fascination por las Plantas
18 de mayo de 2015
Dossier de Actividades
3rd International Fascination of Plants Day 2015 in Spain
The University of Pretoria held an open day in 2015 with a theme of "Fascinating Plants" hosted by the Department of Plant Science. Learners from various schools and their parents attended and were amazed by displays from different departments, including carnivorous plants like the Venus flytrap. Students were able to examine these plants under microscopes, opening their eyes to new wonders. Medicinal plant science exhibited new cosmetics and research using Venus flytraps for cancer treatment. Biotechnology explored the genes that allow certain carnivorous plants to digest insects, while plant ecology focused on the local distribution of these unusual plants.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
E-book aqui há planta 18 Maio 2012 Dia International do Fascino das Plantas
1.
2. No dia 18 de Maio de 2012 celebrou-se em
todo o mundo o primeiro Dia Internacional
do Fascínio das Plantas. Este evento,
promovido pela European Plant Science
Organisation (EPSO) e, em Portugal,
pela Sociedade Portuguesa de Fisiologia
Vegetal, contou com a participação de
mais de 30 instituições portuguesas que
asseguraram uma centena de actividades
de norte a sul do país.
No ITQB, celebrámos este dia com
actividades para todas as idades. Em
conjunto com outras instituições do O dia 18 de Maio foi também o culminar
Campus de Oeiras (IBET, IGC, INRB dos concursos Aqui há Planta, promovidos
e IICT), convidámos os visitantes a pelo ITQB e pela Câmara Municipal
descobrirem com os investigadores de Oeiras. Desafiados a mostrar o seu
a importância do estudo das fascínio pelas plantas, os participantes
plantas. fotografaram, escreveram contos e
produziram objectos artísticos diversos.
Os melhores trabalhos encontram-se
reunidos neste livro.
3. O Instituto de Tecnologia
Química e Biológica da Uni-
versidade Nova de Lisboa é um
instituto multidisciplinar dedi-
cado à investigação e ao ensino
pós-graduado. Localizado na Quinta
do Marquês, em Oeiras, o ITQB é um
dos maiores institutos de investigação
do país.
Aqui trabalham quase quatrocentos
investigadores especializados em diver-
Juntámos também neste livro, sas áreas que procuram compreender o
testemunhos de investigadores de mundo que nos rodeia e contribuir para
diversas instituições e que foram o desenvolvimento de tecnologias que
desafiados a transmitir o seu fascínio melhorem a nossa vida
pelo estudo das plantas e a importância
do seu trabalho para as nossas vidas.
A iniciativa “i-plant and you?” foi
promovida através da página de
facebook “Aqui há planta” criada a
propósito do Dia Internacional do
Fascínio das Plantas.
4.
5.
6. A exposição
Os melhores trabalhos dos concursos “Aqui há
Planta” estiveram expostos no Oeiras Parque,
um movimentado Shopping Center em Oeiras,
de 15 a 30 de Julho.
Aqui, no corredor principal de exposições,
nasceu um jardim enfeitado com fotografias,
maquetes, esculturas de papel e desenhos.
Puffs coloridos convidavam os visitantes a
disfrutar de um momento de calma, lendo os
melhores contos do concurso.
7. Este espaço foi ainda
palco de ateliers de pintura, em que as
crianças aprendiam técnicas de extracção
de pigmentos de plantas e eram
depois convidadas a dar largas à
sua imaginação com uma paleta
diferente do habitual.
E para ficarmos a conhecer o que
pensavam os visitantes das plantas,
desafiámos todos a encher os ramos
de uma árvore despida com post-its
que completassem a frase “Se eu
fosse uma planta…” As ideias não
pararam de chegar e em breve
enchemos a nossa árvore de
ideias fantásticas e coloridas.
Sem dúvida que em Julho as
plantas reinaram no Oeiras
Parque.
10. O Sobreiro Solitário
Hoje a brisa é suave, os meus ramos e
folhas sentem a doce aragem. A solidão é
imensa nesta planície no Alentejo, cujo solo
me agarra. As minhas raízes sentem a terra
húmida e a seiva corre por todo o meu tronco
e pelos meus ramos. Ontem fui uma semente,
Maria Beatriz
hoje sou uma grande árvore. Gomes 10 anos
Ainda me lembro de quando eu era uma 1º prémio
sementinha. Numa bela manhã, eu estava Categoria
um pouco atormentada com a brisa que me Menores de 16
transportava. Eu só pensava onde iria parar.
De repente fui aterrar na terra húmida desta
planície, e assim fui-me desenvolvendo com o
sol e com a chuva: primeiro um pequeno caule,
depois umas folhinhas e lá fui eu assim crescendo
aos poucos.
Descobri que os homens me chamam
Sobreiro e há quem se refira a mim como Quercus
suber, o que eu acho um pouco estranho, por
não ser nada comum. A minha casca rugosa é
delicadamente retirada para fazer cortiça, que é
uma matéria-prima. Pode ser usada no fabrico
de rolhas para tapar as garrafas com vinho,
cujas uvas são produzidas pelas minhas amigas
Videiras, que vejo lá ao fundo, verdejantes
e entrelaçadas, nos terrenos à volta da
Vila. Nestes tempos tenho-me sentido
preocupado, pois muitos Sobreiros têm
sido deitados abaixo para se construírem
estradas. Espero que isso não me
aconteça.
E assim termina a minha história. Agora
vou ficar aqui a ver passar o tempo e
a observar o que se passa do lado da
vila.
11. Uma viagem longa e
atribulada
Eu nasci em Sumatra, uma gigantesca Cristina
ilha da Indonésia fustigada pela força do Maria Soares
oceano Índico e pelas constantes erupções
vulcânicas. A riqueza do solo e as chuvas 1º prémio
tropicais fazem com que uma enorme variedade Categoria
de vegetação cresça e pinte a ilha de verde. No Maiores de 16
meio desta vegetação cresce o cafeeiro que faz
com que esta ilha seja a principal produtora deste
produto na Indonesia.
E é exatamente sobre o café que lhes vou falar.
Eu cresci orgulhoso numa bela árvore de café.
Nos meus 3 metros de altura eu via toda a ilha acaba? Mas passadas horas, muitas horas
nos dias de céu limpo. Comecei como uma vi a luz ao fundo do túnel. Luz, o sol, o vento,
pequena flor de cor branca e perfume intenso e as nuvens! Ah, a liberdade! O meu belo fato
cresci como uma bela cereja que ao fim de vários vermelho desapareceu, já só resta a minha
meses ficou vermelha e doce. Eu imaginava o semente e além disso estou preso em alguma
futuro grandioso que me esperava. O que iria ser coisa mas… estou vivo!
quando fosse maduro? Uma nova árvore de café? Horas depois ouço passos de novo e vejo um
Alimento para algum ser vivo? Ou quem sabe homem a olhar para mim. Ele tira-me do chão
talvez viaje pelo mundo e viva muitas aventuras? libertando-me da minha prisão e dá-me um
Numa manhã fresca ouvi um ruído de passos e, banho. Ai que delícia. Mas não pensem que a
de repente, vi um focinho pontiagudo entre as minha viagem terminou aqui. Reparei que não
folhas que me começou a cheirar. Após alguns era o único nesta situação tão bizarra. Eramos
momentos de hesitação o animal comeu-me. centenas de sementes de café que passamos pela
Que sensação dolorosa… E que escuro! Sinto- mesma estranha viagem. Após sermos colocados
me às voltas num líquido estranho e viscoso em sacos fomos colocados num enorme forno
enquanto sou atirado para todos os lados. Que e torrados. Hum que cheirinho delicioso… Agora
enjoo! mais moreninho e perfumado fui enviado para a
De repente sou empurrado por um tubo e aí Europa com um novo nome: Kopi Luwak e com o
começou a parte mais estranha da minha título de “O café mais caro do Mundo”. Mas digam
viagem. Comecei a atravessar um túnel lá se depois de uma viagem destas não mereço
longo e malcheiroso! Mas que cheiro!!! este título? E já agora vai um cafezinho?
Horrível! Será que é aqui que vou acabar os
meus dias? É assim que a minha curta vida
12. A sementinha que não
queria nascer
Lá bem no escurinho tinha uma
sementinha. Ela havia caído ali num dia
quente de verão. Não sabia como tinha
chegado lá. Tudo o que sabia que era bem Patrícia
quentinho o cantinho dela. Tão quentinho que Laura Kenney
ela nem queria acordar. Mas mesmo que ela
quisesse ficar dormindo para sempre, algo em 2º prémio
seu interior não ia deixar. Categoria
Uma vez, ela estava dormindo tranqüila quando Maiores de 16
uma minhoca deu uma trombada nela. As duas
conversaram muito. Das coisas que a minhoca
falou, o que mais despertou a curiosidade da
sementinha foram as nuvens que passeiam pelo brilhava lá no alto e esquentava seu corpinho,
céu. Bem que ela gostaria de ver isso! ainda bem pequeno. O dia era quente e a brisa
Não demorou muito, depois de uma grande trouxe algumas nuvens. - Ah!, disse a sementinha.
tempestade , sentiu algo estranho acontecer. – Deve ser isso o que a minhoca falou que ficava
Ela não se sentia mais a mesma. A terra em passeando pelo céu.
volta estava quente e úmida. Estava tão macia Com o tempo a plantinha foi ficando maior e
que dava vontade de esticar uma perninha. Uma maior. Em dois anos, já tinha crescido bastante
perninha? Sementes não têm pernas! Mas, para e podia ver muito além do que via quando
a surpresa da sementinha, seu corpo atendeu nascera. Ela se sentia orgulhosa de estar ali no
à essa estranha vontade e começou a esticar alto daquele morro. Não havia muitas árvores
uma pontinha que bem parecia uma perna. próximas para bater um papo, mas ela nunca se
Essa perninha colocou a sementinha de pé e sentiu sozinha. Sempre apareciam as nuvens
ajudou a sementinha a subir em busca da luz. para conversar e o vento para lhe fazer cócegas
A sementinha estava com medo, mas criou e pentear suas folhas. Passarinhos vinham fazer
coragem e rompeu o último pedacinho de seus ninhos e cantar lindas melodias entre seus
terra que a separava do grande céu azul. galhos fortes. Às vezes, pessoas sentavam em
Fez um pouco mais de força e ficou de pé. baixo da sua sombra e faziam piquenique. Era
Parte da casca que lhe protegia enquanto gostoso ouvir suas histórias. Levou muitos anos
semente ainda estava sobre ela, mas para aquela sementinha virar uma grande e
já dava para ver algumas coisas, e um majestosa árvore. Hoje ela tem muitas histórias
mundo todo novo se iluminou para ela... para contar, mas o que ela mais gosta mesmo de
E, como era lindo! Pela primeira vez fazer é esperar pelo pôr-do-sol, e ver o céu todo
sentiu um sopro de brisa nas costas. pintado de cor-de-rosa.
Aquilo fazia cócegas! HiHiHi...O sol
13. Vida! Vida!
Acerola por acerola, abocanhava
instantaneamente um garoto à frente
da TV, no interior nordestino em um
dia chuvoso. Passado um bom tempo, os
suculentos frutos definharam, e o bobo Júlio César de
menino brinca com as sementes durante o Moura Luz
intervalo dos desenhos. Em um determinado 3º prémio
momento, quase que compulsoriamente, joga
Categoria Maiores de 16
uma pela janela da varanda, que cai levemente
sobre terra molhada e sob pingos e mais pingos
d’-água.
A chuva tem o poder de trazer vida ao sertão.
Neste caso não foi diferente! Cada gota que caía grande e fez um alvoroço danado
na semente exercia pressão na terra, que já se porque não sabia como aquilo teria
demonstrava acolhedora. Com o continuar do parado ali, mas achava sua beleza
inverno, o solo foi cedendo cada vez mais, e, há alucinante. Em resposta à curiosidade da
pouco, a semente já se encontrava totalmente criança, seu tio, biólogo, começara a esboçar
submersa. teorias de como o pequeno pé-de-acerola teria
Ali, no aconchego escuro do subsolo, já vibrava nascido ‘sozinho’. E não é que ele foi no rumo?
enquanto vida cada átomo do fruto semeado Porém, naquele momento, o importante para
inertemente. Tal escuro, que estontearia todos era zelar para que a planta pudesse se
qualquer ser humano, figurava como um paraíso desenvolver. O próprio garoto adubou, aguou e,
fértil àquela pequena semente, que, dali a pouco, com frequência, observava o crescer das folhas, a
a estrutura começava a dissipar-se: passava a espessura do tronco evoluindo. Não demorou e a
tomar forma. planta já era atração! Copa grande, bem aparada,
Raízes foram surgindo. O contato com a luz era envolvendo de doçura o ar à sua volta. Há pouco
cada vez mais almejado pelo “nascituro”. Dia apareceriam flores, pequenas e belas flores, de
após dia, chuva e sol revezavam. Estava tudo onde surgiriam novas acerolas e sementes e,
pronto! E, como num passe de mágica, “que assim, esse ciclo pudesse se repetir. Ali, muito
haja luz!”. Foi assim que o pequeno brotinho mais que algo estático, exibia-se a grandiosidade
saltou à terra em uma manhã de abril do acaso, já a fazer parte do cotidiano da família:
gostosa. desabrochando e (re) produzindo vida.
A plantinha, em um verde-claro lindo de
se olhar, passou algum tempo anônima
aos olhos da família. Porém, não demorou
muito para ser identificada pelo próprio
garoto que a fez germinar, ainda que
inconscientemente. Viu o brotinho já meio
39. i-Plant
Centro de Biologia Ambiental da FCUL
Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve
Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra
Centro de Estudos Florestais do ISA
Departamento de Botânica da FCTUC
Escola Superior Agrária de Coimbra
s
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
te
an
Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
ip
Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da UEv
ti c
Instituto Nacional de Recursos Biológicos ar
Instituto de Tecnologia Química e Biológica e sP
Laboratório de Sistemas Biológicos de Plantas da FCUL i çõ
Museu Nacional de História Natural e da Ciência tit u
Universidade do Algarve Ins
40. i-Plant. And you?
O Dia Internacional do Fascínio das Plantas foi
a desculpa perfeita para conhecer mais sobre
aqueles que se dedicam ao estudo das plantas.
Com a iniciativa “i-Plant. And you?” quisemos
divulgar as pessoas por trás da investigação em
plantas, nas suas múltiplas vertentes e pensando
nas várias fases de uma carreira científica.
O convite partiu por mail e via facebook e, ao
longo das semanas que antecederam o dia 18 de
Maio, as respostas foram publicadas na página
Aqui há Planta. i-Plant. And you?
Conheça os investigadores que estudam as
plantas
Se é investigador na área das plantas, então esta
é a ocasião perfeita para dar a conhecer o seu
trabalho e cativar outros públicos, sensibilizando
para a importância das plantas. Em i-Plant
queremos divulgar as pessoas por trás da
investigação em plantas, nas suas múltiplas
vertentes e pensando nas várias fases de uma
carreira científica.
41. Este ano, mais de 200 instituições de 36 países
irão participar no 1º Dia Internacional do Fascínio
das Plantas “Fascination of Plants Day” (www.
plantday12.eu). Respondendo ao desafio da
European Plant Science Organisation (EPSO) e, em
Portugal, da Sociedade Portuguesa de Fisiologia
Vegetal, no dia 18 de maio iremos celebrar as
plantas, o papel que desempenham na nossa
vida e a importância desta área de investigação.
Instituições científicas, universidades, jardins
botânicos, museus, agricultores e empresas de
todo o mundo estarão juntas a comemorar este
dia com atividades para o público.
Junte-se a esta iniciativa e partilhe com o público
o Seu Fascínio pelas Plantas.
Assim pedimos-lhe apenas que responda a estas
seis questões:
1. Para si, o que torna as plantas fascinantes?
2. Porque escolheu a área das plantas para a sua
investigação?
3. O que está investigar neste momento?
4. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
5. O que faz para se distrair do trabalho?
6. Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
42. Manuela David
Sem querer deixar conselhos, a investiga-
dora Manuela David deixa-nos antes o seu
testemunho: “querer ser investigador não é
tomar uma decisão completamente racional,
é ser-se curioso e persistente a juntar a uma
boa dose de emoção e de enamoramento.” as plantas? Talvez porque foram
Descubra hoje o que torna as plantas tão fasci- as plantas que ganharam mais
nantes para esta investigadora da Universidade importância na minha vida profissio-
do Algarve. nal? Não tenho uma resposta única! Foi
com certeza a paisagem rural da aldeia
onde passava a maior parte das minhas férias,
Para si, o que torna as plantas fascinantes? foram também professores entusiastas, foram
É-me difícil separar o fascínio das plantas do desenhos, gravuras e ilustrações em livros, mas
fascínio que tenho pelas plantas! São tantas as penso que foram sobretudo oportunidades, foi a
razões, umas mais racionais, científicas, outras sorte de ter aprendido e trabalhado com gente
emocionais. Não são as plantas um dos pulmões também ela fascinante a trabalhar em plantas,
do planeta? Sim, e aí poderíamos falar da fo- com plantas. Recordo dois marcos importantes.
tossíntese, das cadeias alimentares, em suma, Enquanto estudante de Biologia, na faculdade de
de um pilar da vida na Terra tal como a vamos Ciências de Lisboa, o trabalho de campo de Ecolo-
conhecendo. Porque as plantas estão por aí, sem gia Vegetal realizado na Arrábida em alfarrobeira
pressas, presentes na sua aparente imobilidade? constituiu a minha primeira coautoria numa pu-
Também sim, mas… afinal movem-se! Porque as blicação científica, abriu caminho ao meu estágio
plantas mostram uma disponibilidade generosa? com o Prof. Fernando Catarino e vim a ser por ele
Sim, também por isso, são os alimentos e as fi- contagiada pelo fascínio das plantas. Mais tarde,
bras que usamos, são a diversidade dos aromas, recém-licenciada, foi determinante a colabora-
das formas, das cores e das dimensões que as ção nos trabalhos de campo com a Universidade
tornam uma fonte de prazer e de deslumbra- de Würzburg, em estudos que desenvolveram em
mento para os nossos sentidos. Portugal na fisiologia das plantas lenhosas em
ambiente mediterrâneo, mais uma vez na Arrábi-
da, e então conhecer o Prof. João Santos-Pereira,
Porque escolheu a área das plantas do Instituto Superior de Agronomia. Com ele viria
para a sua investigação? a fazer o doutoramento e foram marcantes as
Sei que em certa altura da minha vida, conversas informais entre momentos de medi-
ainda no Liceu, decidi que queria ções sobre tantos aspetos de como funcionam as
trabalhar em Biologia. Porquê então plantas.
43. O que está investigar neste momento? O que faz para se distrair do
Neste momento estou a colaborar com um trabalho?
grupo de Virologia, no estudo dos padrões de Oiço música, muita música, e
transporte a longa distância e de distribuição após grande interrupção recomecei
do sinal silenciamento génico contra patologias a cantar num grupo coral. Leio agora
virais em plantas. Com o grupo de Ecofisiolo- menos do que lia e vejo mais cinema.
gia estudo diversos aspetos da adaptação das Mas também há muitos passeios a pé, as
plantas aos fatores de stress característicos dos viagens e muita fotografia - antigamen-
ambientes mediterrâneos e, em particular, tento te com muitos slides, agora com muitas
contribuir para o conhecimento da ecologia e fotografias digitais - e sempre em boa com-
biologia de uma Cistácea endémica do Algarve. panhia!
Mas para além da investigação há ainda mais
plantas! Como curadora estou a iniciar o processo
de informatização do Herbário da Universidade Que conselho daria a jovens interessados na
do Algarve e, em colaboração com o naturalista investigação em plantas?
e amigo José Rosa Pinto, estamos a montar um Não sei dar conselhos, nem sequer sou o melhor
guia de campo de plantas espontâneas da área exemplo de investigadora, e não tenho nenhum
envolvente onde foi instalado o campus universi- conselho em particular para os interessados na
tário que, espero, virá a ter uma edição “portátil” investigação em plantas. Deixo antes mais um
no telemóvel de qualquer visitante. testemunho, que querer ser investigador não é
tomar uma decisão completamente racional, é
ser-se curioso e persistente a juntar a uma boa
O que gosta mais no seu trabalho? E me- dose de emoção e de enamoramento.
nos?
Gosto em especial do trabalho de campo,
gosto de ensinar, e de todos os momentos
que me levam a pensar que escolhi a melhor
profissão do mundo. O que gosto menos são
aqueles momentos que, por razões variadas,
me levam a pensar que devia ter escolhido
outra profissão
44. Célia Miguel
“Muitas das descobertas científicas que
foram feitas a partir da investigação em
plantas foram determinantes noutras áreas
da ciência, incluindo a medicina” lembra-nos
hoje Célia Miguel, investigadora no ITQB/IBET.
“O contributo que os investigadores em plantas
podem dar à sociedade vai ter uma importância
crucial no futuro próximo”, por isso desafia todos
os jovens a interessar-se pela investigação em
plantas. essencial para o progresso do conhecimento e
que esse progresso é essencial para garantir a
sustentabilidade da nossa sociedade. Muitas das
Para si, o que torna as plantas fascinantes? descobertas científicas que foram feitas a partir
É extraordinária a capacidade que as plantas da investigação em plantas foram determinantes
têm de utilizar energia solar na fotossíntese para noutras áreas da ciência, incluindo a medicina.
sintetizar todos os compostos orgânicos de que Para além disso, os desafios que enfrentamos
necessitam e de que dependem as outras formas actualmente, como o aumento da população num
de vida no planeta. As plantas são fascinantes cenário de alterações climáticas que poderão
sob muitos aspectos incluindo por exemplo a levar a uma escassez de recursos (alimentares e
grande diversidade de formas e tamanhos, estan- outros) tornam ainda mais necessário o investi-
do algumas espécies de plantas entre os organis- mento na investigação das plantas. A investigação
mos que atingem maior longevidade. As plantas nesta área é essencial para encontrarmos formas
estão presentes em praticamente todos os de rentabilizar a produção de alimentos e outros
ecossistemas apesar de não se movimentarem recursos renováveis que são utilizados, por exem-
e moldam praticamente todas as paisagens plo, na produção de papel e de energia.
que conhecemos, são muitas vezes os seres
vivos que primeiro associamos a uma pai-
sagem. São as plantas que mantêm quase O que está investigar neste momento?
todos os ecossistemas terrestres tal como No nosso laboratório investigamos alguns aspec-
os conhecemos. tos da biologia das árvores que são importantes
para a valorização de espécies florestais repre-
sentativas em Portugal como o pinheiro bravo e o
Porque escolheu a área das plantas sobreiro. Desenvolvemos um método de propaga-
para a sua investigação? ção vegetativa (clonagem) do pinheiro designado
Acredito que a investigação em
plantas pode dar um contributo
45. por embriogénese somática e que permite obter O que faz para se distrair do
um grande número de embriões geneticamente trabalho?
idênticos a partir de células somáticas cultivadas As actividades de investigação são
in vitro. A utilização deste sistema experimental muito exigente em termos de tempo.
juntamente com outras ferramentas como a ma- O pouco tempo disponível é dedicado
nipulação genética permite-nos também estudar especialmente à família.
a função de genes que controlam mecanismos
tão diversos como por exemplo o desenvolvi-
mento dos embriões ou a resistência a doenças. Que conselho daria a jovens interessados
Estamos ainda interessados em perceber quais os na investigação em plantas?
genes e de que modo controlam a actividade de O contributo que os investigadores em plantas
determinadas células não diferenciadas (meris- podem dar à sociedade vai ter uma importância
temas) que são responsáveis pela formação de crucial no futuro próximo. Há ainda muito por
madeira e cortiça. explorar sobre a biologia das plantas, como por
exemplo como adaptam o seu desenvolvimento e
crescimento em função das condições do am-
O que gosta mais no seu trabalho? E menos? biente onde estão inseridas, ou que estratégias
O que mais me motiva é o facto de todos os dias desenvolveram para enfrentar pragas e doenças
se nos colocarem novos desafios. O progresso específicas, etc. Estes conhecimentos serão
do conhecimento está a ser tão rápido que há estratégicos no desenvolvimento de aplicações
poucos anos atrás não era possível imaginar de grande impacto na nossa sociedade.
o tipo de projectos em que estamos actual-
mente envolvidos e isso é muito motivante. O
que menos gosto é do tempo excessivo que é
dedicado a tentar obter financiamento para o
nosso trabalho, e da incerteza desse finan-
ciamento.
46. Paula Farinha
“As plantas trocam-nos as voltas constan-
temente, pois a resposta nunca é tão simples
como imaginávamos… é sempre muito mais
complexa” confessa-nos hoje a investigadora
Paula Farinha, do Instituto de Tecnologia
Química e Biológica.
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
Eu diria, essa magia silenciosa que ocorre dentro tam no deserto, podendo viver anos a fio sob
das plantas com o processo da fotossíntese… é uma forma de “hibernação” (dormência) quase
absolutamente fascinante como as plantas con- totalmente desidratada e reatar a vida com uma
seguem converter a energia do sol numa outra simples gota de água! Escolhi as plantas porque
forma de energia acessível para elas e para todos queria saber exactamente o que ocorre “lá den-
os outros seres vivos! Essa força motriz que nos tro” da célula, como podem responder a tantos
move, que nos dá energia, provém das plantas! estímulos diferentes e integrar toda essa infor-
Sem elas, não teríamos vida. E pensar que ainda mação de forma a poder sobreviver e a passar
por cima nos dão o oxigénio que precisamos para essa informação à geração seguinte.
viver, captando ao mesmo tempo o dióxido de car-
bono. É absolutamente fascinante por si só! Já
para não falar da beleza das cores, formas, chei- O que está investigar neste momento?
ros e sabores com que nos presenteiam todos os Estou a estudar uma dessas formas de adapta-
dias ! São fascinantemente “generosas”!. ção, ou seja, como as plantas respondem a nível
molecular para adaptar-se à escassez de água e/
ou ao excesso de salinidade que ocorre no solo,
Porque escolheu a área das plantas para a dois factores altamente limitantes à produtivida-
sua investigação? de hoje em dia, e infelizmente muitas vezes as-
Precisamente porque sempre vi as plantas sociados… A ideia é, depois de compreendermos
como seres vivos fascinantes! Enigmáti- esses mecanismos base, podermos passar à fase
cas, desde as plantas carnívoras (perfei- seguinte, que seria obter plantas com maiores
tamente pacíficas deva-se dizer…), às níveis de tolerância a esses factores ambientais
plantas da “ressurreição” que habi- adversos.
47. O que gosta mais no seu trabalho? E me-
nos?
Gosto da ideia de que podemos formular todo
o tipo de perguntas, e que se pensarmos numa
boa estratégia, e tivermos os meios necessários Que conselho daria a jovens
para a desenvolver, podemos chegar a respostas interessados na investigação em
realmente fascinantes… As melhores são sempre plantas?
aquelas que não estamos à espera… As plantas Talvez esta seja a pergunta mais difícil…
trocam-nos as voltas constantemente, pois a res- Se os jovens sentem essa curiosidade que
posta nunca é tão simples como imaginávamos… leva ao exercício da investigação, então é
é sempre muito mais complexa… “só” uma questão de procurar/encontrar o
O que gosto menos é falta de reconhecimento de tema certo, no lugar certo, e com as pesso-
que o trabalho de um investigador, é trabalho! A as certas! Hoje em dia há muita informação,
grande maioria das pessoas que faz investigação diversidade de temas e abordagens, e dado que o
é detentora de bolsas de investigação, sendo país é pequeno, os investigadores até são fáceis
considerado que estamos em formação… De facto de encontrar! Está tudo aí ao alcance de um click!
é “trabalho”, muito trabalho aliás, ao qual se de- Basta procurar.
dicam muitas horas, muita paixão, mas também
muito esforço…
O que faz para se distrair do trabalho?
Gosto de umas belas caminhadas, um bom
livro para ler, viajar, mas para mim a melhor
distracção é poder estar com todos aqueles
a quem mais queremos. Simplesmente estar
e aproveitar que o outro existe, fazendo-me
sentir que eu também existo.
48. Tiago Santos
Para o investigador Tiago Santos, do Instituto
de Tecnologia Química e Biológica, o interes-
se por esta área começou na faculdade, onde
“o Prof. Fernando Catarino falava das plantas
com uma paixão que acabou por despertar o
meu interesse para conjugar a biologia molecu-
lar com plantas!” A procura de explicações para a
resposta das plantas a fatores ambientais, como
tentar perceber o que faz uma planta ser mais O que está investigar neste momento?
tolerante ou sensível ao frio, à salinidade ou à Neste momento, a minha pesquisa está relacio-
secura “é um desafio permanente”. nada com os mecanismos de resposta a nível
molecular do arroz a factores ambientais, como o
frio, a salinidade ou a secura.
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
As plantas são verdadeiras sobreviventes! Con-
seguem viver em ambientes muito adversos com O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
adaptações espantosas. Para além disso, são a Gosto imenso dos intrincados puzzles molecula-
fonte da nossa sobrevivência, fornecendo oxigé- res das respostas a factores ambientais. Estamos
nio e serem a base da nossa alimentação. constantemente a tentar perceber o que faz uma
planta ser mais tolerante ou sensível ao frio, sali-
nidade ou secura, e isso é um desafio permanen-
Porque escolheu a área das plantas para a te. O mais chato é ter de lidar com a frustração
sua investigação? de experiências que correm mal. À parte disso,
O bichinho foi crescendo durante a Facul- a permanente instabilidade profissional causa
dade…o Prof. Fernando Catarino falava das igualmente muito stress.
plantas com uma paixão que acabou por
despertar o meu interesse para conjugar a
biologia molecular com plantas!
49. O que faz para se distrair do trabalho?
Aproveito o meu tempo livre para estar com a
minha mulher e filhas.
Como a investigação toma grande parte do meu
tempo, o restante tempo tento utilizá-lo ao
máximo para poder compensá-las das minhas
ausências.
Também gosto de jogar ténis e de vez em quando
consigo arranjar tempo para fazer umas partidas.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Gostar de plantas é fundamental! Depois é como
em tudo: empenho, dedicação, espírito crítico,
mas também saber ouvir os mais experientes…
50. Célia Cabral
“Desde miúda que o meu gosto pelas plantas
despoletou penso que graças a uma grande
influência da minha mãe que adora plantas”
revela-nos Célia Cabral, investigadora da Facul-
dade de Farmácia da Universidade de Coim-
bra. “Conseguir dar explicação científica para os
ou seja o fascínio pela Taxonomia Vegetal
usos [das plantas] na medicina tradicional” é uma
começou no meu segundo ano da licenciatura
das suas motivações para investigar na área das
em biologia. Desde essa altura que a paixão foi
plantas.
crescendo e fui tendo cada vez mais a certeza que
fazer investigação com plantas, especialmente
de ambientes tropicais era o que eu queria fazer.
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
Tudo nas plantas me fascina, desde as cores, as
formas, as estratégias de atração de insectos
O que está investigar neste momento?
para polinização, etc. As plantas não se conse-
Neste momento estou a trabalhar na avaliação
guem mover como os animais, e portanto quando
da bioatividade de metabolitos secundários de vá-
as condições ambientais não são as mais propí-
rias plantas medicinais. Interessam-me sobretu-
cias elas não podem fugir, têm de rapidamente se
do as plantas aromáticas e logo a caracterização
adaptar ou morrem. Essas capacidades e estra-
química e a avaliação do potencial medicinal dos
tégias extraordinárias que as plantas desen-
óleos essenciais que são extraídos delas.
volvem para se defenderem das adversidades
encantam-me…
O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Gosto de tudo :) Desde ir para o campo colher, à
Porque escolheu a área das plantas para a
recolha de informação etnobotânica, ir para o
sua investigação?
laboratório obter extratos, fazer a caracterização
Desde miúda que o meu gosto pelas plan-
química, avaliar as bioatividades… adoro con-
tas despoletou penso que graças a uma
seguir dar explicação científica para os usos na
grande influência da minha mãe que
medicina tradicional.
adora plantas. Mas o gosto científico,
51. O que faz para se distrair do trabalho?
Não se pode dizer que seja para me distrair do
trabalho, até porque não tenho vontade de me
distrair do trabalho porque adoro o que faço. Mas
adoro ir para o campo com o meu filho e admirar
com ele a beleza da natureza e gosto muito tam-
bém de pintar aguarelas.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
O meu conselho é que sejam persistentes. Eu fiz
parte do meu doutoramento fora de Portugal (no
Royal Botanic Garden Edinburgh, U.K.) onde há
um fascínio e um respeito pelas plantas muito
maior que no nosso país. Nem sempre é fácil
fazer investigação com plantas em Portugal, há
que sensibilizar as pessoas. Acho que devemos
sempre perseguir os nossos sonhos e portanto o
meu conselho é que não desistam quando sur-
girem as primeiras adversidades, toneladas de
burocracias e dificuldades de financiamento.
Força, e não desistam das plantas :)
52. Catarina Moura
“Há um mundo fascinante por descobrir
e que a investigação em plantas é extre-
mamente relevante” é o que nos diz hoje a
investigadora Catarina Moura, do Centro de
Estudos Florestais do ISA/UTL e do Centro
de Ecologia Funcional da UC. Aos jovens inves-
tigadores lembra que, se por um lado considera
que esta área é “sempre menos financiada, me- diversidade de formas, cores e texturas
nos apreciada que outras áreas (...) mas que vale no reino das plantas; depois durante a
a pena se acreditarmos?... ai isso vale! Portanto, faculdade senti uma maior afinidade pelas
força!” cadeiras e pelo ambiente no Departamento de
Botânica, e finalmente fui cativada pela cadeira
de Ecologia Vegetal, e especificamente por uma
Para si, o que torna as plantas fascinantes? aula em que o palestrante convidado, o Professor
As plantas são organismos sésseis que, pare- Jorge Paiva, nos falou da Laurissilva e da diversi-
cendo-nos frágeis, controlam imensos aconteci- dade vegetal... nesse dia decidi.
mentos do planeta e estão na base da vida deste.
Para além do seu papel fundamental na base da
cadeia alimentar da biosfera, podem também O que está investigar neste momento?
ser importantíssimas na estabilização do solo, No panorama geral, dedico-me ao estudo da
na regulação do ciclo hidrológico, na captura de interacção entre plantas (em particular árvores
carbono e na mitigação de alterações climáticas e sua fisiologia) e o ambiente, nomeadamente
e até na origem de muitos medicamentos... Nós, factores relacionados com alteração globais (seja
humanos, com esta aparente força, mobilidade o aumento do CO2 na atmosfera, a incidência de
e “inteligência” não poderíamos viver sem as secas ou as alterações do uso do solo) e alguns ci-
plantas! clos biogeoquímicos (água, carbono, azoto). Neste
momento em particular, estou a investigar efei-
tos de determinadas alterações do uso do solo
Porque escolheu a área das plantas ou da paisagem (como a introdução de pastagens
para a sua investigação? melhoradas biodiversas ou a “invasão” por arbus-
Penso que resultou de uma combinação tos) na fisiologia do sobreiro e no funcionamento
de factores, alguns mais circunstan- do ecossistema Montado.
ciais que outros. Por um lado, desde
muito cedo que me fascinava a
53. O que gosta mais no seu trabalho? E me- Que conselho daria a
nos? jovens interessados na
Gosto principalmente de questionar, de discu- investigação em plantas?
tir vários assuntos de ciência e de fazer ligações Diria que há um mundo fas-
entre ramos diversos do conhecimento (penso cinante por descobrir e que a
que é um característica e vantagem da ecologia!). investigação em plantas é extrema-
Adoro quando ouço cientistas doutras áreas e mente relevante, mas que o caminho
se faz um “click” na minha cabeça de como essa e as escolhas podem ser duros. Diria
abordagem, essa técnica, essa questão poderia que é necessário algum espírito de
ser utilizada na nossa área, ou de como se pode- dedicação, perseverança e luta (embora
riam construir sinergias entre todos. Também dependa muito do tipo e área de investi-
gosto do forte sentimento de calma e paz que gação dentro de “as plantas” e do local do
o trabalho de campo me proporciona (apesar mundo onde se está). Embora reconheça que
de muitas vezes ser duro fisicamente). E gostei estes não deixem de ser valores transversais a
imenso de dar aulas durante o meu doutoramen- todos os cientistas, terão que ser mais aguçados
to. numa área em que há pouco apoio e que é menos
O que gosto menos?... Hmm.... talvez de sentir acarinhada pela própria sociedade. Será sempre
que há muitas limitações (internas e externas) menos financiada, menos apreciada que outras
para aquilo que gostaríamos de fazer, questionar, áreas, isso sem dúvida, mas que vale a pena se
investigar. E de perdermos muito tempo e energia acreditarmos?... ai isso vale! Portanto, força!
com assuntos que são muitas vezes secundários
mas que afectam negativamente a disponibili-
dade mental e criatividade tão necessárias na
ciência.
O que faz para se distrair do trabalho?
Faço muitas coisas diversas dependendo do
local e situação onde me encontro, mas tem-
po com família ou amigos, música, cinema e
livros (muitos!) estão constantemente pre-
sentes... E sempre que posso, algo relaciona-
do com a dança (a minha outra paixão).
54. Eugénia de Andrade
Hoje o i-Plant veio falar com a investigadora
Eugénia de Andrade, do Instituto Nacional
de Recursos Biológicos. As plantas “são
a fonte do oxigénio atmosférico e a base da
cadeia alimentar (vida em geral), a habitação de
tantos seres, a química da beleza, do crescimen-
to e da cura de doenças físicas e psicológicas (so-
brevivência), a revelação de sentimentos (amor,
tristeza,...), a beleza das paisagens e o prazer dos Porque escolheu a área das plantas para a
nossos olhos (lazer)” diz-nos esta investigadora. sua investigação?
“E tanto fica ainda por dizer.” Numa primeira fase, vários factores, talvez com
pesos semelhantes, contribuíram para o meu
interesse pelas plantas: uma ascendência ligada
Para si, o que torna as plantas fascinantes? à agricultura, um pai que me motivava para a
As plantas são a nossa existência e indispensá- observação da natureza através de passeios a
veis à vida do Planeta Terra. Elas são a fonte do pé pelo campo, da observação de sementinhas a
oxigénio atmosférico e a base da cadeia alimen- germinar e do encorajamento na participação em
tar (vida em geral), a habitação de tantos seres, actividades agrícolas e o meu próprio gosto pelas
a química da beleza, do crescimento e da cura de as ciências da vida. Só mais tarde, durante a vida
doenças físicas e psicológicas (sobrevivência), a académica, surgiu o interesse pela investigação.
revelação de sentimentos (amor, tristeza, .), a be-
leza das paisagens e o prazer dos nossos olhos
(lazer). E tanto fica ainda por dizer. O que está investigar neste momento?
O efeito da inserção casual de transgenes, em mi-
lho, nos genes codificadores e não-codificadores
de proteínas. O efeito da amostragem na quantifi-
cação precisa de sementes geneticamente modi-
ficadas em lotes de sementes não geneticamente
modificadas- amostragem 1-D.
Desenvolvimento de plasmídeos calibrantes/con-
trolos positivos para as reacções de detecção de
agentes fitopatogénicos, por PCR em tempo real.
55. O que gosta mais no seu trabalho? E menos? na área da saúde sejam dos mais
Gosto de ler, gosto do “pensar” gerador de criati- elevados, sugiro aos jovens que
vidade e gosto do trabalho na bancada do labora- visem uma investigação atractiva e
tório. Não gosto tanto de escrever. entusiasmante, direcionada para o uso
das plantas na saúde e na melhoria da
qualidade alimentar e do meio-ambiente e
O que faz para se distrair do trabalho? sempre em prol do bem estar da humanida-
Tento ter, ao mesmo tempo, diferentes activi- de e da natureza.
dades em curso, para não entrar em rotina em
qualquer uma delas. Acima de tudo, faço jardi-
nagem, crochet e ponto de cruz. Também faço,
mas menos, restauro de mobílias velhas. Actual-
mente, encontrei no estudo da macrobiótica, uma
nova distracção e um novo interesse nas plantas.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Atendendo à conjuntura actual, onde a falta de
recursos faz com que a investigação, especial-
mente em plantas (agricultura, alimentação
e biotecnologia), seja uma das menos finan-
ciada e que os investimentos em projectos
56. Sónia Negrão
“Adoro investigar para tentar responder a
perguntas e surgirem sempre outras novas...o
desafio constante da ciência” é o que motiva a
investigadora Sónia Negrão. Conheça aqui mais
sobre o trabalho que desenvolve no Instituto de
Tecnologia Química e Biológica da Universi-
dade Nova de Lisboa.
Para si, o que torna as plantas fascinantes? Porque escolheu a área das plantas para a sua
Por um lado as plantas são o suporte de vida investigação?
de todo o planeta, não só como fonte básica de A genética sempre me fascinou desde muito
alimentação para todos os seres vivos, como cedo...como o modelo de Mendel foi o primeiro
também o pulmão da Terra. Por outro lado, como modelo genético com o qual tive contacto, estu-
as plantas são organismos sésseis (ou seja não dar plantas do ponto de vista genético foi algo
possuem capacidade de locomoção e vivem que aconteceu naturalmente.
fixos num local) desenvolveram mecanismos de
adaptação únicos (genéticos e moleculares) para
responder às condições adversas . O que está investigar neste momento?
Estou a estudar a diversidade genética do arroz,
de forma a encontrar genes mais eficazes na
tolerância ao stress salino, de forma a que o arroz
consiga crescer melhor em ambientes com mais
sal.
57. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Adoro investigar para tentar responder a pergun-
tas e surgirem sempre outras novas...o desafio
constante da ciência. O que menos gosto é falta
de uma carreira científica efectiva ou seja sem
ser apoiada maioritariamente por bolsas de
investigação.
O que faz para se distrair do trabalho?
Gosto de fazer desporto (Taekwondo, Krav Maga
e natação), cinema, ler e ir para a praia quando o
tempo o permite.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Devem ter em conta que a carreira de investiga-
ção exige absoluta dedicação, muita persever-
ança e uma grande paixão pela ciência. Acon-
selharia a começar com estágios de verão ou
mestrados num grupo forte de investigação
para perceberem como o trabalho de investi-
gação pode ser exigente mas recompensador.
58. Hélia Marchante
“Na verdade gosto muito do meu trabalho
(as várias vertentes incluídas tanto na parte
de investigação como na parte de docência)
mas detesto as plantas invasoras que investigo
- procuro alternativas para as eliminar!” é o que
nos diz hoje a investigadora Hélia Marchante.
Saiba mais sobre o seu trabalho com plantas
invasoras no Centro de Ecologia Funcional da
Universidade de Coimbra e sobre as suas aulas
de Botânica na Escola Superior Agrária de
Coimbra. Porque escolheu a área das plantas para a sua
investigação?
Aconteceu mais ou menos por acaso (no início
Para si, o que torna as plantas fascinantes? do curso até queria era trabalhar com animais),
Além de haver muitas plantas que são lindíssi- mas depois de começar a trabalhar com plantas
mas, sem elas não haveria animais:) Nem muitas nunca mais quis trocar - são fantásticas!
das paisagens fantásticas que conhecemos!
O que está investigar neste momento?
Investigo na área das plantas invasoras, in-
cluindo, e.g.: impactes de plantas invasoras nas
comunidades de plantas nativas; metodologias
de controlo de plantas invasoras e recuperação
de ecossistemas invadidos. A nível de docência
ensino Botânica (disciplina de base) - e adoro!
59. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Gosto muito das várias vertentes do meu traba-
lho, incluindo tanto as componentes de investiga-
ção como as de docência. De certa forma, o que
gosto menos são as plantas invasoras propria-
mente ditas, já que procuro alternativas para as
eliminar!
O que faz para se distrair do trabalho?
Brinco com os meus filhotes:) Ou, por vezes, pas-
seamos no campo e vêmos plantas juntos:)
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Força! não desistam - as plantas são muito mais
fantásticas do que os animais. Mas é preciso
“perseguir o sonho” - nem sempre é fácil conse-
guir-se financiamentos para investigar na área
das plantas (ou noutra áreas);)
60. João Silva
Hoje falámos com o investigador João Silva,
do Centro de Ciências do Mar da Universi-
dade do Algarve, sobre o seu fascínio pelas
plantas, “ainda com tantos mistérios por des-
vendar”. “Que não pensem que a investigação
em plantas é tão aborrecida como o quadro que
lhes é pintado no ensino básico e secundário” é
o conselho dado por este investigador aos mais
jovens.
Porque escolheu a área das plantas para a sua
Para si, o que torna as plantas fascinantes? investigação?
Vários aspectos, a começar pela sua função A primeiro contacto acabou por ser quase casual,
essencial de suporte a toda a vida neste planeta, um pouco por curiosidade, ao procurar um tema
função que ainda assim desempenham com uma para tese de mestrado, que acabei por fazer com
subtileza notável. Depois a sua beleza, manifes- macroalgas marinhas. O encantamento veio
tada desde os pequenos detalhes morfológicos depois e foi definitivo.
até à escala de uma floresta ou de uma pradaria
submarina. E por fim, não menos fascinante, é o
seu próprio “funcionamento”, a fisiologia, ainda O que está investigar neste momento?
com tantos mistérios por desvendar. Neste momento trabalho sobretudo com os
efeitos do aumento do CO2 e da acidificação do
oceano no processo fotossintético destas plantas
e também na calcificação de macroalgas calcá-
rias.
61. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
O que gosto mais é sem dúvida o trabalho de cam-
po, estar na água. Privilegio sempre que possível
a recolha de dados in situ. O que gosto menos é a
burocracia exagerada imposta à ciência.
O que faz para se distrair do trabalho?
Faço desporto e desfruto a minha família.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Que procurem o contacto directo com quem
trabalha na área, informalmente ou através de
programas de estágios e sobretudo que não pen-
sem que a investigação em plantas é tão aborre-
cida como o quadro que lhes é pintado no ensino
básico e secundário.
62. César Garcia
César Garcia do Museu Nacional de Histó-
ria Natural e da Ciência e investigador do
CBA da FCUL, diz-nos hoje que “as surpresas
que existem quando estudamos um local novo
e aparecem espécies raras, novas para o país ou
novas para a ciência” são o que mais o motiva.
Porque escolheu a área das plantas para a
Para si, o que torna as plantas fascinantes? sua investigação?
As plantas são organismos especiais. São espe- Porque desde o ensino secundário que me inte-
ciais porque têm uma relação muito específica resso por plantas, especialmente por ecologia
com o meio que as rodeiam e respondem de e taxonomia. Chegamos a um ponto em que de
diferentes formas, quando o meio é alterado por olhos fechados se formos colocados num deter-
alguma razão, seja poluição ou outras situações minado local de Portugal podemos dizer com
como são as alterações climáticas. Depois estão uma baixa margem de erro a região onde esta-
também adaptadas morfologicamente e quimica- mos.
mente de uma forma muito interessante, a forma
das folhas, o tamanho das suas células, papilas,
compostos químicos. etc. toda esta variabilidade O que está investigar neste momento?
foi programada à medida das suas necessidades. A brioflora de São Tomé e Príncipe e a Portugue-
sa. Trabalhos de ecologia e taxonomia. Relações
das espécies com a altitude e com outras variá-
veis ambientais.
O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
As surpresas que existem quando estudamos um
local novo e aparecem espécies raras, novas para
o país ou novas para a ciência. Depois observar
investigadores aposentados com a mesma moti-
vação e interesse parecendo crianças a desem-
63. brulhar presentes. Recentemente tive com um
dos maiores especialistas em plantas de África, vão ter de passar por muitas
um investigador com perto de oitenta anos com dificuldades para obter financia-
limitações na locomoção. Disse-me, tu que podes mento e até para garantir o próprio
ainda subir às montanhas faz-me o favor de me ordenado. Vão estar constantemente
enviar plantas para eu as determinar. Conclusão, em concursos públicos onde as taxas
não há reformados em determinadas áreas por- de sucesso são ínfimas. O sistema cien-
que há uma grande paixão. tífico actual não garante estabilidade fi-
O que gosto menos é a falta de sensibilidade de nanceira aos jovens investigadores mesmo
quem não a devia ter. Ou seja os decisores, os que os que têm mérito, não garante o seu futuro
dizem que não podem garantir carreiras científi- e até se torna caricato. Neste momento há
cas, mas são os primeiros a solicitar informação muitas pessoas qualificadas mal aproveitadas
quando necessitam ou a colocar dados em esta- em que houve um esforço na sua formação es-
tísticas internacionais. tando as entidades públicas sem quadros para
trabalhar. Há um abuso nas bolsas que só deviam
existir para a atribuição de graus académicos.
O que faz para se distrair do trabalho?
Quando estou mesmo a fazer o trabalho que é o
meu, não é necessário distracção.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Depende. Não só para as plantas, se o interes-
se for muito forte e tiverem dispostos a tudo
que avancem. Se for um interesse ligeiro que
pensem duas vezes antes de se meterem em
investigação num país europeu. Sabem que
64. Amely Zavattieri
Hoje contamos com a participação da
investigadora Amely Zavattieri, do Instituto
de Ciências Agrárias e Ambientais Mediter-
rânicas da Universidade de Évora. “Que só se
dedique quem tiver realmente vocação e paixão
pelas plantas, sem isto, qualquer profissão é um
tédio” é o conselho dado por esta investigadora
se dedicou ao estudo das plantas que depois de
ter morado durante anos com os seus pais numa
Porque escolheu a área das plantas para a
fazenda e aprendido as coisas básicas de agricul-
sua investigação?
tura com o seu pai.
Morei durante anos com os meus pais numa
fazenda e aprendi as coisas básicas de agricul-
tura com o meu pai, isto sem dúvida foi o que me
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
fez optar pela engenharia agronómica. Gosto de
A sua capacidade de adaptação face a falta de
contribuir para o conhecimento da botânica e da
movimentação, a sua extraordinária diversidade
produção vegetal em todas as suas vertentes.
em formas e cores, a sua capacidade de trans-
formação da energia solar com uma eficiência
inimitável.
O que está investigar neste momento?
Sou doutorada em biotecnologia vegetal e estou
a investigar a micorrização in vitro de espécies
florestais e os sinais bioquímicos que se estabe-
lecem entre as plantas e as micorrizas para que o
estabelecimento das relações simbióticas venha
a acontecer. Estudo além disso a propagação e
conservação de germoplasmas de espécies endé-
micas portuguesas e a produção de metabolitos
secundários.
65. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Gosto especialmente de trabalhar com a exce-
lente equipa que temos formado na Universidade
de Évora nesta área.
O que menos gosto é a baixa estima que existe
na área vegetal comparativamente com outras
(como exemplo, a relevância que se dá a conser-
vação animal em detrimento da componente
vegetal), a falta de conhecimento de quem fala
sobre biotecnologia vegetal e plantas genetica-
mente modificadas.
O que faz para se distrair do trabalho?
Tento fazer fotografia..... (pois sou amadora e com
pouca formação), viajar, e recentemente comecei
a escrever o meu primeiro livro não científico que
estará dedicado a minha forma de ver a Patagó-
nia. O livro vai se chamar “Desolação e Beleza”
e terei o apoio da Universidade de Évora e da
Fundação Luís de Molina.
Que conselho daria a jovens interessados
na investigação em plantas?
Que só se dedique quem tiver realmente
vocação e paixão pelas plantas, sem isto,
qualquer profissão é um tédio.
66. Ricardo Mateus
“A Investigação em Plantas é uma área com
futuro”, diz-nos hoje o investigador Ricardo
Mateus, do Centro de Estudos Florestais do
Instituto Superior de Agronomia. “A sua bio-
diversidade e o seu valor na produção de tantos
produtos e serviços, tais como a purificação do
ar, a transformação da energia solar em alimen-
tos, o armazenamento de carbono, a regulação da
qualidade da água, etc.” são algumas das coisas
Porque escolheu a área das plantas para a sua
que tornam as plantas tão fascinantes.
investigação?
São um activo fundamental para a vida do plane-
ta que deve ser melhor gerido.
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
O facto de sem elas não existir vida na Terra. A
sua biodiversidade e o seu valor na produção de
O que está investigar neste momento?
tantos produtos e serviços, tais como a purifi-
A gestão da floresta, considerando os seus múlti-
cação do ar, a transformação da energia solar
plos benefícios e oportunidades por oposição aos
em alimentos, o armazenamento de carbono, a
custos e riscos que a sua gestão implica.
regulação da qualidade da água, etc.
67. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
O que gosto mais: o contacto com a Natureza, o
impacto que a minha investigação poderá ter na
gestão efectiva das florestas.
O que gosto menos: a fraca ligação e colaboração
das empresas e sociedade em geral em relação
ao trabalho que é produzido em I&D.
O que faz para se distrair do trabalho?
Leio, viajo e vivo a vida com a minha família e
amigos.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
A Investigação em Plantas é uma área com futu-
ro, face às necessidades e desafios que vamos
atravessar neste século. Apostem sobretudo na
multidisciplinaridade e em criar pontes com
outras áreas do saber.
68. Alexandra Cunha
Hoje contamos com a contribuição da inves-
tigadora Alexandra Cunha, Coordenadora do
projeto LIFE-BIOMARE da Universidade do
Algarve. A conservação e a gestão de prada-
rias marinhas, de modo a assegurar que “estes
habitats não desapareçam da costa portuguesa”
é o desafio que esta investigadora tem nas suas
mãos.
Para si, o que torna as plantas fascinantes?
Pela grande diversidade de forma, por serem a
Porque escolheu a área das plantas para a sua
base de todos os ecossistemas e pelo facto de
investigação?
serem seres vivos capazes de utilizar directamen-
Porque ao contrário dos animais não têm olhos e
te a energia solar.
não demonstram sofrimento quando manipula-
das.
O que está investigar neste momento?
Conservação e gestão de pradarias marinhas, o
que fazer para que estes habitats não desapare-
çam da costa portuguesa.
69. O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Gosto de contribuir para a preservação de um
conjunto de plantas em declínio. A parte que me-
nos gosto é a dificuldade em obter financiamento
para fazer o meu trabalho.
O que faz para se distrair do trabalho?
Passeios pedestres na natureza, convívio com
amigos e família, leitura, viagens.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Que comecem desde cedo a criar laços com in-
vestigadores nas áreas de trabalho com plantas,
como voluntários ou outros.
70. João Palma
João Palma, investigador do Centro de
Estudos Florestais do Instituto Superior de
Agronomia, fala-nos hoje sobre a possibilida-
de que a ciência nos dá para conhecer novas
pessoas e novos mundo. Sem nunca esquecer,
é claro que “é importante que a competência,
excelência e dedicação estejam sempre presen-
tes na actividade profissional”. O que está investigar neste momento?
Modelação de base fisiológica do crescimento
da floresta, e optimização do planeamento e
Para si, o que torna as plantas fascinantes? gestão tendo em conta riscos e alterações climá-
A morfologia variada, estratégias de reprodução e ticas.
a falsa impressão de que é um ser estático.
O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
Porque escolheu a área das plantas para a sua Mais: Desafio de raciocínio das dinâmicas in-
investigação? terligadas da hidrologia, fisiologia, silvicultura,
Vendo bem as coisas, acho que foram elas é que otimização de processos e a programação desta
me escolheram... dinâmica. Conhecer pessoas pelo mundo que
afinal também têm interesses semelhantes.
Menos: Burocracia (quase metade do tempo) e
contratos de trabalho a termo certo.
O que faz para se distrair do trabalho?
Depende das fases. Todos os dias ir e voltar de
mota ajuda a refrescar as ideias. Depois, dar
banho à criançada em casa que, por estranho que
possa parecer, aprendi que é um alívio para os
71. meus neurónios. O trabalho em si, tem promovi-
do viagens de longa duração em mundos/culturas
novas que permitem misturar lazer no trabalho
(China, Nova Zelândia, Austrália, Brasil, ...). Um
bom copo rodeado de amigos é certamente uma
boa distração do trabalho em qualquer parte do
mundo.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Não sejam demasiado específicos à partida. Se
gostarem de um determinado tema, não desa-
nimem por não o conseguirem logo de início.
Certamente haverá oportunidade de explorar
esse tema no futuro, ou, frequentemente surge o
interesse por outro tema por causa do “contágio”
da inspiração de um tutor dedicado e apaixonado
pelo seu tema de investigação. É importante
que a competência, excelência e dedicação es-
tejam sempre presentes na actividade profis-
sional. Sem estas, a investigação será apenas
poesia que, apesar de desejada, dificilmente
progredirá em resultados para a sociedade
em que vivemos, necessitamos e identifica-
mos.
72. Ana Cristina Tavares
Sustentáveis, fiéis, humildes, lindos e ins-
piradores são algumas “das muitas virtudes
das plantas fascinantes”, diz-nos hoje Cristina
Tavares, investigadora do Departamento de
Botânica da FCTUC. “Visitar, conhecer e usu-
fruir dos espaços, recursos e dos programas dos
jardins botânicos” é o desafio lançado aos mais modelos - químicos, físicos, morfológicos
jovens. – fantásticos, muitas vezes inigualáveis;
- são seres de uma fidelidade impressionante:
fieis – aos sinais do meio ambiente- respondendo
Para si, o que torna as plantas fascinantes? com a mesma reação à mesma ação; p. ex.. – “seja
Passo a enumerar apenas 7 (o meu dígito prefe- fiel ao seu amor como a magnólia do jardim botâ-
rido) das muitas virtudes das plantas fascinan- nico (de Coimbra) ao dar flor” uma atividade que a
tes - deslumbrantes, encantadoras e sedutoras este propósito desenvolvemos no 14 de fevereiro-
(sinónimos no dicionário): dia dos namorados- porque as magnólias, aqui ,
- são os seres vivos mais sustentáveis que conhe- estão sempre em flor nesse dia.
ço: são auto-suficientes e não desperdiçam - só - são seres exemplares: todos os dias nos dão
consomem e gastam o que precisam; lições de vida, quer pelo conhecimento das plan-
- são seres humildes – nada reclamam e são fun- tas, quer pelas novas descobertas a partir delas.
damentais para a vida na terra; - são princípio e fim: toda a vida e morte na terra
- são seres sempre ativos, esforçados e empre- se “mistura” nas plantas.
endedores: procuram sempre a melhor adapta- - são seres lindos, inspiradores e únicos no mun-
ção às circunstâncias (meio ambiente) até ao do.
limite das possibilidades (vida), muitas vezes
em situações extremas, que solucionam com
Porque escolheu a área das plantas para a sua
investigação?
Pelo desafio da diferença, já que as plantas são
tão importantes quanto o pouco interesse que no
geral lhes é votado. (sobre isso escrevi a convite:
http://www.uc.pt/noticias/newsletter/022012/
tem_a_palavra).
73. O que está investigar neste momento?
Apiáceas endémicas da Península Ibérica em Por-
tugal: conservação in vitro e ex situ e valorização
pelos óleos essenciais.
O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
O desafio aliciante e a interdisciplinaridade na
procura de conhecimentos (botânica, fisiologia
e ciências farmacêuticas) e o modo de o conse-
guir, pois proporciona uma aventura fantástica,
por entre os infindáveis Segredos da Natureza.
Congregar e organizar todos os resultados para
publicar.
O que faz para se distrair do trabalho?
Convívio com família e amigos, danças e nata-
ção, espetáculos.
Que conselho daria a jovens interessados
na investigação em plantas?
Visitar, conhecer e usufruir dos espaços, re-
cursos e dos programas dos jardins botânicos
será um bom princípio.
74. Maria Amélia Martins-
Loução
Contamos agora com a participação de Ma-
ria Amélia Martins-Loução, investigadora no
Centro de Biologia Ambiental da Faculdade
de Ciências da Universidade Lisboa. “Não é
fantástico ter sementes guardadas por mais
de milhares de anos capazes de germinar e dar O que está investigar neste momen-
uma nova planta?” é uma das curiosidades que to?
nos coloca esta investigadora. Pouco estou a “fazer”, antes a estudar e a
orientar experimentação. A perceber como
se pode entusiasmar as crianças para a ciên-
Para si, o que torna as plantas fascinantes? cia, para a curiosidade e experimentação cienti-
As suas formas, a arquitectura das árvores, o fica. Apaixona-me compreender como é que as
domínio das alturas, destemido, despojado. plantas podem usar microrganismos ou fungos
para se adaptarem a diferentes habitats. Quais
as condições que levam as plantas a perder a sua
Porque escolheu a área das plantas para a sua capacidade de adaptação e a ficar ameaçada a
investigação? sua sobrevivência ? Será o azoto atmosférico um
Para compreender as suas adaptações e evolu- “driver” de perturbação importante para todas as
ção, como gerem os nutrientes e a água, particu- espécies ? Como optimizar a conservação, in situ
larmente em climas desérticos e solos pobres. e ex situ ?
O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
O tentar aprender o que não sei, de uma forma
contínua e apaixonada. Gosto especialmente de
pensar que estou a juntar pequenas peças de
um grande puzzle. Obviamente que não gosto de
perder peças.
75. O que faz para se distrair do trabalho?
Estar com a família, olhar e rever espaços e
locais por que tenho passado e para os quais
tenho nova forma de apreciar. Conhecer novos
lugares. Para além disso leio, e procuro aprender
novas funcionalidades que a Apple oferece.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?
Que é um mundo fascinante e a base da nossa
existência. Que há uma diversidade de formas e
de funções à nossa espera para descobrir. Que a
compreensão de muitos mecanismos presentes
nas plantas pode permitir o avanço da biologia
médica. Basta pensar que as plantas podem viver
muito mais que os animais e o homem. Porquê?
Como conseguem? O que as leva a ser tão resis-
tentes? Quais os mecanismos? Não é fantástico
ter sementes guardadas por mais de milhares
de anos capazes de germinar e dar uma nova
planta?
76. Susana Serrazina
Hoje contamos com a participação de Susa-
na Serrazina, investigadora no Laboratório
de Sistemas Biológicos de Plantas, da Facul-
dade de Ciências de Lisboa. “A investigação
em plantas é feita de pequenos passos que
quando são atingidos correspondem a satisfa-
ção garantida!” diz-nos esta investigadora.
Para si, o que torna as plantas fascinantes? O que está investigar neste momento?
As plantas são fascinantes. Não tendo capaci- Investigo por um lado, os genes envolvidos na
dade de se mover, são capazes de sobreviver a defesa do castanheiro europeu à doença da tinta,
agressões como pragas, calor e frio, ferida…todos provocada por Phytophthora cinnamomi, um
estes tipos de stress levam as plantas a adaptar- organismo do tipo fungo. Por outro lado, investigo
se, correspondendo a importantes motores factores de sinalização na reprodução sexual das
evolutivos. plantas, tendo como modelo o grão de pólen de
Arabidopsis thaliana.
Porque escolheu a área das plantas para a sua O que gosta mais no seu trabalho? E menos?
investigação? A investigação que exerço é muito demorada na
As plantas são essenciais ao ecossistema Terra, aquisição de resultados, a minha maior satisfa-
estão na base do fornecimento de oxigénio e ali- ção é quando finalmente consigo discuti-los e
mento. O conhecimento do reino das plantas e o divulgá-los. Nada avança sem dinheiro ou finan-
melhoramento de plantas é e será sempre uma ciamento, a parte mais chata é o atraso na trans-
área emergente de importância primordial. ferência de verbas para os projectos, de forma a
ter mais resultados para a divulgação e avanço no
conhecimento. Outro ponto negativo é a carreira
de investigador. Tem muitos altos e baixos a nível
de financiamento, os contratos são escassos e
as bolsas, como alternativa, não têm as mesmas
regalias dos contratos.
77. O que faz para se distrair do trabalho?
O meu filho ainda é jovem (1 ano). Ele é distracção
garantida e o meu escape. Quando tenho disponi-
bilidade não dispenso sair da cidade, passeios de
bicicleta, snorkeling.
Que conselho daria a jovens interessados na
investigação em plantas?”
A investigação em plantas exige curiosidade,
empenho e perseverança. Um investigador de
plantas chega facilmente à conclusão que nunca
chegaremos a conhecê-las na sua essência, e o
dogma de que as podemos dominar é falso. Tem
a ver com o facto de Homem e Plantas serem
inequivocamente diferentes, une-nos uma an-
cestralidade comum, mas distante e divergente.
A investigação em plantas é feita de pequenos
passos que quando são atingidos correspon-
dem a satisfação garantida!
78. Este livro só foi possível graças aos
participantes nas diversas actividades do
“Aqui há Planta 2012”.
Queremos agradecer-vos pela elevada qualidade dos trabalhos a concurso,
pelo entusiasmo nos vários roteiros, pelas visitas à exposição, pelas ideias
na nossa árvore, pelos testemunhos I-plant e por todas as outras formas
com que apoiaram esta iniciativa. Muito obrigada a todos os que nos
ajudaram a celebrar em grande, o fascinante mundo das plantas.
Contamos convosco para a próxima edição
A equipa “Aqui há Planta”
www.itqb.unl.pt | sci@itqb.unl.pt | 214469350