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Breve resumo
• O modernismo no Brasil foi um movimento
artístico, cultural e literário que se caracterizou
pela liberdade estética, o nacionalismo e a crítica
social.
• Inspirado pelas inovações artísticas das
vanguardas europeias (cubismo, futurismo,
dadaísmo, expressionismo e surrealismo), o
modernismo teve como marco inicial a Semana
de Arte Moderna, que se realizou entre os dias
11 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro
Municipal de São Paulo.
“Grupo dos cinco”
• Anita Malfatti,
• Mário de Andrade,
• Menotti del Picchia,
• Oswald de Andrade,
• Tarsila do Amaral.
Contexto histórico
• Primeira Guerra Mundial (1914-1918);
• Segunda fase da República velha (1889-1930),
chamada de República das Oligarquias ou
República do café com leite;
• Revoltas;
• Quebra da bolsa de valores de Nova Iorque,
em 1929,
• Revolução de 30.
Fases do modernismo no Brasil
• Primeira fase modernista (1922-1930) - a fase
heroica ou de destruição;
• Segunda fase modernista (1930-1945) - a fase
de consolidação ou geração de 30;
• Terceira fase modernista (1945-1960) - a
geração de 45.
Primeira fase modernista no Brasil (1922-1930)
• A primeira fase do modernismo esteve voltada
para a busca de uma identidade nacional;
• Semana de 22;
• “Fase de destruição“;
• Movimento pau-brasil;
• Movimento antropofágico;
• Movimento regionalista;
• Movimento verde-amarelo.
Características da primeira fase
modernista
• fase mais radical e nacionalista;
• busca de uma identidade nacional;
• maior liberdade formal com rupturas da sintaxe;
• presença de regionalismos e linguagem informal;
• valorização do folclore, arte e cultura popular
brasileira;
• uso de versos livres, que não possuem métrica
(medida);
• uso de versos brancos, com ausência de rimas;
• utilização do sarcasmo e da ironia.
Autores e obras da primeira fase
modernista
• Mario de Andrade (1893-1945) - Obras: Paulicéia
Desvairada (1922), Amar, Verbo
Intransitivo (1927) e Macunaíma (1928).
• Oswald de Andrade (1890-1954) - Obras: Os
condenados (1922), Memórias Sentimentais de
João Miramar (1924) e Pau Brasil (1925).
• Manuel Bandeira (1886-1968) - Obras: A cinza
das horas (1917), Carnaval (1919)
e Libertinagem (1930).
• Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto
expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr.
Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no
dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom
branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Segunda fase modernista no Brasil
(1930-1945)
• caráter mais destrutivo e radical;
• temáticas nacionalistas, regionalistas e de
caráter social;
• literatura mais crítica e revolucionária.
Características da segunda fase
modernista
• fase de consolidação do modernismo no Brasil;
• vasta produção literária em poesia e prosa
(poesia de 30 e romance de 30);
• valorização do regionalismo e da linguagem
popular;
• utilização de versos livres, sem métrica, e
brancos, sem rimas;
• crítica à realidade social brasileira;
• valorização da diversidade cultural do país;
• temática cotidiana, social, histórica e religiosa.
Autores e obras da segunda fase
modernista – Poesia de 30
• Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Obras: Alguma
poesia (1930), A Rosa do povo (1945) e Claro Enigma (1951).
• Murilo Mendes (1901-1975) - Obras: Poemas (1930), A poesia
em pânico (1937) e As metamorfoses (1944).
• Jorge de Lima (1893-1953) - Obras: Novos poemas (1929), O
acendedor de lampiões (1932) e O anjo (1934).
• Cecília Meireles (1901-1964) -
Obras: Espectros (1919), Romanceiro da Inconfidência (1953)
e Batuque, Samba e Macumba (1935).
• Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e
Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da
Conceição (1954).
Carlos Drummond de Andrade
• No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
“romance de 30”
• Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São
Bernardo (1934), Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953).
• José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do
Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934) e Fogo
morto (1943).
• Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar
morto (1936) e Capitães da areia (1937).
• Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho
das pedras (1937) e Memorial de Maria Moura (1992).
• Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do
campo (1938), O Tempo e o Vento - 3 volumes (1948-1961)
e Incidente em Antares (1971).
Vidas Secas, de Graciliano Ramos
• Na planície avermelhada os juazeiros
alargavam duas manchas verdes. Os infelizes
tinham caminhado o dia inteiro, estavam
cansados e famintos. Ordinariamente
andavam pouco, mas como haviam repousado
bastante na areia do rio seco, a viagem
progredira bem três léguas. Fazia horas que
procuravam uma sombra. A folhagem dos
juazeiros apareceu longe, através dos galhos
pelados da catinga rala.
Terceira fase modernista no Brasil
(1945-1960)
• Fim da Segunda Guerra Mundial;
• Prosa urbana, intimista e regionalista.
Características da terceira fase
modernista
• linguagem mais objetiva e equilibrada;
• influência do Parnasianismo e Simbolismo;
• oposição à liberdade formal;
• forte preocupação com a estética e a
perfeição;
• valorização da métrica e da rima;
• temática social e humana.
Autores e obras da terceira fase
modernista
• Mario Quintana (1906-1994) - Obras: Rua dos
cataventos (1940), Canções (1946) e Baú de
espantos (1986).
• João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Obras: Pedra
do sono (1942), O cão sem plumas (1950) e Morte e
vida severina (1957).
• Guimarães Rosa (1908-1967) -
Obras: Sagarana (1946), Primeiras Estórias (1962)
e Grande Sertão: Veredas (1956).
• Clarice Lispector (1920-1977) - Obras: Perto do coração
selvagem (1942), A paixão segundo G. H (1964) e A
hora da estrela (1977).
João Cabral de Melo Neto
Morte e vida severina
• — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram
então de me chamar Severino de Maria como há muitos
Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da
Maria do finado Zacarias.
(...)
• — Desde que estou retirando só a morte vejo ativa, só a
morte deparei e às vezes até festiva só a morte tem
encontrado quem pensava encontrar vida, e o pouco que não
foi morte foi de vida severina (aquela vida que é menos vivida
que defendida, e é ainda mais severina para o homem que
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Enem 2019
HELOÍSA: Faz versos?
PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos... Sonetos...
Reclames.
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PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na
independência... Mas foi uma tragédia!
Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não
me receber mais. As crianças choravam em casa.
Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise.
Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo.
Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.
ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.
O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação
da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada
vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma
postura
A. Preconceituosa, ao evitar formas poéticas
simplificadas.
B. Conservadora, ao optar por modelos
consagrados.
C. Preciosista, ao preferir modelos literários
eruditos.
D. Nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.

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O modernismo no Brasil: movimento artístico e literário de vanguarda

  • 1.
  • 2. Breve resumo • O modernismo no Brasil foi um movimento artístico, cultural e literário que se caracterizou pela liberdade estética, o nacionalismo e a crítica social. • Inspirado pelas inovações artísticas das vanguardas europeias (cubismo, futurismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo), o modernismo teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, que se realizou entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.
  • 3. “Grupo dos cinco” • Anita Malfatti, • Mário de Andrade, • Menotti del Picchia, • Oswald de Andrade, • Tarsila do Amaral.
  • 4. Contexto histórico • Primeira Guerra Mundial (1914-1918); • Segunda fase da República velha (1889-1930), chamada de República das Oligarquias ou República do café com leite; • Revoltas; • Quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, • Revolução de 30.
  • 5. Fases do modernismo no Brasil • Primeira fase modernista (1922-1930) - a fase heroica ou de destruição; • Segunda fase modernista (1930-1945) - a fase de consolidação ou geração de 30; • Terceira fase modernista (1945-1960) - a geração de 45.
  • 6. Primeira fase modernista no Brasil (1922-1930) • A primeira fase do modernismo esteve voltada para a busca de uma identidade nacional; • Semana de 22; • “Fase de destruição“; • Movimento pau-brasil; • Movimento antropofágico; • Movimento regionalista; • Movimento verde-amarelo.
  • 7. Características da primeira fase modernista • fase mais radical e nacionalista; • busca de uma identidade nacional; • maior liberdade formal com rupturas da sintaxe; • presença de regionalismos e linguagem informal; • valorização do folclore, arte e cultura popular brasileira; • uso de versos livres, que não possuem métrica (medida); • uso de versos brancos, com ausência de rimas; • utilização do sarcasmo e da ironia.
  • 8. Autores e obras da primeira fase modernista • Mario de Andrade (1893-1945) - Obras: Paulicéia Desvairada (1922), Amar, Verbo Intransitivo (1927) e Macunaíma (1928). • Oswald de Andrade (1890-1954) - Obras: Os condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) e Pau Brasil (1925). • Manuel Bandeira (1886-1968) - Obras: A cinza das horas (1917), Carnaval (1919) e Libertinagem (1930).
  • 9. • Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas
  • 10. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.
  • 11. Segunda fase modernista no Brasil (1930-1945) • caráter mais destrutivo e radical; • temáticas nacionalistas, regionalistas e de caráter social; • literatura mais crítica e revolucionária.
  • 12. Características da segunda fase modernista • fase de consolidação do modernismo no Brasil; • vasta produção literária em poesia e prosa (poesia de 30 e romance de 30); • valorização do regionalismo e da linguagem popular; • utilização de versos livres, sem métrica, e brancos, sem rimas; • crítica à realidade social brasileira; • valorização da diversidade cultural do país; • temática cotidiana, social, histórica e religiosa.
  • 13. Autores e obras da segunda fase modernista – Poesia de 30 • Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Obras: Alguma poesia (1930), A Rosa do povo (1945) e Claro Enigma (1951). • Murilo Mendes (1901-1975) - Obras: Poemas (1930), A poesia em pânico (1937) e As metamorfoses (1944). • Jorge de Lima (1893-1953) - Obras: Novos poemas (1929), O acendedor de lampiões (1932) e O anjo (1934). • Cecília Meireles (1901-1964) - Obras: Espectros (1919), Romanceiro da Inconfidência (1953) e Batuque, Samba e Macumba (1935). • Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da Conceição (1954).
  • 14. Carlos Drummond de Andrade • No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.
  • 15. “romance de 30” • Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São Bernardo (1934), Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953). • José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934) e Fogo morto (1943). • Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar morto (1936) e Capitães da areia (1937). • Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho das pedras (1937) e Memorial de Maria Moura (1992). • Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do campo (1938), O Tempo e o Vento - 3 volumes (1948-1961) e Incidente em Antares (1971).
  • 16. Vidas Secas, de Graciliano Ramos • Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
  • 17. Terceira fase modernista no Brasil (1945-1960) • Fim da Segunda Guerra Mundial; • Prosa urbana, intimista e regionalista.
  • 18. Características da terceira fase modernista • linguagem mais objetiva e equilibrada; • influência do Parnasianismo e Simbolismo; • oposição à liberdade formal; • forte preocupação com a estética e a perfeição; • valorização da métrica e da rima; • temática social e humana.
  • 19. Autores e obras da terceira fase modernista • Mario Quintana (1906-1994) - Obras: Rua dos cataventos (1940), Canções (1946) e Baú de espantos (1986). • João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Obras: Pedra do sono (1942), O cão sem plumas (1950) e Morte e vida severina (1957). • Guimarães Rosa (1908-1967) - Obras: Sagarana (1946), Primeiras Estórias (1962) e Grande Sertão: Veredas (1956). • Clarice Lispector (1920-1977) - Obras: Perto do coração selvagem (1942), A paixão segundo G. H (1964) e A hora da estrela (1977).
  • 20. João Cabral de Melo Neto Morte e vida severina • — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. (...) • — Desde que estou retirando só a morte vejo ativa, só a morte deparei e às vezes até festiva só a morte tem encontrado quem pensava encontrar vida, e o pouco que não foi morte foi de vida severina (aquela vida que é menos vivida que defendida, e é ainda mais severina para o homem que retira).
  • 21. Enem 2019 HELOÍSA: Faz versos? PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos... Sonetos... Reclames. HELOÍSA: Futuristas? PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista. ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura
  • 22. A. Preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas. B. Conservadora, ao optar por modelos consagrados. C. Preciosista, ao preferir modelos literários eruditos. D. Nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.