O documento discute a importância do Método de avaliação ambiental denominado "Método de Contingência" para entender as relações socioeconômicas que formam o espaço turístico da Chapada Diamantina na Bahia. Ele analisa a valoração da paisagem pelos moradores locais e turistas e como os sujeitos com poder, como empresários do turismo, afetam a percepção do espaço. O documento também aplica o Método de Valoração Contingente para estimar o valor que as pessoas pagariam pela conservação dos atrativos tur
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Modelo de apresentação da tese
1. UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ -
REITORIA DE PÓS - GRADUAÇÃO E PESQUISA
NÚCLEO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
2. INTRODUÇÃO
O artigo discute a importância do Método de avaliação
ambiental, denominado “Método de Contingência”, a partir
da valoração da paisagem centrada no sujeito (percepção
geográfica), associada à análise retrospectiva (diacrônica)
para entender as relações socioeconômicas vigentes
(sincrônica), que engendram o espaço turístico da
Chapada Diamantina/Bahia.
3. Analisar a valoração da paisagem, à luz do valor de
uso dos moradores locais e turistas, associados aos
sujeitos que efetivamente exerce poder - comerciantes
locais empresários do turismo (donos de hotéis e
agências de turismo) e instituições (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis- IBAMA) - esses de fato controlam os
espaços da Chapada Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e
Sintra/ Portugal, vinculando as representações do
espaço ao percebido, concebido e vivido;
4. Aplicar o MVC para estimar os valores médios e
medianos que os indivíduos, estariam dispostos a pagar
(DAP) pela:
Conservação dos atrativos turísticos formados por um
conjunto de vales, serras, riqueza arquitetônica das
cidades históricas, quedas d‗água, cachoeiras, grutas
cavernas e ruínas de antigos povoados, que evocam o
auge da mineração, bem como, o patrimônio histórico
cultural de Lisboa e Sintra/ Portugal;
Valoração da paisagem da Chapada
Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa; e Sintra/ Portugal,
vinculando as representações do espaço ao concebido,
percebido e vivido ao valor de valor de uso dos moradores
locais e turistas e o valor de troca dos sujeitos que
exercem poder sobre o espaço - comerciantes locais,
empresários do turismo e instituições de conservação e
preservação ambiental
5. PERGUNTAS DE PESQUISA
É possível a integração entre os métodos de
valoração econômica ambiental e a abordagem da
Geografia Cultural para valoração da paisagem?
Em que medida, os métodos de valoração
econômica ambiental, contribuiu para a técnica de
Análise Custo-Benefício (ACB) dos projetos
estruturantes (implantados/ a implantar), constantes
no Programa de Desenvolvimento Regional
Sustentável da Região da Chapada Diamantina?
Qual seria o valor médio e mediano, de uso e não
uso, que os diferentes atores/agentes sociais
estariam dispostos a pagar (DAP), pela conservação
dos atrativos turísticos e patrimônios históricos de
Lençóis, Andaraí, Mucugê, Lençóis e Palmeiras, e
também, dos concelhos de Lisboa e Sintra/Portugal?
6. PERGUNTAS DE PESQUISA
Existem percepção e valoração ambiental diferenciada
por parte dos diversos grupos sociais (moradores
locais, turistas, empresários, comerciantes) da Chapada
Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e Sintra/ Portugal?
Em que medida existe múltiplas dimensões do espaço da
Chapada Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e Sintra/
Portugal, a partir do cotidiano/não cotidiano dos grupos
e/ou classes sociais (Moradores
locais, turistas, empresários, comerciantes e instituições)
vinculando as representações do espaço ao
percebido, concebido e vivido?
7. Hipóteses
A apreensão da paisagem constitui-se num
processo seletivo de percepção. Embora a
realidade seja singular, cada pessoa a vê sob a
ótica diferente. Compartilhando com a ideia de
Milton Santos (1988), a apreensão das coisas
materiais, pelo ator, é sempre deformada, pois a
visão de paisagem pode se expandir ou se
alterar, a partir dos distintos lugares em que se
localiza o observador;
8. Hipóteses
As categorias geográficas - espaço, território e lugar -
fundamentados sob a abordagem cultural oferecem
possibilidades de interface com os métodos de valoração
ambiental desenvolvido pela Escola Neoclássica. Essa
nova metodologia apresenta maior consistência nas
análises de valoração da paisagem;
9. Hipóteses
Constitui-se numa falácia a aplicabilidade dos
métodos de valoração econômica ambiental
desenvolvida pela Teoria Neoclássica, na
formulação de políticas públicas.
As limitações teóricas e metodológicas refletem
na incapacidade de assegurar a gestão e eficácia
do planejamento, acerca do uso dos recursos
ambientais, bem como, de atenuar a lógica do
sistema capitalista, que converte em
descartável, supérfluo e desperdiçado, tudo
aquilo que deveria ser conservado.
10. Hipóteses
O uso e a apropriação dos espaços pelos
indivíduos, representados por turistas, empresários do turismo e
comerciantes relacionados aos espaços públicos da região da
Chapada Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e Sintra/Portugal, têm
uma lógica contrária à percepção e vivência, porém, favorável à
materialização do espaço concebido. A materialização do espaço
concebido obedece à lógica da troca do mercado monitorado pelo
interesse da classe dominante do capital. Dessa forma, entende-
se que a apropriação do espaço pelos moradores locais dos
municípios ocorre no plano da vida cotidiana — do vivido —, e
por isso, entra em conflito com os grupos que atuam no espaço
como forma de reproduzir o capital — o concebido Donos de
hotéis e agências de turismo.
11.
12. Estrutura da Tese
No primeiro capitulo, foi é feita uma
discussão sobre a fundamentação teórica,
necessária à valoração da paisagem. Nesta
perspectiva, foi apresentada a teoria para
valoração da paisagem, as categorias
conceituais da Geografia e o valor econômico
total dos recursos ambientais.
13. Estrutura da Tese
No segundo capítulo abordam-se os aspectos
metodológicos em atendimento à
problemática e aos objetivos propostos na
pesquisa. Apresentam-se o procedimento
para coleta de dados, a metodologia aplicada
ao desenvolvimento do pré-teste e a
aplicação do instrumento de coleta de
dados, a técnica utilizada para tratamento dos
dados e os procedimentos para organização e
análise dos dados.
14. Estrutura da Tese
No terceiro capitulo é feita uma análise diacrônica
e sincrônica das paisagens dos municípios, que
delimitam o Parque Nacional da Chapada
Diamantina-Ba. Abordam-se as características
geoeconômicas e uma análise dos potenciais
turísticos dos municípios. Num segundo
momento, as discussões são norteadas com base
nos elementos constitutivos do espaço, bem como
nas múltiplas dimensões vinculadas aos espaços
concebidos, percebido e vivido desses municípios
15. Estrutura da Tese
No quarto capitulo, aborda-se a tríplice configuração
espacial dos concelhos de Lisboa e Sintra/Portugal:
Evidencia-se o olhar geográfico do patrimônio
cultural, turismo, identidades e representações
territoriais;
Procede-se a valoração da paisagem, sob o enfoque das
dimensões espaciais, nesse :
São comparadas às opiniões dos entrevistados em
relação às paisagens dos concelhos numa abordagem
integradora.
São consideradas as diferentes dimensões e escalas de
análise da paisagem, bem como são confrontados
16. Estrutura da Tese :Quinto capitulo
Analisa-se o olhar geográfico do patrimônio histórico-
cultural, do turismo, das identidades e representações
territoriais na Chapada Diamantina, destacando-se:
As características do espaço Lefebvriano;
O valor de uso e não uso da paisagem local. São
discutidos os pressupostos valorativos na dimensão do
espaço concebido;
A vocação turística da região, enquanto, atividade
indutora de transformações do espaço geográfico;
17. Estrutura da Tese :Quinto capitulo
A determinação do valor dos atrativos turísticos:
Método de Valoração de Contingente Hibrido –
MVCH;
O turismo, identidades e representações
territoriais do Projeto Brejo Verruga que, tem
como objetivo a refuncionalização do uso da
gruta, a partir de um conjunto de modificações
tanto materiais como simbólicas no espaço.
18. Estrutura da Tese
No sexto capitulo, aborda-se a preferência pelas
paisagens dos municípios, que delimitam o Parque
Nacional da Chapada Diamantina, a partir das
intencionalidades dos agentes/atores sociais. Nesse
tópico, discutem-se as diferentes percepções da
paisagem, e em seguida pondera-se sobre o auto de
infração - Termo de Ajustamento de Conduta para
conservação da ―Gruta do Poço Encantado‖, localizado
no município de Itaetê. Ainda, nesse capitulo é feita uma
análise estatística, utilizando a Técnica Fatorial Múltipla.
Na última seção é feita uma análise sobre a percepção da
paisagem vivida e as tipologias de sensibilidade
ambiental, na delimitação espacial de pesquisa.
19. Estrutura da Tese
Nas considerações finais retomam-se as
assertivas definidas nas hipóteses para suas
validações respaldadas nos resultados
obtidos do trabalho empírico, e referencial
teórico metodológico de pesquisa. Em
seguida, são apontadas algumas
perspectivas respaldadas nos resultados
obtidos, a partir do embasamento teórico -
metodológico de pesquisa.
20. Metodologia
A Individualização das Paisagens
Na construção de análise dessa pesquisa, é feita uma abordagem
metodológica diacrônica (passado) e sincrônica
(presente), valorativa da paisagem centrada no
espaço/território/lugar.
Enquadramento Geográfico das Regiões – Localização e
Delimitação.
Enquadramento Humano e Técnico
Projetos Produtivos e Estruturantes (categoria), constantes no
Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável da Região da
Chapada Diamantina/Bahia/Brasil
Para dimensionar a população alvo do estudo foi aplicada a Técnica
de Amostragem probabilística aleatória simples
203 Entrevistados da Chapada Diamantina
21. Metodologia
Caverna em Iraquara Rio Pratinha- Iraquara Morrão – Palmeiras
Cânion da Fumacinha Maribus- PNCD Maribus - PNCD
Poço Azul, Nova Redenção Cach. Recanto Verde -Ibicoara Cemitério Bizantino - Mucugê
22. Metodologia
Jardim Praça do Império Mosteiro dos Jerônimos Castelo de S.Jorge
Torre de Belém
Castelo de Sintra Palácio Nacional do Pena
Vista Parcial de Sintra Vista Parcial de Lisboa
23. Metodologia
Instrumento de coleta de dados: Questionário, Entrevista e
Observações Diretas.
As entrevistas na Chapada Diamantina ocorreram no mês de
Janeiro/2010 e primeira quinzena de Fevereiro/2010. Quanto em
Lisboa e Sintra/ Portugal, os questionários e as
entrevistas, foram aplicados na segunda quinzena de Março, e
nos meses de Abril Maio e Junho/20l0
Disposição de Pagar- DAP
A proposta de integração da abordagem econômica e cultural
estabelece-se em comum para valoração ambiental, a partir da
criação de um mercado hipotético, nos quais, prevalecem os
diferentes graus de gosto e preferência, no momento da
Disposição de Pagar- DAP pelo do uso e não uso do meio
ambiente.
24. Metodologia
Todas as análises foram efetuadas com o
software SPSS (v. 14, SPSS Inc. Chicago, IL) e
os outputs do programa apresentam-se
distribuídos ao longo dos capítulos.
Trata-se de uma técnica de interdependência que
avalia todas as variáveis simultaneamente, cada
uma relacionada com a outra, empregando o
conceito da variável estatística
25. Discussão
PRÁTICAS ESPACIAIS REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇOS DE
MATERIAIS PERCEBIDO ESPAÇO CONCEBIDO REPRESENTAÇÕES DO
VIVIDO
(Fluxos,circulação, transferências e Espaço instrumental dos Códigos, signos, discursos
interações físicas e materiais) cientistas e planejadores espaciais, planos utópicos,
paisagens imaginárias e espaços
simbólicos
Infraestrutura (sistema de esgoto Programa de Desenvolvimento
sanitário,abastecimento de água,coleta Regional Sustentável – PDRS da
de lixo, pavimentação de ruas) Chapada Diamantina Atores/Agentes Sociais:
Infraestrutura de transportes Projetos estruturantes moradores locais
(intermunicipal, rodoviário e aeroviário)
Criação de estradas e comunicação Projetos Produtivos Turistas
Transporte rodoviário intermunicipal, Projetos Sociais Empresários diretamente e
telefonia fixa e móvel indiretamente ligados ao turismo)
Gestão ambiental: Valoração ambiental Categorias de Análise Espacial Comerciantes
de morros, rios, cachoeiras, cascatas, (forma, função estrutura e
grutas, vegetação exótica, quedas processo); Instituições
d’água, cavernas, ruínas de antigos
povoados, patrimônio arquitetônico de Elementos Constitutivos do
estilo neoclássico e neo-gótico das espaço:
cidades históricas, constantes nos
homens, às firmas, as
municípios limítrofes do Parque Nacional
instituições, meio ecológico e a
da Chapada Diamantina, Lisboa e Sintra.
infraestrutura
26. Discussão
A escolha deve-se ao fato de que as categorias de
análise utilizadas procuram enfocar o
espaço/território nas suas perspectivas sincrônicas,
enquanto paisagem, e diacrônica como resultante
de um processo;
O processo, enquanto, categoria de análise para
compreensão da produção do espaço, dá conta das
ações e interações de todos os outros elementos;
É feito um levantamento retrospectivo na
delimitação espacial de estudo, análise diacrônica,
para entender as relações socioeconômicas
vigentes, análise sincrônica.
27. Discussão
Lefebvre (1986) se refere sempre a espaço, e não a
território. No seu discurso, percebe-se que não se trata
de um espaço no sentido genérico, e nem também, um
espaço natural, porém, de um espaço-
processo, socialmente construído que se inicia pela
apropriação da natureza e dominação, uma
característica marcante da sociedade hegemônica do
capital.
O espaço dominado define-se por oposição ao espaço
apropriado (valor de uso). O espaço dominado (valor
de troca) é um espaço natural transformado pela
técnica e pela política imposta pelas autoridades
28. Discussão
O espaço vivido é compreendido como um espaço
apropriado. É um espaço natural modificado para
servir as necessidades e as possibilidades de um grupo
social que se apropria dele;
Se ―apresenta‖ por meio das imagens e dos símbolos
que o acompanham. Apesar de ser distinto do
percebido e concebido, num certo sentido, engloba-os.
É o espaço dos homens, enquanto seres individuais e
sociais. Corresponde: à população, a demanda turística;
os representantes das firmas no segmento turístico e as
instituições, que legitimam as normas, às ordens
institucionais vigentes.
29. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível a integração entre os métodos de
valoração econômica ambiental e a
abordagem da Geografia Cultural para
valoração da paisagem
Existem percepção e valoração ambiental
diferenciada por parte dos diversos grupos
sociais (moradores
locais, turistas, empresários, comerciantes) da
Chapada Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e
Sintra/ Portugal
30. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe múltiplas dimensões do espaço da Chapada
Diamantina/Brasil/Bahia, Lisboa e Sintra/ Portugal, a
partir do cotidiano/não cotidiano dos grupos e/ou
classes sociais (Moradores
locais, turistas, empresários, comerciantes e
instituições) vinculando as representações do espaço
ao percebido, concebido e vivido
Externalidades são consideradas falhas no sistema de
mercado, e ocorrem quando as atividades de produção
e/ou consumo geram custos (ou benefícios) que não
são adequadamente contabilizados pelo mercado
31. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando aplicado o método de valoração
econômica, constatou-se a dificuldade em induzir os
indivíduos a revelaram sua verdadeira disposição de
pagar pela conservação do recurso ambiental, em razão
da responsabilidade individual do entrevistado frente à
questão e a possibilidade de aproveitamento coletivo
advindo da conservação ambiental.
Ratifica-se o princípio de que, em geral, estimam apenas
valores mínimos para os bens em avaliação, mesmo
porque a qualidade ambiental atual tende a ser tida como
de direito. Por isso, as pessoas não consideram justo
pagar o valor expressivo para assegurá-la.
32. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável
na Região da Chapada Diamantina observou-se
deficiências operacionais:
que compreendem, a inobservância dos requisitos
básicos necessários ao desenvolvimento dos projetos
(estruturantes, produtivos e sociais);
que comprometem suas funções, objetivos e gestão
ambiental de planejamento e desenvolvimento
sustentável defendidos pelo órgão oficiais de
planejamento da Bahia.
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A técnica metodológica de valoração hibrida da
paisagem pode fornecer informações, que:
demonstrem ou não a necessidade de
conservar/preservar determinadas áreas
ambientais;
recomendem soluções aos problemas de
ocupação de territórios;
programem e realizem planejamento para
ocupação de áreas que causem menos impacto
ao ambiente natural.
permitem aos tomadores de decisão avaliarem e
pesarem as ações alternativas, bem como os
seus respectivos impactos dentro de um amplo
contexto bio-sócio-econômico