SlideShare uma empresa Scribd logo
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
ESTACAS METÁLICAS
RESUMO
Neste breve artigo apresentamos os
procedimentos executivos das estacas
metálicas.
São abordadas as recomendações
normativas, dos fabricantes e a
materialização em campo das mesmas.
PALAVRAS-CHAVE:
Geotecnia, fundações, infra estrutura,
estacas, estaqueamento, estacas metálicas.
DEFINIÇÃO NORMATIVA
Elemento estrutural produzindo
industrialmente, podendo ser constituído
por perfis laminados ou soldados, simples
ou múltiplos, tubos de chapa dobradas ou
canelados, tubos com ou sem costura e
trilhos.
ESTACAS DE DESLOCAMNETO
Ao contrário das estacas moldadas in
loco, que retiram material do solo, as
estacas metálicas, ao serem introduzidas
no terreno deslocam o solo deformado
para sua circunvizinhança.
Essas características as fazem serem
também conhecidas como estacas de
deslocamento.
HISTÓRIA
A primeira referência histórica
documentada para estaca cravadas pode
ser rastreada até ao século 4 aC.
Heródoto, o escritor e viajante grego,
também conhecido como o pai da história
registra como os Paeonians viviam em
habitações erguidas sobre estacas
elevadas cravadas no leito de um lago.
No Brasil, até 2002 as estacas metálicas
eram utilizadas principalmente nas
estruturas de contenção (perfis metálicos
associados a pranchas de madeira ou pré-
fabricadas de concreto) e nos pilares de
divisa, com o objetivo de se eliminar as
vigas de equilíbrio. Mas nos casos em que
se queria reduzir as vibrações decorrentes
da cravação de estacas de deslocamento
(estacas pré-moldadas de concreto,
estacas do tipo Franki, estacas tubulares,
etc.), as estacas metálicas sempre foram
consideradas como solução de alta
eficiência. O mesmo se pode dizer quando
é necessário atravessar lentes de
pedregulhos ou concreções (laterita,
limonita, etc).
Com a introdução dos Perfis Estruturais
em 2002, este cenário passou a ser
gradualmente transformado, e hoje,
decorrido quinze anos, as estacas
metálicas para fundações profundas já são
uma realidade, competindo técnica e
economicamente com os demais tipos de
fundações.
COMPENSAÇÃO A CORROSÃO
A estaca de aço que estiverem total e
permanentemente enterradas,
independente da situação do lençol de
água dispensa tratamento especial, desde
que sejam descontadas as seguintes
espessuras de compensação (nbr
6122:2010):
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
Classe Espessura de
sacrifício mm
Solos naturais e
aterros controlados
1,0
Argila orgânica,
solos porosos não
saturados
1,5
Turfa 3,0
Aterros não
controlados
2,0
Solos
contaminados
3,2
EQUIPAMENTO
A forma mais comum de cravação é a por
percussão com o uso de bate estaca queda
livre.
O equipamento é composto por uma torre
montada sobre plataforma onde cabos de
aço acionados por um guincho mecânico
erguem o martelo utilizado na cravação.
Este guincho é dotado de dois tambores
onde o segundo tambor é responsável pela
movimentação e carregamento das
estacas.
Este equipamento se movimenta sobre
rolos, pranchas ou esteiras. Existem
também guindastes adaptados com torres
para o martelo de queda livre, automático
ou vibratório.
A torre guia possui altura compatível com
o comprimento dos elementos de estacas a
serem cravados.
O mesmo vale para os guinchos que
devem possuir capacidade de carga
adequada ao peso do martelo e ao peso
dos elementos de estaca a serem erguidos.
CARACTERISTICAS DO MARTELO
E SISTEMA DE CRAVAÇÃO
(nbr 6122:2010) O peso do martelo não
pode ser inferior a uma tonelada.
Para estacas com carga de trabalho ente
70 e 130 toneladas o peso do martelo não
pode ser inferior a 3 toneladas.
Martelos automáticos e vibratórios devem
seguir as orientações do fabricante.
O sistema de cravação deve ser
dimensionado de modo que as tensões
durante a cravação sejam limitadas a 80%
da tensão de escoamento do aço.
Figura 1- Canteiro de obra executada pela
AP&L Geotecnia e Fundações.
CARACTERITAS DAS ESTACAS
Para aceitação dos perfis as estacas de aço
devem ser retilíneas, assim consideradas
aquelas que apresentem flecha máxima de
0,2% do comprimento de qualquer
segmento nela contido (nbr 6122:2010)
Admitem-se nas dimensões externas das
estas metálicas, variações máximas de 5
mm em relação aos valores nominais de
altura e largura.
Nas espessuras a variação não pode ser
superior a 0,5 mm em relação aos valores
nominais previstos pelo fabricante.
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
Normalmente não ocorre flambagem nas
estacas enterradas. As seções que atendem
aos limites de esbeltez para a mesa e para
a alma são consideradas estáveis
localmente e, portanto são totalmente
efetivas, sendo o seu dimensionamento
comandado pela resistência global do
elemento.
Figura 2 - Manejo de estaca metálica pela
AP&L Geotecnia e Fundações.
METODOLOGIA EXECUTIVA
ARMAZENAMENTO E MANEJO
DAS ESTACAS
O armazenamento e manejo das estacas
pré moldadas na obra devem obedecer às
prescrições do fabricante.
LOCAÇÃO DAS ESTCAS NO
CANTEIRO
Para se evitar que os movimentos dos
equipamentos no canteiro de obra
danifiquem os piquetes que sinalizam as
estacas a serem executas, a locação é feita
com um furo no diâmetro da estaca
preenchido com areia.
Este furo servirá de guia para a cravação
do primeiro elemento de estaca.
IÇAMENTO POSICIONAMENTO
O içamento e posicionamento das estacas
são feitos por meio do cabo auxiliar do
guincho que a traz para junto a torre,
colocando-a na posição vertical e
assentada no local de cravação.
O procedimento obedece à seguinte
ordem: primeiro, a torre do bate-estaca é
aprumada, em seguida, apruma-se a
estaca. Os prumos das faces frontais e
laterais devem ser verificados.
A folga entre o martelo e capacete é
estabelecida por norma, não devendo ser
superior a 3,0 cm em relação as guias do
equipamento. O capacete deve conter
superfície plana e se adequar com à seção
da estaca, contendo encaixes que possuam
folga inferior a 2 cm.
O uso de elemento suplementar,
denominado prolonga deve ser limitado a
2,50 m.
Figura 3 - Posicionamento de capacete na
estaca metálica em obra da AP&L Geotecnia e
Fundações em Buritis MG.
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
CRAVAÇÃO
A introdução do elemento de estaca no
solo se da pela deformação permanente do
solo devido à energia aplicada na estaca
pela queda livre do martelo.
A cada novo golpe do martelo a estaca é
percutida a uma nova profundidade no
terreno.
DESAPRUMO DE ESTACAS
Não há necessidade de verificação de
estabilidade e resistência, nem de medidas
corretivas para desvio de execução, em
relação ao projeto, menores que 1/100.
EMENDAS
As emendas devem ser dimensionadas
para resistir a todas as solicitações que
possam ocorrer durante o manuseio, a
cravação e a utilização da estaca.
Embora as emendas possam ser feitas
com soldas de topo de penetração total,
em função de dificuldades na obra,
recomenda-se empregar talas soldadas,
seguindo-se a orientação geral contida no
manual da Associação Brasileira de
Empresas de Engenharia de Fundações e
Geotecnia - ABEF.
As talas podem ser obtidas de chapas de
aço com resistência equivalente a dos
perfis, mas, por uma questão de
praticidade, as emendas são
tradicionalmente executadas utilizando-se
um segmento do próprio perfil, recortado,
do qual se obtêm as talas de mesas e de
alma que irão compor as emendas da
estaca na obra.
A redução do tempo de execução das
emendas é um fator importante para a
produtividade do processo de cravação.
Nesse sentido, é prática executar-se
previamente as soldas na base da seção
superior a ser cravada. Dessa forma as
talas soldadas no segmento superior
servem de guia para o seu posicionamento
e alinhamento com o segmento inferior,
reduzindo o tempo de paralisação da
cravação apenas ao necessário para a
soldagem das talas na seção já cravada.
Figura 4 - Detalhe da emenda com o
posicionamento das talas e soldas (Gerdau)
Figura 5 - Detalhe tipico da emenda em estaca
metálica com talas e soldas (Gerdau)
Quando houver aproveitamento das
sobras de estacas, deve-se assegurar a
ortogonalidade da seção em relação ao
eixo longitudinal. Os segmentos
utilizados devem ter um comprimento
mínimo de 2,0 m.
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
DIAGRAMA DE CRAVAÇÃO, NEGA
E REPIQUE
Qualquer que seja o martelo empregado, o
controle da cravação é feito
tradicionalmente pela nega, pelo repique
e, em algumas obras, pelo ensaio de
carregamento dinâmico (NBR13208:
2007).
NEGA
A nega é uma medida tradicional, embora,
hoje em dia, seja mais usada para o
controle da uniformidade do
estaqueamento quando se procura manter,
durante a cravação, negas
aproximadamente iguais para as estacas
com cargas iguais.
A nega corresponde à penetração
permanente da estaca, quando sobre a
mesma se aplica um golpe do pilão. Em
geral, é obtida como um décimo da
penetração total para dez golpes.
Apesar das críticas às fórmulas das negas
(entre elas o fato de que foram
desenvolvidas a partir da Teoria de
Choque de Corpos Rígidos), o que está
muito Ionge de representar uma estaca
longa, pois sob a ação do golpe do pilão a
ponta da mesma não se desloca ao mesmo
tempo que o topo, ela ainda faz parte do
“receituário” dos encarregados dos bate-
estacas.
REPIQUE
Ao contrário da nega, o repique já está
incluído dentro do contexto da Teoria de
Propagação de Onda, e, portanto,
apresenta resultados com muito menos
dispersão do que a nega. O repique
representa a parcela elástica do
deslocamento máximo de uma seção da
estaca, decorrente da aplicação de um
golpe do pilão. Seu registro pode ser feito
através do registro gráfico em folha de
papel fixada à estaca e movendo-se um
lápis, apoiado num referencial, no instante
do golpe.
Figura 6 - Diagrama de repique de estaca
metálica em obra da AP&L Geotecnia e
Fundações.
PREPARO DE CABEÇA E LIGAÇÃO
COM O BLOCO DE COROAMENTO
A ligação da estaca metálica ao bloco de
coroamento deve ser feita de modo que as
cargas resistidas pelo bloco sejam
transmitidas adequadamente e com
garantia de continuidade às estacas.
Figura 7 - Detalhe de ligação de trilho metálico
com o bloco de coroamento em obra da AP&L
Geotecnia e fundações.
REFERÊNCIAS
NBR-13208:1994. Estacas - Ensaio de
carregamento dinâmico
www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações
Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119
R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho
NBR-6122:2010. Projeto e Execução de
Fundações.
ABEF – Manual de especificações de
produtos e procedimentos ABEF. São
Paulo: PINI, 2004, 3° edição.
Gerdau – Manual de estacas metálicas.
2015.
AP&L Geotecnia e Fundações
http://www.apl.eng.br
AP&L Geotecnia e Fundações – Estacas
Deslocamento
http://www.apl.eng.br/deslocamento
AP&L Geotecnia e Fundações – Estacas
Pré Moldadas de Concreto.
http://apl.eng.br/artigos/2016-
METODOLOGIA-ESTACA-PRE-
MOLDADA.pdf
AP&L Geotecnia e Fundações
https://www.facebook.com/aplgeotecniafu
ndacoes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mecanica do solo. slide
Mecanica do solo. slideMecanica do solo. slide
Mecanica do solo. slideengenhar
 
Ensaio de abatimento do tronco de cone
Ensaio de abatimento do tronco de coneEnsaio de abatimento do tronco de cone
Ensaio de abatimento do tronco de coneWoley Braian
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
wendellnml
 
Processo produtivo de pneus
Processo produtivo de pneusProcesso produtivo de pneus
Processo produtivo de pneus
thalitafsales
 
Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005
Marta Tessaro
 
Relatorio de plasticidade
Relatorio de plasticidadeRelatorio de plasticidade
Relatorio de plasticidade
Rayllane Santos
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: Introdução
David Grubba
 
Slides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamentoSlides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamento
shoposlor
 
Ensaio de granulometria
Ensaio de granulometriaEnsaio de granulometria
Ensaio de granulometria
Ezequiel Borges
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Cleisianne Barbosa
 
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terçasTabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Carlos Elson Cunha
 
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeiraAbnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeiraarthurohz
 
Apostila madeiras
Apostila madeirasApostila madeiras
Apostila madeiras
Eliezer Silva
 
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Fernando Gindri
 
Metais propriedades mecânicas
Metais   propriedades mecânicasMetais   propriedades mecânicas
Metais propriedades mecânicasdamartini
 
Ventilador de teto
Ventilador de tetoVentilador de teto
Ventilador de teto
silvamtt2003
 
Aula Agregados 1
Aula Agregados 1Aula Agregados 1
Aula Agregados 1guestd71d29
 

Mais procurados (20)

Mecanica do solo. slide
Mecanica do solo. slideMecanica do solo. slide
Mecanica do solo. slide
 
Ensaio de abatimento do tronco de cone
Ensaio de abatimento do tronco de coneEnsaio de abatimento do tronco de cone
Ensaio de abatimento do tronco de cone
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 
Processo produtivo de pneus
Processo produtivo de pneusProcesso produtivo de pneus
Processo produtivo de pneus
 
Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005
 
Slides
SlidesSlides
Slides
 
Relatorio de plasticidade
Relatorio de plasticidadeRelatorio de plasticidade
Relatorio de plasticidade
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: Introdução
 
Revestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassaRevestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassa
 
Slides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamentoSlides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamento
 
Ensaio de granulometria
Ensaio de granulometriaEnsaio de granulometria
Ensaio de granulometria
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
 
Mecânica dos solos
Mecânica dos solosMecânica dos solos
Mecânica dos solos
 
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terçasTabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
 
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeiraAbnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
 
Apostila madeiras
Apostila madeirasApostila madeiras
Apostila madeiras
 
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
Nbr 5738 -_moldagem_e_cura_de_corpos-de-prova_cilindricos_ou_prismaticos_de_c...
 
Metais propriedades mecânicas
Metais   propriedades mecânicasMetais   propriedades mecânicas
Metais propriedades mecânicas
 
Ventilador de teto
Ventilador de tetoVentilador de teto
Ventilador de teto
 
Aula Agregados 1
Aula Agregados 1Aula Agregados 1
Aula Agregados 1
 

Semelhante a Metodologia executiva Estacas Métalicas para fundações

Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado MecanizadoMetodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
Edgar Pereira Filho
 
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de ConcretoMetodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
Edgar Pereira Filho
 
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
Edgar Pereira Filho
 
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
Edgar Pereira Filho
 
Memorial descritivo spda tipo b
Memorial descritivo spda tipo bMemorial descritivo spda tipo b
Memorial descritivo spda tipo b
Paulo H Bueno
 
Manual tecnico
Manual tecnicoManual tecnico
Manual tecnico
Douglas Mendes
 
Prova ppmec 02_2014
Prova ppmec 02_2014Prova ppmec 02_2014
Prova ppmec 02_2014
Raphael Augusto
 
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009Francisco Almeida C
 
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços ArtesianosMetodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
Edgar Pereira Filho
 
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
PedroHenriqueLimaSan1
 
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...José Pinto
 
Aterramento eletrico joao gilberto cunha
Aterramento eletrico   joao gilberto cunhaAterramento eletrico   joao gilberto cunha
Aterramento eletrico joao gilberto cunha
MARCELO DOS OLIVEIRA
 
Roteira de Manutenção
Roteira de ManutençãoRoteira de Manutenção
Roteira de Manutenção
jccabral
 
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.docPR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
CarlosJunior481127
 
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_3915 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39Francis Zeman
 
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14Francis Zeman
 
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34Francis Zeman
 

Semelhante a Metodologia executiva Estacas Métalicas para fundações (20)

Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado MecanizadoMetodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
Metodologia Executiva de Estacas Escavadas do tipo Trado Mecanizado
 
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de ConcretoMetodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
Metodologia Executiva das estacas pré moldadas de Concreto
 
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
Metodologia Executiva das estacas Hélice Contínua Monitoradas e referencial n...
 
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
Metodologia executiva das sondagens Mistas e Rotativas com recuperação de tes...
 
Memorial descritivo spda tipo b
Memorial descritivo spda tipo bMemorial descritivo spda tipo b
Memorial descritivo spda tipo b
 
Manual tecnico
Manual tecnicoManual tecnico
Manual tecnico
 
Prova ppmec 02_2014
Prova ppmec 02_2014Prova ppmec 02_2014
Prova ppmec 02_2014
 
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009
Obra anexo1c memorial descritivo_tp01_2009
 
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços ArtesianosMetodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
Metodologia executiva Poços Tubulares Profundos - Poços Artesianos
 
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
003 705 – engastamento de postes, contrapostes e estais de âncora
 
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...
Poço Elíptico da Estação do Marquês - Metro do Porto (Art.º publicado no Bole...
 
Aterramento
AterramentoAterramento
Aterramento
 
Aterramento eletrico joao gilberto cunha
Aterramento eletrico   joao gilberto cunhaAterramento eletrico   joao gilberto cunha
Aterramento eletrico joao gilberto cunha
 
Roteira de Manutenção
Roteira de ManutençãoRoteira de Manutenção
Roteira de Manutenção
 
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.docPR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
PR-GPR-059 Execucao de Armaduras R2.doc
 
Apostila de soldagem 2007
Apostila de soldagem 2007Apostila de soldagem 2007
Apostila de soldagem 2007
 
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_3915 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39
15 projeto -especificacoes_2015-07-14_14_42_39
 
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14
Especificacoes tecnicas 2015-03-03_00_11_14
 
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34
Especificacoes tecnicas 2015-06-29_16_23_34
 
Site Files
Site FilesSite Files
Site Files
 

Último

ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoesENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
liviafernandesft0807
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdfCircuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
JrBennitoBennito
 
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricosExperiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
CarlosAroeira1
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Tronicline Automatismos
 
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVACONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
JairGaldino4
 
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
JairGaldino4
 
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
JairGaldino4
 
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
JairGaldino4
 
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdfPresentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
DanielMangoldNieves
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
marcyomendona
 
slides Seminário Transição Energética.pptx
slides  Seminário Transição Energética.pptxslides  Seminário Transição Energética.pptx
slides Seminário Transição Energética.pptx
Izaliver
 
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..pptTaxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
andreluisantonowiski
 

Último (13)

ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoesENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdfCircuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
 
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricosExperiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
 
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVACONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
 
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
 
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
 
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
 
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdfPresentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
 
slides Seminário Transição Energética.pptx
slides  Seminário Transição Energética.pptxslides  Seminário Transição Energética.pptx
slides Seminário Transição Energética.pptx
 
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..pptTaxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
Taxa de frequência e gravidade de acidentes..ppt
 

Metodologia executiva Estacas Métalicas para fundações

  • 1. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho ESTACAS METÁLICAS RESUMO Neste breve artigo apresentamos os procedimentos executivos das estacas metálicas. São abordadas as recomendações normativas, dos fabricantes e a materialização em campo das mesmas. PALAVRAS-CHAVE: Geotecnia, fundações, infra estrutura, estacas, estaqueamento, estacas metálicas. DEFINIÇÃO NORMATIVA Elemento estrutural produzindo industrialmente, podendo ser constituído por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobradas ou canelados, tubos com ou sem costura e trilhos. ESTACAS DE DESLOCAMNETO Ao contrário das estacas moldadas in loco, que retiram material do solo, as estacas metálicas, ao serem introduzidas no terreno deslocam o solo deformado para sua circunvizinhança. Essas características as fazem serem também conhecidas como estacas de deslocamento. HISTÓRIA A primeira referência histórica documentada para estaca cravadas pode ser rastreada até ao século 4 aC. Heródoto, o escritor e viajante grego, também conhecido como o pai da história registra como os Paeonians viviam em habitações erguidas sobre estacas elevadas cravadas no leito de um lago. No Brasil, até 2002 as estacas metálicas eram utilizadas principalmente nas estruturas de contenção (perfis metálicos associados a pranchas de madeira ou pré- fabricadas de concreto) e nos pilares de divisa, com o objetivo de se eliminar as vigas de equilíbrio. Mas nos casos em que se queria reduzir as vibrações decorrentes da cravação de estacas de deslocamento (estacas pré-moldadas de concreto, estacas do tipo Franki, estacas tubulares, etc.), as estacas metálicas sempre foram consideradas como solução de alta eficiência. O mesmo se pode dizer quando é necessário atravessar lentes de pedregulhos ou concreções (laterita, limonita, etc). Com a introdução dos Perfis Estruturais em 2002, este cenário passou a ser gradualmente transformado, e hoje, decorrido quinze anos, as estacas metálicas para fundações profundas já são uma realidade, competindo técnica e economicamente com os demais tipos de fundações. COMPENSAÇÃO A CORROSÃO A estaca de aço que estiverem total e permanentemente enterradas, independente da situação do lençol de água dispensa tratamento especial, desde que sejam descontadas as seguintes espessuras de compensação (nbr 6122:2010):
  • 2. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho Classe Espessura de sacrifício mm Solos naturais e aterros controlados 1,0 Argila orgânica, solos porosos não saturados 1,5 Turfa 3,0 Aterros não controlados 2,0 Solos contaminados 3,2 EQUIPAMENTO A forma mais comum de cravação é a por percussão com o uso de bate estaca queda livre. O equipamento é composto por uma torre montada sobre plataforma onde cabos de aço acionados por um guincho mecânico erguem o martelo utilizado na cravação. Este guincho é dotado de dois tambores onde o segundo tambor é responsável pela movimentação e carregamento das estacas. Este equipamento se movimenta sobre rolos, pranchas ou esteiras. Existem também guindastes adaptados com torres para o martelo de queda livre, automático ou vibratório. A torre guia possui altura compatível com o comprimento dos elementos de estacas a serem cravados. O mesmo vale para os guinchos que devem possuir capacidade de carga adequada ao peso do martelo e ao peso dos elementos de estaca a serem erguidos. CARACTERISTICAS DO MARTELO E SISTEMA DE CRAVAÇÃO (nbr 6122:2010) O peso do martelo não pode ser inferior a uma tonelada. Para estacas com carga de trabalho ente 70 e 130 toneladas o peso do martelo não pode ser inferior a 3 toneladas. Martelos automáticos e vibratórios devem seguir as orientações do fabricante. O sistema de cravação deve ser dimensionado de modo que as tensões durante a cravação sejam limitadas a 80% da tensão de escoamento do aço. Figura 1- Canteiro de obra executada pela AP&L Geotecnia e Fundações. CARACTERITAS DAS ESTACAS Para aceitação dos perfis as estacas de aço devem ser retilíneas, assim consideradas aquelas que apresentem flecha máxima de 0,2% do comprimento de qualquer segmento nela contido (nbr 6122:2010) Admitem-se nas dimensões externas das estas metálicas, variações máximas de 5 mm em relação aos valores nominais de altura e largura. Nas espessuras a variação não pode ser superior a 0,5 mm em relação aos valores nominais previstos pelo fabricante.
  • 3. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho Normalmente não ocorre flambagem nas estacas enterradas. As seções que atendem aos limites de esbeltez para a mesa e para a alma são consideradas estáveis localmente e, portanto são totalmente efetivas, sendo o seu dimensionamento comandado pela resistência global do elemento. Figura 2 - Manejo de estaca metálica pela AP&L Geotecnia e Fundações. METODOLOGIA EXECUTIVA ARMAZENAMENTO E MANEJO DAS ESTACAS O armazenamento e manejo das estacas pré moldadas na obra devem obedecer às prescrições do fabricante. LOCAÇÃO DAS ESTCAS NO CANTEIRO Para se evitar que os movimentos dos equipamentos no canteiro de obra danifiquem os piquetes que sinalizam as estacas a serem executas, a locação é feita com um furo no diâmetro da estaca preenchido com areia. Este furo servirá de guia para a cravação do primeiro elemento de estaca. IÇAMENTO POSICIONAMENTO O içamento e posicionamento das estacas são feitos por meio do cabo auxiliar do guincho que a traz para junto a torre, colocando-a na posição vertical e assentada no local de cravação. O procedimento obedece à seguinte ordem: primeiro, a torre do bate-estaca é aprumada, em seguida, apruma-se a estaca. Os prumos das faces frontais e laterais devem ser verificados. A folga entre o martelo e capacete é estabelecida por norma, não devendo ser superior a 3,0 cm em relação as guias do equipamento. O capacete deve conter superfície plana e se adequar com à seção da estaca, contendo encaixes que possuam folga inferior a 2 cm. O uso de elemento suplementar, denominado prolonga deve ser limitado a 2,50 m. Figura 3 - Posicionamento de capacete na estaca metálica em obra da AP&L Geotecnia e Fundações em Buritis MG.
  • 4. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho CRAVAÇÃO A introdução do elemento de estaca no solo se da pela deformação permanente do solo devido à energia aplicada na estaca pela queda livre do martelo. A cada novo golpe do martelo a estaca é percutida a uma nova profundidade no terreno. DESAPRUMO DE ESTACAS Não há necessidade de verificação de estabilidade e resistência, nem de medidas corretivas para desvio de execução, em relação ao projeto, menores que 1/100. EMENDAS As emendas devem ser dimensionadas para resistir a todas as solicitações que possam ocorrer durante o manuseio, a cravação e a utilização da estaca. Embora as emendas possam ser feitas com soldas de topo de penetração total, em função de dificuldades na obra, recomenda-se empregar talas soldadas, seguindo-se a orientação geral contida no manual da Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia - ABEF. As talas podem ser obtidas de chapas de aço com resistência equivalente a dos perfis, mas, por uma questão de praticidade, as emendas são tradicionalmente executadas utilizando-se um segmento do próprio perfil, recortado, do qual se obtêm as talas de mesas e de alma que irão compor as emendas da estaca na obra. A redução do tempo de execução das emendas é um fator importante para a produtividade do processo de cravação. Nesse sentido, é prática executar-se previamente as soldas na base da seção superior a ser cravada. Dessa forma as talas soldadas no segmento superior servem de guia para o seu posicionamento e alinhamento com o segmento inferior, reduzindo o tempo de paralisação da cravação apenas ao necessário para a soldagem das talas na seção já cravada. Figura 4 - Detalhe da emenda com o posicionamento das talas e soldas (Gerdau) Figura 5 - Detalhe tipico da emenda em estaca metálica com talas e soldas (Gerdau) Quando houver aproveitamento das sobras de estacas, deve-se assegurar a ortogonalidade da seção em relação ao eixo longitudinal. Os segmentos utilizados devem ter um comprimento mínimo de 2,0 m.
  • 5. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho DIAGRAMA DE CRAVAÇÃO, NEGA E REPIQUE Qualquer que seja o martelo empregado, o controle da cravação é feito tradicionalmente pela nega, pelo repique e, em algumas obras, pelo ensaio de carregamento dinâmico (NBR13208: 2007). NEGA A nega é uma medida tradicional, embora, hoje em dia, seja mais usada para o controle da uniformidade do estaqueamento quando se procura manter, durante a cravação, negas aproximadamente iguais para as estacas com cargas iguais. A nega corresponde à penetração permanente da estaca, quando sobre a mesma se aplica um golpe do pilão. Em geral, é obtida como um décimo da penetração total para dez golpes. Apesar das críticas às fórmulas das negas (entre elas o fato de que foram desenvolvidas a partir da Teoria de Choque de Corpos Rígidos), o que está muito Ionge de representar uma estaca longa, pois sob a ação do golpe do pilão a ponta da mesma não se desloca ao mesmo tempo que o topo, ela ainda faz parte do “receituário” dos encarregados dos bate- estacas. REPIQUE Ao contrário da nega, o repique já está incluído dentro do contexto da Teoria de Propagação de Onda, e, portanto, apresenta resultados com muito menos dispersão do que a nega. O repique representa a parcela elástica do deslocamento máximo de uma seção da estaca, decorrente da aplicação de um golpe do pilão. Seu registro pode ser feito através do registro gráfico em folha de papel fixada à estaca e movendo-se um lápis, apoiado num referencial, no instante do golpe. Figura 6 - Diagrama de repique de estaca metálica em obra da AP&L Geotecnia e Fundações. PREPARO DE CABEÇA E LIGAÇÃO COM O BLOCO DE COROAMENTO A ligação da estaca metálica ao bloco de coroamento deve ser feita de modo que as cargas resistidas pelo bloco sejam transmitidas adequadamente e com garantia de continuidade às estacas. Figura 7 - Detalhe de ligação de trilho metálico com o bloco de coroamento em obra da AP&L Geotecnia e fundações. REFERÊNCIAS NBR-13208:1994. Estacas - Ensaio de carregamento dinâmico
  • 6. www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações Av. Américo Martins, 70 – Bairro Jaraguá – Montes Claros/MG – CEP. 39.404-845 – Fone: 0800-033-0119 R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho NBR-6122:2010. Projeto e Execução de Fundações. ABEF – Manual de especificações de produtos e procedimentos ABEF. São Paulo: PINI, 2004, 3° edição. Gerdau – Manual de estacas metálicas. 2015. AP&L Geotecnia e Fundações http://www.apl.eng.br AP&L Geotecnia e Fundações – Estacas Deslocamento http://www.apl.eng.br/deslocamento AP&L Geotecnia e Fundações – Estacas Pré Moldadas de Concreto. http://apl.eng.br/artigos/2016- METODOLOGIA-ESTACA-PRE- MOLDADA.pdf AP&L Geotecnia e Fundações https://www.facebook.com/aplgeotecniafu ndacoes