Este documento discute o que são metas de aprendizagem e como elas são usadas em muitos países da OCDE. Ele explica que metas de aprendizagem definem objetivos claros de conhecimento, competências e atitudes que os professores devem ensinar. Quando implementadas corretamente, metas de aprendizagem podem apoiar professores e melhorar a qualidade e transparência do sistema educacional. O documento sugere que Portugal adote metas de aprendizagem nacionais para dar mais autonomia às escolas.
Metas de Aprendizagem: O Que São e Para que Servem?
1. Metas de Aprendizagem: O que São e para que servem?
Na maioria dos países da OCDE as metas de aprendizagem estão a marcar uma nova atitude no
ensino, determinando objectivos claros em termos do conhecimento, da aquisição de
competências/domínios e de atitudes/valores. Ao professor já não basta "dar o programa" é preciso
ser eficaz na forma como ensina.
A elaboração de boas metas exige grande perícia e uma precisão no estabelecimento dos
objectivos concretos da aprendizagem, sendo ainda fundamental a aplicação e a integração dos
conhecimentos adquiridos. A sua eficácia depende de uma linguagem bastante clara e activa tal
como sugere aBloomstax. Esta técnica, quando não põe em causa a autonomia dos professores,
impede que o ensino seja reduzido ao mero cumprimento de uma lista de simples objectivos.
Quando correctamente implementada, é um excelente instrumento de apoio aos professores, de
medição da sua qualidade e eficácia e da qual pode resultar um sistema mais transparente de
prestação de contas. É assim que em muitos países Europeus as metas Nacionais são assumidas
como objectivos mínimos, que são depois adaptados por cada e para cada escola à sua população
e ao seu projecto pedagógico e educativo, porque é do cumprimento das metas contratualizadas
que depende o financiamento público da escola e a avaliação dos professores.
Esta fixação de metas na aprendizagem, poderá ser um instrumento precioso para que Portugal se
junte ao crescente número de Países que abandonam os programas escolares rígidos e se junte
àqueles que conferem autonomia pedagógica às escolas, fomentando os planos individuais de
aprendizagem que são orientados para a concretização das metas pré-definidas. Será necessária
coragem para cumprir este desiderato, apoiando escolas onde os alunos progridem mais e
aprendem melhor por serem capazes de se adaptar às suas características específicas. Mas no
final, ficam criadas as condições para que os pais escolham a escola que melhor se adapta ao
perfil e às necessidades dos seus filhos...
Acompanharemos o período de discussão pública mas recomendamos que leia o site "My Child's
Learning" preparado para os pais de Alberta onde pode encontrar as metas de aprendizagem e o
artigo "Curriculum Specification in Seven Countries" da INCA que lhe permitem conhecer o modelo
Anglo-Saxónico que o Governo Português diz ter seguido, mas que funciona com base na
autonomia pedagógica e curricular ainda inexistente em Portugal. Em "Learning Outcomes in
Several Countries" pode encontrar os mapas com as metas assumidas em vários países, bem
elucidativos sobre a precisão de cada um dos objectivos e da ausência de hierarquização de
metas em sistemas com autonomia curricular e pedagógica.
Para conhecer o que está em Discussão Pública em Portugal até ao próximo dia 23 de Julho
consulteAQUI o portal do Governo. Consulte também o Portal VIRQUAL onde também se tratam
de forma profunda muitos destes assuntos.
FLE – Fórum para a Liberdade de Educação
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