O documento apresenta excertos de três textos de José Saramago sobre seu romance Memorial do Convento. No primeiro excerto, Saramago fala sobre autobiografia e como os autores revelam parte de si mesmos através de seus escritos. Nos outros dois excertos, o autor reflete sobre como o 25 de Novembro o levou a se dedicar à literatura e como Memorial do Convento o tornou célebre.
O documento descreve alguns milagres atribuídos à Ordem Franciscana no passado, incluindo a preservação do corpo de Frei Miguel da Anunciação após a morte e a recuperação de lâmpadas roubadas de um de seus conventos. Também menciona o desejo antigo dos franciscanos de construir um convento em Mafra e como a concepção da rainha poderia ser vista como mais um milagre ligado à ordem.
Este capítulo apresenta várias personagens que irão participar no auto de fé, incluindo Sebastiana Maria de Jesus, mãe de Blimunda. Durante o evento, Blimunda encontra a mãe e é apresentada a Baltasar Mateus, conhecido como Sete-Sóis. Mais tarde, em casa, Blimunda e Baltasar aproximam-se romanticamente, com Blimunda a perder a virgindade nessa noite.
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
Este documento resume as principais características narrativas e temáticas do romance Memorial do Convento de José Saramago. Apresenta o romance como uma mistura de dimensões histórica e ficcional, com personagens e eventos reais e imaginários. Explora três planos narrativos interligados - a construção do Convento de Mafra, o relacionamento de Baltasar e Blimunda e a invenção do Padre Bartolomeu - e fornece exemplos de episódios em cada um. Também descreve o narrador polifônico e
Padre Bartolomeu Lourenço regressa da Holanda após três anos e visita Baltasar e Blimunda. Ele conta o que aprendeu sobre o éter ser composto pelas vontades dos vivos e não das almas dos mortos. Pede então a Blimunda que colha as vontades dos homens. Dirige-se depois para Coimbra para se tornar doutor, enquanto Baltasar e Blimunda vão para Lisboa, ele para construir a passarola e ela para recolher vontades.
Este documento descreve o relacionamento entre Blimunda e Baltasar. Apesar de se conhecerem em circunstâncias trágicas, eles desenvolvem uma união perfeita baseada no amor verdadeiro e na partilha desinteressada, em contraste com o casamento sem amor entre D. João V e a rainha. Blimunda e Baltasar vivem um amor livre de regras sociais, expresso no silêncio e nas carícias, que perdura apesar dos anos.
Memorial do Convento, de José Saramago IIDina Baptista
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, abordando sua estrutura, personagens, contexto histórico, estilo e crítica social. O romance se passa em Portugal no século XVIII e narra a construção do Convento de Mafra enquanto critica o poder absoluto da monarquia e da Igreja na época.
O documento descreve os principais aspectos do narrador e do espaço no romance Memorial do Convento de José Saramago. Quanto ao narrador, ele é polivalente, assumindo diferentes funções como narrador omnisciente, homodiegético e autodiegético. Em termos de espaço, as cenas decorrem principalmente em Lisboa e Mafra, com destaque para locais como o Rossio, Terreiro do Paço e o convento em construção.
O capítulo descreve a relação formal entre D. João V e D. Maria Ana, cujo casamento tinha como objetivo garantir a sucessão real. Narra a promessa do rei de construir um convento em Mafra se a rainha desse à luz um filho no prazo de um ano, após o franciscano Frei António de S. José prever tal desfecho. A narrativa contrasta os sonhos proféticos do casal real com a realidade da sua relação baseada em deveres formais e não no amor, ilustrando como o casamento político af
O documento descreve alguns milagres atribuídos à Ordem Franciscana no passado, incluindo a preservação do corpo de Frei Miguel da Anunciação após a morte e a recuperação de lâmpadas roubadas de um de seus conventos. Também menciona o desejo antigo dos franciscanos de construir um convento em Mafra e como a concepção da rainha poderia ser vista como mais um milagre ligado à ordem.
Este capítulo apresenta várias personagens que irão participar no auto de fé, incluindo Sebastiana Maria de Jesus, mãe de Blimunda. Durante o evento, Blimunda encontra a mãe e é apresentada a Baltasar Mateus, conhecido como Sete-Sóis. Mais tarde, em casa, Blimunda e Baltasar aproximam-se romanticamente, com Blimunda a perder a virgindade nessa noite.
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
Este documento resume as principais características narrativas e temáticas do romance Memorial do Convento de José Saramago. Apresenta o romance como uma mistura de dimensões histórica e ficcional, com personagens e eventos reais e imaginários. Explora três planos narrativos interligados - a construção do Convento de Mafra, o relacionamento de Baltasar e Blimunda e a invenção do Padre Bartolomeu - e fornece exemplos de episódios em cada um. Também descreve o narrador polifônico e
Padre Bartolomeu Lourenço regressa da Holanda após três anos e visita Baltasar e Blimunda. Ele conta o que aprendeu sobre o éter ser composto pelas vontades dos vivos e não das almas dos mortos. Pede então a Blimunda que colha as vontades dos homens. Dirige-se depois para Coimbra para se tornar doutor, enquanto Baltasar e Blimunda vão para Lisboa, ele para construir a passarola e ela para recolher vontades.
Este documento descreve o relacionamento entre Blimunda e Baltasar. Apesar de se conhecerem em circunstâncias trágicas, eles desenvolvem uma união perfeita baseada no amor verdadeiro e na partilha desinteressada, em contraste com o casamento sem amor entre D. João V e a rainha. Blimunda e Baltasar vivem um amor livre de regras sociais, expresso no silêncio e nas carícias, que perdura apesar dos anos.
Memorial do Convento, de José Saramago IIDina Baptista
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, abordando sua estrutura, personagens, contexto histórico, estilo e crítica social. O romance se passa em Portugal no século XVIII e narra a construção do Convento de Mafra enquanto critica o poder absoluto da monarquia e da Igreja na época.
O documento descreve os principais aspectos do narrador e do espaço no romance Memorial do Convento de José Saramago. Quanto ao narrador, ele é polivalente, assumindo diferentes funções como narrador omnisciente, homodiegético e autodiegético. Em termos de espaço, as cenas decorrem principalmente em Lisboa e Mafra, com destaque para locais como o Rossio, Terreiro do Paço e o convento em construção.
O capítulo descreve a relação formal entre D. João V e D. Maria Ana, cujo casamento tinha como objetivo garantir a sucessão real. Narra a promessa do rei de construir um convento em Mafra se a rainha desse à luz um filho no prazo de um ano, após o franciscano Frei António de S. José prever tal desfecho. A narrativa contrasta os sonhos proféticos do casal real com a realidade da sua relação baseada em deveres formais e não no amor, ilustrando como o casamento político af
1) Baltasar regressa a Mafra e apresenta Blimunda à sua família, que a recebe bem.
2) João Francisco vendeu as suas terras para a construção do Convento de Mafra.
3) O filho da irmã de Baltasar e o Infante D. Pedro morrem com a mesma idade de forma diferente.
Este documento resume o capítulo 7 do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. O capítulo descreve o nascimento da Infanta Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara, a razão pela qual o Convento de Mafra foi construído. Também fornece críticas sutis à decadência do Império Português e à hipocrisia da Igreja através de detalhes como a data escolhida para o batismo.
Este capítulo descreve Blimunda e Baltasar reconstruindo a máquina voadora em Lisboa. O padre Bartolomeu Lourenço chega de Coimbra e discute com eles a necessidade de recolher mais vontades. Ele também questiona a Santíssima Trindade.
O capítulo descreve os costumes durante a Quaresma e o Entrudo em Lisboa no século XVIII, com críticas à hipocrisia religiosa e à desigualdade social. Durante a Quaresma, as mulheres podiam encontrar amantes nas igrejas, menos a rainha grávida que sonha com o cunhado. Após a Páscoa, as mulheres voltavam a ficar recolhidas.
O título "Memorial do Convento" refere-se a um romance de José Saramago que descreve a construção do Convento de Mafra entre 1717-1744, financiada pelo ouro do Brasil durante o reinado de D. João V. O título evoca memórias do passado e o mundo místico do convento, enquanto o romance homenageia os trabalhadores anônimos e não os interesses egoístas da realeza.
Este documento resume o livro "Memorial do Convento" de José Saramago, focando na sátira e crítica social presentes na obra. A introdução explica que o livro faz uma caricatura da sociedade portuguesa da época através da ironia e sarcasmo. As seções subsequentes criticam o rei, a Igreja, o clero e a passividade das mulheres. O documento também destaca a pobreza e exploração sofrida pelo povo português, mantido ignorante pela Igreja.
D. Sebastião é retratado como um símbolo da loucura audaciosa que transfigura e da esperança que alenta o povo português no sonho de que Portugal volte a ser grande com o seu regresso. Embora tenha falhado na batalha de Alcácer-Quibir, D. Sebastião morreu lutando por um ideal de grandeza, persistindo como um exemplo a seguir, mesmo após a morte.
A história de Manuel Milho narra a reflexão sobre a existência humana e mostra que o mais importante é o ser humano e sua essência, não o papel social. Vários elementos como números, a passarola, o convento de Mafra carregam significados simbólicos na obra. A relação de Baltasar e Blimunda é marcada por amor e complementaridade representados por seus nomes.
Este documento resume as principais características da linguagem e estilo de José Saramago no seu romance Memorial do Convento. Destaca-se a eliminação de pontuação tradicional nos diálogos e a focalização ora omnisciente, ora interna do narrador. Também resume as personagens principais como D. João V, D. Maria Ana de Jesus e o casal protagonista Baltasar e Blimunda.
Este documento resume um trabalho sobre a obra Memorial do Convento de José Saramago. Aborda a biografia do autor, o contexto histórico da obra, a estrutura narrativa e as principais linhas de ação. Destaca a construção do Convento de Mafra como ação principal e a história de amor de Baltasar e Blimunda como ação secundária.
Síntese José Saramago, O ano da morte de ricardo reisCatarina Castro
O documento resume os principais aspectos do livro "O ano da morte de Ricardo Reis" de José Saramago. Aborda o contexto histórico de Portugal e da Europa na década de 1930, as representações de amor e desejo entre os personagens, a intertextualidade com obras de Camões, Cesário Verde e Fernando Pessoa, e a linguagem e estrutura da obra.
O documento apresenta um resumo biográfico de D. João I, primeiro rei de Portugal da dinastia de Avis. Analisa também o poema "Sétimo (I)" de Fernando Pessoa, que celebra D. João I como alguém predestinado por Deus a defender Portugal e dar glória ao reino, imortalizando o seu nome na história portuguesa. O documento foi escrito por dois alunos como trabalho para a disciplina de Português na Escola Secundária Dr. Jorge Correia em Tavira.
Camões apresenta D. Sebastião como um herói viril e aventureiro em Os Lusíadas, incentivando-o a grandes feitos para a glória de Portugal. Pessoa retrata D. Sebastião como um sonhador humilhado que se tornou um mito, representando a esperança no futuro e no Império, embora de forma diferente nos dois poemas.
Este capítulo apresenta a história de Baltasar e Blimunda. Baltasar perdeu a mão esquerda na guerra e regressa a Lisboa com Blimunda. Ela possui a habilidade de ver o interior das pessoas. Ambos vão trabalhar na construção de uma máquina voadora para o Padre Bartolomeu Lourenço.
Este capítulo descreve o retorno do Padre Bartolomeu Lourenço a Lisboa, onde se encontra com Domenico Scarlatti. Os dois estabelecem uma grande amizade e o Padre leva Scarlatti a conhecer Baltasar e Blimunda, revelando-lhes o segredo da passarola. Scarlatti fica fascinado e oferece-se para tocar cravo para o casal. À noite, o Padre inicia um debate sobre a relação entre Deus e o Homem com Baltasar e Blimunda.
Trabalho que teve nota 19 (João Pedro Rodrigues)
Excelente conteúdo, fala de todos os aspectos importantes da Obra Memorial do convento 12ºAno
óptimo para estudar;
Analise dos capítulos I a V
O documento resume o enredo e personagens principais do romance Memorial do Convento de José Saramago. Narra a construção do Convento de Mafra sob o reinado de D. João V e acompanha as vidas de Baltasar e Blimunda, que trabalham na construção do convento e ajudam o Padre Bartolomeu na sua máquina voadora.
O documento descreve a simbologia presente na obra "Memorial do Convento" de José Saramago, focando-se nas três principais personagens (Baltasar, Blimunda e Bartolomeu), no convento de Mafra e na Igreja/Clero. A pedra gigante transportada para a construção do convento também carrega grande simbologia na obra.
1) Apresentação dos protagonistas dos casamentos reais entre a Infanta Maria Bárbara de Portugal com o príncipe Fernando da Espanha e o príncipe José de Portugal com Mariana Vitória da Espanha.
2) Descrição da viagem da família real portuguesa até Évora para o encontro com a família real espanhola, com dificuldades causadas pelo mau tempo.
3) Realização da cerimónia de troca das princesas peninsulares em Caia, com Mariana Vitória a vir para Portugal e Maria Bárbara a ir
O documento descreve a estrutura tripartida da obra "Mensagem" de Fernando Pessoa, dividida nas partes "Brasão", "Mar Português" e "O Encoberto". Cada parte representa uma fase do ciclo de vida e morte da pátria portuguesa, indo do nascimento com os fundadores, à realização do império, até a morte e promessa de renascimento no Quinto Império. A estrutura carrega um significado simbólico e ajudar a construir o sentido da obra sobre o destino de
Este capítulo resume os primeiros dez capítulos do livro "Memorial do Convento". Descute a falta de gravidez da rainha D. Maria Ana após dois anos de casamento, a promessa do rei D. João V de construir o Convento de Mafra se ela engravidar, e o nascimento da primeira filha do casal. Também apresenta os personagens principais Baltasar e Blimunda e o padre Bartolomeu Lourenço, que sonha em voar e constrói uma máquina para isso.
O documento apresenta excertos de três textos de José Saramago sobre seu romance "Memorial do Convento". Nos excertos, Saramago fala sobre como o 25 de Novembro o levou a se dedicar à escrita, como "Memorial do Convento" o tornou célebre, e como o romance concilia elementos históricos e ficcionais.
1) Baltasar regressa a Mafra e apresenta Blimunda à sua família, que a recebe bem.
2) João Francisco vendeu as suas terras para a construção do Convento de Mafra.
3) O filho da irmã de Baltasar e o Infante D. Pedro morrem com a mesma idade de forma diferente.
Este documento resume o capítulo 7 do livro "Memorial do Convento" de José Saramago. O capítulo descreve o nascimento da Infanta Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara, a razão pela qual o Convento de Mafra foi construído. Também fornece críticas sutis à decadência do Império Português e à hipocrisia da Igreja através de detalhes como a data escolhida para o batismo.
Este capítulo descreve Blimunda e Baltasar reconstruindo a máquina voadora em Lisboa. O padre Bartolomeu Lourenço chega de Coimbra e discute com eles a necessidade de recolher mais vontades. Ele também questiona a Santíssima Trindade.
O capítulo descreve os costumes durante a Quaresma e o Entrudo em Lisboa no século XVIII, com críticas à hipocrisia religiosa e à desigualdade social. Durante a Quaresma, as mulheres podiam encontrar amantes nas igrejas, menos a rainha grávida que sonha com o cunhado. Após a Páscoa, as mulheres voltavam a ficar recolhidas.
O título "Memorial do Convento" refere-se a um romance de José Saramago que descreve a construção do Convento de Mafra entre 1717-1744, financiada pelo ouro do Brasil durante o reinado de D. João V. O título evoca memórias do passado e o mundo místico do convento, enquanto o romance homenageia os trabalhadores anônimos e não os interesses egoístas da realeza.
Este documento resume o livro "Memorial do Convento" de José Saramago, focando na sátira e crítica social presentes na obra. A introdução explica que o livro faz uma caricatura da sociedade portuguesa da época através da ironia e sarcasmo. As seções subsequentes criticam o rei, a Igreja, o clero e a passividade das mulheres. O documento também destaca a pobreza e exploração sofrida pelo povo português, mantido ignorante pela Igreja.
D. Sebastião é retratado como um símbolo da loucura audaciosa que transfigura e da esperança que alenta o povo português no sonho de que Portugal volte a ser grande com o seu regresso. Embora tenha falhado na batalha de Alcácer-Quibir, D. Sebastião morreu lutando por um ideal de grandeza, persistindo como um exemplo a seguir, mesmo após a morte.
A história de Manuel Milho narra a reflexão sobre a existência humana e mostra que o mais importante é o ser humano e sua essência, não o papel social. Vários elementos como números, a passarola, o convento de Mafra carregam significados simbólicos na obra. A relação de Baltasar e Blimunda é marcada por amor e complementaridade representados por seus nomes.
Este documento resume as principais características da linguagem e estilo de José Saramago no seu romance Memorial do Convento. Destaca-se a eliminação de pontuação tradicional nos diálogos e a focalização ora omnisciente, ora interna do narrador. Também resume as personagens principais como D. João V, D. Maria Ana de Jesus e o casal protagonista Baltasar e Blimunda.
Este documento resume um trabalho sobre a obra Memorial do Convento de José Saramago. Aborda a biografia do autor, o contexto histórico da obra, a estrutura narrativa e as principais linhas de ação. Destaca a construção do Convento de Mafra como ação principal e a história de amor de Baltasar e Blimunda como ação secundária.
Síntese José Saramago, O ano da morte de ricardo reisCatarina Castro
O documento resume os principais aspectos do livro "O ano da morte de Ricardo Reis" de José Saramago. Aborda o contexto histórico de Portugal e da Europa na década de 1930, as representações de amor e desejo entre os personagens, a intertextualidade com obras de Camões, Cesário Verde e Fernando Pessoa, e a linguagem e estrutura da obra.
O documento apresenta um resumo biográfico de D. João I, primeiro rei de Portugal da dinastia de Avis. Analisa também o poema "Sétimo (I)" de Fernando Pessoa, que celebra D. João I como alguém predestinado por Deus a defender Portugal e dar glória ao reino, imortalizando o seu nome na história portuguesa. O documento foi escrito por dois alunos como trabalho para a disciplina de Português na Escola Secundária Dr. Jorge Correia em Tavira.
Camões apresenta D. Sebastião como um herói viril e aventureiro em Os Lusíadas, incentivando-o a grandes feitos para a glória de Portugal. Pessoa retrata D. Sebastião como um sonhador humilhado que se tornou um mito, representando a esperança no futuro e no Império, embora de forma diferente nos dois poemas.
Este capítulo apresenta a história de Baltasar e Blimunda. Baltasar perdeu a mão esquerda na guerra e regressa a Lisboa com Blimunda. Ela possui a habilidade de ver o interior das pessoas. Ambos vão trabalhar na construção de uma máquina voadora para o Padre Bartolomeu Lourenço.
Este capítulo descreve o retorno do Padre Bartolomeu Lourenço a Lisboa, onde se encontra com Domenico Scarlatti. Os dois estabelecem uma grande amizade e o Padre leva Scarlatti a conhecer Baltasar e Blimunda, revelando-lhes o segredo da passarola. Scarlatti fica fascinado e oferece-se para tocar cravo para o casal. À noite, o Padre inicia um debate sobre a relação entre Deus e o Homem com Baltasar e Blimunda.
Trabalho que teve nota 19 (João Pedro Rodrigues)
Excelente conteúdo, fala de todos os aspectos importantes da Obra Memorial do convento 12ºAno
óptimo para estudar;
Analise dos capítulos I a V
O documento resume o enredo e personagens principais do romance Memorial do Convento de José Saramago. Narra a construção do Convento de Mafra sob o reinado de D. João V e acompanha as vidas de Baltasar e Blimunda, que trabalham na construção do convento e ajudam o Padre Bartolomeu na sua máquina voadora.
O documento descreve a simbologia presente na obra "Memorial do Convento" de José Saramago, focando-se nas três principais personagens (Baltasar, Blimunda e Bartolomeu), no convento de Mafra e na Igreja/Clero. A pedra gigante transportada para a construção do convento também carrega grande simbologia na obra.
1) Apresentação dos protagonistas dos casamentos reais entre a Infanta Maria Bárbara de Portugal com o príncipe Fernando da Espanha e o príncipe José de Portugal com Mariana Vitória da Espanha.
2) Descrição da viagem da família real portuguesa até Évora para o encontro com a família real espanhola, com dificuldades causadas pelo mau tempo.
3) Realização da cerimónia de troca das princesas peninsulares em Caia, com Mariana Vitória a vir para Portugal e Maria Bárbara a ir
O documento descreve a estrutura tripartida da obra "Mensagem" de Fernando Pessoa, dividida nas partes "Brasão", "Mar Português" e "O Encoberto". Cada parte representa uma fase do ciclo de vida e morte da pátria portuguesa, indo do nascimento com os fundadores, à realização do império, até a morte e promessa de renascimento no Quinto Império. A estrutura carrega um significado simbólico e ajudar a construir o sentido da obra sobre o destino de
Este capítulo resume os primeiros dez capítulos do livro "Memorial do Convento". Descute a falta de gravidez da rainha D. Maria Ana após dois anos de casamento, a promessa do rei D. João V de construir o Convento de Mafra se ela engravidar, e o nascimento da primeira filha do casal. Também apresenta os personagens principais Baltasar e Blimunda e o padre Bartolomeu Lourenço, que sonha em voar e constrói uma máquina para isso.
O documento apresenta excertos de três textos de José Saramago sobre seu romance "Memorial do Convento". Nos excertos, Saramago fala sobre como o 25 de Novembro o levou a se dedicar à escrita, como "Memorial do Convento" o tornou célebre, e como o romance concilia elementos históricos e ficcionais.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81luisprista
D. João V é retratado com dois traços de caráter dominantes: a megalomania e a prepotência. Estes traços levam-no a investir na construção do Convento de Mafra e a mobilizar trabalhadores à força para as obras, indignando o povo. Saramago critica o rei por ser ridiculamente megalómano e tratar o povo como escravos para satisfazer os seus caprichos.
O documento discute o que é publicidade e como criar anúncios publicitários eficazes. A publicidade tem como objetivo promover vendas ou ideias. Um bom anúncio deve atrair a atenção, despertar interesse, provocar desejo, permitir memorização e induzir ação. Anúncios devem incluir texto, slogan e imagem, usando técnicas como polissemia e figuras de linguagem para promover o produto de forma criativa.
1) O documento lista e explica expressões latinas comumente usadas, como "ab ovo" que significa "desde o início de tudo, desde o ovo", "ad libitum" que significa "aleatoriamente, à escolha", e "a fortiori" que significa "por mais forte razão".
2) As expressões latinas são utilizadas em diversos contextos como indicar citações, situações, datas, entre outros.
3) Muitas dessas expressões latinas ainda são amplamente empregadas atualmente em textos formais e acadê
O documento discute o que é publicidade e como criar anúncios publicitários eficazes. A publicidade tem como objetivo promover vendas ou ideias. Um bom anúncio deve atrair a atenção, despertar interesse, provocar desejo, permitir memorização e induzir ação. Anúncios devem incluir texto, slogan e imagem, usando técnicas como polissemia e figuras de linguagem para promover o produto de forma criativa.
A publicidade significa divulgar fatos ou ideias ao público. Ela está presente em diversos lugares como cartazes, objetos e mídia. Existem dois tipos principais: publicidade comercial, que busca vender produtos e serviços, e publicidade institucional, que divulga mensagens sociais ou cívicas. Cartazes publicitários geralmente contêm slogan, logotipo, imagem e texto. Anúncios apelam para instintos humanos como conservação, amor, desejo e diversão.
1) Os Lusíadas de Camões celebra a vitória do homem sobre suas fraquezas e a natureza, representando a fé na capacidade humana.
2) No entanto, Camões via seus contemporâneos abandonando essa fé heroica, com Portugal mergulhado em "austera tristeza".
3) Sua épopia busca reerguer o orgulho português, promovendo valores como virtude, experiência, justiça e coragem para uma nova era de grandeza.
O documento discute o que é publicidade e como criar anúncios publicitários eficazes. A publicidade tem como objetivo promover vendas ou ideias. Um bom anúncio deve atrair a atenção, despertar interesse, provocar desejo, permitir memorização e induzir ação. Anúncios devem incluir texto, slogan e imagem, usando técnicas como polissemia e figuras de linguagem para promover o produto de forma criativa.
Este documento descreve os tipos de modalidade em linguagem - modalidade epistémica, que expressa certeza, probabilidade ou possibilidade; modalidade apreciativa, que expressa julgamento; e modalidade deôntica, que expressa obrigação ou permissão. Fornece exemplos de marcadores modais para cada tipo e grau de modalidade.
As três regras essenciais para distinguir "porque" de "por que" são: 1) "porque" é usado em frases interrogativas com "é que"; 2) "porque" é usado em orações causais; 3) "por que" é usado quando pode ser substituído por "por qual", "por quais", etc, referindo-se a um nome. Exemplos ilustram cada regra.
O Modernismo surgiu em Portugal em 1913 liderado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro. Eles lançaram a revista Orpheu em 1915 para promover as novas ideias modernistas como o Decadentismo, Paulismo e Futurismo. Após a morte de Sá-Carneiro em 1916, a segunda geração de modernistas continuou através da revista Presença na década de 1920.
O documento descreve as principais classes de palavras da língua portuguesa, incluindo nomes, verbos, adjetivos, advérbios, interjeições, pronomes, determinantes, quantificadores, preposições e conjunções. Fornece exemplos e explica brevemente as subclasses de cada uma destas classes gramaticais.
Este documento é uma ficha de trabalho de gramática contendo vários exercícios relacionados a identificação de classes gramaticais, classificação de orações, função sintática, formação de palavras, figuras de estilo e outros. O objetivo é aperfeiçoar o conhecimento dos alunos sobre diferentes aspectos da língua portuguesa.
A publicidade significa divulgar fatos ou ideias ao público. Ela está presente em diversos lugares como cartazes, objetos e mídia. Existem dois tipos principais: publicidade comercial, que busca vender produtos e serviços, e publicidade institucional, que divulga mensagens sociais ou cívicas. Cartazes publicitários geralmente contêm slogan, logotipo, imagem e texto. Anúncios apelam para instintos humanos como conservação, amor, desejo e diversão.
Os Lusíadas é estruturado em 10 cantos que narram a viagem de Vasco da Gama à Índia e a história de Portugal. Cada canto alterna entre a narrativa da viagem, passagens históricas contadas por Vasco da Gama, e comentários do poeta sobre temas como a glória, decadência, e o futuro de Portugal.
O documento descreve as classes de palavras conhecidas como quantificadores, que antecedem nomes e fornecem informações sobre quantidade. Existem quantificadores universais, existenciais, numerais cardinais, multiplicativos e fracionários, interrogativos e relativos, cada um com características específicas sobre como referem-se à quantidade de elementos de um conjunto.
Este documento fornece 29 regras para escrever português corretamente, enfatizando a importância de evitar abreviações desnecessárias, estilo rebuscado e exibicionista, aliterações excessivas, uso inadequado de maiúsculas, lugares-comuns, estrangeirismos, gíria, palavrões, generalizações, repetições, citações excessivas, frases incompletas, redundâncias, falta de especificidade, frases curtas, voz passiva, uso incorreto de pontuação, siglas desconhecidas
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este documento descreve a gênese do romance Memorial do Convento de José Saramago. A obra foi concebida no início dos anos 1980 após Saramago visitar o Mosteiro da Batalha e ficar impressionado com a referência aos 50 mil homens que trabalharam para construí-lo. A inspiração maior veio quando ele percebeu a coincidência cronológica entre a construção do mosteiro e as experiências do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão com uma máquina voadora. O propósito do romance foi amadurecendo
Este documento discute a representação das mulheres na obra Memorial do Convento de José Saramago, com foco na personagem Blimunda. Apresenta uma análise das características míticas e sublimes da personagem feminina e como ela desafia as normas de gênero da época. Também discute a visão de Saramago sobre a força e autenticidade das personagens femininas em sua obra.
Este documento apresenta um resumo biográfico do escritor romântico português Almeida Garrett e descreve brevemente sua obra Viagens na minha terra, considerada um marco da prosa portuguesa. A narrativa desenvolve-se a partir de uma viagem do narrador de Lisboa a Santarém e aborda temas como a história e sociedade portuguesas do século XIX.
José Saramago nasceu em 1922 na aldeia de Azinhaga, Portugal. Publicou seu primeiro romance em 1947, iniciando uma longa carreira como escritor, nem sempre reconhecida em seu país. Em 1993, mudou-se para a ilha de Lanzarote, Espanha. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Faleceu em Lanzarote em 2008, deixando uma vasta obra literária que reflete sua longa jornada em busca da liberdade e do sonho de voar.
Este documento analisa a linguagem e o estilo de José Saramago no Memorial do Convento, destacando a sua pontuação peculiar e a utilização da focalização interna e onisciente. Também resume as principais características das personagens, como D. João V, D. Maria Ana Josefa e Baltasar Sete-Sóis.
Este documento analisa a linguagem e o estilo de José Saramago no Memorial do Convento, destacando a pontuação peculiar e a focalização narrativa ora omnisciente ora interna. Também resume as principais personagens, como D. João V, D. Maria Ana de Jesus, Baltasar Sete-Sóis e Blimunda.
Este documento analisa a linguagem e o estilo de José Saramago no Memorial do Convento, destacando a sua pontuação peculiar e a focalização narrativa. Discute também as principais personagens, como D. João V, D. Maria Ana de Jesus e Baltasar Sete-Sóis, e os espaços da narrativa.
O documento discute Memorial do Convento de José Saramago. A obra questiona a visão única da História e resgata o papel dos trabalhadores anônimos na construção do Convento de Mafra. O autor cria personagens que representam a massa de 40 mil portugueses explorados para realizar o sonho do rei D. João V.
Memorial do Convento - linguagem e estiloFilipaFonseca
Este documento fornece um resumo biográfico do escritor português José Saramago e discute alguns aspectos estilísticos e temáticos da sua obra Memorial do Convento. O documento descreve a vida e carreira de Saramago, desde o seu nascimento no Alentejo até se dedicar exclusivamente à escrita a partir dos 50 anos de idade. Também analisa características da linguagem utilizada por Saramago em Memorial do Convento, como o uso da ironia, referências religiosas e a mistura de registos de língua
Livros essenciais da literatura brasileiraThalita Dias
O documento apresenta uma lista de livros essenciais da literatura brasileira e resumos sobre alguns desses livros. Os livros resumidos incluem "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, "Morangos Mofados" de Caio Fernando Abreu e "Laços de Família" de Clarice Lispector.
Memorial do Convento é um romance de José Saramago publicado em 1982 que se passa durante a construção do Convento de Mafra no reinado de D. João V. Através de personagens históricas e do povo, descreve a sociedade portuguesa da época marcada por ignorância e superstição. A narrativa foca-se na construção do Convento e da Passarola, um plano voador construído por personagens populares que simboliza a condição humana.
O documento descreve a obra literária de Paulo Tarso Barros, contista e poeta natural de Vitória do Mearim (MA). Realiza uma comparação entre os contos e personagens de Barros com os de Graciliano Ramos, mostrando semelhanças em termos de talento e capacidade de criar personagens e histórias memoráveis. Destaca alguns dos contos mais interessantes de ambos os autores e argumenta que Barros legou ao Brasil obras clássicas da literatura nacional, apesar de ter nascido em uma pequena cidade.
O documento discute a relação entre realidade e ficção no livro "Memorial do Convento" de José Saramago. A obra entrecruza eventos históricos reais como a construção do Convento de Mafra com elementos ficcionais como a história de amor de Baltasar e Blimunda e a construção de sua máquina voadora. A ficção é usada para chamar mais atenção para os sofrimentos do povo português.
Este romance de Machado de Assis gira em torno da rivalidade entre os irmãos gêmeos Pedro e Paulo. Desde crianças que são rivais em tudo, com personalidades opostas, e esta rivalidade intensifica-se na idade adulta também pelas suas divergências políticas, sendo um monarquista e outro republicano. Ambos disputam também o amor da mesma mulher, Flora, que não escolhe nenhum dos dois. A narrativa acompanha a evolução desta rivalidade ao longo do tempo através da figura do Conselheiro Aires.
O documento discute a obra e vida da escritora brasileira Clarice Lispector. Apresenta temas recorrentes em sua obra como a condição feminina e a busca pela identidade. Também descreve a estrutura literária de seus textos com quatro passos que levam à epifania dos personagens.
O documento apresenta um cronograma e análise da obra "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manuel Antônio de Almeida. Aborda tópicos como biografia do autor, personagens, enredo, estrutura, estilo da época e contribuição da obra.
O documento apresenta uma discussão sobre o gênero crônica no Brasil, abordando sua origem, evolução e características. Inicialmente, destaca exemplos pioneiros como a Carta de Pero Vaz de Caminha e o surgimento da crônica como espaço nos jornais do século XIX. Posteriormente, discute como o gênero se desenvolveu no século XX com autores como Rubem Braga, que o elevaram à literatura, e suas principais características atuais como registro pessoal e uso da linguagem coloquial
José Saramago foi um escritor português nascido em 1922. Foi membro do Partido Comunista Português e diretor do jornal Diário de Notícias. Além de romances, escreveu ensaios, peças de teatro e jornalismo. Seus livros mais famosos incluem Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Ensaio sobre a Cegueira. Saramago viveu seus últimos anos na Espanha, onde faleceu em 2010, e foi considerado um dos mais importantes escritores port
Trabalho de pesquisa oralidade património2015-16 10.ºanoquintaldasletras
1. Os alunos devem escolher uma das histórias marcadas com um asterisco no documento e realizar uma pesquisa sobre ela.
2. Eles devem elaborar uma apresentação PowerPoint organizada em tópicos com o título, localização, apresentação da pesquisa e bibliografia.
3. A apresentação oral deve ser dividida igualmente entre os dois membros do grupo e deve cativar o interesse do público.
A grelha de avaliação avalia seis grupos estudantis em seis categorias para um projeto sobre o período Barroco. Os grupos apresentaram sobre arquitetura, escultura, ideias, música, pintura e vestuário e foram classificados de 1 a 4 em estruturação, criatividade, documentos usados, expressão oral e postura.
O documento fornece instruções para uma exposição oral sobre a leitura e análise de cartoons, sugerindo que os alunos planejem cuidadosamente suas apresentações descrevendo os elementos visuais, clarificando a intenção, discutindo temas e valores culturais sugeridos, e explicando a relevância da mensagem. O documento também fornece uma tabela para os professores classificarem as apresentações dos alunos.
O documento descreve o plano de avaliação da expressão oral de alunos do 11o ano da Escola Secundária Augusto Gomes no ano letivo de 2015/2016, envolvendo a leitura e análise de 67 cartuns.
O documento fornece instruções para uma exposição oral sobre a leitura e análise de cartoons, sugerindo que os alunos planejem cuidadosamente suas apresentações descrevendo os elementos visuais, clarificando a intenção, discutindo temas e valores culturais, e explicando a relevância da mensagem. O documento também fornece uma tabela para os professores classificarem as apresentações dos alunos.
O documento discute as principais temáticas do romance Memorial do Convento de José Saramago, incluindo as relações amorosas entre Baltasar e Blimunda versus o Rei e a Rainha, a crítica social presente na obra, e as referências históricas ao Convento de Mafra.
O documento discute a classe de palavras do verbo. Ele fornece informações sobre como os verbos descrevem ações e estados. Os verbos são essenciais para comunicar o que está acontecendo nas frases.
O documento discute a classe de palavras do verbo. Ele fornece informações sobre como os verbos descrevem ações e estados. Os verbos são essenciais para comunicar o que está acontecendo nas frases.
This 3 minute video provides an overview of the key steps in the scientific method. It explains that scientists make observations about the natural world, form hypotheses to explain these observations, design experiments to test these hypotheses, analyze the results, and draw conclusions. The overall process is iterative, with conclusions from one experiment informing new hypotheses and further experiments.
A publicidade significa divulgar fatos ou ideias ao público. Ela está presente em diversos lugares como cartazes, objetos e mídia. Existem dois tipos principais: publicidade comercial, que busca vender produtos e serviços, e publicidade institucional, que divulga mensagens sociais ou cívicas. Cartazes publicitários geralmente contêm slogan, logotipo, imagem e texto. A publicidade apela a instintos humanos como conservação, amor, desejo e diversão.
Este documento fornece exemplos de como certas palavras são escritas corretamente em português do Brasil, corrigindo erros comuns. Ele mostra pares de frases onde a primeira está incorreta e a segunda está correta, focando em acentuação, concordância de gênero e número.
Este documento fornece 29 regras para escrever corretamente em português, enfatizando a importância de evitar abreviações desnecessárias, estilo rebuscado e exibicionista, aliterações excessivas, uso inadequado de maiúsculas, lugares-comuns, estrangeirismos, gíria, palavrões, generalizações, repetições, citações excessivas, frases incompletas, redundâncias, falta de especificidade, frases curtas, voz passiva, uso incorreto de pontuação, siglas desconhecid
Este documento fornece 29 regras para escrever corretamente em português, enfatizando a importância de evitar abreviações desnecessárias, estilo rebuscado e exibicionista, aliterações excessivas, uso inadequado de maiúsculas, lugares-comuns, estrangeirismos, gíria, palavrões, generalizações, repetições, citações excessivas, frases incompletas, redundâncias, falta de especificidade, frases curtas, voz passiva, uso incorreto de pontuação, siglas desconhecid
Este documento descreve diferentes tipos de frases complexas e relações semânticas entre palavras. Explica frases complexas como orações coordenadas e subordinadas, incluindo substantivas, adjetivas e adverbiais. Também define relações semânticas como hiperonímia/hiponímia, holonímia/meronímia e sinonímia/antonímia.
Pessoa ortónimo proposta para análise de poemas 14_15quintaldasletras
1) A poesia ortónima de Fernando Pessoa é caracterizada por temas como o fingimento poético, a dor de pensar associada à tensão entre consciência e inconsciência, e a transitoriedade da vida. 2) Outros temas incluem a nostalgia da infância, a tensão entre sonho e realidade, e a angústia existencial perante o absurdo da existência. 3) Pessoa procurava a felicidade através do pensamento, mas a inteligência só lhe trouxe a certeza de que "tudo é oculto", levando-
(1) O documento descreve uma carta formal denunciando uma situação de desrespeito dos Direitos Humanos que o autor presenciou. (2) A carta é endereçada ao Presidente da Amnistia Internacional de Lisboa para pedir ajuda para uma família que foi despejada e ficou sem emprego ou moradia. (3) O autor oferece-se para servir de intermediário e ajudar a resolver o problema desta família.
O documento classifica e identifica subclasses de verbos em frases. A primeira parte classifica 22 verbos em frases segundo sua subclasse como transitivo, auxiliar, copulativo ou intransitivo. A segunda parte identifica a função sintática de elementos sublinhados nas mesmas frases como sujeito, objeto direto ou indireto.
Este documento classifica os verbos em três categorias principais: 1) Verbos principais que podem ser intransitivos, transitivos diretos, indiretos ou ambos, 2) Verbos copulativos que selecionam um sujeito e um predicativo do sujeito, e 3) Verbos auxiliares que ocorrem com um verbo principal para formar um complexo verbal e não determinam o sujeito ou complementos.
Este documento fornece informações sobre a morfologia e conjugação de verbos em português. Discute como os verbos são formados por radicais e vogais temáticas e flexionados por sufixos de tempo, modo, aspecto, número e pessoa. Também explica as três conjugações verbais e os diferentes tempos, modos e aspectos verbais.
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1. MEMORIAL DO CONVENTO
José Saramago
Tudo é autobiografia
«Um dia escrevi que tudo é autobiografia, que a vida de cada um
de nós a estamos contando em tudo quanto fazemos e dizemos,
nos gestos, na maneira como nos sentamos, como andamos e
olhamos, como viramos a cabeça ou apanhamos um objecto do
chão.» Ontem como hoje, «pergunto-me se o que move o leitor
à leitura não será a secreta esperança ou a simples possibilidade
de vir a descobrir, dentro do livro, mais do que a história
contada, a pessoa invisível, mas omnipresente, que é o autor».
In Diário de Notícias, 1998-10-09
1
2. MEMORIAL DO CONVENTO
«Como escritor, sou um produto do 25 de Novembro. Com o 25 de
Novembro, fiquei sem trabalho e com pouca esperança de conseguir um
sítio onde o encontrar. Eu estava muito marcado. Decidi, aos 53 anos, que
seria "agora ou nunca". Se as circunstâncias me retiraram a possibilidade
de trabalhar, iria escrever. Não foi fácil. Durante uns anos vivi de traduções.
Eu já não estava no circuito, ninguém pensou mais em mim e ainda bem.
Fechei-me em casa a traduzir para ganhar a vida e para escrever. Publico,
em 1977, o Manual de Pintura e Caligrafia; em 1978, o Objecto Quase.
Ainda nesse ano vou para o Alentejo e daí saiu o Levantado do Chão. O
Memorial do Convento, em 1982, e acho que também O Ano da Morte de
Ricardo Reis confirmaram que estava ali um escritor. A partir daí não tinha
nada que provar a não ser a mim mesmo, até onde poderia chegar. Cheguei
às Intermitências da Morte, aos 83 anos, e espero que haja mais.»
In Diário de Notícias, 2005-11-09
José Saramago
2
3. MEMORIAL DO CONVENTO
"Memorial do Convento", de 1982, é o romance
que o vai tornar célebre. É um texto multifacetado
e plurissignificativo que tem, ao mesmo tempo,
uma perspectiva histórica, social e individual. A
inteligência e a riqueza de imaginação aqui
expressas caracterizam, de uma maneira geral, a
obra saramaguiana.
A ópera "Blimunda", do compositor italiano Corghi, baseia-se neste romance.
José Saramago
3
4. MEMORIAL DO CONVENTO
José Saramago
As epígrafes do romance
Padre Manuel Velho
Concepção determinista da História – existem forças e leis sociais que
ultrapassam a vontade individual de cada homem.
Marguerite Yourcenar
Concepção contingente da História – aceita a existência de uma
realidade social não passível de ser epistemologicamente conhecida
com rigor e exactidão.
[Poderia existir uma terceira extraída do poema de Bretch “Perguntas de
um Operário Letrado” que começa pelos versos: “Quem construiu Tebas, a
das sete portas / Nos livros vem o nome dor reis. / Mas foram os reis que
transportaram as pedras?”]
4
Entrevista
5. MEMORIAL DO CONVENTO
Era uma vez um rei que fez a promessa de
levantar convento em Mafra…
«Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos
na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia
em que estamos…»
Cap. I, p. 14
José Saramago
5
6. MEMORIAL DO CONVENTO
Era uma vez a gente que construiu esse
convento…
«Em que posso então eu trabalhar, irmão, isto perguntou Baltasar a Álvaro Diogo,
seu cunhado […] Há aqui mais quem esteja dormindo […] só tem doze anos […]
este é o filho que ficou, chega à noite morto de dar serventia, andaime acima,
andaime abaixo, acaba de cear e adormece logo, Querendo, há trabalho para toda
a gente, disse Álvaro Diogo, podes ir de servente ou fazer carretos com os carros de
mão, o teu gancho é quanto basta para amparares o varal»
Cap. XVII, pp. 212
José Saramago
6
7. MEMORIAL DO CONVENTO
Era uma vez um soldado maneta e uma
mulher que tinha poderes…
«Este que por desafrontada aparência, sacudir da espada e desparelhadas
vestes, ainda que descalço, parece soldado, é Baltasar Mateus, o Sete-Sóis. Foi
mandado embora do exército por já não ter serventia nele, depois de lhe
cortarem a mão esquerda pelo nó do pulso, estraçalhada por uma bala em
frente de Jerez de los Caballeros»
Cap. IV, p. 35
«Lembras-te da primeira vez que dormiste comigo, teres dito que te olhei por dentro, Lembro-me,
Não sabias o que estavas a dizer, nem soubeste o que estavas a ouvir quando eu te disse que nunca te
olharia por dentro. […] Eu posso olhar por dentro das pessoas.
[…] mas só vejo quando estou em jejum, perco o dom quando muda o quarto da lua, mas volta logo a
seguir, quem me dera que o não tivesse»
Cap. VIII, pp. 79/80
José Saramago
7
8. MEMORIAL DO CONVENTO
Era uma vez um padre que queria voar e
morreu doido…
Aquele que ali vem é o padre Bartolomeu Lourenço, a quem
chamam o Voador»
Cap. VI, p. 61
«Tenho sido a risada da corte e dos poetas, um deles, Tomás Pinto Brandão, chamou ao meu
invento coisa de vento que se há-de acabar cedo, se não fosse a protecção de el-rei não sei o
que seria de mim, mas el-rei acreditou na minha máquina»
Cap. VI, p. 64
«És um homem natural, nem cascos de mula nem asas de passarola, É assim que se chama a
sua máquina, perguntou Baltasar, e o padre respondeu, Assim lhe têm chamado por
desprezo.»
Cap. VI, pp. 65/66
José Saramago
8
9. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
O romance histórico é um tipo de narrativa ficcional em que, de maneira
evidente, se manifestam as chamadas modalidades mistas de existência
(…) o que significa que personalidades, eventos e espaços que conhecemos
ou podemos conhecer como históricas (…) coexistem com personagens,
eventos e espaços ficcionais.
Carlos Reis e Ana Cristina M. Lopes, in Dicionário de Narratologia, Coimbra, Almedina
Memorial do Convento integra-se nesta tipologia de romance que concilia História e ficção?
Análise dos elementos da História e ficcionais (personalidades, eventos,
José Saramago
espaços)
9
O que diz o narrador? E o
autor?
Consultar
10. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
José Saramago
10
Personagens reais Personagens fictícias
D. João V Sebastiana Maria de Jesus, feiticeira e mãe de
Blimunda
D. Maria Ana Josefa Blimunda, com poderes visionários
D. Francisco e D. Miguel (irmãos do rei) Baltasar, soldado, maneta, operário
Maria Bárbara, Pedro e José (os infantes) João Francisco e Marta Maria, pais de Baltasar
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão Inês Antónia, irmã de Baltasar
Domenico Scarlatti Álvaro Diogo, cunhado de Baltasar
Arquitecto alemão Ludwig João Elvas, amigo de Baltasar e antigo soldado
Outras figuras da época (Madre Paula de Odivelas,
Bispo inquisidor D. Nuno da Cunha, Frei Boaventura
de S. Gião, censor do Paço)
Trabalhadores do convento: Manuel Milho, Francisco
Marques, José Pequeno, Joaquim Rocha, João Anes,
Julião Mau-Tempo
11. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
José Saramago
11
Factos históricos
Casamento real - 1709 Epidemias de cólera e febre-amarela, em Lisboa - 1723
A construção da passarola pelo padre Bartolomeu
de Gusmão e voo da máquina voadora, na Casa da
Índia (1709)
A presença em Portugal do músico Domenico Scarlatti,
como professor de D. Maria Bárbara
Três anos após o casamento de D. João V com
Maria Ana de Áustria, auto-de-fé (1711)
Abalo sísmico - 1723
O voto do rei Cortejos nupciais - 1729
Construção do convento de Mafra – 1717 a 1730 Cerimónia de sagração da Basílica de Mafra (22 de
Outubro de 1730) e todo o esforço que a antecedeu
(recrutamento de homens em todo o país,
movimentação das pedras desde Pêro Pinheiro, morte
de operários)
A Inquisição
Touradas
Procissões religiosas – ex: Corpo de Deus, 8 de
Junho de 1719
Auto-de-fé em que morre António José da Silva, o Judeu
- 1739
12. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
José Saramago
12
Situações ficcionais
A amizade entre Bartolomeu de Gusmão, Baltasar e
Blimunda e seu envolvimento na construção da
passarola;
A cumplicidade de Scarlatti nesta construção.
A recolha de vontades A participação da música de Scarlatti na cura de
Blimunda
O voo tripulado da passarola A peregrinação de Blimunda durante nove anos
13. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
José Saramago
13
Espaços reais Espaços fictícios
Lisboa e arredores: Palácio Real, Ribeira,
Terreiro do Paço, Rossio, Palácio dos
Estais, Rua Nova, Quinta do Duque de
Aveiro em S. Sebastião da Pedreira,
Odivelas, Azeitão Arrábida
Abegoaria
Casa de Blimunda
Mafra e arredores: Alto da Vela, Pêro
Pinheiro, Serra do Barregudo, Serra de
Montejunto
Casa dos pais de Baltasar
Alentejo: Aldegalega, Palácio de Vendas
Novas, Montemor, Évora, Vila Viçosa,
Fronteira do Caia, Elvas
Outros espaços
ligação
14. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
“… passando tempo, sempre se encontrará alguém para imaginar que estas
coisas poderiam ter sido ditas, ou fingi-las, e, fingindo, passam então as histórias
a ser mais verdadeiras que os casos verdadeiros que elas contam… “ (p. 139)
José Saramago
A voz do narrador…
…e a voz do autor
“Não há nada fora da história, a ficção acaba por reflectir sempre a história, a
história está nela mesmo que seja na última franja do que se narra.”
“A minha arte consiste em tentar mostrar que não existe diferença entre o
imaginário e o vivido. O vivido pode ser imaginário, e vice-versa.”
“Se não ligasse o meu trabalho à História não faria qualquer trabalho (…) o
que eu quero escrever liga-se aos factos e aos homens passados, mas não em
termos de arqueologia. O que eu quero é desenterrar os homens vivos.”
14
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16. MEMORIAL DO CONVENTO
Tipologia da narrativa
O romance histórico teve o seu apogeu no romantismo,
passando para segundo plano nas últimas décadas do século
XIX com o romance realista, centrado na pintura da sociedade
da época ; a partir dos anos oitenta do século XX, assiste-se a
um renascer do romance histórico, introduzindo temáticas de
ordem acentuadamente social.
Memorial do Convento enquadra-se nesta tipologia : romance
histórico, mas também social e de intervenção, pois para além
da crónica de costumes, apresenta-nos a história repressiva
portuguesa.
José Saramago
16
17. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
1. A estrutura (Cf. Apresentação do romance 4-7)
17
18. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
2. O tempo – contrastes de uma época
Relação de D. João V e de D. Maria Ana
18
Josefa
Relação de Baltasar Sete-Sóis e de Blimunda
Sete-Luas
• Relação contratual: cumprimento do
dever conjugal – “duas vezes por semana
cumpre vigorosamente o seu dever real e
conjugal” (p. 11).
• Ausência de amor
• Ausência de contrato matrimonial.
• Relação de amor; partilha de sonhos e de
desejos – “Para dentro da barraca o levou
Blimunda, não era a primeira vez que ali
entravam a horas nocturnas, ora por
vontade de um, ora por vontade do outro,
faziam-no quando a necessidade da carne
se anunciava mais expansiva…” (p. 333).
19. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo 2. O tempo – contrastes de uma época
Vida luxuosa da nobreza e do clero Vida miserável do povo
A alimentação – “há quem morra por muito
ter comido durante a vida toda” (p. 27);
“El-rei, com os infantes seus manos e suas manas
infantas, jantará na Inquisição depois de
terminado o acto de fé, e estando já aliviado do
seu incómodo honrará a mesa do inquisidor-mor,
José Saramago
soberbíssima de tigelas de caldo de galinha,
de perdigões, de peitos de vitela, de pastelões,
de pastéis de carneiro com açúcar e canela, de
cozido à castelhana com tudo quanto lhe
compete, e açafroado, de manjar-branco, e
enfim doces fritos e frutas do tempo.” (p. 51).
19
A alimentação – “Mas não falta […] quem
morra por ter comido pouco durante toda a vida,
ou que dela resistiu a um triste passadio de
sardinha e arroz.” (p. 27);
“Comeu duas sardinhas fritas sobre um pedaço
de pão, usando a ponta e o fio da navalha com a
arte de quem abre miniaturas em marfim,
quando terminou limpou a lâmina às ervas, a
mão ao calção, e dirigiu-se à máquina.”(p. 336)
20. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo 2. O tempo – contrastes de uma época
Vida luxuosa da nobreza e do clero Vida miserável do povo
José Saramago
Os espaços habitacionais
“Já se deitaram. Esta é a cama que veio da
Holanda quando a rainha veio da Áustria
[…]. A um desprevenido olhar nem se sabe
se é de madeira o magnífico móvel, coberto
como está pela armação preciosa, tecida e
bordada de florões e relevos de ouro, isto
não falando do dossel que poderia servir
para cobrir o papa.” (p. 16).
20
Os espaços habitacionais
“O padre Bartolomeu Lourenço esperou
que Blimunda acabasse de comer da panela
as sopas que sobejavam, deitou-lhe a
bênção, com ela cobrindo a pessoa, a
comida e a colher, o regaço, o lume na
lareira, a esteira no chão…” (p. 56).
21. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
• Início da narrativa – 1711 – deduzida a partir das seguintes afirmações:
“um homem que ainda não fez vinte e dois anos” (D. João V, nascido em 1689);
“S. Francisco andava pelo mundo precisamente há quinhentos anos, em mil duzentos e onze”.
• 1717: A data da bênção da primeira pedra do convento de Mafra conhece-se pela expressão
“se não foi dito já, sempre são seis anos de casos decorridos” . A indicação 17 de Novembro de
1717 surge como dado cronológico.
• “oito de Junho de mil setecentos e dezanove”: procissão de Corpo de Deus.
• 1728 “dezasseis anos passaram desde que a (Blimunda) vimos pela primeira vez” (no auto-de-
fé em que sua mãe fora condenada). Pode ainda deduzir-se pelas referências aos príncipes
D. José, 14 anos, e Maria Bárbara, de 17 anos… A ordem para que se acabe o convento no
espaço de 2 anos….
• 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário de D. João V:
“Então D. João V disse A sagração da basílica de Mafra será feita no dia vinte e dois de Outubro de
mil setecentos e trinta, tanto faz que o tempo sobre como falte”. (pp. 291, 352)
• 1739: “Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar”: Auto-de-fé (condenação e morte
de Baltasar);
José Saramago
2. O Tempo da história – 28 anos
21
22. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
2. O Tempo da história – 28 anos
Baltasar
Sete-Sóis
22
Passagem do tempo sobre as personagens Blimunda
Sete-Luas
26 anos Conhecem-se (auto-de-fé em que a mãe de Blimunda é condenada) 19 anos
40 anos Diz aos companheiros de trabalho que esteve perto do sol 33 anos
45 anos Baltasar desaparece no dia 21 de Outubro de 1730 38 anos
54 anos Blimunda procura Baltasar durante nove anos. Encontra-o na hora da
sua morte.
47 anos
23. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
A situação do narrador fora do tempo cronológico explica
as sucessivas analepses e prolepses e a elipse que
encontramos no texto. Assim, o tempo da história dura 28
anos e o tempo do discurso abre brechas nesse período
cronológico para o integrar num tempo uno, em que
passado, presente e futuro se misturam.
José Saramago
2. O Tempo da história – 28 anos
23
Anacronias do Tempo do Discurso
24. MEMORIAL DO CONVENTO
2.1 Anacronias do tempo do discurso Categorias do texto narrativo
José Saramago
Analepse
- Referência a 1624:
“Tanto mais que o Convento de
Mafra o anda a querer a ordem de
S. Francisco desde mil seiscentos e
vinte e quatro, ainda estava rei de
Portugal um Filipe espanhol”.
- Referência a 1709:
“dois anos depois de se queimarem
pessoas em Lisboa”.
-O narrador relembra a
primeira vez que Baltasar e
Blimunda entraram na quinta
do duque de Aveiro:
-“nada havia que pudesse lembrar a
brava selva de há dez anos, quando
pela primeira vez Baltasar e
Blimunda aqui entraram”.
24
Prolepse
- Prenúncio da morte da filha do Visconde
de Mafra para daí a dez anos:
“não vai haver muita música na vida desta
criança (…) daqui a dez anos morrerá e será
sepultada na igreja de santo André”.
- Antecipação da morte de Álvaro Diogo:
“em breve cairá duma parede onde não tinha de
subir (…) quase de trinta metros de altura será a
queda e dela morrerá”.
- Antecipação do número de bastardos de
D. João V:
“por isso se diverte tanto com as freiras (…) que
quando acabar a sua história se hão-de contar
por dezenas os filhos assim arranjados”.
- Antecipação da revolução de 25 de Abril
de 1974:
“ai o destino das flores, um dia as meterão nos
canos das espingardas”.
Elipse
- Baltasar desaparece
no dia anterior à
Sagração do Convento
(21 de Outubro de
1730) e Blimunda
percorre o país, numa
busca constante do seu
companheiro, durante
nove anos. Acerca do
que se passou durante
este período temporal
nada sabemos a não
ser que “Durante nove
anos, Blimunda
procurou Baltasar. (…)
Milhares de léguas
andou”.
25. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
3. O espaço
3.1 espaço físico
ESPAÇOS PRIVILEGIADOS:
Lisboa: Terreiro do Paço, Ribeira, Rossio (Casa da Índia e Palácio do Corte Real),
S. Sebastião da Pedreira (a abegoaria), na quinta do Duque de Aveiro
Mafra: Alto da Vela, Ilha da Madeira, Monte Junto, Pêro Pinheiro, Torres Vedras.
Outros espaços:
Jerez de los Caballeros, Montemor, Évora, Elvas, Coimbra, Holanda, Áustria.
Lisboa - cidade que contém em si ricos e pobres
Alentejo - permite conhecer a miséria do povo
Mafra - deu trabalho a muita gente, mas, socialmente, destruiu famílias e criou
marginalização.
25
26. MEMORIAL DO CONVENTO
3. O espaço Categorias do texto narrativo
3.2 O espaço social (ambientes / atmosferas sociais)
A vida social no século XVIII – feitiçaria, escravatura, Inquisição, epidemias,
rituais da corte e da igreja, alquimia, festividades – grandes quadros da
sociedade cortesã e popular.
LISBOA
• Procissão da Quaresma
• Autos-de-fé
• A tourada
• Procissão do Corpo de Deus,
José Saramago
8/06/1719
MAFRA
• Recrutamento dos trabalhadores
para a construção do convento
• Início da construção
• Condições de vida e alojamento
• Condições laborais
• Momentos de lazer
• A sagração da basílica
A visão oficial da História exalta os poderosos, Saramago eleva o povo e os seus
mártires ao estatuto de verdadeiros fazedores da História.
26
27. MEMORIAL DO CONVENTO
José Saramago
3. O espaço
Categorias do texto narrativo
3.3 espaço psicológico
27
Vivências, experiências, filtradas pelas emoções,
reflexões, meditações.
• Blimunda procura Baltasar: errância caracterizada por profunda
angústia e amor
• Meditações do rei, espécie de monólogos interiores
• Sonhos da rainha com D. Francisco
28. MEMORIAL DO CONVENTO
José Saramago
4. As personagens (principais)
Categorias do texto narrativo
1. O grupo do poder
• D. Maria Ana Josefa
• D. João V
2. O grupo do contra-poder
• Padre Bartolomeu Lourenço de
Gusmão
• Domenico Scarlatti
• Baltasar Sete-Sóis
• Blimunda Sete-Luas
O povo: todos os anónimos que
construíram a História são representados
através daqueles a
quem o autor dá nome: Alcino, Brás,
Nicanor, etc.
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29. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
5. O narrador (as suas vozes/funções discursivas)
• sentencia, segue ou inventa provérbios
• dialoga com o narrador
• manipula as personagens
• apaga-se face às personagens
• ironiza / assume-se /compromete-se
• domina e autolimita-se face ao conhecimento da história
• profetiza
• descreve paisagens, situações, factos acontecidos (e a
acontecer)
Este narrador ultrapassa o habitual estatuto de narrador
omnisciente, próprio do romance histórico, ele conduz a narrativa a
seu bel-prazer, interessado , acima de tudo, em denunciar.
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30. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
José Saramago
5. O narrador – (as suas vozes/funções discursivas)
5.1 Intertextualidade com outras obras e outros autores, ultrapassando as barreiras
do tempo (referências ao Padre Ant.º Vieira e sua oratória, Pessoa e Mensagem,
Camões e Os Lusíadas .
5.2 Mudança de focalização do narrador para a de uma personagem
• para Sebastiana Maria de Jesus, no auto-de-fé;
• para o patriarca e para o rei, na procissão do Corpo de Deus;
• para Ludwig aquando do desejo do rei de construir uma igreja na corte, como a
de S. Pedro de Roma.
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31. MEMORIAL DO CONVENTO
Categorias do texto narrativo
5. O narrador – (as suas vozes/funções discursivas)
5.3 Mudança repentina do convencional discurso de terceira pessoa para o de
primeira pessoa, indiciando uma proximidade do narrador, por vezes afectiva, com
as personagens e acontecimentos, embora não seja personagem da diegese. (pp. 35,
273)
5.4 Permanente ansiedade do narrador pela contemporaneidade que conduz a
uma constante reflexão sobre a vida humana.
5.5 O conhecimento de histórias da tradição e do imaginário popular – o vulto do
homem na lua. (p. 253)
5.6 Os juízos pessoais, amargamente irónicos, mas também simpáticos. (pp. 88, 222)
José Saramago
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32. MEMORIAL DO CONVENTO
5. O narrador – (as suas vozes/funções discursivas)
Categorias do texto narrativo
5.7 Apartes que revelam cumplicidade com o leitor. (pp. 266, 289)
5.8 A partilha de referentes comuns ao narrador e ao leitor do século XX,
profundamente irónica:
• o nome de Saramago (p.97)
• a moda do bronzeado (p. 153)
• flores de Abril (156)
• o cinema como forma de lazer (p. 221)
• o parto sem dor (p. 234)
5.9 A actualização de conceitos, uma vez que o narrador tem consciência de
que o leitor não domina o universo do século XVIII. (p. 81)
5.10 A conversão de pesos e medidas aquando da apresentação da pedra da
varanda do convento. (p. 247)
32 José Saramago
33. MEMORIAL DO CONVENTO
A dimensão simbólica do romance
Ao longo do romance há vários elementos simbólicos que se conjugam com o universo
verídico e histórico.
1. A máquina voadora - constitui um símbolo da liberdade, mas igualmente de luz,
de guia.
2. Sete-Sóis – “baptismo” de Baltasar porque só pode ver à luz.
3. Sete-Luas – “baptismo de Blimunda, porque só vê no escuro, evidenciando os dotes
da clarividência.
4. Algarismo sete – totalidade completa e perfeita – é referenciado várias vezes ao
longo da obra.
5. Algarismo nove – “o nove parece ser a medida das gestações, das buscas
frutíferas e simboliza o coroamento dos esforços, o concluir de uma criação.”
33 José Saramago
34. MEMORIAL DO CONVENTO
A dimensão simbólica do romance
6. O convento – “o esforço mortífero”.
7. A figura feminina – no mundo dos pobres ela possui as virtudes de uma heroína
anónima, embora sem ser reconhecida.
8. O sonho – muitas personagens têm o seu espaço onírico, mas o sonho de voar
domina o romance.
9. A vontade - simboliza o querer humano sem o qual nada é possível concretizar.
10. A trindade – Bartolomeu, Baltasar e Blimunda é uma tríade indissociável,
harmoniosa e perfeita.
Para além deste elementos simbólicos, também as personagens assumem um valor
simbólico, mesmo as que pertencem à realidade histórica, o que atesta, sem dúvida, que o
Memorial do Convento é muito mais do que um simples romance histórico, permanecendo,
ao longo de todo a obra uma conjugação entre o real e o simbólico.
34 José Saramago
35. MEMORIAL DO CONVENTO
A dimensão simbólica do romance
O paralelismo simbólico dos episódios iniciais e finais
Auto-de-fé de Sebastiana
Maria de Jesus, mãe de
Blimunda
Primeiro encontro entre
Blimunda e Baltasar
- "Que nome é o seu, e o homem
disse, naturalmente, assim
reconhecendo o direito de esta
mulher lhe fazer perguntas".
Espaço – Rossio
- "O Rossio está cheio de
povo“
As últimas
páginas…
Blimunda "repetia um
itinerário de há vinte e
oito anos".
-O rio como imagem da
precariedade da vida.
- Blimunda está em
Lisboa pela sétima vez:
encerramento de um
ciclo de vida.
Auto-de-fé de Baltasar
Sete-Sóis
Último encontro de
Blimunda e Baltasar
- "Naquele extremo arde um
homem a quem falta a mão
Esquerda".
Espaço - Rossio
- "Meteu-se pela Rua Nova dos
Ferros, virou para a direita na
igreja de Nossa
Senhora de Oliveira, em Direcção
ao Rossio“
35 José Saramago
36. MEMORIAL DO CONVENTO
Ambiente soturno:
-"sobre o Rossio caem as
grandes sombras do convento
do Carmo;
- "e as pessoas voltarão às
suas casas, refeitas na fé,
levando agarrada à sola dos
sapatos alguma fuligem,
pegajosa poeiras de carnes
negras, sangue acaso ainda
viscoso se nas brasas não se
evaporou.“
A dimensão simbólica do romance
Ambiente soturno:
-"caminhava no meio de
fantasmas, de neblinas que
eram gente";
- "Entre os mil cheiros fétidos
da cidade, a aragem nocturna
trouxe-lhe o da carne
queimada".
36 José Saramago
37. MEMORIAL DO CONVENTO
A multidão reúne-se
- "O Rossio está cheio de
povo".
As condenações da
Inquisição:
- condenação da mãe de
Blimunda (ao degredo).
Ritual de morte
Blimunda comunica
enigmaticamente com a
Mãe
- "não fales, Blimunda, olha só
com esses olhos que tudo são
capazes de ver;
- "adeus Blimunda que não te
verei mais".
A dimensão simbólica do romance
Blimunda que, no primeiro
encontro com Baltasar,
prometera que nunca o veria
por dentro, usa os seus dons
nos momentos finais da vida
de Baltasar e vê uma nuvem
fechada que está no centro do
seu corpo - RECOLHE A SUA
VONTADE.
A multidão reúne-se
-"havia multidão em S.
Domingos“
As condenações da
Inquisição:
- condenação de António José
da Silva, "autor de comédias de
bonifrates";
-condenação de Baltasar Sete-
Sóis.
Blimunda comunica
enigmaticamente com
Baltasar
- "Então Blimunda disse, Vem.
Desprendeu-se a vontade de
Baltasar Sete-Sóis".
37 José Saramago
38. MEMORIAL DO CONVENTO
A dimensão simbólica do romance
Lisboa é o último (grande) espaço a ganhar
importância e a fechar o círculo iniciado no capítulo V,
verdadeiro incipit do romance (funcionando os
primeiros capítulos como amostras das peças de
encaixe do romance como construção). É num dia de
auto-de-fé que Blimunda (re)encontra Baltasar, agora
no lugar de condenado, a arder na fogueira, e acolhe a
sua vontade comungada com ela. Esta vontade
acolhida em si transforma o momento em espaço de
encontro e de partilha.
38 José Saramago
39. MEMORIAL DO CONVENTO
A visão crítica
1. Desde o início que Memorial do Convento se apresenta como uma crítica cheia de
ironia e sarcasmo à opulência do rei e de alguns nobres por oposição à extrema
pobreza do povo. “Esta cidade, mais que todas, é uma boca que mastiga de sobejo
para um lado e de escasso para o outro”; A tropa andava descalça e rota, roubava os
lavradores.
2. O adultério e a corrupção dos costumes são factores de sátira ao longo da obra.
Critica a mulher porque, entre duas igrejas, foi encontrar-se com um homem; critica
uns tantos maridos cucos e não perdoa aos frades que içam as mulheres para
dentro das celas e com elas se gozam; não escapam os nobres e o próprio rei, até
porque este considera que as freiras o recebem nas suas camas, nomeadamente a
madre Paula de Odivelas.
39 José Saramago
40. MEMORIAL DO CONVENTO
A visão crítica
3. Há uma constante denúncia da Inquisição e dos seus métodos e uma crítica às
pessoas que dançam em volta das fogueiras onde se queimaram os condenados.
4. A sátira estende-se a Mafra e à situação dos trabalhadores; à atitude do rei
em obrigar todo o homem válido a trabalhar no convento;
5. Não deixa de fora os príncipes, como D. Francisco, que se entretém a
espingardear os marinheiros ou quer seduzir a rainhas, sua cunhada, e tomar o
trono.
40 José Saramago
41. MEMORIAL DO CONVENTO
A linguagem e estilo
A escrita de Saramago caracteriza-se pela qualidade e pelo inédito, nomeadamente no
que diz respeito às alterações das normas relativas à expressão gráfica e pontuação.
Entre as características principais, podemos salientar:
1. no discurso directo, verifica-se a abolição do uso do travessão e dos dois pontos, a
substituição do ponto de interrogação e de outros sinais de pontuação pela vírgula, o
simples uso da maiúscula inicial das palavras marca a mudança de interlocutor;
2. a vírgula apresenta-se como o mais recorrente e importante sinal de pontuação :
separa as várias falas das personagens (dando-lhes um certo ritmo e marca
momentos de enumeração);
3. a coexistência de várias modalidades discursivas sem marcação gráfica (narração,
descrição, discurso directo, discurso indirecto, discurso indirecto livre, monólogo
interior e apartes) , tornando as frases longas e próximas da oralidade;
41 José Saramago
42. MEMORIAL DO CONVENTO
A linguagem e estilo
4. as invectivas e as interpelações directas ao leitor (narratário), criando um estilo
próximo da oratória barroca e uma maior cumplicidade entre narrador/narratário;
5. o uso predominante do presente do indicativo, apoiando a perspectiva
tridimensional do tempo (narrador movimenta-se entre o passado, o presente e o
futuro);
6. o uso do polissíndeto;
7. o uso da enumeração de cariz popular – “ele é os ourives…, ele é os fundidores… ,
ele é os escultores…”;
8. o aproveitamento de aforismos e provérbios;
9. o uso do trocadilho;
10. o uso da ironia;
42 José Saramago
43. MEMORIAL DO CONVENTO
A linguagem e estilo
11. o uso da metáfora sugestiva (o transporte da pedra é visto como um jogo de
lançar papagaios);
12. o jogo de expressões antinómicas;
13. o uso de uma linguagem barroca, caracterizada pelo detalhe excessivo
(apresentação do noivado da infanta Maria Bárbara e do noivado do infante José;
referências à estrutura do sermão…);
14. a apropriação / interpretação subjectiva do discurso evangélico (“Pater noster que
non estis in coelis”…);
15. a criação de neologismos;
16. o uso de termos anacrónicos;
17. a intertextualidade frequente, sobretudo com Os Lusíadas de Luís de Camões.
…
43 José Saramago
44. MEMORIAL DO CONVENTO
Subversão (transgressão) no romance
Memorial do Convento pode ser considerado um romance transgressor quer na
construção da própria narrativa (relações entre personagens, estatuto do narrador),
quer no domínio da escrita.
Os elementos que podemos apontar como transgressores são:
1. especificidade do amor de Blimunda e Baltasar, vivido à margem das regras
socialmente aceites: não são casados, uniram-se pelo ritual do sangue e da colher,
vivem uma relação de igualdade, num estado de perfeição que não é deste mundo;
2. Padre Bartolomeu desafia o poder da Igreja, seguindo o seu sonho e acreditando
na ciência;
3. Passarola que voa, que ousa sair do domínio dos homens e entrar no domínio de
Deus, subvertendo as leis do universo;
4.Conjugação inusitada de saberes: o saber científico associado ao trabalho artesanal
e à magia;
44 José Saramago
45. MEMORIAL DO CONVENTO
Subversão (transgressão) no romance
5. O estatuto do narrador: acompanha a acção, comentando e criticando,
estabelecendo uma interacção permanente entre passado, presente e futuro
(presença do anacronismo);
6. Concepção das personagens: as tradicionais figuras históricas, como o rei D.
João V e a rainha, assumem uma feição caricatural; as personagens Baltasar e
Blimunda assumem, contra as expectativas iniciais, o estatuto de protagonistas da
narrativa;
7. A escrita literária: supressão das marcas gráficas do discurso directo (diálogos),
multiplicação das vírgulas que substituem os pontos finais, criando uma leitura
contínua; o uso das maiúsculas no meio da frase para introduzir as falas das
personagens.
…
45 José Saramago
46. MEMORIAL DO CONVENTO
Subversão (transgressão) no romance
Para finalizar…
A subversão conhece o seu grau mais elevado no tratamento das grandes
figuras históricas. Ao contrário do que acontece no romance histórico de
Scott e Tolstoi onde Maria Stuart, Luís XI ou Kutusov são figuras
inesquecíveis de recorte pessoal epocal, pessoal e humano, em
Saramago as figuras históricas perdem a sua grandeza histórica e são
pintadas com as cores da caricatura. São exemplos máximos o rei e a
rainha, meros instrumentos da necessidade nacional em produzir um
herdeiro.
Luís Francisco Rebelo, Memorial do Convento, José Saramago,
25 anos da 1ª edição: a recepção da crítica na época, Lisboa, Caminho
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