SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
A EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA NA
LOMBALGIA: UM RELATO DE CASO
L U I Z M AT H E U S D A C O S TA E VA N G E L I S TA
O R I E N TA D O R A : M S . É V E L I N A N G É L I C A H . M O R A I S
C O O R I E N TA D O R A : T H A I A N E P E R E I R A V I D A L
INTRODUÇÃO
✓ A Atenção Primária à Saúde (APS) → promoção, prevenção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação da saúde, em âmbito individual e coletivo, que tem
como objetivo o desenvolvimento de uma atenção integral à saúde das
coletividades (BRASIL, 2014).
✓ A dor lombar é definida pela dor, rigidez ou tensão muscular localizada
tipicamente entre a margem da costela inferior e a nádega, com ou sem
irradiar para o nervo ciático (CHEN et al., 2021).
✓ A auriculoterapia, técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC),
segue os princípios da acupuntura chinesa (DANTAS, 2020).
INTRODUÇÃO
✓Outros profissionais da área da saúde podem realizar a prática:
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, PEF.
✓Dificuldades encontradas: baixa adesão a especializações na área e a
deficiência do ensino; escassez de evidências científicas e falta de
apoio da gestão local.
✓Necessidade de documentar as pesquisas na área para consolidação
da prática.
OBJETIVO
Demonstrar por meio de um relato de caso os benefícios
da auriculoterapia no tratamento da lombalgia.
REFERENCIAL TEÓRICO
✓ ATENÇÃO PRIMÁRIA
Principal porta de entrada do sistema, ofertando ações de saúde em
âmbito individual e coletivo, organiza o processo de trabalho de
equipes multiprofissionais e ordena o funcionamento da rede
(LAVRAS, 2011).
✓ PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICs)
As PICs são tecnologias que abordam a saúde do ser humano na sua
dimensionalidade física, mental, psíquica, emocional e espiritual
(BARBOSA et al., 2020).
REFERENCIAL TEÓRICO
✓ MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E AURICULOTERAPIA
Há milhares de anos foi desenvolvido no Oriente um sistema filosófico, relacionando
uma energia com todas as coisas, especialmente os seres vivos, conhecida como Qi
(SILVA, 1997).
Na MTC, o ouvido está conectado com os 12 meridianos, e estimular os pontos pode
restaurar o equilíbrio entre o Qi e o sangue (HOU et al., 2015).
✓ DOR CRÔNICA E LOMBALGIA
Dor crônica é “a dor que persiste além do tempo normal de cicatrização’ geralmente
considerado de 3 meses (MILLS et al., 2019).
Lombalgia é definido pelo local da dor, tipicamente entre as margens das costelas
inferiores e as nádegas (HARTVIGSEN et al., 2018).
REFERENCIAL TEÓRICO
✓ TRATAMENTOS DA LOMBALGIA
Tratamento medicamentoso → os anti-inflamatórios não esteroidais
(AINES), são frequentemente a primeira linha de tratamento para a
lombalgia (BRIAN et al., 2012).
A fisioterapia é muitas vezes recomendada em casos de lombalgias
crônicas (BRIAN et al., 2012).
Podem ser feitas infiltrações discopatias, infiltração de pontos
dolorosos, infiltração perifacetária (BRASIL et al., 2014).
MÉTODO
✓ Relato de caso;
✓ Unidade de Saúde da Família (USF) Edson Quintino Mendes/ Itamaracá;
✓ Duração de 4 semanas, sendo realizadas uma sessão por semana;
✓ Os pontos utilizados no tratamento foram: Shen Men, lombar, ciático,
subcórtex, coração e rim;
✓ Foram utilizadas sementes de mostarda e micropore para a aplicação,
disponibilizados pela Coordenação da Residência.
✓ A Escala Visual Analógica (EVA) foi utilizada como um instrumento para
mensurar o nível de dor.
RELATO DE CASO
✓ Paciente sexo masculino, 58 anos, pescador, com queixa de dor lombar com período
maior que 3 meses.
✓ Primeira consulta (e sessão) → foi explicado sobre as PICs e auriculoterapia,
apresentando interesse. Queixa de dor lombar com irradiação para MMII,
classificando-a em nível 8 (intensa).
✓ Segunda sessão → apresenta melhora do quadro álgico, porém o micropore não
ficou fixado os 5 dias estabelecidos.
✓ Terceira sessão → melhora do quadro de dor, conseguindo permanecer os 5 dias com
o micropore.
✓ Quarta e última sessão→ novo relato de melhora no quadro de dor, porém sem
melhora no quadro de funcionalidade.
DISCUSSÃO
Os pacientes com dor lombar são caracterizados em três grupos: 1) associado a
uma doença subjacente específica; 2) com presença de componente
neuropático; 3) inespecífica (ALMEIDA; KRAYCHETE, 2017).
Literatura anterior apontou uma redução da dor lombar no uso isolado da
auriculoterapia (MEDEIROS, 2021; USHINOHAMA et al., 2016).
Estudo norte-americano mostrou que 70% dos participantes relataram melhora
após 4 semanas de tratamento com auriculoterapia (YEH et al., 2013).
Diminuição de 66,66% do nível de incapacidade da avaliação final, quando
comparada com a inicial, utilizando o QIRM (MOURA et al., 2018).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A técnica parece ser eficaz no quadro de dores crônicas, principalmente da
lombalgia, que é uma das principais causas de procura por atendimento em
unidades de saúde. Porém, dependendo dos casos, é necessário complementar
com outras formas de tratamento.
É importante que esta prática seja mais disseminada entre os profissionais da
saúde, principalmente aqueles inseridos na APS, estejam cientes de uma técnica
que pode ser usada como aliada para o tratamento de diversas condições que
aparecem nas unidades, sejam elas psíquicas ou físicas.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio a Saúde da Família – volume 1: ferramentas para a gestão e para o trabalho
cotidiano; 2014.
CHEN, Sheng et al. Global, regional and national burden of low back pain 1990–2019: A systematic analysis of the Global Burden of Disease
study 2019. Journal of orthopaedic translation, v. 32, p. 49-58, 2022.
SILVA-NUNES, Mônica; DANTAS, Thais Caroline Batista; DIB, Gustavo Gomes. O ensino de auriculoterapia para estudantes de medicina da
Universidade Federal do Acre. Communitas, v. 4, n. 8, p. 285-293, 2020.
LAVRAS, Carmen. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde e Sociedade, v. 20, p. 867-
874, 2011.
BARBOSA, Fernanda Elizabeth Sena et al. Oferta de práticas integrativas e complementares em saúde na estratégia saúde da família no
Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00208818, 2019.
Hou, Pu-Wei et al. “The History, Mechanism, and Clinical Application of Auricular Therapy in Traditional Chinese Medicine.” Evidence-based
complementary and alternative medicine: eCAM vol. 2015 (2015): 495684. doi:10.1155/2015/495684
SILVA, Alexander Raspa. Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa. 1997.
MILLS, Sarah et al. Chronic pain: a review of its epidemiology and associated factors in population-based studies. British journal of anaesthesia,
v. 123, n. 2, p. e273-e283, 2019.
MOURA, Caroline de Castro et al. Ação da auriculoacupuntura em pessoas com dor crônica na coluna vertebral: ensaio clínico randomizado.
Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 26, 2018.
HARTVIGSEN, Jan et al. What low back pain is and why we need to pay attention. The Lancet, v. 391, n. 10137, p. 2356-2367, 2018.
CASAZZA, Brian A. Diagnosis and treatment of acute low back pain. American family physician, v. 85, n. 4, p. 343-350, 2012.
OBRIGADO
Meus contatos:
(67)98454-8294
lmatheusevangelista@gmail.com
USF Itamaracá

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Luiz-Matheuss-da-Costaa-Evangeelista.pdf

Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus um e...
Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus   um e...Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus   um e...
Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus um e...AbenaNacional
 
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. Fisioterapia
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. FisioterapiaMassagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. Fisioterapia
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. FisioterapiaCarol Razo
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgiaPlugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgiaDra. Welker Fisioterapeuta
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)Dra. Welker Fisioterapeuta
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)Dra. Welker Fisioterapeuta
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)Dra. Welker Fisioterapeuta
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)Dra. Welker Fisioterapeuta
 
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdf
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdfCUIDADOS-PALIATIVOS.pdf
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdfcspmgenf
 
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdf
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdfcuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdf
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdfRodrigo Lima
 
fneur-14-1193752-1.pdf
fneur-14-1193752-1.pdffneur-14-1193752-1.pdf
fneur-14-1193752-1.pdfmirageiro
 
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esf
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esfO sus e a introdução da prática de atividades físicas na esf
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esfjorge luiz dos santos de souza
 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTO
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTOEVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTO
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTOAbenaNacional
 
Atividade fisica ecancer de mama 2019
Atividade fisica ecancer de mama 2019Atividade fisica ecancer de mama 2019
Atividade fisica ecancer de mama 2019Maita Araujo
 
Acu coreana cervical
Acu coreana cervicalAcu coreana cervical
Acu coreana cervicalJose Vertiz
 

Semelhante a Luiz-Matheuss-da-Costaa-Evangeelista.pdf (20)

Aula CINDOR acupuntura lombalgia marcus yu bin pai
Aula CINDOR acupuntura lombalgia marcus yu bin paiAula CINDOR acupuntura lombalgia marcus yu bin pai
Aula CINDOR acupuntura lombalgia marcus yu bin pai
 
Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus um e...
Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus   um e...Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus   um e...
Práticas integrativas e complementares com ênfase em acupuntura no sus um e...
 
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. Fisioterapia
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. FisioterapiaMassagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. Fisioterapia
Massagem. A eficácia da massagem no alívio da dor. Fisioterapia
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgiaPlugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(3)
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(5)
 
Pilates na Lombalgia - revisão
Pilates na Lombalgia - revisãoPilates na Lombalgia - revisão
Pilates na Lombalgia - revisão
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(4)
 
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)
Plugin revis%e3o%20de%20 pilates%20na%20lombalgia(1)
 
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdf
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdfCUIDADOS-PALIATIVOS.pdf
CUIDADOS-PALIATIVOS.pdf
 
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdf
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdfcuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdf
cuidados-paliativos-231018100036-5c002a7e.pdf
 
Reabilitaçao para dor crônica
Reabilitaçao para dor crônicaReabilitaçao para dor crônica
Reabilitaçao para dor crônica
 
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDEA IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
 
fneur-14-1193752-1.pdf
fneur-14-1193752-1.pdffneur-14-1193752-1.pdf
fneur-14-1193752-1.pdf
 
Qualidade de Vida e Práticas Integrativas em Saúde
Qualidade de Vida e Práticas Integrativas em SaúdeQualidade de Vida e Práticas Integrativas em Saúde
Qualidade de Vida e Práticas Integrativas em Saúde
 
Artigo de dor
Artigo de dorArtigo de dor
Artigo de dor
 
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esf
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esfO sus e a introdução da prática de atividades físicas na esf
O sus e a introdução da prática de atividades físicas na esf
 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTO
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTOEVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTO
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA ACUPUNTURA NO TRABALHO DE PARTO
 
Atividade fisica ecancer de mama 2019
Atividade fisica ecancer de mama 2019Atividade fisica ecancer de mama 2019
Atividade fisica ecancer de mama 2019
 
Acu coreana cervical
Acu coreana cervicalAcu coreana cervical
Acu coreana cervical
 

Último

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdfRELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdfHELLEN CRISTINA
 
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion  ais.pdfrelatorio ciencias morfofuncion  ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdfHELLEN CRISTINA
 
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdfCrianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdfivana Sobrenome
 
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino FelisbertoAltas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisbertoadelinofelisberto3
 
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUSHomens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUSProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................paulo222341
 
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdfrelatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdfHELLEN CRISTINA
 

Último (7)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdfRELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
 
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion  ais.pdfrelatorio ciencias morfofuncion  ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
 
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdfCrianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
 
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino FelisbertoAltas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
 
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUSHomens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
 
Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................
 
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdfrelatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
 

Luiz-Matheuss-da-Costaa-Evangeelista.pdf

  • 1. A EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA NA LOMBALGIA: UM RELATO DE CASO L U I Z M AT H E U S D A C O S TA E VA N G E L I S TA O R I E N TA D O R A : M S . É V E L I N A N G É L I C A H . M O R A I S C O O R I E N TA D O R A : T H A I A N E P E R E I R A V I D A L
  • 2. INTRODUÇÃO ✓ A Atenção Primária à Saúde (APS) → promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde, em âmbito individual e coletivo, que tem como objetivo o desenvolvimento de uma atenção integral à saúde das coletividades (BRASIL, 2014). ✓ A dor lombar é definida pela dor, rigidez ou tensão muscular localizada tipicamente entre a margem da costela inferior e a nádega, com ou sem irradiar para o nervo ciático (CHEN et al., 2021). ✓ A auriculoterapia, técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), segue os princípios da acupuntura chinesa (DANTAS, 2020).
  • 3. INTRODUÇÃO ✓Outros profissionais da área da saúde podem realizar a prática: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, PEF. ✓Dificuldades encontradas: baixa adesão a especializações na área e a deficiência do ensino; escassez de evidências científicas e falta de apoio da gestão local. ✓Necessidade de documentar as pesquisas na área para consolidação da prática.
  • 4. OBJETIVO Demonstrar por meio de um relato de caso os benefícios da auriculoterapia no tratamento da lombalgia.
  • 5. REFERENCIAL TEÓRICO ✓ ATENÇÃO PRIMÁRIA Principal porta de entrada do sistema, ofertando ações de saúde em âmbito individual e coletivo, organiza o processo de trabalho de equipes multiprofissionais e ordena o funcionamento da rede (LAVRAS, 2011). ✓ PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICs) As PICs são tecnologias que abordam a saúde do ser humano na sua dimensionalidade física, mental, psíquica, emocional e espiritual (BARBOSA et al., 2020).
  • 6. REFERENCIAL TEÓRICO ✓ MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E AURICULOTERAPIA Há milhares de anos foi desenvolvido no Oriente um sistema filosófico, relacionando uma energia com todas as coisas, especialmente os seres vivos, conhecida como Qi (SILVA, 1997). Na MTC, o ouvido está conectado com os 12 meridianos, e estimular os pontos pode restaurar o equilíbrio entre o Qi e o sangue (HOU et al., 2015). ✓ DOR CRÔNICA E LOMBALGIA Dor crônica é “a dor que persiste além do tempo normal de cicatrização’ geralmente considerado de 3 meses (MILLS et al., 2019). Lombalgia é definido pelo local da dor, tipicamente entre as margens das costelas inferiores e as nádegas (HARTVIGSEN et al., 2018).
  • 7. REFERENCIAL TEÓRICO ✓ TRATAMENTOS DA LOMBALGIA Tratamento medicamentoso → os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), são frequentemente a primeira linha de tratamento para a lombalgia (BRIAN et al., 2012). A fisioterapia é muitas vezes recomendada em casos de lombalgias crônicas (BRIAN et al., 2012). Podem ser feitas infiltrações discopatias, infiltração de pontos dolorosos, infiltração perifacetária (BRASIL et al., 2014).
  • 8. MÉTODO ✓ Relato de caso; ✓ Unidade de Saúde da Família (USF) Edson Quintino Mendes/ Itamaracá; ✓ Duração de 4 semanas, sendo realizadas uma sessão por semana; ✓ Os pontos utilizados no tratamento foram: Shen Men, lombar, ciático, subcórtex, coração e rim; ✓ Foram utilizadas sementes de mostarda e micropore para a aplicação, disponibilizados pela Coordenação da Residência. ✓ A Escala Visual Analógica (EVA) foi utilizada como um instrumento para mensurar o nível de dor.
  • 9. RELATO DE CASO ✓ Paciente sexo masculino, 58 anos, pescador, com queixa de dor lombar com período maior que 3 meses. ✓ Primeira consulta (e sessão) → foi explicado sobre as PICs e auriculoterapia, apresentando interesse. Queixa de dor lombar com irradiação para MMII, classificando-a em nível 8 (intensa). ✓ Segunda sessão → apresenta melhora do quadro álgico, porém o micropore não ficou fixado os 5 dias estabelecidos. ✓ Terceira sessão → melhora do quadro de dor, conseguindo permanecer os 5 dias com o micropore. ✓ Quarta e última sessão→ novo relato de melhora no quadro de dor, porém sem melhora no quadro de funcionalidade.
  • 10. DISCUSSÃO Os pacientes com dor lombar são caracterizados em três grupos: 1) associado a uma doença subjacente específica; 2) com presença de componente neuropático; 3) inespecífica (ALMEIDA; KRAYCHETE, 2017). Literatura anterior apontou uma redução da dor lombar no uso isolado da auriculoterapia (MEDEIROS, 2021; USHINOHAMA et al., 2016). Estudo norte-americano mostrou que 70% dos participantes relataram melhora após 4 semanas de tratamento com auriculoterapia (YEH et al., 2013). Diminuição de 66,66% do nível de incapacidade da avaliação final, quando comparada com a inicial, utilizando o QIRM (MOURA et al., 2018).
  • 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS A técnica parece ser eficaz no quadro de dores crônicas, principalmente da lombalgia, que é uma das principais causas de procura por atendimento em unidades de saúde. Porém, dependendo dos casos, é necessário complementar com outras formas de tratamento. É importante que esta prática seja mais disseminada entre os profissionais da saúde, principalmente aqueles inseridos na APS, estejam cientes de uma técnica que pode ser usada como aliada para o tratamento de diversas condições que aparecem nas unidades, sejam elas psíquicas ou físicas.
  • 12. REFERÊNCIAS BRASIL, Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio a Saúde da Família – volume 1: ferramentas para a gestão e para o trabalho cotidiano; 2014. CHEN, Sheng et al. Global, regional and national burden of low back pain 1990–2019: A systematic analysis of the Global Burden of Disease study 2019. Journal of orthopaedic translation, v. 32, p. 49-58, 2022. SILVA-NUNES, Mônica; DANTAS, Thais Caroline Batista; DIB, Gustavo Gomes. O ensino de auriculoterapia para estudantes de medicina da Universidade Federal do Acre. Communitas, v. 4, n. 8, p. 285-293, 2020. LAVRAS, Carmen. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde e Sociedade, v. 20, p. 867- 874, 2011. BARBOSA, Fernanda Elizabeth Sena et al. Oferta de práticas integrativas e complementares em saúde na estratégia saúde da família no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00208818, 2019. Hou, Pu-Wei et al. “The History, Mechanism, and Clinical Application of Auricular Therapy in Traditional Chinese Medicine.” Evidence-based complementary and alternative medicine: eCAM vol. 2015 (2015): 495684. doi:10.1155/2015/495684 SILVA, Alexander Raspa. Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa. 1997. MILLS, Sarah et al. Chronic pain: a review of its epidemiology and associated factors in population-based studies. British journal of anaesthesia, v. 123, n. 2, p. e273-e283, 2019. MOURA, Caroline de Castro et al. Ação da auriculoacupuntura em pessoas com dor crônica na coluna vertebral: ensaio clínico randomizado. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 26, 2018. HARTVIGSEN, Jan et al. What low back pain is and why we need to pay attention. The Lancet, v. 391, n. 10137, p. 2356-2367, 2018. CASAZZA, Brian A. Diagnosis and treatment of acute low back pain. American family physician, v. 85, n. 4, p. 343-350, 2012.