O documento discute lubrificação, descrevendo que qualquer fluido pode funcionar como lubrificante e que o petróleo é amplamente usado como matéria-prima para lubrificantes. O refino do petróleo produz óleos básicos usados em combinação com aditivos para formar lubrificantes. Lubrificantes reduzem o atrito e desgaste entre superfícies em movimento.
2. LUBRIFICAÇÃO
Qualquer fluido pode funcionar como um
lubrificante, ao menos teoricamente.
Além disso, alguns sólidos podem atuar
como redutores de atrito, ou seja, lubrificar.
3. INTRODUÇÃO
Embora nem todas as substâncias
usadas como lubrificantes sejam,
necessariamente, produtos
derivados do petróleo, seu
emprego como matéria prima é
majoritário nos dias de hoje, sendo
praticamente impossível não se
falar de petróleo quando se trata
de lubrificação.
4. PETRÓLEO
Mistura complexa de hidrocarbonetos;
Vem do latim “petrus” e “oleum”;
Tem sua origem a partir da matéria orgânica
que passa por processos físicos e químicos
que o transformam;
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6. HISTÓRICO
Noé usou o betume (ou piche) que saia do
chão para “calafetar” a arca por dentro e por
fora.
O petróleo era utilizado pelos romanos para
iluminação;
Desde então, a única aplicação básica para
ele era iluminação;
A perfuração do primeiro poço de petróleo é
delegada a Edwin L. Drake, que perfurou um
poço de 21m em 1859.
7. HISTÓRICO
As primeiras concessões para
prospecção e lavra de petróleo no Brasil
foram outorgadas entre 1864 e 1896;
A Petrobrás é criada em 1953;
8. COMPOSIÇÃO
Dependendo do tipo de
hidrocarbonetos predominantes
em sua composição o petróleo
pode ser classificado:
Base Parafínica
Base Naftênica
Base Aromática
9. REFINO
O crude oil é a matéria-prima para
óleos combustíveis e lubrificantes;
A combinação de tratamentos
executados no petróleo para
obtenção de produtos é chamado
refino, feito em uma refinaria.
13. REFINO
Na produção de lubrificantes o petróleo
é submetido inicialmente ao
topeamento (topping) que vem a ser a
remoção, por destilação, das frações
mais leves. A seguir é feita a destilação
a vácuo separando-se as diversas
frações.
A fração de óleos lubrificantes é
submetida a tratamentos subsequentes
e acertado suas características.
14. REFINO
Os principais processos de refino para preparação
de lubrificantes são:
Extração de aromático á solvente – visa a
elevação do Índice de Viscosidade e melhoria da
estabilidade a oxidação;
Desparafinação com solvente – redução do ponto
de fluidez, melhorando as características de
escoamento a baixas temperaturas;
Hidrotratamento – remoção de impurezas,
melhorando a estabilidade a oxidação e
clareamento do produto final.
16. BASE LUBRIFICANTE
São os principais constituintes dos lubrificantes;
As bases são combinadas aos aditivos para
conferir ao lubrificante as características físico-
químicas necessárias para um bom uso.
Elas são essencialmente obtidas do refino do
crude oil, os chamados óleos básicos minerais e
da síntese de compostos puros chamados de
bases sintéticas.
Há ainda as bases naturais que são de origem
animal ou vegetal.
17. BASES MINERAIS
São as mais comuns para emprego em
lubrificação;
Os óleos minerais são obtidos do
petróleo e, consequentemente, suas
propriedades relacionam-se á natureza
do óleo cru que lhes deu origem e do
processo de refino empregado;
Consistem basicamente de
hidrocarbonetos naftênicos e
parafínicos
18. BASES MINERAIS
Características Parafínicos Naftênicos
Ponto de fluidez Alto Baixo
Índice de
Viscosidade
Alto Baixo
Resistência a
Oxidação
Grande Pequena
Oleosidade Pequena Grande
Résíduo de
Carbono
Grande Pequeno
Emulsibilidade Pequena Grande
19. BASES SINTÉTICAS
Surgiram com as necessidades cada vez
mais específicas da sociedade;
Possuem uma série de compostos
complexos em sua composição e tem
uma série de aplicações bem
específicas;
São assim chamadas porque são
preparadas em laboratório por diversos
processos de sínstese, não tendo o
petróleo como matéria prima.
20. BASES SINTÉTICAS
PRINCIPAIS BASES SINTÉTICAS USOS
Oligômeros de Olefinas Lubrificantes automotivos em
geral
Ésteres de ácidos dibásicos Lubrificantes de motores a jato,
óleos hidráulicos especiais e
óleos para instrumentos
delicados.
Ésteres de Organofosfatos Aditivos de média-extrema
pressão e como agentes
antiespumantes
Ésteres de Silicatos Fluidos de transferência de calor,
fluidos hidráulicos de altas
temperaturas e constituintes de
graxas especiais
21. BASES SINTÉTICAS
PRINCIPAIS BASES SINTÉTICAS USOS
Silicones Aplicações que requerem a
mínima variação possível de
viscosidade com a temperatura.
Componentes de Ésteres de Poliol Lubrificantes para turbinas a jato
Polibutenos Espessantes e matéria prima para
aditivos. Também são usados para
laminação de metais, cabos de
aço, engrenagens, etc;
Poliglicóis Óleos para compressores ,fluidos
de freio e para usinagem
Alquilados Aromáticos Base sintetica para lubrificantes
automotivos e industriais
22. BASES NÃO-
CONVENCIONAIS
Óleos obtidos por processos de refino
especiais de derivados de petróleo ou
pela utilização de síntese a partir do gás
natural.
Tem como principal característica um
altíssimo índice de viscosidade, além de
possuir excelente estabilidade á
oxidação e ser livre de compostos
aromáticos e impurezas.
23. BASES NATURAIS
Utilizam o óleo vegetal (oriundo
de sementes e plantas diversas)
ou óleo animal (oriundo de
tripas, peles, órgãos, etc. de
animais diversos) como base
para fabricação de
lubrificantes.
24. ATRITO
A principal função de um lubrificante é a
formação de uma película que impede o
contato direto entre duas superfícies que se
movem relativamente entre sí.
25. ATRITO
O atrito é uma designação genérica da
resistência que se opõe ao movimento.
Esta resistência é medida por uma força
denominada força de atrito.
Encontramos o atrito em qualquer tipo
de movimento entre sólidos, líquidos ou
gases. No caso de movimento entre
sólidos, o atrito pode ser definido como
a resistência que se manifesta ao
movimentar-se um corpo sobre outro.
27. ATRITO
O atrito causa diversos problemas,
tais como:
Desgaste dos elementos de máquina
Ruído e vibração
Aumento de temperatura (perda de
energia)
Perda de movimento
31. ATRITO DE
DESLIZAMENTO
As leis que regem o atrito de
deslizamento são as seguintes:
1ª Lei
O atrito é diretamente proporcional à
carga aplicada. Portanto, o coeficiente
de atrito se mantém constante e,
aumentando-se a carga, a força de
atrito aumenta na mesma proporção.
Fs = μ x P
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33. ATRITO DE
DESLIZAMENTO
2ª Lei
O atrito, bem como o coeficiente
de atrito, independem da área de
contato aparente entre superfícies
em movimento.
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35. ATRITO DE
DESLIZAMENTO
3ª Lei
O atrito cinético (corpos em
movimento) é menor do que o
atrito estático (corpos sem
movimento), devido ao coeficiente
de atrito cinético ser inferior ao
estático.
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37. ATRITO DE
DESLIZAMENTO
4ª Lei
O atrito diminui com a
lubrificação e o polimento das
superfícies, pois reduzem o
coeficiente de atrito
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39. ATRITO DE
ROLAMENTO
No atrito de rolamento, a resistência é
devida sobretudo às deformações. As
superfícies elásticas (que sofrem
deformações temporárias) oferecem
menor resistência ao rolamento do que
as superfícies plásticas (que sofrem
deformações permanentes). Em alguns
casos, o atrito de rolamento aumenta
devido à deformação da roda (por
exemplo, pneus com baixa pressão).
44. RUGOSIDADES
Exames acurados do contorno de superfícies
sólidas, feitas no microscópio eletrônico e
por outros métodos de precisão, mostraram
que é quase impossível, mesmo com os mais
modernos processos de espelhamento,
produzir uma superfície verdadeiramente lisa
ou plana.
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52. DESGATE
Muito embora o objetivo imediato do
lubrificante seja reduzir o atrito, pode-se
considerar que sua finalidade última seja
diminuir o desgaste
53. DESGASTE
Todos os corpos sofrem desgaste;
O conhecimento dos diversos tipos
de desgastes é importante para
averiguar suas origens e procurar a
melhor forma de evitá-los.
Os principais tipos de desgaste são:
54. Tipos de desgaste
Abrasão – Causado por partículas sólidas contidas no
espaço de atrito
Desalojamento – Remoção de um ponto e sua
deposição em outro
Corrosão – Proveniente de contaminantes sólidos
Endentação – Consequência da penetração de
corpo estranho duro
Fricção – Endentações polidas provenientes de
corrosão por vibração
Erosão – Endentações causadas pela repetição de
choques com pesadas sobrecargas
Fragmentação – Produzida por instalação defeituosa
Esfoliação ou Escamação – Submeter o metal a
esforços repetitivo além de sua capacidade limite
55. Tipos de Desgaste
Estriamento – Passagem contínua de fracas correntes
elétricas
Cavitação – Colapso de bolhas em um fluido
Leis do Desgaste
1 – A quantidade de desgaste é diretamente
proporcional a carga
2 – A quantidade de desgaste é diretamente
proporcional a distância deslizante
3 – A quantidade de desgaste é inversamente
proporcional a dureza da superfície.