1) O documento discute a importância da logística reversa para reduzir custos e agregar valor às empresas, considerando todo o ciclo de vida do produto, incluindo sua devolução e reentrada na cadeia de suprimentos.
2) A legislação ambiental tem exigido que as empresas se responsabilizem pelo descarte de produtos, tornando a logística reversa essencial. Gerenciando adequadamente os fluxos reversos, as empresas podem criar diferenciais competitivos.
3) O valor de produtos devolvidos de
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) regulamenta a logística reversa no Brasil, que visa a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos através da coleta e destinação adequada dos resíduos. A lei define logística reversa como um conjunto de ações para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos às empresas para reaproveitamento. Acordos setoriais entre o poder público e empresas são um instrumento importante para a implantação da logística reversa.
Este documento fornece um resumo sobre sistemas de logística reversa. Ele discute conceitos-chave como logística reversa, entropia positiva e negativa, e canais de distribuição reversos. O documento também lista sugestões de leitura adicionais e apresenta o conteúdo a ser coberto, incluindo fundamentos de logística reversa, logística reversa como vantagem competitiva, e planejamento operacional de logística reversa.
Este livro aborda a logística reversa, suas principais vantagens e dificuldades, o impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos para os atores envolvidos na geração dos resíduos, seu planejamento e mensuração e também fornece detalhes de processos de logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos, dentre eles: eletrodomésticos, eletrônicos, pilhas e baterias e lâmpadas. Além disso, no último capítulo são apresentados dois estudos de caso, envolvendo resíduos da indústria automobilística e da indústria madeireira, que visam ilustrar os conceitos apresentados.
O livro está disponível no site: http://www.clubedeautores.com.br/book/44969--Logistica_Reversa
1) O documento discute os conceitos e práticas da logística reversa, que envolve o gerenciamento do fluxo de materiais do ponto de consumo de volta ao ponto de origem.
2) A logística reversa é comum em indústrias como bebidas, siderurgia e alumínio e tem crescido em eletrônicos, varejo e automotiva.
3) Fatores como questões ambientais, diferenciação no serviço e redução de custos têm estimulado o desenvolvimento da logística reversa.
1) O documento discute logística verde como ferramenta estratégica na tomada de decisão, analisando variáveis como eficiência energética, emissão de gases e controle da poluição no transporte rodoviário.
2) A análise mostrou que o uso de logística verde no transporte rodoviário pode melhorar a relação com o público em 70%, retorno financeiro de investimentos em 60% e reduzir gastos com combustível e riscos de transporte em 60% e 50% respectivamente.
3) A logística verde
O documento discute logística reversa e reciclagem no Brasil. Aborda os motivos e objetivos da logística reversa, como preocupação ambiental e diferencial competitivo. Detalha os processos de reciclagem de diferentes materiais no país, como papel, plástico, vidro e metais, e os desafios enfrentados pelas empresas. Aponta que o Brasil mantém bom desempenho na reciclagem de latas, embalagens PET e plástico comparado a nações europeias.
Sistemas de Logística Reversa como instrumentos para sustentabilidadeJocelenilton Gomes
Análise dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos(PNRS) e dos instrumentos de logística reversa como propulsores da sustentabilidade (desenvolvimento sustentável).
O documento apresenta uma ementa sobre o curso de Logística Ambiental e Reversa, abordando tópicos como fundamentos da logística reversa, logística reversa como vantagem competitiva, logística reversa versus entropia, canais de distribuição reversos, logística reversa de pós-consumo e pós-venda, logística reversa de resíduos industriais, aspectos legais da logística reversa segundo a PNRS, análise do ciclo de vida do produto e a logíst
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) regulamenta a logística reversa no Brasil, que visa a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos através da coleta e destinação adequada dos resíduos. A lei define logística reversa como um conjunto de ações para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos às empresas para reaproveitamento. Acordos setoriais entre o poder público e empresas são um instrumento importante para a implantação da logística reversa.
Este documento fornece um resumo sobre sistemas de logística reversa. Ele discute conceitos-chave como logística reversa, entropia positiva e negativa, e canais de distribuição reversos. O documento também lista sugestões de leitura adicionais e apresenta o conteúdo a ser coberto, incluindo fundamentos de logística reversa, logística reversa como vantagem competitiva, e planejamento operacional de logística reversa.
Este livro aborda a logística reversa, suas principais vantagens e dificuldades, o impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos para os atores envolvidos na geração dos resíduos, seu planejamento e mensuração e também fornece detalhes de processos de logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos, dentre eles: eletrodomésticos, eletrônicos, pilhas e baterias e lâmpadas. Além disso, no último capítulo são apresentados dois estudos de caso, envolvendo resíduos da indústria automobilística e da indústria madeireira, que visam ilustrar os conceitos apresentados.
O livro está disponível no site: http://www.clubedeautores.com.br/book/44969--Logistica_Reversa
1) O documento discute os conceitos e práticas da logística reversa, que envolve o gerenciamento do fluxo de materiais do ponto de consumo de volta ao ponto de origem.
2) A logística reversa é comum em indústrias como bebidas, siderurgia e alumínio e tem crescido em eletrônicos, varejo e automotiva.
3) Fatores como questões ambientais, diferenciação no serviço e redução de custos têm estimulado o desenvolvimento da logística reversa.
1) O documento discute logística verde como ferramenta estratégica na tomada de decisão, analisando variáveis como eficiência energética, emissão de gases e controle da poluição no transporte rodoviário.
2) A análise mostrou que o uso de logística verde no transporte rodoviário pode melhorar a relação com o público em 70%, retorno financeiro de investimentos em 60% e reduzir gastos com combustível e riscos de transporte em 60% e 50% respectivamente.
3) A logística verde
O documento discute logística reversa e reciclagem no Brasil. Aborda os motivos e objetivos da logística reversa, como preocupação ambiental e diferencial competitivo. Detalha os processos de reciclagem de diferentes materiais no país, como papel, plástico, vidro e metais, e os desafios enfrentados pelas empresas. Aponta que o Brasil mantém bom desempenho na reciclagem de latas, embalagens PET e plástico comparado a nações europeias.
Sistemas de Logística Reversa como instrumentos para sustentabilidadeJocelenilton Gomes
Análise dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos(PNRS) e dos instrumentos de logística reversa como propulsores da sustentabilidade (desenvolvimento sustentável).
O documento apresenta uma ementa sobre o curso de Logística Ambiental e Reversa, abordando tópicos como fundamentos da logística reversa, logística reversa como vantagem competitiva, logística reversa versus entropia, canais de distribuição reversos, logística reversa de pós-consumo e pós-venda, logística reversa de resíduos industriais, aspectos legais da logística reversa segundo a PNRS, análise do ciclo de vida do produto e a logíst
O documento discute conceitos de logística reversa e sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Aborda os tipos de fluxos reversos, como devoluções comerciais e recall, e como as empresas podem fechar o ciclo através da reutilização e reciclagem. Também destaca os desafios na gestão dessas cadeias reversas e a importância de reduzir a perda de valor dos produtos devolvidos.
O documento discute logística reversa de produtos e embalagens pós-consumo. Ele explica que fabricantes e importadores devem informar o destino ambientalmente correto dos itens devolvidos e que distribuidores/varejistas devem devolver itens aos fabricantes. Consumidores devem devolver itens usados à indústria ou coleta seletiva.
O documento discute o conceito e importância da Logística Reversa. Apresenta definições de Logística Reversa e descreve seu objetivo de gerenciar o fluxo reversos de produtos desde o ponto de consumo até o ponto de origem, agregando valor econômico e ambiental. Também menciona o caso da 3M Brasil e seu projeto de reciclagem de esponjas domésticas em parceria com a TerraCycle.
O documento discute logística reversa, definindo-a e diferenciando-a da logística direta. Apresenta os objetivos da logística reversa no Brasil e descreve leis e sistemas relacionados como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Também analisa os diferentes tipos de fluxos reversos e seus canais e motivos de retorno.
O documento discute a logística reversa e verde, comparando e contrastando os papéis de ambas. A logística reversa envolve o retorno de produtos usados para reciclagem ou reutilização, reduzindo o impacto ambiental. A logística verde busca tornar a logística mais sustentável, considerando o ciclo de vida completo do produto e minimizando resíduos.
1) O documento discute a logística reversa e sua importância para a sustentabilidade empresarial. 2) A logística reversa envolve o planejamento e controle dos fluxos de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de reprocessamento com o objetivo de recuperar valor. 3) A logística reversa pode trazer benefícios financeiros, ambientais e de imagem para as empresas.
O documento discute conceitos de logística reversa, definindo-a como o planejamento e controle do fluxo de bens de pós-venda e pós-consumo de volta para o ciclo de negócios. Detalha logística reversa de pós-venda e pós-consumo, destinos de produtos, regulamentações ambientais e canais reversos pós-consumo. O objetivo estratégico da logística reversa é agregar valor aos produtos devolvidos.
O documento discute a logística reversa como uma oportunidade de redução de custos e ganhos ambientais. A logística reversa envolve planejar o fluxo de materiais desde o consumidor até o ponto de origem para recapturar valor. Isso pode reduzir custos por meio da reutilização e reciclagem e beneficiar o meio ambiente diminuindo resíduos. Muitas empresas já implementam sistemas de logística reversa.
LOGÍSTICA REVERSA: OPORTUNIDADES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM DECORRÊNCIA DA EVO...Hytalo Rafael
1. O documento discute oportunidades de redução de custos por meio da logística reversa, incluindo conceitos, aplicações e ganhos para empresas através da reciclagem e reaproveitamento.
2. A logística reversa envolve o fluxo de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de origem, visando recuperar valor ou descarte adequado. Isso pode reduzir custos para empresas.
3. Fatores críticos para o sucesso incluem evitar retornos não planejados, reduzir tempos de c
O documento descreve a Feira Integrada e Exposição Tecnológica de 2012, incluindo informações sobre logística reversa, reciclagem e suas vantagens ambientais e econômicas, além dos riscos da falta de reciclagem.
O documento discute o conceito de logística reversa, que envolve administrar não apenas a entrega do produto ao cliente, mas também seu retorno para descarte ou reutilização. Isso é importante devido ao aumento do descarte de produtos e impactos ambientais. Uma boa administração da logística reversa pode gerar economias para empresas e benefícios competitivos e ecológicos.
O documento discute a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil e a logística reversa. A logística reversa é um sistema no qual fabricantes recebem de volta produtos usados para reciclagem ou reutilização, reduzindo a poluição. O documento explica como funciona na prática com o exemplo de pneus e quais são as funções de consumidores, comerciantes, indústrias e governo no processo.
O documento discute a logística verde, que propõe minimizar o impacto ambiental das atividades logísticas através da inclusão de conceitos ambientais. A logística verde inclui impactos do transporte, reciclagem, resíduos industriais e logística reversa pós-consumo, visando medir e minimizar o impacto ecológico das atividades logísticas.
O programa ESCOLA SUSTENTÁVEL vista estabelecer na escola políticas e ações que transformem o comportamento e atitudes, além de promover um melhor gerenciamento dos usos dos recursos naturais envolvidos com todos os atores (educadores, administração, apoio, alunos, pais, comunidade ao redor).
O PAPEL DA LOGÍSTICA REVERSA NO REAPROVEITAMENTO DO “LIXO ELETRÔNICOBrunno Curis
O documento discute o papel da logística reversa no reaproveitamento de lixo eletrônico no setor de computadores. Ele apresenta estudos de caso de três empresas - Itautec, San Lien e Sir Company - e seus programas de logística reversa, destacando fluxos de devolução, triagem e destinação final dos resíduos. O documento também aborda impactos ambientais e sociais do descarte inadequado de lixo eletrônico.
1. O documento discute o conceito de logística reversa e sua importância para a sustentabilidade ambiental e competitividade empresarial.
2. A logística reversa é definida como o processo de planejamento e controle dos fluxos de materiais e informações desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor através da reciclagem.
3. A logística reversa traz benefícios ambientais ao reduzir poluição, benefícios econômicos ao reduzir custos, e benefí
O documento discute a logística reversa como uma oportunidade de redução de custos e ganhos ambientais, sociais e econômicos. A logística reversa envolve o planejamento e controle do fluxo de materiais desde o consumidor até o ponto de origem, permitindo a recuperação de valor através da reutilização e reciclagem. Leis brasileiras obrigam certos setores como eletroeletrônicos e agrotóxicos a implementarem sistemas de logística reversa.
1. O documento discute a importância da logística reversa na construção da responsabilidade social das empresas e como agregador de vantagens competitivas.
2. A logística reversa precisa ser entendida pelas empresas como uma evolução na administração da cadeia de suprimentos e uma oportunidade de adicionar valor à imagem da empresa e sua responsabilidade social.
3. A logística reversa pode ajudar as empresas a obter vantagens competitivas ao preservar lucratividade e contribuir positivamente para a imagem da empresa junto a clientes e
O documento discute conceitos de logística reversa e sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Aborda os tipos de fluxos reversos, como devoluções comerciais e recall, e como as empresas podem fechar o ciclo através da reutilização e reciclagem. Também destaca os desafios na gestão dessas cadeias reversas e a importância de reduzir a perda de valor dos produtos devolvidos.
O documento discute logística reversa de produtos e embalagens pós-consumo. Ele explica que fabricantes e importadores devem informar o destino ambientalmente correto dos itens devolvidos e que distribuidores/varejistas devem devolver itens aos fabricantes. Consumidores devem devolver itens usados à indústria ou coleta seletiva.
O documento discute o conceito e importância da Logística Reversa. Apresenta definições de Logística Reversa e descreve seu objetivo de gerenciar o fluxo reversos de produtos desde o ponto de consumo até o ponto de origem, agregando valor econômico e ambiental. Também menciona o caso da 3M Brasil e seu projeto de reciclagem de esponjas domésticas em parceria com a TerraCycle.
O documento discute logística reversa, definindo-a e diferenciando-a da logística direta. Apresenta os objetivos da logística reversa no Brasil e descreve leis e sistemas relacionados como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Também analisa os diferentes tipos de fluxos reversos e seus canais e motivos de retorno.
O documento discute a logística reversa e verde, comparando e contrastando os papéis de ambas. A logística reversa envolve o retorno de produtos usados para reciclagem ou reutilização, reduzindo o impacto ambiental. A logística verde busca tornar a logística mais sustentável, considerando o ciclo de vida completo do produto e minimizando resíduos.
1) O documento discute a logística reversa e sua importância para a sustentabilidade empresarial. 2) A logística reversa envolve o planejamento e controle dos fluxos de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de reprocessamento com o objetivo de recuperar valor. 3) A logística reversa pode trazer benefícios financeiros, ambientais e de imagem para as empresas.
O documento discute conceitos de logística reversa, definindo-a como o planejamento e controle do fluxo de bens de pós-venda e pós-consumo de volta para o ciclo de negócios. Detalha logística reversa de pós-venda e pós-consumo, destinos de produtos, regulamentações ambientais e canais reversos pós-consumo. O objetivo estratégico da logística reversa é agregar valor aos produtos devolvidos.
O documento discute a logística reversa como uma oportunidade de redução de custos e ganhos ambientais. A logística reversa envolve planejar o fluxo de materiais desde o consumidor até o ponto de origem para recapturar valor. Isso pode reduzir custos por meio da reutilização e reciclagem e beneficiar o meio ambiente diminuindo resíduos. Muitas empresas já implementam sistemas de logística reversa.
LOGÍSTICA REVERSA: OPORTUNIDADES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM DECORRÊNCIA DA EVO...Hytalo Rafael
1. O documento discute oportunidades de redução de custos por meio da logística reversa, incluindo conceitos, aplicações e ganhos para empresas através da reciclagem e reaproveitamento.
2. A logística reversa envolve o fluxo de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de origem, visando recuperar valor ou descarte adequado. Isso pode reduzir custos para empresas.
3. Fatores críticos para o sucesso incluem evitar retornos não planejados, reduzir tempos de c
O documento descreve a Feira Integrada e Exposição Tecnológica de 2012, incluindo informações sobre logística reversa, reciclagem e suas vantagens ambientais e econômicas, além dos riscos da falta de reciclagem.
O documento discute o conceito de logística reversa, que envolve administrar não apenas a entrega do produto ao cliente, mas também seu retorno para descarte ou reutilização. Isso é importante devido ao aumento do descarte de produtos e impactos ambientais. Uma boa administração da logística reversa pode gerar economias para empresas e benefícios competitivos e ecológicos.
O documento discute a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil e a logística reversa. A logística reversa é um sistema no qual fabricantes recebem de volta produtos usados para reciclagem ou reutilização, reduzindo a poluição. O documento explica como funciona na prática com o exemplo de pneus e quais são as funções de consumidores, comerciantes, indústrias e governo no processo.
O documento discute a logística verde, que propõe minimizar o impacto ambiental das atividades logísticas através da inclusão de conceitos ambientais. A logística verde inclui impactos do transporte, reciclagem, resíduos industriais e logística reversa pós-consumo, visando medir e minimizar o impacto ecológico das atividades logísticas.
O programa ESCOLA SUSTENTÁVEL vista estabelecer na escola políticas e ações que transformem o comportamento e atitudes, além de promover um melhor gerenciamento dos usos dos recursos naturais envolvidos com todos os atores (educadores, administração, apoio, alunos, pais, comunidade ao redor).
O PAPEL DA LOGÍSTICA REVERSA NO REAPROVEITAMENTO DO “LIXO ELETRÔNICOBrunno Curis
O documento discute o papel da logística reversa no reaproveitamento de lixo eletrônico no setor de computadores. Ele apresenta estudos de caso de três empresas - Itautec, San Lien e Sir Company - e seus programas de logística reversa, destacando fluxos de devolução, triagem e destinação final dos resíduos. O documento também aborda impactos ambientais e sociais do descarte inadequado de lixo eletrônico.
1. O documento discute o conceito de logística reversa e sua importância para a sustentabilidade ambiental e competitividade empresarial.
2. A logística reversa é definida como o processo de planejamento e controle dos fluxos de materiais e informações desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor através da reciclagem.
3. A logística reversa traz benefícios ambientais ao reduzir poluição, benefícios econômicos ao reduzir custos, e benefí
O documento discute a logística reversa como uma oportunidade de redução de custos e ganhos ambientais, sociais e econômicos. A logística reversa envolve o planejamento e controle do fluxo de materiais desde o consumidor até o ponto de origem, permitindo a recuperação de valor através da reutilização e reciclagem. Leis brasileiras obrigam certos setores como eletroeletrônicos e agrotóxicos a implementarem sistemas de logística reversa.
1. O documento discute a importância da logística reversa na construção da responsabilidade social das empresas e como agregador de vantagens competitivas.
2. A logística reversa precisa ser entendida pelas empresas como uma evolução na administração da cadeia de suprimentos e uma oportunidade de adicionar valor à imagem da empresa e sua responsabilidade social.
3. A logística reversa pode ajudar as empresas a obter vantagens competitivas ao preservar lucratividade e contribuir positivamente para a imagem da empresa junto a clientes e
1. O documento discute oportunidades de redução de custos por meio da logística reversa, incluindo conceitos, aplicações e ganhos para empresas através da reciclagem e reaproveitamento.
2. A logística reversa envolve o fluxo de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de origem, visando recuperar valor ou descarte adequado. Isso pode reduzir custos para empresas.
3. Fatores críticos para o sucesso incluem evitar retornos não planejados, reduzir tempos de c
O documento discute a importância da sustentabilidade nas cadeias de suprimentos. Apresenta o conceito de cadeia de suprimentos sustentável e como as empresas podem implementar práticas sustentáveis em suas operações internas e ao longo da cadeia, incluindo fornecedores e consumidores. Também destaca os benefícios econômicos e de imagem que as empresas podem obter ao adotar práticas sustentáveis.
Palestra proferida na Universidade Cruzeiro do Sul abordando questões de sustentabilidade e a Logística Verde, abordando conceitos e exemplos de sua aplicação.
A economia circular para evitar a exaustão dos recursos naturais do planeta t...Fernando Alcoforado
[1] A economia circular visa evitar a exaustão dos recursos naturais através da reutilização e reciclagem de resíduos. [2] Ela busca fechar o ciclo de produção e consumo para que os resíduos sejam reintroduzidos como matéria-prima. [3] Sua adoção é fundamental devido à necessidade de preservar os recursos naturais e reduzir impactos ambientais.
A economia circular para evitar a exaustão dos recursos naturais do planeta t...Fernando Alcoforado
[1] A economia circular visa evitar a exaustão dos recursos naturais adotando um modelo de produção circular onde os resíduos são reutilizados como matéria-prima. [2] No modelo linear tradicional, os resíduos são descartados, ao passo que a economia circular os transforma em insumos para novos produtos, emulando os ciclos naturais. [3] A implantação da economia circular requer esforços coletivos de empresas, governo e sociedade para alterar hábitos de produção e consumo.
Como os setores produtivos e de infraestrutura podem contribuir para a defesa...Fernando Alcoforado
1) Empreendimentos produtivos e de infraestrutura geram impactos ambientais através do descarte de resíduos.
2) A reciclagem de produtos e resíduos é necessária para combater a poluição, e deve seguir a ordem de reciclagem, queima para extrair energia, aterro sanitário e descarte controlado.
3) A logística reversa planeja o fluxo de retorno de produtos e materiais para reutilização ou reciclagem, gerando benefícios econômicos e de imagem para as empresas.
Este documento fornece informações sobre o curso de Logística III ministrado pela Dra. Gabrielle Curcino, incluindo o cronograma de aulas, objetivos, conteúdo, avaliações e detalhes sobre a norma ISO 14000.
Gestão de Canais Reversos de Captação de Resíduos: O Câmbio Verde em Curitiba/PRProjetoBr
Este documento discute a gestão de resíduos sólidos no município de Curitiba, Paraná, Brasil, com foco no programa "Câmbio Verde" de coleta seletiva. O Câmbio Verde valoriza os resíduos coletados e gera benefícios ambientais e sociais para a comunidade envolvida. A coleta seletiva em Curitiba é um exemplo pioneiro no Brasil de como reintegrar materiais descartados no ciclo produtivo por meio da logística reversa.
Capitalismo natural e produo mais limpa finalUFRGS
O documento discute os conceitos e benefícios da Produção Mais Limpa (PML). A PML promove a eficiência no uso de recursos e a minimização de resíduos através da não geração, redução ou reciclagem dos mesmos. Dois casos práticos exemplificam como a PML pode gerar economia de custos e redução de impactos ambientais nas empresas.
Logística reversa de materiais recicláveis um estudo de caso na empresa de re...Marcos Bueno
Este documento discute a importância da logística reversa no trabalho de catadores de materiais recicláveis em uma empresa de reciclagem em São Paulo. Ele descreve as condições de trabalho dos catadores e os desafios que enfrentam, e conclui que a empresa ajuda a simplificar o processo de coleta e reciclagem.
1) A logística reversa é um instrumento para aplicar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, permitindo a coleta e restituição de resíduos sólidos para reaproveitamento ou destinação ambiental adequada.
2) A lei exige que as empresas assumam o retorno de seus produtos usados e cuidem da destinação adequada ao final do ciclo de vida.
3) Os principais produtos envolvidos na logística reversa são pneus, pilhas, embalagens, lâ
O documento discute a evolução da logística desde a Segunda Guerra Mundial, quando conhecimentos militares foram transferidos para empresas privadas, revolucionando a logística. Também aborda a logística reversa e a importância crescente da sustentabilidade, como a reciclagem.
1. O documento discute a avaliação do ciclo de vida como instrumento de gestão da cadeia de suprimentos, focando no caso do papel reciclado. 2. Ele introduz o conceito de ciclo de vida e cadeia de suprimentos, explicando que a perspectiva da cadeia de suprimentos é importante para reduzir impactos ambientais. 3. O documento também apresenta a avaliação do ciclo de vida como uma ferramenta para identificar áreas de melhoria ambiental ao longo da cadeia de suprimentos.
1) O documento discute a contabilidade ambiental nas organizações e como ela pode ajudar as empresas a controlar seus impactos ambientais e custos relacionados.
2) Ele explica quatro categorias de custos ambientais e como a contabilidade ambiental pode registrá-los.
3) O documento também define ativos e passivos ambientais e como eles devem ser reconhecidos contabilmente.
1) O documento discute a gestão ambiental e o gerenciamento dos resíduos sólidos de uma indústria de embalagens flexíveis. 2) O objetivo é verificar a aplicação da gestão ambiental no processo de gerenciamento de resíduos sólidos da indústria, incluindo segregação, transporte, tratamento e destinação final. 3) O documento revisa os conceitos de gestão de resíduos sólidos e classificação segundo a ABNT.
Este documento discute a logística reversa e sua importância para a preservação ambiental. A logística reversa envolve o planejamento e controle do fluxo de produtos e materiais no sentido inverso, do consumidor de volta para a empresa, para reciclagem ou descarte adequado. Isso ajuda a reduzir o impacto ambiental dos resíduos industriais e incentiva as empresas a usarem mais materiais reciclados em seus processos produtivos.
Art sobre a necessidade de metodologia de pesquisa e desenvolvimento para rec...Petiano Camilo Bin
1. O documento discute a importância da reciclagem e apresenta uma metodologia de pesquisa e desenvolvimento para reciclagem.
2. A metodologia enfatiza a necessidade de análise de desempenho ambiental de alternativas e a importância da transferência de tecnologia desenvolvida para produção comercial.
3. Exemplos demonstram a importância das etapas da metodologia para desenvolver um mercado efetivo para resíduos.
Semelhante a Logistica Reversa: um estudo de caso de reutilização de Bag (20)
Artigo Logistica em eventos: copa de futebol de 2014 no BrasilManuel Garcia Garcia
O artigo apresentado na Revista ESPM que analisa a organização necessária a grandes eventos e os aspectos logísticos envolvidos e analisa a preparação do Brasil para o evento da Copa de futebol de 2014.
Este documento descreve uma boa prática de aprendizagem utilizando o perfil do aluno para desenvolver estratégias de aprendizagem. O professor aplica um questionário inicial para identificar os conhecimentos prévios dos alunos e traçar um perfil médio da turma. Com base nesses dados, o professor pode desenhar estratégias de aprendizagem adequadas ao perfil dos alunos e incentivar os alunos a traçar planos de desenvolvimento pessoal.
Palestra sobre Plano Nacional de resíduos sólidos para fármacosManuel Garcia Garcia
O documento discute a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil e sua aplicação na gestão de resíduos farmacêuticos nas propriedades rurais. Apresenta os riscos dos resíduos de medicamentos usados na saúde animal para o meio ambiente e a saúde pública e destaca a importância da logística reversa e da correta disposição final destes resíduos conforme a hierarquia estabelecida pela PNRS.
ALINHANDO O PLANO DE ENSINO E O PLANO DE AULA: OBJETIVOS, INDICADORES E ESTRA...Manuel Garcia Garcia
Abordando o alinhamento entre o plano de ensino e o plano de aula, e o seu desdobramento em indicadores e estratégias de aprendizagem visando a retenção e o desenvolvimento de habilidades.
Este documento descreve uma prática pedagógica de leitura e apresentação lúdica aplicada em cursos superiores para estimular o gosto pela leitura, desenvolver habilidades de síntese e relacionar conteúdos entre disciplinas. A metodologia envolve a leitura de um livro selecionado por professores e apresentações criativas em grupo sobre as ideias principais e sua relação com as matérias do semestre.
Apresentacão sobre Governanca em rede de empresas ao APL moveleiro da RMSPManuel Garcia Garcia
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1) Manuel Garcia Garcia tem formação em engenharia e pós-graduações em e-business e cadeia de suprimentos.
2) Ele tem extensa experiência executiva em desenvolvimento de produtos, coordenação de projetos e cadeia de suprimentos.
3) Além de consultor, Manuel Garcia Garcia é palestrante, professor e pesquisador associado em logística e cadeia de suprimentos.
1. A apresentação discute mecanismos de gestão da produção e sustentabilidade empresarial, abordando conceitos como desenvolvimento sustentável, produção limpa e ecoeficiência.
2. São apresentados princípios e ferramentas para produção limpa como ecodesign, minimização de resíduos, eficiência no uso de recursos e reciclabilidade.
3. Inclui uma atividade em grupo sobre estudos de caso de produção limpa para identificar vantagens, focos, barreiras e benefícios.
O documento discute logística reversa como uma oportunidade para empreendedores no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos e sustentabilidade. Apresenta o palestrante Manuel Garcia e aborda conceitos como logística verde, cadeia de suprimentos, legislação e desafios da logística reversa.
Governança em rede de empresas: O Arranjo Produtivo Local do setor moveleiro ...Manuel Garcia Garcia
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre governança em rede de empresas no Arranjo Produtivo Local do setor moveleiro da Região Metropolitana de São Paulo. O trabalho analisa a estrutura e processo de governança deste arranjo, comparando-o a um modelo teórico proposto.
A apresentação feita aos mestrandos da Unip em 2009 busca apresentar trabalho desenvolvido pelo autor em sua pesquisa sobre redes interempresariais como estratégia para as PMEs.
Trabalho apresentado no IX encontro cientifico da Unip em 2009 onde abordou o conceito de redes empresariais e os processos de inovação em rede, bem como o processo de Governança.
A proposta deste artigo tem como tema o processo de mudança que deve ser promovida nas empresas que participam, ou que venham a participar, de um Arranjo Produtivo Local, as etapas e o estudo de alguns casos de empresas em APL’s no Estado de São Paulo com base em dados relatados em trabalhos acadêmicos e dados secundários.
A base teórica fundamenta-se nas forças competitivas de mercado, Porter (1998), na rede como estratégia, e os modelos: de gestão da mudança, Motta (1997), e a Administração
estratégica com base em recursos e competências essenciais, Hitt (2002), que se propõe o modelo de transformação organizacional para dar suporte às empresas da rede.
O documento discute a criação de valor segundo diferentes autores, abordando: 1) Conceitos de valor e suas dimensões para o cliente; 2) A relação entre criação de valor e cadeia de valor; 3) Formas de mensurar a criação de valor.
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1. O documento apresenta um projeto de transformação digital na Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) focado na área de Tecnologia em Logística. 2. Analisa a situação atual dos processos e do programa de curso e identifica oportunidades de melhoria por meio de projetos digitais. 3. Propõe um portfólio de projetos visando ganhos de eficiência nos processos e adequação das competências do curso à Logística 4.0.
Logistica Reversa: um estudo de caso de reutilização de Bag
1. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
Logística Reversa : uma alternativa para reduzir custos e criar valor
Manuel Garcia Garcia (UNIP) garcia2@uol.com.br
Resumo:
Em geral o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos busca otimizar o fluxo de produtos na
direção da Cadeia para o Cliente, e deixa em segundo plano o fluxo no sentido do Cliente
para Cadeia, considerando que está é uma atividade que só agrega custos.
O artigo aborda a necessidade de repensar a Cadeia de Suprimentos para uma Cadeia de
Suprimentos Integral, que leve em consideração todo o ciclo de vida do produto, que não
termina com a entrega do produto ao cliente, mas se estende da devolução do produto para
descarte, ou recuperação ou remanufatura, permitindo a reentrada do fluxo de material na
cadeia de suprimentos. A Logística Reversa precisa ser entendida pelas empresas como uma
oportunidade de adicionar valor quer pela imagem da empresa junto à sociedade com
relação aos aspectos ambientais e a sua responsabilidade social, quer pela oportunidade de
agregar serviços criando diferenciais competitivos e pela gestão integrada do ciclo do
produto e dos custos envolvidos ao longo da vida do produto, possibilitando desta forma a
redução de custos e gerando vantagem competitiva. Um estudo de caso considerando a
reutilização de embalagem busca exemplificar as oportunidades que podem ser obtidas com o
repensar da logística reversa.
Palavras-chave: Logística reversa, ciclo de vida do produto, reutilização, sustentabilidade.
1. Introdução
A contínua busca por menores impactos ambientais são resultantes de exigências impostas
pela sociedade através dos consumidores e de requisitos legais governamentais.. As
legislações ambientais tornaram-se mais duras na última década, exigindo das empresas um
comportamento ambiental mais ativo, responsabilizando-as pela completa gestão do ciclo de
vida dos seus produtos, diminuindo assim os impactos ambientais não apenas dos processos,
mas também daqueles causados pelas atividades de descarte. Isto faz com que aumente a
porcentagem da utilização de materiais e embalagens reciclados. É crescente entre os clientes
a consciência para a reciclagem e por processos de manufatura mais limpos, espera-se que
para cada produto novo adquirido um produto antigo deva ser reciclado (KRIKKE, 2001).
Segundo DORNIER et al (2000: 40): “No início os investimentos em logística focaram-se
principalmente no fluxo das empresas para o mercado (fluxo direto)”.
DORNIER et al.(2000: 39), colocam que a definição atual de logística deveria englobar todas
as formas de movimentos de produtos e informações. Essa nova visão da logística amplia o
escopo de atuação da área, passando a incluir não só fluxos diretos tradicionalmente
considerados, mas também os fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e
seus acessórios, de produtos vendidos e devolvidos e de produtos usados ou consumidos a
serem reciclados. Já para CHISTOPHER (1999), a decisão de gerenciar os fluxos reversos
amplia ainda mais as oportunidades de acréscimo de valor de diferentes naturezas que a
atividade logística pode agregar ao bem. Para LEITE (2003: 135), a nítida redução do ciclo de
vida de produtos que se observa nas últimas décadas gera excedentes de produtos de pós-
consumo e de pós–venda cujo retorno precisa ser equacionado.
2. As mudanças do ambiente das Empresas
Sobre o papel do cliente BALLOU (1993: 88), já mencionava a seguinte preocupação relativa
ao fluxo reverso: “O movimento de valorização do consumidor, iniciado por Ralph Nader,
2. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
aumentou a percepção do público para produtos defeituosos (...) os riscos são muito maiores
hoje para empresas que não antecipem a possibilidade de recolhimento de um produto”.
Políticas governamentais, vantagens competitivas, mudanças tecnológicas, economia de
energia e o mercado são forças que pressionam as empresas a considerarem os fluxos reversos
no seu planejamento estratégico, DORNIER et al (2000: 37).
Para BALLOU(1993:348), mencionando as questões relativas a ecologia como força
propulsora para mudança e a necessidade de tornar mais eficientes os canais de retorno: “A
preocupação com a ecologia e o meio ambiente crescem junto com a população e a
industrialização. Uma das principais questões é a da reciclagem dos resíduos sólidos. O
mundo possui sofisticados canais para matérias primas e produtos acabados, porém deu-se
pouca atenção para a reutilização destes materiais de produção (...) é geralmente mais barato
usar matérias primas virgens do que material reciclado, em parte pelo pouco desenvolvimento
dos canais de retorno, que ainda são menos eficientes do que os canais de distribuição de
produtos”. Segundo LEITE apud Ansoff (1978: 40), Martins (1996), Leite (1998), a redução
do ciclo de vida mercadológico dos bens de consumo de utilidade, devido à inclusão de novos
materiais, à obsolescência planejada, à grande variedade de novos lançamentos, à busca de
redução de custos de distribuição, à redução de custos de embalagens, e ao elevado custo
relativo dos serviços de manutenção, tem gerado excessos de bens e materiais descartados
pela sociedade e contribuído para o esgotamento acelerado dos meios tradicionais de
disposição final dos mesmos, e em conseqüência, aumentado às disposições inseguras,
geradoras de poluição ambiental. Neste aspecto as regulamentações governamentais, que são
fruto da mobilização da Sociedade, de uma visão nova de ecologia, das obrigações com
relação à destinação final dos resíduos e das próprias projeções assustadoras do volume de
resíduos sólidos a serem gerados, foram assim descritas por LEITE, “novos princípios de
proteção ambiental estão sendo propagados: EPR (Extended Product Responsability) ou
responsabilidade do produto estendida, ou seja, a idéia que a cadeia industrial de produto, que
de certa forma agride o ambiente, deve se responsabilizar pelo que acontece com os mesmos
após o seu uso original”. Neste contexto, observa-se a crescente importância que a legislação
ambiental e os seus impactos na sociedade moderna, o que faz necessariamente rever a forma
de projetar-se os produtos e considerar os aspectos logísticos envolvidos pós-consumo, neste
ponto que a logística reversa torna-se importante, pois trata da gestão integral do fluxo de
retorno das embalagens, produtos e/ou resíduos industriais para a cadeia produtiva. Dentro
deste quadro de mudanças é preciso que as empresas procurem criar valor tendo em conta a
Sustentabilidade que implica de acordo com MANZINI e VEZZOLI (2002): usar recursos
renováveis; reduzir aqueles não renováveis; respeitar a capacidade de auto - reciclagem do
meio ambiente; reutilizar e reciclar os recursos. O mundo será obrigado a se desenvolver de
forma sustentável, ou seja, que preserve o meio ambiente, e as empresas deverão fazer o
mesmo, por iniciativa própria ou por exigência legal (SHRIVASTAVA e HART, 1998).
Observa-se que o fluxo reverso de pós-consumo, apresenta-se como o grande desafio a ser
equacionado tanto pelas empresas, governos, e pela própria sociedade. Do ponto de vista das
empresas a utilização destes fluxos, do eco-design (FIKSEL, 1996), pode ser utilizado como
uma vantagem competitiva através da agregação de valor ao cliente, economia de energia e
melhoria na imagem de marca; do ponto de vista dos governos a necessidade de controle
ambiental e do ponto de vista da sociedade a educação e compreensão dos conceitos de
autosustentabilidade.
3. Ciclo de vida do produto e o valor em função do tempo
Os bens industriais apresentam ciclos de vida útil que variam de algumas semanas a algumas
décadas, classificando-se em bens descartáveis, semiduráveis ou duráveis, que são disponibi-
lizados pela sociedade ao término de sua utilidade original (LEITE,2003)
3. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
BOWERSOX e CLOSS (2001:51) apresentam a idéia de “Apoio ao Ciclo de Vida” como um
dos objetivos operacionais da logística moderna referindo-se ao prolongamento da logística
para além do fluxo direto dos materiais, considerando também os fluxos reversos de produtos
em geral. O Ciclo de vida do Produto corresponde ao ciclo dos insumos, a transformação em
produtos e o seu retorno ou descarte final. Na Fig.1 temos como se processa o ciclo de vida de
um produto da obtenção das materiais primas, sua manufatura, distribuição, comercialização e
retorno (pós-venda ou pós-consumo). O ciclo de vida do produto se encerra quando do seu
descarte final de forma segura, podendo dentro do ciclo de vida, ter sido recuperado,
remanufaturado e retornado ao mercado, ou ainda sua partes, ou subpartes, terem sido
reaproveitadas ou recicladas.
Fig.1- Fluxo direto e fluxo reverso
Tendo por base os dados de retorno de produtos, vide Tabela-1observa-se que quanto maior
for o percentual de retorno e o valor envolvido do produto mais importante será a gestão a
gestão do ciclo de retorno do produto de modo a capturar o valor.
Tabela-1- Percentual de retorno dos Produtos no canal reverso
Fonte: Adaptado de ROGER e TIBBEN, 1999, Going Backwards: Reverse Logistics
O Valor do retorno dos Produtos: A fig.1, Blackburn et al (2004: 5), ilustra que o valor de
retorno de um produto deprecia-se no tempo, e este por sua vez depende do tipo de produto,
da competitividade no mercado. O que mostra que um produto não consumido (pós-venda)
que tenha retornado, resulta numa perda de valor ao retornar ao mercado. Assim, para
produtos de alto valor e de rápida depreciação, por exemplo os computadores, o seu tempo de
retorno é fundamental para a recuperação de valor, logo os custos de retorno envolvem os
custos de processo da logística reversa e a perda de valor devido ao tempo entre a sua
introdução na cadeia reversa e o seu retorno ao mercado. Ou escrito de outra forma:
Custo de Retorno para produtos pós-venda=Valor de Retorno + Custo LR – Valor recuperado.
Onde:
Matéria Prima Manufatura Distribuição Varejo
DescarteRemanufaturados
Mercado secundario
Componentes
recuperados
Avaliação
retorno
Produto novo Aquisição
ClienteMatéria Prima Manufatura Distribuição VarejoMatéria Prima Manufatura Distribuição Varejo
DescarteRemanufaturados
Mercado secundario
Componentes
recuperados
Avaliação
retorno
Produto novo Aquisição
Cliente
18-36%Catálogos
18-25%CD-Roms
4-8%Impressoras
4-5%Eletrônicos de consumo
10-12%Distribuidores de Livros
20-30%Editoras de Livros
50%Revistas
PercentagemIndustria
18-36%Catálogos
18-25%CD-Roms
4-8%Impressoras
4-5%Eletrônicos de consumo
10-12%Distribuidores de Livros
20-30%Editoras de Livros
50%Revistas
PercentagemIndustria
4. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
Valor de retorno: valor do produto no mercado considerando o efeito de depreciação no
tempo
Custo LR: custo da Logística reversa, envolve todo o processo para torna-lo disponível ao
mercado novamente.
Valor Recuperado: valor pago pelo mercado do produto retornado considerando a depreciação
no momento de seu retorno.
De acordo com Reverse Logistics Executive Concil, o custo de um OEM (Original Equipment
Manufacturer) pode ser reduzido em 35%, com base que 10% a 20% dos computadores ou
produtos eletrônicos retornam, e que esses produtos depreciam-se a uma taxa de 3% por
semana. Os atrasos no retorno dos produtos deixam os clientes insatisfeitos e podem resultar
em impactos no market share.
Fig.1: Valor de retorno em Função do Tempo. Fonte: Blackburn et al, 2004. California
Management Review Vol. 46
4. A Logística Reversa
ROGERS e TIBBEN-LEMBKE (1999) definem logística reversa como o processo de
planejamento, implementação e controle do fluxo de produtos acabados e as respectivas
informações, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar
valor ou adequar o seu destino.
STOCK (1998) por sua vez define que a logística reversa trata do retorno de produtos,
reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos e reforma,
reparação e remanufatura de bens retornados.
LACERDA (2002), a logística reversa pode ser entendida como um processo complementar à
logística tradicional, pois enquanto a última tem o papel de levar produtos de sua origem dos
fornecedores até os clientes intermediários ou finais, a logística reversa deve completar o
ciclo, trazendo de volta os produtos já utilizados dos diferentes pontos de consumo a sua
origem. No processo da logística reversa, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e
voltam novamente à cadeia até ser finalmente descartado, percorrendo o “ciclo de vida do
produto”. A logística reversa pode, portanto, ser entendida como a área da logística
empresarial que visa equacionar os aspectos logísticos do retorno dos bens ao ciclo produtivo
ou de negócios através da multiplicidade de canais de distribuição reversos de pós–venda e de
pós–consumo, agregando-lhes valor econômico, ecológico, legal e de localização (LEITE,
2003; CLM, 1993; FULLER, ALLEN, 1995). A logística reversa compreende todas as
5. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
atividades enfocadas na redução, reutilização e reciclagem, ou seja, a gestão e distribuição de
material descartável. A logística reversa estabelece algumas medidas para evitar e/ou diminuir
a quantidade de material descartável, como: reduzir os resíduos na origem dos mesmos;
reutilizar os materiais, maximizando o nível de rotação; implementar sistemas de recuperação.
Reciclar uma tonelada de plástico economiza 130quilos de petróleo; para uma tonelada de
vidro gasta-se 70% menos energia do que fabricar, e para cada tonelada de papel reciclado
poupa-se 22 árvores, e consome 71% menos energia, além de polui 74% menos que fabricar o
produto. (IARIA, 2002).
O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo
tradicional conforme a natureza do material e do motivo pelo qual este entra no sistema.
Tabela-2 : Taxas de Retorno mais comums da cadeia Reversa
Fonte: Adaptado de ROGER e TIBBEN, 1999, Going Backwards: Reverse Logistics
LACERDA (2002) lista como fatores críticos de sucesso nos casos de logística reversa os
seguintes elementos:
Bons controles de entrada: consiste na identificação do estado dos materiais a serem
retornados e a decisão se o material pode ou não ser re-utilizado;
Processos padronizados e mapeados: a mudança do foco na logística reversa, onde
deixa de ser um processo esporádico e de contingência, passando a ser considerado um
processo regular, que requer documentação adequada através do mapeamento de
processos e formalização de procedimentos. Assim, pode-se estabelecer controles e
oportunidades de melhorias;
Tempo de ciclo reduzido: é o tempo considerado entre a identificação da necessidade de
reciclagem, disposição ou retorno de produtos e o seu efetivo processamento;
Sistemas de informação: o processo de logística reversa necessita do suporte da
tecnologia da informação (TI), a fim de viabilizar o atendimento de requerimentos
necessários para a operação. Entre as funcionalidades requeridas pode-se listar:
Informação centralizada e confiável, rastreabilidade, avaliação de avarias, etc;
Rede logística planejada: consiste na infra-estrutura logística adequada para lidar com os
fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. Envolve
instalações, sistemas, recursos (financeiros, humanos e máquinas), entre outros;
Relações colaborativas entre clientes e fornecedores: como há uma série de agentes
envolvidos no processo, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as
partes envolvidas. Informações tais como, nível de estoques, previsão de vendas e tempo
de reposição dos materiais, devem ser trocadas entre os membros da cadeia para que o
sistema funcione de maneira eficiente.
De acordo KIM (2001), a gestão de retorno de produtos é mais do que decidir o que fazer com
ele, envolve a captura de informações que permitam entender os motivos do seu retorno e
com isto atuar sobre as causas da insatisfação dos clientes contribuindo para reduzir os
retornos futuros, alem de que um processo rápido e eficiente para os clientes aumenta a
credibilidade.Estas informações podem ajudar tanto na fabricação, na embalagem e nas ações
de marketing (promoções com produtos de retorno em determinados mercados, e melhoria do
produto/serviço). Para aproveitar o retorno de produtos do mercado de forma sincronizada e
15%Descarte
10%Aprov. com ponentes
20%Novos
10%Pequenos reparos
45%reparáveis
PercentagemCom posição
15%Descarte
10%Aprov. com ponentes
20%Novos
10%Pequenos reparos
45%reparáveis
PercentagemCom posição
6. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
fazer ações de promoções especificas em certos mercados é necessário disponibilizar e
sincronizar as informações para o marketing, isto pode ser feito através de um adequado
gerenciamento do Gerenciamento da Cadeia Reversa (RSCM), de modo que seja feito no
menor tempo possível, reduzindo a perda de valor do produto por conta da depreciação de
mercado e pelo aumento da eficiência.“As ações de pós-venda constituem-se em um elemento
de fidelização, podem até mesmo vir a se transformar em oportunidades de alavancar novos
negócios, através da prestação de outros serviços não restritos à assistência técnica,
propiciando o surgimento de uma nova unidade de negócios na organização (FIGUEIREDO,
2002)”.
Principais razões que levam as empresas a atuarem em Logística Reversa (ROGERS e
TIBBEN-LEMBKE, 1999 e MULLER, 2005).
1) Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do
tratamento necessário;
2) Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés
dos altos custos do correto descarte do lixo;
3) A crescente conscientização ambiental dos consumidores;
4) Razões competitivas – Diferenciação por serviço;
5) Limpeza do canal de distribuição;
6) Proteção de Margem de Lucro;
7) Recaptura de valor e recuperação de ativos.
5. Fatores que influenciam as escolhas de modelagem da Logística Reversa
Segundo LEITE, 1999 e FELIZARDO et al, para a realização de projetos de Cadeia de
Distribuição Reversa (Reverse Supply Chain), destaca-se os principais fatores que
condicionam a necessidade de tornar possível este fluxo, como também, fatores que podem
modificar a estrutura e organização destes Canais Reversos:
-Custos: ainda não bem definidos e de difícil avaliação;
-Oferta: de materiais reciclados, permitindo a continuidade industrial necessária;
-Qualidade: adequada ao processo industrial e constante para garantir rendimentos
operacionais economicamente competitivos;
-Tecnologia: a tecnologia e o teor de determinada matéria-prima podem variar em função do
produto de pós-consumo utilizado, redundando em custos diferentes e orientando o mercado
de pós-consumo para aquele que se apresente mais conveniente;
-Logística: a característica logística das matérias de pós-consumo, e em particular a
transportabilidade dos mesmos, revela-se de enorme importância na estruturação e eficiência
dos canais reversos;
-Mercado: é necessário que haja quantitativa e qualitativamente mercado para os produtos
fabricados com materiais reciclados;
-Ecologia: novos comportamentos passam a exigir novas posições estratégicas das empresas
sobre o impacto de seus produtos e processos industriais;
-Governo: legislação, subsídios que afetam o interesse nos materiais reciclados.
-Responsabilidade Social: valorização social e possibilidade de produção e consumo de
produtos ecologicamente corretos.
Para BLACKBURN et al, 2004 a análise do modelamento deve levar em conta o valor do
produto e sua depreciação no tempo, produtos de alto valor com rápida depreciação (Fig-3:
High MVT) precisam de sistemas ágeis onde o tempo de resposta é o fator relevante para
recuperação de valor.
Já para produtos com depreciação baixa, ou de baixo valor (Fig.3: Low MVT) é necessário
uma rede reversa eficiente em custo de modo a minimizar a perda na cadeia
7. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
Fig.2- Fatores de influência na modelagem da Cadeia Reversa .Fonte: LEITE, 1999
Fig.3- Perda de Valor no Tempo. Fonte: Blackburn et al, 2004. California Management
Review Vol. 46, N-2, p.7
Na Fig.4 temos o processo de decisão para escolha da do tipo de cadeia mais apropriada em
função do valor de perda (MVT: Marginal Value of time for returns)
Fig.4-Matriz de Decisão. Fonte: Blackburn et al, 2004. California Management Review Vol. 4
Cadeia Eficiente – cadeia desenhada para entregar o produto a baixo custo
Cadeia responsiva (Ágil)– cadeia desenhada para dar velocidade de resposta
8. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
Outro Fator importante é a inspeção do produto no inicio da cadeia reversa, erros cometidos
aqui podem resultar em aumentos significativos de tempo e custos. A Fig.5 ilustra um típico
fluxo com os tempos de retorno.
Fig.5 – Tempos de retorno até a inspeção. Fonte: Blackburn et al, 2004. California
Management Review Vol. 46
TDD = (TPL + TINSP), onde:
TDD: Tempo de tomada decisão da destinação
TPL: Tempo dos produtos na cadeia de retorno (pipeline) até a chegada da inspeção
TINSP: Tempo na fila de inspeção + Tempo dos testes.
Na Fig.9, temos TPL = 2 meses, TINSP = 40dias o que implica em TDD = 100dias.
Assim, dependendo do tipo do produto e do fator de depreciação do valor no tempo (MVT)
este processo pode ser crucial na recuperação de valor e na satisfação dos clientes.
Outro fator de decisão relaciona-se a decisão de Centralizar ou Descentralizar os retornos, irá
depender do tipo do produto envolvido, do fator depreciação de valor no tempo, da
distribuição geográfica e dos custos de transporte, são os mesmos tipos de decisão na gestão
de distribuição na Logística direta.
A Centralização seria aplicada para produtos de baixo valor ou baixa depreciação.
A Descentralização seria aplicada a produtos de alto valor e com alta depreciação, ou de
grande impacto para o cliente. Procura-se antecipar o retorno e a tomada de decisão, porem é
um processo mais caro pois a atividade de avaliação fica disperso, sua aplicação precisa ser
feita para produtos de alto valor agregado, ou ciclo de vida curto.
6. Estudo de Caso
O presente estudo de caso foi objeto de análise de uma situação real, que tinha como objetivo
verificar a alternativa de reutilizar as embalagens (“big bag”) para transporte de bauxita
dentro de empresas de um mesmo grupo, envolvendo a mineradora no Brasil e seu Centro de
Distribuição nos Estados Unidos.
6.1- Caracterização da Empresa
Os Estados Unidos e o Canadá são os maiores produtores mundiais de alumínio. Entretanto,
nenhum deles possui jazidas de bauxita em seu território, dependendo exclusivamente da
importação. O Brasil tem a terceira maior reserva do minério no mundo, localizada na região
amazônica, perdendo apenas para Austrália e Guiné. Além da Amazônia, o alumínio pode ser
encontrado no sudeste do Brasil, na região de Poços de Caldas (MG) e Cataguases (MG). A
bauxita é o minério mais importante para a produção de alumínio, contendo de 35% a 55% de
óxido de alumínio.
A mineradora que iremos analisar está sediada em Minas Gerais, foi estabelecida a mais de 50
anos e controla reservas de 300 milhões métricos de toneladas, possui um faturamento de
U$120 milhões/ano.
9. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
A bauxita e enviada à sua unidade de armazenagem e distribuição (“warehouse”) em
Rosenberg no Texas, distribuindo a partir desta unidade para o México, o Canadá e os Estados
Unidos.
6.2- Caracterização do problema
O presente estudo de caso pode ser caracterizado como sendo:
- Razão do retorno: processo de distribuição
- Análise dos direcionadores: econômico, logístico, legislação, tecnologia e ecológico.
- Decidir se a reutilização é viável ou não e quais os pontos a serem considerados em sua
implantação.
6.3- Cenário Anterior
A bauxita na forma granular é unitizada em big-bags de 1,5 ton e acomodada em containers
de 20ft, que por sua vez são transportados de navio até o Texas. Cada container contém 18
big-bags totalizando 27 ton. A capacidade máxima dos containers é 30 ton.
No porto, já no Texas, é realizado o splitting da carga. São retirados quatro big-bags de cada
container para atendimento da restrição de carga rodoviária igual a 21 ton. Os big-bags
retirados são encaminhados de veículos de menor porte até o Centro de Distribuição.
O Centro de Distribuição (CD) é uma empresa pertencente ao grupo localizada em
Rosenberg, a 40 milhas de Houston, Texas. A unidade de armazenagem no CD são os
próprios big-bags.
Na distribuição os big-bags são descarregados por ação de gravidade em um sistema
conveyor, que abastece os veículos de distribuição (a granel) também por ação de gravidade.
Depois de descarregados os big-bags, os mesmos são vendidos ao mercado norte-americano.
Cada big-bag é adquirido por cerca de R$30 a R$40 (no Brasil) e vendido (nos EUA) a US$
2,00 cada.
O valor do big-bag representa cerca de 4% do valor da mercadoria nele contido
Os big-bags utilizados atualmente são considerados do tipo one-way, porém, ainda podem ser
reutilizados de duas a três vezes, conforme estudos previamente realizados.
Em média são exportados cerca de 150 containeres por mês, com cerca de 2700 big-bags.
O frete de retorno de um container contendo cerca de 6.000 big-bags custa cerca de US$700.
6.4- Análise dos Fatores direcionadores
Fator econômico: a economia resultante da reutilização dos big-bags, mesmo considerando a
possibilidade de utilização de uma única vez mostrou-se significativa resultando numa
economia potencial de U$245.318 (Conservador), conforme mostrado na tabela-3.
Considerações realizadas para reutilização:
- Para retornar os big-bags de forma econômica necessita-se acumular uma quantidade que
possa utilizar um container de 20ft e retorno marítimo, e isto implica em um prazo de dois
meses entre o envio da carga para o CD, a disponibilização de big-bags de retorno em
quantidade suficiente, e o tempo de retorno e desembaraço.
- Após a reutilização (uma vez) o big bag é vendido
Tabela-3: Avaliação dos custos envolvidos com e sem reutilização dos big bags
Compra de big-bags = 5400 unidades a R$ 40 cada
Venda de big-bags = 5400 unidades a US$ 2 cada
Reutilização de big-bags = 1 vez (conservador)
1 US$ = R$ 2,20
Frete Retorno = 1 container 20 ft com5400 big-bags a US$ 700
Bimestre 1 Bimestre 2 Bimestre 3 Bimestre 4 Bimestre 5 Bimestre 6 Total Anual
Compra = US$ 98120 Compra = US$ 98121 Compra = US$ 98122 Compra = US$ 98123 Compra = US$ 98124 Compra = US$ 98125
Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 10.801 Venda = US$ 10.802 Venda = US$ 10.803 Venda = US$ 10.804 Venda = US$ 10.805
Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 1 Frete Retorno = US$ 2 Frete Retorno = US$ 3 Frete Retorno = US$ 4 Frete Retorno = US$ 5
Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0 Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0 Compra = US$ 103.091 Compra = US$ 0
Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800 Venda = US$ 0 Venda = US$ 10.800
Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0 Frete Retorno = US$ 700 Frete Retorno = US$ 0
Potencial Economia 245.318
Sem
Reutilização
de big-bags
US$ 524.291
Com
Reutilização
de big-bags
US$ 278.973
10. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
Fator Logístico: Envolve adicionar um sistema de controle logístico das embalagens de
retorno.Os big-bags utilizados, dentro da proposta de reutilização, requer controle
(quantidades enviadas, recebidas e retornadas, número de utilizações), inspeção antes do
envio, e acumular uma quantidade para retorno de modo a melhor utilizar um container de
20ft, e com isto reduzir o custo do retorno. Um certo fator de perda (5%) foi considerado na
compra de modo a compensar eventuais perdas antes do re-uso e posterior descarte. Um
sistema de informações acurado é crucial para o bom desempenho da integração da logística
reversa e direta (compra ou não de big-bags). No presente estudo consideramos apenas o re-
uso de apenas uma vez, após o que o big-bag é descartado (vendido no mercado EUA). O
eventual risco pode ser minimizado pelo sistema de controle dos retornos e pelo fato que os
big-bags são disponíveis com fornecedores locais.
Fator Legislação: o re-uso dos big-bags não encontra restrições nem nos USA nem no Brasil
para o tipo de produto que é utilizado (bauxita). No aspecto legal os big-bags devem observar
procedimentos mencionados no art14 no anexo I ao decreto n.5532 no capitulo VIII
(exportação sem cobertura cambial) e discriminados no anexo “E”, de modo que possam ter
um registro de saída (exportação provisória) e ao retornarem possam ser liberados.
Fator Tecnológico: os big-bags denominados one-way pelos testes realizados resistem a re-
utilização entre duas a três vezes dentro das especificações de carga atual, no estudo de
viabilidade considerou-se o re-uso de apenas uma vez, na medida que o processo estiver
implantado irá ser avaliado a sua re-utilização de uma para duas vezes.
Há big-bags desenvolvidos para múltiplos re-usos, com custos muitos maiores, esta avaliação
será feita num outro estudo após a implantação com os big-bags atuais (one-way).
Os big-bags utilizados atualmente são considerados do tipo one-way, porém, ainda podem ser
reutilizados de duas a três vezes, conforme experiência levantada dentro do segmento.
Fator Ecológico: os big bags após o seu uso são reciclados (material base polipropileno), o
seu re-uso resulta em economia de matéria prima (derivado do petróleo).
Cenário atual: a reutilização de uma única vez foi implantada com sucesso e os ganhos são
maiores que os considerados, isto é, alem da redução do custo de compras e de disposição
como principal beneficio (Rogers and Tibben-Lembke, 1999), obtem-se redução no custo de
capital que não foi considerado inicialmente.
Foram determinantes para o sucesso da implantação:
- Bons controles de entrada e processos redesenhados integrando a logística direta e a
reversa (relativa aos big-bags)
- Sistema de informação acurados, dando visibilidades dos big-bags em transito, em uso no
CD, e disponíveis para retorno, bem como dos custos envolvidos.
- Planejamento de compra dos big-bags e controle de estoque vinculado com os retornos.
- Relações colaborativas entre as empresas entendendo o valor adicionado com a
implantação desta logística reversa de embalagens.
7. Conclusões
A Logística Reversa conforme mostrado nos tópicos anteriores pode ser uma fonte de
vantagem competitiva para as empresas, conforme mencionado pelos diversos pesquisadores,
e na medida que as cadeias de suprimento que competem entre si, esforçam-se para otimizar a
cadeia direta e deixam de lado a cadeia reversa, criam-se oportunidades para gerar vantagens
competitivas para as empresas que focam na sua cadeia integral (direta e reversa).
O Canal reverso envolve os seguintes aspectos a serem considerados:
- Satisfação dos consumidores, sua fidelização e retenção através de serviços que adicionem
valor no fluxo de retorno;
- Desenvolvimento sustentável que reforce a imagem de marca através da responsabilidade
social e ambiental;
11. XIII SIMPEP 2006,Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006
- Oportunidades de redução de custo pela reutilização de materiais de embalagem, como o
mostrado no estudo de caso;
- Otimização da rede reversa, pela escolha adequada de sua tipologia, tendo em conta que
todo produto é perecível, que seu valor deprecia-se no tempo, e que o tempo influi no
valor de retorno.
- Da mesma forma que na cadeia direta o gerenciamento da cadeia reversa depende do
fluxo de informações, acuracidade, disponibilidade e integração através de ferramentas de
apoio.
- Da cooperação entre os parceiros da rede, fator relevante para o sucesso das atividades
envolvidas na cadeia reversa.
No Brasil a reciclagem não ocorre por uma mudança de consciência ecológica e ambiental
especialmente no pós-consumo, mas ligada ao aumento do desemprego e a informalidade, isto
traz como conseqüência uma rede informal, não organizada, não integrada no nível de
informações, resultando em maiores dificuldades no gerenciamento do pós-consumo em caso
das empresas terem de responder pelo destino final dos produtos no final de sua vida útil, cuja
abrangência de aplicação encontra-se em discussão em órgãos do meio ambiente (CONAMA
e Ministério do Meio Ambiente).
No pós-venda, o processo está implementado a mais tempo, não quer dizer que esteja
otimizado, apenas que como envolve os clientes finais e traz um impacto de curto prazo na
reputação das empresas as ações foram maiores nesta direção. Para os fabricantes OEM há
uma forte tendência de terceirização das atividades do controle do ciclo de retorno dos
produtos, sendo que uma das dificuldades reside na falta de integração das informações na
cadeia reversa entre as partes envolvidas, bem como na falta de ferramentas apropriadas para
esta integração (Kim, 2001 e Caldwell, 1999).
O desenvolvimento sustentável pressupõe o envolvimento da empresa com as questões do
ciclo de vida dos seus produtos, que envolve desde a escolha de materiais a serem utilizados
nos produtos e em suas embalagens e que sejam ambientalmente adequados e dentro da
concepção do ecodesign, passando pela manufatura limpa que reduza consumo de materiais,
energia, e resíduos, pela distribuição que busque economizar combustível e reduzir a emissão
de poluentes, e no controle das cadeias de retorno do pós-venda e pós-consumo que atendam
no mínimo as legislações aplicáveis, e participe na conscientização do consumidor em seu
papel dentro deste sistema sustentável.
A velocidade com que a Logística Reversa irá se desenvolver para a empresa passar do de
reativa para de agregação de valor dependerá o estágio em que se encontra o pensamento
estratégico em relação à sustentabilidade, e a sua percepção de valor quer nas questões sócio-
ambientais que envolve o pós-consumo, quer na oferta de serviços no pós-venda e as
oportunidades de usar esta cadeia reversa como uma vantagem competitiva.
As dificuldades já mencionadas de integração das informações, falta de sistemas de apoio
(ferramentas que integradas), e problemas de colaboração entre as partes envolvidas são os
principais obstáculos após vencida a fase inicial de conscientização do valor adicionado pela
Logística reversa.
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