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(

~,

ASPECTOS

DA SEDIMENTAÇÃO,

REGIÃO NORDESTE

PATOS:

DA LAGOA DOS

LAGOA DO CASAMENTO

SACO DO COCURUTO-RS

JORGE

NA

ALBERTO

E

- BRASIL

.VILLWOCK

1 9 7 7
FEDERAL

UNIVERSIDADE

CURSO

DE

p(jS

DO

GRADUAÇÃO

RIO
EM

GRANDE

DO

SUL

GEOCI~NCIAS

-,

"ASPECTOS DA SEDIMENTAÇÃO
LAGOA DOS PATOS:
COCURUTO

-

RS

-

NA REGIÃO NORDESTE

LAGOA DO CASAMENTO

DA

E SACO DO

BRASIL"

Por:

JORGE ALBERTO VILLWOCK

Orientador:

Prof. Dr. LUIZ ROBERTO SILVA MARTINS

r

/-

- 1 9 77r
r
(
(

FEDERAL

UNIVERSIDADE

DO

RIO

r
l

Prof. Homero Só Jobim
(
(
(

REITOR

Prof. Gerhard Jacob
(

PRó-REITOR DE PESQUISA E PóS-GRADUAÇÃO

CURSO DE P6S-GRADUAÇÃO

Profa. Marleni

EM GEOCI~NCIAS

Marques Toigo

COORDENADORA

COMISSÃO

COORDENADORA

Prof. Carlos Alfredo

Bortoluzzi

Prof. Dr. Irajá Damiani Pinto
Prof. Dr. Luiz Roberto Silva Martins
Prof. Dr. Milton

Luiz Laquintinie

Formoso

COMISSÃO E~MINADORA
Prof. Dr. Luiz Roberto Silva Martins
Prof. Dr. Carlos Maria Urien
~

Prof. Dr. Renato Rodolfo Andreis

~

Prof. Dr. Ivan Medeiros

r

Prof. Dr. Paulo da Nóbrega

(
(

~
,
~

(

Tinoco
Coutinho

GRANDE

DO

SUL
,.

4

Quem nada conhece,

nada ama.

Quem nada pode fazer, nada compreende.
Quem nada compreende,
Mas quem compreende

nada vale.

também ama, observa,

Quanto mais conhecimento

ve...

houver inerente

numa coisa, tanto maior o amor...
Aquele que imagina que todos os frutos
amadurecem

ao mesmo

nada sabe a respeito

tempo como as cerejas,
das uvas.
Paracelso.

Ama-se

aquilo por que se trabalha

trabalha-se

e

por aquilo que se ama.
Erich Fromm.

Por e para
MARICE,

LUIS HUMBERTO

E MAlTE.
5

INDICE
Página n9
RESUMO.

1.

.

.

.

.

.

8

..............

.

.

1.1.

Objetivos.

1.2.

Localização

1.3.

Métodos

1.4.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

10

.

INTRODUÇÃO..

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

10

da Ârea

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Agradecimentos.

de

.

Geográfica

.

2.

PANORAMA

GEOL6GICO

3.

GEOMORFOLOGIA

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Trabalho.

11
13

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

15

...........

REGIONAL

E ASPECTOS

RELACIONADOS

16

.

.

.

.

.

.

3.1.
3.2.

A Margem Lagunar

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

O Corpo Lagunar

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

3.3.

Evolução Geomorfológica

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

4.

4.1.
4.2.

Sedimentos

das

59

.

59
60

.

61
61

Âreas

Características

Fonte.

.

.

Terraços

4.2.1.1.2.

Depósitos

4.2.1.1.3.

Terraços

4.2.1.1.4.

Depósitos

4.2.1.1.5.

Depósi

4.2.1.1.6.

Praias

4.2.1.1.7.

Cristas

Lagunares

..'

Fluviais.

4.2.1.2.

Sedimentos

.

4.2.1.3.

Sedimentos

de Fundo

dos

.

.

4.3.1.

.

.

Características

4.3.1.1.

Fácies

Arenosa.

.

64
.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

66
69
72

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

75
75

.

.

79

Fluvial

da Parte
.

.

.

61

,

.

.

.

.

.

.

do Guaíba
Norte

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Lagoa
.

.

.

.

.

.

.

.

.

82

..

.

.

.

.

.

.

.

82
84

.

.

.

.

85

e Saco do. Coc~

.

.

.

.

.

.

.

.

.

..........

Texturais
.

.

da

........

da Lagoa do Casamento
.

.

.

Fração Fina: Argilo-Minerais
.

.

.

Mineralógicas

Grosseira.

.

.

.

4.2.2.2.

.

.

.

Fração

ruto

.

.

4.2.2.1.

Sedimentos

.

.

do Complexo

4.3.

.

.

Praia.

Características

.

.

.

.

.

.

táicos.

Lagunares

.

.

.
.

Flúvio-Del

Patos

.

............

Eólicos

de

.

............

Marinhos

tos

.

..........

Texturais

Sedimentos da Margem Lagunar

4.2.1.1.1.

4.2.2.

49

.................

Generalidades

4.2.1.1.

20
43

.................

SEDIMENTOLOGIA

4.2.1.

19

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

87
87

.

.......

.

.

.

89

4.3.1.1.1.

Sub-Fácies

Areia Média

4.3.1.1.2.

Sub-Fácies

Areia Média-Fina

.......

91
93

4.3.1.1.3.

Sub-Fácies

Areia Fina-Média

.......

94
6

Página n9

4.3.1.2.

Fácies

Areno-Síltica

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

98
99

4.3.1.3.

Fácies

Silto-Arenosa

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

102

4.3.1.4.

Fácies

Síltica

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

106

.

.

.

.

.

.

.

.

108

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

4.3.1.1.4.

SUb-Fâcies

4.3.2.

Areia-Fina.

.

Características

.

.

.

Fração

Grosseira.

4.3.2.2.

Fração

Fina:

Distribuição

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Argilo-Minerais.

Facio16gica

dos Sedimentos

Areia-Silte-Argila

4.4.1.2.

Areia

.

Média-Areia

Variação

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

111
111

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

113

variação da Mediana

4.4.2.2.

variação

4.4.2.3.

variação do Desvio Padrão
Variação

-

do Diâmetro

da

.

Md

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

..

.

.

.

.

.

.

.

.

115

.

-

Médio

Curtosis

Est~

.

-

Mz

al

.

115
117
120
123

Variação da Assimetria - Skl

4.4.2.5.

.

.

4.4.2.1.

4.4.2.4.

.

.

Granulométricos
.

109

Lagun~

...

Fina-Silte

dos parâmetros

tísticos

.

109

111

Distribuição de Fácies-Texturais

4.4.1.1.

4.4.2.

.

.....................

res
4.4.1.

.

Minera16gicas

4.3.2.1.

4.4.

.

.

125

Controles da Distribuição Facio16gica
4.4.3.1.
Características dos Materiais das Áreas Fon

128

....................

129

4.4.3.

.

te
4.4.3.2.

4.5.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Evolução Morfo16gica do Corpo Lagunar

A Sedimentação

Lagunar Caracterizada

metros Granulométricos
4.5.1.

.

Morfologia e Condições Hidrodinâmicas
Corpo Lagunar

4.4.3.3.

.

parâmetros

.

.

.

.

.

Estatísticos

.

do
.

.

.

131

.

.

.

135

pelos Parâ
.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

& WARD

de FOLK

'.

4.5.1.1.

Diâmetro

Médio

versus

Desvio

4.5.1.2.

Diâmetro

Médio

versus

Assimetria

4.5.1.3.

Diâmetro

Médio versus Curtosis

4.5.1.4.

Desvio Padrão versus Assimetria

.

.

.

.

.

.

4.5.1.5.

Desvio Padrão versus Curtosis

.

.

.

.

.

.

4.5.1.6.

Assimetria

4.5.1.7.

CaracterizaçãoAmbiental

Padrão

.

........

versus Curtosis

137
137
141
144
146
148
150
150

_.

4.5.2.
4.5.3.
4.5.3.1.

Diagramas

CM, FM, LM e AM

.

.

.

.

.

.

.

.

.

(PASSEGA & BYRAMJEE)

índices Granulométricosde DOEGLAS
.............
índices Ql Md Q3

.

.

.

.

.

153
160
166
167
_.

7

Página

n9

172
4.5.3.2.

índices

5.

SUMÁRIO

DAS

6.

'lQ1MdQ399

BIBLIOGRAFIA

.

CITADA.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

CONCLUSÕES.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

175

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

184

ANEXOS:

,18 Tabelas,
57 Figuras,

7 Fotografias

e

3 Fotomicrografias,
1 Mapa Geomorfológico

intercaladas

no texto.

em encarte, na contra-capa.
8

RESUMO

A formação
senvolvimento

da Lagoa dos Patos foi condicionada

de uma barreira

das oscilações

eustáticas

Os aspectos
reira evidenciam
,
(

gressao

ocorridas

da margem

Os processos

crescimento

arenosos,

do Casamento

(

mecanismo

acomp~

que os

da laguna

o

mediante

que deu origem a Lagoa

e ao Saco do Cocuruto.

Os sedimentos
(

lagunar desta bar

de sedimentação

a compartimentação

de pontais

sob a influência

de pelo menos quatro ciclos de trans

nharam, proporcionaram

-

arenosa,

durante o Quaternário.

geomorfológicos

a existência

e regressao.

múltipla,

de

pelo

nosos e silticos.

do fundo destes corpos lagunares

As fácies arenosas

e rasas e tem suas caracteristicas
tipo de material

ocorrem

texturais

are

são

nas partes marginais
influenciadas

das áreas fonte, da natureza,

pelo

inte~sidade

tem

e

po de atuação dos agentes de sedimentação.

As fácies silticas

cupam 'as porções

As zonas

o

(
I
.'.

centrais,

rias sao atapetadas

mais profundas.

por fácies transicionais

intermediá

areno-silticas

e sil

to-arenosas.

Os terrenos

quaternários

da margem

dos durante os ciclos transgressivos,
te dos sedimentos
em suspensão

lagunares.

retrabalha

lagunar,

constituem

Parte do material

a principal

trazido

siltico

na

pelas águas da Lagoa dos Patos que ingressam

goa do Casamento,

provém das terras altas que margeiam

fon

La

a provincia

Costeira.

Os principais
mentação

agentes

envolvidos

nos processos

são o vento, as ondas e as correntes

lação das águas é também influenciada

lagunares.

pelos sistemas

de

sedi

A circu

fluviais

atu

antes na região.

A sedimentação se processa em um ambiente de aguas rasas
9

e doces,

levemente

ras nas partes

granulométrica

PASSEGA

é redu

que

os métodos

por vários ambientes

~

& WARD

de

em ana
(1957),

úteis

sedimenta

Entretanto

a sua

paleo-ambiental
costeira

definidos

fi

e

que se des

Ocorre muitas vêzes que o rápido r~
depositados

em ambientes
texturai~

A maior parte dos sedimentos

do fundo lagunar tem propriedades
praiais

recentes

em urna província

gia é incapaz de apagar as características

ambientes

baseadas

de FOLK

único na determinação

de materiais

ciclo anterior.

os aspectos

(1968),são efetivamente

de ambientes

pois a sedimentação

e promovida

ambiental

físicos são conhecidos.

locam no tempo e no espaço.
trabalhamento

da área controlou

(1969) e DOEGLAS

e interpretação

ca prejudicada,

fauna de moluscos.

no corpo lagunar.

corno critério

pOlicíclica

bentônica

de caracterização

ção onde os parâmetros
utilização

biológica

mostraram

& BYRANJEE

na descrição

reduto

geomorfológica

da sedimentação
Tentativas

lise

e pouco

a urna pequena

A evolução
maiores

nas margens

A atividade

centrais.

zida e relacionada

oxidantes

ácidas,

e eólicos.

semelhantes

de alta
herdadas

ener
do

das fácies arenosas
aos depositados

em
~
'"

10

1.

INTRODUÇÃO

1.1.

Objetivos

~

O presente
sedimentologia

trabalho

constitui

da Lagoa dos Patos, cujo estudo vem sendo feito des

de 1963 pela equipe do atual Centro de Estudos de Geologia
ra e Oceânica
Federal

-

CECO, do Instituto

do Rio Grande do Sul.

Esta

de Geociências
iniciativa,

dos para compor o quadro geral dos processos
nesta que constitui

uma das áreas lagunares

tantes da superficie

cessa atualmente

aqui caracterizar

na Lagoa do Casamento

pos d'água em adiantado
nordeste

Costel

da Universidade

pretende

geológicos
costeiras

reunir da

atuantes

impoE

mais

do planeta.

Pretende-se

na porção

a

mais uma contribuição

a sedimentação

que se pr~

e no Saco do Cocuruto,

estado de segmentação

lagun~r,

situados

Costeira

da Lagoa dos Patos, na Planicie

cor

do

Rio Grande do Sul.
Paralelamente

ao mapeamento

do fundo, será efetuado
existente,
texturais

um estudo granulométrico

com a finalidade
com o ambiente
O reconhecimento

te estudos mineralógicos,
cional,

partindo

constituirão

de correlacionar

deposicional

e a compreensão

chaves

sedimentos

do material

os seus

ali

parâmetros

dos sedimentos,

median

do seu mecanismo

deposl

hidrodinâmicas

do corpo

no sentido de prever

na area de estudo, do material
vial do Guaiba que apresenta

dos

lagunar que domina a area.

da proveniência

das condições

elementos

faciológico

a

lagunar,
influência,

trazido pelas águas do complexo flu

niveis de poluição

cada vez 'mais ele

vados.
Nesse sentido,
dos raros criadouros

a Lagoa do Casamento

de peixes não atingidos

é, ainda hoje,
pela poluição,

um
con
11

..

forme afirma FREITAS

(1975).

Além disso, desenvolve-se
ra rizícola

intensa cult~

que depende de suas águas na alimentação

de irrigação

dos sistemas

das lavouras.

~ pois de interesse
-sistema.

às suas margens

regional,

Para sua compreensão

a preservação

estão dirigidos

eco

deste

também os

objet~

vos deste trabalho.
Do mesmo modo,
certa freqüência,

como adequada

tinado a ligar Porto Alegre
sua posição

com

a área em pauta tem sido apontada,
para a construção

ao Oceano Atlântico,

de um canal des
tendo em vista a

geográfica.

~

Não será discutida

aqui a viabilidade

tanto quem o fizer encontrará
tureza geológica

1.2.

indispensáveis

Localização

volve a porção

nordeste

renos constituidos
ternária

anteriormente,

que integram

por

a cobertura

en
ter
qu~

p~

no mapa índice na Fig. 1.

e 30030' de latitude

entre as coordenadas

sul e 50030' e 50050'37"

uma superfície

cípio .de Osório,

a área de estudo

do Rio Grande do Sul, conforme

A área está compreendida

abrangendo

da Ârea

da Lagoa dos Patos e é bordejada

Costeira

de na

para tanto.

pelas formações

da Província

de ser observado

neste estudo alguns subsídios

Geográfica

Como foi méncionado

de tal obra,entr~

Viamão

de longitude

de 1.264 km2, incluindo

e Mostardas.

30008'40"

partes do

oeste,
muni
,I
I

12

---

-

[F---

[I

50° 45 '

500 50'

/

, -,

":-,-- õ.

-30"10'1

,, ',
,, II



I
I
I

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50°35'

50°40'

,,
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,

,

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.
.

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. .

-30°15'

.

t,

..

-30"20'

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.

.

. .
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.
.
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.
LAGOA

I

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.

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.

oos

.

PATOS

.

"

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.
sco

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.

.

---~

-300 20'

'.''-;),

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.

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~

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-30°25'

.

.

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iO C8CRUO

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I~
~
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50445'

50"50'

Figura

I
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,:

.

r-.-)
LAGOA

.'
--. ,-

o

.

.30°25'

-30"15'

i

-

MAPA DE AMOSTRAGEM E

28°
ARGENTINA

SITUAÇÃO DA ÁREA NO ESTADO.

~
50°

ESCALA

1:200_000

tj
13

1.3.

Métodos

Os trabalhos
1 : 100.000,

de Trabalho

de mapeamento

Lagoa
de

escala

tendo por base as folhas plani altimétricas,

la 1 : 50.000, publicadas
Exército.

na

foram realizados

Foram

pela Diretoria

utilizadas

do Capivari

as folhas

(SH.22-P-I-2),

em esca

do Serviço Geográfico

Passo

Desertas

do Vigário

do

(SH.22-P-I-l),

(SH.22-P-I-3)e

Ilha Gran

(SH.22-P-I-4).
A análise

tuada mediante

das principais

a interpretação

geológica

na escala 1 : 60.000, e posterior
As quarenta
tipo amostra
material

amostras

que, remobilizado

termédio

de um busca-fundo

seira

de um

a ,partir

135 amostras,
na fig~ra

cuja localiza
1.

em sacos plásticos,

foram la
e

descritos

para a classificação
Os resultados
mediante

por peneir~ção,

Foi utilizada

sub
por
gro~

utilizando-se
(grãos

meno

a escala de

Went

de 1/4 ~, e a da fração fina

por pipetagem.

~

rios que neles

(1938), que incluem a análise da Íração
que O,062mm),

in

por

ao longo de perfis

e nos cursos dos diversos

no mapa apresentado

com intervalos

interpretados

do

contribui

da região,

de análise granulométrica

& PETTIJOHN

res que O,062mm),
worth

granulométrico

laboratório e após secagem em estufa, desagregadas

(grãos maiores

peneiras

do tipo raspador,

acondicionadas

aos processos

KRUMBEIN

a controle

pelos pescadores

Nesta etapa foram colhidas

As amostras

metidas

do

na área emersa foram

pelos agentes da superfície,

utilizada

ção pode ser observada

vadasem

colhidas

do fundo foram amostrados

través dos corpos d'água
desaguamo

aereas,

de fotografias

lagunar.

Os sedimentos
embarcação

efe

foi

exame no campo.

simples e se destinaram

para a sedimentação

caíque,

feições morfográficas

de tamanho de grão.

obtidos

da análise granulométrica

a aplicação

dos métodos

de FOLK &

foram

WARD
14

(1957), PASSEGA

(1957) e DOEGLAS

Foram escolhidas

(1968).

quarenta

e cinco amostras

representat~

vas para o estudo mineralógico.
A fração grosseira
seu conteúdo

em minerais

por decantação

foi analisada

em bromofórmio,

conhecer

A separação

leves e pesados~

objetivando

foi

utilizando-se

da entre 0,250 e 0,125 mm, partindo-se

a fração

o

feita

compreend~

de uma amostra

inicial

de

5 gramas.

'A fração pesada

foi montada

do

em lâminas com Bálsamo

Canadá para estudo microscópico.
A fração leve, montada
dá, sem lamínula,
de método
método

foi estudada

colorimétrico,

preconizado

cra separada

para determinar

por HAYES

Os sedimentos

determinar

& KLUGMAN

feldspatos,

conforme

sua fração menor que

e analisada

a natureza

após a aplicação

o

(1959).

finos tiveram

por decantação

X objetivando

em lupa binocular

Cana

do

em lâminas com Bálsamo

no difratômetro

4 p m~
raios

de

dos argilo-minerais

constituin

teso
No estabelecimento
Lagoa do Casamento,
-

do padrão de circulaç~o

no Saco do Cocuruto

norte

da

La

,

goa dos Patos foram utilizadas
lite ERTS-l,
quisas
(1976)

gentilmente

Espaciais

-

efetuou-se

os trabalhos

CLOSS

cedidas pelo Instituto
o método

obtidas

pelo saté

Nac~onal

de

Pes

apresentado por HERZ

.

estudada,

contram

imagens orbitais

INPE, adotando-se

Com o objetivo

NHA

e na porção

das águ~s na

de caracterizar

extensa pesquisa

nela anteriormente

MARTINS

(1963),

MARTINS

(1963, 1970), DELANEY

(1972), VILLWOCK,

de modo global a

bibliográfica,

executados,
(1966),

& FORMOSO

que envolveu

dentre os quais se en

MARTINS

& GAMERMANN

(1960, 1965 e 1966), JOST

MARTINS

região

(1967),

(1971),

(1972) e VILLWOCK

CU

(1973).
15

1.4.

Agradecimentos

Resulta este trabalho

da cooperaçao

e

assistência

a quem apresentamos

parte de pessoas e instituições,

por

sinceros

a

gradecimentos.
Aos professores

Luiz Roberto Martins,

hardt, Eloy Lopes Loss, Inês da Rosa Martins
gestões

e pelo incentivo

Dehn

pelas críticas,

su

constante.

Aos laboratoristas

Rubem Bernardo

artista Naira Jane, ao Sr. Girley Valério
Schmitt Kroeff,

Ely Alberto

pelos trabalhos

e Gilberto

Santos,

Sr.

Simões e ao

de laboratório,

desenho,

à

Rubem
datilo

grafia e fotografia.
Ao Instituto
gens orbitais

do satélite

à FAPERGS,
e que tornaram

de Pesquisas

possível

Espaciais,

pelas ima

ERTS-l.

CNPq, COCEP-UFRGS

Ao Instituto
Rio Grande

Nacional

pelos auxilios

concedidos

a sua execuçao.
de Geociências

do Sul, pela oportunidade.

da Universidade

Federal

do
16

2.

PANORAMA

O sistema
víncia Costeira

do Rio Grande do Sul

geológicos

O primeiro

Província
maiores,

é composto

Ias seqüências

subsidente,

da

e vulcânicas,

instalada

clástica

tectonicamente

Pelotas.

pré-cambriano

e p~

e mesozóicas

de

Pelo tas , compõe-se

acumulada

e

por dois

paleozóicas

de

Pro

cit.).

e a Bacia de

cristalino

a Bacia

ob.

é constituida

o Embasamento

O segundo,

sedimentar

(VILLWOCKi

Costeira

pelo complexo

sedimentares

da Bacia do paraná.
urna seqüência

REGIONAL

lagunar em estudo é parte integrante

A referida
lementos

GEOL6GICO

em urna bacia marginal

na borda do embasamento a paE.

tir do Cretáceo.
Cerca de 1500 metros de espessura
positados

nesta bacia desde os tempos miocênicos

A sedimentação

rinhas.

retrata

taxas de subsidiência
do Pleistoceno,
no decorrer

VILLWOCK

a princípio

e sedimentação

governadas

encerrando

deste

conjunto

cuja porção

superior

urna série de unidades
e no tempo, resultante

tes de sedimentação

ma

pelo balanço entre as

a

partir

ocorridas

eustáticas

se observa

Fig. 2, a area que margeia
ruto é constituida

detalhadamente

por um pacote
expõe-se

descri ta por

sedimentar

na planície

lito-estratigráficas.
do deslocamento

litorânea
desconunuas

de vários

ambien

apresenta

responsáveis

pela

nos dias atuais.

no esboço geológico

a Lagoa do Casamento

fundamentalmente

tran§

região, conforme, atestam as

nela esculpidas,

que a região costeira

Conforme

,i

por sobre a mesma

feições morfográficas

configuração

recente.

e tr~nsgressões

e posteriormente,

pelas variações

(ob. cit.), é constituida

-regressivo,

o

até

da Era Cenozóica.

A cobertura

grandes

urna série de regressões

Estas foram controladas

no espaço

de sedimentos foram d~

apresentado

e o Saco do

pelos terraços marinhos

na
Cocu
da
17

0°
"!...

...
I.

/
1
Y
/.".

30°15'.

LAGOA

CASAMENTO

DO

N

Ô
LAGOA
30°30'

DOS
PATOS

FIG.2 - Esbõco
geológico da porcõonorte da barreira múltiplada Lagoa dos Pg
tos e situacõo da área no Estado.
'1

o

'1

ESCALA:

~

12

___~NTA
CATARINA
ARGENTINA

16 km

1'400.000

LEGENDA:
Estradas

~

~

Drenagens.
o
Z
"-J
<.:>
o

-'
o
:x:

Depósitos eólicos e praiais marinhos atuaisH

C2]

Depósitos lagunares, praiais lagunares, paludois, fluviais, indivisos, atuais e sub-atuais..

~

Ita poõ

§
[[[]]

indiviso

Chuí indiviso
~

{

Emba sa meto

C2j

cristalino

URU:::~j-

-~

~

desenho

o

borbosQ
18

Formação
atuais

Chuí, depósitos

e sub-atuais

lagunar,

paludal,

eólicos da Formação

de ambientes

Itapoã e os de~itos

praial marinho,

fluvial e eólico.

praial

lagunar,
c
r
(
(

19

3. GEOMORFOLOGIA

(
(
(

Para melhor
xos que atuaram
construindo

E ASPECTOS

compreensão

RELACIONADOS

dos fenômenos

geológicos

compl~

na área em apreço e que ainda hoje se manifestam,

e destruindo

as mais variadas

to

feições do modelado

(

pográfico;
l
(

í

nela efetuou-se
Exterioriza-se

Rio Grande

nície Costeira
uma delas,

Costeira

do

sob a forma de Uma extensa

área

cerca de 47.150 km2, denominada

(1948), de Planície
DELANEY

Costeira

em várias unidades

a Planície

Arenosa

(1973), subdividiram

Litorânea,

Por abranger

pelo papel que sua evolução

ção lagunar,

ela será detalhadamente

das Lombas

tos arenosos

Arenosa

e é constituida

das formações

os corpos

lag~

os

que

margeiam,

.

na sedimenta

desempenha

descrita

Litorânea

Em

situam-se

os terrenos

esta PIa

distintas.

geomorfológicas

e, portanto,

A ~lanície

NOGUEIRA

por

do Rio Grande do Sul.

(1965) e VILLWOCK

nares ora em estudo.

Coxilha

geomorfológico.

a maior parte da Província

do Sul, em superfície,

de terras baixas,

í

um reconhecimento

a seguir.

desenvolve-se

leste

a

predominantemente

da

pelos depósl

Chuí e Itapoã, parcialmente

retrabalha

í

,

(

dos e cobertos

por uma grande variedade

de origem praial,

eólica,

táica, entre outras,

paludal,

A grande variedade
í

na difícil

a escolha

lacustre,

que se espalham

lagunar,

fluvial,de!

pela região.

de feições encontradas

de critérios

recentes

de acumulações

que permitam

nesta área tor

sua divisão

em sub

(

-unidades

Entretanto,

/

I

tualmente
,.-

!

(
r

(

í
.
(

c

morfológicas.

a existência

na referida

de tres grandes

ja, uma longa e complexa
ceano Atlântico
dos processos

planície

barreira

domínios

ambientais,

arenosa emersa,

da Lagoa dos Patos, sofrendo

relacionados

a

arenosa observa-se

o

separando

por um lado

ao mar e pelo outro,

ou se

submetido

O

,açao

a

a

ln
20

fluência

dos agentes

lagunares.

to de vista prático,

subdividir

dades,

a barreira

nas seguintes.

predominante,

po~

sub-uni

ou seja,a margem

la

e a margem oceânica.

Pelos mesmos motivos
os aspectos

torna-se mais fácil,do

a planície

de acordo com o ambiente

gunar,

Assim

relacionados

mencionados

com a margem

anteriormente,

apenas
a

lagunar serão descritos

seguir.

,3.1.

A Margem

Conforme

pode ser observado

parte norte da barreira
de VILLWOCK

Lagunar

múltipla

(ob. cit), vide Fig.

o lado oeste da grande barreira
ta lagunar

da

no mapa geomorfológico

da Lagoa dos Patos,

58

em encarte

na

arenosa é constituido

cujos aspectos morfológicos

reproduzido
contracapa,

por uma cos

são . peculiares.

~

Diferindo
costa oceânica,
dos vários

totalmente

as que aqui se apresentam

agentes

envolvidos

na dinâmica

açao nesta região durante os últimos
Deste modo,

Ligada

faz-se necessário

ao Oceano Atlântico

ressaltar

comen

alguns as~

em última análise,

no sentido de BIRD

por um único e permanente

e

Canal de Rio Grande, a Lagoa dos Patos

laguna que se comporta

essencialmente

como um sistema

c~

uma

estuarino,

(1968).

Esta laguna constitui

brasileira.

e tecer maiores

atual de suas margens.

nal de escoamento,

das na planície

interação

tempos geológicos.

da Lagoa dos Patos, responsável

pela configuração

da

lagunar e retratam a sua

antes de descrevê-las

tários sobre a sua origem
tos da dinâmica

resultam

a

junto

das feições observáveis

costeira

a maior das massas d'água

do Rio Grande do Sul e de toda

Possui urna área aproximada

repres~

a

costa

de 11.000 km2, estendendo
21

-se por 250 km de NNE para SSE, com uma largura máxima
A topografia
ria das margens
estando

e 15 metros

mostram-se

rasas, oscilando

pela maré oceânica

que segundo MOTTA

das variações

alterações

(1969) ,é,

médios

aguas

que drenam

u

175.000 km2, cerca de 5/8 da superfície
zonas expostas

a

dife

regimes pluviais.
A descarga

para o interior

dos

rios

Da mesma
variações

,que se projetam

pela configuração

no nível d'água ocasionando

ca em diferentes

Por

oca

de até 2

são influenciadas

Um forte vento soprando
uma forte corrente

mais fracas, reversas,

somados às variações

d'água e controlam,

ao longo do

na região

de pressão

particularmente,

da laguna.

atmosféri

pela movimenta
o fluxo e

fluxo na zona do Canal de Rio Grande e por conseqüência,
no interior

a

ao longo das margens.

partes da laguna são responsáveis

de salinidade

por

da laguna.

desenvolve

Tais agentes

diferenças

geradas nessas condições

da laguna.

da mesma,

xial e correntes

,

forma, o legime dos ventos é responsável

As correntes

ção das massas

correntes

o seu efeito se faz sentir por longos trechos.

entre as extremidades

comprimento

desenvolve

da laguna em torno das desembocaduras.

sião das enchentes

buição

muito

das

no nível

da vazão de seus tributários

do Estado do Rio Grande do Sul', abrangendo

metros

e

do tipo diurno e atinge valores

apreciáveis

ma área de aproximadamente

grandes

com

0,47 metros.
Entretanto,

rentes

às zonas centrais

das águas nesta bacia alongada

na região de Rio Grande,

decorrem

confinadas

(Fig. 3).

influenciada

de apenas

metro,

entre 0,5 e 1

ao longo do Canal de Rio Grande onde oscila entre 10

A movimentação
pouco

A maio

de fundo, embora suave, é variada.

as partes mais profundas

7 a 8 metros

de 60 km.

Maiores

re

a distr~

detalhes

so

bre este mecanismo, podem ser encontrados em CLOSS (1963), CLOSS
22

PÔRTOALEGRE
08
~}<io/

Arr.

O~ '

N
.~./3
~)U'
~.
(-

~~
I

~

,CJ
C,

~

~

r.
'V-

~'v

i

,

'V-

_.._--..--------

FIG. 3

(~

()

G

~

~

~

-

CONFIGURACAO
E BATIMETRIA
DA
LAGOADOS PATOS
10
~

o

ESCALA
10
20

30

40km

Modificadoda carta n22140, Divisãode Hi
drogrofio e Novegão do Ministério dá
Morinho.
.
desenho:

(
,

,

I,

a

barbas

a
23

& MADEIRA

(1968) e VILLWOCK
HERZ

gens orbitais

et alii

(1972).

(1976), fazendo interpretações
obtidas

pelo satélite

preliminares

ERTS-l e laboratório

SKYLAB da área da Lagoa dos Patos, propõe um modelo
para as águas superficiais
rial em suspensão

da referida

como traçador

As conclusões
te as considerações

de im~

espacial

de circulação

o

laguna utilizando

mate

natural.

apresentadas

pelo autor confirmam plenameg

feitas até aqui no que diz respeito

à circula

ção das aguas.
Com

paraçoes

efeito,

HERZ

estabelecidas

dade regular
semelhante

(ob. cit.),

revelaram

mostra

que

o fato de que ventos comintensi

uma

abaixo de cinco nós, podem provocar

à da Fig. 4, onde as descargas

portância

maior

na manutenção

condições

com

as primeiras

fluviais

circulação

im

assumem uma

é do tipo celular.
Por outro

maiores
dendo

do sistema de circulação

lado, quando os ventos assumem

que cinco nós aquela distribuição

chegar ao apresentado

nordeste

de nordeste

As correntes
acima descrita

geradas

de material

mento

de salinidade,

a sua deposição

um

pela movimentação

da massa

a

no que diz respeito

sedimentar

ero

ao longo da laguna. De um

apenas pela manutenção

levando-o

líquida

até o extremo'sul,

através de processos

em suspeg

toda

por

o

onde

de floculação,

au

provoca

(VILLWOCK et alii, ob. cit.).

Entretanto,
vários

as aguas provocando

fino trazido pelos rios, distribuindo-o

a bacia de sedimentação,

de

soprando

para sudoeste.

modo geral elas são responsáveis
são do material

arrasta

não são muito efetivas

são e transpôrte

intensidades

vai sendo modificada,p~

na Fig. 5, onde o vento

com 10 nós de intensidade

fluxo contín~o

,

que nestas

ao longo dos canais que intercomunicam

corpos d'água adjacentes

de nivel, verdadeiras

marés,

os

à Lagoa dos Patos estas variações

geram correntes

muito

fortes.

Deve
24

52°
....
"

.
N

I
I
)

I
I
~

rJ
)..J

/.
32°
<:J~

s
w

Figura - CIRCULACÃODAS ÁGUAS NA LAGOADOS PATOS.
4
ESQUEMA DE INTERPRETACÃODE IMAGEM ERTS /338-12475
DE 26/06/75.

Modtlicodo de HERZ f/97SJ.
~
~

Figura 5

-

-

-

I

CIRCULAÇAO
DAS AGUASNA LAGOADOS PATOS.ESQUEMA
DE INTERPRETAÇAO
ELABORADO
COMIMAGENS

DA ESTACÃOESPECIAL SKYLAB OBTIDASE 01/09/73.

Mod/ficodo de HERZ fl975J.

.~
~
.~
;;;
.~
"
..,
~

IV
U1
26

-se a elas a criaçao

e a manutenção

das profundidades

elevadas

do

Canal de Rio Grande,

bem como das do Canal Furado e do Rio do Mon

o

jolo, estes na área da Lagoa do Casamento

e Saco do Cocuruto.

material

nestes cursos d'água

posita-se

sedimentar

erodido

e movimentado

nas suas desembocaduras

constituindo

deltas de maré como o que se observa

barras

de

e

de areia

na Lagoa dos Gateados,

pouco

ao sul da área em estudo.

exerce

ondas

~ incontestável o fato de que a ação das

um papel proeminente no balanço erosão/deposição responsável pela
configuração
mais efetivas

do que as correntes

Enquanto

xao de ondulações

de maré

(KIDSON, 1968).

que nas costas oceânicas

das ondas resultam

da modificação

as

por refração,

características
difração

independentes

radas na superfície

de uma laguna estão relacionada~

duração

dos ventos

picamente

Elas

e depositar

roes e barreiras.

particularmente

são

capazes

o material

de erodir

erodido,

o assoalho

a costa

alturas

lagunar, trans

eSPQ

praias,

inconsolidados

fundo

do

nas partes mais profundas,

a

lagunar.

As ondas que chegam à linha de costa, fazendo

-

ti

períodos

durante os

construindo

Removem os sedimentos

nas areas mais rasas, depositando-os
plainando

(BIRD, ob cit.) .

sopra forte quando então podem desenvolver

de até 2 metros.
portar

à direção,v~

este último autor, as ondas das lagunas são

curtas e esbeltas,

em que o vento

g~

locais, as ondas

dos ventos que sobre elas sopram e do comprimeg

to do "fetch" sobre o qual o vento atua
Segundo

refle

e

de áreas de geração distantes (KIDSON,

provindas

ob. cit.), portanto

locidade,

muito

Nesse sentido elas são

das linhas de costa.

o--

um angulo de 45 , sao mais efetivas

na geraçao

com

de correntes

ela
lito
Es

râneas do que as que ali incidem com qualquer

outra direção.

tas correntes

são as responsáveis

litorâneas

(longshore currents)

pela movimentação de grande quantidade de material sedimentar,cog
27

tribuindo

sobremaneira

de a orientar-se

para o modelado

perpendicularmente

da linha de costa, que ten

a direção

resultante

ven

dos

tos que nela incidem.
Entretanto,

se a resultante

ondas não for a mesma que as do "fetch" mais
ta orientar-se-á

perpendicularmente

Mudanças
por erosão

nesta orientação

(retrogradação)

gem lagunar,

através

teram o padrão

direta

do

regime

como por deposição

tornando-se
eólico

da

com a resultante

dire

das

expressao

lagunar uma

e duração,

mas usualmente

na direção

em qual

Se os ventos de todas as dire

em velocidade

pode ser atingida,

al

Estas modificações

a configuração
regi ao.

tanto

(progradação) da mar

do "fetch" no sistema lagunar até o ponto

vais em forma, alongadas
ob.

entre as duas.

são sempre acompanhadas

da deriva litorânea.

ções forem equivalentes
circular

longo, a linha de cos

à bissetriz

quer parte da praia o "fetch" coincida
çoes dos ventos

de

desses ventos geradores

uma configuração

as lagunas tornam-se

dos ventos domi~antes

~

(BIRD,

cit.).

De acordo com ZENKOVITCH
estreitas,

estes processos

de

enseadas

que tendem a crescer

e conver

levam ao desenvolvimento

por erosao e esporoes

deposicionais

gir de modo a dividir

a laguna em uma série de bacias menores

ja forma refletirá
processo

o regime regional

foi denominado

e

(1959), em lagoas alongadas

dos ventos

pelo autor acima citado,

(Fig. 6).

de

cu
Este

segmentação

lagunar.

No decorrer

desse processo,

a erosao de ambas as costas

faz com que a largura da laguna torne-se

consideravelmente

maior

do que na sua forma inicial.
Os dados apresentados
ao regime dos ventos
produzidos

na Planície

na Fig. 7, mostram

por DELANEY
Costeira

(ob. cit.), relativos

do Rio Grande do Sul,r~

em resumo que os ventos

ali

predom!

nantes são os de nordeste oriundos da zona de alta pressão da mas
28

"'co S T

.
."

*.

2~

.-'

.::;:;{{{:~:t~~i~::::::~~.>:::;:i:;:~:::::::::..~~:~.~
.::.::::./:~:t:::::.::..=..~...::~:::::::::;i:::::::;::;:~:~:;~:::::;;~:?}-}}}}

3

-

Fig 6

,
DIAGRAMA A EVOLUCAO UMAAREA DELAGOA
D
DE
Segundo

Zenkovitch (1967)
d'$,nhD:

D.

bDfbD$O
29

FIG.7
ROSADOSVENTOS
ANUAIS
GERAIS
E CIRCULACÃO ÁGUANA LAGOADOSPATOS
DA

i

Modificado de DeJaney(19651

+
+

;(

N

~
Os ndm.ffJ'

"p,...rrtam

"p8II(1," que nõo pud"am

ex.mplo: 3 .3p'/Itn
1pino'
1em.

o

d.,.nha:

!JIt m/h

100 ab..rvaçÕe'

ESCALA
50

100km

a. barbo.o

,,,

cDlocada,
30

sa tropical

altlântica que se situa sobre o Oceano Atlântico entre
o'
o
os paralelos 30 e 40 de latitude sul (MORENO, 1961).
Entretanto
forme MOTTA
qüentes

estacional

(1969), os ventos do quadrante

e violentos

maio a agosto,
sobretudo

há uma variação

de setembro

enquanto

mais detalhados

tos, a configuração
trabalho

de

sudeste apresentam-se

e sao mais raros de novembro
estabelecer

no que diz respeito

dinâmicos

acionados

a abril.

padrões qua~

dos

ao regime

atual da Lagoa dos Patos retrata

dos mecanismos

fre

são mais

a abril e mais raros e fracos

Embora não seja ainda possível
titativos

nordeste

que os do quadrante

de maio a outubro

Con

acentuada.

ven
o

fielmente

eólico

pelo sistema

que acima se caracterizou.
As suas margens mostram
esporoes

arenosos

tes litorâneas
te à direção

resultantes

e

de amplas baías

do trabalho das ondas e das

no sentido de orientar

as praias

corren

perpendicularme~

dos ventos dominantes.

O processo
sos enquadra-se
(1959)

uma sucessão

de formação

perfeitamente

e evolução

desses

naquele estabelecido

esporoes

areno

por ZENKOVITCH

.

~
desenvolvidas
com maior

na margem

intensidade

ção contraria

os ventos oriundos

por ondas durante

a

do nordeste.

por FISCHER

lagunar,

desenvolvidos

que

sofre

Tal situa

(1955) ,que atr!

da ilha de são Lourenço,

em ambiente

leques de espraiamento

de material

no Alaska,

detrítico

de

a partir da 'barreira arenosa

tempestades.

A presença
cos, atapetando

estabelecido

dos esporões

ao retrabalhamento

formação

oeste da laguna, exatamente

o processo

buia a formação

dos Patos

mais

notável o fato de que essas feições sejam muito

de sedimentos

finos, predominantemente

a maior parte das porções

(MARTINS & GAMERMANN,
dos referidos

esporões

norte e média da

1967), exclui a
arenosos,

sílti

Lagoa

possibilidade

a partir de

de

remobiliza
31

ção do material
gua da laguna,

de fundo por flutuações
tal corno propuseram

Deste modo,

co mais

dos Abreus

caracterizado

a oeste

é evidente

em sua região

e do Anastácio,

de

segment~

para o interior

se pouco menos

adiantada

As condições

isolam a Lagoa do
que se situa

por

prolonga-se

abrangida

da área lagunar

isto é, margem

nordeste

tal corno se deduz da sua

tivas feitas no local, são esquematizadas
Corno pode ser observado

de

costa.

cimento

configuração,

a circulação

responsáveis

forma, a circulação

d'água ao corpo lagunar,

área entre os pontais

dos Abreus

nesta

area

segue

e que

geram as

pelo modelado

é influenciada

da linha

pelo forne

pelos rios que ali chegam e pela
e Anastácio

que lhe serve de

co

com a Lagoa dos Patos.
Os rios Capivarí,

Palmares

Servem apenas corno elementos

sas e seu regime é controlado
Deste modo,

são

e a Sanga Pángaré,

senis, urna vez que drenam urna superfície

xas.

qualit~

na Fig. 8.

pelo regime dos ventos

litorâneas,

Da mesma

municação

Pa

gerais da Lagoa dos Patos, com a qual se comuni

Aqui ela é controlada

ondas e correntes

dos

d~ Lagoa

do relevo de fundo, do regime dos ventos e de obseryações

ca.

quase

do mesmo mecanismo~

tos e Lagoa do Casamento,

padrões

po~

da Lagoa dos Patos retrata urna fa

hidrodinâmicas

trabalho,

onde os

nordeste,

praticamente

e que com sua parte submersa

20 quilômetros

os mesmos

de

o fato

à sua formação.

Por sua vez, o pontal das Desertas,

pelo presente

(1956).

em franco processo

nos tempos imediatos

O processo

Casamento.

nível d'á

do

urna largura entre baías opostas muito maior do que

a que apresentava

pontais

PRICE & WILSON

fica perfeitamente

que a Lagoa dos Patos encontra-se
ção, mostrando

ressonantes

aplainada

de drenagem

pelas condições

rios

e de cotas bai

das areas

pantan~

pluviométricas.

na maior parte do tempo, a Lagoa do Casamen

to e o Saco do Cocuruto,

recebem uma grande quantidade

d'água pr~
32

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33

veniente

da Lagoa dos Patos.
Tal fato fica perfeitamente

magens

comprovado

tomadas pelo satélite

orbi tais

ERTS-l,

pelo exame das i

nas

apresentadas

Figs. 9 elO.
A imagem obtida

às 09h41m do dia 18/08/73,

a uma altit~

de de 920 km, tomada quando na região soprava uma vento leste,com
velocidade
através

de 1 m/s, aproximadamente

do complexo

2 nós, mostra

fluvial do Guaiba modificando

lular na parte norte da Lagoa, criando correntes
margens

da mesma,

fato que ocasiona

a saida d'água
a circulação

c~

de retorno pelas

com

desta

a troca das águas

as da Lagoa do Casamento.
As condições
cederam

meteorológicas

a tomada da imagem,

tram ventos

variáveis

igualmente

cimento

A precipitação

77,3 mm no mesmo periodo
de águas pluviais

a quantidade

apresentadas

na Fig. 9 mos

um

de leste, sudeste e oeste com

muito grande de calmarias.
elevada,

durante os dez dias que pr~

de material

pluvial,

é responsável

na área lagunar.
em suspensão

período

relativamente

pelq grande

Observa-se

forn~

também que

trazido pelas águas do Gua!

ba é muito maior do que o trazido pelas águas dos r.ios Palmares
Capivari

que chegam no lado leste da Lagoa do Casamento.

seqüência,

ruto

Como con

é a Lagoa dos Patos quem fornece a maior parte da

ga em suspensão

que aporta à Lagoa do Casamento

e

car

e ao Saco do Cocu

.

do dia 11/10

Por outro lado, a imagem obtida às 09h30m
/73 à mesma
te celular.

altitude,

mostra

No momento

mostram

dias entre 2,2 e 3,0 m/s.

ventos

eram

em torno de 1 m/s.

meteorológicas

ventos dominantes

e a precipitação

perfeitameg

em que a imagem foi tomada,os

de leste e sua velocidade
As condições

um padrão de circulação

durante os dias precedentes,

de leste e sudeste,

com velocidades

Houve um periodo pequeno

foi de apenas 30,7 mm.

de

me

calmarias

Nestas condições

observa
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10
VENTOS
30medldas

(PORTO

ALEG RE)'

PRECIPITAÇAO

PER/ODO
TOTAL

09/08/73

a 18/08/7

3

77. 3 mm

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Figura 9

- C/RCULAÇAO
DA

~

::

(",
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LAGOA

DAS AGUAS NA PARTE NORTE
DOS

PATOS

IMAGEM
ORB/TAL: RTS E -,

18/08/73
- 09h:4lmin
92 O km a/t.
COND/ÇOES LOCAIS DE VENTO (PO RTO ALEGRE): /81
08173
09h;00min
E- 1,0 m/s

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-VENTOS

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(PORTO

PRECIPITAC;AO

ALEGRE):
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PERI'ODO
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11/10/73

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10 - CIRCULACAO DAS AGUAS NA PARTE
NORTE DA LAGOA DOS PATOS

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Figura

09h:39min
IMAGEM ORBITAL: ERTS- I - 11/10/73920 km alt.
CONDI COES LOCAIS DE VENTO (PORTO ALEGREJ: I/ /
10/73

09h: OOmin

E - /,° m/ 5

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U1
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36

~

agua

redução no fornecimento

grande

na entrada d'água da Lagoa dos Patos para

aumento

Casamento

rior da Lagoa do
buição

de material

~

mo, particularmente,

com grande

mais uma vez,

inte
contri

Este

o Pontal do Anastácio

como um verdadeiro

ca

o papel dos

neste sistema hidrodinâmico.

separando

o

e um

daquela para com estes.

ressaltar

nais e do rio do Monjolo

de, funciona

e Saco do Cocuruto,

em suspensão

interessante

de

pelo Gualba

-se uma grande

últi

da Ilha Gran

bico injetor d'água para

inte

o

rior do Saco do Cocuruto.
As imagens utilizadas
necidas

pelo Instituto

Nacional

os dadbs meteorológicos
de Meteorologia

para essa interpretação
de Pesquisas

da época,

do Ministério

foram for

Espaciais

e

(INPE),

foram cedidos pelo 89 Distrito

da Agricultura,

com sede

em Porto

Alegre.
Uma vez apontados
costa e conseqüentemente

os agentes delineadores

escultores

-se-a a seguir as características
vas desta

ali um grande

terraço lagunar

a Lagoa do Casamento e o Saco do Cocuruto,

do Anastácio

entre aquelas

apresentar
significat~

e dos Abreus

(TL-l) que bo~
projeta-se

para

recurvados a exemplo dos

que balizam

o limite geográfico

lagoas.

Levemente

inclinado

com uma largura variável
oscila

mais

morfológicas

a Lagoa dos Patos sob a forma de esporões
pontais

lagun~r,

de

zona na área mapeada.
Observa-se

dejando

da margem

linha

da

em direção

às

margens

entre 1 e 12 quilômetros,

sua

lagunares,

altitude

entre 2 e 5 metros.
O limite interno desta superfície

mais variados
Ao

áté 3 metros

sob

os

cordões arenosos

de

manifesta-se

aspectos.
norte,

ocorrem

de altura,

esporadicamente

remanescentes

de antigas

que foram parcialmente retrabalhadas pelo vento,

cristas de praia

constituindoan
37

tigas

hoje fixadas pela vegetação

dunas,

médio.

que usualmente

de porte

cuja confl

correm várias dessas cristas de praia compondo feixes
guração

lembra perfeitamente

arenosos

a dos atuais esporões
(Foto 1).

realidade

em epocas em que

antigos pontais desenvolvidos

águas da laguna situava-se

4 a 5 metros

entre o Arroio Palmares

A leste,

senvolve-se

uma escarpa erosional,

de 4 metros

de altura,

testemunha

vado das águas lagunares
Nos demais
erosivos
d'água,

posteriores
o terraço

cota, até atingir
tinuidade

as superfícies

alguma na topografia.

tes de atingir o terraço lagunar,

vadas,

e. g.,

se de erosão,

igualmente

de um nível mais ele

(Foto 2).

aumentando

por processos
cursos

gradativamente

mais elevadas

a sua

sem mostrar

descon

Alguns destes vales mostram,
depósitos

Retratam modificações

a~

suspensos

estuarinos

hoje recortados

i. é., um abaixamento

de

com cerca

alguns com suas feições características

Sanga pangaré,

que os construiram.

e abrupta,

ao longo dos vales dos principais

se interioriza,

e interiorizados,

o nível

e a'Sanga pangaré,

locais esta escarpa é atenuada
e,

na

acima do atual.

retilínea

que a solaparam

que

Constituem

se projetam .para o interior das lagunas

das

~

Em alguns locais, e. g., ao norte do pontal dos Abreus,

pr~se~

pelos cursos d'água

drásticas

no nível b~

laguna

do nível das águas da

onde desembocam.
Ao sul da Lagoa dos Gateados
raço sofre uma inflexão

o limite interno deste

para oeste e é abruptamente

la linha de costa leste da Lagoa dos Patos.
camente

deixa de existir,

mais baixos

coalescendo

e mais recentes.

com o rebordo
a

erosão sofrida pela costa lagunar e conseqüentemente

transportado

o material dali

para o norte pelas correntes

nas sucessivas

seccionado

p~

Ali o terraço pratl

Este fato, comprova

to da laguna após a sua formação.

ter

litorâneas

cristas de praia que construiram

de

outros,

considerável
o

alargame~

retirado

foi

e depositado

o Pontal do

Anas
38
.

Foto

1

-

Vista aerea dos Pontal dos Abreus.

Cristas de praia limitam o Terraço Marinho
(parte superior esquerda), e o Terraço
Lagunar
1
(Parte inferior esquerda e superior direita). O Te~
raço Lagunar 2, mais estreito, aparece margeando
a
lagoa, limitando internamente por outra
série
de
cristas de praia parcialmente retrabalhadas pelove~
to.
Escala

aproximada:

Foto

1 : 100 000

- Vista

2

aérea da escarpa que limita
interna
mente o Terraço Lagunar 1 (esquerda). Â dI
reita observam-se depósitos eólicos da Segunda
Bar
reira acumulados sobre o Terraço marinho.

Escala

aproximada:

1 : 60 000
39

tácio.
/.

A superfície
te ocupada

do Terraço Lagunar

por arrozais

que afetam e mascaram

as

os feixes de cristas de

em vários

locais ao longo do terraço lagunar,

nastácio,

pontal dos Abreus,

da Ilha Grande

e a norte de Palmares

de quilômetros,
de metros

variável,

entre as cristas,

na parte oriental

alguns atingindo
da ordem de dezenas

estes corpos arenosos

é paralela

a

uma

aprese!!

a atual linha de costa.

Tendo em vista as dimensões
pode-se

dezenas

uma orienta

entre 1 e 3 metros mantendo

çao que em última análise

terial constituinte,

pontal do A

e. g.,

do Sul.

e com um espaçamento

tam alturas que oscilam

cristas

fo togr.ê:

praia preservadas

Ponta do Espinho,

Com um comprimento

centena

em

algumas dignas de destaque.

são notáveis

r

totalme!!

feições morfolá

Mesmo assim elas são visíveis

gicas ali existentes.
fias aéreas,

que

1 é quase

e aspectos

identificar

texturais

do

ma

dois tipo~ de feixes de

de praia.

o primeiro constituido por cristas bem desenvolvidas, i
dentificáveis

no terreno e constituidas

ra, construidos

na margem

nos pontais do Anastácio
Lagoa do Casamento,
Grande

da Lagoa dos Patos,
e dos Abreus,

mais

precisamente

e na margem ocidental

na Ponta do Espinho e na metade

da

leste da Ilha

(Foto 3).
o segundo,

çadas,

por areia média a grosse!

constituido

identificáveis

por areias

cristas

apenas em fotografias

finas e médias,

goa do Casamento

por

construidas

como as que ocorrem

e ainda, as que desenvolvem
como as que se observam

pequenas,

aéreas,

pouco

constituidas

na margem oriental

ao norte de Palmares

nas margens

esp.ê:

de corpos d'água

da

La

do Sul,

menores

no esporão que separa a Lagoa do Capivarí

da Lagoa do Casamento.

A diferença entre os dois tipos de cristas de praia aci
40
.

l

Foto 3

-

Vista aérea do Pontal do Anastácio.

Feixes de cristas de praia, parcialmente r~
trabalhados pelo vento e truncados (parte superior)
pelo Terraço Lagunar 2. O Rio do Anastácio ou Fur~
do (parte superior), evoluiu de um antigo canal
de
maré ativo nas épocas de segmentação da lagoa.
1 : 100 000
Escala aproximada:

ma descritos está claramente
presidiram
maiores

sua formação,

relacionada

mais

meiro

grupo mostram-se

senvolvimento
orientação

de discussão

às vezes de padrão

de formação

JOHNSON

(1919), KING
processos

e vagas decorrentes
A interpretação

fia,

o

pelo vento que proporciona

permite

destas

longitudinal

feições

por parte de vários autores,

(1967), envolvendo
raneas

de praia do pr!

com

de
urna

nordeste.
O mecanismo

destacar

ao vento.

os feixes de cristas

afetados

de dunas,

que

intensa nas margens dos corpos d'água

e nas praias mais expostas
De um modo geral,

a energia dos agentes

concluir

tem

sido objeto

dentre os quais

(1959), SHEPARD
relacionados

se pode

(1963) e ZENKOVITCH

a ondas,

correntes

lito

de tempestades.
das descrições

que as cristas

encontradas

na bibliogr~

de praia podem resultar

na
41

realidade

da interação

lise modificam

de todos estes processos

o perfil

de equilibrio

ção desse perfil de equilibrio
de corpos arenosos
conforme

alongados

demonstram

Mc KEE & STERRET

em laboratório

de dunas que elas se superimpõem,

de dunas

"dune ridges",

discutidas

lagunares

praia,
por

efetuadas

(1964).

formação

a

de praia ocasiona

dando origem

por SHEPARD

encontradas

arenosa.,. estreitas,

se desenvolvem

de

que evoluem para cristas

as experiências

restaura

à acumulação

muitas vezes,

A ação dos ventos sobre as cristas

constituição

A

de uma praia.

leva,

(1961) e MOTTA

As praias

que em última aná

a cristas

(1960).

na área são

muito afetadas

de

sempre

pela vegetação

sobre um terraço lagunar mais jovem

e

cuja

(TL-2),

cota oscila em torno de um metro. O limite mais interno deste ter
raço é muitas

vezes marcado

-praia geralmente
vergadura,

ornamentada

totalmente

temente opserváveis

regra,
quenos

por uma micro-falésia.

por gramineas.

de espraiamento,

por uma franja continua

variações

te, nos dias de hoje

en

freqüe~
via de

secos de junco e p~

sobre a grama, retratando

de nivel que a laguna sofre,

as

esporadicame~

(Foto 4).

O estirâncio
to por material

Al~ são

constitui das,

de fragmentos

galhos de árvores depositados

apreciáveis

a pó~

por cristas de praia de pequena

atapetadas

marcas

Segue-se

com uma largura de

arenoso

constantemente

5 a 10 metros

submetido

é compo~

ao fluxo e reflu

xo das ondas.
A antepraia
do larguras
sencialmente
velmente

encontra-se

de até um quilômetro,

muito bem desenvolvida,
caracterizada

arenoso de declividade

se desenvolve

uma vegetação

constituida

fundo

por um

muito pequena,

atingig

onde

es

invaria

por juncáceas(F~

to 5).
Também aqui no caso das praias,o

vento dominante

deste mostra a sua influência, fazendo com que sejam

de nor

mais desen
42
.

Foto 4

-

mentos

Marcas de espraiamento
de junco seco.

Foto

~

Vista parcial da praia lagunar.
delineadas

5 - Vista parcial da ante-praia
da por juncos.

por fra~

lagunar atapet~
43

volvidas

e constituidas

as praias da La

por areia mais grosseira

Saco

goa dos Patos e as do lado oeste da Lagoa do Casamento

e do

do Cocuruto,

são mais es

treitas,
muitos

enquanto

cobertas

pontos,

que as do leste, mais abrigadas,

por uma vegetação

a verdadeiros

exuberante,

banhados

cedendo

lugar, em

e. g.,

ao leste

costeiros,

da Ilha Grande e ao norte do Pontal do Anastácio.

3.2.

o Corpo Lagunar

Pelo que se deprende
da Lagoa do Casamento,
Hidrográficos

levantada

da Secretaria

Grande

do Sul, gentilmente

Portos

Rios e Canais,

Lagoa do Casamento
descrição
1

2

-

de

do Estado

cuja reprodução

é encontrada

Estudos
Rio

do

de

Estadual

cedida pelo Departamento

na Fig. 11,

interligando

a
de

é um corpo de águas rasas que pa~a efeitos

pode ser dividido

maginária

~

da Carta Batimétrica

pela antiga Divisão

de Obras Públicas

em tres partes distintas:

Parte leste, compreendida

-

da observação

entre a margem

leste de uma linha i

a Ponta do Espinho e a Ilha Grande.

Parte oeste da linha anterior

até os pontais

e

dos Abreus

A

nastácio.

3 - Parte sul, constituida
As partes
xa d'água,

leste e sul interligadas

aproximadamente

racterísticas

comuns.

do é relativamente

minuindo

gradativamente

num espaço relativamente

das margens

por uma estreita

fai

de largura,apresentam

c~

a grandes pratos onde o

plano com profundidades

Nas proximidades

as profundidades

3 quilômetros

Assemelham-se

metros.

de

pelo Saco do Cocuruto.

máximas

inferiores

estas profundidades

até a isóbata dos 2 metros quando
pequeno,

são menores

passam para uma extensa

do que um Iretro. Esta

gura de até 2 quilômetros gradua para as antepraias.

vão

fun
a 4

di

então,
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DO CASAMENTOE SACO DO COCURUTO

EQUID/STANC/ADAS

ISÓSATAS

0.5 m

ESCALA

I: 200.000

.~

!

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l
~I
45

Pelo seu aspecto morfológico,
tada por uma escarpa que cai em direção
superfície

lembra um antigo

Ele é mais

largo nas margens

limi

o de uma plataforma

esta

ao centro da lagoa,

terraço lagunar,

atualmente

submerso.

leste e norte e mais estreito

nas de

oeste.
A parte oeste da Lagoa do Casamento

é de um modo

geral

mais rasa e a maior parte da área ocupada pelo fundo situa-se
ma profundidade
mais central
ma pequena

Somente

que oscila entre 2 e 3 metros.

exibe profundidades

depressão

alongada

superiores

a 3 metros

com mais de 4 metros.

a

a u

parte
u

e mesmo

Aqui osdecli
-

ves marginais
tão

são bem mais suavizados

e o terraço submerso

;

nao e

evidente..

(

Feições
desta bacia,

interessantes

observam-se

nos limites submersos

tanto com a parte leste da Lagoa do Casamento

como

com a Lagoa dos Patos.
(

A leste, um esporão
uma profundidade
Espinho

inferior

arenoso recurvado,

a 1 metro, prolonga-se

até o norte da Ilha Grande,

a

cujp topo jaz

desde a Ponta do

cerca de 6 quilômetros,compa~

,~

timentando

fisicamente

perfeitamente

A sua forma

a Lagoa do Casamento.

lembra

a dos pontais que emersos nos dias atuais tentam se~

(

r

mentar

a Lagoa dos Patos, conforme

lhos moradores

da região referem-se

para invernar
cos, através

foi descrito
a tropeiros

anteriormente.
conduzindo

didades

desta parte rasa da lagoa.

jáz entre os pontais dos Abreus e do Anastácio,
inferiores

tal dos Abreus
de um pontal
trabalhado

gado

nos campos da Ilha Grande, durante os meses mais se

A oeste, uma outra parte rasa, consideravelmente
larga,

Ve

a 2 metros

esta soleira extende-se

até a Ilha do Furado,

simétrico

sugerindo

ao do Anastácio,

pelos agentes da dinâmica

cas de nível mais baixo das águas da lagoa.

com profu~
desde o Pon

ali,

a existência

atualmente

lagunar,

mais

submerso

desenvolvido
Nestas

épocas,

e

re

em ép~

esta
46

belecida

uma compartimentação

ção das águas era'feita

através dos canais do Monjolo

os quais serão oportunamente
Vários
sobre o terraço

banhados,

foram isoladas

encontrados

(TL-l), dentre os quais destacam-se

circundadas

a

La

resultantes

do seu assoreamento,

da Lagoa do Casamento

mediante

A Lagoa da Bonifácia

varam a sua segmentação.
respectivamente,

fases intermediárias

lagoas

estas

o abaixamento

de esporões

por

ocupadas

por terras baixas

vel das águas ou ainda pela formação

tratam,

s~

e a Lagoa do Mato.
r

Geralmente
extensos

e do Furado,

descritos.

corpos di água de menor tamanho
lagunar

goa dos Gateados

a circula

destes corpos lagunares,

arenosos

do ni

que

e a do Capivari

le
re

e finais, destepr~

cesso.
Em sua maior parte estas pequenas
gadas ao corpo dlágua maior por intermédio
dal inlets),

no sentido de PRICE

pres~ntativo

pelas

observa

feições relacionadas

ligando a Lagoa dos Gateados
Responsáveis

de elevada

competência

des razoáveis

e depositando-os
tas de maré
co exemplo

.

Dentre ~les o mais re

que apresenta

que se

é o

hidrodinâmico

entre as

ba

nestes canais,

correntes

capazes de erodir e transportar

quantid~

desenvolvem-se

de material

lateral os depósitos

(ti

de canais de mare

ao Saco do Cocuruto.

pelo equilibrio

cias que intercomunicam,

(Foto

(1968 b)

lagoas encontram-se l~

sedimentar,

retrabalhando

(tidal deltas),

migraçao

redistribuindo-os

das áreas por onde correm

nas desembocaduras

por

construindo

os de~nados

deI

(PRICE, 1968 ã), dos quais um magníf~

ê o que se encontra

no interior

da La~oa dos

Gateados

6).

Este mesmo canal parece ter contribuido
para o assoreamento

da Lagoa dos Gateados,

desde há

conforme

muito

atesta a exis
~

tência de feições de um antigo delta, visível
reas, situado cerca de 6 quilômetros

em fotografias

ao norte do delta atual,

ae

em
47
.

-- - -

Foto

6

--

Vista aérea da Lagoa dos Gateados, mostran
do o delta de maré (a esquerda) e os cog
juntos de cristas de praia ao longo de suas margens.
Abandonada sobre o Terraço Lagunar 2, a Lagoa
dos
Gateados encontra-se em franco processo de assorea
mento.
Escala

-

meio ao terraço
contribuiu

lagunar.

decisivamente

feições peculiares
do Anastácio,
cristas

1 : 100

aproximada:

para o desenvolvimento

que ornamentam

esta porção

tais como a destruição

e mudanças

Cocuruto.

Nesta Gltima,

de pequenos

na posição

ta, vários

o material

ali depositado

feixes de cristas

e truncaduras

testemunham

do

interna
do antigo

de condições

e pânt~

do

energia

em vez de um

de praia cujas diferentes

a instabilidade

de

no Saco

na Lagoa dos Gateados,
construindo

de

de trechos

de

de

Pontal

feixe

lagos alongados

por abandono

a existéncia

série

de uma

de sua desembocadura

praial mais alta do que a encontrada
tribuiram

parcial

de seu assoreamento,

seu curso,

lateral

Por outro lado a sua migração

de praia e a formação

nos resultantes

000.

redi~

del

orientações

deste tipo de curso d'á

gua.
o canal que intercomunica

a Lagoa do Mato quase

inteira
48
.

mente assoreada,

~ do tipo anastomosado e encontra-se modificado

pelas obras de irrigação.
Os canais Furado e Monjolo,
a Ilha do Furado
dos quais

as Lagoas

e a Ilha Grande do Pontal do Anastácio,

se encontram

de 15 metros,

que separam respectivamente

as maiores

a despeito

dos Patos e do Casamento

ruto atuam ainda como verdadeiros

da região,

cerca

áreas de comunicação

entre

profundidades

das grandes

ao longo

e entre esta e o Saco do

Cocu

canais de mar~.

Ainda ~ digno de nota o delta de mar~ ora em construção
na zona de interligação

entre as lagoas do Capivarí

to, a oeste de Palmares

do Sul

tos deltaico-lagunares
Arroio

Palmares

Foto 7

-

(Foto 7).

confundem-se

Naquele

e do

Casamen

local os depós!

com os fluvial-deltáicos

que ali desemboca.

Vista a~rea da localidade de Palmares do SuL

Da direita para a esquerda observa-se,
depó
sitos eólicos da barreira, Terraço Lagunar 1, ornamen
tado com cristas de p~aia de pequena envergadura,
e,
o Terraço Lagunar 2 constituido por pântanos costeiros
e pelos depósitos do delta intra lagunar entre as Ia
go~s do Capivari e do Casamento.
A planície aluviaI
do Arroio Palmares confunde-se com o Terraço Lagunar
li nela observam-se lagos em ferradura originados p~

Ia migração dos meandros.
Escala

aproximada:

1:

.

80 000.

do
49

o Arroio
dos Grande
terraço

e da Cidreira

de inundação

dos retratados

cujas nascentes

atravessando

lagunar construindo

planície

bow

Palmares,

situam-se

a barreira

diques marginais

banha

nos

arenosa

chega ao

uma

e desenvolvendo

onde nao raro observam-se

por típicos lagos em crescente

meandros

abandona

ou em ferradura

(ox

lakes).

No interior
energia,
-foot"

da Lagoa do Capivari,

o Rio Capivari

constroi

um pequeno

em ambientes

de baixa

"bird

delta do tipo

.

3.3.

Evolução

Geomorfológica

r

Da descrição
cas que caracterizam

e discussão

a margem

-se que além dos aspectos

relacionados

fatores exerceram

tabelecimento

de sua configuração

quais se traduziram
margem

feições

morfológl

deduz

lagunar da região em apreço,

dente, outros

-se a lentas e periódicas

das várias

à dinâmica

uma considerável

modificações

em emergências

Estes

atual.

lagunar ali evl
influência

fatores

no es

relacionam

no nível base da região as

e submergências

da

alternadas

lagunar.
o que se segue resume apenas uma tentativa

sucessão

cronológica

lacionando-as

do estabelecimento

com as oscilações

de esboçar

das referidas

trans-regressivas

a

feições

re

muitas

de

que

las retratam.
Torna-se

necessário

tina-se única e exclusivamente
uma compreensao
sedimentação
discussão

correlação

dos processos

no domínio

a

curva

que tal 'procedimento

a fornecer

elementos

morfogenéticos

ambiental

sobre a cronologia

com

esclarecer

lagunar.

absoluta

de variaçao

que

que

permitam

condicionaram

Permanece

dos principais

eustática

de~

a

em aberto a
eventos

proposta

e sua

por
50

FAIRBRIDGE

(1961) e BIGARELLA

de estudo por VILLWOCK

derações

to, durante
merg~ncia

do esboço geomorfológico

dos Abreus

efetuadas

que fez transgredir

tr~s metros

cia, designada

por submerg~ncia

mersos

a uma sub

que

escarpa

(TL-l) cuja base situa-se

Esta

acima do nível atual.

a

submerg~~

lagunar n? 1 (SL-l), foi respons~

do terraço lagunar

e cristas

momen

que em dado

a costa foi submetida

o terraço lagunar

adjac~

em conta as consi

as ãguas at~ a pequena

proximadamente

cro-fal~sias

depreende-se

os tempos geológicos,

vel pela abrasão

na area

da região

(Fig. 12) e, levando-se

anteriormente,

limita internamente

(1966)1 iniciadas

(1972).

Da observação
te ao pontal

& SANCHES

(TL-l) I pela formação

mi

das

hoje

e

cedeu seu lugar a uma fase regressiva.

A

de praia que modelaram

os pontais

ao norte do Pontal dos Abreus.
A submerg~ncia

esta relacionam-se

a emersao do terraço

trução das cristas de praia,
construção

do arcabouço

isolamento

lagunar

(TL-l) com a cons

arenoso do pontal dos Abreus.

das ãguas mais baixo que o atual, esta emerg~ncia
possibilitou

o desenvolvimento

ção do corpo d'ãgua principal

e

de pequenas ,lagoas

do referido

canal de mar~ que se tornava responsãvel

Com o nível
(EL-l)

lagunar

pontal at~ a

proporcionando

a

segment~

o aparecimento

de um

hidrod~

pelo equilíbrio

nâmico da região.
Novo regime
caracter~zou-se

transgressivo,

pela destruição

submerg~ncia

parcial do pontal

lagunar

(SL-2) I

e o restabeleci

do corpo lagunar. Atingindo

cerca de um metro

e

meio acima do nível atual, as ãguas erodiram

o TL-l, modelando

u

mento

da unidade

ma nova linha de costa, atual limite interno do terraço
(TL-2)

lagunar

.

o material
ondas acumulava-se
sua extremidade

erodido das pequenas

no pontal que adquiria

fal~sias

pela ação

nova formal

para leste, fugindo ã sua orientação

das

dirigindo
original

p~
51

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LAGOA

DOS

PA TOS

1
~

O

2 km
~

desenho:

a,

borbo'so

,

"','

"",

,-,
52

ra sul.
Um novo 'período de emergência
cristas

de praia existentes

vavelmente

se estendeu

compartimentação

praias
margens

que se seguiu

(TL-2) que pr~
nova

(SL-3), é a responsável

p~

ela

es

Relacionados

atual da linha de costa.

de boa parte do terraço lagunar

de banhados

arenosas

lagunar

nas

na Lagoa do Casamento.

tão o afogamento
volvimento

sobre o terraço

até a isóbata de 1 metro, ocasionando

A submergência
Ia configuração

(EL-2) está retratado

a este superpostos,

que cobertas

a

desen

(TL-2), o

além das extensas

ante

.parte

das

que se acaba de

ana

de juncos constituem

boa

da Lagoa do Casamento.
o conjunto

de feições morfológicas

em

lisar na área do Pontal dos Abreus, pode ser observado
toda a margem

lagunar,

to do esquema

de evolução

quase

de modo que se torna fácil o desenvolvime~
geomorfológica

que se apresentará

se

a

guir.
Condicionada
durante

o Quaternário,

Costeira
partir

às grandes oscilações

a Lagoa dos Patos instalou-se

do Rio Grande do Sul, isolando-se

do crescimento

um terraço marinho
(1971) e VILLWOCK
Submetida

de uma barreira

arenosa

conforme

regressivo,

na Província

a uma fase de emergência

nadas eram paulatinamente

sugerido

lagunares

EL-O a

por JOST

uma

arenoso

em meio aos quais

transformadas

regressão

e uma série de depósitos
terraço marinho,

delgada

em áreas paludais.

paludais

do

Geriva

que se espalham

so

remanescentes

deste

sis

desta fase regressiva,

e daí

por

constituem

tema lagunar que já no decorrer

do

lagoas abando

A Lagoa dos Barros entre outras, os banhados

bre o antigo

sobre

desenvolvida

foi

a

(ob. cit.).

de sedimentos

e Capivari,

ocorridas

do Oceano Atlântico

corpo lagunar expôs sobre o terraço marinho
espessura

eustáticas

diante, foi assoreado e segmentado.

Q panorama morfológico

apr~
53

sentado pela região na época da emergência
não ter sido muito diferente
A presença

lagunar EL-O, supoe-se

do esquematizado

de depósitos

na Fig. 13 A.

eólicos na Coxilha das Lo.mbas e

sobre a barreira

que separava

to desempenhava,

já naquela época, um papel importante

tação costeira

a lagoa do oceano mostra

na sedimen

da região.

Condicionada

por uma transgressão

marinha,

ao Sul com o Oceano Atlântico,

da submergência

(SL-l) anteriormente

lagunar

dos

a Lagoa

Patos que se comunicava

palco

foi

comentada.

A Fig. 13 B mostra que, nesta época, a superficie
guna ampliava-se

às expensas

tuiam o terraço marinho
mulados

e mesmo dos de origem

na fase de emergência

imediatamente

(TL-l) e as cristas de praia que em muitos
bem como vários

pontais

e estuários

desta transgressão

da la

consti

que

da erosão dos depósitos

lagunar-paludal

acu

anterior.

o terraço

A escarpa que limita internamente

máximo

ven

que o

pontos a

lagunar

acompanham,

hoje suspensos, ,registram

o

três me

a uma cota de aproximadamente

tros acima do nivel atual do mar.
Outra regressão,
gência

(EL-l), permitiu

que ornamentam
modificadas
gressão

Fig. 14 A, marcando

por processos

sobre a superficie

do Anastácio

ta fase, proporcionou,

deste terraço,

quais foram

das

a exemplo
dos pontais

cuja construçao

a medida que as águas

d'água que se interligavam

das

Restos do corpo lagunar em re

O desenvolvimento

e dos Abreus,

ção da atual Lagoa do Casamento

de construiram-se

(TL-l), muitas

eólicos.

lagoas do Mato e dos Gateados.
Espinho,

de emer

a formação das séries de cristas de praia

o terraço lagunar

ficaram

o periodo

do

iniciou-se nes

recuavam,

a segment~

em pelo menos dois grandes

corpos

através dos canais Furado e Monjolo

on

deltas de maré.

Esta segmentação

não deve ter durado muito,

pois

outra

fase transgressiva, SL-2, se fez sentir, afogando parcialmente os
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SIMBOLOGIA

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LOMBAS

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DEPÓSITOS LAGUNARES E PALUDAIS

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I CONFIGURAÇÃO ATUAL

CRISTAS
DEPRAIA
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+

8

12

16 Krn

B: Sl - 1

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Figuro 13

DEPÓSITOS EÓLlCOS E MARINHOS DA BAB

(l1fg;g REIRA DA LAGOA DOS PATOS

.

- ESQUEMADA EVOlUÇAO GEOMORFOLOG'CA MARGEMlAGUNAR DA BARREIRA MUlTlPlA
DA

DA lAGOA DOS PATOS

f:!
,~
'§: Ul
~I ,j::,.
~
55

pontais

rado.

recém construídos
Conforme

voreceu

se observa

na Fig. 14 B, a expansão

a abrasão do TL-l, conforme

atestam a escarpa,

acrescida
micas

colocada

em movimento

aos pontais que submetidos

lagunares

desenvolveram-se

Perdendo
de maré sofreram
aumentando

praticamente

um sensível

foi parcialmente

atingido

hidrodinâ

leste.

migrando

canais

lateralmente

e

deltáica.

Pela cota da base da escarpa de abrasão,
o nível máximo

o TL-2.

a sua função, os antigos

alargamento,

a sua sedimentação

linhas

as

às novas condições

no sentido

fa

da laguna

de praia e as cristas de praia que limitam internamente
A carga elástica

Fu

e dando origem as Ilhas Grande e do

que

estima-se

aci

pela lagoa tenha sido cêrca de 1,5 m

ma do nível atual.
Nova fase regressiva,
sionou a formação
vide Fig. 15 A.

lagunar

Pelo

contorno

apresentado

morfológica

pela

com o TL-2, deduz-se

TL-2,

o nível mais baixo atingido

ta regressão.

Embora de pequena

a emersao

e o crescimento

porcionou

outro período

esta fase de

da Lagoa do Casamento

dos pontais,

de ativação

demarca

pelas águas durante

amplitude,

a segmentação

de 1 metro

do fundo lag~

que aquela isóbata

proximadamente

cia causou novamente

isóbata

que a área marginal

oca

(EL-2),

de uma série de cristas de praia sobre o

e pela continuidade
nar apresenta

a emergência

es

emergeg
mediante

o que conseqüentemente

hidrodinâmica

a

prQ

de

nos canais

mare.
Efeitos de uma posterior
servaram-se

na margem

mento parcial

na

parcial

d'agua.

pela existência
dos

Conforme

pontais

que

se observa

SL-3, oQ

ocasionou

o afog~

pela existência

de exten

A transgressão

do terraço TL-2, retratado

sas ante praias,
truição

lagunar.

fase de submergência,

de pântanos

des

costeiros,

pela

ainda se preservam sob uma

fina

lâmi

na Fig. 15 B, a submergência

SL-3

é a responsável pelo contorno da atual linha de costa lagunar.
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DEPÓSITOS

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EÓLICOS

DA COXILHA

DAS

LOMBAS

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DOS
PATOS

SIMBOLOGIA

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TERRAÇO MARINHO

DEPÓSITOS EÓLlCOS E MARINHOSDA
BARREIRA DA LAGOA DOS PATOS

DEPÓSITOS
TERRAÇO

LAGUNARES E PALUDAIS
LAGUNARAR

CON~GURAÇAO

1

ATUAL

RESÕRDO DE TERRAÇO

CRISTAS DE PRAIA

LEQUE DE DEJEÇÃO
Escola I: 4 00.000
°
4
8
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10 1
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16-m

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- ESQUEMADA EVOLUÇÃOGEOMORfOLÓGICA. MARGEM LAGUNAR DA BARREIRA MÚLTIPLA DA LAGOA DOS PATOS
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SIMBOLOGI A

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DEPÓSITOS EÓLlCOS DA COXILHA

DAS

LOMBAS

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TERRAÇO MARINHO

DEPO'SITOS EÓLlCOS E MARINHOS DA

BARREIRA DA LAGOA DOS PATOS

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DEPÓSITOSLAGUNARES E PALUDAlS

TERRAÇO LAGUNAR 1

TERRAço LAGUNAR 2

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DOS

LAGOA DOS

PATOS

PATOS

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CONFIGURAÇÃO
ATUAL

REBÔRDODE TERRAÇO

CRISTASDE PRAIA

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-

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LEOUE DE DEJEÇÃO
Escola 1:400.000

~.

~

12

16Km

S:SL-3

-,
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Figura 15 - ESQUEMADA EVOLUÇAOGEOMORFOLOG'C'ADA MARGEM LAGUNAR DA BARREIRA MULTfPLAOA LAGOA DOS PATOS

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.~ U1
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~
~
58

o esquema evolutivo

que se acabou de

mostra

analisar

.

que a area da Lagoa do Casamento
de uma série de transgressões
movimentação
balhado

e do Saco do Cocuruto

e regressões

de um grande volume de material

pela ação de ondas, correntes

veis no tempo e no espaço,

palco

foi

sedimentar

que retra

e ve~to, em condições

foi empregado

a

que proporcionaram

variá

dos diver

na construção

~

sos depósitos

que constituem

a margem

e o fundo

lagunar

area

da

em estudo.

Em que pese a quase total inexistência
gicos sobre os depósitos
mente

controladas,

nitude dos eventos
sentados

resultantes

é notável a coincidência
aqui registrados

na curva eustática

apresentada
trabalhos

destas

por BIG~RELLA

absoluta

& SANCHES

de dados cronolQ

oscilações

eustatic~

entre a ordem e a ma~

com os que se encontram
de variação

repr~

do nível marinho,

(ob. cit.), apoiada

em vários

de FAIRBRIDGE.
Conforme

foi apontado

dado de idade absoluta
tra de turfa colhida

por VILLWOCK

disponível

o

(ob. cit),

uma

nesta área provém de

nas proximidades

no

da Lagoa Negra,

único

Pontal

das Desertas,

situada sobre o terraço lagunar TL-l, descrito

te trabalho.

A idade de 2.925 1 125 anos, publicada

(ob. cit.), corresponde

assim ao período de emergência

-1 que pode ser correlacionada
FAIRBRIDGE

por

com a

"Pelham

Bay

amos

nes

DELANEY

lagunar EL

Emergency"

de

(ob. cit.).
Tal dado permite

trutores

e modeladores

decorrer

dos últimos

inferir que os principais

da atual margem
3.000 anos.

eventos cons

lagunar tiveram

lugar

no
59

SEDIMENTOLOGIA

4.

4.1.

Generalidades

A análise
sa fornecer

subsídios

cas texturais
dinâmica
belecer

sedimentológica

parâmetros

cias sedimentares

acumuladas

em ambientes

prováveis

no capítulo

nar as modificações
proveniente

para a sedimentação

texturais

bacia receptora,
fácies mapeadas

lagunar.

e mineralógicas

no material

como fontes

' Com estes da

causadas

agentes

no material

físicos e

qui

e a deposição

constituinte

na

das diversas

das áreas fonte

serao analisados

lagunar, os do complexo

fluvial do Guaíba

como matérias

da margem

e os da parte norte da Lagoa dos Patos e como produtos
tação lagunar na área de estudo,
a Lagoa do Casamento
Para

e determi

no fundo lagunar.

Assim,
os sedimentos

envolvidos

a erosão, o transporte

impressas

area

serão aqui caracteri

de cada ambiente

das áreas fonte pelos diversos

micos que atuaram durante

da

geomorfológica

ambientes

avaliar a contribuição

de antigas seque~

agentes hidrodinâmicos

precedente,

dos diversos

de material

dos pretende-se

da evolução

de esta

costeiros.

os principais

e os passos mais importantes
apontados

na identificação

a

que compoem

da área em estudo, com a finalidade

utilizáveis

zados os sedimentos

a seguir, vi

as característi

e os vários ambientes

Uma vez conhecidos

em estudo,

entre

para uma correlação

dos sedimentos

deposicional

que se apresenta

cada

as diversas

da sedime~

fácies que atapetam

e o Saco do Cocuruto.
unidade

cipais características

considerada

físicas,

Após a apresentação

serão

texturais

apresentadas as

pri~

e mineralógicas.

dos dados seguir-se-á

pretação global e a discussão dos resultados.

a

sua

inter
60

4.2.

Sedimentos

Conforme
te imediata

das Áreas Fonte

ficou demonstrado

dos sedimentos

depositados

-se na area emersa

adjacente

rinhos e lagunares

e por' depósitos

do em quando

no capítulo

anterior,

em ambiente

à lagoa, constituida

fon

a

situa

lagunar

por terraços

qua~

eólicos e praiais que de

a eles se superpõem.

de

o material dai erodido chega à lagoa através
porte em parte fluvial,

trans

em parte eólico.

de

o material fluvial é acumulado predominantemente na
sembocadura
material

dos rios, construindo

eólico é espalhado

posteriormente

margens

pequenos

nas antepraias

remobilizados

Entretanto
dinâmica

m~

deltas, enquanto

Ambos

lagunares;

pelas ondas e correntes

a maior massa de sedimentos

que o
são

litorâneas.

mobilizada

pela

lagunar é sem dúvida a que provém por erosão das próprias
As ondas e as correntes

do corpo d'água.

os últimos

tempos geológicos,

eustáticas,

superpostos

foram os responsáveis

nais e deposicionais
conseqüentemente

que configuram

pela distribuição

deposição

lagunar,

a margem

poã, os terraços
bre estes últimos

Chuí,

lagunares,

Considerando

de

lagunar

de fundo.

consti

Ita

da Formação

so

as cristas de praia desenvolvidas
lagunares

e

hoje

das áreas fonte para a

eólicos

que as margeiam.

de avaliar as características

rial que chegam à lagoa serão considerados
viais e fluvio-deltáicos

oscilações

os terraços marinhos

os depósitos

e as praias

Com a finalidade

durante

de formas erosi~

dos sedimentos

serão considerados

tuidos pela Formação

à ação das

pelo conjunto

Deste modo, dentre os sedimentos

atuando

que se encontram

do

mate

também os depósitos flu
na margem

que a Lagoa do Casamento

lagunar.

mantém

ligação

a

berta com a Lagoa dos Patos e que esta recebe, nas proximidades,t~
do O material

trazido pelas águas do complexo

fluvial do

Guaiba,
61

também aqui serão apresentadas
sedimentos
permitirá
diversas

depositados
estabelecer

bacias,

as principais

Tal

nestes compartimentos.
comparações

dos

características

procedimento

entre os sedimentos de fundo das

isto é, o complexo

fluvial do Guaíba,a

Lagoa dos

de

Patos e a Lagoa do Casamento, bem como avaliar a transferência
material

detrítico

de uma para outra.

4.2.1.

Características

4.2.1.1.

Sedimentos

4.2.1.1.1.

em sua maioria
castanhada~
em muitos

da Margem Lagunar

Terraços

Os sedimentos

Marinhos

que constituem

casos com cimento

e apresentam

Nota-se
lação de graos,
superficial

uma esfericidade
dominante

em algumas amostras

síltica

arredondados

e

e

boa a moderada.

é lisa e polida.

a existência

esses bem arredondados

eólica nestes sedimentos

de

outra pop~
com textura

e esféricos,

que parecem retratar

uma

contaminação

na área amostrada.

As características

sentados

avermelhado, com matriz

a

feito sob o esteriomicroscópio,per

superficial

lisa e fosca,

das na Fig. 16

de cor creme e amarela

que os grãos são predominantemente

A textura

são

ferruginoso.

O exame das amostras

sub-arredondados

marinhos

os terraços

areias semi-consolidadas,
às vezes castanho

mite observar

Texturais

granulométricas

e os parâmetros

estatísticos

visualiza

podem ser

de tamanho são

apr~

na Tabela 1.
Para efeito de classificação

foi utilizado

o

triangular tendo por base a variação das proporções de

diagrama
areia-sil
Argila

%

)

95

75

50

25
si/te

Areia

5
010

010

010

100

.

i

o

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

~

60

40

100

80

40

20

o

80
60

80~

010

100

100

20

~

GRANULOMÉTRICAS AMOSTRAS
DE
REPRESENTATIVAS TERRAÇOS
DE
MARINHOS.
Figura 16 - CARACTERIST/CAS

.

o

80

o

4

6

~

6.

'"
.::,
.~
;;;
.~
!':
..;
~

0'1
N
63

TABELA

1

parâmetros

-

granulométricos

presentativas

Md

Mz

2
3

2,300
2,500
2,980

-

5
6
8

-

10

2,730
2,740

-

LC LC -

LC
LC

LC - 15
LC - 16

2,463
2,893
2,530

2,160

LC

21

0,315

0,082
-0,178

0,632
0,592

-0,122
0,100

0,590
0,569

0,496

0,392
1.086

0,592

0,327
0,140

0,784
0,380

0,500

-0,378

0,291
0,727

2,679
2,743
3,116

2,800

LC - 20

0,366

2,769

K'G

Skl

°1

2,320

2,480
2,800

LC - 12

re

de terraços marinhos.

LC
LC

Amostras

estatísticos.

0,657
0,490
0,582

0,529

0,067
0,362

2,630

2,443
2,253
2,659

0,499

0,297

0,642

27
LC - 28

2,320

2,266

0,940

0,588

2,700

2,753

LC

-

29

1,740

1,766

0,772
0,603

0,063
0,346
0,113

0,493

LC

-

30

2,520

LC

-

32

2,290

2,523
2,370

O,12
0,416

0,577
0,627

LC

-

2,430

-

te e argila,
mostras

conforme

SHEPARD

de terraços marinhos
A análise

0,349

0,479

0,626
0,541

(1954).

Nesse

enquadram-se

representativas,

granulométrica,

permite definir

seritido todas

as a

na classe areia.

das curvas de freq~ência

mas de amostras

0,697

acumulada

e, dos parâmetros
as principais

e histogr~

da distribuição

características

des

ses sedimentos.
são areias finas, de seleção boa a moderada,
simetria

variável

com matriz
cúrticas,
nóstica

desde negativa

síltica,

mostrando

pOLS a presença

.

distribuições

da matriz

de areias acumuladas

tocúrticas)

até muito positiva

com uma a~

nas amostras

dominantemente

não alterou

lept~

a propriedade dia~

neste regime deposicional

(meso-leE
64

Via de regra os graos de quartzo
sedimentos

ocorrem pigmentados
A alteração

cessórias,a
responsáveis
mostras

por óxidos de ferro.

de feldspatos

argilo-minerais

gue ocorrem

e a ferrificação

Depósitos

coletadas

em depósitos

inconsolidadas

a semi-consolidadas

As representativas

ma matriz

síltica e uma cimentação

dos depósitos

que as dos depósitos

das de materiais

a bem arredondados,

lisa, às vezes mamelonada,

fosca.
características

são apresentadas

classificá-los
Da observação
de amostras

tigos da Formação

destes se

2.

de areia, silte e argila ali

presentes,

como areias e areias sílticas.
das curvas de freqüência

representativas,
eólicos.

pela ausência

aos primeiros

acumuladas

a

depreende-se

claramente

existência

das frações sílticas

por processos

a~

das acumulações
que

fo

secundários.

Em ambos os casos a classe modal dominante
fina, embora nos depósitos

e his

Com efeito, os depósitos

Itapoã distinguem-se

eólicas mais recentes,

granulométricas

na Fig. 17 e na Tabela

de dois tipos de sedimentos

ram adicionadas

intensa

bastante

são limpas e desprov!

arredondados

e com uma textura superficial

As quantidades

togramas

u

finos secundários.

As principais

permitem

aver

mais antigos mostram

ferruginosa

mais recentes

Os grãos apresentam-se

dominantemente

eólicos são de areias

de cor amarelo e castanho

melhado.

dimentos

a

em algumas

Eólicos

As amostras

esféricos

sao

dos sedimentos

nesta unidade.

4.2.1.1.2.

enquanto

a

em quantidades

pelo aumento da fração fina verificado

coletadas

desses

constituintes

mais antigos ela possa

é a de areia

se situar no in
Argila

0/0

95

75

50

25

si/te

Areia

/00

'I,
100

'I,
100

'I,

80

80

80

80

60
40
20

o

o

O

2

Figura 17

-

3

4

5

6

7

8

9

10

~

Ó

2

4

e

"

CARACTERIST/CAS

4

.

GRA NULOMETRICAS

DE AMOSTRAS

REPRESENTA

8

(>

TfVAS DE DEPOS/TOS

(>

(>

.

EOLlCOS
.~
.'"
..:::
<;;
."<>
<;
!':
..;
~

0'
Ln
66

TABELA

-

2

parâmetros

granulométricos

presentativas

estatísticos.

de depósitos

M

Md

-

z

Amostras

re

eólicos.

°1

K'G

-

SKl

LC

-

1

2,730

2,676

1,282

0,275

0,805

LC

-

9

2,490

2,473

0,382

-0,056

0,529

LC - 11

2,620

2,.980

1,182

0,655

0,706

LC

14

2,690

2,643

0,331

-0,175

0,524

LC - 22

2,360

3,063

1,762

0,607

0,499

LC - 23

2,130

2,476

1,409

0,493

0,607

-

tervalo

de areia média.
As areias mais velhas

tem uma assimetria
ca,émuito

são muito pobremente

muito positiva

leptocúrtica,

muito bem selecionadas,

enquanto

e sua distribuição
que as mais

tem assimetria

jovens

negativa

selecionadas,
granulométri

sao

e são

bem

a

meso-lept~

cúrticas.

Os produtos
aos materiais
responsáveis

resultantes

em condições

4.2.1.1.3.

Terraços

Os sedimentos
resultantes

tapoã~

são areias

originalmente

sao os

anti

nos depósitos

granulométricas

típicas

de

um

eólicas.

Lagunares

que constituem

do retrabalhamento

som~dos

de ferruginização,

de finos presente

as propriedades

depositado

dos grãos feldspáticos

dos processos

pelo acréscimo

gos, desfigurando
sedimento

de alteração

esse tipo de depósito

das areias das formações

inconsolidadas

de cor creme, às vezes

das por uma incipiente

ferruginização,

té pretas,enriquecidas

em matéria

às vezes cinzento

orgânica.

Chuí e

sao
I

amarela
chumbo a
67

Os grãos constituintes

são dominantemente

arredondados,

.

de esfericidade

média,

com textura superficial

As características
18 e na Tabela
si ficados,

TABELA

3

-

3, mostram

ocorrendo

granulométricas

que esses sedimentos

parâmetros

granulométricos

Md

M

-

4

-

7

3,400
2,960

-

31

2,340

positiva,

°1

3,556

unimodais

dio.

re

K'G

0,369
0,566
0,238

0,428

0,522
0,444
0,561

nas areias é a areia muito

de

bem classificados,

fi

assimetria

leptocúrticos.

oscilam

tria é muito positiva

sua seleção é moderada

e a distribuição

A diversidade
tes sedimentos

podem ser polimodais

ram a sua formação.

com a regressão,

durante

que

des
reg~
sedi

lagunar e posteriormente,

de uma planície

por feixes de cristas de praia e pequenas
tas assoreadas

ambientais

a erosão de'depósitos

a transgressão

a formação

me

assime

a pobre, a

granulométricas

das condições

Elas envolveram

e

pIa ti a mesocúrtica.

das características

é conseqüência

variados

e as classes do

entre areia fina, muito fina, silte grosso

Como conseqüência

mentares

Amostras

SKl

0,653
1.724

3,690
2,376

As areias sílticas
minantes

diver

lagunares.

z

A classe modal dominante
são sedimentos

Fig.

na

são bastante

estatísticos.

de terraços

-

na.

retratadas

tanto areias como areias sílticas.

presentativas

LC
LC
LC

lisa e polidos.

arenosa

ornamentada

lagoas abandonadas,

com o passar do tempo, transformadas

es

em pântanos.
Argila

0/0

(
95

/

Í;

75

50

25

.

Areia

Si/te

5
'/,

'/,

'/,

100

100

10

80

80

80

60

60

60

40

40

40

o

o
Fi gura

2

18 -

3

4

.

5

6

7

8

9

.

20

20

.20

o
o

4

6

.

o

o
o-

2

4

6

.

.

CARACTERISTI AS GRANULOMETRICAS DE AMOSTRAS REPRESEN TATIVAS DE TERRAÇOS L AGUNA RES
C

o

~!
~!
<;;.
'"
."<;
!::
.;

0'
(X)
69

4.2.1.1.4.

Depósitos

Os sedimentos
terial em trânsito

Fluviais

fluviais

aqui analisados

representam

o m~

ao longo dos cursos d'água que drenam a margem

lagunar constituida

pelos materiais

descritos

anterio

nos ítens

res.
Para fins de maior representatividade
coletadas

tarito no fundo dos canais como nas planícies

ção adjacentes,
presentadas
mecânica

o que explica

deposicional

aqui abordados

constituintes

marelo

~

da

das variações

Também

tomadas no fundo dos canais

lagun~

apresenta

de campo, deduz-se

resultam

com o fluvial.

claramente

do retrabalhamento

dos terraços marinhos

e lagunares

são areias e areias lamíticas,
claro a cinzento

inunda

de regime fluvial.

que este ambiente

Pelas observações

de

foram

das características

conseq~ência

em cada sub-tipo

aqui amostras

res, pela semelhança

depósitos

a diversidade

por estes sedimentos,

foram incluidas

eólicas.

as amostras

dos materiais

e das acumulações

inconsolidadas,

escuro, seguidamente

os

que

de cor

enriquecidas

~

em maté

ria orgânica.
Os constituintes
esfericidade

çoes de origem diversa,
la sua baixa energia,

texturais

diversos

ocorrendo

também é variável,

retratam

uma mistura

de

as quais o agente transportador,

quer pelo pequeno

atuou sobre os sedimentos,
to é perfeitamente

mostram

e lisos, foscos e polidos.

Tais aspectos

admissível,

sedimentos

4, revelam

intervalo

popul~
quer

p~

de tempo em que

não foi capaz de homogeneizar.
uma vez que sao rios

de

Tal fa
planície

quaternários.

As caracteristicas
19 e na Tabela

bem

A textura superficial

graos mamelonados

retrabalhando

de

embora sejam, em sua maioria,

e arredondamento,

trabalhados.

graus

grosseiros

granulométricas

igualmente

apresentadas

na Fig.

uma grande variação,

ocorren
Argila

%

95

75

50

25

silte

5
'1,

'I,

'I,

/00

/00

100

/00

80

90

80

'I,

80

60

60

40

°

i

o

Figuro 19

2

3

4

5

- CARACTERíSTICAS

6

7

8

9

'°

1/

12

.

2

4

~

z

4

4

4>

,

4

,

GRANULOMÉTRICAS DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE DEPOSITOS FLUVIAIS

6

.0 4>
..
.~
.'"
.!,?
~
~

-.J
o
71

TABELA 4

-

parâmetros

granulométricos

estatísticos.

preserttativas de depósitos

M
z

Md

LC

-

LC
LC

°1

,Amostras

re

fluviais.

K'G

Skl

3,200
2,400

3,960
2,486

1,839
0,591

0,661
0,357

0,523

Meandro abandonado

-

13
17

0,594

Canal fluvial

18
19

2,530
3,000

2,513
3,573

0,338
1.541

-0,098
0,665

0,519
0,504

Canal fluvial

LC

-

LC

-

33

2,090

2,106

0,517

0,375

0,711

Canal fluvial

LC

- 127

2,150

2,116

0,584

-0,158

0,540

Canal fluvial

LC

-

136

2,650

2,653

0,292

0,171

0,637

Canal lagunar

149

2,630

3,309

1.526

0,669

0,507

174

2,160

2,159

0,290

0,066

0,560

Canal lagunar
Canal fluvial

183

2,000

2,050

0,419

0,207

0,566

Canal fluvial

LC
LC
LC

.

Planície

de inundação

do areias e areias sil~icas.
Os depósitos
por areias cuja
da areia média,
--

serve de fonte.
simetria

de canal fluvial são sempre

classe modal dominante

ora da areia fina, dependendo
Sua classificação

é quase sempre positiva,

materiais

é moderada
mostrando

finos sobre os grosseiros,

duas amostras
urna proveio

situa-se

com assimetria

constituidos

no intervalo

do material

que lhe

a muito boa e a

de um pequeno

permitem

dos

em que pese a existência

de

levemente

a retirada

Destas últimas,

negativa.

dos finos, e a outra

as distribuições

exclusivamente

on

proveio

arroio que drena uma área de cristas de praia,

lhe fornece material

as

uma predominância

do leito do curso de maior volume d'água da ârea,

de as. correntes

ora

que

Em todos os casos

grosseiro.

são 1eptocúrticas.

Os sedimentos

dos canais

lagunares

areias finas a muito

finas de classificação

assimetria

mostrando

positiva,

são

consti tuidos

por

pobre a muito boa, com

um enriquecimento

em finos e com u
72

ma distribuição

granulométrica

Os materiais
bandonados,

meso a muito

de planície

embora constituidos

nas a muito

finas são bastante

ma distribuição

leptocúrtica.

de inundação

predominantemente

enriquecidos

Mostram

em silte.

Depósitos

u

Flúvio-Deltáicos

Os cursos d'água que drenam a margem
no corpo de águas relativamente

deltas.

lagoa, desenvolvem

amplamente

lagunarao

desaguar

calmas, perdem a sua competência,

a maior parte da carga sedimentar

truindo verdadeiros

baixios

fi

por areias

mesocúrtica.

4.2.1.1.5.

depositando

a

meandros

e de

que transportam,co~

da

profundidade

Estes, pela pouca

seus fácies de topo, sob a forma de

que aos poucos vão sendo tomados pelos

te dando lugar ao desenvolvimento

juncais e finalmen

de áreas caracteristicamente

p~

ludais.
Tais formas acrescionais
nar e passam
mentar

a contribuir

igualmente

a margem

lag~

como fonte de materialsedi

para o fundo das lagoas.
são sedimentos

de cores amarelo
quecidos

de populações

trazidas

se observa

flúvio deltáicos

depósitos

ou

seja,

iamíticos

enri

sedimentos

forma que os

e

graus de arredondamento
confirmando

variada,

a

pelos rios.
na Fig. 20 e na Tabela

apresentam

embora heterogêneas,

tintos,

diferentes

e/ou

às vezes bastante

sendo a textura superficial

Conforme
mentos

arenosos

Da mesma

orgânica.

estes apresentam

esfericidade,
mixtura

inconsolidados

claro a .cinzento escuro,

em matéria

fluviais,

que,

fazem progradar

permitem

os depósitos

propriedades

arena sílticos esílticos

granulométricas

em dois tipos

dis

de canais deltáicos

e os

agrupá-los

arenosos

os sedi

5,

de fâcies deltáico

de

topo
Argila

%

95

75

50

25

Silte

Areia
5
'I,
100

"'

80

60

40~'

I

60

"'j
40

zo

o

2

o
Fi guro

20

3

-

4

5

6

7

8

9

10

"

~

Ó

4

Z:
o

Z

'I,
100

'I,
100

100

I

80

80

60

'I,

'I,

'I,

80

80

J

80

60

60

40

ZO
4

O'

CARACTERISTICAS GRANULOMÉTRICAS DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE FLUVIO

o

4

6

o
8 ~ o

o
2

6 .

o

4

8 .

- DELTÁIC OS
.~
~
.~
.~
"
.;
~

J
W
74

TABELA

5 -

Parâmetros

granulométricos

presentativas

de depósitos

M

Md

LC LC -

estatísticos.

Amostras

re

fluvio-deltáicos.

K'G

z

°1

Skl

3r616
3,076

0,559

0,202

0,493

0,311

-0,257

0,455

0,487

-0,054
-0,001

0,501
0,638

-0,266

0,489

-0,071

0,473
0,459

34

3,550

66

3.100

LC - 119

2.400

LC - 164

4,900

2,400
4,930

LC - 166

2.280

2,230

1,257
0,334

LC - 167
LC - 168

2,510

2,505
3,03

0,289
1,315

2,506

0,295

0,573
0,042

2,700

3,333

1,494

0,654

0,493

4,31

3.943

1,148

-0,326

0,468

1,890

lf893

0,436

-0,035

0,535

LC
LC
LC

-

2.500
2,500

173
180
181

.

LC - 182

0,516

..

subaquoso.

Os depósitos

de canal deltáico

reias onde a classe modal dominante
fina, mais raramente
classificados,

predominantemente

sos de assimetria

situa-se

no da areia média.

positiva

a

são constituidospor

no intervalo da areia

são sedimentos

simétricos,

podendo

Mostram

ou negativa.

muito bem

ocorrer

ca

distribuições

plati a mesocúrticas.
Os depósitos
modal

dominante

muito

fina ou do silte muito grosso.

predominando

situada

da facies de topo subaquoso
nos intervalos

tem

da areia fina,

são pobremente

-distribuições assimétricas

negativas,

a

classe

da

areia

selecionados,

meso

a

lept~

cúrticas.

Entre os dois tipos bem definidos

dações.

Isto é perfeitamente

topo subaquoso,

observado

onde a terminal

síltica,

existem

nas amostras

todas as

da fácies do

é provavelmente

pela ação das ondas e das correntes que atuam sobre

gr~

retirada

estas

areas
75

relativamente

rasas.

4.2.1.1.6.

Praias Lagunares

As amostras

coletadas

te os terraços

lagunares

amarelo-claro,

resultantes

rial que constitui
buidos

nas praias que limitam extername~

são constituidas

por areias

do retrabalhamento

os próprios

terraços

ao longo das antepraias

superficial

pela ação das correntes

amostras

esféricos

mamelonada

evidenciam

mistura

na Fig.

distri

e subesféricos,

com uma população
esféricos

com

litorâneas.
subarredon

uma

polidos.

textura
Algumas

de grãos mais

e foscos,

gro~

resultantes

eólica recente.

As propriedades
sentadas

por graos

a lisa, predominantemente

seiros, muito bem arredondados,
de uma contaminação

pelas ondas do mate

e dos sedimentos

De um modo geral são constituidos
dados a arredondados,

limpas de cor

granulométricas

21 e na Tabela

destes sedimentos,

6, revelam características

apr~

homog~

neas marcantes.
são areias que apresentam
tuada quase sempre no intervalo

da areia média,

reia fina, muito bem selecionados.
grao é simétrica

até assimétrica

Cristas

4.2.1.1.7.

a classe modal dominante

A distribuição
negativa,

tudo muito

tuais.

de tamanho

de

meso a leptocúrticas.

sobre os terraços

lagun~

por areias limpas de cor amarelo claro,

semelhantes

a

de Praia

As cristas de praia existentes
res são constituidos

às vezes no da

si

às que constituem

as praias

lagunares

em
a
Argila

0/0

95

75
50

25
8
Areia

silte

I

5
/00

/00'/,

'/,
,oo

'/,

:]

40

I

o

Fi gu ro

2

21

-

40

20

4

5

t;

80
60

60-1

60
40

20

o

3

I

/00'/'

100]
80

80

80

110

o

'/,

2

4

o

2

.

o

CAR ACTE Ri STI CAS GRANULOM ÉTRICAS DE A MOSTRAS REPRESENTATIVAS

2

4

.

DE PRAIAS

4.

o

o

LAGUNAR E S

.

q

.~
!
.~
..
.~
'"
~

J
Ci
77

TABELA

6

-

Parâmetros

granulométricos

presentativas

de praias

M

Md

LC

z

24
48

2.590
1.910

2.563

80
92

1.700

1.686

LC LC - 108

2.700
1.980

2.683
2.010

LC

LC - 131

1.900
2.000

LC - 141

2.000

-

LC -

LC -

-

112

qui, urna contaminação

As areias

0,528

0,410
0,222

-0,042
0,012

0,472

0,341

0,162

0,414
0,412

-0,126

2.026

0,377

0,075

0,469
0,547
0,515

0,000

0,519
0,493

por grãos bem trabalhados, arredondados
a subesféricos,

mais grosseira,

com textura
ocorrem

superf~
vestígios

de grãos muito bem arre

lisos e foscos, os quais denunciam,

também a

eólica.

As características

te situada

-0,037

Em quase todas as amostras

esféricos,

22 e na Tabela

.
0,554

1.869
2.000

de urna segunda população,
dondados,

K'G

Skl

°1

-0,220

esféricos

cial lisa e polida.

re

lagunares.

0,219
0,305

1.906

são constituidos
a subarredondados,

Amostras

estatísticos.

7, mostram

nos intervalos
finas ocorrem

granulométricas

apresentadas

na Fig.

areias puras com a classe modal dominan
ora de areia média, ora de areia

sempre confinadas

à margem

do corpo

fina.
lag~

nar.
A seleção
nho são simétricas

caso

é muito boa a boa e as distribuições
até assimétricas

negativas,

m~so a

de

tama

leptocúrt~
Argila

0/0

95

75

50

25
5

.

Areia

I

Silte

5

".

.'.

.,.

.,.

100

100

'00

ao

60

60

60

60

40

40

40

20

20

o

o

F;gu ra

80

40

i

100

80

o

2

22

-

3

4

5

6

~

./.

ao

100

o I 2 3

.

o

90

o
o

2

4

o

o

o

CARACTERI'STICAS GRANULO
MÉTRICAS DE AMOSTRAS REPRESENTATIVASDE CRISTAISDE PRAIA

o

.~
-t
..
.~
<S
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~

-..J
(X)
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Lagoa casamento geologia_vilwock
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  • 1. .~ ( ~, ASPECTOS DA SEDIMENTAÇÃO, REGIÃO NORDESTE PATOS: DA LAGOA DOS LAGOA DO CASAMENTO SACO DO COCURUTO-RS JORGE NA ALBERTO E - BRASIL .VILLWOCK 1 9 7 7
  • 2. FEDERAL UNIVERSIDADE CURSO DE p(jS DO GRADUAÇÃO RIO EM GRANDE DO SUL GEOCI~NCIAS -, "ASPECTOS DA SEDIMENTAÇÃO LAGOA DOS PATOS: COCURUTO - RS - NA REGIÃO NORDESTE LAGOA DO CASAMENTO DA E SACO DO BRASIL" Por: JORGE ALBERTO VILLWOCK Orientador: Prof. Dr. LUIZ ROBERTO SILVA MARTINS r /- - 1 9 77r
  • 3. r ( ( FEDERAL UNIVERSIDADE DO RIO r l Prof. Homero Só Jobim ( ( ( REITOR Prof. Gerhard Jacob ( PRó-REITOR DE PESQUISA E PóS-GRADUAÇÃO CURSO DE P6S-GRADUAÇÃO Profa. Marleni EM GEOCI~NCIAS Marques Toigo COORDENADORA COMISSÃO COORDENADORA Prof. Carlos Alfredo Bortoluzzi Prof. Dr. Irajá Damiani Pinto Prof. Dr. Luiz Roberto Silva Martins Prof. Dr. Milton Luiz Laquintinie Formoso COMISSÃO E~MINADORA Prof. Dr. Luiz Roberto Silva Martins Prof. Dr. Carlos Maria Urien ~ Prof. Dr. Renato Rodolfo Andreis ~ Prof. Dr. Ivan Medeiros r Prof. Dr. Paulo da Nóbrega ( ( ~ , ~ ( Tinoco Coutinho GRANDE DO SUL
  • 4. ,. 4 Quem nada conhece, nada ama. Quem nada pode fazer, nada compreende. Quem nada compreende, Mas quem compreende nada vale. também ama, observa, Quanto mais conhecimento ve... houver inerente numa coisa, tanto maior o amor... Aquele que imagina que todos os frutos amadurecem ao mesmo nada sabe a respeito tempo como as cerejas, das uvas. Paracelso. Ama-se aquilo por que se trabalha trabalha-se e por aquilo que se ama. Erich Fromm. Por e para MARICE, LUIS HUMBERTO E MAlTE.
  • 5. 5 INDICE Página n9 RESUMO. 1. . . . . . 8 .............. . . 1.1. Objetivos. 1.2. Localização 1.3. Métodos 1.4. . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 . INTRODUÇÃO.. . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 da Ârea . . . . . . . . . Agradecimentos. de . Geográfica . 2. PANORAMA GEOL6GICO 3. GEOMORFOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . Trabalho. 11 13 . . . . . . . . . . . . 15 ........... REGIONAL E ASPECTOS RELACIONADOS 16 . . . . . . 3.1. 3.2. A Margem Lagunar . . . . . . . . . . . . . . . . O Corpo Lagunar . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3. Evolução Geomorfológica . . . . . . . . . . . . 4. 4.1. 4.2. Sedimentos das 59 . 59 60 . 61 61 Âreas Características Fonte. . . Terraços 4.2.1.1.2. Depósitos 4.2.1.1.3. Terraços 4.2.1.1.4. Depósitos 4.2.1.1.5. Depósi 4.2.1.1.6. Praias 4.2.1.1.7. Cristas Lagunares ..' Fluviais. 4.2.1.2. Sedimentos . 4.2.1.3. Sedimentos de Fundo dos . . 4.3.1. . . Características 4.3.1.1. Fácies Arenosa. . 64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 69 72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 75 . . 79 Fluvial da Parte . . . 61 , . . . . . . do Guaíba Norte . . . . . . . . . . Lagoa . . . . . . . . . 82 .. . . . . . . . 82 84 . . . . 85 e Saco do. Coc~ . . . . . . . . . .......... Texturais . . da ........ da Lagoa do Casamento . . . Fração Fina: Argilo-Minerais . . . Mineralógicas Grosseira. . . . 4.2.2.2. . . . Fração ruto . . 4.2.2.1. Sedimentos . . do Complexo 4.3. . . Praia. Características . . . . . . táicos. Lagunares . . . . Flúvio-Del Patos . ............ Eólicos de . ............ Marinhos tos . .......... Texturais Sedimentos da Margem Lagunar 4.2.1.1.1. 4.2.2. 49 ................. Generalidades 4.2.1.1. 20 43 ................. SEDIMENTOLOGIA 4.2.1. 19 . . . . . . . . . . 87 87 . ....... . . . 89 4.3.1.1.1. Sub-Fácies Areia Média 4.3.1.1.2. Sub-Fácies Areia Média-Fina ....... 91 93 4.3.1.1.3. Sub-Fácies Areia Fina-Média ....... 94
  • 6. 6 Página n9 4.3.1.2. Fácies Areno-Síltica . . . . . . . . . . . 98 99 4.3.1.3. Fácies Silto-Arenosa . . . . . . . . . . . 102 4.3.1.4. Fácies Síltica . . . . . . . . . . . 106 . . . . . . . . 108 . . . . . . . . . . . . . . 4.3.1.1.4. SUb-Fâcies 4.3.2. Areia-Fina. . Características . . . Fração Grosseira. 4.3.2.2. Fração Fina: Distribuição . . . . . . . . . Argilo-Minerais. Facio16gica dos Sedimentos Areia-Silte-Argila 4.4.1.2. Areia . Média-Areia Variação . . . . . . . . . . . . . . 111 111 . . . . . . . . . . 113 variação da Mediana 4.4.2.2. variação 4.4.2.3. variação do Desvio Padrão Variação - do Diâmetro da . Md . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 115 . - Médio Curtosis Est~ . - Mz al . 115 117 120 123 Variação da Assimetria - Skl 4.4.2.5. . . 4.4.2.1. 4.4.2.4. . . Granulométricos . 109 Lagun~ ... Fina-Silte dos parâmetros tísticos . 109 111 Distribuição de Fácies-Texturais 4.4.1.1. 4.4.2. . ..................... res 4.4.1. . Minera16gicas 4.3.2.1. 4.4. . . 125 Controles da Distribuição Facio16gica 4.4.3.1. Características dos Materiais das Áreas Fon 128 .................... 129 4.4.3. . te 4.4.3.2. 4.5. . . . . . . . . . . . . Evolução Morfo16gica do Corpo Lagunar A Sedimentação Lagunar Caracterizada metros Granulométricos 4.5.1. . Morfologia e Condições Hidrodinâmicas Corpo Lagunar 4.4.3.3. . parâmetros . . . . . Estatísticos . do . . . 131 . . . 135 pelos Parâ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . & WARD de FOLK '. 4.5.1.1. Diâmetro Médio versus Desvio 4.5.1.2. Diâmetro Médio versus Assimetria 4.5.1.3. Diâmetro Médio versus Curtosis 4.5.1.4. Desvio Padrão versus Assimetria . . . . . . 4.5.1.5. Desvio Padrão versus Curtosis . . . . . . 4.5.1.6. Assimetria 4.5.1.7. CaracterizaçãoAmbiental Padrão . ........ versus Curtosis 137 137 141 144 146 148 150 150 _. 4.5.2. 4.5.3. 4.5.3.1. Diagramas CM, FM, LM e AM . . . . . . . . . (PASSEGA & BYRAMJEE) índices Granulométricosde DOEGLAS ............. índices Ql Md Q3 . . . . . 153 160 166 167
  • 8. 8 RESUMO A formação senvolvimento da Lagoa dos Patos foi condicionada de uma barreira das oscilações eustáticas Os aspectos reira evidenciam , ( gressao ocorridas da margem Os processos crescimento arenosos, do Casamento ( mecanismo acomp~ que os da laguna o mediante que deu origem a Lagoa e ao Saco do Cocuruto. Os sedimentos ( lagunar desta bar de sedimentação a compartimentação de pontais sob a influência de pelo menos quatro ciclos de trans nharam, proporcionaram - arenosa, durante o Quaternário. geomorfológicos a existência e regressao. múltipla, de pelo nosos e silticos. do fundo destes corpos lagunares As fácies arenosas e rasas e tem suas caracteristicas tipo de material ocorrem texturais are são nas partes marginais influenciadas das áreas fonte, da natureza, pelo inte~sidade tem e po de atuação dos agentes de sedimentação. As fácies silticas cupam 'as porções As zonas o ( I .'. centrais, rias sao atapetadas mais profundas. por fácies transicionais intermediá areno-silticas e sil to-arenosas. Os terrenos quaternários da margem dos durante os ciclos transgressivos, te dos sedimentos em suspensão lagunares. retrabalha lagunar, constituem Parte do material a principal trazido siltico na pelas águas da Lagoa dos Patos que ingressam goa do Casamento, provém das terras altas que margeiam fon La a provincia Costeira. Os principais mentação agentes envolvidos nos processos são o vento, as ondas e as correntes lação das águas é também influenciada lagunares. pelos sistemas de sedi A circu fluviais atu antes na região. A sedimentação se processa em um ambiente de aguas rasas
  • 9. 9 e doces, levemente ras nas partes granulométrica PASSEGA é redu que os métodos por vários ambientes ~ & WARD de em ana (1957), úteis sedimenta Entretanto a sua paleo-ambiental costeira definidos fi e que se des Ocorre muitas vêzes que o rápido r~ depositados em ambientes texturai~ A maior parte dos sedimentos do fundo lagunar tem propriedades praiais recentes em urna província gia é incapaz de apagar as características ambientes baseadas de FOLK único na determinação de materiais ciclo anterior. os aspectos (1968),são efetivamente de ambientes pois a sedimentação e promovida ambiental físicos são conhecidos. locam no tempo e no espaço. trabalhamento da área controlou (1969) e DOEGLAS e interpretação ca prejudicada, fauna de moluscos. no corpo lagunar. corno critério pOlicíclica bentônica de caracterização ção onde os parâmetros utilização biológica mostraram & BYRANJEE na descrição reduto geomorfológica da sedimentação Tentativas lise e pouco a urna pequena A evolução maiores nas margens A atividade centrais. zida e relacionada oxidantes ácidas, e eólicos. semelhantes de alta herdadas ener do das fácies arenosas aos depositados em ~
  • 10. '" 10 1. INTRODUÇÃO 1.1. Objetivos ~ O presente sedimentologia trabalho constitui da Lagoa dos Patos, cujo estudo vem sendo feito des de 1963 pela equipe do atual Centro de Estudos de Geologia ra e Oceânica Federal - CECO, do Instituto do Rio Grande do Sul. Esta de Geociências iniciativa, dos para compor o quadro geral dos processos nesta que constitui uma das áreas lagunares tantes da superficie cessa atualmente aqui caracterizar na Lagoa do Casamento pos d'água em adiantado nordeste Costel da Universidade pretende geológicos costeiras reunir da atuantes impoE mais do planeta. Pretende-se na porção a mais uma contribuição a sedimentação que se pr~ e no Saco do Cocuruto, estado de segmentação lagun~r, situados Costeira da Lagoa dos Patos, na Planicie cor do Rio Grande do Sul. Paralelamente ao mapeamento do fundo, será efetuado existente, texturais um estudo granulométrico com a finalidade com o ambiente O reconhecimento te estudos mineralógicos, cional, partindo constituirão de correlacionar deposicional e a compreensão chaves sedimentos do material os seus ali parâmetros dos sedimentos, median do seu mecanismo deposl hidrodinâmicas do corpo no sentido de prever na area de estudo, do material vial do Guaiba que apresenta dos lagunar que domina a area. da proveniência das condições elementos faciológico a lagunar, influência, trazido pelas águas do complexo flu niveis de poluição cada vez 'mais ele vados. Nesse sentido, dos raros criadouros a Lagoa do Casamento de peixes não atingidos é, ainda hoje, pela poluição, um con
  • 11. 11 .. forme afirma FREITAS (1975). Além disso, desenvolve-se ra rizícola intensa cult~ que depende de suas águas na alimentação de irrigação dos sistemas das lavouras. ~ pois de interesse -sistema. às suas margens regional, Para sua compreensão a preservação estão dirigidos eco deste também os objet~ vos deste trabalho. Do mesmo modo, certa freqüência, como adequada tinado a ligar Porto Alegre sua posição com a área em pauta tem sido apontada, para a construção ao Oceano Atlântico, de um canal des tendo em vista a geográfica. ~ Não será discutida aqui a viabilidade tanto quem o fizer encontrará tureza geológica 1.2. indispensáveis Localização volve a porção nordeste renos constituidos ternária anteriormente, que integram por a cobertura en ter qu~ p~ no mapa índice na Fig. 1. e 30030' de latitude entre as coordenadas sul e 50030' e 50050'37" uma superfície cípio .de Osório, a área de estudo do Rio Grande do Sul, conforme A área está compreendida abrangendo da Ârea da Lagoa dos Patos e é bordejada Costeira de na para tanto. pelas formações da Província de ser observado neste estudo alguns subsídios Geográfica Como foi méncionado de tal obra,entr~ Viamão de longitude de 1.264 km2, incluindo e Mostardas. 30008'40" partes do oeste, muni
  • 12. ,I I 12 --- - [F--- [I 50° 45 ' 500 50' / , -, ":-,-- õ. -30"10'1 ,, ', ,, II I I I --nu --"---"°'/",// 1 ~i "'-" ---~, ) "'. , ---o-nu. ?>~ '. , ., '. ,--- '- 50°35' 50°40' ,, , , , '. . . . . '. . . -30°15' . t, .. -30"20' .' . . . . . . .. .. . . . .. . LAGOA I . . . . {X) CASA.fEN TO . . . . .. . oos . PATOS . " --30"õO' f . ',, . sco .. . . ---~ -300 20' '.''-;), ' /.'- -,,-'-j . , :' . ",. ~ /:'-~_:::~::)-J -30°25' . . .;.::<~--~~_L(, iO C8CRUO . . . . .. . -C:~::-_'--:_~§2'; I~ ~ ~ ~ 50445' 50"50' Figura I --I,--V ,: . r-.-) LAGOA .' --. ,- o . .30°25' -30"15' i - MAPA DE AMOSTRAGEM E 28° ARGENTINA SITUAÇÃO DA ÁREA NO ESTADO. ~ 50° ESCALA 1:200_000 tj
  • 13. 13 1.3. Métodos Os trabalhos 1 : 100.000, de Trabalho de mapeamento Lagoa de escala tendo por base as folhas plani altimétricas, la 1 : 50.000, publicadas Exército. na foram realizados Foram pela Diretoria utilizadas do Capivari as folhas (SH.22-P-I-2), em esca do Serviço Geográfico Passo Desertas do Vigário do (SH.22-P-I-l), (SH.22-P-I-3)e Ilha Gran (SH.22-P-I-4). A análise tuada mediante das principais a interpretação geológica na escala 1 : 60.000, e posterior As quarenta tipo amostra material amostras que, remobilizado termédio de um busca-fundo seira de um a ,partir 135 amostras, na fig~ra cuja localiza 1. em sacos plásticos, foram la e descritos para a classificação Os resultados mediante por peneir~ção, Foi utilizada sub por gro~ utilizando-se (grãos meno a escala de Went de 1/4 ~, e a da fração fina por pipetagem. ~ rios que neles (1938), que incluem a análise da Íração que O,062mm), in por ao longo de perfis e nos cursos dos diversos no mapa apresentado com intervalos interpretados do contribui da região, de análise granulométrica & PETTIJOHN res que O,062mm), worth granulométrico laboratório e após secagem em estufa, desagregadas (grãos maiores peneiras do tipo raspador, acondicionadas aos processos KRUMBEIN a controle pelos pescadores Nesta etapa foram colhidas As amostras metidas do na área emersa foram pelos agentes da superfície, utilizada ção pode ser observada vadasem colhidas do fundo foram amostrados través dos corpos d'água desaguamo aereas, de fotografias lagunar. Os sedimentos embarcação efe foi exame no campo. simples e se destinaram para a sedimentação caíque, feições morfográficas de tamanho de grão. obtidos da análise granulométrica a aplicação dos métodos de FOLK & foram WARD
  • 14. 14 (1957), PASSEGA (1957) e DOEGLAS Foram escolhidas (1968). quarenta e cinco amostras representat~ vas para o estudo mineralógico. A fração grosseira seu conteúdo em minerais por decantação foi analisada em bromofórmio, conhecer A separação leves e pesados~ objetivando foi utilizando-se da entre 0,250 e 0,125 mm, partindo-se a fração o feita compreend~ de uma amostra inicial de 5 gramas. 'A fração pesada foi montada do em lâminas com Bálsamo Canadá para estudo microscópico. A fração leve, montada dá, sem lamínula, de método método foi estudada colorimétrico, preconizado cra separada para determinar por HAYES Os sedimentos determinar & KLUGMAN feldspatos, conforme sua fração menor que e analisada a natureza após a aplicação o (1959). finos tiveram por decantação X objetivando em lupa binocular Cana do em lâminas com Bálsamo no difratômetro 4 p m~ raios de dos argilo-minerais constituin teso No estabelecimento Lagoa do Casamento, - do padrão de circulaç~o no Saco do Cocuruto norte da La , goa dos Patos foram utilizadas lite ERTS-l, quisas (1976) gentilmente Espaciais - efetuou-se os trabalhos CLOSS cedidas pelo Instituto o método obtidas pelo saté Nac~onal de Pes apresentado por HERZ . estudada, contram imagens orbitais INPE, adotando-se Com o objetivo NHA e na porção das águ~s na de caracterizar extensa pesquisa nela anteriormente MARTINS (1963), MARTINS (1963, 1970), DELANEY (1972), VILLWOCK, de modo global a bibliográfica, executados, (1966), & FORMOSO que envolveu dentre os quais se en MARTINS & GAMERMANN (1960, 1965 e 1966), JOST MARTINS região (1967), (1971), (1972) e VILLWOCK CU (1973).
  • 15. 15 1.4. Agradecimentos Resulta este trabalho da cooperaçao e assistência a quem apresentamos parte de pessoas e instituições, por sinceros a gradecimentos. Aos professores Luiz Roberto Martins, hardt, Eloy Lopes Loss, Inês da Rosa Martins gestões e pelo incentivo Dehn pelas críticas, su constante. Aos laboratoristas Rubem Bernardo artista Naira Jane, ao Sr. Girley Valério Schmitt Kroeff, Ely Alberto pelos trabalhos e Gilberto Santos, Sr. Simões e ao de laboratório, desenho, à Rubem datilo grafia e fotografia. Ao Instituto gens orbitais do satélite à FAPERGS, e que tornaram de Pesquisas possível Espaciais, pelas ima ERTS-l. CNPq, COCEP-UFRGS Ao Instituto Rio Grande Nacional pelos auxilios concedidos a sua execuçao. de Geociências do Sul, pela oportunidade. da Universidade Federal do
  • 16. 16 2. PANORAMA O sistema víncia Costeira do Rio Grande do Sul geológicos O primeiro Província maiores, é composto Ias seqüências subsidente, da e vulcânicas, instalada clástica tectonicamente Pelotas. pré-cambriano e p~ e mesozóicas de Pelo tas , compõe-se acumulada e por dois paleozóicas de Pro cit.). e a Bacia de cristalino a Bacia ob. é constituida o Embasamento O segundo, sedimentar (VILLWOCKi Costeira pelo complexo sedimentares da Bacia do paraná. urna seqüência REGIONAL lagunar em estudo é parte integrante A referida lementos GEOL6GICO em urna bacia marginal na borda do embasamento a paE. tir do Cretáceo. Cerca de 1500 metros de espessura positados nesta bacia desde os tempos miocênicos A sedimentação rinhas. retrata taxas de subsidiência do Pleistoceno, no decorrer VILLWOCK a princípio e sedimentação governadas encerrando deste conjunto cuja porção superior urna série de unidades e no tempo, resultante tes de sedimentação ma pelo balanço entre as a partir ocorridas eustáticas se observa Fig. 2, a area que margeia ruto é constituida detalhadamente por um pacote expõe-se descri ta por sedimentar na planície lito-estratigráficas. do deslocamento litorânea desconunuas de vários ambien apresenta responsáveis pela nos dias atuais. no esboço geológico a Lagoa do Casamento fundamentalmente tran§ região, conforme, atestam as nela esculpidas, que a região costeira Conforme ,i por sobre a mesma feições morfográficas configuração recente. e tr~nsgressões e posteriormente, pelas variações (ob. cit.), é constituida -regressivo, o até da Era Cenozóica. A cobertura grandes urna série de regressões Estas foram controladas no espaço de sedimentos foram d~ apresentado e o Saco do pelos terraços marinhos na Cocu da
  • 17. 17 0° "!... ... I. / 1 Y /.". 30°15'. LAGOA CASAMENTO DO N Ô LAGOA 30°30' DOS PATOS FIG.2 - Esbõco geológico da porcõonorte da barreira múltiplada Lagoa dos Pg tos e situacõo da área no Estado. '1 o '1 ESCALA: ~ 12 ___~NTA CATARINA ARGENTINA 16 km 1'400.000 LEGENDA: Estradas ~ ~ Drenagens. o Z "-J <.:> o -' o :x: Depósitos eólicos e praiais marinhos atuaisH C2] Depósitos lagunares, praiais lagunares, paludois, fluviais, indivisos, atuais e sub-atuais.. ~ Ita poõ § [[[]] indiviso Chuí indiviso ~ { Emba sa meto C2j cristalino URU:::~j- -~ ~ desenho o borbosQ
  • 18. 18 Formação atuais Chuí, depósitos e sub-atuais lagunar, paludal, eólicos da Formação de ambientes Itapoã e os de~itos praial marinho, fluvial e eólico. praial lagunar,
  • 19. c r ( ( 19 3. GEOMORFOLOGIA ( ( ( Para melhor xos que atuaram construindo E ASPECTOS compreensão RELACIONADOS dos fenômenos geológicos compl~ na área em apreço e que ainda hoje se manifestam, e destruindo as mais variadas to feições do modelado ( pográfico; l ( í nela efetuou-se Exterioriza-se Rio Grande nície Costeira uma delas, Costeira do sob a forma de Uma extensa área cerca de 47.150 km2, denominada (1948), de Planície DELANEY Costeira em várias unidades a Planície Arenosa (1973), subdividiram Litorânea, Por abranger pelo papel que sua evolução ção lagunar, ela será detalhadamente das Lombas tos arenosos Arenosa e é constituida das formações os corpos lag~ os que margeiam, . na sedimenta desempenha descrita Litorânea Em situam-se os terrenos esta PIa distintas. geomorfológicas e, portanto, A ~lanície NOGUEIRA por do Rio Grande do Sul. (1965) e VILLWOCK nares ora em estudo. Coxilha geomorfológico. a maior parte da Província do Sul, em superfície, de terras baixas, í um reconhecimento a seguir. desenvolve-se leste a predominantemente da pelos depósl Chuí e Itapoã, parcialmente retrabalha í , ( dos e cobertos por uma grande variedade de origem praial, eólica, táica, entre outras, paludal, A grande variedade í na difícil a escolha lacustre, que se espalham lagunar, fluvial,de! pela região. de feições encontradas de critérios recentes de acumulações que permitam nesta área tor sua divisão em sub ( -unidades Entretanto, / I tualmente ,.- ! ( r ( í . ( c morfológicas. a existência na referida de tres grandes ja, uma longa e complexa ceano Atlântico dos processos planície barreira domínios ambientais, arenosa emersa, da Lagoa dos Patos, sofrendo relacionados a arenosa observa-se o separando por um lado ao mar e pelo outro, ou se submetido O ,açao a a ln
  • 20. 20 fluência dos agentes lagunares. to de vista prático, subdividir dades, a barreira nas seguintes. predominante, po~ sub-uni ou seja,a margem la e a margem oceânica. Pelos mesmos motivos os aspectos torna-se mais fácil,do a planície de acordo com o ambiente gunar, Assim relacionados mencionados com a margem anteriormente, apenas a lagunar serão descritos seguir. ,3.1. A Margem Conforme pode ser observado parte norte da barreira de VILLWOCK Lagunar múltipla (ob. cit), vide Fig. o lado oeste da grande barreira ta lagunar da no mapa geomorfológico da Lagoa dos Patos, 58 em encarte na arenosa é constituido cujos aspectos morfológicos reproduzido contracapa, por uma cos são . peculiares. ~ Diferindo costa oceânica, dos vários totalmente as que aqui se apresentam agentes envolvidos na dinâmica açao nesta região durante os últimos Deste modo, Ligada faz-se necessário ao Oceano Atlântico ressaltar comen alguns as~ em última análise, no sentido de BIRD por um único e permanente e Canal de Rio Grande, a Lagoa dos Patos laguna que se comporta essencialmente como um sistema c~ uma estuarino, (1968). Esta laguna constitui brasileira. e tecer maiores atual de suas margens. nal de escoamento, das na planície interação tempos geológicos. da Lagoa dos Patos, responsável pela configuração da lagunar e retratam a sua antes de descrevê-las tários sobre a sua origem tos da dinâmica resultam a junto das feições observáveis costeira a maior das massas d'água do Rio Grande do Sul e de toda Possui urna área aproximada repres~ a costa de 11.000 km2, estendendo
  • 21. 21 -se por 250 km de NNE para SSE, com uma largura máxima A topografia ria das margens estando e 15 metros mostram-se rasas, oscilando pela maré oceânica que segundo MOTTA das variações alterações (1969) ,é, médios aguas que drenam u 175.000 km2, cerca de 5/8 da superfície zonas expostas a dife regimes pluviais. A descarga para o interior dos rios Da mesma variações ,que se projetam pela configuração no nível d'água ocasionando ca em diferentes Por oca de até 2 são influenciadas Um forte vento soprando uma forte corrente mais fracas, reversas, somados às variações d'água e controlam, ao longo do na região de pressão particularmente, da laguna. atmosféri pela movimenta o fluxo e fluxo na zona do Canal de Rio Grande e por conseqüência, no interior a ao longo das margens. partes da laguna são responsáveis de salinidade por da laguna. desenvolve Tais agentes diferenças geradas nessas condições da laguna. da mesma, xial e correntes , forma, o legime dos ventos é responsável As correntes ção das massas correntes o seu efeito se faz sentir por longos trechos. entre as extremidades comprimento desenvolve da laguna em torno das desembocaduras. sião das enchentes buição muito das no nível da vazão de seus tributários do Estado do Rio Grande do Sul', abrangendo metros e do tipo diurno e atinge valores apreciáveis ma área de aproximadamente grandes com 0,47 metros. Entretanto, rentes às zonas centrais das águas nesta bacia alongada na região de Rio Grande, decorrem confinadas (Fig. 3). influenciada de apenas metro, entre 0,5 e 1 ao longo do Canal de Rio Grande onde oscila entre 10 A movimentação pouco A maio de fundo, embora suave, é variada. as partes mais profundas 7 a 8 metros de 60 km. Maiores re a distr~ detalhes so bre este mecanismo, podem ser encontrados em CLOSS (1963), CLOSS
  • 22. 22 PÔRTOALEGRE 08 ~}<io/ Arr. O~ ' N .~./3 ~)U' ~. (- ~~ I ~ ,CJ C, ~ ~ r. 'V- ~'v i , 'V- _.._--..-------- FIG. 3 (~ () G ~ ~ ~ - CONFIGURACAO E BATIMETRIA DA LAGOADOS PATOS 10 ~ o ESCALA 10 20 30 40km Modificadoda carta n22140, Divisãode Hi drogrofio e Novegão do Ministério dá Morinho. . desenho: ( , , I, a barbas a
  • 23. 23 & MADEIRA (1968) e VILLWOCK HERZ gens orbitais et alii (1972). (1976), fazendo interpretações obtidas pelo satélite preliminares ERTS-l e laboratório SKYLAB da área da Lagoa dos Patos, propõe um modelo para as águas superficiais rial em suspensão da referida como traçador As conclusões te as considerações de im~ espacial de circulação o laguna utilizando mate natural. apresentadas pelo autor confirmam plenameg feitas até aqui no que diz respeito à circula ção das aguas. Com paraçoes efeito, HERZ estabelecidas dade regular semelhante (ob. cit.), revelaram mostra que o fato de que ventos comintensi uma abaixo de cinco nós, podem provocar à da Fig. 4, onde as descargas portância maior na manutenção condições com as primeiras fluviais circulação im assumem uma é do tipo celular. Por outro maiores dendo do sistema de circulação lado, quando os ventos assumem que cinco nós aquela distribuição chegar ao apresentado nordeste de nordeste As correntes acima descrita geradas de material mento de salinidade, a sua deposição um pela movimentação da massa a no que diz respeito sedimentar ero ao longo da laguna. De um apenas pela manutenção levando-o líquida até o extremo'sul, através de processos em suspeg toda por o onde de floculação, au provoca (VILLWOCK et alii, ob. cit.). Entretanto, vários as aguas provocando fino trazido pelos rios, distribuindo-o a bacia de sedimentação, de soprando para sudoeste. modo geral elas são responsáveis são do material arrasta não são muito efetivas são e transpôrte intensidades vai sendo modificada,p~ na Fig. 5, onde o vento com 10 nós de intensidade fluxo contín~o , que nestas ao longo dos canais que intercomunicam corpos d'água adjacentes de nivel, verdadeiras marés, os à Lagoa dos Patos estas variações geram correntes muito fortes. Deve
  • 24. 24 52° .... " . N I I ) I I ~ rJ )..J /. 32° <:J~ s w Figura - CIRCULACÃODAS ÁGUAS NA LAGOADOS PATOS. 4 ESQUEMA DE INTERPRETACÃODE IMAGEM ERTS /338-12475 DE 26/06/75. Modtlicodo de HERZ f/97SJ.
  • 25. ~ ~ Figura 5 - - - I CIRCULAÇAO DAS AGUASNA LAGOADOS PATOS.ESQUEMA DE INTERPRETAÇAO ELABORADO COMIMAGENS DA ESTACÃOESPECIAL SKYLAB OBTIDASE 01/09/73. Mod/ficodo de HERZ fl975J. .~ ~ .~ ;;; .~ " .., ~ IV U1
  • 26. 26 -se a elas a criaçao e a manutenção das profundidades elevadas do Canal de Rio Grande, bem como das do Canal Furado e do Rio do Mon o jolo, estes na área da Lagoa do Casamento e Saco do Cocuruto. material nestes cursos d'água posita-se sedimentar erodido e movimentado nas suas desembocaduras constituindo deltas de maré como o que se observa barras de e de areia na Lagoa dos Gateados, pouco ao sul da área em estudo. exerce ondas ~ incontestável o fato de que a ação das um papel proeminente no balanço erosão/deposição responsável pela configuração mais efetivas do que as correntes Enquanto xao de ondulações de maré (KIDSON, 1968). que nas costas oceânicas das ondas resultam da modificação as por refração, características difração independentes radas na superfície de uma laguna estão relacionada~ duração dos ventos picamente Elas e depositar roes e barreiras. particularmente são capazes o material de erodir erodido, o assoalho a costa alturas lagunar, trans eSPQ praias, inconsolidados fundo do nas partes mais profundas, a lagunar. As ondas que chegam à linha de costa, fazendo - ti períodos durante os construindo Removem os sedimentos nas areas mais rasas, depositando-os plainando (BIRD, ob cit.) . sopra forte quando então podem desenvolver de até 2 metros. portar à direção,v~ este último autor, as ondas das lagunas são curtas e esbeltas, em que o vento g~ locais, as ondas dos ventos que sobre elas sopram e do comprimeg to do "fetch" sobre o qual o vento atua Segundo refle e de áreas de geração distantes (KIDSON, provindas ob. cit.), portanto locidade, muito Nesse sentido elas são das linhas de costa. o-- um angulo de 45 , sao mais efetivas na geraçao com de correntes ela lito Es râneas do que as que ali incidem com qualquer outra direção. tas correntes são as responsáveis litorâneas (longshore currents) pela movimentação de grande quantidade de material sedimentar,cog
  • 27. 27 tribuindo sobremaneira de a orientar-se para o modelado perpendicularmente da linha de costa, que ten a direção resultante ven dos tos que nela incidem. Entretanto, se a resultante ondas não for a mesma que as do "fetch" mais ta orientar-se-á perpendicularmente Mudanças por erosão nesta orientação (retrogradação) gem lagunar, através teram o padrão direta do regime como por deposição tornando-se eólico da com a resultante dire das expressao lagunar uma e duração, mas usualmente na direção em qual Se os ventos de todas as dire em velocidade pode ser atingida, al Estas modificações a configuração regi ao. tanto (progradação) da mar do "fetch" no sistema lagunar até o ponto vais em forma, alongadas ob. entre as duas. são sempre acompanhadas da deriva litorânea. ções forem equivalentes circular longo, a linha de cos à bissetriz quer parte da praia o "fetch" coincida çoes dos ventos de desses ventos geradores uma configuração as lagunas tornam-se dos ventos domi~antes ~ (BIRD, cit.). De acordo com ZENKOVITCH estreitas, estes processos de enseadas que tendem a crescer e conver levam ao desenvolvimento por erosao e esporoes deposicionais gir de modo a dividir a laguna em uma série de bacias menores ja forma refletirá processo o regime regional foi denominado e (1959), em lagoas alongadas dos ventos pelo autor acima citado, (Fig. 6). de cu Este segmentação lagunar. No decorrer desse processo, a erosao de ambas as costas faz com que a largura da laguna torne-se consideravelmente maior do que na sua forma inicial. Os dados apresentados ao regime dos ventos produzidos na Planície na Fig. 7, mostram por DELANEY Costeira (ob. cit.), relativos do Rio Grande do Sul,r~ em resumo que os ventos ali predom! nantes são os de nordeste oriundos da zona de alta pressão da mas
  • 29. 29 FIG.7 ROSADOSVENTOS ANUAIS GERAIS E CIRCULACÃO ÁGUANA LAGOADOSPATOS DA i Modificado de DeJaney(19651 + + ;( N ~ Os ndm.ffJ' "p,...rrtam "p8II(1," que nõo pud"am ex.mplo: 3 .3p'/Itn 1pino' 1em. o d.,.nha: !JIt m/h 100 ab..rvaçÕe' ESCALA 50 100km a. barbo.o ,,, cDlocada,
  • 30. 30 sa tropical altlântica que se situa sobre o Oceano Atlântico entre o' o os paralelos 30 e 40 de latitude sul (MORENO, 1961). Entretanto forme MOTTA qüentes estacional (1969), os ventos do quadrante e violentos maio a agosto, sobretudo há uma variação de setembro enquanto mais detalhados tos, a configuração trabalho de sudeste apresentam-se e sao mais raros de novembro estabelecer no que diz respeito dinâmicos acionados a abril. padrões qua~ dos ao regime atual da Lagoa dos Patos retrata dos mecanismos fre são mais a abril e mais raros e fracos Embora não seja ainda possível titativos nordeste que os do quadrante de maio a outubro Con acentuada. ven o fielmente eólico pelo sistema que acima se caracterizou. As suas margens mostram esporoes arenosos tes litorâneas te à direção resultantes e de amplas baías do trabalho das ondas e das no sentido de orientar as praias corren perpendicularme~ dos ventos dominantes. O processo sos enquadra-se (1959) uma sucessão de formação perfeitamente e evolução desses naquele estabelecido esporoes areno por ZENKOVITCH . ~ desenvolvidas com maior na margem intensidade ção contraria os ventos oriundos por ondas durante a do nordeste. por FISCHER lagunar, desenvolvidos que sofre Tal situa (1955) ,que atr! da ilha de são Lourenço, em ambiente leques de espraiamento de material no Alaska, detrítico de a partir da 'barreira arenosa tempestades. A presença cos, atapetando estabelecido dos esporões ao retrabalhamento formação oeste da laguna, exatamente o processo buia a formação dos Patos mais notável o fato de que essas feições sejam muito de sedimentos finos, predominantemente a maior parte das porções (MARTINS & GAMERMANN, dos referidos esporões norte e média da 1967), exclui a arenosos, sílti Lagoa possibilidade a partir de de remobiliza
  • 31. 31 ção do material gua da laguna, de fundo por flutuações tal corno propuseram Deste modo, co mais dos Abreus caracterizado a oeste é evidente em sua região e do Anastácio, de segment~ para o interior se pouco menos adiantada As condições isolam a Lagoa do que se situa por prolonga-se abrangida da área lagunar isto é, margem nordeste tal corno se deduz da sua tivas feitas no local, são esquematizadas Corno pode ser observado de costa. cimento configuração, a circulação responsáveis forma, a circulação d'água ao corpo lagunar, área entre os pontais dos Abreus nesta area segue e que geram as pelo modelado é influenciada da linha pelo forne pelos rios que ali chegam e pela e Anastácio que lhe serve de co com a Lagoa dos Patos. Os rios Capivarí, Palmares Servem apenas corno elementos sas e seu regime é controlado Deste modo, são e a Sanga Pángaré, senis, urna vez que drenam urna superfície xas. qualit~ na Fig. 8. pelo regime dos ventos litorâneas, Da mesma municação Pa gerais da Lagoa dos Patos, com a qual se comuni Aqui ela é controlada ondas e correntes dos d~ Lagoa do relevo de fundo, do regime dos ventos e de obseryações ca. quase do mesmo mecanismo~ tos e Lagoa do Casamento, padrões po~ da Lagoa dos Patos retrata urna fa hidrodinâmicas trabalho, onde os nordeste, praticamente e que com sua parte submersa 20 quilômetros os mesmos de o fato à sua formação. Por sua vez, o pontal das Desertas, pelo presente (1956). em franco processo nos tempos imediatos O processo Casamento. nível d'á do urna largura entre baías opostas muito maior do que a que apresentava pontais PRICE & WILSON fica perfeitamente que a Lagoa dos Patos encontra-se ção, mostrando ressonantes aplainada de drenagem pelas condições rios e de cotas bai das areas pantan~ pluviométricas. na maior parte do tempo, a Lagoa do Casamen to e o Saco do Cocuruto, recebem uma grande quantidade d'água pr~
  • 32. 32 O.J""~/I' .. , tT 1 .,'.. ' ""!'OU: $'11 o o o " <:> - .. .. ~ .. " .. ... <t O Z lI.J ~ lI.J ...J (~ V). .., ..... ;z <t ;z ~ O a V) <t .., :;z . '<t :Q: 'o ..... ...J V) ..., . ..... ';z V) V) °<tQ: a ;z :z ~ o .., Q: O u o I2: ~ ~ ~ cn ~ u o O ~ O (!) ~ -J J ~ O .', cn ~ U ~ I~ 2: .0 O Q: O :i: DOS I.A0° A , cn 4J 10 U. O 2: O u Q) o L. :;, 0 ~
  • 33. 33 veniente da Lagoa dos Patos. Tal fato fica perfeitamente magens comprovado tomadas pelo satélite orbi tais ERTS-l, pelo exame das i nas apresentadas Figs. 9 elO. A imagem obtida às 09h41m do dia 18/08/73, a uma altit~ de de 920 km, tomada quando na região soprava uma vento leste,com velocidade através de 1 m/s, aproximadamente do complexo 2 nós, mostra fluvial do Guaiba modificando lular na parte norte da Lagoa, criando correntes margens da mesma, fato que ocasiona a saida d'água a circulação c~ de retorno pelas com desta a troca das águas as da Lagoa do Casamento. As condições cederam meteorológicas a tomada da imagem, tram ventos variáveis igualmente cimento A precipitação 77,3 mm no mesmo periodo de águas pluviais a quantidade apresentadas na Fig. 9 mos um de leste, sudeste e oeste com muito grande de calmarias. elevada, durante os dez dias que pr~ de material pluvial, é responsável na área lagunar. em suspensão período relativamente pelq grande Observa-se forn~ também que trazido pelas águas do Gua! ba é muito maior do que o trazido pelas águas dos r.ios Palmares Capivari que chegam no lado leste da Lagoa do Casamento. seqüência, ruto Como con é a Lagoa dos Patos quem fornece a maior parte da ga em suspensão que aporta à Lagoa do Casamento e car e ao Saco do Cocu . do dia 11/10 Por outro lado, a imagem obtida às 09h30m /73 à mesma te celular. altitude, mostra No momento mostram dias entre 2,2 e 3,0 m/s. ventos eram em torno de 1 m/s. meteorológicas ventos dominantes e a precipitação perfeitameg em que a imagem foi tomada,os de leste e sua velocidade As condições um padrão de circulação durante os dias precedentes, de leste e sudeste, com velocidades Houve um periodo pequeno foi de apenas 30,7 mm. de me calmarias Nestas condições observa
  • 34. .. <:j< (Y) . - ' .. a c" "i:"V-" i 'IL ?j"~" ~~;~ I ~ IIIf ' -J"',, 'I' . , , ".,"" a '11' a :y ""IJ' I 11 " .J: .. " a' 11 'I " , '" li '" ~ ~. ~ p~' ~ 10 VENTOS 30medldas (PORTO ALEG RE)' PRECIPITAÇAO PER/ODO TOTAL 09/08/73 a 18/08/7 3 77. 3 mm & :::: ,~ 't ;::: 't Figura 9 - C/RCULAÇAO DA ~ :: (", ~ LAGOA DAS AGUAS NA PARTE NORTE DOS PATOS IMAGEM ORB/TAL: RTS E -, 18/08/73 - 09h:4lmin 92 O km a/t. COND/ÇOES LOCAIS DE VENTO (PO RTO ALEGRE): /81 08173 09h;00min E- 1,0 m/s <> .~ ~ ;;; <> .'<:; '" v, ~
  • 35. . . . ,/~ ~ r .., ~ -VENTOS ENCOBERTO - (PORTO PRECIPITAC;AO ALEGRE): TOTAL' PERI'ODO 30, 02- 11/10/73 30meó;óos, ?mm 0>"', 0.(1," ' ;Ú,,';:I >~) ~n:"",: f ~' . ' ",q " ~ / ,~ ' i:::' ~ " ,'q, ;: ~ 10 - CIRCULACAO DAS AGUAS NA PARTE NORTE DA LAGOA DOS PATOS } ~ '1 Figura 09h:39min IMAGEM ORBITAL: ERTS- I - 11/10/73920 km alt. CONDI COES LOCAIS DE VENTO (PORTO ALEGREJ: I/ / 10/73 09h: OOmin E - /,° m/ 5 '" ," ~ '~ ,~ " " w U1
  • 36. , 36 ~ agua redução no fornecimento grande na entrada d'água da Lagoa dos Patos para aumento Casamento rior da Lagoa do buição de material ~ mo, particularmente, com grande mais uma vez, inte contri Este o Pontal do Anastácio como um verdadeiro ca o papel dos neste sistema hidrodinâmico. separando o e um daquela para com estes. ressaltar nais e do rio do Monjolo de, funciona e Saco do Cocuruto, em suspensão interessante de pelo Gualba -se uma grande últi da Ilha Gran bico injetor d'água para inte o rior do Saco do Cocuruto. As imagens utilizadas necidas pelo Instituto Nacional os dadbs meteorológicos de Meteorologia para essa interpretação de Pesquisas da época, do Ministério foram for Espaciais e (INPE), foram cedidos pelo 89 Distrito da Agricultura, com sede em Porto Alegre. Uma vez apontados costa e conseqüentemente os agentes delineadores escultores -se-a a seguir as características vas desta ali um grande terraço lagunar a Lagoa do Casamento e o Saco do Cocuruto, do Anastácio entre aquelas apresentar significat~ e dos Abreus (TL-l) que bo~ projeta-se para recurvados a exemplo dos que balizam o limite geográfico lagoas. Levemente inclinado com uma largura variável oscila mais morfológicas a Lagoa dos Patos sob a forma de esporões pontais lagun~r, de zona na área mapeada. Observa-se dejando da margem linha da em direção às margens entre 1 e 12 quilômetros, sua lagunares, altitude entre 2 e 5 metros. O limite interno desta superfície mais variados Ao áté 3 metros sob os cordões arenosos de manifesta-se aspectos. norte, ocorrem de altura, esporadicamente remanescentes de antigas que foram parcialmente retrabalhadas pelo vento, cristas de praia constituindoan
  • 37. 37 tigas hoje fixadas pela vegetação dunas, médio. que usualmente de porte cuja confl correm várias dessas cristas de praia compondo feixes guração lembra perfeitamente arenosos a dos atuais esporões (Foto 1). realidade em epocas em que antigos pontais desenvolvidos águas da laguna situava-se 4 a 5 metros entre o Arroio Palmares A leste, senvolve-se uma escarpa erosional, de 4 metros de altura, testemunha vado das águas lagunares Nos demais erosivos d'água, posteriores o terraço cota, até atingir tinuidade as superfícies alguma na topografia. tes de atingir o terraço lagunar, vadas, e. g., se de erosão, igualmente de um nível mais ele (Foto 2). aumentando por processos cursos gradativamente mais elevadas a sua sem mostrar descon Alguns destes vales mostram, depósitos Retratam modificações a~ suspensos estuarinos hoje recortados i. é., um abaixamento de com cerca alguns com suas feições características Sanga pangaré, que os construiram. e abrupta, ao longo dos vales dos principais se interioriza, e interiorizados, o nível e a'Sanga pangaré, locais esta escarpa é atenuada e, na acima do atual. retilínea que a solaparam que Constituem se projetam .para o interior das lagunas das ~ Em alguns locais, e. g., ao norte do pontal dos Abreus, pr~se~ pelos cursos d'água drásticas no nível b~ laguna do nível das águas da onde desembocam. Ao sul da Lagoa dos Gateados raço sofre uma inflexão o limite interno deste para oeste e é abruptamente la linha de costa leste da Lagoa dos Patos. camente deixa de existir, mais baixos coalescendo e mais recentes. com o rebordo a erosão sofrida pela costa lagunar e conseqüentemente transportado o material dali para o norte pelas correntes nas sucessivas seccionado p~ Ali o terraço pratl Este fato, comprova to da laguna após a sua formação. ter litorâneas cristas de praia que construiram de outros, considerável o alargame~ retirado foi e depositado o Pontal do Anas
  • 38. 38 . Foto 1 - Vista aerea dos Pontal dos Abreus. Cristas de praia limitam o Terraço Marinho (parte superior esquerda), e o Terraço Lagunar 1 (Parte inferior esquerda e superior direita). O Te~ raço Lagunar 2, mais estreito, aparece margeando a lagoa, limitando internamente por outra série de cristas de praia parcialmente retrabalhadas pelove~ to. Escala aproximada: Foto 1 : 100 000 - Vista 2 aérea da escarpa que limita interna mente o Terraço Lagunar 1 (esquerda). Â dI reita observam-se depósitos eólicos da Segunda Bar reira acumulados sobre o Terraço marinho. Escala aproximada: 1 : 60 000
  • 39. 39 tácio. /. A superfície te ocupada do Terraço Lagunar por arrozais que afetam e mascaram as os feixes de cristas de em vários locais ao longo do terraço lagunar, nastácio, pontal dos Abreus, da Ilha Grande e a norte de Palmares de quilômetros, de metros variável, entre as cristas, na parte oriental alguns atingindo da ordem de dezenas estes corpos arenosos é paralela a uma aprese!! a atual linha de costa. Tendo em vista as dimensões pode-se dezenas uma orienta entre 1 e 3 metros mantendo çao que em última análise terial constituinte, pontal do A e. g., do Sul. e com um espaçamento tam alturas que oscilam cristas fo togr.ê: praia preservadas Ponta do Espinho, Com um comprimento centena em algumas dignas de destaque. são notáveis r totalme!! feições morfolá Mesmo assim elas são visíveis gicas ali existentes. fias aéreas, que 1 é quase e aspectos identificar texturais do ma dois tipo~ de feixes de de praia. o primeiro constituido por cristas bem desenvolvidas, i dentificáveis no terreno e constituidas ra, construidos na margem nos pontais do Anastácio Lagoa do Casamento, Grande da Lagoa dos Patos, e dos Abreus, mais precisamente e na margem ocidental na Ponta do Espinho e na metade da leste da Ilha (Foto 3). o segundo, çadas, por areia média a grosse! constituido identificáveis por areias cristas apenas em fotografias finas e médias, goa do Casamento por construidas como as que ocorrem e ainda, as que desenvolvem como as que se observam pequenas, aéreas, pouco constituidas na margem oriental ao norte de Palmares nas margens esp.ê: de corpos d'água da La do Sul, menores no esporão que separa a Lagoa do Capivarí da Lagoa do Casamento. A diferença entre os dois tipos de cristas de praia aci
  • 40. 40 . l Foto 3 - Vista aérea do Pontal do Anastácio. Feixes de cristas de praia, parcialmente r~ trabalhados pelo vento e truncados (parte superior) pelo Terraço Lagunar 2. O Rio do Anastácio ou Fur~ do (parte superior), evoluiu de um antigo canal de maré ativo nas épocas de segmentação da lagoa. 1 : 100 000 Escala aproximada: ma descritos está claramente presidiram maiores sua formação, relacionada mais meiro grupo mostram-se senvolvimento orientação de discussão às vezes de padrão de formação JOHNSON (1919), KING processos e vagas decorrentes A interpretação fia, o pelo vento que proporciona permite destas longitudinal feições por parte de vários autores, (1967), envolvendo raneas de praia do pr! com de urna nordeste. O mecanismo destacar ao vento. os feixes de cristas afetados de dunas, que intensa nas margens dos corpos d'água e nas praias mais expostas De um modo geral, a energia dos agentes concluir tem sido objeto dentre os quais (1959), SHEPARD relacionados se pode (1963) e ZENKOVITCH a ondas, correntes lito de tempestades. das descrições que as cristas encontradas na bibliogr~ de praia podem resultar na
  • 41. 41 realidade da interação lise modificam de todos estes processos o perfil de equilibrio ção desse perfil de equilibrio de corpos arenosos conforme alongados demonstram Mc KEE & STERRET em laboratório de dunas que elas se superimpõem, de dunas "dune ridges", discutidas lagunares praia, por efetuadas (1964). formação a de praia ocasiona dando origem por SHEPARD encontradas arenosa.,. estreitas, se desenvolvem de que evoluem para cristas as experiências restaura à acumulação muitas vezes, A ação dos ventos sobre as cristas constituição A de uma praia. leva, (1961) e MOTTA As praias que em última aná a cristas (1960). na área são muito afetadas de sempre pela vegetação sobre um terraço lagunar mais jovem e cuja (TL-2), cota oscila em torno de um metro. O limite mais interno deste ter raço é muitas vezes marcado -praia geralmente vergadura, ornamentada totalmente temente opserváveis regra, quenos por uma micro-falésia. por gramineas. de espraiamento, por uma franja continua variações te, nos dias de hoje en freqüe~ via de secos de junco e p~ sobre a grama, retratando de nivel que a laguna sofre, as esporadicame~ (Foto 4). O estirâncio to por material Al~ são constitui das, de fragmentos galhos de árvores depositados apreciáveis a pó~ por cristas de praia de pequena atapetadas marcas Segue-se com uma largura de arenoso constantemente 5 a 10 metros submetido é compo~ ao fluxo e reflu xo das ondas. A antepraia do larguras sencialmente velmente encontra-se de até um quilômetro, muito bem desenvolvida, caracterizada arenoso de declividade se desenvolve uma vegetação constituida fundo por um muito pequena, atingig onde es invaria por juncáceas(F~ to 5). Também aqui no caso das praias,o vento dominante deste mostra a sua influência, fazendo com que sejam de nor mais desen
  • 42. 42 . Foto 4 - mentos Marcas de espraiamento de junco seco. Foto ~ Vista parcial da praia lagunar. delineadas 5 - Vista parcial da ante-praia da por juncos. por fra~ lagunar atapet~
  • 43. 43 volvidas e constituidas as praias da La por areia mais grosseira Saco goa dos Patos e as do lado oeste da Lagoa do Casamento e do do Cocuruto, são mais es treitas, muitos enquanto cobertas pontos, que as do leste, mais abrigadas, por uma vegetação a verdadeiros exuberante, banhados cedendo lugar, em e. g., ao leste costeiros, da Ilha Grande e ao norte do Pontal do Anastácio. 3.2. o Corpo Lagunar Pelo que se deprende da Lagoa do Casamento, Hidrográficos levantada da Secretaria Grande do Sul, gentilmente Portos Rios e Canais, Lagoa do Casamento descrição 1 2 - de do Estado cuja reprodução é encontrada Estudos Rio do de Estadual cedida pelo Departamento na Fig. 11, interligando a de é um corpo de águas rasas que pa~a efeitos pode ser dividido maginária ~ da Carta Batimétrica pela antiga Divisão de Obras Públicas em tres partes distintas: Parte leste, compreendida - da observação entre a margem leste de uma linha i a Ponta do Espinho e a Ilha Grande. Parte oeste da linha anterior até os pontais e dos Abreus A nastácio. 3 - Parte sul, constituida As partes xa d'água, leste e sul interligadas aproximadamente racterísticas comuns. do é relativamente minuindo gradativamente num espaço relativamente das margens por uma estreita fai de largura,apresentam c~ a grandes pratos onde o plano com profundidades Nas proximidades as profundidades 3 quilômetros Assemelham-se metros. de pelo Saco do Cocuruto. máximas inferiores estas profundidades até a isóbata dos 2 metros quando pequeno, são menores passam para uma extensa do que um Iretro. Esta gura de até 2 quilômetros gradua para as antepraias. vão fun a 4 di então, zona on zona, com lar
  • 44. 44 . -..---..-.......... -11 50"50' 50° 45 ' ,'. L.,,~ I. 50"40' o, ! /,,--" ,, "- /" " '.-c- - : ' .'- _/ --.,I '::"'<00- ~ '30°10' (J ~ ( ~(' -30°15' -30"15' -', -.". ) o_.-"~-":~'v-30"20' , .----- -30"20' '-~ .j , : "/. .",-,'.,.;- -30°25' ,'" / SACO 4.5 d:J ' '30"25' .- ..-" r~".:.:::.. -tL,~' ~,: : : ~.. :::::::':::.::.r=z, '6.5 ;2:, . 30°30' 50°50' Figura " !:> BATlMETRIADALAGOA DO CASAMENTOE SACO DO COCURUTO EQUID/STANC/ADAS ISÓSATAS 0.5 m ESCALA I: 200.000 .~ ! 'i..'J l ~I
  • 45. 45 Pelo seu aspecto morfológico, tada por uma escarpa que cai em direção superfície lembra um antigo Ele é mais largo nas margens limi o de uma plataforma esta ao centro da lagoa, terraço lagunar, atualmente submerso. leste e norte e mais estreito nas de oeste. A parte oeste da Lagoa do Casamento é de um modo geral mais rasa e a maior parte da área ocupada pelo fundo situa-se ma profundidade mais central ma pequena Somente que oscila entre 2 e 3 metros. exibe profundidades depressão alongada superiores a 3 metros com mais de 4 metros. a a u parte u e mesmo Aqui osdecli - ves marginais tão são bem mais suavizados e o terraço submerso ; nao e evidente.. ( Feições desta bacia, interessantes observam-se nos limites submersos tanto com a parte leste da Lagoa do Casamento como com a Lagoa dos Patos. ( A leste, um esporão uma profundidade Espinho inferior arenoso recurvado, a 1 metro, prolonga-se até o norte da Ilha Grande, a cujp topo jaz desde a Ponta do cerca de 6 quilômetros,compa~ ,~ timentando fisicamente perfeitamente A sua forma a Lagoa do Casamento. lembra a dos pontais que emersos nos dias atuais tentam se~ ( r mentar a Lagoa dos Patos, conforme lhos moradores da região referem-se para invernar cos, através foi descrito a tropeiros anteriormente. conduzindo didades desta parte rasa da lagoa. jáz entre os pontais dos Abreus e do Anastácio, inferiores tal dos Abreus de um pontal trabalhado gado nos campos da Ilha Grande, durante os meses mais se A oeste, uma outra parte rasa, consideravelmente larga, Ve a 2 metros esta soleira extende-se até a Ilha do Furado, simétrico sugerindo ao do Anastácio, pelos agentes da dinâmica cas de nível mais baixo das águas da lagoa. com profu~ desde o Pon ali, a existência atualmente lagunar, mais submerso desenvolvido Nestas épocas, e re em ép~ esta
  • 46. 46 belecida uma compartimentação ção das águas era'feita através dos canais do Monjolo os quais serão oportunamente Vários sobre o terraço banhados, foram isoladas encontrados (TL-l), dentre os quais destacam-se circundadas a La resultantes do seu assoreamento, da Lagoa do Casamento mediante A Lagoa da Bonifácia varam a sua segmentação. respectivamente, fases intermediárias lagoas estas o abaixamento de esporões por ocupadas por terras baixas vel das águas ou ainda pela formação tratam, s~ e a Lagoa do Mato. r Geralmente extensos e do Furado, descritos. corpos di água de menor tamanho lagunar goa dos Gateados a circula destes corpos lagunares, arenosos do ni que e a do Capivari le re e finais, destepr~ cesso. Em sua maior parte estas pequenas gadas ao corpo dlágua maior por intermédio dal inlets), no sentido de PRICE pres~ntativo pelas observa feições relacionadas ligando a Lagoa dos Gateados Responsáveis de elevada competência des razoáveis e depositando-os tas de maré co exemplo . Dentre ~les o mais re que apresenta que se é o hidrodinâmico entre as ba nestes canais, correntes capazes de erodir e transportar quantid~ desenvolvem-se de material lateral os depósitos (ti de canais de mare ao Saco do Cocuruto. pelo equilibrio cias que intercomunicam, (Foto (1968 b) lagoas encontram-se l~ sedimentar, retrabalhando (tidal deltas), migraçao redistribuindo-os das áreas por onde correm nas desembocaduras por construindo os de~nados deI (PRICE, 1968 ã), dos quais um magníf~ ê o que se encontra no interior da La~oa dos Gateados 6). Este mesmo canal parece ter contribuido para o assoreamento da Lagoa dos Gateados, desde há conforme muito atesta a exis ~ tência de feições de um antigo delta, visível reas, situado cerca de 6 quilômetros em fotografias ao norte do delta atual, ae em
  • 47. 47 . -- - - Foto 6 -- Vista aérea da Lagoa dos Gateados, mostran do o delta de maré (a esquerda) e os cog juntos de cristas de praia ao longo de suas margens. Abandonada sobre o Terraço Lagunar 2, a Lagoa dos Gateados encontra-se em franco processo de assorea mento. Escala - meio ao terraço contribuiu lagunar. decisivamente feições peculiares do Anastácio, cristas 1 : 100 aproximada: para o desenvolvimento que ornamentam esta porção tais como a destruição e mudanças Cocuruto. Nesta Gltima, de pequenos na posição ta, vários o material ali depositado feixes de cristas e truncaduras testemunham do interna do antigo de condições e pânt~ do energia em vez de um de praia cujas diferentes a instabilidade de no Saco na Lagoa dos Gateados, construindo de de trechos de de Pontal feixe lagos alongados por abandono a existéncia série de uma de sua desembocadura praial mais alta do que a encontrada tribuiram parcial de seu assoreamento, seu curso, lateral Por outro lado a sua migração de praia e a formação nos resultantes 000. redi~ del orientações deste tipo de curso d'á gua. o canal que intercomunica a Lagoa do Mato quase inteira
  • 48. 48 . mente assoreada, ~ do tipo anastomosado e encontra-se modificado pelas obras de irrigação. Os canais Furado e Monjolo, a Ilha do Furado dos quais as Lagoas e a Ilha Grande do Pontal do Anastácio, se encontram de 15 metros, que separam respectivamente as maiores a despeito dos Patos e do Casamento ruto atuam ainda como verdadeiros da região, cerca áreas de comunicação entre profundidades das grandes ao longo e entre esta e o Saco do Cocu canais de mar~. Ainda ~ digno de nota o delta de mar~ ora em construção na zona de interligação entre as lagoas do Capivarí to, a oeste de Palmares do Sul tos deltaico-lagunares Arroio Palmares Foto 7 - (Foto 7). confundem-se Naquele e do Casamen local os depós! com os fluvial-deltáicos que ali desemboca. Vista a~rea da localidade de Palmares do SuL Da direita para a esquerda observa-se, depó sitos eólicos da barreira, Terraço Lagunar 1, ornamen tado com cristas de p~aia de pequena envergadura, e, o Terraço Lagunar 2 constituido por pântanos costeiros e pelos depósitos do delta intra lagunar entre as Ia go~s do Capivari e do Casamento. A planície aluviaI do Arroio Palmares confunde-se com o Terraço Lagunar li nela observam-se lagos em ferradura originados p~ Ia migração dos meandros. Escala aproximada: 1: . 80 000. do
  • 49. 49 o Arroio dos Grande terraço e da Cidreira de inundação dos retratados cujas nascentes atravessando lagunar construindo planície bow Palmares, situam-se a barreira diques marginais banha nos arenosa chega ao uma e desenvolvendo onde nao raro observam-se por típicos lagos em crescente meandros abandona ou em ferradura (ox lakes). No interior energia, -foot" da Lagoa do Capivari, o Rio Capivari constroi um pequeno em ambientes de baixa "bird delta do tipo . 3.3. Evolução Geomorfológica r Da descrição cas que caracterizam e discussão a margem -se que além dos aspectos relacionados fatores exerceram tabelecimento de sua configuração quais se traduziram margem feições morfológl deduz lagunar da região em apreço, dente, outros -se a lentas e periódicas das várias à dinâmica uma considerável modificações em emergências Estes atual. lagunar ali evl influência fatores no es relacionam no nível base da região as e submergências da alternadas lagunar. o que se segue resume apenas uma tentativa sucessão cronológica lacionando-as do estabelecimento com as oscilações de esboçar das referidas trans-regressivas a feições re muitas de que las retratam. Torna-se necessário tina-se única e exclusivamente uma compreensao sedimentação discussão correlação dos processos no domínio a curva que tal 'procedimento a fornecer elementos morfogenéticos ambiental sobre a cronologia com esclarecer lagunar. absoluta de variaçao que que permitam condicionaram Permanece dos principais eustática de~ a em aberto a eventos proposta e sua por
  • 50. 50 FAIRBRIDGE (1961) e BIGARELLA de estudo por VILLWOCK derações to, durante merg~ncia do esboço geomorfológico dos Abreus efetuadas que fez transgredir tr~s metros cia, designada por submerg~ncia mersos a uma sub que escarpa (TL-l) cuja base situa-se Esta acima do nível atual. a submerg~~ lagunar n? 1 (SL-l), foi respons~ do terraço lagunar e cristas momen que em dado a costa foi submetida o terraço lagunar adjac~ em conta as consi as ãguas at~ a pequena proximadamente cro-fal~sias depreende-se os tempos geológicos, vel pela abrasão na area da região (Fig. 12) e, levando-se anteriormente, limita internamente (1966)1 iniciadas (1972). Da observação te ao pontal & SANCHES (TL-l) I pela formação mi das hoje e cedeu seu lugar a uma fase regressiva. A de praia que modelaram os pontais ao norte do Pontal dos Abreus. A submerg~ncia esta relacionam-se a emersao do terraço trução das cristas de praia, construção do arcabouço isolamento lagunar (TL-l) com a cons arenoso do pontal dos Abreus. das ãguas mais baixo que o atual, esta emerg~ncia possibilitou o desenvolvimento ção do corpo d'ãgua principal e de pequenas ,lagoas do referido canal de mar~ que se tornava responsãvel Com o nível (EL-l) lagunar pontal at~ a proporcionando a segment~ o aparecimento de um hidrod~ pelo equilíbrio nâmico da região. Novo regime caracter~zou-se transgressivo, pela destruição submerg~ncia parcial do pontal lagunar (SL-2) I e o restabeleci do corpo lagunar. Atingindo cerca de um metro e meio acima do nível atual, as ãguas erodiram o TL-l, modelando u mento da unidade ma nova linha de costa, atual limite interno do terraço (TL-2) lagunar . o material ondas acumulava-se sua extremidade erodido das pequenas no pontal que adquiria fal~sias pela ação nova formal para leste, fugindo ã sua orientação das dirigindo original p~
  • 52. 52 ra sul. Um novo 'período de emergência cristas de praia existentes vavelmente se estendeu compartimentação praias margens que se seguiu (TL-2) que pr~ nova (SL-3), é a responsável p~ ela es Relacionados atual da linha de costa. de boa parte do terraço lagunar de banhados arenosas lagunar nas na Lagoa do Casamento. tão o afogamento volvimento sobre o terraço até a isóbata de 1 metro, ocasionando A submergência Ia configuração (EL-2) está retratado a este superpostos, que cobertas a desen (TL-2), o além das extensas ante .parte das que se acaba de ana de juncos constituem boa da Lagoa do Casamento. o conjunto de feições morfológicas em lisar na área do Pontal dos Abreus, pode ser observado toda a margem lagunar, to do esquema de evolução quase de modo que se torna fácil o desenvolvime~ geomorfológica que se apresentará se a guir. Condicionada durante o Quaternário, Costeira partir às grandes oscilações a Lagoa dos Patos instalou-se do Rio Grande do Sul, isolando-se do crescimento um terraço marinho (1971) e VILLWOCK Submetida de uma barreira arenosa conforme regressivo, na Província a uma fase de emergência nadas eram paulatinamente sugerido lagunares EL-O a por JOST uma arenoso em meio aos quais transformadas regressão e uma série de depósitos terraço marinho, delgada em áreas paludais. paludais do Geriva que se espalham so remanescentes deste sis desta fase regressiva, e daí por constituem tema lagunar que já no decorrer do lagoas abando A Lagoa dos Barros entre outras, os banhados bre o antigo sobre desenvolvida foi a (ob. cit.). de sedimentos e Capivari, ocorridas do Oceano Atlântico corpo lagunar expôs sobre o terraço marinho espessura eustáticas diante, foi assoreado e segmentado. Q panorama morfológico apr~
  • 53. 53 sentado pela região na época da emergência não ter sido muito diferente A presença lagunar EL-O, supoe-se do esquematizado de depósitos na Fig. 13 A. eólicos na Coxilha das Lo.mbas e sobre a barreira que separava to desempenhava, já naquela época, um papel importante tação costeira a lagoa do oceano mostra na sedimen da região. Condicionada por uma transgressão marinha, ao Sul com o Oceano Atlântico, da submergência (SL-l) anteriormente lagunar dos a Lagoa Patos que se comunicava palco foi comentada. A Fig. 13 B mostra que, nesta época, a superficie guna ampliava-se às expensas tuiam o terraço marinho mulados e mesmo dos de origem na fase de emergência imediatamente (TL-l) e as cristas de praia que em muitos bem como vários pontais e estuários desta transgressão da la consti que da erosão dos depósitos lagunar-paludal acu anterior. o terraço A escarpa que limita internamente máximo ven que o pontos a lagunar acompanham, hoje suspensos, ,registram o três me a uma cota de aproximadamente tros acima do nivel atual do mar. Outra regressão, gência (EL-l), permitiu que ornamentam modificadas gressão Fig. 14 A, marcando por processos sobre a superficie do Anastácio ta fase, proporcionou, deste terraço, quais foram das a exemplo dos pontais cuja construçao a medida que as águas d'água que se interligavam das Restos do corpo lagunar em re O desenvolvimento e dos Abreus, ção da atual Lagoa do Casamento de construiram-se (TL-l), muitas eólicos. lagoas do Mato e dos Gateados. Espinho, de emer a formação das séries de cristas de praia o terraço lagunar ficaram o periodo do iniciou-se nes recuavam, a segment~ em pelo menos dois grandes corpos através dos canais Furado e Monjolo on deltas de maré. Esta segmentação não deve ter durado muito, pois outra fase transgressiva, SL-2, se fez sentir, afogando parcialmente os
  • 54. ~ nn MA~ :xx I( ~ . """." I ; ".. f " I ": ,". ~ f "" I ? ! ({ ':-.!f:-""', i, ". """"'. I :...'..' ". """ "'-"" . 'MO' DOS PATOS . { 7l; ~ ) .. ':",""""'''''' ,.<,,,-,, ' """ ::::! , i ,I I I: :' [ I'j SIMBOLOGIA ~ ~ DEPÓSITOSEÓLlCOS DA COXILHA DAS LOMBAS ~ TERRAÇO MARINHO lfFFfFR Ii . LAGOA OOS PATOS ~ : ". f: I ./ I ;,' / I ~ ~ : " .! l Y , '>::~':,.,..: """ ! i """""": ,: ". ", ",:",:" ... , " 1' ', r. V I T , ...,y.--,~'~ ::" I " , ;,,' " I , I I ,I .~' :,'1""" ~I LlII4iII~ I ( , I i . == li """ (1""""~'" " I " I1I1111I1 ~ v ~ . '/ [[]]I]] DEPÓSITOS LAGUNARES E PALUDAIS .,. """'r"""" I . r"""~:~ ~ ('.1111 .t:':l' I lil I1 i I CONFIGURAÇÃO ATUAL CRISTAS DEPRAIA Escala I AOO,OOO j I A:EL-O 4 o IoIWII...WI.-..... + 8 12 16 Krn B: Sl - 1 -. Figuro 13 DEPÓSITOS EÓLlCOS E MARINHOS DA BAB (l1fg;g REIRA DA LAGOA DOS PATOS . - ESQUEMADA EVOlUÇAO GEOMORFOLOG'CA MARGEMlAGUNAR DA BARREIRA MUlTlPlA DA DA lAGOA DOS PATOS f:! ,~ '§: Ul ~I ,j::,. ~
  • 55. 55 pontais rado. recém construídos Conforme voreceu se observa na Fig. 14 B, a expansão a abrasão do TL-l, conforme atestam a escarpa, acrescida micas colocada em movimento aos pontais que submetidos lagunares desenvolveram-se Perdendo de maré sofreram aumentando praticamente um sensível foi parcialmente atingido hidrodinâ leste. migrando canais lateralmente e deltáica. Pela cota da base da escarpa de abrasão, o nível máximo o TL-2. a sua função, os antigos alargamento, a sua sedimentação linhas as às novas condições no sentido fa da laguna de praia e as cristas de praia que limitam internamente A carga elástica Fu e dando origem as Ilhas Grande e do que estima-se aci pela lagoa tenha sido cêrca de 1,5 m ma do nível atual. Nova fase regressiva, sionou a formação vide Fig. 15 A. lagunar Pelo contorno apresentado morfológica pela com o TL-2, deduz-se TL-2, o nível mais baixo atingido ta regressão. Embora de pequena a emersao e o crescimento porcionou outro período esta fase de da Lagoa do Casamento dos pontais, de ativação demarca pelas águas durante amplitude, a segmentação de 1 metro do fundo lag~ que aquela isóbata proximadamente cia causou novamente isóbata que a área marginal oca (EL-2), de uma série de cristas de praia sobre o e pela continuidade nar apresenta a emergência es emergeg mediante o que conseqüentemente hidrodinâmica a prQ de nos canais mare. Efeitos de uma posterior servaram-se na margem mento parcial na parcial d'agua. pela existência dos Conforme pontais que se observa SL-3, oQ ocasionou o afog~ pela existência de exten A transgressão do terraço TL-2, retratado sas ante praias, truição lagunar. fase de submergência, de pântanos des costeiros, pela ainda se preservam sob uma fina lâmi na Fig. 15 B, a submergência SL-3 é a responsável pelo contorno da atual linha de costa lagunar.
  • 56. <xxx?9 XJ 1 Wf "IITI X rv</ 1~W:m II ' ~ ,,"-"0 ,/', I B I:;'~ , ~ ( f-- " -<-< i; ~ ~, t ", :: ... ''''''0'':':'''-- ,; " 1J / (':;'/"""0' ((@/ o,;{ ~S:i. . w/~ LAGOA . ~ : :,' """'" ,:~:: ~.::",,7a1 ... ,./1i1 Wo":~::::;"'-""": " .,. '/, USOA 80S PATOS ~.. " 0 ""'-;:"0 1-:Y/o"o""o" ,/, ;1.~~~~...,. "o ,:,;:,}/1; // , '..,' <V/I """'" 1m A:EL-f Figuro14 ',: . k;;:'k '", ~'/ ~ ~ DEPÓSITOS . § Ibt!m rum .: Tm IG; ~ ~ ~ 4 EÓLICOS DA COXILHA DAS LOMBAS ~ L:::d DOS PATOS SIMBOLOGIA lti=FfR1 (:.P_'-, t , ... ,', ~ !Y;; / ," ~ % ' --." ~..,i-". TERRAÇO MARINHO DEPÓSITOS EÓLlCOS E MARINHOSDA BARREIRA DA LAGOA DOS PATOS DEPÓSITOS TERRAÇO LAGUNARES E PALUDAIS LAGUNARAR CON~GURAÇAO 1 ATUAL RESÕRDO DE TERRAÇO CRISTAS DE PRAIA LEQUE DE DEJEÇÃO Escola I: 4 00.000 ° 4 8 12 10 1 ..-_. 16-m 8 : SL 2 - - ESQUEMADA EVOLUÇÃOGEOMORfOLÓGICA. MARGEM LAGUNAR DA BARREIRA MÚLTIPLA DA LAGOA DOS PATOS DA ,~ ~ '~ U1 .~ 0' " .. ~
  • 57. ~ SIMBOLOGI A ~ ~ '/ DEPÓSITOS EÓLlCOS DA COXILHA DAS LOMBAS ~ . mm lffIm TERRAÇO MARINHO DEPO'SITOS EÓLlCOS E MARINHOS DA BARREIRA DA LAGOA DOS PATOS [[Iill] DEPÓSITOSLAGUNARES E PALUDAlS TERRAÇO LAGUNAR 1 TERRAço LAGUNAR 2 LAGO~ DOS LAGOA DOS PATOS PATOS --~--. 1"'"""0:. I 0 ~ CONFIGURAÇÃO ATUAL REBÔRDODE TERRAÇO CRISTASDE PRAIA CIISJ -~- 4 A: EL 2 - .q LEOUE DE DEJEÇÃO Escola 1:400.000 ~. ~ 12 16Km S:SL-3 -, , Figura 15 - ESQUEMADA EVOLUÇAOGEOMORFOLOG'C'ADA MARGEM LAGUNAR DA BARREIRA MULTfPLAOA LAGOA DOS PATOS .~ .-'!: ;;; .~ U1 <; -..J ~ ~
  • 58. 58 o esquema evolutivo que se acabou de mostra analisar . que a area da Lagoa do Casamento de uma série de transgressões movimentação balhado e do Saco do Cocuruto e regressões de um grande volume de material pela ação de ondas, correntes veis no tempo e no espaço, palco foi sedimentar que retra e ve~to, em condições foi empregado a que proporcionaram variá dos diver na construção ~ sos depósitos que constituem a margem e o fundo lagunar area da em estudo. Em que pese a quase total inexistência gicos sobre os depósitos mente controladas, nitude dos eventos sentados resultantes é notável a coincidência aqui registrados na curva eustática apresentada trabalhos destas por BIG~RELLA absoluta & SANCHES de dados cronolQ oscilações eustatic~ entre a ordem e a ma~ com os que se encontram de variação repr~ do nível marinho, (ob. cit.), apoiada em vários de FAIRBRIDGE. Conforme foi apontado dado de idade absoluta tra de turfa colhida por VILLWOCK disponível o (ob. cit), uma nesta área provém de nas proximidades no da Lagoa Negra, único Pontal das Desertas, situada sobre o terraço lagunar TL-l, descrito te trabalho. A idade de 2.925 1 125 anos, publicada (ob. cit.), corresponde assim ao período de emergência -1 que pode ser correlacionada FAIRBRIDGE por com a "Pelham Bay amos nes DELANEY lagunar EL Emergency" de (ob. cit.). Tal dado permite trutores e modeladores decorrer dos últimos inferir que os principais da atual margem 3.000 anos. eventos cons lagunar tiveram lugar no
  • 59. 59 SEDIMENTOLOGIA 4. 4.1. Generalidades A análise sa fornecer subsídios cas texturais dinâmica belecer sedimentológica parâmetros cias sedimentares acumuladas em ambientes prováveis no capítulo nar as modificações proveniente para a sedimentação texturais bacia receptora, fácies mapeadas lagunar. e mineralógicas no material como fontes ' Com estes da causadas agentes no material físicos e qui e a deposição constituinte na das diversas das áreas fonte serao analisados lagunar, os do complexo fluvial do Guaíba como matérias da margem e os da parte norte da Lagoa dos Patos e como produtos tação lagunar na área de estudo, a Lagoa do Casamento Para e determi no fundo lagunar. Assim, os sedimentos envolvidos a erosão, o transporte impressas area serão aqui caracteri de cada ambiente das áreas fonte pelos diversos micos que atuaram durante da geomorfológica ambientes avaliar a contribuição de antigas seque~ agentes hidrodinâmicos precedente, dos diversos de material dos pretende-se da evolução de esta costeiros. os principais e os passos mais importantes apontados na identificação a que compoem da área em estudo, com a finalidade utilizáveis zados os sedimentos a seguir, vi as característi e os vários ambientes Uma vez conhecidos em estudo, entre para uma correlação dos sedimentos deposicional que se apresenta cada as diversas da sedime~ fácies que atapetam e o Saco do Cocuruto. unidade cipais características considerada físicas, Após a apresentação serão texturais apresentadas as pri~ e mineralógicas. dos dados seguir-se-á pretação global e a discussão dos resultados. a sua inter
  • 60. 60 4.2. Sedimentos Conforme te imediata das Áreas Fonte ficou demonstrado dos sedimentos depositados -se na area emersa adjacente rinhos e lagunares e por' depósitos do em quando no capítulo anterior, em ambiente à lagoa, constituida fon a situa lagunar por terraços qua~ eólicos e praiais que de a eles se superpõem. de o material dai erodido chega à lagoa através porte em parte fluvial, trans em parte eólico. de o material fluvial é acumulado predominantemente na sembocadura material dos rios, construindo eólico é espalhado posteriormente margens pequenos nas antepraias remobilizados Entretanto dinâmica m~ deltas, enquanto Ambos lagunares; pelas ondas e correntes a maior massa de sedimentos que o são litorâneas. mobilizada pela lagunar é sem dúvida a que provém por erosão das próprias As ondas e as correntes do corpo d'água. os últimos tempos geológicos, eustáticas, superpostos foram os responsáveis nais e deposicionais conseqüentemente que configuram pela distribuição deposição lagunar, a margem poã, os terraços bre estes últimos Chuí, lagunares, Considerando de lagunar de fundo. consti Ita da Formação so as cristas de praia desenvolvidas lagunares e hoje das áreas fonte para a eólicos que as margeiam. de avaliar as características rial que chegam à lagoa serão considerados viais e fluvio-deltáicos oscilações os terraços marinhos os depósitos e as praias Com a finalidade durante de formas erosi~ dos sedimentos serão considerados tuidos pela Formação à ação das pelo conjunto Deste modo, dentre os sedimentos atuando que se encontram do mate também os depósitos flu na margem que a Lagoa do Casamento lagunar. mantém ligação a berta com a Lagoa dos Patos e que esta recebe, nas proximidades,t~ do O material trazido pelas águas do complexo fluvial do Guaiba,
  • 61. 61 também aqui serão apresentadas sedimentos permitirá diversas depositados estabelecer bacias, as principais Tal nestes compartimentos. comparações dos características procedimento entre os sedimentos de fundo das isto é, o complexo fluvial do Guaíba,a Lagoa dos de Patos e a Lagoa do Casamento, bem como avaliar a transferência material detrítico de uma para outra. 4.2.1. Características 4.2.1.1. Sedimentos 4.2.1.1.1. em sua maioria castanhada~ em muitos da Margem Lagunar Terraços Os sedimentos Marinhos que constituem casos com cimento e apresentam Nota-se lação de graos, superficial uma esfericidade dominante em algumas amostras síltica arredondados e e boa a moderada. é lisa e polida. a existência esses bem arredondados eólica nestes sedimentos de outra pop~ com textura e esféricos, que parecem retratar uma contaminação na área amostrada. As características sentados avermelhado, com matriz a feito sob o esteriomicroscópio,per superficial lisa e fosca, das na Fig. 16 de cor creme e amarela que os grãos são predominantemente A textura são ferruginoso. O exame das amostras sub-arredondados marinhos os terraços areias semi-consolidadas, às vezes castanho mite observar Texturais granulométricas e os parâmetros estatísticos visualiza podem ser de tamanho são apr~ na Tabela 1. Para efeito de classificação foi utilizado o triangular tendo por base a variação das proporções de diagrama areia-sil
  • 63. 63 TABELA 1 parâmetros - granulométricos presentativas Md Mz 2 3 2,300 2,500 2,980 - 5 6 8 - 10 2,730 2,740 - LC LC - LC LC LC - 15 LC - 16 2,463 2,893 2,530 2,160 LC 21 0,315 0,082 -0,178 0,632 0,592 -0,122 0,100 0,590 0,569 0,496 0,392 1.086 0,592 0,327 0,140 0,784 0,380 0,500 -0,378 0,291 0,727 2,679 2,743 3,116 2,800 LC - 20 0,366 2,769 K'G Skl °1 2,320 2,480 2,800 LC - 12 re de terraços marinhos. LC LC Amostras estatísticos. 0,657 0,490 0,582 0,529 0,067 0,362 2,630 2,443 2,253 2,659 0,499 0,297 0,642 27 LC - 28 2,320 2,266 0,940 0,588 2,700 2,753 LC - 29 1,740 1,766 0,772 0,603 0,063 0,346 0,113 0,493 LC - 30 2,520 LC - 32 2,290 2,523 2,370 O,12 0,416 0,577 0,627 LC - 2,430 - te e argila, mostras conforme SHEPARD de terraços marinhos A análise 0,349 0,479 0,626 0,541 (1954). Nesse enquadram-se representativas, granulométrica, permite definir seritido todas as a na classe areia. das curvas de freq~ência mas de amostras 0,697 acumulada e, dos parâmetros as principais e histogr~ da distribuição características des ses sedimentos. são areias finas, de seleção boa a moderada, simetria variável com matriz cúrticas, nóstica desde negativa síltica, mostrando pOLS a presença . distribuições da matriz de areias acumuladas tocúrticas) até muito positiva com uma a~ nas amostras dominantemente não alterou lept~ a propriedade dia~ neste regime deposicional (meso-leE
  • 64. 64 Via de regra os graos de quartzo sedimentos ocorrem pigmentados A alteração cessórias,a responsáveis mostras por óxidos de ferro. de feldspatos argilo-minerais gue ocorrem e a ferrificação Depósitos coletadas em depósitos inconsolidadas a semi-consolidadas As representativas ma matriz síltica e uma cimentação dos depósitos que as dos depósitos das de materiais a bem arredondados, lisa, às vezes mamelonada, fosca. características são apresentadas classificá-los Da observação de amostras tigos da Formação destes se 2. de areia, silte e argila ali presentes, como areias e areias sílticas. das curvas de freqüência representativas, eólicos. pela ausência aos primeiros acumuladas a depreende-se claramente existência das frações sílticas por processos a~ das acumulações que fo secundários. Em ambos os casos a classe modal dominante fina, embora nos depósitos e his Com efeito, os depósitos Itapoã distinguem-se eólicas mais recentes, granulométricas na Fig. 17 e na Tabela de dois tipos de sedimentos ram adicionadas intensa bastante são limpas e desprov! arredondados e com uma textura superficial As quantidades togramas u finos secundários. As principais permitem aver mais antigos mostram ferruginosa mais recentes Os grãos apresentam-se dominantemente eólicos são de areias de cor amarelo e castanho melhado. dimentos a em algumas Eólicos As amostras esféricos sao dos sedimentos nesta unidade. 4.2.1.1.2. enquanto a em quantidades pelo aumento da fração fina verificado coletadas desses constituintes mais antigos ela possa é a de areia se situar no in
  • 66. 66 TABELA - 2 parâmetros granulométricos presentativas estatísticos. de depósitos M Md - z Amostras re eólicos. °1 K'G - SKl LC - 1 2,730 2,676 1,282 0,275 0,805 LC - 9 2,490 2,473 0,382 -0,056 0,529 LC - 11 2,620 2,.980 1,182 0,655 0,706 LC 14 2,690 2,643 0,331 -0,175 0,524 LC - 22 2,360 3,063 1,762 0,607 0,499 LC - 23 2,130 2,476 1,409 0,493 0,607 - tervalo de areia média. As areias mais velhas tem uma assimetria ca,émuito são muito pobremente muito positiva leptocúrtica, muito bem selecionadas, enquanto e sua distribuição que as mais tem assimetria jovens negativa selecionadas, granulométri sao e são bem a meso-lept~ cúrticas. Os produtos aos materiais responsáveis resultantes em condições 4.2.1.1.3. Terraços Os sedimentos resultantes tapoã~ são areias originalmente sao os anti nos depósitos granulométricas típicas de um eólicas. Lagunares que constituem do retrabalhamento som~dos de ferruginização, de finos presente as propriedades depositado dos grãos feldspáticos dos processos pelo acréscimo gos, desfigurando sedimento de alteração esse tipo de depósito das areias das formações inconsolidadas de cor creme, às vezes das por uma incipiente ferruginização, té pretas,enriquecidas em matéria às vezes cinzento orgânica. Chuí e sao I amarela chumbo a
  • 67. 67 Os grãos constituintes são dominantemente arredondados, . de esfericidade média, com textura superficial As características 18 e na Tabela si ficados, TABELA 3 - 3, mostram ocorrendo granulométricas que esses sedimentos parâmetros granulométricos Md M - 4 - 7 3,400 2,960 - 31 2,340 positiva, °1 3,556 unimodais dio. re K'G 0,369 0,566 0,238 0,428 0,522 0,444 0,561 nas areias é a areia muito de bem classificados, fi assimetria leptocúrticos. oscilam tria é muito positiva sua seleção é moderada e a distribuição A diversidade tes sedimentos podem ser polimodais ram a sua formação. com a regressão, durante que des reg~ sedi lagunar e posteriormente, de uma planície por feixes de cristas de praia e pequenas tas assoreadas ambientais a erosão de'depósitos a transgressão a formação me assime a pobre, a granulométricas das condições Elas envolveram e pIa ti a mesocúrtica. das características é conseqüência variados e as classes do entre areia fina, muito fina, silte grosso Como conseqüência mentares Amostras SKl 0,653 1.724 3,690 2,376 As areias sílticas minantes diver lagunares. z A classe modal dominante são sedimentos Fig. na são bastante estatísticos. de terraços - na. retratadas tanto areias como areias sílticas. presentativas LC LC LC lisa e polidos. arenosa ornamentada lagoas abandonadas, com o passar do tempo, transformadas es em pântanos.
  • 69. 69 4.2.1.1.4. Depósitos Os sedimentos terial em trânsito Fluviais fluviais aqui analisados representam o m~ ao longo dos cursos d'água que drenam a margem lagunar constituida pelos materiais descritos anterio nos ítens res. Para fins de maior representatividade coletadas tarito no fundo dos canais como nas planícies ção adjacentes, presentadas mecânica o que explica deposicional aqui abordados constituintes marelo ~ da das variações Também tomadas no fundo dos canais lagun~ apresenta de campo, deduz-se resultam com o fluvial. claramente do retrabalhamento dos terraços marinhos e lagunares são areias e areias lamíticas, claro a cinzento inunda de regime fluvial. que este ambiente Pelas observações de foram das características conseq~ência em cada sub-tipo aqui amostras res, pela semelhança depósitos a diversidade por estes sedimentos, foram incluidas eólicas. as amostras dos materiais e das acumulações inconsolidadas, escuro, seguidamente os que de cor enriquecidas ~ em maté ria orgânica. Os constituintes esfericidade çoes de origem diversa, la sua baixa energia, texturais diversos ocorrendo também é variável, retratam uma mistura de as quais o agente transportador, quer pelo pequeno atuou sobre os sedimentos, to é perfeitamente mostram e lisos, foscos e polidos. Tais aspectos admissível, sedimentos 4, revelam intervalo popul~ quer p~ de tempo em que não foi capaz de homogeneizar. uma vez que sao rios de Tal fa planície quaternários. As caracteristicas 19 e na Tabela bem A textura superficial graos mamelonados retrabalhando de embora sejam, em sua maioria, e arredondamento, trabalhados. graus grosseiros granulométricas igualmente apresentadas na Fig. uma grande variação, ocorren
  • 71. 71 TABELA 4 - parâmetros granulométricos estatísticos. preserttativas de depósitos M z Md LC - LC LC °1 ,Amostras re fluviais. K'G Skl 3,200 2,400 3,960 2,486 1,839 0,591 0,661 0,357 0,523 Meandro abandonado - 13 17 0,594 Canal fluvial 18 19 2,530 3,000 2,513 3,573 0,338 1.541 -0,098 0,665 0,519 0,504 Canal fluvial LC - LC - 33 2,090 2,106 0,517 0,375 0,711 Canal fluvial LC - 127 2,150 2,116 0,584 -0,158 0,540 Canal fluvial LC - 136 2,650 2,653 0,292 0,171 0,637 Canal lagunar 149 2,630 3,309 1.526 0,669 0,507 174 2,160 2,159 0,290 0,066 0,560 Canal lagunar Canal fluvial 183 2,000 2,050 0,419 0,207 0,566 Canal fluvial LC LC LC . Planície de inundação do areias e areias sil~icas. Os depósitos por areias cuja da areia média, -- serve de fonte. simetria de canal fluvial são sempre classe modal dominante ora da areia fina, dependendo Sua classificação é quase sempre positiva, materiais é moderada mostrando finos sobre os grosseiros, duas amostras urna proveio situa-se com assimetria constituidos no intervalo do material que lhe a muito boa e a de um pequeno permitem dos em que pese a existência de levemente a retirada Destas últimas, negativa. dos finos, e a outra as distribuições exclusivamente on proveio arroio que drena uma área de cristas de praia, lhe fornece material as uma predominância do leito do curso de maior volume d'água da ârea, de as. correntes ora que Em todos os casos grosseiro. são 1eptocúrticas. Os sedimentos dos canais lagunares areias finas a muito finas de classificação assimetria mostrando positiva, são consti tuidos por pobre a muito boa, com um enriquecimento em finos e com u
  • 72. 72 ma distribuição granulométrica Os materiais bandonados, meso a muito de planície embora constituidos nas a muito finas são bastante ma distribuição leptocúrtica. de inundação predominantemente enriquecidos Mostram em silte. Depósitos u Flúvio-Deltáicos Os cursos d'água que drenam a margem no corpo de águas relativamente deltas. lagoa, desenvolvem amplamente lagunarao desaguar calmas, perdem a sua competência, a maior parte da carga sedimentar truindo verdadeiros baixios fi por areias mesocúrtica. 4.2.1.1.5. depositando a meandros e de que transportam,co~ da profundidade Estes, pela pouca seus fácies de topo, sob a forma de que aos poucos vão sendo tomados pelos te dando lugar ao desenvolvimento juncais e finalmen de áreas caracteristicamente p~ ludais. Tais formas acrescionais nar e passam mentar a contribuir igualmente a margem lag~ como fonte de materialsedi para o fundo das lagoas. são sedimentos de cores amarelo quecidos de populações trazidas se observa flúvio deltáicos depósitos ou seja, iamíticos enri sedimentos forma que os e graus de arredondamento confirmando variada, a pelos rios. na Fig. 20 e na Tabela apresentam embora heterogêneas, tintos, diferentes e/ou às vezes bastante sendo a textura superficial Conforme mentos arenosos Da mesma orgânica. estes apresentam esfericidade, mixtura inconsolidados claro a .cinzento escuro, em matéria fluviais, que, fazem progradar permitem os depósitos propriedades arena sílticos esílticos granulométricas em dois tipos dis de canais deltáicos e os agrupá-los arenosos os sedi 5, de fâcies deltáico de topo
  • 74. 74 TABELA 5 - Parâmetros granulométricos presentativas de depósitos M Md LC LC - estatísticos. Amostras re fluvio-deltáicos. K'G z °1 Skl 3r616 3,076 0,559 0,202 0,493 0,311 -0,257 0,455 0,487 -0,054 -0,001 0,501 0,638 -0,266 0,489 -0,071 0,473 0,459 34 3,550 66 3.100 LC - 119 2.400 LC - 164 4,900 2,400 4,930 LC - 166 2.280 2,230 1,257 0,334 LC - 167 LC - 168 2,510 2,505 3,03 0,289 1,315 2,506 0,295 0,573 0,042 2,700 3,333 1,494 0,654 0,493 4,31 3.943 1,148 -0,326 0,468 1,890 lf893 0,436 -0,035 0,535 LC LC LC - 2.500 2,500 173 180 181 . LC - 182 0,516 .. subaquoso. Os depósitos de canal deltáico reias onde a classe modal dominante fina, mais raramente classificados, predominantemente sos de assimetria situa-se no da areia média. positiva a são constituidospor no intervalo da areia são sedimentos simétricos, podendo Mostram ou negativa. muito bem ocorrer ca distribuições plati a mesocúrticas. Os depósitos modal dominante muito fina ou do silte muito grosso. predominando situada da facies de topo subaquoso nos intervalos tem da areia fina, são pobremente -distribuições assimétricas negativas, a classe da areia selecionados, meso a lept~ cúrticas. Entre os dois tipos bem definidos dações. Isto é perfeitamente topo subaquoso, observado onde a terminal síltica, existem nas amostras todas as da fácies do é provavelmente pela ação das ondas e das correntes que atuam sobre gr~ retirada estas areas
  • 75. 75 relativamente rasas. 4.2.1.1.6. Praias Lagunares As amostras coletadas te os terraços lagunares amarelo-claro, resultantes rial que constitui buidos nas praias que limitam extername~ são constituidas por areias do retrabalhamento os próprios terraços ao longo das antepraias superficial pela ação das correntes amostras esféricos mamelonada evidenciam mistura na Fig. distri e subesféricos, com uma população esféricos com litorâneas. subarredon uma polidos. textura Algumas de grãos mais e foscos, gro~ resultantes eólica recente. As propriedades sentadas por graos a lisa, predominantemente seiros, muito bem arredondados, de uma contaminação pelas ondas do mate e dos sedimentos De um modo geral são constituidos dados a arredondados, limpas de cor granulométricas 21 e na Tabela destes sedimentos, 6, revelam características apr~ homog~ neas marcantes. são areias que apresentam tuada quase sempre no intervalo da areia média, reia fina, muito bem selecionados. grao é simétrica até assimétrica Cristas 4.2.1.1.7. a classe modal dominante A distribuição negativa, tudo muito tuais. de tamanho de meso a leptocúrticas. sobre os terraços lagun~ por areias limpas de cor amarelo claro, semelhantes a de Praia As cristas de praia existentes res são constituidos às vezes no da si às que constituem as praias lagunares em a
  • 76. Argila 0/0 95 75 50 25 8 Areia silte I 5 /00 /00'/, '/, ,oo '/, :] 40 I o Fi gu ro 2 21 - 40 20 4 5 t; 80 60 60-1 60 40 20 o 3 I /00'/' 100] 80 80 80 110 o '/, 2 4 o 2 . o CAR ACTE Ri STI CAS GRANULOM ÉTRICAS DE A MOSTRAS REPRESENTATIVAS 2 4 . DE PRAIAS 4. o o LAGUNAR E S . q .~ ! .~ .. .~ '" ~ J Ci
  • 77. 77 TABELA 6 - Parâmetros granulométricos presentativas de praias M Md LC z 24 48 2.590 1.910 2.563 80 92 1.700 1.686 LC LC - 108 2.700 1.980 2.683 2.010 LC LC - 131 1.900 2.000 LC - 141 2.000 - LC - LC - - 112 qui, urna contaminação As areias 0,528 0,410 0,222 -0,042 0,012 0,472 0,341 0,162 0,414 0,412 -0,126 2.026 0,377 0,075 0,469 0,547 0,515 0,000 0,519 0,493 por grãos bem trabalhados, arredondados a subesféricos, mais grosseira, com textura ocorrem superf~ vestígios de grãos muito bem arre lisos e foscos, os quais denunciam, também a eólica. As características te situada -0,037 Em quase todas as amostras esféricos, 22 e na Tabela . 0,554 1.869 2.000 de urna segunda população, dondados, K'G Skl °1 -0,220 esféricos cial lisa e polida. re lagunares. 0,219 0,305 1.906 são constituidos a subarredondados, Amostras estatísticos. 7, mostram nos intervalos finas ocorrem granulométricas apresentadas na Fig. areias puras com a classe modal dominan ora de areia média, ora de areia sempre confinadas à margem do corpo fina. lag~ nar. A seleção nho são simétricas caso é muito boa a boa e as distribuições até assimétricas negativas, m~so a de tama leptocúrt~
  • 78. Argila 0/0 95 75 50 25 5 . Areia I Silte 5 ". .'. .,. .,. 100 100 '00 ao 60 60 60 60 40 40 40 20 20 o o F;gu ra 80 40 i 100 80 o 2 22 - 3 4 5 6 ~ ./. ao 100 o I 2 3 . o 90 o o 2 4 o o o CARACTERI'STICAS GRANULO MÉTRICAS DE AMOSTRAS REPRESENTATIVASDE CRISTAISDE PRAIA o .~ -t .. .~ <S !': ~ -..J (X)