SlideShare uma empresa Scribd logo
● RASCIMO NO BRASIL
Sobre como o nosso país ainda sofre muito com
racismo.
O racismo é o ato de discriminar, isto é, fazer distinção de uma pessoa ou grupo por
associar suas características físicas e étnicas a estigmas, estereótipos, preconceitos. Essa
distinção implica um tratamento diferenciado, que resulta em exclusão, segregação,
opressão, acontecendo em diversos níveis, como o espacial, cultural, social. Conforme
definição do Artigo 1º do Estatuto da Igualdade Racial:
“Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural
ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada”|1|.
Alguns Dados Estatísticos sobre o Racismo no Brasil
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil o preconceito é
sempre atribuído ao “outro”.
Assim, 63,7% dos brasileiros entendem que a raça determina a qualidade de vida dos
cidadãos, principalmente no trabalho (71%), em questões judiciais (68,3%) e em relações
sociais (65%).
Ademais, 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles
afirmaram nunca sentiram-se descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor
contra negros no Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo. Por fim, 70% dos brasileiros que
vivendo na miséria são negros ou pardos.
O termo raça, no século XIX, era baseado nas classificações taxionômicas das ciências
biológicas pelas quais os seres vivos eram categorizados. Assim, presumia-se que, nos
grupos humanos, características genéticas determinavam características fenotípicas e
mesmo sociais. A expressão, ainda hoje utilizada, que bem exemplifica essa associação é
dizermos que uma pessoa tem determinado comportamento ou habilidade porque “está no
sangue”.
A aplicação da teoria darwinista às ciências humanas produziu teorias racialistas e
evolucionistas sociais que partiam de premissas de que haveria uma superioridade racial de
determinados grupos sociais sobre outros e que a história humana era unilateral e dividida
em fases, as quais levariam da barbárie à civilização (as sociedades consideradas
superiores julgavam-se no estágio de civilização). Esse tipo de pensamento serviu como
justificativa para empreendimentos neocoloniais e também para a já estabelecida escravidão
de povos não brancos, que reverberaria nos séculos seguintes nas mais variadas formas de
racismo.
Racismo institucional
De maneira menos direta, o racismo institucional é a manifestação de preconceito por parte
de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem
a exclusão ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplo as formas de abordagem
de policiais contra negros, que tendem a ser mais agressivas. Isso pode ser observado nos
casos de Charlottesville, na Virgínia (EUA), quando após sucessivos assassinatos de negros
desarmados e inocentes por parte de policiais brancos, que alegavam o estrito cumprimento
do dever, a população local revoltou-se e promoveu uma série de protestos.
→ Racismo estrutural
De maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo
tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de
práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou
indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplos duas
situações:
. O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos
da elite, como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores
de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra
estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à
exclusão social.
2. Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma
de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente. Essa
forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que por
desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece quando
fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou
criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua cor de pele. Outra forma
de racismo estrutural muito praticado, mesmo sem intenção ofensiva, é a adoção de
eufemismos para se referir a negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de
cor”. Essa atitude evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras
“negro” ou “preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos.
Porém, ser negro ou preto não é motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado
como motivo de orgulho, o que derruba a necessidade de se “suavizar” as denominações
étnicas com eufemismos.
Sim existe racismo nas
escolas
Relatos de crianças que sofreram racismo nas
escolas por outras crianças
Uma criança branca da sexta série disse ao colega na sala de aula “só podia ser coisa de preto”; estava
nervosa porque recebera a lapiseira toda quebrada que havia emprestado a ele. Outro colega ao
presenciar a ofensa avisou à professora que imediatamente buscou esclarecer os fatos e disse “a gente
tem que ver quando é brincadeira, ou ofensa, porque a cor dele é realmente preta”.
Esse caso aconteceu em uma escola estadual da Zona Leste de SP; o racismo expresso no discurso da
criança e a abordagem utilizada pela professora é um problema que está presente em inúmeras
instituições escolares.
Outro exemplo esta no relato da Jurema Werneck – diretora executiva da Anistia Internacional – à revista
Marie Claire “(…) minha lembrança mais antiga é a de ter 6 anos e, num dos ensaios para a festa junina,
a professora formar os casaizinhos e me colocar para dançar com o Zé Carlos, um colega de turma
branco, que se recusou a encostar em mim (…) Ele não queria pegar na minha mão, então segurou um
prego entre os dedos para me espetar.”1
Essas situações demonstram o racismo operando nos discursos e − até − na violência física entre os
muros da escola, caso perguntemos para crianças, jovens e adultos negros sobre o racismo que
vivenciaram na escola haverá uma abundância de relatos, desde a falta de empatia dos professores,
exclusão nos momentos de entretenimento ou atividades escolares em grupos, agressões físicas e
piadas racistas, acusações de furtos etc; situações que atravessam gerações e marginalizam as crianças
negras, culminando numa educação dolorosa e desestimulante.
Direto aos fatos: Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos, morreu após cair de uma altura de
35 metros, no Recife, ao sair para procurar a sua mãe, a faxineira Mirtes Renata Souza. Ela
seguia trabalhando durante o isolamento social com a companhia de seu filho por não ter
opção. Miguel sentiu falta da mãe, que naquele momento passeava com o cachorro de Sari
Corte Real, e foi colocado pela patroa sozinho no elevador, saiu num andar sem proteção e
não resistiu aos ferimentos da queda. O exemplo reflete o descaso que pessoas brancas
têm pela vida de pessoas negras e reforça a pergunta: e se fosse o filho da patroa?
Todas as vidas importam, claro, mas se o exemplo acima não te convence de que olhar para
a vida da população negra é urgente e sempre foi, você está colaborando com a
manutenção do projeto de exterminação da população negra e também é culpado por todas
as mortes de corpos inocentes. Se nem isso justifica, temos dados numéricos.
ISSO ACONTECEU A POUCO TEMPO AQUI MESMO NO
BRASIL E A “PATROA” ESTÁ RESPONDENDO EM
LIBERDADE,E SE FOSSE O FILHO DA PATROA?
Você pode imaginar o que iria acontecer com a
empregada(Negra) se fosse ela que deixasse o
filho da patroa subir de elevador sozinho (tendo
apertado o botão do elevador) e ele sofresse um
acidente ocasionando a sua morte?
Ela seria presa na hora e seu filho iria ter que
viver sem mãe por um bom tempo né?
Mais já que foi a patroa(branca e rica) que
cometeu esse crime ela só teve que pagar uma
pequena multa e esperar o julgamento no
conforto de sua casa
ESSA É A JUSTIÇA DO NOSSO PAÍS ONDE O
BRANCO SEMPRE VAI TER PREFERÊNCIAS
MUITOS FALAM QUE NÃO MAIS O BRASIL É
SIM UM PAÍS MUITO RACISTA
Mais eu ainda tenho esperança que um dia
isso vai acabar que todos poderemos ser
felizes sem nenhum tipo de preconceito que
as pessoas possam viver em paz e se
respeitarem a todo momento esse é o meu
sonho e o futuro que eu desejo pro meu
BRASIL
Créditos
Produzido por:
Jorge Luis Araujo Silva - 8°D
Para o TCA -Trabalho Colaborativo Autoral
da EMEF José Carlos De Figueiredo Ferraz
PMSP/SME

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

8º ano os eua no século xix
8º ano   os eua no século xix8º ano   os eua no século xix
8º ano os eua no século xix
Maharishi Silva
 
Xenofobia
XenofobiaXenofobia
Xenofobia
João Costa
 
Racismo
RacismoRacismo
Racismo
Ana Barros
 
Racismo
RacismoRacismo
Consciencia negra
Consciencia negraConsciencia negra
Consciencia negra
Estado do RS
 
Revolução chinesa
Revolução chinesaRevolução chinesa
Revolução chinesa
Fatima Freitas
 
Brasil imperial
Brasil imperialBrasil imperial
Brasil imperial
Vivihistoria
 
Partidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleiçõesPartidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleições
Claudio Henrique Ramos Sales
 
Aculturacao assimilacao
Aculturacao assimilacaoAculturacao assimilacao
Aculturacao assimilacao
Suelly Francisco
 
Totalitarismo e Autoritarismo
Totalitarismo e AutoritarismoTotalitarismo e Autoritarismo
Totalitarismo e Autoritarismo
ThaliaMagalhaes
 
FEMINISMO
FEMINISMOFEMINISMO
FEMINISMO
Luciana Tenório
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
O Racismo
O RacismoO Racismo
O Racismo
marleneves
 
Mito e Filosofia
Mito e FilosofiaMito e Filosofia
Mito e Filosofia
Jailson Lima
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
Janaína Tavares
 
A democracia no brasil
A democracia no brasilA democracia no brasil
A democracia no brasil
Jéssica Domaszak
 
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
ANDI - Comunicação e Direitos
 
Tráfico Humano
Tráfico HumanoTráfico Humano
Tráfico Humano
pedrodmsousa
 
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕESDEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
Rudolf Rotchild Costa Cavalcante
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
poxalivs
 

Mais procurados (20)

8º ano os eua no século xix
8º ano   os eua no século xix8º ano   os eua no século xix
8º ano os eua no século xix
 
Xenofobia
XenofobiaXenofobia
Xenofobia
 
Racismo
RacismoRacismo
Racismo
 
Racismo
RacismoRacismo
Racismo
 
Consciencia negra
Consciencia negraConsciencia negra
Consciencia negra
 
Revolução chinesa
Revolução chinesaRevolução chinesa
Revolução chinesa
 
Brasil imperial
Brasil imperialBrasil imperial
Brasil imperial
 
Partidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleiçõesPartidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleições
 
Aculturacao assimilacao
Aculturacao assimilacaoAculturacao assimilacao
Aculturacao assimilacao
 
Totalitarismo e Autoritarismo
Totalitarismo e AutoritarismoTotalitarismo e Autoritarismo
Totalitarismo e Autoritarismo
 
FEMINISMO
FEMINISMOFEMINISMO
FEMINISMO
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
O Racismo
O RacismoO Racismo
O Racismo
 
Mito e Filosofia
Mito e FilosofiaMito e Filosofia
Mito e Filosofia
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
A democracia no brasil
A democracia no brasilA democracia no brasil
A democracia no brasil
 
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
 
Tráfico Humano
Tráfico HumanoTráfico Humano
Tráfico Humano
 
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕESDEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
DEMOCRACIA DIRETA E SUAS IMPLICAÇÕES
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 

Semelhante a RACISMO NO BRASIL

Tipos de racismo estrutural e institucional
Tipos de racismo estrutural e institucionalTipos de racismo estrutural e institucional
Tipos de racismo estrutural e institucional
Atividades Diversas Cláudia
 
Racismo e Dicas Atinirracistas.docx
Racismo e Dicas Atinirracistas.docxRacismo e Dicas Atinirracistas.docx
Racismo e Dicas Atinirracistas.docx
Ana Carvalho
 
Orientação técnica temas transversais set.2012
Orientação técnica temas transversais set.2012Orientação técnica temas transversais set.2012
Orientação técnica temas transversais set.2012
Erica Frau
 
Equidade Racial.pptx
Equidade Racial.pptxEquidade Racial.pptx
Equidade Racial.pptx
HildenesBarbosaDelfi
 
Projeto - Racismo e Preconceito
Projeto - Racismo e PreconceitoProjeto - Racismo e Preconceito
Projeto - Racismo e Preconceito
WilsonRibeirodaSilva1
 
RaçA
RaçARaçA
O racismo1
O racismo1O racismo1
O racismo1
luisamb
 
O racismo
O racismoO racismo
O racismo
luisamb
 
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
Comunidadenegrafm
 
Análise da obra preleção antes do embarque
Análise da obra   preleção antes do embarqueAnálise da obra   preleção antes do embarque
Análise da obra preleção antes do embarque
LIVROS PSI
 
Racismo no brasil
Racismo no brasilRacismo no brasil
Racismo no brasil
Fabio Cruz
 
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptxA exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
CarladeOliveira25
 
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio SantoroOnde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
guesta7e113
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologia
Bianca Wild
 
Jornal a chibata.docx (4) (1)
Jornal a chibata.docx (4) (1)Jornal a chibata.docx (4) (1)
Jornal a chibata.docx (4) (1)
ROSOCIOLOGIA
 
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
Jordano Santos Cerqueira
 
Curso didatico
Curso didaticoCurso didatico
Curso didatico
jesuinadaria
 
Racismo trabalho
Racismo trabalhoRacismo trabalho
Racismo trabalho
PTAI
 
Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia
Francisca Maria
 
PROJETO SOBRE RACISMO.pptx
PROJETO SOBRE RACISMO.pptxPROJETO SOBRE RACISMO.pptx
PROJETO SOBRE RACISMO.pptx
NicollyMaria6
 

Semelhante a RACISMO NO BRASIL (20)

Tipos de racismo estrutural e institucional
Tipos de racismo estrutural e institucionalTipos de racismo estrutural e institucional
Tipos de racismo estrutural e institucional
 
Racismo e Dicas Atinirracistas.docx
Racismo e Dicas Atinirracistas.docxRacismo e Dicas Atinirracistas.docx
Racismo e Dicas Atinirracistas.docx
 
Orientação técnica temas transversais set.2012
Orientação técnica temas transversais set.2012Orientação técnica temas transversais set.2012
Orientação técnica temas transversais set.2012
 
Equidade Racial.pptx
Equidade Racial.pptxEquidade Racial.pptx
Equidade Racial.pptx
 
Projeto - Racismo e Preconceito
Projeto - Racismo e PreconceitoProjeto - Racismo e Preconceito
Projeto - Racismo e Preconceito
 
RaçA
RaçARaçA
RaçA
 
O racismo1
O racismo1O racismo1
O racismo1
 
O racismo
O racismoO racismo
O racismo
 
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
Os impactos psíquicos que o racismo e a intolerância religiosa causa na popul...
 
Análise da obra preleção antes do embarque
Análise da obra   preleção antes do embarqueAnálise da obra   preleção antes do embarque
Análise da obra preleção antes do embarque
 
Racismo no brasil
Racismo no brasilRacismo no brasil
Racismo no brasil
 
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptxA exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
A exclusão e a inclusão como questões sociais- sociologia.pptx
 
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio SantoroOnde Voce Guarda O Seu Racismo   Mauricio Santoro
Onde Voce Guarda O Seu Racismo Mauricio Santoro
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologia
 
Jornal a chibata.docx (4) (1)
Jornal a chibata.docx (4) (1)Jornal a chibata.docx (4) (1)
Jornal a chibata.docx (4) (1)
 
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 07 - Pr...
 
Curso didatico
Curso didaticoCurso didatico
Curso didatico
 
Racismo trabalho
Racismo trabalhoRacismo trabalho
Racismo trabalho
 
Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia
 
PROJETO SOBRE RACISMO.pptx
PROJETO SOBRE RACISMO.pptxPROJETO SOBRE RACISMO.pptx
PROJETO SOBRE RACISMO.pptx
 

Mais de Zilrene

MULHERES NA FILOSOFIA
MULHERES NA FILOSOFIAMULHERES NA FILOSOFIA
MULHERES NA FILOSOFIA
Zilrene
 
PUBLICAÇÃO TCA
PUBLICAÇÃO TCAPUBLICAÇÃO TCA
PUBLICAÇÃO TCA
Zilrene
 
BANDAS DE ROCK
BANDAS DE ROCKBANDAS DE ROCK
BANDAS DE ROCK
Zilrene
 
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
Zilrene
 
INTERNET
INTERNETINTERNET
INTERNET
Zilrene
 
BULLYING ESCOLAR
      BULLYING ESCOLAR      BULLYING ESCOLAR
BULLYING ESCOLAR
Zilrene
 
DEPRESSÃO
DEPRESSÃODEPRESSÃO
DEPRESSÃO
Zilrene
 
HOMOFOBIA
HOMOFOBIAHOMOFOBIA
HOMOFOBIA
Zilrene
 

Mais de Zilrene (8)

MULHERES NA FILOSOFIA
MULHERES NA FILOSOFIAMULHERES NA FILOSOFIA
MULHERES NA FILOSOFIA
 
PUBLICAÇÃO TCA
PUBLICAÇÃO TCAPUBLICAÇÃO TCA
PUBLICAÇÃO TCA
 
BANDAS DE ROCK
BANDAS DE ROCKBANDAS DE ROCK
BANDAS DE ROCK
 
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL - TCA/2020
 
INTERNET
INTERNETINTERNET
INTERNET
 
BULLYING ESCOLAR
      BULLYING ESCOLAR      BULLYING ESCOLAR
BULLYING ESCOLAR
 
DEPRESSÃO
DEPRESSÃODEPRESSÃO
DEPRESSÃO
 
HOMOFOBIA
HOMOFOBIAHOMOFOBIA
HOMOFOBIA
 

Último

Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
MessiasMarianoG
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
YeniferGarcia36
 

Último (20)

Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
 

RACISMO NO BRASIL

  • 1.
  • 2. ● RASCIMO NO BRASIL Sobre como o nosso país ainda sofre muito com racismo.
  • 3.
  • 4. O racismo é o ato de discriminar, isto é, fazer distinção de uma pessoa ou grupo por associar suas características físicas e étnicas a estigmas, estereótipos, preconceitos. Essa distinção implica um tratamento diferenciado, que resulta em exclusão, segregação, opressão, acontecendo em diversos níveis, como o espacial, cultural, social. Conforme definição do Artigo 1º do Estatuto da Igualdade Racial: “Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada”|1|.
  • 5. Alguns Dados Estatísticos sobre o Racismo no Brasil Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil o preconceito é sempre atribuído ao “outro”. Assim, 63,7% dos brasileiros entendem que a raça determina a qualidade de vida dos cidadãos, principalmente no trabalho (71%), em questões judiciais (68,3%) e em relações sociais (65%). Ademais, 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca sentiram-se descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo. Por fim, 70% dos brasileiros que vivendo na miséria são negros ou pardos.
  • 6.
  • 7. O termo raça, no século XIX, era baseado nas classificações taxionômicas das ciências biológicas pelas quais os seres vivos eram categorizados. Assim, presumia-se que, nos grupos humanos, características genéticas determinavam características fenotípicas e mesmo sociais. A expressão, ainda hoje utilizada, que bem exemplifica essa associação é dizermos que uma pessoa tem determinado comportamento ou habilidade porque “está no sangue”. A aplicação da teoria darwinista às ciências humanas produziu teorias racialistas e evolucionistas sociais que partiam de premissas de que haveria uma superioridade racial de determinados grupos sociais sobre outros e que a história humana era unilateral e dividida em fases, as quais levariam da barbárie à civilização (as sociedades consideradas superiores julgavam-se no estágio de civilização). Esse tipo de pensamento serviu como justificativa para empreendimentos neocoloniais e também para a já estabelecida escravidão de povos não brancos, que reverberaria nos séculos seguintes nas mais variadas formas de racismo.
  • 8. Racismo institucional De maneira menos direta, o racismo institucional é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplo as formas de abordagem de policiais contra negros, que tendem a ser mais agressivas. Isso pode ser observado nos casos de Charlottesville, na Virgínia (EUA), quando após sucessivos assassinatos de negros desarmados e inocentes por parte de policiais brancos, que alegavam o estrito cumprimento do dever, a população local revoltou-se e promoveu uma série de protestos. → Racismo estrutural De maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplos duas situações:
  • 9.
  • 10. . O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite, como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à exclusão social. 2. Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente. Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que por desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece quando fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua cor de pele. Outra forma de racismo estrutural muito praticado, mesmo sem intenção ofensiva, é a adoção de eufemismos para se referir a negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou “preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos. Porém, ser negro ou preto não é motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado como motivo de orgulho, o que derruba a necessidade de se “suavizar” as denominações étnicas com eufemismos.
  • 11.
  • 12. Sim existe racismo nas escolas Relatos de crianças que sofreram racismo nas escolas por outras crianças
  • 13. Uma criança branca da sexta série disse ao colega na sala de aula “só podia ser coisa de preto”; estava nervosa porque recebera a lapiseira toda quebrada que havia emprestado a ele. Outro colega ao presenciar a ofensa avisou à professora que imediatamente buscou esclarecer os fatos e disse “a gente tem que ver quando é brincadeira, ou ofensa, porque a cor dele é realmente preta”. Esse caso aconteceu em uma escola estadual da Zona Leste de SP; o racismo expresso no discurso da criança e a abordagem utilizada pela professora é um problema que está presente em inúmeras instituições escolares. Outro exemplo esta no relato da Jurema Werneck – diretora executiva da Anistia Internacional – à revista Marie Claire “(…) minha lembrança mais antiga é a de ter 6 anos e, num dos ensaios para a festa junina, a professora formar os casaizinhos e me colocar para dançar com o Zé Carlos, um colega de turma branco, que se recusou a encostar em mim (…) Ele não queria pegar na minha mão, então segurou um prego entre os dedos para me espetar.”1 Essas situações demonstram o racismo operando nos discursos e − até − na violência física entre os muros da escola, caso perguntemos para crianças, jovens e adultos negros sobre o racismo que vivenciaram na escola haverá uma abundância de relatos, desde a falta de empatia dos professores, exclusão nos momentos de entretenimento ou atividades escolares em grupos, agressões físicas e piadas racistas, acusações de furtos etc; situações que atravessam gerações e marginalizam as crianças negras, culminando numa educação dolorosa e desestimulante.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Direto aos fatos: Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos, morreu após cair de uma altura de 35 metros, no Recife, ao sair para procurar a sua mãe, a faxineira Mirtes Renata Souza. Ela seguia trabalhando durante o isolamento social com a companhia de seu filho por não ter opção. Miguel sentiu falta da mãe, que naquele momento passeava com o cachorro de Sari Corte Real, e foi colocado pela patroa sozinho no elevador, saiu num andar sem proteção e não resistiu aos ferimentos da queda. O exemplo reflete o descaso que pessoas brancas têm pela vida de pessoas negras e reforça a pergunta: e se fosse o filho da patroa? Todas as vidas importam, claro, mas se o exemplo acima não te convence de que olhar para a vida da população negra é urgente e sempre foi, você está colaborando com a manutenção do projeto de exterminação da população negra e também é culpado por todas as mortes de corpos inocentes. Se nem isso justifica, temos dados numéricos. ISSO ACONTECEU A POUCO TEMPO AQUI MESMO NO BRASIL E A “PATROA” ESTÁ RESPONDENDO EM LIBERDADE,E SE FOSSE O FILHO DA PATROA?
  • 19.
  • 20. Você pode imaginar o que iria acontecer com a empregada(Negra) se fosse ela que deixasse o filho da patroa subir de elevador sozinho (tendo apertado o botão do elevador) e ele sofresse um acidente ocasionando a sua morte? Ela seria presa na hora e seu filho iria ter que viver sem mãe por um bom tempo né?
  • 21. Mais já que foi a patroa(branca e rica) que cometeu esse crime ela só teve que pagar uma pequena multa e esperar o julgamento no conforto de sua casa ESSA É A JUSTIÇA DO NOSSO PAÍS ONDE O BRANCO SEMPRE VAI TER PREFERÊNCIAS MUITOS FALAM QUE NÃO MAIS O BRASIL É SIM UM PAÍS MUITO RACISTA
  • 22. Mais eu ainda tenho esperança que um dia isso vai acabar que todos poderemos ser felizes sem nenhum tipo de preconceito que as pessoas possam viver em paz e se respeitarem a todo momento esse é o meu sonho e o futuro que eu desejo pro meu BRASIL
  • 23. Créditos Produzido por: Jorge Luis Araujo Silva - 8°D Para o TCA -Trabalho Colaborativo Autoral da EMEF José Carlos De Figueiredo Ferraz PMSP/SME