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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Florianópolis, nesta quarta-feira de cinzas,
com visual de uma das 42 de suas belas praias (Imagem: Praia da Armação)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.343 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Bloco 1-IrAilton Elisiário – Velhos Carnavais
Bloco 2-IrJoão Ivo Girardi – Educação Maçônica
Bloco 3-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Busca da Aliança depois das .... (Parte 9)
Bloco 4-IrCharles Evaldo Boller –Bode para Reconhecimento dos Maçons
Bloco 5-IrRui Jung Neto – 38 edição da Coluna do Rito Schröder
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas (com doze respostas)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 1º de março e hoje com versos do Irmão e Poeta
Adilson Zotovici (São Paulo – SP)
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 2/42
O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
VELHOS CARNAVAIS
Encontro-me hoje com Socorro neste pleno carnaval de 2017 em ritmo de descanso.
Num resort à beira de uma praia pernambucana, vizinha à histórica e também carnavalesca
Olinda, ouço os acordes dos blocos de rua, o vigor sonoro do Galo da Madrugada, os
cantares dos artistas conduzindo os foliões subindo e descendo as ladeiras.
E aí, dominado pela espírito de quietude, mas influenciado pela sonoridade trazida
pelo vento, resolvo não por minha mente a trabalhar quando todo o país esquece suas
agruras para seguir cantando no reinado de Momo e remexo meus arquivos em busca de
algo que já escrevi para a revisitação dos leitores. Então, encontro esta crônica de 13 de
fevereiro de 2002, publicada no meu livro Reminiscências Campinenses de 2013 e ainda
atual pelo sabor da saudade dos tempos de minha juventude: Velhos Carnavais.
Reproduzo-a vendo e sentindo aquelas imagens inesquecíveis.
"Relembro com saudade os velhos carnavais campinenses. Para minha turma, não
existia um tríduo momesco, mas um quinquídio, pois ao invés de três dias de intensa folia
eram cinco, cinco porque já começávamos no sábado pela manhã e íamos até o fim do dia
da quarta-feira de Cinzas. Isto sem contar as prévias carnavalescas, que eram festas
organizadas pelas estações de rádio e pelos clubes.
Havia os bailes e as matinês nos clubes e o Carnaval de rua com os blocos, as
escolas de samba, as la ursas, os caboclinhos, os maracatus, os bois e outras troças. Havia
também o corso, com os veículos fantasiados, geralmente camionetas e jipes, com as
turmas em cima se balançando e cantando.
As orquestras encantavam os foliões nos clubes Campinense, Gresse, Caçadores,
Médico Campestre, Paulistano, Aliança 31 e Ipiranga, que fantasiados de reis, rainhas,
pierrôs, colombinas, piratas, jardineiras e tantas outras figuras, dançavam e passeavam
1 – Velhos Carnavais
Ailton Elisiário (Crônica semanal)
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 3/42
agrupados e abraçados nos salões, jogavam confetes e serpentinas e perfumavam os seus
pares com lança-perfumes, até o raiar do dia.
O rum com a coca-cola era a bebida preferida dos foliões, afora a cerveja e o uísque.
Os namoros começavam e por lá terminavam, indo alguns deles mais tempo e chegando
alguns aos enlaces definitivos.
Nas ruas as crianças faziam o mela-mela com goma de araruta e maizena, junto às
pessoas que passavam nas calçadas. Junto aos carros que trafegavam, molhavam seus
ocupantes com propulsores de jatos d’água improvisados. Nas casas, as famílias ligavam
os aparelhos de rádio que jogavam em suas ondas as músicas da época. Eram marchas,
marchas-rancho, frevos, sambas e canções, das quais muitas delas se tornaram clássicas.
O final de cada Carnaval era magnífico, porém melancólico. Não se queria parar e só
se parava porque a orquestra não queria mais tocar. Lembro-me bem quando a orquestra
saía do Gresse acompanhando a massa até a Praça da Bandeira, aonde lá os restos dos
foliões se banhavam nas águas do canteiro público, onde havia uma estátua da samaritana,
num certo dia de lá retirada e nunca mais encontrada.
Eram carnavais-pureza, inocentes, românticos. As pessoas brincavam como crianças,
sem maldades, rancores ou maledicências. As máscaras não escondiam rostos, davam aos
seus personagens corações felizes, refletindo alegria em todos.
Hoje, nossos carnavais não são mais assim. Transformaram-se em micaremes,
mudaram até de época. Desapareceram as orquestras, os clubes, os confetes, as
serpentinas, os lança-perfumes, as fantasias e com eles, os pierrôs e as colombinas.
Desapareceu o romantismo, a inocência, a pureza. O Carnaval feneceu."
Verdade, o Carnaval tradição não existe mais. Daí as tentativas de ressuscitá-lo,
como os desfiles dos antigos blocos pelas ruas das cidades antes do período momesco,
como uma espécie de prévia carnavalesca. Válido, mas os pierrôs e as colombinas
continuam na saudade.
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 4/42
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
(JB News nr. 1250)
EDUCAÇÃO MAÇÔNICA
1. É princípio básico que a Educação envolve um processo de desenvolvimento da
capacidade, não apenas físicas como também intelectual e moral do ser humano, com o
objetivo de que ele se integre e ajuste ao meio social em que vive. Se, de um lado, a Educação
implica o aperfeiçoamento de todas as faculdades humanas, de outro, envolve o conhecimento
e a prática de atos de civilidade, polidez e cortesia no inter-relacionamento com os outros seres
humanos, de modo a que coexistam pacificamente e em harmonia com os usos sociais. Isto
equivale dizer que o aperfeiçoamento intelectual, moral e espiritual humano - O desbaste da
pedra bruta - não é um processo simples, fácil e rápido, mas sim e bem ao contrário, complexo,
difícil e moroso que se estendem desde o nascimento até a chamada idade adulta ou madura.
É a Educação que municia e capacita - intelectual, científica, tecnológica e moralmente - o
homem para que se valha de todas as possibilidades necessárias para vencer as dificuldades,
naturais ou não.
2. Albert Mackey ensina que: Nenhum maçom consegue chegar, em nossos dias, a uma
situação mais ou menos notável dentro da Fraternidade se não for suficientemente instruído.
Se os seus estudos ficarem limitados ao que ensinam as breves instruções da Loja, é-lhe
impossível apreciar com exatidão as finalidades e a natureza da Maçonaria como ciência
especulativa. As instruções não passam de esqueletos da ciência maçônica. Os músculos e os
nervos e os vasos sanguíneos que devem animar o esqueleto sem vida e dar-lhe beleza,
saúde e vigor, são contidos nos comentários destas instruções, que o estudo e a pesquisa dos
2 –Educação Maçônica
João Ivo Girardi
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escritores maçônicos dão ao estudante em Maçonaria. A Maçonaria recebe o profano como
Pedra Bruta, ou seja, absolutamente desprovido de conhecimento maçônico, no âmbito
litúrgico e tradicional. A educação objetiva, a percepção de nossa Ética, e esta é obtida
quando aquele que ensina trabalha com firmeza e Amor Fraternal, e aquele que recebe e
humilha-se diante da grandeza da sua vontade de saber, ajustada à simplicidade de solicitar,
permanentemente, aquilo que a prudência intuir para o seu próprio desenvolvimento. Não
basta, todavia, a instrução ritualística ou esotérica; é mister um aprofundamento nas relações
Iniciado - Mundo Profano, que transformará o obreiro num Homem completo e útil à sua
comunidade.
3. Walter Wilmshurst no início do século XX disse a respeito de educação maçônica:
Através dos tempos, o aspirante à Iniciação achava essencial passar um período sob a tutela
de algum professor especializado que conhecesse a caminho e pudesse dar a ajuda
compatível com sua necessidade pessoal. Assim, a Ordem, seguindo seu método tradicional,
declara que todo novo Aprendiz deve encontrar um Mestre e nele buscar instrução. Afinal, a
Loja aberta nunca foi adequada para instrução: ela é um lugar para a realização corporativa
das verdades nas quais fomos instruídos previamente em algum outro lugar. Não é apenas um
dever moral de todo Irmão ajudar o menos avançado, mas um dever de obediência ao princípio
espiritual que declara que aquele que recebe graciosamente precisa e deve conceder da
mesma maneira. Ninguém é Iniciado para sua vantagem pessoal, mas para distribuir sua luz
para alguém que se apresente a ele em posição inferior. Como membros de uma Loja
merecemos essa condição conquistada. Mas, se quisermos crescer espiritualmente,
precisamos fazer mais. Somos convidados para cooperar ativa e sistematicamente com todo
Irmão em um esforço concentrado para fazer da Loja uma unidade orgânica de mentes. Ela
deveria ser mais do que uma associação temporária de pessoas. O ritual nos dará elevação
para nosso espírito e consolação para enfrentarmos o mundo exterior. Mesmo que
inexecutáveis, as antigas penalidades não apenas nos ligam a um mundo brutal passado; elas
focam nossas mentes na realidade da existência e avisam-nos que o progresso envolve riscos
e esforços. Não devíamos restringir o uso dessas poderosas ferramentas emocionais do ritual
simplesmente para satisfazer os medos supersticiosos das pessoas que têm interesses hostis
e ofensivos conosco. Os maçons têm o direito natural de praticar seus caminhos espirituais
como qualquer religião, e devemos insistir em nossa liberdade de crença. Lembremos as
palavras escritas por maçons americanos na Declaração da Independência: Sustentemos
essas verdades por serem auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que todos
eles são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, entre eles a Vida, a
Liberdade e a busca da Felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são
instituídos entre os homens, derivando seus poderes do consentimento dos governados.
(Robert Lomas no livro: Girando a Chave de Hiram).
4. Ensaio Maçônico: O cidadão que bate na porta de um templo da Maçonaria em busca da
luz, a educação que leva à sabedoria, aguarda que a ordem maçônica possua um método de
ensino que o transformará em homem melhor do que já é. Isto é evidente na redação da
absoluta maioria das propostas de admissão.
Tempos depois, alguns não encontram este tesouro, desiludem-se e adormecem. Para estes, a
almejada luz foi apenas um lampejo. Longe de constituir falha do método maçônico de
educação de construtores sociais, a rotatividade é devida principalmente a nestes cidadãos a
luz não penetrar, isto porque eles mesmos não o permitem. A anomalia é consequência do
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condicionamento a que foram submetidos ao confundirem educação com aquisição de
conhecimentos na sociedade. É comum não perceberem a sutil diferença entre os dois
propósitos.
Professor de escola da sociedade ensina, transmite conhecimentos e não educa. São
raros os professores das escolas que mostram caminhos e motivam o livre pensamento, e
mesmo assim, isto ainda não constitui educação. Em educação existe apenas o ato de educar-
se, de receber luz de fora e sedimentar em si novos conceitos, princípios e prática de virtudes.
É impossível educar outra pessoa, a não ser que esta, na prática de seu livre-arbítrio, consinta
e se esforce em mudar a si próprio. No universo dos seres pensantes existe apenas a auto-
educação. Qualquer um só pode educar a si próprio. Ao mestre maçom é dada a atribuição de
ensinar. Pelo modelo do mundo, é de sua atribuição transmitir conhecimentos e, pelo da
Maçonaria, é induzir o educando a decidir qual caminho deseja seguir em sua jornada.
O método da ordem maçônica visa provocar cada um a descobrir seus próprios
caminhos. Ler em conjunto as instruções do ritual não faz do mestre um educador
maçônico, mas um professor que transmite conhecimento; ele não induz à luz, a
educação da Maçonaria, a almejada sabedoria; para tal, ele carece de um
condicionamento de auto-formação.
O mestre que apenas dá instruções de forma mecânica nem instrui, pois se comporta a
semelhança do modelo do mundo, onde os governos propiciam instrução e igrejas conceitos
de ação e moral, que na maioria das vezes visa apenas escravizar para o trabalho ou ao
fundamentalismo radical. Auxiliar alguém em mudar o rumo de sua jornada, na presença do
livre-arbítrio, é educação. Romper a couraça de aço que envolve o intelecto do educando exige
uma expressão de arte, algo quase místico. Para despertar dentro do educando as
potencialidades de seus dons, exige-se do mestre obter conhecimento lato da natureza
humana.
Para aprofundar-se no conhecimento das características humanas exige-se dele que conheça
antes a si mesmo, da forma a mais ampla possível - é a essência do conhece-te a ti mesmo,
de Sócrates. Este autoconhecimento só aflora quando ele atinge a fase de auto-realização em
sua vida, o último estágio que um ser humano atinge depois de atender a todas as demais
necessidades, e que Abraham Maslow definiu para o indivíduo que procura tornar-se aquilo
que os humanos podem ser, eles devem ser: eles devem ser verdades à própria natureza
delas. É neste último patamar que se considera a pessoa coerente com aquilo que ela é na
realidade, seu verdadeiro eu, de ser tudo o que é capaz de ser, de desenvolver seus potenciais
até o limite. Só então é possível ao mestre conhecer a natureza humana alheia, onde a
educação passa a obter característica de arte ao invés de ciência. É ilusão pensar que pelo
fato do maçom ver-se mergulhado numa sociedade de homens bons, livres e de bons
costumes, já seja o suficiente para fazer dele um homem bom. Se ele não o desejar e não agir
conforme, de nada adiantam os melhores mestres que nunca obterá a sabedoria maçônica;
esta luz só penetra num homem se este o permitir. Por mais que o mestre se esforce, ou
possua proficiência num determinado tema, se o caminho para dentro do educando não estiver
aberto, isto não sedimentará e não se transformará em educação ou em luz maçônica. Se o
recipiendário não se abre ao que lhe é transmitido, de nada vale o mais habilidoso educador. O
mestre educador exerce apenas um impacto indireto, por uma espécie de indução; um
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potencial que todos têm latentes em si de influenciar terceiros por um conjunto de atividades
intelectuais, afetivas e espirituais. Para romper os bloqueios do educando, o mestre deve
encontrar-se primeiro, mudar-se, e só então obterá a capacidade de induzir luz maçônica ao
outro de fazer o outro mudar - momento em que, mente e coração do educando se abrem, e
ele mesmo passa a efetuar mudanças em si, exercendo seu potencial de auto-educação. Em
todos os casos o educando só muda se o mestre mudar antes. O aprendizado torna-se ainda
mais eficiente quando as provocações provêm da ação do grupo sobre o individuo - é o efeito
tribal fixado profundamente na mente de cada indivíduo, fenômeno psicológico e social
desenvolvido desde os vetustos homens das cavernas - é quando a maioria das barreiras e
bloqueios desaba e abre-se espaço para a auto-educação; neste caso, com o objetivo de obter
aprovação do grupo e identificar-se com seus semelhantes. Fica mais efetivo quando uma
força assemelhada é aplicada a si mesmo, para obter a aprovação própria, algo que lança o
homem na obtenção de sua derradeira necessidade: a auto-realização.
Note-se que educação maçônica, a luz, a sabedoria, não têm nada a ver com decorar
rituais, conhecer ritualística, ser uma enciclopédia ambulante; é uma arte que adquire
contornos quase mágicos, principalmente quando os resultados aparecem e produzem
bons frutos ao induzir os outros a mudarem para melhor como edificadores sociais.
Enquanto a ciência pode ter tratamento intelectual com a transmissão de instruções, a arte de
educar da Maçonaria vai muito além, e alcança intuição cósmica, limitado apenas nas
fronteiras que cada um impõe a si próprio. Enquanto o talento analisa e é consciente, o gênio
intui e vai muito além da consciência, pode até alcançar o místico. Abordagens técnicas não
furam a couraça do livre-arbítrio do educando, mas a alma da educação pode ser alcançada
pela metafísica da arte de ensinar os caminhos para a luz. É uma mistura equilibrada de
conhecimento, emoção e espiritualidade; elementos dependentes entre si. A educação que
quebra as barreiras do livre-arbítrio apresentará sempre contornos lúdicos na sua indução.
Para isto exigem-se do educador maçônico autoconhecimento e auto-realização. Tal
personagem porta a capacidade de induzir na mente do educando uma caminhada que o
motiva em efetuar mudanças em sua vida; não porque o mestre assim o determina ou
exemplifica, mas porque o educando assim o deseja. Quando o mestre adquire esta arte de
atingir e motivar o educando pela auto-educação, terá quebrado a barreira da indiferença do
livre-arbítrio e o educando se modifica porque ele assim se auto-determina. Com isto o mestre
alcança a plenitude de sua atribuição.
É a razão do educador maçônico nunca ser definitivo em suas colocações e sempre
apresentar as verdades sob diversos ângulos, para que o educando possa escolher ele
próprio qual é o melhor caminho a seguir.
É a razão de propiciar aos educandos a possibilidade de debater num grupo, em família, os
temas com que a Maçonaria os provoca e eles mesmos definirem, cada uma a sua maneira, as
suas próprias verdades. É a razão de o mestre brincar com os pensamentos, propiciando
emoção agradável, conduzindo as provocações apenas na direção certa do tema e onde cada
um define suas próprias veredas. Em todos os casos onde o educando sente-se livre para
pensar e intuir, ele derruba as inexpugnáveis barreiras do livre-arbítrio que o impedem, em
outras circunstâncias mais rígidas e ritualísticas, de obter as suas próprias verdades pelos
eternos ciclos de tese, antítese e síntese. Da mágica que se segue da absorção da luz pela
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auto-educação é que surge a razão do maçom nunca iniciar um trabalho sem invocar a fonte
espiritual da arte de educar à glória do Grande Arquiteto do Universo, a única fonte de luz da
Maçonaria. (Charles E. Boller).
5. Como a Maçonaria ministra suas disciplinas: A Maçonaria disciplina e ministra suas
teorias baseadas apenas no incentivo contínuo aos maçons. E isso ela faz através dos
ensinamentos distribuídos ao longo de uma série de graus, visando com isso, por meio de
Iniciações sucessivas, incutir no íntimo do maçom a Luz Celestial, Espiritual e Divina, que,
afugentando os baixos sentimentos de materialidade, de sensualidade e de mundismo,
invocando sempre o auxílio do Grande Arquiteto do Universo, os torne dignos de si mesmos,
da Família, da Pátria e da Humanidade. (...) Educação: Desde a preparação do 1º Grau até a
obtenção do mais elevado posto, na Maçonaria, a educação primordial e sem qual nada se
concebe está voltada para o desenvolvimento dos conceitos de reputação ilibada e de
probidade inconteste. - Convicções: As convicções recomendadas são os ensinamentos a
respeito de seu semelhante, não porque a razão ou a justiça lhes imponha esse dever, senão
porque esse sentimento de Solidariedade é a qualidade inata que os fez filhos do Universo e
amigos de todos os homens, fiéis observadores da Lei do Amor e da Simpatia que o Grande
Arquiteto estabeleceu em nosso Planeta. - Personalidade Moral e Social: O verdadeiro
maçom, cônscio de suas elevadas responsabilidades, identifica-se na prática do Bem e leva a
sua solicitude aos infelizes, na medida de suas possibilidades e de suas forças, procurando, o
mais proximamente possível, dar a cada um o que é seu, também na medida das
necessidades desses a quem os fados (favorecimento) da sorte não sorriu. O maçom deve,
portanto, repelir, com sinceridade e desprezo, tudo aquilo que represente egoísmo e
imoralidade; daí que, tudo em Maçonaria exprime e expressa Amor, Amizade, Justiça,
Harmonia, União e Força, Tolerância e Solidariedade humanas. (Ritual Especial: Festividade
Solsticial-GLSC).
6. Rituais: (...) Com o Cinzel aprendemos que a educação e a perseverança são precisas para
se chegar à perfeição. É pelo seu incansável emprego que se adquire o hábito da virtude, a
iluminação da inteligência e a purificação da alma.
(...) A Educação maçônica se consubstancia no aperfeiçoamento da Humanidade pela
liberdade de consciência, igualdade de direitos e fraternidade universal. Incentivando-vos a
seguir os passos de nossos predecessores, a Maçonaria não vos abandona nem vos deixa
entregues às vossas próprias aspirações. Pelo simbolismo das cinco viagens misteriosas, ela
colocou diante de vossos olhos tudo que é necessário para empreender a grande jornada que
encetaste aos raios da Verdadeira Luz; ela regulou a ordem dos trabalhos e vos mostrou a
imensa distância em que nos encontramos da perfeição, a fim de que possais chegar, pela
ciência e pela moral, ao grau da sabedoria onde o gênio do Mestre começa a distender as asas
para o voo às regiões do sublime.
(...) O Mestre observa que não poderá vir reinar a Liberdade se não empregar todas as suas
energias no combate ao Vício, na destruição da Ignorância através da Educação. Só aí, então,
verdadeiramente se tira a máscara da hipocrisia para acercar-se dos ideais de Justiça e de
Igualdade. (REAA-GLSC).
7. Educação de Antigamente: Para os que tiveram suas educações baseadas nos métodos
antigos vão lembrar-se de várias frases dos Ensinamentos de Mães de Antigamente: Pra
lembrar e rir! Coisas que nossas mães diziam e faziam... Uma forma que hoje é condenada
pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente. Talvez senão tivesse mudado
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tanto, as crianças e adolescente de hoje seriam mais conscientes de seus direitos e
obrigações...
Minha mãe ensinou a Valorizar o sorriso: Me responde de novo e eu te arrebento os dentes!
Minha mãe me ensinou a Retidão: Eu te ajeito nem que seja na pancada! Minha mãe me
ensinou a dar valor aos trabalhos dos outros: Se você e seu irmão querem se matar, vão
pra fora. Acabei de limpar a casa!
Minha mãe me ensinou Lógica e Hierarquia: Porque eu digo que é assim! Ponto final! Quem é
que manda aqui? Minha mãe me ensinou o que é Motivação: Continua chorando que eu vou
te dar uma razão verdadeira para você chorar! Minha mãe me ensinou a Contradição: Fecha
a boca e come! Minha Mãe me ensinou sobre Antecipação: Espera só até seu pai chegar em
casa! Minha Mãe me ensinou sobre Paciência: Calma!... Quando chegarmos em casa você vai
ver só...
Minha Mãe me ensinou a Enfrentar os Desafios: Olhe para mim! Me responda quando eu te
fizer uma pergunta! Minha Mãe me ensinou sobre Raciocínio Lógico: Se você cair dessa
árvore vai quebrar o pescoço e eu vou te dar uma surra!Minha Mãe me ensinou Medicina:
Para de ficar vesgo menino! Pode bater um vento e você vai ficar assim para sempre. Minha
Mãe me ensinou sobre o Reino Animal: Se você não comer essas verduras, os bichos da sua
barriga vão comer você. Minha Mãe me ensinou sobre Genética: Você é igualzinho ao seu pai!
Minha Mãe me ensinou sobre minhas Raízes: Tá pensando que nasceu de família rica é?
Minha Mãe me ensinou sobre a Sabedoria da Idade: Quando você tiver a minha idade, você
vai entender. Minha Mãe me ensinou sobre Justiça: Um dia você terá seus filhos, e eu espero
que eles façam pra você o mesmo que você faz pra mim! Aí você vai ver o que é bom! Minha
mãe me ensinou Religião: Melhor rezar para essa mancha sair do tapete! Minha mãe me
ensinou o beijo de esquimó: Se rabiscar de novo, eu esfrego seu nariz na parede! Minha mãe
me ensinou Contorcionismo: Olha só essa orelha! Que nojo!
Minha mãe me ensinou Determinação: Vai ficar aí sentado até comer toda comida! Minha mãe
me ensinou habilidades como Ventríloquo: Não resmungue! Cala essa boca e me diga por
que é que você fez isso?Minha mãe me ensinou a ser Objetivo: Eu te ajeito numa pancada
só! Minha mãe me ensinou a escutar: Se você não abaixar o volume, eu vou aí e quebro esse
rádio!
Minha mãe me ensinou a ter gosto pelos estudos: Se eu for aí e você não tiver terminado
essa lição, você já sabe!... Minha mãe me ajudou na Coordenação Motora: Junta agora esses
brinquedos! Pega um por um! Minha mãe me ensinou os Números: Vou contar até dez. Se
esse vaso não aparecer você leva uma surra! Brigadão mãe. (Obede do Prado).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A BUSCA PELA ARCA DA ALIANÇA DEPOIS DAS EXPEDIÇÕES DE
PARKER. O QUE PODE HAVER DE NOVO SOBRE A INCANSÁVEL
PROCURA PELA ARCA DA ALIANÇA? (PARTE NOVE)
***Resumo do capítulo anterior e comentários:
Uma cronologia contemplando eventos importantes desde os tempos
bíblicos até tempos relativamente mais recentes foi exposta no capítulo anterior.
Vimos também algumas considerações tecidas pelo escritor e arqueólogo
Richard Andrews com respeito à algumas teorias vigentes e ainda sobre os lugares mais
prováveis de onde a Arca poderia ser encontrada. Descarta de vez o que pode ser
considerado duvidoso, e faz uma rápida análise de quais das pistas que sobram que
ainda podem ser consideradas dignas de crédito quando se trata de avaliar sobre o
paradeiro da Arca.
Pesquisar e escrever alguns capítulos sobre a Arca da Aliança, como o que
foi feito aqui até agora, colhendo daquilo que os livros podem nos oferecer e onde se
inclui a busca da mesma, permite inferir que a busca em si já ocupa mais livros, artigos e
documentários do que o próprio objeto. Não devem ser muitos os livros que foram
traduzidos para o português, mas, certamente entre esses uma maioria, acho que
podemos dizer assim, dos autores exploram o lado fantasioso, além de usar de doses
excessivas de misticismo. Aliás, alguns costumam apresentar descrições detalhadas da
Arca, fazendo-a possuidora de energias e poderes especiais, energias que à época eram
desconhecidas, atribuindo tudo aos segredos herdados dos Atlantes, ou conhecimentos
científicos que não são oriundos da Terra, enfim, o que na maioria das vezes pode acabar
sendo revertido para histórias de ficção científica e só.
Tem aquela vertente também, muito rendosa e fonte inesgotável, de associar
o Egito à história da Arca...
Mas a Arca, independente de todo o tipo de especulações que possa permitir,
e de tudo que a liberdade de imaginação criar, é mesmo objeto de mistério e de
fascinação desde os tempos antigos, tanto que volta e meia ela é o centro das atenções,
seja num livro novo, num filme, em artigos de revista e de jornais, num documentário na
televisão, na Internet. E por falar nesses outros espaços da mídia, vou citar um exemplo
bem recente: a revista “Isto É”, de 22 de fevereiro do corrente, trouxe um artigo intitulado
“No rastro da Arca da Aliança”. Imaginem encontrar esse tipo de assunto, quando ele
vem ao encontro daquilo sobre o qual se está escrevendo. Mais adiante veremos os
detalhes desse artigo e de outros que foram ventilados principalmente em revistas
contemplando nos últimos anos o tema relacionado à busca da Arca.
3 – A Busca pela Arca da Aliança depois das... (Parte Nove) –
José Ronaldo Viega Alves
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O QUE MAIS SE OPINOU E QUEM MAIS ANDOU BUSCANDO A ARCA APÓS A MALOGRADA
AVENTURA DE PARKER?
MEIR GETZ (ANOS 80)
Rodrigo P. Silva, arqueólogo brasileiro, autor do livro “Escavando a Verdade” tem
um artigo intitulado “Encontraram a Arca da Aliança?” onde relata no mesmo que em 1981
havia sido anunciada em uma rádio israelense que a Arca havia sido encontrada.
Na realidade, foi um repórter da rádio essa que noticiou o pretenso achado, pois,
estava presente em uma escavação clandestina feita por um grupo de judeus ortodoxos. Um
túnel lateral ao Muro das Lamentações era o caminho que eles acreditavam que os levaria ao
lugar onde ficava o “santíssimo” do antigo Templo de Jerusalém, sob o qual estariam
escondidas as Tábuas da Lei e outros objetos importantes.
Houve uma reação dos muçulmanos, houve confrontos, inclusive com mortos. O
rabino Meir Getz que comandava as escavações acabou cedendo a um acordo político para
que a paz voltasse àquele lugar. Getz morreu em 1995, e em 1996 o túnel foi parcialmente
aberto ao público servindo de atração turística.
Com todos esses acontecimentos, em nenhum momento foi apresentada uma
prova cabal de que a Arca estaria no fim do túnel.
RON WYATT (ANOS 80 e 90)
Arqueólogo amador, norte-americano, dizia ter descoberto vários sítios
arqueológicos importantes, mas, não possuía credibilidade junto aos demais cientistas. Afirmou
ter encontrado a Arca em 1982, pois, Deus havia lhe dado uma revelação especial. Na
realidade, Ron não teve quase nada de suas pretensas descobertas comprovadas depois.
VENDYL JONES (ANOS 80 E 90)
Considerado um aventureiro e excêntrico, o norte-americano Vendyl Jones serviu,
é o que dizem, de inspiração para Steven Spielberg criar o personagem Indiana Jones. Vendyl
está plenamente convencido de que a Arca está no deserto da Judéia.
Rodrigo P. Silva disse sobre ele:
“Em 1988, ele apresentou uma pequena vasilha de barro cujo conteúdo seria o Shemen
Afarshimon, o óleo sagrado dos sacerdotes. Análises químicas posteriores pareceram dar certo
crédito à sua descoberta, mas o assunto ainda não está tecnicamente encerrado. Mais tarde,
em 1992, Jones mostrou aos jornalistas um pote de cinzas que alegou pertencerem
originalmente ao ketoret, o incenso sagrado do Templo. Muitos, é claro, dizem que tudo não
passa de um embuste.“
Ainda, há uns anos atrás ele prometeu que revelaria o local exato onde a Arca se
encontra, mas, isso não aconteceu o que não aconteceu até hoje.
LEEN RITMEYER- (DOS ANOS 70 AOS ANOS 90)
A REVISTA “Notícias de Israel” de Junho de 1996 publicou um artigo sobre o
arqueólogo holandês Leen Ritmeyer que trabalhou no período dos anos 70 até o final do
período da década de 90 em Jerusalém, mais especificamente, tentando localizar com exatidão
onde ficava o Templo de Salomão no Monte do Templo.
Evidentemente já sabemos de antemão, que uma coisa está ligada à outra,
encontrar o lugar exato do Templo, permitirá que se saiba com menor margem de erro onde se
situava a Arca.
Ritmeyer escreveu um artigo sobre a localização do Templo de Salomão provando
que o Templo foi erigido sobre uma plataforma quadrada medindo 500X500 côvados (1
côvado= 52,5 centímetros).
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 12/42
Vejamos algumas passagens a respeito do assunto extraídas da revista “Notícias
de Israel”:
“Isso está registrado no livro Middot da Mishnah, datado aproximadamente de 200 d.C. Como o
atual monte do templo é um quadrilátero irregular e em nenhuma parte dele se percebe uma
área quadrada de 500X500 côvados, ninguém levou o assunto a sério e pensou-se que ele o
tinha inventado.
As pesquisas de Ritmeyer o conduziram a referências arqueológicas que
trouxeram à luz a forma quadrada original. Portanto, toda a plataforma foi alterada por
acréscimos; somente o muro leste ainda se encontra sobre os fundamentos do tempo do rei
Salomão. (...) Conforme a Mishnah, o templo não estava no meio da plataforma quadrada, mas
um pouco deslocado do centro. A maior área livre era no lado sul, a segunda maior na parte
leste, a terceira maior ao norte e a menor no lado oeste. Isso por sua vez, combina exatamente
com a plataforma quadrada redescoberta por Ritmeyer. (...) O círculo da pesquisa ficou cada
vez menor e passou a se concentrar sobre a rocha em que se encontrava o Santo dos Santos.
Segundo o Middot, o Santo dos Santos media 20 X 20 côvados(10,5 X 10,5 metros), enquanto
a rocha mede aproximadamente 14 X 18 metros. Isso significa que ao menos uma parede
tinha que estar localizada sobre a rocha. Ritmeyer encontrou a primeira pistaa do quebra-
cabeças sobe a superfície da rocha, onde são visíveis partes artificialmente aplainadas cuja
finalidade lhe era conhecida de outros sítios arqueológicos, ou seja, bases para a colocação de
blocos de pedra de uma parede para que ficassem firmes. Após análise atenta, ele localizou
três áreas aplainadas contíguas, que medem juntas um pouco mais de 3 metros. Essa é
exatamente a medida da grossura das paredes do templo, conforme o Middot. Essa descoberta
foi magnífica. Sinais da parede sul do Santo dos Santos tinham sido descobertos.
Suas pesquisas voltaram-se então para o muro oeste do Santo dos Santos.
Chamava a atenção o fato dessa parte da rocha estar ali em ângulo reto como a parede sul do
Santo dos Santos e ser paralela aos muros de arrimo oeste e sul da plataforma do monte do
templo. Nesse local, a pedra foi cortada e a parede oeste do Santo dos Santos se achava,
portanto, ao pé da rocha sobre a qual estava a arca da aliança. Assim, temos duas paredes do
Santo dos Santos original. Surpreendentemente, a distância entre a parede sul e a beirada
norte da pedra é de 10,5 metros ou 20 côvados. Essa é exatamente a medida do Santo dos
Santos indicada no Middot. A parede norte e a parede oeste se encontravam, portanto,
exatamente junto à base da rocha cortada para esse fim. Dessa forma, já temos três paredes
originais do Santo dos Santos. No lado leste não havia parede. No templo de Salomão, o
santuário era separado do Santo dos Santos por uma parede de madeira de oliveira e no
templo herodiano por um véu. É o que confirma também o Novo Testamento, por exemplo, em
Mateus 227,51, como também nos evangelhos de Marcos e Lucas. Por isso não há vestígios
de parede no lado leste. Parece que havia ali uma rampa levemente inclinada ao Santo dos
Santos.”
O mais surpreendente ainda estava por vir:
“Em um voo para Israel, relata Ritmeyer, ele estava olhando uma grande foto da rocha , sobre
a qual já tinham sido desenhadas provisoriamente as paredes dos Santo dos Santos, quando
repentinamente sua atenção foi despertada por um pequeno quadrilátero mais escuro
localizado no centro. O seu primeiro pensamento foi de que ali certamente ficava arca da
aliança. Mas isso tinha que ser examinado com exatidão, para que ele não fosse acusado de
sensacionalismo barato, o que já aconteceu a muitos que afirmaram ter localizado a arca da
aliança. Ele tentou afastar a teoria através de outras explicações. Mas a medição do
aprofundamento retangular trouxe outra surpresa fantástica: o tamanho de 80 X 130
centímetros resulta em 1,5 X 2,5 côvados. Essa é exatamente a medida da arca da aliança,
como está escrito em Êxodo 25,10! É inegável que essa cavidade única marque o lugar ficava
a arca da aliança.
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Os textos bíblicos contém fortes indícios de que havia um lugar especial preparado
para a arca da aliança. Em 1 Reis 8.6 está escrito: ‘Puseram os sacerdotes a arca da aliança
do Senhor no seu lugar, no santuário mais interior do templo, no Santo dos Santos...’
Aliás, é lógico que esse objeto sagrado tinha que ter um lugar determinado. O corte de uma
cavidade aplainada na rocha parece ter sido a solução mais evidente. (...)
No segundo Templo, a arca da aliança não estava mais presente, mas se fala da
pedra angular (even ha shetiayah), até onde o sumo sacerdote ia no Yom Kippur. Ritmeyer
acha que essa depressão era o lugar onde o sumo sacerdote colocava o incensário.”
COMENTÁRIOS:
Conforme pudemos perceber, o texto acima relata o trabalho desenvolvido pelo
arqueólogo Leen Ritmeyer, cujas descobertas somadas as de alguns precursores seus
praticamente encerram, ao menos, a antiga localização do Templo, bem como a localização da
Arca da Aliança, no interior do Santo dos Santos.
Vejamos agora uma notícia recente, ou seja, sobre a eterna busca da Arca nos
dias atuais.
“NO RASTRO DA ARCA DA ALIANÇA”: ARTIGO DA REVISTA” ISTO É”, 22/02/17.
Em Israel, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e do College de France,
começarão a escavar o sítio de Kiriath Jearim. A própria Bíblia faz referência ao lugar e diz que
a Arca esteve ali guardada por duas décadas na Idade do Ferro. O arqueólogo israelense que
comanda a expedição é Israel Finkelstein, arqueólogo com muita experiência e autor de vários
livros. Diz Finkelstein: “Este é o único lugar no país que ainda não foi extensamente
investigado.”
As escavações em Kiriath Jearim estão programadas para três anos de buscas,
mas se acontecer de encontrarem material significativo pode se estender. Um dos objetivos
primordiais é encontrar os restos de um possível templo onde a Arca esteve guardada, nos
séculos 8 e 7 a.C.
COMENTÁRIOS:
É evidente que haveria mais notícias. Aqueles que se destacaram na mídia, seja
por seu sensacionalismo, seja pelo seu trabalho de arqueólogo profissional, seja pelo espírito
de aventura, estão aqui representados nessa mostra, afinal, todos eles estão unidos por um
sonho em comum: encontrar a Arca da Aliança.
***CAPÍTULO FINAL NO PRÓXIMO DOMINGO 5/3/17: UMA RADIOGRAFIA DA ARCA.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“Encontraram a Arca da Aliança?” – Artigo de autoria de Rodrigo P. Silva – Disponível em:
novotempo.com/evidencias/...
“Vendyl Jones, el verdadero Indiana em busca Del Arca” – Artigo da autoria de Virginia Ródenas –
Disponível em: www.abc.es/hemeroteca/historico-13-04-2008/abc/
Revistas:
ISTO É, 22/2/2017: “No rastro da Arca da Aliança”
NOTÍCIAS DE ISRAEL, número 6, Junho de 1996:“Onde era o Santo dos Santos no monte do
Templo?”
Livros:
ANDREWS, Richard. “Sangue Sobre a Montanha” – Imago Editora – 2000
MAIA, Cássio. “O Mistério da Arca da Aliança”- Editora Clube do Autor - 2017
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Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR –
Charleseb@terra.com.br
Textos extraídos de sua obra,
“Iluminação”
4 –Bode para Reconhecimento dos Maçons
Charles Evaldfo Boller
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Bode para Reconhecimento dos maçons
Baphomet
A principal acusação utilizada pela inquisição contra a Ordem dos Cavalheiros
Templários;
Uma mentira condenou os Templários, uma mentira colaborou para vincular a
figura do bode a Maçonaria.
Baphomet no imaginário medieval era vinculado às gárgulas das igrejas góticas.
- Deus ou "ídolo" dos templários?
Bode de Mendes, Deus das Bruxas, Deus Grego Pan, o próprio Belzebu.
É certo não existir nas atividades maçônicas nenhuma referência a Baphomet,
nem bruxaria, idolatria, bode, paganismo e principalmente satanismo.
Inicialmente gerado para ser grande arcano do bem, foi convertido em algo
assustador. Uma terrível propaganda católica criada pela inquisição, em 1300, para
acusar os cavaleiros templários.
Muitos brincam com o assunto; maçom brasileiro brinca com o tema,
característica do brasileiro.
Não existe relação de Baphomet com a Maçonaria.
Os verbetes baphomet e bode não existem na cultura maçônica, salvo como
brincadeira dos brasileiros.
Maçom deve conhecer o tema apenas como cultura geral.
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38ª Coluna do Rito Schröder – março de 2017
O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja de
Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico adotado a partir de 29 de
junho de 1801 por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha e, conforme o prefácio do Ritual de
1960 da Loja ABSALOM: “... até em continentes distantes, onde maçons de origem germânica operam
de acordo com o Rito de Schröder... (que) ocupa uma posição de destaque entre os ritos maçônicos
por sua concordância com o Rito da Grande Loja-Mãe, da Inglaterra (Londres, 1717), na eliminação de
todos os aditamentos inseridos no final do Século XVIII, no espírito de puro humanismo, presente em
seu cerimonial e no brilho da linguagem clássica do Alemão”.
No último dia de cada mês o JB News apresenta aos seus leitores esta coluna sob a coordenação do
Ven. Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - Ao Or. de
Porto Alegre – GLMERGS, e membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir.
Gouveia”.
Caros Irmãos, nesta coluna mensal apresentamos o texto da palestra do Ir. Rui Aurélio De Lacerda
Badaró, M.M., da Justa e Perfeita Loja de São João N° 680 – Rito Schröder – GLESP – um dos mais
elogiados palestrantes do VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser, realizado em
11 e 12 de novembro de 2016 ao Or. de Porto Alegre – RS.
Boa Leitura!
5 – 38ª Coluna do Rito Schröder – março 2017
Rui Jung Neto
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O Idealismo alemão como substrato para a construção
do sistema de ensino de Schröder
Rui Aurélio de Lacerda Badaró1
SUMÁRIO - Introdução.1.O pensamento filosófico nos séculos XVIII, XIX e a maçonaria.
2. O idealismo alemão. 3. O contexto histórico da reforma da maçonaria alemã. 4. Os
pensadores idealistas e sua influência na construção do sistema de ensino de Schröder.
Considerações Finais. Referências.
RESUMO
A presente pesquisa tem por objetivo evidenciar a importância do movimento
filosófico denominado idealismo “alemão” como principal substrato para a construção do
sistema de ensino maçônico de Friedrich U. L. SCHRÖDER. Nesse sentido, de primeira
grandeza compreender que o idealismo tem raízes na história da cultura alemã. Para sua
compreensão, leva-se em conta outras orientações filosóficas e culturais essenciais, tais
como o empirismo britânico, o racionalismo de Espinoza e o Iluminismo francês. Deste
modo, o idealismo “alemão” foi (e é) um momento essencial do desenvolvimento cultural
europeu. É sabido que, à época de seu surgimento, o idealismo “alemão” já era percebido
em outras nações europeias como estímulo intelectual ou desafio à reflexão.2
A investigação sobre o idealismo alemão está longe de ser concluída ou, mesmo,
conclusiva. O idealismo alemão não se esgota com os grandes mestres − KANT, FICHTE,
GOETHE, SCHELLING e HEGEL. Os primeiros românticos por exemplo já se diziam
idealistas. O idealismo “alemão” desenvolveu-se em um espectro amplo e complexo, cujo
estudo deve considerar sua dimensão mais profunda, bem como ramificações e
entrecruzamentos3
.
É no interior dessa estrutura filosófica que se encontra – sob a alcunha de Idealismo
Alemão – o período da história da filosofia que vai de KANT à SCHELLING tardio, portanto,
1
Mestre Maçom da Justa e Perfeita Loja de São João, 680, Or. de Sorocaba/SP, Grande Loja Maçônica do Estado de São
Paulo. e-mail: rui.badaro@lawby.com.br
2
Nota do autor: São relativamente recentes os estudos históricos e sistemáticos desta escola, alguns já clássicos, como
os de HARTMANN (1923-1929) e KRONER (1921-1924), mas também os de HÖSLE, GAMM e, sobretudo, os de HENRICH
e SANDKÜHLER (2005).
3
Conceitua-se idealismo como a teoria filosófica que abrange todas as teorias das ideias, desde PLATÃO. Possui ao
menos três características distintivas: ontológica, epistemológica e ética. Como ontologia, o idealismo afirma a existência
de entidades espirituais ou ideais – as ideias, que não podem ser reduzidas a entidades materiais. Como epistemologia,
defende a tese segundo a qual o mundo fenomênico, exterior, não é independente das representações dos sujeitos
pensantes. E, como ética, propõe concepções normativas da fundamentação e justificação da ação humana, das práxis, a
partir da razão, de princípios racionais. SCHWEMMER, Oswald. Artikel Idealismus, in: Jürgen Mittelstraß (Hrsg.):
Enzyklopädie Philosophie und Wissenschaftstheorie.2. Auflage, Bd. 3 S. 506f.
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da segunda metade do século XVIII à segunda metade do século XIX. Embora em si
mesma heterogênea, essa constelação filosófica se compreendia, enquanto movimento
intelectual em plena era da razão, como manifestação da razão, como ciência ou saber do
todo, como liberdade, direito e progresso. Logo, de uma supostamente idílica vida
contemplativa em ideias abstratas, os idealistas alemães não tinham nada.4
Afirma-se, desta maneira, que a unidade fundamental das concepções e sistemas
filosóficos que tradicionalmente se veio a denominar Idealismo Alemão é oriunda de uma
mescla entre o racionalismo, o empirismo britânico, o iluminismo francês e o romantismo.5
Assim o presente estudo apresentará brevemente extratos dos pensamentos e
estudos que interessam à maçonaria6
sobre Gotthold Ephraim LESSING7
e sua defesa do
livre pensamento e da tolerância religiosa, os estudos de Johan C. F. Von SCHILLER8
sobre
estética, o esclarecimento de Immanuel KANT9
e sua crítica à razão pura, os debates sobre
a maçonaria de Johann Joachim Cristoph BODE10
, o ensaio sobre a linguagem de Johann
Gottfried Von HERDER11
, o romantismo de Johann Wolfgang von GOETHE12
, a filosofia da
maçonaria de Johann Gottlieb FICHTE13
e suas cartas sobre os objetivos da maçonaria
para Ignaz Aurelius FESSLER14
, Friedrich Wilhelm Joseph von SCHELLING15
e seu sistema
do idealismo transcendental e por fim, o humanismo de HEGEL16
e seu zeitgeist.17
4
Os idealistas alemães compreendiam-se como intelectuais engajados na passagem para uma nova era. Segundo eles, a
filosofia não tinha uma relação meramente exterior com a queda do Ancien Régime na Revolução Francesa e com a
instauração da moderna sociedade burguesa. Os mesmos pensavam acerca das mudanças havidas nas concepções
estéticas e religiosas bem como no saber científico e propriamente filosófico. SANDKÜHLER, Hans Jörg: Handbuch
Deutscher Idealismus.Metzler, 2005, S. 2.
5
Os próprios filósofos, participantes desse movimento, não denominaram a si mesmos idealistas alemães e a suas
respectivas filosofias Idealismo Alemão. Idem. Passim.
6
Como explica Margaret Jacob, a vida nas lojas maçônicas poderia ser vista como um espaço onde novas concepções de
cidadania podiam ser experimentadas e discutidas livremente, sem os perigos da discussão pública ou os
constrangimentos das divisões estamentais. As idéias de não-maçons como Rousseau ou Kant podiam ser incorporadas
de modo inócuo à sua ideologia, deste modo difundindo-as como uma caixa de ressonância oculta e paralela à sociedade
civil. JACOB, Margaret C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe.
Oxford & NY: Oxford University Press; 1991. p. 216
7
LESSING, G. Ernst und Falk - Gespräche für Freymäurer. Lessings Werke: Auswahl in sechs Teile auf Grund der
Hempelschen Ausgabe ed. Olshaufen, Waldemar, editor. Leipzig:Deutsches Verlagshaus Bong & Co.; 1925c.
8
SCHILLER, F. Educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1989.
9
KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. Kant's gesammelte Schriften Band VI ed. Königlich Preußlischen Akademie
der Wissenschaften, ed. Berlin: Georg Reimer verlag; 1907.
10
YATES, Frances A. The Rosicrucian Enlightenment. London & NY: Routledge; 1972.
11
HERDER, Johann Gottfried. Também uma filosofia da história para formação da humanidade: uma contribuição
a muitas contribuições do século. Lisboa: Ed. Antígona, 1995.
12
GOETHE, J.W. Die Leiden des jungen Werthers. Berlin: TZK verlag, 2010.
13
FICHTE, J.G. Philosophie der Maurerei, neu herausgegeben und eingeieitet von WILHELM FLITNER. Leipzig,
Meiner,1923; pags XXXI
14
FESSLER, I.A. Sämmtliche Schriften über Fraymaurerey. Dresden, 1804/1805.
15
SCHELLING. System des transcendentalen Idealismus, III.
16
HEGEL, G. W. F. Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften III. Frankfurt am Main: Suhrkamp; 1986.
17
Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O
Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as
características genéricas de um determinado período de tempo. O conceito de espírito de época remonta a Johann
Gottfried HERDER e outros românticos alemães, mas ficou melhor conhecido pela obra de Hegel, Filosofia da História. Em
1769, HERDER escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph KLOTZ, introduzindo a palavra
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Assim, por meio de uma evolução das escolas filosóficas alemãs, do esclarecimento
de KANT, passando pelo idealismo de FICHTE e o romantismo de GOETHE, o presente
estudo partirá da premissa histórico-filosófica que existem três maçonarias18
: a) a inglesa,
de cunho tradicionalista, observadora rigorosa de rituais, imutável em suas formas
consagradas pelo correr de três séculos (1717-2017), e que, transportada para os países
de formação inglesa, manteve a mesma índole praxista em sua vida íntima e o mesmo
comportamento perante o mundo não-maçônico; b) a francesa, que embora de origem
britânica, cedo sofreu profundas transformações, ditadas pelas condições do meio em que
se desenvolveu, adquirindo uma feição intensamente latina, e que se espalhou pelo
mundo, tornando-se conhecida principalmente pela sua ação política, social e religiosa, e à
qual estão filiadas a maçonaria brasileira, a portuguesa, a italiana, a espanhola, a romena,
e as de todos os países hispano-americanos; e por último, c) a alemã, também de
procedência inglesa, mas que sofreu a marca do espírito germânico, muito mais propenso
às especulações metafísicas, tendo desde cedo adotado ritos e sistemas próprios, sendo
sua história repleta de tentativas de ensaios de reformulações sistemáticas.19
Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: geniu - "espírito guardião" e saeculi - "do século"). Os alemães
românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito da
época" como um argumento histórico de sua defesa intelectual. HEGEL acreditava que a arte reflete, por sua própria
natureza, a cultura da época em que esta foi feita. Cultura e arte são conceitos inseparáveis porque um determinado
artista é um produto de sua época e, assim sendo, carrega essa cultura em qualquer trabalho que faça.
Consequentemente, ele acreditava que no mundo moderno não é possível recriar arte clássica, que ele acreditava ser
uma "cultura livre e ética", que dependia mais da filosofia da arte e teoria da arte, no lugar de uma reflexão da
construção social, ou Zeitgeist em que este dado artista vivia.
18
OSLO, A. Die Freimaurer.Dusseldorf: Patmos Albatross, 2002. passim
19
Sobre a reforma da maçonaria alemã: “Schröders Geschicklichkeit im Umgang mit Menschen, die in prekäre
Situationen gekommen waren, war bekannt. So baten ihn die beiden Hildesheimer Logen, in ihrem Anciennitätsstreit zu
schlichten und waren dann bereit, sich seinem Spruch zu fügen. Schröder hatte sich schon bald nach seiner Aufnahme
Gedanken um eine Reformation der Freimaurerei gemacht. Er schrieb dazu: Sobald ich nach meiner Wahl zum Logen-
meister für die Maurerei warm geworden war, sparte ich weder Mühe noch Geld, mich mit den sog. Systemen und allen
den Possen, die man unter dem Namen Freimaurerei getrieben hatte, bekannt zu machen. Nicht weniger Mühe gab ich
mir, meine Ideen über die. Entstehung der Freimaurerei, die ich schon 1787 an Bodemitgeteilt hatte, durch mehrere
Urkunden, als dem Maurer seit 1723 vorgelegt sind, bekräftigen zu können. Mehrere dergleichen werden durch den
Druck bekannt gemacht; aber glücklicherweise fand ich in unserem Archiv ein Exemplar des alten, nur in einer einzigen
deutschen Loge im Gebrauch gewesenen Rituals, das jeden Nebel vor meinen Augen verscheuchte .. . Nun hatte ich
Dokumente zur Ausarbeitung. Und an anderer Stelle Die Maurerei ist kein Orden - das englische Konstituiionsbuch und
unsere Brüder in England bedienen sich nie dieses Ausdrucks, - sondern eine Innung, Gilde. Fraternität, Diese nannten
die allen Deutschen Innungen, d. h. Einungen - Gilden d. i. Geltende, durch Statuten und Satzungen geltende Ver-
bindungen: daher auch in der Maurerei der Name Bruder, weil die Gesellschaft eine Fraternität - Bruderschaft ist. Als
eine solche und da sie die Symbole des Maurer-Handwerks angenommen hat, kann sie nicht mehr als drei Grade haben,
Lehrlinge, Gesellen und Meister. So ist es in allen Ländern, wo Innungen sind. Mit dem Meisler schließt sich der Kreis:
Wer hinter ihm noch was verlangt, ist kein Meister - das ist: er versteh! nicht, daß seine Meisterpflicht und
Geschicklichkeit wirkliche Meisterschaft = das Höchste fordert, und nur ein Tor kann sich hinter dem Meister noch einen
Rittter, Ordensgeistlichen oder Adepten denken. Aber das Spielende, Unbestimmte und Unbefriedigende der verfälschten
Ritualien, wo immer Lücken bleiben, gab (neben anderen bösartigen Ursachen) Anlaß, theosophie, Ritterorden, Alchimie
und Magie hinter der Freimaurerei zu suchen. Nichts ist ihr schändlicher gewesen, als daß man sie mit Orden verwirrte;
sie ist eine Verbrüderung zu einem Werk, einem Baum mit dazu gehörigen Statuten, Prüfungen, Geschicklichkeiten bis
zur Meistertugend. Diese ist das Höchste, das in der menschlichen Natur zu erreichen steht. „... daß er ihn als einen
guten Mann kannte." Das Protokoll der Aufnahme Friedrich Ludwig Schröders: Loge Emanuel zur Maienblume - Den 8.
September 1774 ward ordentliche Lehrlingsloge gehalten. Gegenwärtige Bruder waren: von Wickede, Meisler vom Stuhl;
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Nesse contexto de uma maçonaria voltada às altas indagações filosóficas20
que
permeava a reforma da fraternidade na Alemanha é que se inscreve a construção do
sistema de ensino Schroderiano21
, cujo principal objetivo era um realinhamento com as
Nagant. I. Aufseher: Bubbers, 2. Aufseher; Matthias, Schatzmeister; Suse, Secretair; Slubbe, 1. Steward; Naudi,
Ceremonienmeister, und 23 Brüder Mitglieder „Hierauf proponirte der S. E. Meister den Bbrn, daß sich ein freier Mann,
Namens Herr Friedrich Ludwig Schröder, Director der hiesigen deutschen Schauspieler, seit langer Zeit ernstlich
gemeldet hätte, um in unsern ehrwürdigen Orden aufgenommen zu werden. Obzwar sonst die Meldung 14 Tage vor einer
zu haltenden Loge geschehen müsse, so könne er durch sein der Wahrheit gemäßes Zeugnis beweisen, daß er ihn als
einen guten Mann kannte, welchem denn die Bbr. Bubbers, Nagant, Matthias, Rodde und Suse beipflichteten. Dem Br.
Papenguth wurde, nachdem das Geld für die Reception an den Br. Schatzmeister übergeben worden, die Präparation
aufgetragen, welcher solche gehörig verrichtete und den Aufzunehmenden mit dem Br. Ceremonienmeister in die Loge
führte. Der Hochwürdige Br. Jaenisch, Provinzial-Großmeister von Hamburg und Niedersachsen, kam in die Loge, ihm
wurde der Hammer präsentiert, welchen er aber anzunehmen verbat. Der vorgeschlagene Candidat heißt Friedrich
Ludwig Schröder, ist 29 Jahre alt, lutherischer Religion, in Hamburg wohnhaft und wurde in der Ordnung zum Lehrling
aufgenommen." Schröder hielt eine Reform der Freimaurerei für möglich, wenn gleichzeitig das Ritual und die Gesetze
auf die englischen Formen reduziert werden. 1788 konstituierte sich in Hamburg ein Gremium, das die Gesetze der
Logen neu bearbeiten sollte. Schröder gehörte dazu und schaffte es, binnen eines 3/4 Jahres diese Gesetze auf die
Grundlage der englischen Konstitution von 1723 zu stellen, auf der eine Freimaurerei, die sich in ihren drei Graden
vollendet, aufgebaut werden konnte. Schöpfer und Reformer, die sich für das Gebrauchtum der Freimaurerei in jener Zeit
besonders hervorgetan haben, waren in England Desagulieres, in Deutschland Fessler, v. Eckleff (Begründer der streng
mystisch-christlichen Lehrart), v. Dittfurt in Wetzlar. Mit allen hatte Schröder Kontakte aufgenommen, die dann, weil sie
nicht ergiebig waren und keine Hilfe für ihn bedeuteten, wieder abgebrochen wurden. Schröder hatte erkannt, daß die
ursprüngliche Freimaurerei in dem vor 1782 herrschenden chaotischen Durcheinander ersticken mußte, wenn nicht mit
kräftiger Hand Abhilfe geschaffen würde. Er war der Meinung, daß die Grade I, II und III alles enthalten, was symbolisch
als Leitfaden zur sittlichen Freiheit und Bruderliebe - von der Geburt bis zum Tode -dem denkenden Menschen helfend
zur Seite stehen könnte und verfolgte die Idee eines maurerischen Republikanismus. In der Würde des Meistergrades,
als Vollendung der maurerischen Bildung, wie dieses auch im Handwerk stattfindet, liegt die Vollendung des Menschen.
Alles, was im Laufe der Zeit auf die in aller Schönheit und Tiefe so einfache Symbolik an überflüssigem Beiwerk
aufgepfropft worden war, mußte abgetragen werden. Um die freirnaurerische Lehre wieder auf die ursprüngliche Reinheit
zurückzuführen, wurde Schröder zum Forscher. Er setzte das englische Konstitutionenbuch mit seiner Verneinung jeder
religiös-kirchlichen Beschränkung wieder als Grundstein der Freimaurerei in sein Recht ein. Zwei Bestrebungen standen
seinen Bemühungen entgegen: Die gnostischen Schwärmer und die radikalen Erneuerer, die die Freimaurerei in ihren
Grundfesten erschütterten, sogar die Symbolik und das Ritual aus den Logen verbannen wollten. Seine
Forschungsergebnisse legte er in den vier Bänden seiner „Materialien zur Geschichte der Freimaurerei", die sogar eine
zweite Auflage erlebten und selbst Fessler rückhaltlos würdigte, und in seiner Arbeit „Über die alte und neue Freimaure-
rei", deren handschriftlicher Urtext im Hamburgischen Staatsarchiv liegt, vor. Über Schröders Korrespondenzen innerhalb
Deutschlands berichtet F. L. Meyer in seiner Briefsammlung, aus der Herbert Schneider ihm wichtig erschienene
Passagen als „Die Freimaurer-Korrespondenz" 1979 veröffentlichte. Interessant ist. daß Schröder nie vom „TEMPEL", in
dem gearbeitet wird, spricht, sondern diesen Raum konsequent als „LOGENSAAL" bezeichnet. 1791 werden Schröders
Reformvorschläge in Hamburg angenommen. Immer wieder wies er daraufhin, daß die Abhängigkeit der Freimaurerei
von England einer Reformation im Wege stehe. Zu einer Befreiung verhalf die Besetzung Hamburgs durch Napoleons
Truppen unter Marschall Davoust, der die Einverleibung der englischen Prov.-Loge in den „Grand Orient de France" als
„Grande Logt Provinciale Hanseatique" betrieb. Da die Verbindungen nach England seit 1803 stark gelockert waren-auch
durch die Kontinentalsperre verursacht -, beschlossen 48 Brüder der Prov.-Loge auf Antrag Schröders am 4, Februar
1811, die „Großloge von Hamburg" zu konstituieren. 1814 wurde Schröder Großmeister dieser Oboedienz”. FREIMAURER
WIKI. Friedrich Ludwig Schroder. Disponível em http://freimaurer-
wiki.de/index.php/Friedrich_Ludwig_Schr%C3%B6der#Re.C2.ADformation_der_Freimaurerei. Acesso em 05 de agosto
de 2016.
20
Nota do autor: De suma importância a leitura do texto de Johan Gottlieb FICHTE intitulado Philosophie der
Maurerei: Briefe en Konstant onde claramente se percebem os diversos questionamentos do autor sobre a origem
histórica da maçonaria, seus objetivos e sua importância para sociedade, dentre outras indagações, os quais são
respondidos à luz da razão.
21
Em 1789, dado a inquietude que dominou a maçonaria alemã, quando as Lojas de Hamburgo alteraram as cerimônias,
símbolos e insígnias, Schröder entendeu a gravidade do que ocorria, bem como percebeu que tais mudanças poderiam
representar a derrocada da instituição. Assim, convencido da necessidade de reformular o sistema de ensino vigente por
meio do restabelecimento das práticas inglesas, Schroder iniciou, a partir de 1790, a elaborar um novo ritual para a
Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia, subordinada à Grande Loja de Londres (Grande Loja dos Modernos) como
assim diziam os que se intitulavam “antigos”, que não possuíam um Ritual escrito em inglês com um texto autêntico.
Para lograr êxito, Schroder contou com o apoio direto de Johann Gottfried von HERDER na elaboração do novo sistema
de ensino. Tal iniciativa fez com que uma Comissão de Estudos fosse criada no sentido de identificar os enxertos, vícios e
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práticas maçônicas inglesas22
, restaurando o que Schroder entendia como a verdadeira e
antiga maçonaria, ou seja, sem os enxertos de misticismo, rosacrucianismo, iluminados,
cavalheirismo e altos graus, vez que eles não integravam a maçonaria em seu início.
Assim, o principal substrato para a construção de um novo sistema de ensino maçônico
por Schröder foi o pensamento idealista, uma das principais orientações filosóficas daquela
época.23
Logo, Friedrich U. L. Schroder, tomando a obra “The Three distinct Knocks” (or: The
door of the most ancient free-masonry), por ele considerado o mais antigo e genuíno ritual
inglês, levando em consideração os debates/cartas trocadas com BODE, MEYER, HERDER e
GOETHE, somando a influência do pensamento de SCHILLER, LESSING, KANT, FICHTE e
SCHELLING (estes dois últimos que despontaram para a maçonaria sobremaneira a partir
de 1794 e início do século XIX)24
, escreveu seus rituais com forte carga idealista e
enfrentando represália e desconfiança por parte da maçonaria de Hamburgo, que estava
entregue ao cavalheirismo e misticismo do sistema de ensino da Estrita Observância, mas
que ao final, rendeu-se às propostas de Schroder.25
A elaboração de novos rituais e sua respectiva aprovação representaram o ápice da
reforma da maçonaria alemã, promovendo não somente o realinhamento com as práticas
da fraternidade inglesa, como também apresentando, enfim, as características do
pensamento filosófico da época. Em guisa de conclusão, o presente estudo visa colaborar
para compreensão do sistema de ensino maçônico criado por SCHRÖDER, bem como
oferecer um norte para o aprofundamento das pesquisas no Brasil sobre a maçonaria
alemã.
REFERÊNCIAS
excentricidades então vigentes. Todo este trabalho, sob a presidência de Schroder teve por base o texto apócrifo de
“Three distinct knocks: (or The door of the most ancient free-masonry)”. Sobre este assunto cf. SOLF,H.H. Origem e
fontes do ritual de Schröder. Traduzido por Kurt Max Hauser e Samuel Herbert Jones. Revisão de Antonio Gouveia de
Medeiros e Rui Jung Neto. Edição comemorativa aos 209 anos do Rito – 29 junho de 1801/2010.
22
Three distinct knocks: or The door of the most ancient free-masonry
23
“Weltanschauung, die an die Realität und gestaltende Kraft der Ideen glaubt. Der metaphysische Idealismus lehrt, daß
nur Ideen wirklich existent sind, die physische Welt hingegen nur ihre Entfaltung sei. Erkenntnistheoretisch behauptet
der Idealismus, daß die Außenwelt im Grunde stets vom erkennenden Subjekt abhängig sei. Ideale sind die auf
vollkommene Weise verwirklicht gedachten Ideen, Grenzwerte. Die Philosophien von PLATO, LESSING, HERDER, KANT,
FICHTE, SCHELLING, EUCKEN, VAIHINGER u. a. beruhen zum Teil auf idealistischer Grundlage. "Der Mensch bedarf
Ergänzungen der Wirklichkeit durch eine selbstgeschaffene Idealwelt"(Vaihinger). In praktischer Hinsicht bedeutet
Idealismus das Erfülltsein mit Idealen, idealer Gesinnung, idealem Streben, Orientierung des Wollens an Idealen. Fehlt
diesem Idealismus die realistische Begründung, so wird der Idealist zum Schwärmer oder Phantasten.Die Freimaurerei ist
geistesgläubig (Bischoff), ihre Weltanschauung ist idealistisch. Ihr höchstes Ideal ist von Humanität erfüllte Kultur. Sie
erstrebt die Vergeistigung des Triebhaften, die harmonische Entfaltung aller schöpferischen Kräfte und ihre
Zusammenfassung in einer vollkommenen Synthese. Der Freimaurer hegt die Überzeugung, daß Institutionen und
Maßnahmen ohne tragende Gesinnung wertlos sind, und daß man die Welt nur verbessern kann, wenn es gelingt, das
Individuum im Sinne der Ideale umzugestalten.” FREIMAURER WIKI. Idealismus. Disponível em http://freimaurer-
wiki.de/index.php/Idealismus. Acesso em 05 de agosto de 2016.
24
BADARÓ, R. A filosofia da maçonaria alemã: breve ensaio sobre o pensamento de Johan Gottlieb Fichte. Peça de
arquitetura. Sorocaba: GLESP/Justa e Perfeita Loja de São João, 680. Pag. 7.
25
SOLF,H.H. Idem. passim
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BADARÓ, R. A filosofia da maçonaria alemã: breve ensaio sobre o pensamento de Johan Gottlieb Fichte. Peça de
arquitetura. Sorocaba: GLESP/Justa e Perfeita Loja de São João, 680.
FESSLER, I.A. Sämmtliche Schriften über Fraymaurerey. Dresden, 1804/1805.
FICHTE, J.G. Philosophie der Maurerei, neu herausgegeben und eingeieitet von WILHELM
FLITNER. Leipzig, Meiner,1923; pags XXXI
FREIMAURER WIKI. Friedrich Ludwig Schroder. Disponível em http://freimaurer-
wiki.de/index.php/Friedrich_Ludwig_Schr%C3%B6der#Re.C2.ADformation_der_Freimaurerei. Acesso em 05 de agosto
de 2016.
FREIMAURER WIKI. Idealismus. Disponível em http://freimaurer-wiki.de/index.php/Idealismus. Acesso em 05 de
agosto de 2016.
GOETHE, J.W. Die Leiden des jungen Werthers. Berlin: TZK verlag, 2010.
HEGEL, G. W. F. Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften III. Frankfurt am Main: Suhrkamp; 1986.
HERDER, Johann Gottfried. Também uma filosofia da historia para formação da humanidade: uma contribuição a
muitas contribuições do século. Lisboa: Ed. Antígona, 1995.
JACOB, Margaret C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe. Oxford
& NY: Oxford University Press; 1991
KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. Kant's gesammelte Schriften Band VI ed. Königlich Preußlischen Akademie
der Wissenschaften, ed. Berlin: Georg Reimer verlag;1907.
---. "Bestimmung des Begriffs einer Menschenrasse". Maier, Heinrich, editor. Kants-Werke Akademie Ausgabe:
Abhandlungen nach 1781. Berlin: de Gruyter; 1968b; pp. 89-106.
---. "Über den Gebrauch teleologischer Prinzipien in der Philosophie". Maier, Heinrich,editor. Kants-Werke
Akademie Ausgabe: Abhandlungen nach 1781. Berlin: de
Gruyter; 1968d; pp. 157-184.
---. "Von den verschiedenen Racen der Menschen" (1775). in: Kant, Immanuel. Kants Werke - Vorkritische
Schriften II (1757-1777). Akademie-Textausgabe ed. Berlin:
de Gruyter; 1968e; pp. 427-444.
---. "Was heißt: Sich im Denken orientieren?"(1786). Maier, Heinrich, editor. Kants-Werke Akademie Ausgabe:
Abhandlungen nach 1781. Berlin: de Gruyter; 1968f; pp. 131-148.
---. "Rezensionen von J.G. Herders Ideen zur Philosophie der Geschichte der Menschheit. Teil 1. 2." (1785).
in: Vorländer, Karl, editor. Kleinere Schriften zur Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische Bibliothek ed.
Hamburg: Meiner; 1973a; pp. 21-48.
---. "Über den Gemeinspruch: Das mag in der Theorie richtig sein, taugt aber nicht für die Praxis" (1793). in:
Vorländer, Karl, editor. Kleinere Schriften zur Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische Bibliothek ed.
Hamburg: Meiner; 1973b; pp. 67-114.
---. "Zum Ewigen Frieden. Ein philosophischer Entwurf" (1795). in: Vorländer, Karl, editor.Kleinere Schriften zur
Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische
Bibliothek ed. Hamburg: Meiner; 1973c; pp. 115-170.
---. Kritik der reinen Vernunft. Philosophische Bibliothek ed. Raymund Schmidt Hamburg:Felix Meiner; 1976.
---. "Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?" (1784). in: Jürgen Zehbe, editor. Immanuel Kant: Was ist
Aufklärung? Aufsätze zur Geschichte und Philosophie. 3rd
ed. Göttingen: Vandenhoek und Ruprecht; 1985a; pp. 55-61.
---. "Von einem neuerdings erhobenen vornehmen Ton in der Philosophie" (1796). in:Jürgen Zehbe, editor.
Immanuel Kant: Was ist Aufklärung? Aufsätze zur Geschichte und Philosophie. 3rd ed. Göttingen: Vandenhoek und
Ruprecht; 1985b; pp. 94-110.
LESSING, G. Ernst und Falk - Gespräche für Freymäurer. Lessings Werke: Auswahl in sechs Teile auf Grund der
Hempelschen Ausgabe ed. Olshaufen, Waldemar, editor. Leipzig:Deutsches Verlagshaus Bong & Co.; 1925c.
OSLO, A. Die Freimaurer.Dusseldorf: Patmos Albatross, 2002.
SANDKÜHLER, Hans Jörg: Handbuch Deutscher Idealismus.Metzler, 2005
SCHELLING. System des transcendentalen Idealismus, III.
SCHILLER, F. Educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1989.
SCHWEMMER, Oswald. Artikel Idealismus, in: Jürgen Mittelstraß (Hrsg.): Enzyklopädie Philosophie und
Wissenschaftstheorie.2. Auflage, Bd. 3 S. 506f.
SOLF,H.H. Origem e fontes do ritual de Schröder. Traduzido por Kurt Max Hauser e Samuel Herbert Jones. Revisão
de Antonio Gouveia de Medeiros e Rui Jung Neto. Edição comemorativa aos 209 anos do Rito – 29 junho de 1801/2010.
THREE distinct knocks: or The door of the most ancient free-masonry.
YATES, Frances A. The Rosicrucian Enlightenment. London & NY: Routledge; 1972.
Δ
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Este Bloco é produzido
pelo Irmão Pedro Juk.
Neste Bloco seguem doze Respostas:
1 – Mestre de Cerimônias e o uso da Palavra:
Em 10/08/2016 o Respeitável Irmão Rodrigo T. Taborda, Loja Universitária de Cascavel, 3.289,
REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, apresenta a questão seguinte:
rttaborda@uol.com.br
Gostaria de novamente vir à presença sua a fim de dirimir uma dúvida que de tempos
em tempos acorrem em nossa Oficina.
A dúvida é se existe previsão legal, ou se uso e costume, ou liturgia de que o Mestre de
Cerimônias tem o direito à prerrogativa de poder falar em qualquer Coluna e até mesmo no
Oriente, mesmo depois que a Palavra circulou nas colunas.
Pois já ocorreu algumas vezes em Loja, de que o Mestre de Cerimônias passada a palavra na
sua coluna, vem ao Oriente (alegando que tem essa prerrogativa de poder falar novamente) e se
utiliza disso para rebater alguma fala de outro Irmão, que fora feito posterior a passagem da
palavra em sua Coluna.
Entendo eu, que não se é permitido esse tipo de prerrogativa, a não ser se no momento em que
a palavra passou na coluna o Mestre de Cerimônias estivesse por algum motivo fazendo outro
trabalho fora de sua coluna e, portanto, teria o direito de falar em outra coluna ou no Oriente.
Mas não, da forma como vem sendo feito, de que se o mesmo quiser, esse poderia falar tanto na
Coluna do Sul, voltar a falar na Coluna do Norte, e ainda caso lhe seja conveniente subir ao Oriente e
falar de novo.
Se caso for possível, dirimir nossa duvida, certamente estará contribuído em muito para o ensinamento
de todos.
CONSIDERAÇÕES.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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Esse procedimento é qualquer coisa de irregular e sem justificativa alguma. O Mestre de
Cerimônias, como qualquer Obreiro, fala do seu lugar na Loja. A ninguém é dado esse direito de
passar de uma para outra Coluna ou ir ao Oriente para fazer uso da Palavra. Também não existe
essa “estória” de que se o Mestre de Cerimônias estiver em deslocamento ele pode usar a
palavra fora do seu lugar. É tudo uma questão de bom senso, preparação e observação. Ora,
imagine-se se todos os Obreiros da Loja por direito de igualdade se insurgissem em mudar de
Coluna ou ingressar no Oriente para usar a palavra. Além do absurdo, isso não está previsto
para ninguém no Ritual, porém não pode existir procedimento dessa envergadura. O Venerável
não deve permitir esse tipo de procedimento, assim como o Orador, como Guarda da Lei, deve
fiscalizar e exigir o cumprimento apenas daquilo que é permitido.
Infelizmente alguns Irmãos “acham” que se o Mestre de Cerimônias é um Oficial que se
desloca livremente na Loja em cumprimento ao seu ofício, ele também pode usar da palavra
quando bem entender. Ledo engano.
Também nunca é demais lembrar que qualquer Obreiro para usar a palavra antes tem que
pedir permissão ao Vigilante da sua Coluna ou ao Venerável em se tratando daqueles que
tomam assento no Oriente. Já os Vigilantes pedem a palavra diretamente ao Venerável Mestre.
Assim, tanto os Vigilantes como o Venerável devem ficar atentos e não permitir aos que
porventura queiram irregularmente usar da palavra mudando de lugar na Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
SET/2016
2 - Luto Maçônico:
Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Bartholomeo Tomás Lima de Freitas, Loja Sebastião Vasconcelos
dos Santos, REAA, sem mencionar o nome da Obediência, Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande
do Norte, solicita o seguinte esclarecimento:
bartholomeofreitas@gmail.com
Mais uma vez venho buscar um pouco de sua sabedoria em minha singela procura de
conhecimento. Pergunto hoje: o que é o Luto Maçônico e como são os procedimentos das Lojas
durante esse período em sua ritualística, após o sepultamento, já que os trabalhos ficam
suspensos até sua realização e o luto pode passar dessa data?
CONSIDERAÇÕES.
O vocábulo em Maçonaria é aplicado na ocasião em que há sentimento ou dor pela
perda de algum maçom – luto envolve tristeza, consternação, dó.
Geralmente o luto maçônico se associa a um espaço tempo determinado (dia, semana
ou mês) para demonstrar expiação e é previsto por Decreto da Obediência que alcança toda a
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sua constelação de Lojas, ou particularmente por ato específico da Loja que alcança apenas o
seu quadro de obreiros.
Em alguns casos, a Obediência pode decretar apenas o luto pela perda de alguém e
em alguns casos pode também paralisar as atividades por um tempo determinado em
homenagem e sentimento pelo passamento do finado. Tudo isso depende e deve estar previsto
no Regulamento da Obediência, pois é dele que resultam os procedimentos para o fato, portanto
não é uma regra engessada no que diz respeito a sua universalidade.
É oportuno mencionar que não se pode confundir luto maçônico com sessões
ritualísticas de Pompas Fúnebres, cujas práticas se dão ritualisticamente conforme os ritos
praticados e tanto podem acontecer na presença do corpo do Irmão falecido ou mesmo em
outra data prevista para as exéquias. Nesse sentido, algumas Obediências ainda editam rituais
especiais, cujo conteúdo, dentre outros, é o que prevê liturgia fúnebre.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
SET/2016
3. Saudação aos Vigilantes:
Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Henri Marques, Loja Sol da Liberdade, 3.437, REAA,
GOSP/GOB, Oriente de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, referindo-se a uma resposta dada em
agosto do corrente, pede mais esclarecimentos como segue:
henrimarques@yahoo.com.br
Agradeço pela sua resposta rápida sobre a minha dúvida, mas creio que não me
esclareceu a questão por uma falha minha ao formular a pergunta que, humildemente confesso,
foi apressada e mal elaborada.
Quando eu cito sobre um trecho do ritual do REAA do GOB, de 2009, não me recordo a página
(está no começo), em que a instrução diz que o único que deve ter a DISTINÇÃO no tratamento é
o Venerável Mestre, e os demais (inclusive os Vigilantes, assim creio) serão tratados
INDISTINTAMENTE como "Irmãos", eu queria saber se isso poderia respaldar-me, quando,
durante a Sessão, ao pedir o uso da palavra e o Venerável me autorizando, ao invés de saudar o
Venerável Mestre, os Vigilantes, Mestres Instalados e demais irmãos, conforme o protocolo
antes de colocar minhas considerações no momento da palavra, eu poderia apenas ser objetivo
e dizer: "Venerável Mestre, meus irmãos..."prosseguindo com minhas considerações, sem citar
os Vigilantes, assim como é feito no Rito de York (Blue Lodge).
Não creio que houve confusão entre os dois sistemas, só utilizei o Rito de York como exemplo
do que ocorre quando o Irmão pede a palavra.
Mas, reiterando, houve falha na formulação da minha pergunta que, consequentemente, veio
uma resposta de sua parte que não estava esperando, embora não deva negar que suas
informações me deram conhecimentos que não eu tinha sobre outros assuntos, mas não sanou
a minha dúvida. Peço desculpas pelo transtorno.
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 26/42
CONSIDERAÇÕES.
O protocolo de se mencionar primeiro as Luzes da Loja ao se iniciar o uso da palavra
é um costume imemorial e tradicional no costume relativo ao Rito Escocês Antigo e Aceito. Na
verdade é o respeito a um dos verdadeiros Landmarks que preconiza que uma Loja será sempre
dirigida por três Luzes (Luzes da Loja no sistema francês e Luzes Menores no sistema inglês).
Quanto ao aspecto mencionado no ritual é a forma distinta de tratamento, já que nos
dois primeiros graus tratam-se todos os Irmãos indistintamente, salvo o dirigente maior da Loja
que é o Venerável Mestre. Assim, salvo ele, todos os outros têm o seu nome ou cargo,
precedido do substantivo “irmão” – exemplo: Irmão Orador, Irmão Tesoureiro, Irmão Primeiro
Vigilante, Irmão Experto, Irmão Fulano de Tal, Irmão Cicrano de Tal, etc.
Então, de modo protocolar e mantendo a tradição, em qualquer circunstância, no uso
da palavra sempre se menciona por primeiro as Luzes da Loja que pode ser de modo individual
– Venerável Mestre, Irmão Primeiro Vigilante, Irmão Segundo Vigilante, meus Irmãos, ou
simplesmente: Luzes, meus Irmãos. Essa é a maneira correta e tradicional, portanto
recomendada no Rito em questão.
É oportuno mencionar que na Câmara do Meio, o tratamento se distingue entre as
Luzes da Loja e os demais obreiros. Espero que agora tenha esclarecido.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
SET/2016
4 – estrela de seis e cinco pontas:
Em 15/08/2016 o Respeitável Irmão Fabiano Sarzi Sartori, Loja Gal. Mac Artur, 2.724, Ritual de
Emulação, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta as dúvidas que seguem:
fabiano@timecontrol.com.br
Gostaria de solicitar e já aproveitar da vossa sapiência, para poder enriquecer nosso
leque de estudos em relação a dois temas em especial, sendo eles:
- em visitas que fiz a várias Lojas de nossa Potência, tenho observado que após a “fala dos
Irmãos”, os mesmos utilizam o termo “É O QUE CONTINHA”. Entendo que tal colocação não
caberia, pois sendo nós, livres, de bom costume, LIVRES e com uma alta capacidade
argumentativa (pelo menos deveríamos ter), não nos cabe trazer algo, mas sim compartilhar,
discutir, posicionar, TER... O que quero dizer, quando utilizamos continha, passamos a ideia de
não ter mais, ou seja, não seria mais adequado “ERA O CONTIDO!”. Por mais que na teoria, não
seja nada de grande relevância, sendo nós, os maçons, pessoas que se utilizam de sinais,
toques e PALAVRAS, seria importante temos um termo melhor definido (padronizado), assim,
em possíveis visitações em nossas Lojas, teríamos a mesma conduta. Enfim, seria isto um
preciosismo muito grande da minha parte, ou achas que pode analisar tal termo?
- o outro tema é em relação ao texto abaixo:
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A Estrela de Seis Pontas, ou Hexagonal, ou Hexagrama, é a Estrela Flamejante (Blazing Star) do
rito inglês, estando presente no Painel Alegórico do grau de Companheiro Maçom, embora
algumas instruções do rito façam diferença entre a estrela flamejante (pentagonal) e o
hexagrama.
O que lhe questiono, neste caso, é que existe uma imensa biografia acerca da Estrela
Flamejante, mas queria saber o seu posicionamento acerca da Estrela Flamejante no RITO
YORK, pois em um site (http://iblanchier3.blogspot.com.br/2013/12/estrela-flamejante.html),
achei uma resposta que deste em relação ao tema e pelo já citado o seu entendimento é o
mesmo. Como estou estudando sobre a real posição da mesma em Loja, gostaria de saber se a
de Cinco ou Seis pontas se aplica ao York?
Mais uma vez, agradeço antecipadamente ao Irmão, desejando sucesso em vossos negócios e
desde já nos colocando a disposição em São José dos Pinhais.
CONSIDERAÇÕES:
“Era o que continha” seria o termo mais apropriado – no caso do uso da palavra por
um obreiro, a expressão exprime o final daquilo que a fala (discurso, pronunciamento) encerrou
em si. No mais eu entendo como excesso de preciosismo.
No que diz respeito à Estrela Flamejante ou Flamígera (pentagonal) é a definição da
estrela hominal e pitagórica comum aos arcabouços doutrinários deístas oriundos da vertente
francesa de Maçonaria, geralmente no seu Segundo Grau. De modo autêntico a Estrela
Pentagonal não faz parte da tradição inglesa, salvo algumas incursões enxertadas que certos
autores teimam em mencionar.
Quanto à Estrela de Seis Pontas (Blazing Star), pela sua composição de dois
triângulos equiláteros sobrepostos, cujos ápices se invertem na mencionada sobreposição,
possuem uma conotação teísta (comum à vertente inglesa), sobretudo quando mencionada em
algumas lendas e referências bíblicas, é o caso da Magsen David (Selo de David), cujas
menções fazem parte das Lições Prestonianas (Willian Preston) comuns nas preleções oriundas
das Tábuas de Delinear inglesas (Tracing Board).
Ilustrando, ainda em termos de Maçonaria inglesa, existe também a Estrela de Sete
Pontas no topo da Escada que aparece na Tábua de Delinear do Primeiro Grau do Emulation
Ritual. Essa Estrela, também brilhante e radiante em algumas configurações, denota o objetivo,
o alcance através das três Virtudes Teologais dispostas ao longo da escada, somadas às quatro
virtudes - Justiça, Prudência, Temperança e Coragem, representadas simbolicamente pelas
quatro borlas que aparecem nos quatro cantos da Tábua de Delinear. Daí, quatro mais três igual
a sete que é o número de pontas da Estrela que aparece no topo da Escada.
Assim, de modo autêntico a Estrela Hexagonal é produto especulativo da Moderna
Maçonaria inglesa enquanto que a Estrela Pentagonal é matéria especulativa própria da
Moderna Maçonaria francesa.
Embora alguns pseudos ritualistas às vezes inventem procedimentos relativos às
Estrelas praticando com elas verdadeira miscelânea ritualística, não respeitando as suas
origens maçônicas, esse embrolho, quando acontece, tem sido altamente contraditório e nocivo
para a compreensão da Arte, já que cada berço maçônico – latino e anglo-saxônico – possui
arcabouço doutrinário próprio.
Concluindo, devo lembrar que a resposta mencionada na questão in
http://iblanchier3.blogspot.com.br/2013/12/estrela-flamejante.html foi dirigida ao Rito Escocês
Antigo e Aceito, rito esse de origem francesa.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com - SET/2016
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 28/42
5 - SSS
Em 17/08/2016 o Respeitável Irmão João Soares Miranda, Loja Saldanha Marinho, REAA, GOB-PR,
Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita esclarecimentos para o que segue:
joaomiranda@trt9.jus.br
Prezado Mano Pedro Juk, bom dia.
Acabo de ler uma matéria sobre as colunas Sapientia, Salus e Stabilitas, no endereço
https://aldraba.com.br/web/?act=emails&id=31.
Causou-me estranheza o comentário de que "estas palavras são pronunciadas com vigor ao
encerrar a Cadeia de União e apostas no início de documentos maçônicos. Ao contrário de
muitos Maçons que por desconhecerem os ritos existentes e suas origens, usam de forma
errônea as palavras SFU que significam Saúde, Força e União. Estas palavras nunca
pertenceram e não pertencem ao REAA, e sim ao Rito de Emulação (York), portanto
jamais devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito".
Isso procede?
CONSIDERAÇÕES.
Pois é Mano, são essas carcaças de dinossauro que não contribuem em nada com a
cultura na nossa Sublime Instituição. Infelizmente cada um escreve o que quer, não importando
o tamanho da bobagem que será escrita.
Esse absurdo começa pelo despautério de se chamar o Trabalho de Emulação de Rito.
Nosso autor me parece não estar nem um pouco familiarizado com a Maçonaria Inglesa, pois na
Inglaterra não se reconhecem “ritos”, senão “trabalhos”.
Para engrossar ainda mais o caldo, afirma o articulista que SFU não pertente ao
REAA, mas sim do Rito (sic) de Emulação!!!!!!
Ora, essa é uma afirmativa precipitadamente falaciosa, pois esse costume (de
escrever e pronunciar tríades) não é comum na vertente inglesa da Moderna Maçonaria. Saúde,
Força e União é expressão habitualmente usada na Maçonaria Latina, não na anglo-saxônica.
Além do mais, “palavras pronunciadas com vigor na Cadeia de União”, conforme
afirma o autor, não pode ser generalizada, pois no REAA (que é um rito de origem francesa)
tradicionalmente a Cadeia é formada apenas e tão somente para a transmissão da Palavra
Semestral e nela não existem aclamações, preces e orações.
Assim, o texto mencionado traz afirmativas que não passam de verdadeiros sofismas.
Tanto S F U quanto S S S são comumente enunciadas e escritas na
Maçonaria latina, não existindo essa pobre justificativa de que uma é do Rito (sic) de Emulação
e outra é do REAA. Afirmar uma temeridade dessas é abusar da inteligência dos outros.
É oportuno esclarecer que o significado das palavras S S S em conjunto
sequencial corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação usadas pela Maçonaria,
principalmente na latina e foi herdada da fase especulativa da nossa Ordem. Nesse sentido,
“Sabedoria, Saúde e Estabilidade”, é uma saudação que está abreviada em latim – “Sapientia,
Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”, porém não é propriedade característica da Sublime
Instituição.
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 29/42
No mais, eu diria que certos escritos suportados por ilações, além de nada
contribuírem, senão disseminarem falsidades culturais, ainda são exemplos de verdadeiras
carcaças de dinossauro que assolam a Sublime Instituição, pois como parece ter afirmado um
dia o filósofo e Irmão Goethe: matar o dinossauro até não parece ser tarefa das mais difíceis,
entretanto a maior dificuldade está em consumir as suas carcaças.
P.S. Conferi o conteúdo do escrito no endereço eletrônico mencionado na questão.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016
6 – Esquadro e Postura na Filiação:
Em 19.08.2016 o Respeitável Irmão Hideraldo Teodoro, Loja Pentalpha, 2.239, REAA, GOSP-GOB,
Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:
hateodoro@gmail.com
1. Quando da cerimônia de Filiação o Irmão deve se dirigir ao Altar dos Juramentos,
para, diante dele, assumir o compromisso de membro da Loja. No entanto, o ritual (Grau 1 -
REAA - GOB) não especifica qual deve ser sua postura, ou seja, se fica somente em pé e à
Ordem, ou se se ajoelha sobre um dos joelhos e coloca a mão direita sobre o Livro da Lei ... Em
uma ocasião recente, ocupando o cargo de Mestre de Cerimônias, orientei o filiando a se
ajoelhar e colocar a mão direita sobre o Livro da Lei; e em ocasião diferente, o então Mestre de
Cerimônias manteve o candidato apenas em pé e à Ordem... O que seria mais correto?
2. Li que ao serem colocados o Esquadro e Compasso sobre o Livro da Lei, a empunhadura do
Esquadro deve ficar para o lado Norte (o que sempre observei como Orador). Qual seria a razão,
o significado.
Desde já agradeço os esclarecimentos e pergunto por que o Irmão não prepara um ou mais
livros com as perguntas e respostas de sua coluna do JB News e outras, à semelhança do
"Consultório Maçônico" do saudoso Irmão Castellani? Seria muito útil.
CONSIDERAÇÕES.
1 – Como se trata de ratificar o juramento, o Irmão filiando deve se ajoelhar diante do
Altar dos Juramentos com o joelho esquerdo, ao mesmo tempo em que coloca a sua mão direita
sobre o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. Findada a ratificação, ele volta a ficar à Ordem.
Esse procedimento tem por base o costume e tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito que
adota a genuflexão para essas ocasiões.
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 30/42
2 – Já que inventaram um cabo para o Esquadro que é componente das Três Grandes
Luzes Emblemáticas, seria mais costumeiro então que esse “cabo” (sic) ficasse à direita (mão
direita - destra) daquele que vai posicionar o instrumento sobre o Livro da Lei.
A rigor, isso não deveria ser motivo de preocupação, já que o Esquadro como
instrumento componente das Luzes Emblemáticas, rigorosamente deveria possuir ramos iguais
e sem diferenciação de cabo e graduação, já que como instrumento emblemático ele não é
operativo (não representa aquele usado na obra), pois esse, com ramos desiguais, isto é, com
cabo, é o que representa a joia do Venerável Mestre.
Infelizmente, em muitos rituais os “entendidos” inverteram os instrumentos, dando
equivocadamente empunhadura àquele que vai sobre o Livro da Lei e mantendo o de ramos
iguais, como joia – simplesmente inverteram os objetos, provavelmente por puro
desconhecimento das origens dos símbolos maçônicos.
Assim, a boca se entortou conforme o hábito do cachimbo e, nesse caso, não há
explicação para o cabo (empunhadura) e o seu respectivo lado quando se tratar do Esquadro
que é o componente das Três Grandes Luzes Emblemáticas, senão a de comentar que ambos
estão invertidos.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016
7 – Mestre de Loja ou Veneráverl Mestre:
Em 19.08.2016 o Respeitável Irmão Nonato Sampaio, Loja Renascença, nº 005, Trabalhos de
Emulação, Grande Oriente Amazonense, COMAB, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, pede
esclarecimentos:
natocar.sampaio@hotmail.com
Recorro mais uma vez para lhe pedir auxilio.
Pauta: Ritual de Emulação o Venerável Mestre é chamado Mestre da Loja ou Venerável Mestre?
CONSIDERAÇÕES.
No costume inglês, é bastante comum o termo Mestre da Loja ao se referir aquele que
dirige os trabalhos, ou aquele que foi instalado na cadeira do dirigente. Todavia, o tratamento de
Venerável Mestre também é bastante comum quando usada na dialética ritualística.
O termo Venerável (adjetivo) tem origem inglesa e é derivado da palavra worship cujo
significado designa adoração, culto e reverência (como forma de tratamento); quando usada
como substantivo ela denota o ato de venerar, idolatrar, adorar; quando usada como verbo
transitivo obtém-se o vocábulo worshipful o que significa adorador, reverente, ou como forma
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 31/42
de tratamento, Worshipful Master – a expressão significa Venerável Mestre e tem sido adotado
por todos os agrupamentos maçônicos (in Dicionário Etimológico Maçônico – José Castellani).
No que diz respeito ao Mestre da Loja, o termo é também adotado na tradicional
Maçonaria inglesa em alusão ao período operativo, não como um grau maçônico, entretanto
como o dirigente da guilda de construtores à época dos Canteiros Medievais.
Em síntese, o título é mantido na Moderna Maçonaria como o Mestre da Loja em
alusão aos ancestrais da Maçonaria. Nesse sentido, ambos, tanto Venerável Mestre como
Mestre da Loja, são a mesma pessoa no que diz respeito àquele que é o dirigente principal da
Loja. É de uso comum na vertente inglesa de Maçonaria.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016
8 – Sessão Conjunta:
Em 19/08/2016 o Respeitável Irmão Paulo Melo Santos, atual Orador da Loja Pentalfa, REAA, GOSP-
GOB, Oriente de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que
segue:
melosantosp@gmail.com
Li muitas matérias do Irmão, notei que é muito estudioso. Como não encontrei no
RGF, gostaria da colaboração no que segue:
1 – Em uma Sessão Conjunta de Lojas do GOB, Semana da Pátria, pode distribuir os cargos
entre Irmãos das Lojas; exemplo: Orador, Vigilantes, Secretário, colocando cada um de uma
Loja?
2 – A Sessão será realizada no Templo de minha Loja. Como redigir a Ata, o Painel só da Loja do
Templo, e outras orientações julgar necessárias para termos uma Sessão regular.
CONSIDERAÇÕES:
Mesmo a despeito de que a Semana da Pátria já tenha passado, seguem alguns
apontamentos que fazem parte dos Procedimentos Ritualísticos que preparei para o GOB-PR -
edição 2016, que penso poderão esclarecer o entendimento dessa questão para ocasiões
futuras.
Uma Loja pode estar presente na Sessão de uma coirmã como incorporada (Art. 26,
inciso IX da Constituição do GOB), quando ambas funcionarem no mesmo Rito. As Lojas
incorporadas ingressam no Templo juntamente com a Loja anfitriã e com ela dividem a
realização dos Trabalhos em Sessão conjunta (Art. 97, inciso VII do RGF). Cabe lembrar que
o Venerável Mestre da Loja anfitriã não divide a direção dos Trabalhos com qualquer Irmão.
Na Sessão conjunta não deverá ser lido o expediente das Lojas. Os assuntos da Ordem do
Dia deverão ser de interesse comum das Lojas. Será confeccionada uma Ata pela Loja
JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 32/42
anfitriã que enviará cópia à Loja incorporada, a qual colocará sua própria numeração no
Balaústre. O Tronco de Beneficência deve ser dividido entre as Lojas. Cada Loja
confeccionará sua Lista de Presenças.
Caso não seja do mesmo Rito ou, sendo do mesmo Rito, não atue no desenvolvimento
dos Trabalhos, tratar-se-á de uma Loja visitante. A Loja visitante ingressa, após a abertura
dos Trabalhos, com o Venerável Mestre à frente, seguindo-se o estandarte e
hierarquicamente, as Dignidades, Oficiais e Irmãos formados em colunas por dois, do de
maior grau para o de menor, sendo recebida de pé pela Loja visitada e sob Bateria incessante
ao Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas ocupadas pelos Vigilantes. Depois do
ingresso no Templo, os visitantes param e colocam-se à Ordem. Somente o Venerável Mestre
visitante saúda as três Luzes da Loja visitada, sendo conduzido ao Oriente para o lugar
devido. Os Irmãos da Loja visitante desfazem o sinal, ocupam seus lugares, indicados e
comandados pelo Mestre de Cerimônias, sem fazerem saudação. Quando existirem 2 (duas)
ou mais Lojas em visitação, entra por último o de maior título ou condecoração; se estes
forem iguais, entra em último lugar a mais antiga na Ordem (a de menor número).
No que diz respeito ao Painel mencionado no item 2 da sua questão, o que é exposto
(aberto) é o da Loja que recebe. A priori, nenhuma Loja em visita à outra traz consigo o Painel
da Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016
9 – Compasso apoiado no peito:
Em 23/08/2016 o Respeitável Irmão Carlos Alberto C. Silva, Loja Lautaro, 2.642, REAA, GOSP-GOB,
Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, solicita os seguintes esclarecimentos.
carlos.alberto.net@bol.com.br
Estimado Irmão Pedro Juk: É a primeira vez que escrevo. Assim como o Irmão que
questionou sobre a abertura no Grau 2 abaixo (relativo a resposta dada e publicada no JB News
1.123 de setembro de 2.013), também sou leitor assíduo de suas colunas e portador de seu livro
"Exegese Simbólica - Aprendiz. Também tenho dúvida sobre a ausência da ação de se colocar o
compasso no peito do Candidato à Elevação quando do seu juramento. Faz-se isso nos outros
graus mas o Ritual de 2009 não contempla essa ação. Também foi um erro ou há uma
explicação lógica?
Fora isso, o que aconteceu com os tais Provimentos apresentados ao Soberano? Não teremos
mais um Manual completo de Dinâmica Ritualística corrigindo e cobrindo todos os
procedimentos? Já se passaram 3 anos da sua informação. Sinto muita falta disso como amante
da Ritualística. Acabo me abastecendo em suas colunas, nos poucos livros que tratam do tema
e de algumas iniciativas dos Grandes Orientes Estaduais, como a última que consegui do GOB-
MG, de 2015, que acabou me trazendo mais uma dúvida, pois lá está expresso que ao se
agradecer algo ou a algum Irmão deve-se ficar de pé e à Ordem, contrariando os tais usos e
costumes de se levantar o braço direito.
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Florianópolis, nesta quarta-feira de cinzas, com visual de uma das 42 de suas belas praias (Imagem: Praia da Armação) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.343 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 28 de fevereiro de 2017 Bloco 1-IrAilton Elisiário – Velhos Carnavais Bloco 2-IrJoão Ivo Girardi – Educação Maçônica Bloco 3-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Busca da Aliança depois das .... (Parte 9) Bloco 4-IrCharles Evaldo Boller –Bode para Reconhecimento dos Maçons Bloco 5-IrRui Jung Neto – 38 edição da Coluna do Rito Schröder Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas (com doze respostas) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 1º de março e hoje com versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici (São Paulo – SP)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 2/42 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. VELHOS CARNAVAIS Encontro-me hoje com Socorro neste pleno carnaval de 2017 em ritmo de descanso. Num resort à beira de uma praia pernambucana, vizinha à histórica e também carnavalesca Olinda, ouço os acordes dos blocos de rua, o vigor sonoro do Galo da Madrugada, os cantares dos artistas conduzindo os foliões subindo e descendo as ladeiras. E aí, dominado pela espírito de quietude, mas influenciado pela sonoridade trazida pelo vento, resolvo não por minha mente a trabalhar quando todo o país esquece suas agruras para seguir cantando no reinado de Momo e remexo meus arquivos em busca de algo que já escrevi para a revisitação dos leitores. Então, encontro esta crônica de 13 de fevereiro de 2002, publicada no meu livro Reminiscências Campinenses de 2013 e ainda atual pelo sabor da saudade dos tempos de minha juventude: Velhos Carnavais. Reproduzo-a vendo e sentindo aquelas imagens inesquecíveis. "Relembro com saudade os velhos carnavais campinenses. Para minha turma, não existia um tríduo momesco, mas um quinquídio, pois ao invés de três dias de intensa folia eram cinco, cinco porque já começávamos no sábado pela manhã e íamos até o fim do dia da quarta-feira de Cinzas. Isto sem contar as prévias carnavalescas, que eram festas organizadas pelas estações de rádio e pelos clubes. Havia os bailes e as matinês nos clubes e o Carnaval de rua com os blocos, as escolas de samba, as la ursas, os caboclinhos, os maracatus, os bois e outras troças. Havia também o corso, com os veículos fantasiados, geralmente camionetas e jipes, com as turmas em cima se balançando e cantando. As orquestras encantavam os foliões nos clubes Campinense, Gresse, Caçadores, Médico Campestre, Paulistano, Aliança 31 e Ipiranga, que fantasiados de reis, rainhas, pierrôs, colombinas, piratas, jardineiras e tantas outras figuras, dançavam e passeavam 1 – Velhos Carnavais Ailton Elisiário (Crônica semanal)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 3/42 agrupados e abraçados nos salões, jogavam confetes e serpentinas e perfumavam os seus pares com lança-perfumes, até o raiar do dia. O rum com a coca-cola era a bebida preferida dos foliões, afora a cerveja e o uísque. Os namoros começavam e por lá terminavam, indo alguns deles mais tempo e chegando alguns aos enlaces definitivos. Nas ruas as crianças faziam o mela-mela com goma de araruta e maizena, junto às pessoas que passavam nas calçadas. Junto aos carros que trafegavam, molhavam seus ocupantes com propulsores de jatos d’água improvisados. Nas casas, as famílias ligavam os aparelhos de rádio que jogavam em suas ondas as músicas da época. Eram marchas, marchas-rancho, frevos, sambas e canções, das quais muitas delas se tornaram clássicas. O final de cada Carnaval era magnífico, porém melancólico. Não se queria parar e só se parava porque a orquestra não queria mais tocar. Lembro-me bem quando a orquestra saía do Gresse acompanhando a massa até a Praça da Bandeira, aonde lá os restos dos foliões se banhavam nas águas do canteiro público, onde havia uma estátua da samaritana, num certo dia de lá retirada e nunca mais encontrada. Eram carnavais-pureza, inocentes, românticos. As pessoas brincavam como crianças, sem maldades, rancores ou maledicências. As máscaras não escondiam rostos, davam aos seus personagens corações felizes, refletindo alegria em todos. Hoje, nossos carnavais não são mais assim. Transformaram-se em micaremes, mudaram até de época. Desapareceram as orquestras, os clubes, os confetes, as serpentinas, os lança-perfumes, as fantasias e com eles, os pierrôs e as colombinas. Desapareceu o romantismo, a inocência, a pureza. O Carnaval feneceu." Verdade, o Carnaval tradição não existe mais. Daí as tentativas de ressuscitá-lo, como os desfiles dos antigos blocos pelas ruas das cidades antes do período momesco, como uma espécie de prévia carnavalesca. Válido, mas os pierrôs e as colombinas continuam na saudade.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 4/42 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. (JB News nr. 1250) EDUCAÇÃO MAÇÔNICA 1. É princípio básico que a Educação envolve um processo de desenvolvimento da capacidade, não apenas físicas como também intelectual e moral do ser humano, com o objetivo de que ele se integre e ajuste ao meio social em que vive. Se, de um lado, a Educação implica o aperfeiçoamento de todas as faculdades humanas, de outro, envolve o conhecimento e a prática de atos de civilidade, polidez e cortesia no inter-relacionamento com os outros seres humanos, de modo a que coexistam pacificamente e em harmonia com os usos sociais. Isto equivale dizer que o aperfeiçoamento intelectual, moral e espiritual humano - O desbaste da pedra bruta - não é um processo simples, fácil e rápido, mas sim e bem ao contrário, complexo, difícil e moroso que se estendem desde o nascimento até a chamada idade adulta ou madura. É a Educação que municia e capacita - intelectual, científica, tecnológica e moralmente - o homem para que se valha de todas as possibilidades necessárias para vencer as dificuldades, naturais ou não. 2. Albert Mackey ensina que: Nenhum maçom consegue chegar, em nossos dias, a uma situação mais ou menos notável dentro da Fraternidade se não for suficientemente instruído. Se os seus estudos ficarem limitados ao que ensinam as breves instruções da Loja, é-lhe impossível apreciar com exatidão as finalidades e a natureza da Maçonaria como ciência especulativa. As instruções não passam de esqueletos da ciência maçônica. Os músculos e os nervos e os vasos sanguíneos que devem animar o esqueleto sem vida e dar-lhe beleza, saúde e vigor, são contidos nos comentários destas instruções, que o estudo e a pesquisa dos 2 –Educação Maçônica João Ivo Girardi
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 5/42 escritores maçônicos dão ao estudante em Maçonaria. A Maçonaria recebe o profano como Pedra Bruta, ou seja, absolutamente desprovido de conhecimento maçônico, no âmbito litúrgico e tradicional. A educação objetiva, a percepção de nossa Ética, e esta é obtida quando aquele que ensina trabalha com firmeza e Amor Fraternal, e aquele que recebe e humilha-se diante da grandeza da sua vontade de saber, ajustada à simplicidade de solicitar, permanentemente, aquilo que a prudência intuir para o seu próprio desenvolvimento. Não basta, todavia, a instrução ritualística ou esotérica; é mister um aprofundamento nas relações Iniciado - Mundo Profano, que transformará o obreiro num Homem completo e útil à sua comunidade. 3. Walter Wilmshurst no início do século XX disse a respeito de educação maçônica: Através dos tempos, o aspirante à Iniciação achava essencial passar um período sob a tutela de algum professor especializado que conhecesse a caminho e pudesse dar a ajuda compatível com sua necessidade pessoal. Assim, a Ordem, seguindo seu método tradicional, declara que todo novo Aprendiz deve encontrar um Mestre e nele buscar instrução. Afinal, a Loja aberta nunca foi adequada para instrução: ela é um lugar para a realização corporativa das verdades nas quais fomos instruídos previamente em algum outro lugar. Não é apenas um dever moral de todo Irmão ajudar o menos avançado, mas um dever de obediência ao princípio espiritual que declara que aquele que recebe graciosamente precisa e deve conceder da mesma maneira. Ninguém é Iniciado para sua vantagem pessoal, mas para distribuir sua luz para alguém que se apresente a ele em posição inferior. Como membros de uma Loja merecemos essa condição conquistada. Mas, se quisermos crescer espiritualmente, precisamos fazer mais. Somos convidados para cooperar ativa e sistematicamente com todo Irmão em um esforço concentrado para fazer da Loja uma unidade orgânica de mentes. Ela deveria ser mais do que uma associação temporária de pessoas. O ritual nos dará elevação para nosso espírito e consolação para enfrentarmos o mundo exterior. Mesmo que inexecutáveis, as antigas penalidades não apenas nos ligam a um mundo brutal passado; elas focam nossas mentes na realidade da existência e avisam-nos que o progresso envolve riscos e esforços. Não devíamos restringir o uso dessas poderosas ferramentas emocionais do ritual simplesmente para satisfazer os medos supersticiosos das pessoas que têm interesses hostis e ofensivos conosco. Os maçons têm o direito natural de praticar seus caminhos espirituais como qualquer religião, e devemos insistir em nossa liberdade de crença. Lembremos as palavras escritas por maçons americanos na Declaração da Independência: Sustentemos essas verdades por serem auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que todos eles são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, entre eles a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus poderes do consentimento dos governados. (Robert Lomas no livro: Girando a Chave de Hiram). 4. Ensaio Maçônico: O cidadão que bate na porta de um templo da Maçonaria em busca da luz, a educação que leva à sabedoria, aguarda que a ordem maçônica possua um método de ensino que o transformará em homem melhor do que já é. Isto é evidente na redação da absoluta maioria das propostas de admissão. Tempos depois, alguns não encontram este tesouro, desiludem-se e adormecem. Para estes, a almejada luz foi apenas um lampejo. Longe de constituir falha do método maçônico de educação de construtores sociais, a rotatividade é devida principalmente a nestes cidadãos a luz não penetrar, isto porque eles mesmos não o permitem. A anomalia é consequência do
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 6/42 condicionamento a que foram submetidos ao confundirem educação com aquisição de conhecimentos na sociedade. É comum não perceberem a sutil diferença entre os dois propósitos. Professor de escola da sociedade ensina, transmite conhecimentos e não educa. São raros os professores das escolas que mostram caminhos e motivam o livre pensamento, e mesmo assim, isto ainda não constitui educação. Em educação existe apenas o ato de educar- se, de receber luz de fora e sedimentar em si novos conceitos, princípios e prática de virtudes. É impossível educar outra pessoa, a não ser que esta, na prática de seu livre-arbítrio, consinta e se esforce em mudar a si próprio. No universo dos seres pensantes existe apenas a auto- educação. Qualquer um só pode educar a si próprio. Ao mestre maçom é dada a atribuição de ensinar. Pelo modelo do mundo, é de sua atribuição transmitir conhecimentos e, pelo da Maçonaria, é induzir o educando a decidir qual caminho deseja seguir em sua jornada. O método da ordem maçônica visa provocar cada um a descobrir seus próprios caminhos. Ler em conjunto as instruções do ritual não faz do mestre um educador maçônico, mas um professor que transmite conhecimento; ele não induz à luz, a educação da Maçonaria, a almejada sabedoria; para tal, ele carece de um condicionamento de auto-formação. O mestre que apenas dá instruções de forma mecânica nem instrui, pois se comporta a semelhança do modelo do mundo, onde os governos propiciam instrução e igrejas conceitos de ação e moral, que na maioria das vezes visa apenas escravizar para o trabalho ou ao fundamentalismo radical. Auxiliar alguém em mudar o rumo de sua jornada, na presença do livre-arbítrio, é educação. Romper a couraça de aço que envolve o intelecto do educando exige uma expressão de arte, algo quase místico. Para despertar dentro do educando as potencialidades de seus dons, exige-se do mestre obter conhecimento lato da natureza humana. Para aprofundar-se no conhecimento das características humanas exige-se dele que conheça antes a si mesmo, da forma a mais ampla possível - é a essência do conhece-te a ti mesmo, de Sócrates. Este autoconhecimento só aflora quando ele atinge a fase de auto-realização em sua vida, o último estágio que um ser humano atinge depois de atender a todas as demais necessidades, e que Abraham Maslow definiu para o indivíduo que procura tornar-se aquilo que os humanos podem ser, eles devem ser: eles devem ser verdades à própria natureza delas. É neste último patamar que se considera a pessoa coerente com aquilo que ela é na realidade, seu verdadeiro eu, de ser tudo o que é capaz de ser, de desenvolver seus potenciais até o limite. Só então é possível ao mestre conhecer a natureza humana alheia, onde a educação passa a obter característica de arte ao invés de ciência. É ilusão pensar que pelo fato do maçom ver-se mergulhado numa sociedade de homens bons, livres e de bons costumes, já seja o suficiente para fazer dele um homem bom. Se ele não o desejar e não agir conforme, de nada adiantam os melhores mestres que nunca obterá a sabedoria maçônica; esta luz só penetra num homem se este o permitir. Por mais que o mestre se esforce, ou possua proficiência num determinado tema, se o caminho para dentro do educando não estiver aberto, isto não sedimentará e não se transformará em educação ou em luz maçônica. Se o recipiendário não se abre ao que lhe é transmitido, de nada vale o mais habilidoso educador. O mestre educador exerce apenas um impacto indireto, por uma espécie de indução; um
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 7/42 potencial que todos têm latentes em si de influenciar terceiros por um conjunto de atividades intelectuais, afetivas e espirituais. Para romper os bloqueios do educando, o mestre deve encontrar-se primeiro, mudar-se, e só então obterá a capacidade de induzir luz maçônica ao outro de fazer o outro mudar - momento em que, mente e coração do educando se abrem, e ele mesmo passa a efetuar mudanças em si, exercendo seu potencial de auto-educação. Em todos os casos o educando só muda se o mestre mudar antes. O aprendizado torna-se ainda mais eficiente quando as provocações provêm da ação do grupo sobre o individuo - é o efeito tribal fixado profundamente na mente de cada indivíduo, fenômeno psicológico e social desenvolvido desde os vetustos homens das cavernas - é quando a maioria das barreiras e bloqueios desaba e abre-se espaço para a auto-educação; neste caso, com o objetivo de obter aprovação do grupo e identificar-se com seus semelhantes. Fica mais efetivo quando uma força assemelhada é aplicada a si mesmo, para obter a aprovação própria, algo que lança o homem na obtenção de sua derradeira necessidade: a auto-realização. Note-se que educação maçônica, a luz, a sabedoria, não têm nada a ver com decorar rituais, conhecer ritualística, ser uma enciclopédia ambulante; é uma arte que adquire contornos quase mágicos, principalmente quando os resultados aparecem e produzem bons frutos ao induzir os outros a mudarem para melhor como edificadores sociais. Enquanto a ciência pode ter tratamento intelectual com a transmissão de instruções, a arte de educar da Maçonaria vai muito além, e alcança intuição cósmica, limitado apenas nas fronteiras que cada um impõe a si próprio. Enquanto o talento analisa e é consciente, o gênio intui e vai muito além da consciência, pode até alcançar o místico. Abordagens técnicas não furam a couraça do livre-arbítrio do educando, mas a alma da educação pode ser alcançada pela metafísica da arte de ensinar os caminhos para a luz. É uma mistura equilibrada de conhecimento, emoção e espiritualidade; elementos dependentes entre si. A educação que quebra as barreiras do livre-arbítrio apresentará sempre contornos lúdicos na sua indução. Para isto exigem-se do educador maçônico autoconhecimento e auto-realização. Tal personagem porta a capacidade de induzir na mente do educando uma caminhada que o motiva em efetuar mudanças em sua vida; não porque o mestre assim o determina ou exemplifica, mas porque o educando assim o deseja. Quando o mestre adquire esta arte de atingir e motivar o educando pela auto-educação, terá quebrado a barreira da indiferença do livre-arbítrio e o educando se modifica porque ele assim se auto-determina. Com isto o mestre alcança a plenitude de sua atribuição. É a razão do educador maçônico nunca ser definitivo em suas colocações e sempre apresentar as verdades sob diversos ângulos, para que o educando possa escolher ele próprio qual é o melhor caminho a seguir. É a razão de propiciar aos educandos a possibilidade de debater num grupo, em família, os temas com que a Maçonaria os provoca e eles mesmos definirem, cada uma a sua maneira, as suas próprias verdades. É a razão de o mestre brincar com os pensamentos, propiciando emoção agradável, conduzindo as provocações apenas na direção certa do tema e onde cada um define suas próprias veredas. Em todos os casos onde o educando sente-se livre para pensar e intuir, ele derruba as inexpugnáveis barreiras do livre-arbítrio que o impedem, em outras circunstâncias mais rígidas e ritualísticas, de obter as suas próprias verdades pelos eternos ciclos de tese, antítese e síntese. Da mágica que se segue da absorção da luz pela
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 8/42 auto-educação é que surge a razão do maçom nunca iniciar um trabalho sem invocar a fonte espiritual da arte de educar à glória do Grande Arquiteto do Universo, a única fonte de luz da Maçonaria. (Charles E. Boller). 5. Como a Maçonaria ministra suas disciplinas: A Maçonaria disciplina e ministra suas teorias baseadas apenas no incentivo contínuo aos maçons. E isso ela faz através dos ensinamentos distribuídos ao longo de uma série de graus, visando com isso, por meio de Iniciações sucessivas, incutir no íntimo do maçom a Luz Celestial, Espiritual e Divina, que, afugentando os baixos sentimentos de materialidade, de sensualidade e de mundismo, invocando sempre o auxílio do Grande Arquiteto do Universo, os torne dignos de si mesmos, da Família, da Pátria e da Humanidade. (...) Educação: Desde a preparação do 1º Grau até a obtenção do mais elevado posto, na Maçonaria, a educação primordial e sem qual nada se concebe está voltada para o desenvolvimento dos conceitos de reputação ilibada e de probidade inconteste. - Convicções: As convicções recomendadas são os ensinamentos a respeito de seu semelhante, não porque a razão ou a justiça lhes imponha esse dever, senão porque esse sentimento de Solidariedade é a qualidade inata que os fez filhos do Universo e amigos de todos os homens, fiéis observadores da Lei do Amor e da Simpatia que o Grande Arquiteto estabeleceu em nosso Planeta. - Personalidade Moral e Social: O verdadeiro maçom, cônscio de suas elevadas responsabilidades, identifica-se na prática do Bem e leva a sua solicitude aos infelizes, na medida de suas possibilidades e de suas forças, procurando, o mais proximamente possível, dar a cada um o que é seu, também na medida das necessidades desses a quem os fados (favorecimento) da sorte não sorriu. O maçom deve, portanto, repelir, com sinceridade e desprezo, tudo aquilo que represente egoísmo e imoralidade; daí que, tudo em Maçonaria exprime e expressa Amor, Amizade, Justiça, Harmonia, União e Força, Tolerância e Solidariedade humanas. (Ritual Especial: Festividade Solsticial-GLSC). 6. Rituais: (...) Com o Cinzel aprendemos que a educação e a perseverança são precisas para se chegar à perfeição. É pelo seu incansável emprego que se adquire o hábito da virtude, a iluminação da inteligência e a purificação da alma. (...) A Educação maçônica se consubstancia no aperfeiçoamento da Humanidade pela liberdade de consciência, igualdade de direitos e fraternidade universal. Incentivando-vos a seguir os passos de nossos predecessores, a Maçonaria não vos abandona nem vos deixa entregues às vossas próprias aspirações. Pelo simbolismo das cinco viagens misteriosas, ela colocou diante de vossos olhos tudo que é necessário para empreender a grande jornada que encetaste aos raios da Verdadeira Luz; ela regulou a ordem dos trabalhos e vos mostrou a imensa distância em que nos encontramos da perfeição, a fim de que possais chegar, pela ciência e pela moral, ao grau da sabedoria onde o gênio do Mestre começa a distender as asas para o voo às regiões do sublime. (...) O Mestre observa que não poderá vir reinar a Liberdade se não empregar todas as suas energias no combate ao Vício, na destruição da Ignorância através da Educação. Só aí, então, verdadeiramente se tira a máscara da hipocrisia para acercar-se dos ideais de Justiça e de Igualdade. (REAA-GLSC). 7. Educação de Antigamente: Para os que tiveram suas educações baseadas nos métodos antigos vão lembrar-se de várias frases dos Ensinamentos de Mães de Antigamente: Pra lembrar e rir! Coisas que nossas mães diziam e faziam... Uma forma que hoje é condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente. Talvez senão tivesse mudado
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 9/42 tanto, as crianças e adolescente de hoje seriam mais conscientes de seus direitos e obrigações... Minha mãe ensinou a Valorizar o sorriso: Me responde de novo e eu te arrebento os dentes! Minha mãe me ensinou a Retidão: Eu te ajeito nem que seja na pancada! Minha mãe me ensinou a dar valor aos trabalhos dos outros: Se você e seu irmão querem se matar, vão pra fora. Acabei de limpar a casa! Minha mãe me ensinou Lógica e Hierarquia: Porque eu digo que é assim! Ponto final! Quem é que manda aqui? Minha mãe me ensinou o que é Motivação: Continua chorando que eu vou te dar uma razão verdadeira para você chorar! Minha mãe me ensinou a Contradição: Fecha a boca e come! Minha Mãe me ensinou sobre Antecipação: Espera só até seu pai chegar em casa! Minha Mãe me ensinou sobre Paciência: Calma!... Quando chegarmos em casa você vai ver só... Minha Mãe me ensinou a Enfrentar os Desafios: Olhe para mim! Me responda quando eu te fizer uma pergunta! Minha Mãe me ensinou sobre Raciocínio Lógico: Se você cair dessa árvore vai quebrar o pescoço e eu vou te dar uma surra!Minha Mãe me ensinou Medicina: Para de ficar vesgo menino! Pode bater um vento e você vai ficar assim para sempre. Minha Mãe me ensinou sobre o Reino Animal: Se você não comer essas verduras, os bichos da sua barriga vão comer você. Minha Mãe me ensinou sobre Genética: Você é igualzinho ao seu pai! Minha Mãe me ensinou sobre minhas Raízes: Tá pensando que nasceu de família rica é? Minha Mãe me ensinou sobre a Sabedoria da Idade: Quando você tiver a minha idade, você vai entender. Minha Mãe me ensinou sobre Justiça: Um dia você terá seus filhos, e eu espero que eles façam pra você o mesmo que você faz pra mim! Aí você vai ver o que é bom! Minha mãe me ensinou Religião: Melhor rezar para essa mancha sair do tapete! Minha mãe me ensinou o beijo de esquimó: Se rabiscar de novo, eu esfrego seu nariz na parede! Minha mãe me ensinou Contorcionismo: Olha só essa orelha! Que nojo! Minha mãe me ensinou Determinação: Vai ficar aí sentado até comer toda comida! Minha mãe me ensinou habilidades como Ventríloquo: Não resmungue! Cala essa boca e me diga por que é que você fez isso?Minha mãe me ensinou a ser Objetivo: Eu te ajeito numa pancada só! Minha mãe me ensinou a escutar: Se você não abaixar o volume, eu vou aí e quebro esse rádio! Minha mãe me ensinou a ter gosto pelos estudos: Se eu for aí e você não tiver terminado essa lição, você já sabe!... Minha mãe me ajudou na Coordenação Motora: Junta agora esses brinquedos! Pega um por um! Minha mãe me ensinou os Números: Vou contar até dez. Se esse vaso não aparecer você leva uma surra! Brigadão mãe. (Obede do Prado).
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 10/42 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com A BUSCA PELA ARCA DA ALIANÇA DEPOIS DAS EXPEDIÇÕES DE PARKER. O QUE PODE HAVER DE NOVO SOBRE A INCANSÁVEL PROCURA PELA ARCA DA ALIANÇA? (PARTE NOVE) ***Resumo do capítulo anterior e comentários: Uma cronologia contemplando eventos importantes desde os tempos bíblicos até tempos relativamente mais recentes foi exposta no capítulo anterior. Vimos também algumas considerações tecidas pelo escritor e arqueólogo Richard Andrews com respeito à algumas teorias vigentes e ainda sobre os lugares mais prováveis de onde a Arca poderia ser encontrada. Descarta de vez o que pode ser considerado duvidoso, e faz uma rápida análise de quais das pistas que sobram que ainda podem ser consideradas dignas de crédito quando se trata de avaliar sobre o paradeiro da Arca. Pesquisar e escrever alguns capítulos sobre a Arca da Aliança, como o que foi feito aqui até agora, colhendo daquilo que os livros podem nos oferecer e onde se inclui a busca da mesma, permite inferir que a busca em si já ocupa mais livros, artigos e documentários do que o próprio objeto. Não devem ser muitos os livros que foram traduzidos para o português, mas, certamente entre esses uma maioria, acho que podemos dizer assim, dos autores exploram o lado fantasioso, além de usar de doses excessivas de misticismo. Aliás, alguns costumam apresentar descrições detalhadas da Arca, fazendo-a possuidora de energias e poderes especiais, energias que à época eram desconhecidas, atribuindo tudo aos segredos herdados dos Atlantes, ou conhecimentos científicos que não são oriundos da Terra, enfim, o que na maioria das vezes pode acabar sendo revertido para histórias de ficção científica e só. Tem aquela vertente também, muito rendosa e fonte inesgotável, de associar o Egito à história da Arca... Mas a Arca, independente de todo o tipo de especulações que possa permitir, e de tudo que a liberdade de imaginação criar, é mesmo objeto de mistério e de fascinação desde os tempos antigos, tanto que volta e meia ela é o centro das atenções, seja num livro novo, num filme, em artigos de revista e de jornais, num documentário na televisão, na Internet. E por falar nesses outros espaços da mídia, vou citar um exemplo bem recente: a revista “Isto É”, de 22 de fevereiro do corrente, trouxe um artigo intitulado “No rastro da Arca da Aliança”. Imaginem encontrar esse tipo de assunto, quando ele vem ao encontro daquilo sobre o qual se está escrevendo. Mais adiante veremos os detalhes desse artigo e de outros que foram ventilados principalmente em revistas contemplando nos últimos anos o tema relacionado à busca da Arca. 3 – A Busca pela Arca da Aliança depois das... (Parte Nove) – José Ronaldo Viega Alves
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 11/42 O QUE MAIS SE OPINOU E QUEM MAIS ANDOU BUSCANDO A ARCA APÓS A MALOGRADA AVENTURA DE PARKER? MEIR GETZ (ANOS 80) Rodrigo P. Silva, arqueólogo brasileiro, autor do livro “Escavando a Verdade” tem um artigo intitulado “Encontraram a Arca da Aliança?” onde relata no mesmo que em 1981 havia sido anunciada em uma rádio israelense que a Arca havia sido encontrada. Na realidade, foi um repórter da rádio essa que noticiou o pretenso achado, pois, estava presente em uma escavação clandestina feita por um grupo de judeus ortodoxos. Um túnel lateral ao Muro das Lamentações era o caminho que eles acreditavam que os levaria ao lugar onde ficava o “santíssimo” do antigo Templo de Jerusalém, sob o qual estariam escondidas as Tábuas da Lei e outros objetos importantes. Houve uma reação dos muçulmanos, houve confrontos, inclusive com mortos. O rabino Meir Getz que comandava as escavações acabou cedendo a um acordo político para que a paz voltasse àquele lugar. Getz morreu em 1995, e em 1996 o túnel foi parcialmente aberto ao público servindo de atração turística. Com todos esses acontecimentos, em nenhum momento foi apresentada uma prova cabal de que a Arca estaria no fim do túnel. RON WYATT (ANOS 80 e 90) Arqueólogo amador, norte-americano, dizia ter descoberto vários sítios arqueológicos importantes, mas, não possuía credibilidade junto aos demais cientistas. Afirmou ter encontrado a Arca em 1982, pois, Deus havia lhe dado uma revelação especial. Na realidade, Ron não teve quase nada de suas pretensas descobertas comprovadas depois. VENDYL JONES (ANOS 80 E 90) Considerado um aventureiro e excêntrico, o norte-americano Vendyl Jones serviu, é o que dizem, de inspiração para Steven Spielberg criar o personagem Indiana Jones. Vendyl está plenamente convencido de que a Arca está no deserto da Judéia. Rodrigo P. Silva disse sobre ele: “Em 1988, ele apresentou uma pequena vasilha de barro cujo conteúdo seria o Shemen Afarshimon, o óleo sagrado dos sacerdotes. Análises químicas posteriores pareceram dar certo crédito à sua descoberta, mas o assunto ainda não está tecnicamente encerrado. Mais tarde, em 1992, Jones mostrou aos jornalistas um pote de cinzas que alegou pertencerem originalmente ao ketoret, o incenso sagrado do Templo. Muitos, é claro, dizem que tudo não passa de um embuste.“ Ainda, há uns anos atrás ele prometeu que revelaria o local exato onde a Arca se encontra, mas, isso não aconteceu o que não aconteceu até hoje. LEEN RITMEYER- (DOS ANOS 70 AOS ANOS 90) A REVISTA “Notícias de Israel” de Junho de 1996 publicou um artigo sobre o arqueólogo holandês Leen Ritmeyer que trabalhou no período dos anos 70 até o final do período da década de 90 em Jerusalém, mais especificamente, tentando localizar com exatidão onde ficava o Templo de Salomão no Monte do Templo. Evidentemente já sabemos de antemão, que uma coisa está ligada à outra, encontrar o lugar exato do Templo, permitirá que se saiba com menor margem de erro onde se situava a Arca. Ritmeyer escreveu um artigo sobre a localização do Templo de Salomão provando que o Templo foi erigido sobre uma plataforma quadrada medindo 500X500 côvados (1 côvado= 52,5 centímetros).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 12/42 Vejamos algumas passagens a respeito do assunto extraídas da revista “Notícias de Israel”: “Isso está registrado no livro Middot da Mishnah, datado aproximadamente de 200 d.C. Como o atual monte do templo é um quadrilátero irregular e em nenhuma parte dele se percebe uma área quadrada de 500X500 côvados, ninguém levou o assunto a sério e pensou-se que ele o tinha inventado. As pesquisas de Ritmeyer o conduziram a referências arqueológicas que trouxeram à luz a forma quadrada original. Portanto, toda a plataforma foi alterada por acréscimos; somente o muro leste ainda se encontra sobre os fundamentos do tempo do rei Salomão. (...) Conforme a Mishnah, o templo não estava no meio da plataforma quadrada, mas um pouco deslocado do centro. A maior área livre era no lado sul, a segunda maior na parte leste, a terceira maior ao norte e a menor no lado oeste. Isso por sua vez, combina exatamente com a plataforma quadrada redescoberta por Ritmeyer. (...) O círculo da pesquisa ficou cada vez menor e passou a se concentrar sobre a rocha em que se encontrava o Santo dos Santos. Segundo o Middot, o Santo dos Santos media 20 X 20 côvados(10,5 X 10,5 metros), enquanto a rocha mede aproximadamente 14 X 18 metros. Isso significa que ao menos uma parede tinha que estar localizada sobre a rocha. Ritmeyer encontrou a primeira pistaa do quebra- cabeças sobe a superfície da rocha, onde são visíveis partes artificialmente aplainadas cuja finalidade lhe era conhecida de outros sítios arqueológicos, ou seja, bases para a colocação de blocos de pedra de uma parede para que ficassem firmes. Após análise atenta, ele localizou três áreas aplainadas contíguas, que medem juntas um pouco mais de 3 metros. Essa é exatamente a medida da grossura das paredes do templo, conforme o Middot. Essa descoberta foi magnífica. Sinais da parede sul do Santo dos Santos tinham sido descobertos. Suas pesquisas voltaram-se então para o muro oeste do Santo dos Santos. Chamava a atenção o fato dessa parte da rocha estar ali em ângulo reto como a parede sul do Santo dos Santos e ser paralela aos muros de arrimo oeste e sul da plataforma do monte do templo. Nesse local, a pedra foi cortada e a parede oeste do Santo dos Santos se achava, portanto, ao pé da rocha sobre a qual estava a arca da aliança. Assim, temos duas paredes do Santo dos Santos original. Surpreendentemente, a distância entre a parede sul e a beirada norte da pedra é de 10,5 metros ou 20 côvados. Essa é exatamente a medida do Santo dos Santos indicada no Middot. A parede norte e a parede oeste se encontravam, portanto, exatamente junto à base da rocha cortada para esse fim. Dessa forma, já temos três paredes originais do Santo dos Santos. No lado leste não havia parede. No templo de Salomão, o santuário era separado do Santo dos Santos por uma parede de madeira de oliveira e no templo herodiano por um véu. É o que confirma também o Novo Testamento, por exemplo, em Mateus 227,51, como também nos evangelhos de Marcos e Lucas. Por isso não há vestígios de parede no lado leste. Parece que havia ali uma rampa levemente inclinada ao Santo dos Santos.” O mais surpreendente ainda estava por vir: “Em um voo para Israel, relata Ritmeyer, ele estava olhando uma grande foto da rocha , sobre a qual já tinham sido desenhadas provisoriamente as paredes dos Santo dos Santos, quando repentinamente sua atenção foi despertada por um pequeno quadrilátero mais escuro localizado no centro. O seu primeiro pensamento foi de que ali certamente ficava arca da aliança. Mas isso tinha que ser examinado com exatidão, para que ele não fosse acusado de sensacionalismo barato, o que já aconteceu a muitos que afirmaram ter localizado a arca da aliança. Ele tentou afastar a teoria através de outras explicações. Mas a medição do aprofundamento retangular trouxe outra surpresa fantástica: o tamanho de 80 X 130 centímetros resulta em 1,5 X 2,5 côvados. Essa é exatamente a medida da arca da aliança, como está escrito em Êxodo 25,10! É inegável que essa cavidade única marque o lugar ficava a arca da aliança.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 13/42 Os textos bíblicos contém fortes indícios de que havia um lugar especial preparado para a arca da aliança. Em 1 Reis 8.6 está escrito: ‘Puseram os sacerdotes a arca da aliança do Senhor no seu lugar, no santuário mais interior do templo, no Santo dos Santos...’ Aliás, é lógico que esse objeto sagrado tinha que ter um lugar determinado. O corte de uma cavidade aplainada na rocha parece ter sido a solução mais evidente. (...) No segundo Templo, a arca da aliança não estava mais presente, mas se fala da pedra angular (even ha shetiayah), até onde o sumo sacerdote ia no Yom Kippur. Ritmeyer acha que essa depressão era o lugar onde o sumo sacerdote colocava o incensário.” COMENTÁRIOS: Conforme pudemos perceber, o texto acima relata o trabalho desenvolvido pelo arqueólogo Leen Ritmeyer, cujas descobertas somadas as de alguns precursores seus praticamente encerram, ao menos, a antiga localização do Templo, bem como a localização da Arca da Aliança, no interior do Santo dos Santos. Vejamos agora uma notícia recente, ou seja, sobre a eterna busca da Arca nos dias atuais. “NO RASTRO DA ARCA DA ALIANÇA”: ARTIGO DA REVISTA” ISTO É”, 22/02/17. Em Israel, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e do College de France, começarão a escavar o sítio de Kiriath Jearim. A própria Bíblia faz referência ao lugar e diz que a Arca esteve ali guardada por duas décadas na Idade do Ferro. O arqueólogo israelense que comanda a expedição é Israel Finkelstein, arqueólogo com muita experiência e autor de vários livros. Diz Finkelstein: “Este é o único lugar no país que ainda não foi extensamente investigado.” As escavações em Kiriath Jearim estão programadas para três anos de buscas, mas se acontecer de encontrarem material significativo pode se estender. Um dos objetivos primordiais é encontrar os restos de um possível templo onde a Arca esteve guardada, nos séculos 8 e 7 a.C. COMENTÁRIOS: É evidente que haveria mais notícias. Aqueles que se destacaram na mídia, seja por seu sensacionalismo, seja pelo seu trabalho de arqueólogo profissional, seja pelo espírito de aventura, estão aqui representados nessa mostra, afinal, todos eles estão unidos por um sonho em comum: encontrar a Arca da Aliança. ***CAPÍTULO FINAL NO PRÓXIMO DOMINGO 5/3/17: UMA RADIOGRAFIA DA ARCA. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: Internet: “Encontraram a Arca da Aliança?” – Artigo de autoria de Rodrigo P. Silva – Disponível em: novotempo.com/evidencias/... “Vendyl Jones, el verdadero Indiana em busca Del Arca” – Artigo da autoria de Virginia Ródenas – Disponível em: www.abc.es/hemeroteca/historico-13-04-2008/abc/ Revistas: ISTO É, 22/2/2017: “No rastro da Arca da Aliança” NOTÍCIAS DE ISRAEL, número 6, Junho de 1996:“Onde era o Santo dos Santos no monte do Templo?” Livros: ANDREWS, Richard. “Sangue Sobre a Montanha” – Imago Editora – 2000 MAIA, Cássio. “O Mistério da Arca da Aliança”- Editora Clube do Autor - 2017
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 14/42 Ir Charles Evaldo Boller Curitiba – PR – Charleseb@terra.com.br Textos extraídos de sua obra, “Iluminação” 4 –Bode para Reconhecimento dos Maçons Charles Evaldfo Boller
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 15/42 Bode para Reconhecimento dos maçons Baphomet A principal acusação utilizada pela inquisição contra a Ordem dos Cavalheiros Templários; Uma mentira condenou os Templários, uma mentira colaborou para vincular a figura do bode a Maçonaria. Baphomet no imaginário medieval era vinculado às gárgulas das igrejas góticas. - Deus ou "ídolo" dos templários? Bode de Mendes, Deus das Bruxas, Deus Grego Pan, o próprio Belzebu. É certo não existir nas atividades maçônicas nenhuma referência a Baphomet, nem bruxaria, idolatria, bode, paganismo e principalmente satanismo. Inicialmente gerado para ser grande arcano do bem, foi convertido em algo assustador. Uma terrível propaganda católica criada pela inquisição, em 1300, para acusar os cavaleiros templários. Muitos brincam com o assunto; maçom brasileiro brinca com o tema, característica do brasileiro. Não existe relação de Baphomet com a Maçonaria. Os verbetes baphomet e bode não existem na cultura maçônica, salvo como brincadeira dos brasileiros. Maçom deve conhecer o tema apenas como cultura geral.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 16/42 38ª Coluna do Rito Schröder – março de 2017 O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico adotado a partir de 29 de junho de 1801 por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha e, conforme o prefácio do Ritual de 1960 da Loja ABSALOM: “... até em continentes distantes, onde maçons de origem germânica operam de acordo com o Rito de Schröder... (que) ocupa uma posição de destaque entre os ritos maçônicos por sua concordância com o Rito da Grande Loja-Mãe, da Inglaterra (Londres, 1717), na eliminação de todos os aditamentos inseridos no final do Século XVIII, no espírito de puro humanismo, presente em seu cerimonial e no brilho da linguagem clássica do Alemão”. No último dia de cada mês o JB News apresenta aos seus leitores esta coluna sob a coordenação do Ven. Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - Ao Or. de Porto Alegre – GLMERGS, e membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia”. Caros Irmãos, nesta coluna mensal apresentamos o texto da palestra do Ir. Rui Aurélio De Lacerda Badaró, M.M., da Justa e Perfeita Loja de São João N° 680 – Rito Schröder – GLESP – um dos mais elogiados palestrantes do VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser, realizado em 11 e 12 de novembro de 2016 ao Or. de Porto Alegre – RS. Boa Leitura! 5 – 38ª Coluna do Rito Schröder – março 2017 Rui Jung Neto
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 17/42 O Idealismo alemão como substrato para a construção do sistema de ensino de Schröder Rui Aurélio de Lacerda Badaró1 SUMÁRIO - Introdução.1.O pensamento filosófico nos séculos XVIII, XIX e a maçonaria. 2. O idealismo alemão. 3. O contexto histórico da reforma da maçonaria alemã. 4. Os pensadores idealistas e sua influência na construção do sistema de ensino de Schröder. Considerações Finais. Referências. RESUMO A presente pesquisa tem por objetivo evidenciar a importância do movimento filosófico denominado idealismo “alemão” como principal substrato para a construção do sistema de ensino maçônico de Friedrich U. L. SCHRÖDER. Nesse sentido, de primeira grandeza compreender que o idealismo tem raízes na história da cultura alemã. Para sua compreensão, leva-se em conta outras orientações filosóficas e culturais essenciais, tais como o empirismo britânico, o racionalismo de Espinoza e o Iluminismo francês. Deste modo, o idealismo “alemão” foi (e é) um momento essencial do desenvolvimento cultural europeu. É sabido que, à época de seu surgimento, o idealismo “alemão” já era percebido em outras nações europeias como estímulo intelectual ou desafio à reflexão.2 A investigação sobre o idealismo alemão está longe de ser concluída ou, mesmo, conclusiva. O idealismo alemão não se esgota com os grandes mestres − KANT, FICHTE, GOETHE, SCHELLING e HEGEL. Os primeiros românticos por exemplo já se diziam idealistas. O idealismo “alemão” desenvolveu-se em um espectro amplo e complexo, cujo estudo deve considerar sua dimensão mais profunda, bem como ramificações e entrecruzamentos3 . É no interior dessa estrutura filosófica que se encontra – sob a alcunha de Idealismo Alemão – o período da história da filosofia que vai de KANT à SCHELLING tardio, portanto, 1 Mestre Maçom da Justa e Perfeita Loja de São João, 680, Or. de Sorocaba/SP, Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. e-mail: rui.badaro@lawby.com.br 2 Nota do autor: São relativamente recentes os estudos históricos e sistemáticos desta escola, alguns já clássicos, como os de HARTMANN (1923-1929) e KRONER (1921-1924), mas também os de HÖSLE, GAMM e, sobretudo, os de HENRICH e SANDKÜHLER (2005). 3 Conceitua-se idealismo como a teoria filosófica que abrange todas as teorias das ideias, desde PLATÃO. Possui ao menos três características distintivas: ontológica, epistemológica e ética. Como ontologia, o idealismo afirma a existência de entidades espirituais ou ideais – as ideias, que não podem ser reduzidas a entidades materiais. Como epistemologia, defende a tese segundo a qual o mundo fenomênico, exterior, não é independente das representações dos sujeitos pensantes. E, como ética, propõe concepções normativas da fundamentação e justificação da ação humana, das práxis, a partir da razão, de princípios racionais. SCHWEMMER, Oswald. Artikel Idealismus, in: Jürgen Mittelstraß (Hrsg.): Enzyklopädie Philosophie und Wissenschaftstheorie.2. Auflage, Bd. 3 S. 506f.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 18/42 da segunda metade do século XVIII à segunda metade do século XIX. Embora em si mesma heterogênea, essa constelação filosófica se compreendia, enquanto movimento intelectual em plena era da razão, como manifestação da razão, como ciência ou saber do todo, como liberdade, direito e progresso. Logo, de uma supostamente idílica vida contemplativa em ideias abstratas, os idealistas alemães não tinham nada.4 Afirma-se, desta maneira, que a unidade fundamental das concepções e sistemas filosóficos que tradicionalmente se veio a denominar Idealismo Alemão é oriunda de uma mescla entre o racionalismo, o empirismo britânico, o iluminismo francês e o romantismo.5 Assim o presente estudo apresentará brevemente extratos dos pensamentos e estudos que interessam à maçonaria6 sobre Gotthold Ephraim LESSING7 e sua defesa do livre pensamento e da tolerância religiosa, os estudos de Johan C. F. Von SCHILLER8 sobre estética, o esclarecimento de Immanuel KANT9 e sua crítica à razão pura, os debates sobre a maçonaria de Johann Joachim Cristoph BODE10 , o ensaio sobre a linguagem de Johann Gottfried Von HERDER11 , o romantismo de Johann Wolfgang von GOETHE12 , a filosofia da maçonaria de Johann Gottlieb FICHTE13 e suas cartas sobre os objetivos da maçonaria para Ignaz Aurelius FESSLER14 , Friedrich Wilhelm Joseph von SCHELLING15 e seu sistema do idealismo transcendental e por fim, o humanismo de HEGEL16 e seu zeitgeist.17 4 Os idealistas alemães compreendiam-se como intelectuais engajados na passagem para uma nova era. Segundo eles, a filosofia não tinha uma relação meramente exterior com a queda do Ancien Régime na Revolução Francesa e com a instauração da moderna sociedade burguesa. Os mesmos pensavam acerca das mudanças havidas nas concepções estéticas e religiosas bem como no saber científico e propriamente filosófico. SANDKÜHLER, Hans Jörg: Handbuch Deutscher Idealismus.Metzler, 2005, S. 2. 5 Os próprios filósofos, participantes desse movimento, não denominaram a si mesmos idealistas alemães e a suas respectivas filosofias Idealismo Alemão. Idem. Passim. 6 Como explica Margaret Jacob, a vida nas lojas maçônicas poderia ser vista como um espaço onde novas concepções de cidadania podiam ser experimentadas e discutidas livremente, sem os perigos da discussão pública ou os constrangimentos das divisões estamentais. As idéias de não-maçons como Rousseau ou Kant podiam ser incorporadas de modo inócuo à sua ideologia, deste modo difundindo-as como uma caixa de ressonância oculta e paralela à sociedade civil. JACOB, Margaret C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe. Oxford & NY: Oxford University Press; 1991. p. 216 7 LESSING, G. Ernst und Falk - Gespräche für Freymäurer. Lessings Werke: Auswahl in sechs Teile auf Grund der Hempelschen Ausgabe ed. Olshaufen, Waldemar, editor. Leipzig:Deutsches Verlagshaus Bong & Co.; 1925c. 8 SCHILLER, F. Educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1989. 9 KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. Kant's gesammelte Schriften Band VI ed. Königlich Preußlischen Akademie der Wissenschaften, ed. Berlin: Georg Reimer verlag; 1907. 10 YATES, Frances A. The Rosicrucian Enlightenment. London & NY: Routledge; 1972. 11 HERDER, Johann Gottfried. Também uma filosofia da história para formação da humanidade: uma contribuição a muitas contribuições do século. Lisboa: Ed. Antígona, 1995. 12 GOETHE, J.W. Die Leiden des jungen Werthers. Berlin: TZK verlag, 2010. 13 FICHTE, J.G. Philosophie der Maurerei, neu herausgegeben und eingeieitet von WILHELM FLITNER. Leipzig, Meiner,1923; pags XXXI 14 FESSLER, I.A. Sämmtliche Schriften über Fraymaurerey. Dresden, 1804/1805. 15 SCHELLING. System des transcendentalen Idealismus, III. 16 HEGEL, G. W. F. Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften III. Frankfurt am Main: Suhrkamp; 1986. 17 Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo. O conceito de espírito de época remonta a Johann Gottfried HERDER e outros românticos alemães, mas ficou melhor conhecido pela obra de Hegel, Filosofia da História. Em 1769, HERDER escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph KLOTZ, introduzindo a palavra
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 19/42 Assim, por meio de uma evolução das escolas filosóficas alemãs, do esclarecimento de KANT, passando pelo idealismo de FICHTE e o romantismo de GOETHE, o presente estudo partirá da premissa histórico-filosófica que existem três maçonarias18 : a) a inglesa, de cunho tradicionalista, observadora rigorosa de rituais, imutável em suas formas consagradas pelo correr de três séculos (1717-2017), e que, transportada para os países de formação inglesa, manteve a mesma índole praxista em sua vida íntima e o mesmo comportamento perante o mundo não-maçônico; b) a francesa, que embora de origem britânica, cedo sofreu profundas transformações, ditadas pelas condições do meio em que se desenvolveu, adquirindo uma feição intensamente latina, e que se espalhou pelo mundo, tornando-se conhecida principalmente pela sua ação política, social e religiosa, e à qual estão filiadas a maçonaria brasileira, a portuguesa, a italiana, a espanhola, a romena, e as de todos os países hispano-americanos; e por último, c) a alemã, também de procedência inglesa, mas que sofreu a marca do espírito germânico, muito mais propenso às especulações metafísicas, tendo desde cedo adotado ritos e sistemas próprios, sendo sua história repleta de tentativas de ensaios de reformulações sistemáticas.19 Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: geniu - "espírito guardião" e saeculi - "do século"). Os alemães românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito da época" como um argumento histórico de sua defesa intelectual. HEGEL acreditava que a arte reflete, por sua própria natureza, a cultura da época em que esta foi feita. Cultura e arte são conceitos inseparáveis porque um determinado artista é um produto de sua época e, assim sendo, carrega essa cultura em qualquer trabalho que faça. Consequentemente, ele acreditava que no mundo moderno não é possível recriar arte clássica, que ele acreditava ser uma "cultura livre e ética", que dependia mais da filosofia da arte e teoria da arte, no lugar de uma reflexão da construção social, ou Zeitgeist em que este dado artista vivia. 18 OSLO, A. Die Freimaurer.Dusseldorf: Patmos Albatross, 2002. passim 19 Sobre a reforma da maçonaria alemã: “Schröders Geschicklichkeit im Umgang mit Menschen, die in prekäre Situationen gekommen waren, war bekannt. So baten ihn die beiden Hildesheimer Logen, in ihrem Anciennitätsstreit zu schlichten und waren dann bereit, sich seinem Spruch zu fügen. Schröder hatte sich schon bald nach seiner Aufnahme Gedanken um eine Reformation der Freimaurerei gemacht. Er schrieb dazu: Sobald ich nach meiner Wahl zum Logen- meister für die Maurerei warm geworden war, sparte ich weder Mühe noch Geld, mich mit den sog. Systemen und allen den Possen, die man unter dem Namen Freimaurerei getrieben hatte, bekannt zu machen. Nicht weniger Mühe gab ich mir, meine Ideen über die. Entstehung der Freimaurerei, die ich schon 1787 an Bodemitgeteilt hatte, durch mehrere Urkunden, als dem Maurer seit 1723 vorgelegt sind, bekräftigen zu können. Mehrere dergleichen werden durch den Druck bekannt gemacht; aber glücklicherweise fand ich in unserem Archiv ein Exemplar des alten, nur in einer einzigen deutschen Loge im Gebrauch gewesenen Rituals, das jeden Nebel vor meinen Augen verscheuchte .. . Nun hatte ich Dokumente zur Ausarbeitung. Und an anderer Stelle Die Maurerei ist kein Orden - das englische Konstituiionsbuch und unsere Brüder in England bedienen sich nie dieses Ausdrucks, - sondern eine Innung, Gilde. Fraternität, Diese nannten die allen Deutschen Innungen, d. h. Einungen - Gilden d. i. Geltende, durch Statuten und Satzungen geltende Ver- bindungen: daher auch in der Maurerei der Name Bruder, weil die Gesellschaft eine Fraternität - Bruderschaft ist. Als eine solche und da sie die Symbole des Maurer-Handwerks angenommen hat, kann sie nicht mehr als drei Grade haben, Lehrlinge, Gesellen und Meister. So ist es in allen Ländern, wo Innungen sind. Mit dem Meisler schließt sich der Kreis: Wer hinter ihm noch was verlangt, ist kein Meister - das ist: er versteh! nicht, daß seine Meisterpflicht und Geschicklichkeit wirkliche Meisterschaft = das Höchste fordert, und nur ein Tor kann sich hinter dem Meister noch einen Rittter, Ordensgeistlichen oder Adepten denken. Aber das Spielende, Unbestimmte und Unbefriedigende der verfälschten Ritualien, wo immer Lücken bleiben, gab (neben anderen bösartigen Ursachen) Anlaß, theosophie, Ritterorden, Alchimie und Magie hinter der Freimaurerei zu suchen. Nichts ist ihr schändlicher gewesen, als daß man sie mit Orden verwirrte; sie ist eine Verbrüderung zu einem Werk, einem Baum mit dazu gehörigen Statuten, Prüfungen, Geschicklichkeiten bis zur Meistertugend. Diese ist das Höchste, das in der menschlichen Natur zu erreichen steht. „... daß er ihn als einen guten Mann kannte." Das Protokoll der Aufnahme Friedrich Ludwig Schröders: Loge Emanuel zur Maienblume - Den 8. September 1774 ward ordentliche Lehrlingsloge gehalten. Gegenwärtige Bruder waren: von Wickede, Meisler vom Stuhl;
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 20/42 Nesse contexto de uma maçonaria voltada às altas indagações filosóficas20 que permeava a reforma da fraternidade na Alemanha é que se inscreve a construção do sistema de ensino Schroderiano21 , cujo principal objetivo era um realinhamento com as Nagant. I. Aufseher: Bubbers, 2. Aufseher; Matthias, Schatzmeister; Suse, Secretair; Slubbe, 1. Steward; Naudi, Ceremonienmeister, und 23 Brüder Mitglieder „Hierauf proponirte der S. E. Meister den Bbrn, daß sich ein freier Mann, Namens Herr Friedrich Ludwig Schröder, Director der hiesigen deutschen Schauspieler, seit langer Zeit ernstlich gemeldet hätte, um in unsern ehrwürdigen Orden aufgenommen zu werden. Obzwar sonst die Meldung 14 Tage vor einer zu haltenden Loge geschehen müsse, so könne er durch sein der Wahrheit gemäßes Zeugnis beweisen, daß er ihn als einen guten Mann kannte, welchem denn die Bbr. Bubbers, Nagant, Matthias, Rodde und Suse beipflichteten. Dem Br. Papenguth wurde, nachdem das Geld für die Reception an den Br. Schatzmeister übergeben worden, die Präparation aufgetragen, welcher solche gehörig verrichtete und den Aufzunehmenden mit dem Br. Ceremonienmeister in die Loge führte. Der Hochwürdige Br. Jaenisch, Provinzial-Großmeister von Hamburg und Niedersachsen, kam in die Loge, ihm wurde der Hammer präsentiert, welchen er aber anzunehmen verbat. Der vorgeschlagene Candidat heißt Friedrich Ludwig Schröder, ist 29 Jahre alt, lutherischer Religion, in Hamburg wohnhaft und wurde in der Ordnung zum Lehrling aufgenommen." Schröder hielt eine Reform der Freimaurerei für möglich, wenn gleichzeitig das Ritual und die Gesetze auf die englischen Formen reduziert werden. 1788 konstituierte sich in Hamburg ein Gremium, das die Gesetze der Logen neu bearbeiten sollte. Schröder gehörte dazu und schaffte es, binnen eines 3/4 Jahres diese Gesetze auf die Grundlage der englischen Konstitution von 1723 zu stellen, auf der eine Freimaurerei, die sich in ihren drei Graden vollendet, aufgebaut werden konnte. Schöpfer und Reformer, die sich für das Gebrauchtum der Freimaurerei in jener Zeit besonders hervorgetan haben, waren in England Desagulieres, in Deutschland Fessler, v. Eckleff (Begründer der streng mystisch-christlichen Lehrart), v. Dittfurt in Wetzlar. Mit allen hatte Schröder Kontakte aufgenommen, die dann, weil sie nicht ergiebig waren und keine Hilfe für ihn bedeuteten, wieder abgebrochen wurden. Schröder hatte erkannt, daß die ursprüngliche Freimaurerei in dem vor 1782 herrschenden chaotischen Durcheinander ersticken mußte, wenn nicht mit kräftiger Hand Abhilfe geschaffen würde. Er war der Meinung, daß die Grade I, II und III alles enthalten, was symbolisch als Leitfaden zur sittlichen Freiheit und Bruderliebe - von der Geburt bis zum Tode -dem denkenden Menschen helfend zur Seite stehen könnte und verfolgte die Idee eines maurerischen Republikanismus. In der Würde des Meistergrades, als Vollendung der maurerischen Bildung, wie dieses auch im Handwerk stattfindet, liegt die Vollendung des Menschen. Alles, was im Laufe der Zeit auf die in aller Schönheit und Tiefe so einfache Symbolik an überflüssigem Beiwerk aufgepfropft worden war, mußte abgetragen werden. Um die freirnaurerische Lehre wieder auf die ursprüngliche Reinheit zurückzuführen, wurde Schröder zum Forscher. Er setzte das englische Konstitutionenbuch mit seiner Verneinung jeder religiös-kirchlichen Beschränkung wieder als Grundstein der Freimaurerei in sein Recht ein. Zwei Bestrebungen standen seinen Bemühungen entgegen: Die gnostischen Schwärmer und die radikalen Erneuerer, die die Freimaurerei in ihren Grundfesten erschütterten, sogar die Symbolik und das Ritual aus den Logen verbannen wollten. Seine Forschungsergebnisse legte er in den vier Bänden seiner „Materialien zur Geschichte der Freimaurerei", die sogar eine zweite Auflage erlebten und selbst Fessler rückhaltlos würdigte, und in seiner Arbeit „Über die alte und neue Freimaure- rei", deren handschriftlicher Urtext im Hamburgischen Staatsarchiv liegt, vor. Über Schröders Korrespondenzen innerhalb Deutschlands berichtet F. L. Meyer in seiner Briefsammlung, aus der Herbert Schneider ihm wichtig erschienene Passagen als „Die Freimaurer-Korrespondenz" 1979 veröffentlichte. Interessant ist. daß Schröder nie vom „TEMPEL", in dem gearbeitet wird, spricht, sondern diesen Raum konsequent als „LOGENSAAL" bezeichnet. 1791 werden Schröders Reformvorschläge in Hamburg angenommen. Immer wieder wies er daraufhin, daß die Abhängigkeit der Freimaurerei von England einer Reformation im Wege stehe. Zu einer Befreiung verhalf die Besetzung Hamburgs durch Napoleons Truppen unter Marschall Davoust, der die Einverleibung der englischen Prov.-Loge in den „Grand Orient de France" als „Grande Logt Provinciale Hanseatique" betrieb. Da die Verbindungen nach England seit 1803 stark gelockert waren-auch durch die Kontinentalsperre verursacht -, beschlossen 48 Brüder der Prov.-Loge auf Antrag Schröders am 4, Februar 1811, die „Großloge von Hamburg" zu konstituieren. 1814 wurde Schröder Großmeister dieser Oboedienz”. FREIMAURER WIKI. Friedrich Ludwig Schroder. Disponível em http://freimaurer- wiki.de/index.php/Friedrich_Ludwig_Schr%C3%B6der#Re.C2.ADformation_der_Freimaurerei. Acesso em 05 de agosto de 2016. 20 Nota do autor: De suma importância a leitura do texto de Johan Gottlieb FICHTE intitulado Philosophie der Maurerei: Briefe en Konstant onde claramente se percebem os diversos questionamentos do autor sobre a origem histórica da maçonaria, seus objetivos e sua importância para sociedade, dentre outras indagações, os quais são respondidos à luz da razão. 21 Em 1789, dado a inquietude que dominou a maçonaria alemã, quando as Lojas de Hamburgo alteraram as cerimônias, símbolos e insígnias, Schröder entendeu a gravidade do que ocorria, bem como percebeu que tais mudanças poderiam representar a derrocada da instituição. Assim, convencido da necessidade de reformular o sistema de ensino vigente por meio do restabelecimento das práticas inglesas, Schroder iniciou, a partir de 1790, a elaborar um novo ritual para a Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia, subordinada à Grande Loja de Londres (Grande Loja dos Modernos) como assim diziam os que se intitulavam “antigos”, que não possuíam um Ritual escrito em inglês com um texto autêntico. Para lograr êxito, Schroder contou com o apoio direto de Johann Gottfried von HERDER na elaboração do novo sistema de ensino. Tal iniciativa fez com que uma Comissão de Estudos fosse criada no sentido de identificar os enxertos, vícios e
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 21/42 práticas maçônicas inglesas22 , restaurando o que Schroder entendia como a verdadeira e antiga maçonaria, ou seja, sem os enxertos de misticismo, rosacrucianismo, iluminados, cavalheirismo e altos graus, vez que eles não integravam a maçonaria em seu início. Assim, o principal substrato para a construção de um novo sistema de ensino maçônico por Schröder foi o pensamento idealista, uma das principais orientações filosóficas daquela época.23 Logo, Friedrich U. L. Schroder, tomando a obra “The Three distinct Knocks” (or: The door of the most ancient free-masonry), por ele considerado o mais antigo e genuíno ritual inglês, levando em consideração os debates/cartas trocadas com BODE, MEYER, HERDER e GOETHE, somando a influência do pensamento de SCHILLER, LESSING, KANT, FICHTE e SCHELLING (estes dois últimos que despontaram para a maçonaria sobremaneira a partir de 1794 e início do século XIX)24 , escreveu seus rituais com forte carga idealista e enfrentando represália e desconfiança por parte da maçonaria de Hamburgo, que estava entregue ao cavalheirismo e misticismo do sistema de ensino da Estrita Observância, mas que ao final, rendeu-se às propostas de Schroder.25 A elaboração de novos rituais e sua respectiva aprovação representaram o ápice da reforma da maçonaria alemã, promovendo não somente o realinhamento com as práticas da fraternidade inglesa, como também apresentando, enfim, as características do pensamento filosófico da época. Em guisa de conclusão, o presente estudo visa colaborar para compreensão do sistema de ensino maçônico criado por SCHRÖDER, bem como oferecer um norte para o aprofundamento das pesquisas no Brasil sobre a maçonaria alemã. REFERÊNCIAS excentricidades então vigentes. Todo este trabalho, sob a presidência de Schroder teve por base o texto apócrifo de “Three distinct knocks: (or The door of the most ancient free-masonry)”. Sobre este assunto cf. SOLF,H.H. Origem e fontes do ritual de Schröder. Traduzido por Kurt Max Hauser e Samuel Herbert Jones. Revisão de Antonio Gouveia de Medeiros e Rui Jung Neto. Edição comemorativa aos 209 anos do Rito – 29 junho de 1801/2010. 22 Three distinct knocks: or The door of the most ancient free-masonry 23 “Weltanschauung, die an die Realität und gestaltende Kraft der Ideen glaubt. Der metaphysische Idealismus lehrt, daß nur Ideen wirklich existent sind, die physische Welt hingegen nur ihre Entfaltung sei. Erkenntnistheoretisch behauptet der Idealismus, daß die Außenwelt im Grunde stets vom erkennenden Subjekt abhängig sei. Ideale sind die auf vollkommene Weise verwirklicht gedachten Ideen, Grenzwerte. Die Philosophien von PLATO, LESSING, HERDER, KANT, FICHTE, SCHELLING, EUCKEN, VAIHINGER u. a. beruhen zum Teil auf idealistischer Grundlage. "Der Mensch bedarf Ergänzungen der Wirklichkeit durch eine selbstgeschaffene Idealwelt"(Vaihinger). In praktischer Hinsicht bedeutet Idealismus das Erfülltsein mit Idealen, idealer Gesinnung, idealem Streben, Orientierung des Wollens an Idealen. Fehlt diesem Idealismus die realistische Begründung, so wird der Idealist zum Schwärmer oder Phantasten.Die Freimaurerei ist geistesgläubig (Bischoff), ihre Weltanschauung ist idealistisch. Ihr höchstes Ideal ist von Humanität erfüllte Kultur. Sie erstrebt die Vergeistigung des Triebhaften, die harmonische Entfaltung aller schöpferischen Kräfte und ihre Zusammenfassung in einer vollkommenen Synthese. Der Freimaurer hegt die Überzeugung, daß Institutionen und Maßnahmen ohne tragende Gesinnung wertlos sind, und daß man die Welt nur verbessern kann, wenn es gelingt, das Individuum im Sinne der Ideale umzugestalten.” FREIMAURER WIKI. Idealismus. Disponível em http://freimaurer- wiki.de/index.php/Idealismus. Acesso em 05 de agosto de 2016. 24 BADARÓ, R. A filosofia da maçonaria alemã: breve ensaio sobre o pensamento de Johan Gottlieb Fichte. Peça de arquitetura. Sorocaba: GLESP/Justa e Perfeita Loja de São João, 680. Pag. 7. 25 SOLF,H.H. Idem. passim
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 22/42 BADARÓ, R. A filosofia da maçonaria alemã: breve ensaio sobre o pensamento de Johan Gottlieb Fichte. Peça de arquitetura. Sorocaba: GLESP/Justa e Perfeita Loja de São João, 680. FESSLER, I.A. Sämmtliche Schriften über Fraymaurerey. Dresden, 1804/1805. FICHTE, J.G. Philosophie der Maurerei, neu herausgegeben und eingeieitet von WILHELM FLITNER. Leipzig, Meiner,1923; pags XXXI FREIMAURER WIKI. Friedrich Ludwig Schroder. Disponível em http://freimaurer- wiki.de/index.php/Friedrich_Ludwig_Schr%C3%B6der#Re.C2.ADformation_der_Freimaurerei. Acesso em 05 de agosto de 2016. FREIMAURER WIKI. Idealismus. Disponível em http://freimaurer-wiki.de/index.php/Idealismus. Acesso em 05 de agosto de 2016. GOETHE, J.W. Die Leiden des jungen Werthers. Berlin: TZK verlag, 2010. HEGEL, G. W. F. Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften III. Frankfurt am Main: Suhrkamp; 1986. HERDER, Johann Gottfried. Também uma filosofia da historia para formação da humanidade: uma contribuição a muitas contribuições do século. Lisboa: Ed. Antígona, 1995. JACOB, Margaret C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe. Oxford & NY: Oxford University Press; 1991 KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. Kant's gesammelte Schriften Band VI ed. Königlich Preußlischen Akademie der Wissenschaften, ed. Berlin: Georg Reimer verlag;1907. ---. "Bestimmung des Begriffs einer Menschenrasse". Maier, Heinrich, editor. Kants-Werke Akademie Ausgabe: Abhandlungen nach 1781. Berlin: de Gruyter; 1968b; pp. 89-106. ---. "Über den Gebrauch teleologischer Prinzipien in der Philosophie". Maier, Heinrich,editor. Kants-Werke Akademie Ausgabe: Abhandlungen nach 1781. Berlin: de Gruyter; 1968d; pp. 157-184. ---. "Von den verschiedenen Racen der Menschen" (1775). in: Kant, Immanuel. Kants Werke - Vorkritische Schriften II (1757-1777). Akademie-Textausgabe ed. Berlin: de Gruyter; 1968e; pp. 427-444. ---. "Was heißt: Sich im Denken orientieren?"(1786). Maier, Heinrich, editor. Kants-Werke Akademie Ausgabe: Abhandlungen nach 1781. Berlin: de Gruyter; 1968f; pp. 131-148. ---. "Rezensionen von J.G. Herders Ideen zur Philosophie der Geschichte der Menschheit. Teil 1. 2." (1785). in: Vorländer, Karl, editor. Kleinere Schriften zur Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische Bibliothek ed. Hamburg: Meiner; 1973a; pp. 21-48. ---. "Über den Gemeinspruch: Das mag in der Theorie richtig sein, taugt aber nicht für die Praxis" (1793). in: Vorländer, Karl, editor. Kleinere Schriften zur Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische Bibliothek ed. Hamburg: Meiner; 1973b; pp. 67-114. ---. "Zum Ewigen Frieden. Ein philosophischer Entwurf" (1795). in: Vorländer, Karl, editor.Kleinere Schriften zur Geschichtsphilosophie, Ethik und Politik. Philosophische Bibliothek ed. Hamburg: Meiner; 1973c; pp. 115-170. ---. Kritik der reinen Vernunft. Philosophische Bibliothek ed. Raymund Schmidt Hamburg:Felix Meiner; 1976. ---. "Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?" (1784). in: Jürgen Zehbe, editor. Immanuel Kant: Was ist Aufklärung? Aufsätze zur Geschichte und Philosophie. 3rd ed. Göttingen: Vandenhoek und Ruprecht; 1985a; pp. 55-61. ---. "Von einem neuerdings erhobenen vornehmen Ton in der Philosophie" (1796). in:Jürgen Zehbe, editor. Immanuel Kant: Was ist Aufklärung? Aufsätze zur Geschichte und Philosophie. 3rd ed. Göttingen: Vandenhoek und Ruprecht; 1985b; pp. 94-110. LESSING, G. Ernst und Falk - Gespräche für Freymäurer. Lessings Werke: Auswahl in sechs Teile auf Grund der Hempelschen Ausgabe ed. Olshaufen, Waldemar, editor. Leipzig:Deutsches Verlagshaus Bong & Co.; 1925c. OSLO, A. Die Freimaurer.Dusseldorf: Patmos Albatross, 2002. SANDKÜHLER, Hans Jörg: Handbuch Deutscher Idealismus.Metzler, 2005 SCHELLING. System des transcendentalen Idealismus, III. SCHILLER, F. Educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1989. SCHWEMMER, Oswald. Artikel Idealismus, in: Jürgen Mittelstraß (Hrsg.): Enzyklopädie Philosophie und Wissenschaftstheorie.2. Auflage, Bd. 3 S. 506f. SOLF,H.H. Origem e fontes do ritual de Schröder. Traduzido por Kurt Max Hauser e Samuel Herbert Jones. Revisão de Antonio Gouveia de Medeiros e Rui Jung Neto. Edição comemorativa aos 209 anos do Rito – 29 junho de 1801/2010. THREE distinct knocks: or The door of the most ancient free-masonry. YATES, Frances A. The Rosicrucian Enlightenment. London & NY: Routledge; 1972. Δ Conheça o Colégio de Estudos do Rito Schröder – Ir. Gouveia Site do Colégio: www.colegioschroder.org.br Rumo ao VIII Seminário Nacional do Rito Schröder - ao Or. de Recife – PE – em 10 e 11 de novembro de 2017!
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 23/42 Este Bloco é produzido pelo Irmão Pedro Juk. Neste Bloco seguem doze Respostas: 1 – Mestre de Cerimônias e o uso da Palavra: Em 10/08/2016 o Respeitável Irmão Rodrigo T. Taborda, Loja Universitária de Cascavel, 3.289, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, apresenta a questão seguinte: rttaborda@uol.com.br Gostaria de novamente vir à presença sua a fim de dirimir uma dúvida que de tempos em tempos acorrem em nossa Oficina. A dúvida é se existe previsão legal, ou se uso e costume, ou liturgia de que o Mestre de Cerimônias tem o direito à prerrogativa de poder falar em qualquer Coluna e até mesmo no Oriente, mesmo depois que a Palavra circulou nas colunas. Pois já ocorreu algumas vezes em Loja, de que o Mestre de Cerimônias passada a palavra na sua coluna, vem ao Oriente (alegando que tem essa prerrogativa de poder falar novamente) e se utiliza disso para rebater alguma fala de outro Irmão, que fora feito posterior a passagem da palavra em sua Coluna. Entendo eu, que não se é permitido esse tipo de prerrogativa, a não ser se no momento em que a palavra passou na coluna o Mestre de Cerimônias estivesse por algum motivo fazendo outro trabalho fora de sua coluna e, portanto, teria o direito de falar em outra coluna ou no Oriente. Mas não, da forma como vem sendo feito, de que se o mesmo quiser, esse poderia falar tanto na Coluna do Sul, voltar a falar na Coluna do Norte, e ainda caso lhe seja conveniente subir ao Oriente e falar de novo. Se caso for possível, dirimir nossa duvida, certamente estará contribuído em muito para o ensinamento de todos. CONSIDERAÇÕES. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 24/42 Esse procedimento é qualquer coisa de irregular e sem justificativa alguma. O Mestre de Cerimônias, como qualquer Obreiro, fala do seu lugar na Loja. A ninguém é dado esse direito de passar de uma para outra Coluna ou ir ao Oriente para fazer uso da Palavra. Também não existe essa “estória” de que se o Mestre de Cerimônias estiver em deslocamento ele pode usar a palavra fora do seu lugar. É tudo uma questão de bom senso, preparação e observação. Ora, imagine-se se todos os Obreiros da Loja por direito de igualdade se insurgissem em mudar de Coluna ou ingressar no Oriente para usar a palavra. Além do absurdo, isso não está previsto para ninguém no Ritual, porém não pode existir procedimento dessa envergadura. O Venerável não deve permitir esse tipo de procedimento, assim como o Orador, como Guarda da Lei, deve fiscalizar e exigir o cumprimento apenas daquilo que é permitido. Infelizmente alguns Irmãos “acham” que se o Mestre de Cerimônias é um Oficial que se desloca livremente na Loja em cumprimento ao seu ofício, ele também pode usar da palavra quando bem entender. Ledo engano. Também nunca é demais lembrar que qualquer Obreiro para usar a palavra antes tem que pedir permissão ao Vigilante da sua Coluna ou ao Venerável em se tratando daqueles que tomam assento no Oriente. Já os Vigilantes pedem a palavra diretamente ao Venerável Mestre. Assim, tanto os Vigilantes como o Venerável devem ficar atentos e não permitir aos que porventura queiram irregularmente usar da palavra mudando de lugar na Loja. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com SET/2016 2 - Luto Maçônico: Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Bartholomeo Tomás Lima de Freitas, Loja Sebastião Vasconcelos dos Santos, REAA, sem mencionar o nome da Obediência, Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, solicita o seguinte esclarecimento: bartholomeofreitas@gmail.com Mais uma vez venho buscar um pouco de sua sabedoria em minha singela procura de conhecimento. Pergunto hoje: o que é o Luto Maçônico e como são os procedimentos das Lojas durante esse período em sua ritualística, após o sepultamento, já que os trabalhos ficam suspensos até sua realização e o luto pode passar dessa data? CONSIDERAÇÕES. O vocábulo em Maçonaria é aplicado na ocasião em que há sentimento ou dor pela perda de algum maçom – luto envolve tristeza, consternação, dó. Geralmente o luto maçônico se associa a um espaço tempo determinado (dia, semana ou mês) para demonstrar expiação e é previsto por Decreto da Obediência que alcança toda a
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 25/42 sua constelação de Lojas, ou particularmente por ato específico da Loja que alcança apenas o seu quadro de obreiros. Em alguns casos, a Obediência pode decretar apenas o luto pela perda de alguém e em alguns casos pode também paralisar as atividades por um tempo determinado em homenagem e sentimento pelo passamento do finado. Tudo isso depende e deve estar previsto no Regulamento da Obediência, pois é dele que resultam os procedimentos para o fato, portanto não é uma regra engessada no que diz respeito a sua universalidade. É oportuno mencionar que não se pode confundir luto maçônico com sessões ritualísticas de Pompas Fúnebres, cujas práticas se dão ritualisticamente conforme os ritos praticados e tanto podem acontecer na presença do corpo do Irmão falecido ou mesmo em outra data prevista para as exéquias. Nesse sentido, algumas Obediências ainda editam rituais especiais, cujo conteúdo, dentre outros, é o que prevê liturgia fúnebre. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com SET/2016 3. Saudação aos Vigilantes: Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Henri Marques, Loja Sol da Liberdade, 3.437, REAA, GOSP/GOB, Oriente de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, referindo-se a uma resposta dada em agosto do corrente, pede mais esclarecimentos como segue: henrimarques@yahoo.com.br Agradeço pela sua resposta rápida sobre a minha dúvida, mas creio que não me esclareceu a questão por uma falha minha ao formular a pergunta que, humildemente confesso, foi apressada e mal elaborada. Quando eu cito sobre um trecho do ritual do REAA do GOB, de 2009, não me recordo a página (está no começo), em que a instrução diz que o único que deve ter a DISTINÇÃO no tratamento é o Venerável Mestre, e os demais (inclusive os Vigilantes, assim creio) serão tratados INDISTINTAMENTE como "Irmãos", eu queria saber se isso poderia respaldar-me, quando, durante a Sessão, ao pedir o uso da palavra e o Venerável me autorizando, ao invés de saudar o Venerável Mestre, os Vigilantes, Mestres Instalados e demais irmãos, conforme o protocolo antes de colocar minhas considerações no momento da palavra, eu poderia apenas ser objetivo e dizer: "Venerável Mestre, meus irmãos..."prosseguindo com minhas considerações, sem citar os Vigilantes, assim como é feito no Rito de York (Blue Lodge). Não creio que houve confusão entre os dois sistemas, só utilizei o Rito de York como exemplo do que ocorre quando o Irmão pede a palavra. Mas, reiterando, houve falha na formulação da minha pergunta que, consequentemente, veio uma resposta de sua parte que não estava esperando, embora não deva negar que suas informações me deram conhecimentos que não eu tinha sobre outros assuntos, mas não sanou a minha dúvida. Peço desculpas pelo transtorno.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 26/42 CONSIDERAÇÕES. O protocolo de se mencionar primeiro as Luzes da Loja ao se iniciar o uso da palavra é um costume imemorial e tradicional no costume relativo ao Rito Escocês Antigo e Aceito. Na verdade é o respeito a um dos verdadeiros Landmarks que preconiza que uma Loja será sempre dirigida por três Luzes (Luzes da Loja no sistema francês e Luzes Menores no sistema inglês). Quanto ao aspecto mencionado no ritual é a forma distinta de tratamento, já que nos dois primeiros graus tratam-se todos os Irmãos indistintamente, salvo o dirigente maior da Loja que é o Venerável Mestre. Assim, salvo ele, todos os outros têm o seu nome ou cargo, precedido do substantivo “irmão” – exemplo: Irmão Orador, Irmão Tesoureiro, Irmão Primeiro Vigilante, Irmão Experto, Irmão Fulano de Tal, Irmão Cicrano de Tal, etc. Então, de modo protocolar e mantendo a tradição, em qualquer circunstância, no uso da palavra sempre se menciona por primeiro as Luzes da Loja que pode ser de modo individual – Venerável Mestre, Irmão Primeiro Vigilante, Irmão Segundo Vigilante, meus Irmãos, ou simplesmente: Luzes, meus Irmãos. Essa é a maneira correta e tradicional, portanto recomendada no Rito em questão. É oportuno mencionar que na Câmara do Meio, o tratamento se distingue entre as Luzes da Loja e os demais obreiros. Espero que agora tenha esclarecido. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com SET/2016 4 – estrela de seis e cinco pontas: Em 15/08/2016 o Respeitável Irmão Fabiano Sarzi Sartori, Loja Gal. Mac Artur, 2.724, Ritual de Emulação, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta as dúvidas que seguem: fabiano@timecontrol.com.br Gostaria de solicitar e já aproveitar da vossa sapiência, para poder enriquecer nosso leque de estudos em relação a dois temas em especial, sendo eles: - em visitas que fiz a várias Lojas de nossa Potência, tenho observado que após a “fala dos Irmãos”, os mesmos utilizam o termo “É O QUE CONTINHA”. Entendo que tal colocação não caberia, pois sendo nós, livres, de bom costume, LIVRES e com uma alta capacidade argumentativa (pelo menos deveríamos ter), não nos cabe trazer algo, mas sim compartilhar, discutir, posicionar, TER... O que quero dizer, quando utilizamos continha, passamos a ideia de não ter mais, ou seja, não seria mais adequado “ERA O CONTIDO!”. Por mais que na teoria, não seja nada de grande relevância, sendo nós, os maçons, pessoas que se utilizam de sinais, toques e PALAVRAS, seria importante temos um termo melhor definido (padronizado), assim, em possíveis visitações em nossas Lojas, teríamos a mesma conduta. Enfim, seria isto um preciosismo muito grande da minha parte, ou achas que pode analisar tal termo? - o outro tema é em relação ao texto abaixo:
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 27/42 A Estrela de Seis Pontas, ou Hexagonal, ou Hexagrama, é a Estrela Flamejante (Blazing Star) do rito inglês, estando presente no Painel Alegórico do grau de Companheiro Maçom, embora algumas instruções do rito façam diferença entre a estrela flamejante (pentagonal) e o hexagrama. O que lhe questiono, neste caso, é que existe uma imensa biografia acerca da Estrela Flamejante, mas queria saber o seu posicionamento acerca da Estrela Flamejante no RITO YORK, pois em um site (http://iblanchier3.blogspot.com.br/2013/12/estrela-flamejante.html), achei uma resposta que deste em relação ao tema e pelo já citado o seu entendimento é o mesmo. Como estou estudando sobre a real posição da mesma em Loja, gostaria de saber se a de Cinco ou Seis pontas se aplica ao York? Mais uma vez, agradeço antecipadamente ao Irmão, desejando sucesso em vossos negócios e desde já nos colocando a disposição em São José dos Pinhais. CONSIDERAÇÕES: “Era o que continha” seria o termo mais apropriado – no caso do uso da palavra por um obreiro, a expressão exprime o final daquilo que a fala (discurso, pronunciamento) encerrou em si. No mais eu entendo como excesso de preciosismo. No que diz respeito à Estrela Flamejante ou Flamígera (pentagonal) é a definição da estrela hominal e pitagórica comum aos arcabouços doutrinários deístas oriundos da vertente francesa de Maçonaria, geralmente no seu Segundo Grau. De modo autêntico a Estrela Pentagonal não faz parte da tradição inglesa, salvo algumas incursões enxertadas que certos autores teimam em mencionar. Quanto à Estrela de Seis Pontas (Blazing Star), pela sua composição de dois triângulos equiláteros sobrepostos, cujos ápices se invertem na mencionada sobreposição, possuem uma conotação teísta (comum à vertente inglesa), sobretudo quando mencionada em algumas lendas e referências bíblicas, é o caso da Magsen David (Selo de David), cujas menções fazem parte das Lições Prestonianas (Willian Preston) comuns nas preleções oriundas das Tábuas de Delinear inglesas (Tracing Board). Ilustrando, ainda em termos de Maçonaria inglesa, existe também a Estrela de Sete Pontas no topo da Escada que aparece na Tábua de Delinear do Primeiro Grau do Emulation Ritual. Essa Estrela, também brilhante e radiante em algumas configurações, denota o objetivo, o alcance através das três Virtudes Teologais dispostas ao longo da escada, somadas às quatro virtudes - Justiça, Prudência, Temperança e Coragem, representadas simbolicamente pelas quatro borlas que aparecem nos quatro cantos da Tábua de Delinear. Daí, quatro mais três igual a sete que é o número de pontas da Estrela que aparece no topo da Escada. Assim, de modo autêntico a Estrela Hexagonal é produto especulativo da Moderna Maçonaria inglesa enquanto que a Estrela Pentagonal é matéria especulativa própria da Moderna Maçonaria francesa. Embora alguns pseudos ritualistas às vezes inventem procedimentos relativos às Estrelas praticando com elas verdadeira miscelânea ritualística, não respeitando as suas origens maçônicas, esse embrolho, quando acontece, tem sido altamente contraditório e nocivo para a compreensão da Arte, já que cada berço maçônico – latino e anglo-saxônico – possui arcabouço doutrinário próprio. Concluindo, devo lembrar que a resposta mencionada na questão in http://iblanchier3.blogspot.com.br/2013/12/estrela-flamejante.html foi dirigida ao Rito Escocês Antigo e Aceito, rito esse de origem francesa. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com - SET/2016
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 28/42 5 - SSS Em 17/08/2016 o Respeitável Irmão João Soares Miranda, Loja Saldanha Marinho, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita esclarecimentos para o que segue: joaomiranda@trt9.jus.br Prezado Mano Pedro Juk, bom dia. Acabo de ler uma matéria sobre as colunas Sapientia, Salus e Stabilitas, no endereço https://aldraba.com.br/web/?act=emails&id=31. Causou-me estranheza o comentário de que "estas palavras são pronunciadas com vigor ao encerrar a Cadeia de União e apostas no início de documentos maçônicos. Ao contrário de muitos Maçons que por desconhecerem os ritos existentes e suas origens, usam de forma errônea as palavras SFU que significam Saúde, Força e União. Estas palavras nunca pertenceram e não pertencem ao REAA, e sim ao Rito de Emulação (York), portanto jamais devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito". Isso procede? CONSIDERAÇÕES. Pois é Mano, são essas carcaças de dinossauro que não contribuem em nada com a cultura na nossa Sublime Instituição. Infelizmente cada um escreve o que quer, não importando o tamanho da bobagem que será escrita. Esse absurdo começa pelo despautério de se chamar o Trabalho de Emulação de Rito. Nosso autor me parece não estar nem um pouco familiarizado com a Maçonaria Inglesa, pois na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, senão “trabalhos”. Para engrossar ainda mais o caldo, afirma o articulista que SFU não pertente ao REAA, mas sim do Rito (sic) de Emulação!!!!!! Ora, essa é uma afirmativa precipitadamente falaciosa, pois esse costume (de escrever e pronunciar tríades) não é comum na vertente inglesa da Moderna Maçonaria. Saúde, Força e União é expressão habitualmente usada na Maçonaria Latina, não na anglo-saxônica. Além do mais, “palavras pronunciadas com vigor na Cadeia de União”, conforme afirma o autor, não pode ser generalizada, pois no REAA (que é um rito de origem francesa) tradicionalmente a Cadeia é formada apenas e tão somente para a transmissão da Palavra Semestral e nela não existem aclamações, preces e orações. Assim, o texto mencionado traz afirmativas que não passam de verdadeiros sofismas. Tanto S F U quanto S S S são comumente enunciadas e escritas na Maçonaria latina, não existindo essa pobre justificativa de que uma é do Rito (sic) de Emulação e outra é do REAA. Afirmar uma temeridade dessas é abusar da inteligência dos outros. É oportuno esclarecer que o significado das palavras S S S em conjunto sequencial corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação usadas pela Maçonaria, principalmente na latina e foi herdada da fase especulativa da nossa Ordem. Nesse sentido, “Sabedoria, Saúde e Estabilidade”, é uma saudação que está abreviada em latim – “Sapientia, Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”, porém não é propriedade característica da Sublime Instituição.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 29/42 No mais, eu diria que certos escritos suportados por ilações, além de nada contribuírem, senão disseminarem falsidades culturais, ainda são exemplos de verdadeiras carcaças de dinossauro que assolam a Sublime Instituição, pois como parece ter afirmado um dia o filósofo e Irmão Goethe: matar o dinossauro até não parece ser tarefa das mais difíceis, entretanto a maior dificuldade está em consumir as suas carcaças. P.S. Conferi o conteúdo do escrito no endereço eletrônico mencionado na questão. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016 6 – Esquadro e Postura na Filiação: Em 19.08.2016 o Respeitável Irmão Hideraldo Teodoro, Loja Pentalpha, 2.239, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão: hateodoro@gmail.com 1. Quando da cerimônia de Filiação o Irmão deve se dirigir ao Altar dos Juramentos, para, diante dele, assumir o compromisso de membro da Loja. No entanto, o ritual (Grau 1 - REAA - GOB) não especifica qual deve ser sua postura, ou seja, se fica somente em pé e à Ordem, ou se se ajoelha sobre um dos joelhos e coloca a mão direita sobre o Livro da Lei ... Em uma ocasião recente, ocupando o cargo de Mestre de Cerimônias, orientei o filiando a se ajoelhar e colocar a mão direita sobre o Livro da Lei; e em ocasião diferente, o então Mestre de Cerimônias manteve o candidato apenas em pé e à Ordem... O que seria mais correto? 2. Li que ao serem colocados o Esquadro e Compasso sobre o Livro da Lei, a empunhadura do Esquadro deve ficar para o lado Norte (o que sempre observei como Orador). Qual seria a razão, o significado. Desde já agradeço os esclarecimentos e pergunto por que o Irmão não prepara um ou mais livros com as perguntas e respostas de sua coluna do JB News e outras, à semelhança do "Consultório Maçônico" do saudoso Irmão Castellani? Seria muito útil. CONSIDERAÇÕES. 1 – Como se trata de ratificar o juramento, o Irmão filiando deve se ajoelhar diante do Altar dos Juramentos com o joelho esquerdo, ao mesmo tempo em que coloca a sua mão direita sobre o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. Findada a ratificação, ele volta a ficar à Ordem. Esse procedimento tem por base o costume e tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito que adota a genuflexão para essas ocasiões.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 30/42 2 – Já que inventaram um cabo para o Esquadro que é componente das Três Grandes Luzes Emblemáticas, seria mais costumeiro então que esse “cabo” (sic) ficasse à direita (mão direita - destra) daquele que vai posicionar o instrumento sobre o Livro da Lei. A rigor, isso não deveria ser motivo de preocupação, já que o Esquadro como instrumento componente das Luzes Emblemáticas, rigorosamente deveria possuir ramos iguais e sem diferenciação de cabo e graduação, já que como instrumento emblemático ele não é operativo (não representa aquele usado na obra), pois esse, com ramos desiguais, isto é, com cabo, é o que representa a joia do Venerável Mestre. Infelizmente, em muitos rituais os “entendidos” inverteram os instrumentos, dando equivocadamente empunhadura àquele que vai sobre o Livro da Lei e mantendo o de ramos iguais, como joia – simplesmente inverteram os objetos, provavelmente por puro desconhecimento das origens dos símbolos maçônicos. Assim, a boca se entortou conforme o hábito do cachimbo e, nesse caso, não há explicação para o cabo (empunhadura) e o seu respectivo lado quando se tratar do Esquadro que é o componente das Três Grandes Luzes Emblemáticas, senão a de comentar que ambos estão invertidos. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016 7 – Mestre de Loja ou Veneráverl Mestre: Em 19.08.2016 o Respeitável Irmão Nonato Sampaio, Loja Renascença, nº 005, Trabalhos de Emulação, Grande Oriente Amazonense, COMAB, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, pede esclarecimentos: natocar.sampaio@hotmail.com Recorro mais uma vez para lhe pedir auxilio. Pauta: Ritual de Emulação o Venerável Mestre é chamado Mestre da Loja ou Venerável Mestre? CONSIDERAÇÕES. No costume inglês, é bastante comum o termo Mestre da Loja ao se referir aquele que dirige os trabalhos, ou aquele que foi instalado na cadeira do dirigente. Todavia, o tratamento de Venerável Mestre também é bastante comum quando usada na dialética ritualística. O termo Venerável (adjetivo) tem origem inglesa e é derivado da palavra worship cujo significado designa adoração, culto e reverência (como forma de tratamento); quando usada como substantivo ela denota o ato de venerar, idolatrar, adorar; quando usada como verbo transitivo obtém-se o vocábulo worshipful o que significa adorador, reverente, ou como forma
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 31/42 de tratamento, Worshipful Master – a expressão significa Venerável Mestre e tem sido adotado por todos os agrupamentos maçônicos (in Dicionário Etimológico Maçônico – José Castellani). No que diz respeito ao Mestre da Loja, o termo é também adotado na tradicional Maçonaria inglesa em alusão ao período operativo, não como um grau maçônico, entretanto como o dirigente da guilda de construtores à época dos Canteiros Medievais. Em síntese, o título é mantido na Moderna Maçonaria como o Mestre da Loja em alusão aos ancestrais da Maçonaria. Nesse sentido, ambos, tanto Venerável Mestre como Mestre da Loja, são a mesma pessoa no que diz respeito àquele que é o dirigente principal da Loja. É de uso comum na vertente inglesa de Maçonaria. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016 8 – Sessão Conjunta: Em 19/08/2016 o Respeitável Irmão Paulo Melo Santos, atual Orador da Loja Pentalfa, REAA, GOSP- GOB, Oriente de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que segue: melosantosp@gmail.com Li muitas matérias do Irmão, notei que é muito estudioso. Como não encontrei no RGF, gostaria da colaboração no que segue: 1 – Em uma Sessão Conjunta de Lojas do GOB, Semana da Pátria, pode distribuir os cargos entre Irmãos das Lojas; exemplo: Orador, Vigilantes, Secretário, colocando cada um de uma Loja? 2 – A Sessão será realizada no Templo de minha Loja. Como redigir a Ata, o Painel só da Loja do Templo, e outras orientações julgar necessárias para termos uma Sessão regular. CONSIDERAÇÕES: Mesmo a despeito de que a Semana da Pátria já tenha passado, seguem alguns apontamentos que fazem parte dos Procedimentos Ritualísticos que preparei para o GOB-PR - edição 2016, que penso poderão esclarecer o entendimento dessa questão para ocasiões futuras. Uma Loja pode estar presente na Sessão de uma coirmã como incorporada (Art. 26, inciso IX da Constituição do GOB), quando ambas funcionarem no mesmo Rito. As Lojas incorporadas ingressam no Templo juntamente com a Loja anfitriã e com ela dividem a realização dos Trabalhos em Sessão conjunta (Art. 97, inciso VII do RGF). Cabe lembrar que o Venerável Mestre da Loja anfitriã não divide a direção dos Trabalhos com qualquer Irmão. Na Sessão conjunta não deverá ser lido o expediente das Lojas. Os assuntos da Ordem do Dia deverão ser de interesse comum das Lojas. Será confeccionada uma Ata pela Loja
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.344– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de março de 2017 - Pág. 32/42 anfitriã que enviará cópia à Loja incorporada, a qual colocará sua própria numeração no Balaústre. O Tronco de Beneficência deve ser dividido entre as Lojas. Cada Loja confeccionará sua Lista de Presenças. Caso não seja do mesmo Rito ou, sendo do mesmo Rito, não atue no desenvolvimento dos Trabalhos, tratar-se-á de uma Loja visitante. A Loja visitante ingressa, após a abertura dos Trabalhos, com o Venerável Mestre à frente, seguindo-se o estandarte e hierarquicamente, as Dignidades, Oficiais e Irmãos formados em colunas por dois, do de maior grau para o de menor, sendo recebida de pé pela Loja visitada e sob Bateria incessante ao Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas ocupadas pelos Vigilantes. Depois do ingresso no Templo, os visitantes param e colocam-se à Ordem. Somente o Venerável Mestre visitante saúda as três Luzes da Loja visitada, sendo conduzido ao Oriente para o lugar devido. Os Irmãos da Loja visitante desfazem o sinal, ocupam seus lugares, indicados e comandados pelo Mestre de Cerimônias, sem fazerem saudação. Quando existirem 2 (duas) ou mais Lojas em visitação, entra por último o de maior título ou condecoração; se estes forem iguais, entra em último lugar a mais antiga na Ordem (a de menor número). No que diz respeito ao Painel mencionado no item 2 da sua questão, o que é exposto (aberto) é o da Loja que recebe. A priori, nenhuma Loja em visita à outra traz consigo o Painel da Loja. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016 9 – Compasso apoiado no peito: Em 23/08/2016 o Respeitável Irmão Carlos Alberto C. Silva, Loja Lautaro, 2.642, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, solicita os seguintes esclarecimentos. carlos.alberto.net@bol.com.br Estimado Irmão Pedro Juk: É a primeira vez que escrevo. Assim como o Irmão que questionou sobre a abertura no Grau 2 abaixo (relativo a resposta dada e publicada no JB News 1.123 de setembro de 2.013), também sou leitor assíduo de suas colunas e portador de seu livro "Exegese Simbólica - Aprendiz. Também tenho dúvida sobre a ausência da ação de se colocar o compasso no peito do Candidato à Elevação quando do seu juramento. Faz-se isso nos outros graus mas o Ritual de 2009 não contempla essa ação. Também foi um erro ou há uma explicação lógica? Fora isso, o que aconteceu com os tais Provimentos apresentados ao Soberano? Não teremos mais um Manual completo de Dinâmica Ritualística corrigindo e cobrindo todos os procedimentos? Já se passaram 3 anos da sua informação. Sinto muita falta disso como amante da Ritualística. Acabo me abastecendo em suas colunas, nos poucos livros que tratam do tema e de algumas iniciativas dos Grandes Orientes Estaduais, como a última que consegui do GOB- MG, de 2015, que acabou me trazendo mais uma dúvida, pois lá está expresso que ao se agradecer algo ou a algum Irmão deve-se ficar de pé e à Ordem, contrariando os tais usos e costumes de se levantar o braço direito.