Este documento apresenta imagens e histórias da Ribeira Brava, bem como vidas de pessoas centenárias do município. Inclui contribuições de moradores locais com fotos e memórias antigas, além de perfis de figuras históricas como Francisco Correia Herédia, que ajudou a criar o concelho da Ribeira Brava em 1914. Também destaca a pesquisa realizada por Marisa Faria sobre o projeto "Gerações Solidárias".
O documento descreve um concurso de beleza para estudantes em Maricá chamado "A Mais Bela Estudante 2014" e eventos de moda e concursos relacionados que ocorrerão em 19 de outubro. O concurso terá categorias pré-juvenil e juvenil e inscrições até 11 de outubro. Também haverá votação online, desfiles de moda, a coroação de uma Miss Maricá Universal, e concursos como Miss Maricá Plus Size e Miss Lagos Plus Size.
Mestre Bruno Pocópio Neto - Identidade Cultural - TextoDaniel Caldas
“Meu barco, cerca de meio-dia, abriu também suas asas e voou gracioso e veloz, rio acima, em cujas margens iam se desenrolando cenários simples e magníficos. Na larga curva, logo a noroeste de Penedo, aparece primeiro a pequena Boacica, com uma bonita capela no cimo de uma colina e mais adiante, na margem plana do lado direito, a de Sergipe, surge entre a verdura a pequena povoação de Nossa Senhora da Saúde, mais um grupo de casas espalhadas do que propriamente uma aldeia. Nas margens, e mais frequentemente ainda nas ilhas verdes inteiramente planas, pastam cavalos e bovinos… Veem-se aí pequenos arrozais, aparentemente no meio da água, sobretudo nas calmas enseadas do rio, como pequenos lagos muitas vezes ligados ao rio apenas por uma estreita entrada. Às margens dessas enseadas, a maior parte das vezes, vê-se um casal, no meio das várzeas verdes, com pequenos rebanhos de bovinos; tudo parece pobre, humilde e, contudo, ameno e aprazível.”
Robert Avé-Lallemant
O documento é uma edição da Revista Carnaval que:
1) Apresenta uma entrevista com o editor do livro de Fernando Pamplona, destacando a importância de Pamplona para o Carnaval contemporâneo.
2) Homenageia o locutor oficial dos desfiles do Rio de Janeiro, Demétrio Costa, que faleceu recentemente.
3) Apresenta a programação e agenda do Carnaval do Rio de Janeiro para o ano de 2014.
O documento resume a origem e evolução do Carnaval no Brasil e no mundo. Começou como festivais pagãos milhares de anos atrás e foi incorporado pela Igreja Católica como uma celebração antes da Quaresma. No Brasil, os portugueses trouxeram as celebrações do entrudo no século 17. O Carnaval só se popularizou no século 19 com a chegada do samba. Getúlio Vargas promoveu o Carnaval como símbolo nacional nas décadas de 1920 e 1930.
Cachoeira é uma das cidades mais antigas do Brasil, localizada às margens do Rio Paraguaçu na Bahia. É conhecida como "Cidade Monumento" por seu importante casario barroco e por sua participação na independência do Brasil. Destaca-se também por sua rica cultura, incluindo arquitetura, música, artesanato, literatura e festividades religiosas. A obra "Celacanto Provoca Maremoto" da artista Adriana Varejão na Panaceia Phantastica do Inhotim remete à história
Este documento é uma edição da revista Santos Arte e Cultura de março de 2010. Contém artigos sobre diversos temas culturais como poesia, arquitetura religiosa, educação feminina e biografias de mulheres notáveis. A capa apresenta uma foto da Basílica de Santo Antônio do Embaré em Santos.
A caipirinha surgiu em Santos no final dos anos 1950, quando os refrigeradores elétricos tornaram o gelo mais acessível. Ela foi criada usando cachaça industrializada do interior de São Paulo, chamada de "cachaça caipira" pelos moradores de Santos, dando origem ao seu nome. A caipirinha se popularizou em Santos e na Baixada Santista por representar a brasilidade e o estilo de vida local.
O documento discute três tópicos principais:
1) Uma procissão em louvor a Nossa Senhora de Fátima realizada em São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais de forma simples e piedosa.
2) O trabalho de Antônio de Paiva Moura celebrando mulheres mineiras importantes e a cidade histórica de Conceição do Mato Dentro.
3) Um artigo sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade e sua percepção da "tragédia de Minas" em relação à exploração mineral e seus
O documento descreve um concurso de beleza para estudantes em Maricá chamado "A Mais Bela Estudante 2014" e eventos de moda e concursos relacionados que ocorrerão em 19 de outubro. O concurso terá categorias pré-juvenil e juvenil e inscrições até 11 de outubro. Também haverá votação online, desfiles de moda, a coroação de uma Miss Maricá Universal, e concursos como Miss Maricá Plus Size e Miss Lagos Plus Size.
Mestre Bruno Pocópio Neto - Identidade Cultural - TextoDaniel Caldas
“Meu barco, cerca de meio-dia, abriu também suas asas e voou gracioso e veloz, rio acima, em cujas margens iam se desenrolando cenários simples e magníficos. Na larga curva, logo a noroeste de Penedo, aparece primeiro a pequena Boacica, com uma bonita capela no cimo de uma colina e mais adiante, na margem plana do lado direito, a de Sergipe, surge entre a verdura a pequena povoação de Nossa Senhora da Saúde, mais um grupo de casas espalhadas do que propriamente uma aldeia. Nas margens, e mais frequentemente ainda nas ilhas verdes inteiramente planas, pastam cavalos e bovinos… Veem-se aí pequenos arrozais, aparentemente no meio da água, sobretudo nas calmas enseadas do rio, como pequenos lagos muitas vezes ligados ao rio apenas por uma estreita entrada. Às margens dessas enseadas, a maior parte das vezes, vê-se um casal, no meio das várzeas verdes, com pequenos rebanhos de bovinos; tudo parece pobre, humilde e, contudo, ameno e aprazível.”
Robert Avé-Lallemant
O documento é uma edição da Revista Carnaval que:
1) Apresenta uma entrevista com o editor do livro de Fernando Pamplona, destacando a importância de Pamplona para o Carnaval contemporâneo.
2) Homenageia o locutor oficial dos desfiles do Rio de Janeiro, Demétrio Costa, que faleceu recentemente.
3) Apresenta a programação e agenda do Carnaval do Rio de Janeiro para o ano de 2014.
O documento resume a origem e evolução do Carnaval no Brasil e no mundo. Começou como festivais pagãos milhares de anos atrás e foi incorporado pela Igreja Católica como uma celebração antes da Quaresma. No Brasil, os portugueses trouxeram as celebrações do entrudo no século 17. O Carnaval só se popularizou no século 19 com a chegada do samba. Getúlio Vargas promoveu o Carnaval como símbolo nacional nas décadas de 1920 e 1930.
Cachoeira é uma das cidades mais antigas do Brasil, localizada às margens do Rio Paraguaçu na Bahia. É conhecida como "Cidade Monumento" por seu importante casario barroco e por sua participação na independência do Brasil. Destaca-se também por sua rica cultura, incluindo arquitetura, música, artesanato, literatura e festividades religiosas. A obra "Celacanto Provoca Maremoto" da artista Adriana Varejão na Panaceia Phantastica do Inhotim remete à história
Este documento é uma edição da revista Santos Arte e Cultura de março de 2010. Contém artigos sobre diversos temas culturais como poesia, arquitetura religiosa, educação feminina e biografias de mulheres notáveis. A capa apresenta uma foto da Basílica de Santo Antônio do Embaré em Santos.
A caipirinha surgiu em Santos no final dos anos 1950, quando os refrigeradores elétricos tornaram o gelo mais acessível. Ela foi criada usando cachaça industrializada do interior de São Paulo, chamada de "cachaça caipira" pelos moradores de Santos, dando origem ao seu nome. A caipirinha se popularizou em Santos e na Baixada Santista por representar a brasilidade e o estilo de vida local.
O documento discute três tópicos principais:
1) Uma procissão em louvor a Nossa Senhora de Fátima realizada em São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais de forma simples e piedosa.
2) O trabalho de Antônio de Paiva Moura celebrando mulheres mineiras importantes e a cidade histórica de Conceição do Mato Dentro.
3) Um artigo sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade e sua percepção da "tragédia de Minas" em relação à exploração mineral e seus
1) A Sociedade Recreativa Cultural e Samba Embaixada Copa Lord foi fundada em 1955 e faz parte da evolução da comunidade afro-brasileira Nossa Senhora do Mont Serrat na Ilha de Santa Catarina.
2) A Embaixada Copa Lord celebra 56 anos representando a cultura afro-brasileira no carnaval de Florianópolis e contribuindo para a identidade cultural da cidade.
3) A Comunidade Mont Serrat é um quilombo de resistência fundado há mais de um século que preserva tradições cult
O documento resume as principais informações sobre o Carnaval no Rio de Janeiro, incluindo a ordem dos desfiles das escolas de samba dos Grupos Especial, A, B, C e D, além de informações sobre a Rainha do Carnaval e os sambas escolhidos para o próximo desfile.
Arte tradicional, escultura e culinária brasileirasarahlaissa
O documento discute a história da arte brasileira, cronologia paralela de eventos no Brasil e Europa, arte indígena, escultura, culinária e folclore brasileiros. Aborda artistas como Aleijadinho, estilos como o barroco, pratos típicos de diferentes regiões e elementos do folclore como lendas, contos e adivinhas.
O documento é um informativo maçônico (JB News) que contém:
1) Saudações aos irmãos leitores e índice dos assuntos abordados;
2) Coluna semanal sobre recordações da cidade de Surubim;
3) Breve resumo de eventos históricos de 02 de novembro.
O documento apresenta a história da família Freitas de Limoeiro, começando com a chegada dos primeiros colonizadores portugueses na região no século XVIII. Detalha como os Freitas estão espalhados pelas cidades de Limoeiro e Russas através de casamentos e propriedades rurais ao longo dos anos. Fornece detalhes genealógicos sobre os ancestrais e descendentes da família.
A festa Balada Fight, realizada em um clube tradicional de São Paulo, reuniu fãs de artes marciais para assistir lutas noturnas. O evento atraiu cerca de mil pessoas e contou com shows de lutas profissionais misturados a momentos de música eletrônica para dançar. Algumas observações sobre o público apontaram para a presença de mais mulheres atraídas pelos lutadores e a concentração de pessoas ligadas ao mundo das artes marciais.
Carnaval suas origens e causa na sociedade brasileiraJefferson Sales
O documento descreve a origem e história do Carnaval no Brasil. Começou como festas pagãs na Europa e foi incorporado pela Igreja Católica. No Brasil, teve influência de tradições portuguesas e italianas e mais tarde elementos africanos. Hoje em dia, é visto por alguns como uma celebração da carne que não agrada a Deus, enquanto outros tentam usá-lo para evangelismo.
Apresentação sobre genealogia, principalmente sobre a região Gandaresa correspondente ao antio couto de Cadima.
Apresentação na Junta de Freguesia da Sanguinheira, Cantanhede, Coimbra, Portugual em 28 de outubro de 2016
1) O documento é um informativo maçônico chamado JB News que contém artigos sobre educação maçônica, história do carnaval, e outras notícias e colunas maçônicas.
2) A primeira coluna é sobre os velhos carnavais do autor na cidade de Campina Grande e como eram diferentes dos carnavais modernos.
3) A segunda coluna discute a importância da educação maçônica para o desenvolvimento intelectual e moral dos maçons.
Luiz Gonzaga foi um cantor e sanfoneiro brasileiro nascido no sertão nordestino que se tornou um dos maiores expoentes da música nordestina. Sua vida foi marcada por superação de dificuldades e seu talento o levou ao sucesso, popularizando gêneros como o baião. Em seu centenário, é lembrado por sua vasta obra e importância para a cultura popular brasileira.
O documento relata uma invasão de centenas de pessoas em uma fazenda produtiva, onde a polícia militar não cumpriu uma ordem judicial de reintegração de posse. Também fala sobre a inauguração de uma churrascaria de alto padrão e a visita de um ministro a uma cidade.
Este documento é uma coletânea de poemas escritos por alunos da turma 301 da Escola Municipal do Braga sobre a cidade de Cabo Frio. As crianças expressam seu amor pela cidade, descrevendo características como as praias, a beleza natural e as pessoas inteligentes que vivem lá. Muitos poemas enfatizam o quão legal, especial e maravilhosa é a cidade de Cabo Frio.
O documento discute a CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), uma organização agrícola brasileira que comemora 60 anos. O autor descreve como a CEPLAC atualmente está em declínio em comparação com o passado, quando era mais eficiente e comprometida com os produtores de cacau.
O documento discute os "brasis" definidos por Darcy Ribeiro como identidades culturais brasileiras. São apresentados os cinco brasis: Caboclo, Crioulo, Caipira, Sertanejo e Sulino. Explica-se que Ribeiro definiu esses brasis em sua obra "O povo brasileiro" de 1995, na qual misturou história, sociologia e antropologia para compreender o Brasil.
O documento apresenta uma introdução a um trabalho sobre a história de Sorocaba e região. Resume os principais pontos da pré-história da região, o período do bandeirantismo entre os séculos XVI e XVIII, e o início do ciclo tropeiro no século XVIII, concluindo com uma visão geral da história da cidade até o século XX.
O documento descreve uma viagem do autor a Portugal, onde participou do lançamento da pedra fundamental da sede da Fundação Luso-Brasileira do Mundo de Língua Portuguesa. O autor conheceu personalidades portuguesas como o arquiteto Oscar Niemeyer e o então prefeito de Lisboa, Jorge Sampaio, que hoje é o Presidente de Portugal. O texto também menciona a admiração do autor pela cantora portuguesa Amália Rodrigues e inclui um pequeno poema que ele escreveu inspirado por um muro na regi
Coriolano de medeiros um historiador na maçonariaOZILDO1
Este artigo descreve a trajetória de vida e as contribuições de João Rodrigues Coriolano de Medeiros, importante figura da educação e cultura paraibana que também contribuiu para a Maçonaria local. Coriolano de Medeiros foi educador, historiador, músico e maçom que ajudou a separar o Grande Oriente do Brasil e fundar a Grande Loja do Estado da Paraíba na década de 1920. O artigo revisa sua vida e obra, incluindo seu discurso importante para a história da Maçonaria paraibana.
Este documento resume o livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. O livro retrata a história de uma família nordestina pobre que vive na miséria devido à seca e é explorada por fazendeiros. Os personagens principais são Fabiano, o pai da família, sua esposa Sinhá Vitória e seus filhos, que passam fome e sofrimento constantemente em sua luta pela sobrevivência. O livro critica as desigualdades sociais e a opressão sofrida pelos mais pobres do
O documento descreve 30 artistas e grupos culturais de Pernambuco que receberam o título de Patrimônio Vivo do estado. Eles ajudam a preservar a rica cultura popular local através de suas vidas e obras, contando histórias através de músicas, danças, artesanato e outras expressões. O texto celebra a contribuição desses 30 indivíduos e grupos para a identidade cultural de Pernambuco.
O arquivo histórico municipal por seus personagensEdna Resende
O documento apresenta a história de Vitória da Silva, uma escrava africana que foi trazida para o Brasil e conquistou sua liberdade em Barbacena no século XIX. Também fala sobre o Conde de Prados, um homem rico e influente da região que deixou seus registros no Arquivo Histórico Municipal. O arquivo guarda documentos que permitem compreender a história local através de figuras anônimas e famosas.
O arquivo histórico municipal por seus personagensEdna Resende
O documento apresenta a história de Vitória da Silva, uma escrava africana que foi trazida para o Brasil e conquistou sua liberdade em Barbacena no século XIX. Também fala sobre o Conde de Prados, um homem rico e influente da região que deixou registros no Arquivo Histórico Municipal. O arquivo guarda documentos que permitem compreender a história local através de figuras anônimas e célebres.
1) A Sociedade Recreativa Cultural e Samba Embaixada Copa Lord foi fundada em 1955 e faz parte da evolução da comunidade afro-brasileira Nossa Senhora do Mont Serrat na Ilha de Santa Catarina.
2) A Embaixada Copa Lord celebra 56 anos representando a cultura afro-brasileira no carnaval de Florianópolis e contribuindo para a identidade cultural da cidade.
3) A Comunidade Mont Serrat é um quilombo de resistência fundado há mais de um século que preserva tradições cult
O documento resume as principais informações sobre o Carnaval no Rio de Janeiro, incluindo a ordem dos desfiles das escolas de samba dos Grupos Especial, A, B, C e D, além de informações sobre a Rainha do Carnaval e os sambas escolhidos para o próximo desfile.
Arte tradicional, escultura e culinária brasileirasarahlaissa
O documento discute a história da arte brasileira, cronologia paralela de eventos no Brasil e Europa, arte indígena, escultura, culinária e folclore brasileiros. Aborda artistas como Aleijadinho, estilos como o barroco, pratos típicos de diferentes regiões e elementos do folclore como lendas, contos e adivinhas.
O documento é um informativo maçônico (JB News) que contém:
1) Saudações aos irmãos leitores e índice dos assuntos abordados;
2) Coluna semanal sobre recordações da cidade de Surubim;
3) Breve resumo de eventos históricos de 02 de novembro.
O documento apresenta a história da família Freitas de Limoeiro, começando com a chegada dos primeiros colonizadores portugueses na região no século XVIII. Detalha como os Freitas estão espalhados pelas cidades de Limoeiro e Russas através de casamentos e propriedades rurais ao longo dos anos. Fornece detalhes genealógicos sobre os ancestrais e descendentes da família.
A festa Balada Fight, realizada em um clube tradicional de São Paulo, reuniu fãs de artes marciais para assistir lutas noturnas. O evento atraiu cerca de mil pessoas e contou com shows de lutas profissionais misturados a momentos de música eletrônica para dançar. Algumas observações sobre o público apontaram para a presença de mais mulheres atraídas pelos lutadores e a concentração de pessoas ligadas ao mundo das artes marciais.
Carnaval suas origens e causa na sociedade brasileiraJefferson Sales
O documento descreve a origem e história do Carnaval no Brasil. Começou como festas pagãs na Europa e foi incorporado pela Igreja Católica. No Brasil, teve influência de tradições portuguesas e italianas e mais tarde elementos africanos. Hoje em dia, é visto por alguns como uma celebração da carne que não agrada a Deus, enquanto outros tentam usá-lo para evangelismo.
Apresentação sobre genealogia, principalmente sobre a região Gandaresa correspondente ao antio couto de Cadima.
Apresentação na Junta de Freguesia da Sanguinheira, Cantanhede, Coimbra, Portugual em 28 de outubro de 2016
1) O documento é um informativo maçônico chamado JB News que contém artigos sobre educação maçônica, história do carnaval, e outras notícias e colunas maçônicas.
2) A primeira coluna é sobre os velhos carnavais do autor na cidade de Campina Grande e como eram diferentes dos carnavais modernos.
3) A segunda coluna discute a importância da educação maçônica para o desenvolvimento intelectual e moral dos maçons.
Luiz Gonzaga foi um cantor e sanfoneiro brasileiro nascido no sertão nordestino que se tornou um dos maiores expoentes da música nordestina. Sua vida foi marcada por superação de dificuldades e seu talento o levou ao sucesso, popularizando gêneros como o baião. Em seu centenário, é lembrado por sua vasta obra e importância para a cultura popular brasileira.
O documento relata uma invasão de centenas de pessoas em uma fazenda produtiva, onde a polícia militar não cumpriu uma ordem judicial de reintegração de posse. Também fala sobre a inauguração de uma churrascaria de alto padrão e a visita de um ministro a uma cidade.
Este documento é uma coletânea de poemas escritos por alunos da turma 301 da Escola Municipal do Braga sobre a cidade de Cabo Frio. As crianças expressam seu amor pela cidade, descrevendo características como as praias, a beleza natural e as pessoas inteligentes que vivem lá. Muitos poemas enfatizam o quão legal, especial e maravilhosa é a cidade de Cabo Frio.
O documento discute a CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), uma organização agrícola brasileira que comemora 60 anos. O autor descreve como a CEPLAC atualmente está em declínio em comparação com o passado, quando era mais eficiente e comprometida com os produtores de cacau.
O documento discute os "brasis" definidos por Darcy Ribeiro como identidades culturais brasileiras. São apresentados os cinco brasis: Caboclo, Crioulo, Caipira, Sertanejo e Sulino. Explica-se que Ribeiro definiu esses brasis em sua obra "O povo brasileiro" de 1995, na qual misturou história, sociologia e antropologia para compreender o Brasil.
O documento apresenta uma introdução a um trabalho sobre a história de Sorocaba e região. Resume os principais pontos da pré-história da região, o período do bandeirantismo entre os séculos XVI e XVIII, e o início do ciclo tropeiro no século XVIII, concluindo com uma visão geral da história da cidade até o século XX.
O documento descreve uma viagem do autor a Portugal, onde participou do lançamento da pedra fundamental da sede da Fundação Luso-Brasileira do Mundo de Língua Portuguesa. O autor conheceu personalidades portuguesas como o arquiteto Oscar Niemeyer e o então prefeito de Lisboa, Jorge Sampaio, que hoje é o Presidente de Portugal. O texto também menciona a admiração do autor pela cantora portuguesa Amália Rodrigues e inclui um pequeno poema que ele escreveu inspirado por um muro na regi
Coriolano de medeiros um historiador na maçonariaOZILDO1
Este artigo descreve a trajetória de vida e as contribuições de João Rodrigues Coriolano de Medeiros, importante figura da educação e cultura paraibana que também contribuiu para a Maçonaria local. Coriolano de Medeiros foi educador, historiador, músico e maçom que ajudou a separar o Grande Oriente do Brasil e fundar a Grande Loja do Estado da Paraíba na década de 1920. O artigo revisa sua vida e obra, incluindo seu discurso importante para a história da Maçonaria paraibana.
Este documento resume o livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. O livro retrata a história de uma família nordestina pobre que vive na miséria devido à seca e é explorada por fazendeiros. Os personagens principais são Fabiano, o pai da família, sua esposa Sinhá Vitória e seus filhos, que passam fome e sofrimento constantemente em sua luta pela sobrevivência. O livro critica as desigualdades sociais e a opressão sofrida pelos mais pobres do
O documento descreve 30 artistas e grupos culturais de Pernambuco que receberam o título de Patrimônio Vivo do estado. Eles ajudam a preservar a rica cultura popular local através de suas vidas e obras, contando histórias através de músicas, danças, artesanato e outras expressões. O texto celebra a contribuição desses 30 indivíduos e grupos para a identidade cultural de Pernambuco.
O arquivo histórico municipal por seus personagensEdna Resende
O documento apresenta a história de Vitória da Silva, uma escrava africana que foi trazida para o Brasil e conquistou sua liberdade em Barbacena no século XIX. Também fala sobre o Conde de Prados, um homem rico e influente da região que deixou seus registros no Arquivo Histórico Municipal. O arquivo guarda documentos que permitem compreender a história local através de figuras anônimas e famosas.
O arquivo histórico municipal por seus personagensEdna Resende
O documento apresenta a história de Vitória da Silva, uma escrava africana que foi trazida para o Brasil e conquistou sua liberdade em Barbacena no século XIX. Também fala sobre o Conde de Prados, um homem rico e influente da região que deixou registros no Arquivo Histórico Municipal. O arquivo guarda documentos que permitem compreender a história local através de figuras anônimas e célebres.
O arquivo histórico municipal por seus personagensEdna Resende
O documento apresenta a história de Vitória da Silva, uma escrava africana que foi trazida para o Brasil e conquistou sua liberdade em Barbacena no século XIX. Também fala sobre o Conde de Prados, um homem rico e poderoso da época que deu nome a uma praça da cidade, e convida leitores a se tornarem associados do Arquivo Histórico Municipal para ajudar a preservar documentos sobre a história local.
1) O documento descreve a formação e evolução do bairro de Santo Amaro no Recife, desde os primórdios como salinas no século XVI até se tornar um bairro consolidado.
2) Inicialmente o território era usado para produção de sal e foi palco de emboscadas contra os holandeses durante a conquista. Os holandeses construíram um forte nas salinas chamado de Soutpanne.
3) Após a expulsão dos holandeses, uma capela foi construída no local do forte em homenagem a Santo Amar
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoGabriel Resende
O documento descreve o congado, uma manifestação cultural afro-brasileira que recria a coroação de um rei do Congo através de dança, música e canto. Apresenta detalhes sobre a origem do congado na África e no Brasil, incluindo a lenda do Chico Rei, e características como os ternos de congo e os elementos e significados das cores e vestimentas utilizadas.
O documento descreve a literatura produzida no Brasil colonial entre os séculos XVI e XVII, conhecida como Quinhentismo. Resume-se em 3 frases:
A produção literária do período tinha caráter informativo e de catequese, sendo composta principalmente por cartas, diários e tratados com o objetivo de descrever a terra e os nativos, e por poemas, peças teatrais e cartas escritas pelos jesuítas com fins de evangelização. Os principais autores eram missionários como José de Anchieta e Manuel
O documento descreve o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e apresenta objetivos como identificar gêneros textuais, conhecer a história e cultura local, e desenvolver atitudes favoráveis à leitura. Ele também discute estratégias de leitura, produção textual, conhecimento histórico e participação em comunicação oral. Por fim, apresenta a cidade de Guarapari e sua história, pontos turísticos, folclore local e fotos antigas.
O documento descreve como o folclore brasileiro está presente na literatura do país, mencionando diversas obras literárias que abordam elementos do folclore como personagens, rituais e crenças. Alguns exemplos citados são a presença de entidades folclóricas como o lobisomem e o saci na obra de Joaquim Manuel de Macedo "A Moreninha", a descrição de rituais de festas como o Divino Espírito Santo em obras de José de Alencar e Manuel Antônio de Almeida, e a representação de pr
1) Damião é um pintor de Trancoso nascido em 1967 que aprendeu a pintar observando seu avô e assumiu o posto de pintar a bandeira para as festas locais.
2) Trancoso começou a existir em 1555 quando jesuítas guiados por um índio encontraram uma aldeia grande chamada Itapitanga, que mais tarde foi renomeada para Aldeia São João.
3) No passado em Trancoso as pessoas viviam da roça, não havia aluguel ou dinheiro e comiam principalmente pe
[1] A história da cidade de São Paulo começou em 1554 quando padres jesuítas fundaram um colégio na região de Piratininga para catequizar indígenas. [2] Ao redor do colégio formou-se um povoado que foi elevado à vila em 1560. [3] No século XVII, a vila se desenvolveu através das bandeiras, grandes expedições em busca de recursos naturais e mão de obra indígena.
O documento descreve a história da Casa da Aldeia em Cachoeira do Sul desde a chegada dos índios Guarani na região no século 18 até os planos atuais de restauração do local. A casa foi construída no século 19 e é um marco histórico da cidade, tendo sofrido ao longo do tempo com abandono e ações de vandalismo, mas sendo protegida por moradores locais e declarada patrimônio histórico municipal.
O documento descreve a história da Casa da Aldeia em Cachoeira do Sul desde a chegada dos índios Guarani na região no século 18 até os planos atuais de restauração do local. A casa foi construída no século 19 e é um marco histórico da cidade, tendo sofrido ao longo do tempo com abandono e ações de vandalismo, mas sendo protegida por moradores locais e declarada patrimônio histórico municipal.
O documento descreve a história da Casa da Aldeia em Cachoeira do Sul desde a chegada dos índios Guarani na região no século 18 até os planos atuais de restauração do local. A casa foi construída no século 19 e abrigou gerações de moradores locais, mas ao longo do tempo caiu em abandono até ser tombada como patrimônio histórico em 2005 para preservação.
Apresentação da Tela No Reinado do Sol, para os funcionários da Estação Cabo Branco, ciência, cultura e artes. no dia 11/abr/2011.
trabalho de pesquisa do funcionário Christian Melo, recepcionista Bilingue.
O documento descreve a história inicial de Pirabeiraba, Santa Catarina, começando com assentamentos de famílias portuguesas no século 18. A colonização em maior escala começou em 1851 com a chegada de imigrantes europeus. O engenho de açúcar construído pelo Duque d'Aumale no século 19 impulsionou o desenvolvimento econômico da região.
Este documento fornece um resumo da história da cidade de Ibituruna em Minas Gerais. Começa descrevendo a fundação do povoado de Ibituruna pelo bandeirante Fernão Dias Pais em 1674. Também discute a emancipação política da cidade em 1963 e as comemorações do tricentenário de sua fundação em 1974. Fornece ainda detalhes sobre a localização, relevo, clima, hidrografia, economia e pontos turísticos de Ibituruna.
O Carnaval teve origem no entrudo português, onde as pessoas se divertiam jogando água e farinha umas nas outras. No Brasil, o Carnaval foi influenciado pelas festas européias e surgiram os primeiros blocos no final do século XIX. A primeira escola de samba foi fundada no Rio de Janeiro no início do século XX e marcou o surgimento de desfiles organizados.
O documento descreve a literatura do período Quinhentista no Brasil. Resume-se em 3 frases:
1) O período abrange os séculos XVI e início do XVII, desde a chegada de Cabral em 1500 até a obra "Prosopopeia" de Bento Teixeira em 1601.
2) A literatura da época tinha caráter informativo e objetivo de descrever a nova terra e os nativos, sem intenção literária, como nas cartas, diários e tratados dos viajantes e cronistas.
3) Também
Este documento contém várias lendas e tradições da Vila Verde, Portugal. As lendas incluem a história de um rei que reconstruiu uma ponte para visitar seu amor local, um dente santo que curava mordidas de cão raivoso, uma cobra gigante no Brasil e um fidalgo que dormia com noivas recém-casadas. As tradições descrevem uma corrida de galo no Domingo Gordo, coroas de flores colocadas nas portas em Maio e rapazes roubando as coroas de suas amadas.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
2. ÍNDICE
Páginas
01 Prefácio 3
02 Imagens da Ribeira Brava 4
03 Vidas centenárias (I) 19
04 Vidas centenárias (II) 26
05 Fé, festa e tradição 36
06 Campanário – o nome que nasce no mar 84
07 Ribeira Brava – o nome que veio da ribeira 93
08 Educação e cultura 96
09 Música 145
10 Social 154
11 Desporto 169
12 Vidas centenárias (III) 172
13 Solidariedade 174
14 Olimpíadas da Geologia 176
15 Ficha técnica 177
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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3. 01 - PREFÁCIO
Por: António Pereira
Diretor da revista Descobrindo
O concelho da Ribeira Brava comemorou,
em 2014, o centenário, numa altura em
que o município está focado em
conquistar mais turistas e melhorar a
qualidade de vida, apostando nos recursos
locais.
Para o presidente da autarquia, Ricardo
Nascimento, "valorizar os espaços turísticos, desde miradouros a percursos
pedonais", será essencial para passar o concelho de "lugar de passagem a
lugar de estadia". As comemorações do centenário passam por um programa
de quatro anos para "expandir o conhecimento" sobre a Ribeira Brava.
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4. Celebração do Centenário da Ribeira Brava junto de representantes de
emigrantes madeirenses na Venezuela, em novembro de 2014.
Uma comitiva da
Câmara Municipal
visitou, em
novembro de 2014,
as comunidades de
ribeirabravenses
integradas, há
décadas, na
Venezuela,
conforme ilustram
as imagens. O
pretexto da viagem
foram as
celebrações dos cem anos do concelho da Ribeira Brava (1914-2014).
02 - IMAGENS DA RIBEIRA BRAVA
No dia 6/5/2014 ofereci
ao nosso município um
quadro que pintei em
vidro com o logotipo que
simboliza a comemo-ração
do centena-rio do
concelho.
Aldónio dos Ramos, antigo
estudante da EBSPMA,
funcionário da EB1/PÉ do Lombo
de São João – Rª. Brava.
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5. Postais da e retratos antigos: Ribeira Brava, no passado
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6. Na adolescência, a Filomena também cumpriu a tradição de se vestir de saloia durante o
“Espírito Santo”. O marido, José Teixeira, faleceu na Madeira há cerca de 20 anos e na década
de sessenta do séc. XX esteve a cumprir Serviço Militar em Angola, onde ficou ferido numa
perna.
Contributo de Maria Filomena
Teixeira, atual funcionária da
EBSPMA e o falecido marido, José
Teixeira.
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7. Contributo de Fernanda Trindade
A salva de prata e as suas bandeiras são uma relíquia por serem
objetos antigos. A salva pertenceu à Maria Brazão, já falecida, que a
trouxe da América, há muitos anos, e a ofereceu à Maria José Câmara,
sua amiga.
A Maria José, por sua vez, gostaria que a salva, símbolo do “Divino
Espírito santo”, continuasse na posse familiar, futuramente, nas mãos
de Isabel Maria (sua afilhada) e assim sucessivamente, como prova de
profundas amizades ao longo de gerações.
Envio a salva de prata (em
miniatura) com cerca de 100 anos,
acompanhada de bandeira do
Espírito Santo (em pano bordado) e
uma mini bandeira que ofereciam
nas casas aquando da visita: 28 de
janeiro de 2015.
Fernanda Trindade.
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9. Contributo de Isabel Rezende
Ribeira brava- igreja matriz: sra. Isabel Rezende (à dir., na 1ª.
foto) durante a “missa do Espírito Santo (E.S.)”. São visíveis, nas
imagens, alguns utensílios do E.S. tais como:
- a bandeira da pomba branca;
- salva (nas mãos do festeiro, o falecido Isaías, marido da Sra.
Isabel);
- os tocadores que, normalmente, utilizam o violino, a viola, a
braguinha e o acordeão;
-as saloias.
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15. Não havia bicicletas para os rapazes. As
crianças faziam cabanas na serra.
Brincava-se às escondidas e aos
apanhados, à milhada, ao pão e às
cartas. Com a idade de 9 ou 10 anos, já
se trabalhava, no campo, muitas vezes
descalços. Imagens: “Devoção ao
Espírito Santo, antigo”
Freguesia de
Campanário (à esq.):
14 de Agosto de 1932.
Assina: Emanuel
Almada.
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16. A década de 70 foi marcada por uma grande mudança no comportamento
dos jovens que se refletiu na música, na liberdade sexual e na moda. Os
homens deixaram de ser formais, ficaram mais coloridos psicadélicos.
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17. A Escola (ciclo)
antigamente, década
de 70 do século XX:
Alunos de pé, ao ar
livre, partilhando
materiais, dependentes
das condições
atmosféricas para
poderem cumprir o seu
papel de estudante,
com grande motivação:
A motivação é
considerada um fator
determinante no
contexto escolar e
igualmente
determinante para o
sucesso da
aprendizagem. De
acordo com Lima
(2004), a motivação é
considerada “A mola
propulsora da
aprendizagem”, pois
sem motivação não há
aprendizagem.
Prof. Sandra Isabel
Ramos Duarte de
Aguiar., 2013: 4
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18. A grande devoção da Fajã da Ribeira a São Pedro, explica-se pelo facto
de antigamente haver muitos pescadores, apesar do santo padroeiro
da Ribeira Brava ser o São Bento.
As oferendas vinham
numa charola, espécie de
pinha de frutos e legumes
confecionada sobre uma
armação esférica feita em
ferro e arame, onde se
amarra os produtos da
terra e era transportada
em ombros.
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19. 03-VIDAS CENTENÁRIAS (I)
ALGUMAS PERSONALIDADES - Francisco Paulino, na imagem à direita, natural do
concelho da Ribeira Brava, licenciado em História, colaborador, a título voluntário, no
programa de quatro anos com o objetivo de "expandir o conhecimento" sobre o
município, enfatizando a importância dos 100 anos do concelho da Ribeira Brava:
Um concelho com muita construção, mas com poucos meios e pessoas.
Destaco a localização da vila, que era o entreposto das relações económicas e sociais
vindas do Funchal para o resto da Madeira numa altura em que os transportes eram
feitos unicamente pelo mar.
A ideia do programa é a criação de uma "plataforma" que possa continuar de quatro
em quatro anos, tornando a vila da Ribeira Brava mais "aprazível".
F. Paulino (Abril de 2014).
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20. Personalidades da Ribeira Brava
Francisco Correia Herédia, por F. Fernandes (extratos)
(…) A Câmara sabe as condições trágicas em que foi assassinado o
nosso querido amigo Ribeira Brava, e é de lamentar que ainda a esta
hora o inquérito não esteja concluído. Não vai nestas minhas palavras
censura para ninguém, porque alguns dos encarregados desse
inquérito são membros desta Câmara e trabalham afincadamente para
Do Sr. Correia Herédia (Ribeira Brava), que direi eu?
Um homem com grande e devotado amor à República, sempre nas primeiras linhas quando esta
perigava, Ribeira Brava não se poupava a esforços nem fadigas, e sempre que o seu nome era
indicado para alguma missão arriscada não precisava que lho lembrassem. (Apoiados).
FERNANDES, Francisco, 2014: 80.
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21. esse fim, mas é
realmente pena não
estar até esta data
descoberto quem
são os assassinos
que, certamente,
andam a passear
impunemente nas
ruas de Lisboa ou
em outras terras do
país.
O meu querido
amigo Ribeira
Brava, que comigo
esteve preso
naquele infecto
calabouço nº. 6, teve a previsão consciente da sua morte,
Porque, quando foi chamado de dia para fazer parte da primeira leva –
que não foi a da morte – chegou a fazer parte dela e depois foi
mandado recolher ao referido calabouço. Quando entrou disse-me: Sá
Cardoso, não me deixam sair de dia, fá-lo-ão de noite. Não nos
tornaremos mais a ver.
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22. Assim foi. Não nos tornámos mais a ver! FERNANDES, Francisco, 2014: 80.
Sessão de 2-5-1914
É aprovado o projeto de lei que cria o concelho da Ribeira Brava.
Promover o desenvolvimento da sua terra natal foi, desde sempre uma
das suas maiores preocupações. Em particular em relação à Ribeira
Brava, apontava como prioridades: Um cais acostável, um muralhão do
Monte Medonho, a conclusão da Estrada da Serra d’Água, um
caminho-de-ferro entre a Ribeira Brava e S. Vicente.
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23. Na carta que se transcreve2, revela outras preocupações como seja a
construção de um pequeno hospital na Ribeira Brava e, para o Funchal,
a ligação da Pontinha ao Ilhéu…
2 FERNANDES, Francisco, 2014: 98
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24. A família Herédia no Município da Ribeira Brava e na Madeira.
Contributo para o seu estudo histórico
Por: Ana Maria Fernandes de Freitas Vieira,
Professora do Ensino Secundário (aposentada).
Fonte: Islenha, nº. 54, janeiro – junho –
2014:111-134. (Adaptado/reduzido).
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26. 04 - VIDAS CENTENÁRIAS (II)
A Pesquisa de Marisa Faria3
• Marisa Faria, em discurso direto
Dentro de mim carrego o pouco que vivi e o pouco que conheço. E às vezes tenho a
sensação de que não caibo mais aqui dentro, por isso levo para fora todos os meus
sonhos.
Posso ser uma explosão de cores fortes e, após um suspiro, transformar o meu mundo
numa nuvem cinzenta, calma e melancólica. Porque o meu mundo é assim mesmo,
diferente de todo o mundo: ambíguo, ambicioso e irremediavelmente inconstante.
Ao longo da minha vida foi necessário excluir pessoas, apagar lembranças,
abandonar o que me faz mal, libertar-me de coisas que me prendem. Luto e quero
sempre o melhor para mim, estou sempre preparada para o pior e não aceito o que
vier. Luto para ser a melhor em tudo aquilo que faço e que sonho. Não aceito
respostas negativas, sou alérgica à negatividade e à ignorância, atchiiiiim !
Portanto, ouso, arrisco, não desisto e valorizo quem me ama e me respeita, esses sim
merecem o meu respeito e a minha palavra. Quanto ao resto…Bem…, ninguém
precisa do resto para ser feliz!
• Marisa Faria em discurso indireto
«A Marisa, na imagem à direita, mostrou ser uma aluna responsável e empenhada.
Ao longo do fim-de-semana da Feira Gerações Solidárias, deu o seu apoio às
diferentes instituições, esteve presente, mostrando atenção em acolher bem e
esclarecer quaisquer dúvidas aos participantes.
Creio que todo o projeto foi muito bem idealizado, revelando-se uma excelente
iniciativa, que envolveu muito trabalho. Parabéns pela criatividade, originalidade,
pela dedicação e concretização.
Parabéns por teres sabido cativar as pessoas necessárias para apoiar este trabalho e
por teres tornado o teu sonho idealizado possível.
3 Prof. Responsável: António Pereira, 2013/2014, na qualidade de Diretor de Curso Tecnológico de Ação Social – Projeto
“Gerações Solidárias”, em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Brava, em geral, e o Dr. Paulino, em especial..
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27. O mundo precisa de pessoas que façam acontecer, e a Marisa fez acontecer!»
Nolene Serrão (Psicóloga, Terapeuta, Formadora e Life Coach Integral).
“Tive a oportunidade de conhecer a Marisa como aluna e, sempre se mostrou curiosa,
atenta, participativa e muito empenhada em alcançar os seus objetivos, sem nunca
descurar o seu lado descontraído e de entreajuda.
Tem uma visão encantadora da sua vida e sabe o que quer, gosta de ajudar e
preocupa-se com a sua comunidade e os mais desfavorecidos.
O projeto apresentado foi ambicioso, mas com um intuito muito nobre para uma
jovem. A nível técnico, o projeto está muito bem estruturado, descritivo, claro e
apelativo. Mostra cuidado, avalia com frequência, reflete e apresenta alternativas.
Dado que todas as tarefas se encontravam definidas foi de execução exemplar.
Imprevistos surgem sempre, mas superou-os com sucesso.
Acredito que esta iniciativa terá impacto no futuro das festividades da Ribeira Brava.
Parabéns pelo empenho, integridade e seriedade devida na concretização do seu
produto. As maiores felicidades!”. Telma Ferraz (Professora de Economia)
“A Escola está muito orgulhosa do teu projeto onde a problemática aflorada é um
assunto muito atual e onde é retratada a tua sensibilidade relativamente ao tema
que escolheste. Desejamos-te com este trabalho que sigas o que o teu coração dita, o
da solidariedade e que faças disso o teu caminho na vida.
Parabéns!” Conselho Executivo, Alda Mª Almeida.
• Serra de Água
Esta localidade também foi dada de
sesmarias a um dos descendentes de
Zarco, Helena Gonçalves. Filha do
referido donatário, casada com Martim
Mendes de Vasconcelos, um fidalgo,
recebeu as terras da Serra de Água. Esta
localidade foi, durante muitos anos, abundante em madeiras, ao contrário
das localidades ribeirinhas, onde encetaram com sucesso a cultura sacarina.
Tudo começou assim…Primeira
reunião, de muitas outras que
seguiram, com o Dr. Paulino,
referentes ao meu projeto, no Centro
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28. O próprio nome indica o labor de um engenho da serração movido a água,
que transformou, durante muitos anos, rolos de madeira em tabuado.
O neto do referido casamento, Luís Mendes, da Ilha, também moço fidalgo,
teve um filho, João Mendes de Vasconcelos a quem transmitiu aquelas terras.
O novo proprietário casou, em 1535, com Beatriz Rodrigues Neto, filho de
João Rodrigues Neto, o qual fez testamento em 1531.
Foi ela que instituiu a capela de Nossa Senhora da Ajuda, na Serra de Água.
Esta capela foi sendo administrada pela família, ficando porém vaga, por
morte de Rui Mendes Vasconcelos, por volta de 1761.
A Serra de Água não se tratava, pois, de uma área de produção açucareira,
mas sim de uma economia baseada na extração de madeiras. Desta forma, os
documentos são exíguos quanto ao nome dos primeiros povoadores. Os
registos dos primeiros que por ali habitavam misturavam-se com os da
Ribeira Brava.
Na realidade, esta localidade fazia parte da Ribeira Brava e, por isso, aqueles
que se dedicavam ao arroteamento da terra, especialmente nas partes
baixas, estão incluídos nesta freguesia. Mesmo depois de se ter instalado na
Serra de Água uma nova paróquia, em 1676, esta zona continuou a ter
poucos habitantes.
Entrevista realizada, pela Marisa, à senhora Maria Rita
Rosa (na imagem), moradora no sítio da Pereira, na
Serra de Água (Rª. Brava), mais conhecida por “a
Faquim” , onde nasceu e viveu no sitio da Travessa na
Serra de Água.
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29. Marisa: Boa tarde, como é que se chama?
Rosa: Maria Rita Rosa
Quantos anos tem?
99 anos.4
Quando é que completou 99 anos?
Tem um mês. Fiz anos no dia 22 de maio.
A senhora sempre viveu cá na Serra de Água?
Sim.
Como é que era antigamente a Ribera Brava?
Eu ia à Ribeira Brava no São Pedro onde havia a loja de roupa do senhor
Guilherme e o armazém do senhor João Romão onde é agora o “Propovo”.
Quem era o João Romão?
Era o dono do maior armazém da Ribeira Brava, ele era conhecido pelo
“barateiro”, lá tinha de tudo menos roupa. Havia arroz, massa e louça.
Certamente a senhora Rosa tem filhos e netos. Acha que foi fácil educar os
seus filhos naquela altura?
E bisnetos! Olha eles nunca me atentaram, graças a Deus! Antigamente a
escola era só até à 3ª classe, e quando acabavam a escola vinham trabalhar
como os meus pais me ensinaram a fazer. Naquele
tempo íamos para a fazenda e trabalhávamos lá.
Na altura, não havia autocarros, como se
deslocavam?
Pois é! Eu lembro-me de que naquele tempo eu ir a pé do norte para a
Ribeira Brava com um “molho” de feijão e depois da Ribeira Brava para São
4 100 anos de vida no mês de publicação da presente revista: maio de 2014.
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30. Vicente com sacos de açúcar e de massa. Havia um “Horário” que passava
uma vez por semana para a vila, e depois da vila para São Vicente.
Chegou a emigrar?
Olhe eu não, mas os meus filhos, sim. Eu tenho um filho que foi para a
Venezuela.
E porque emigrou o seu filho?
Ele era macho, e era só um.
E a senhora atualmente tem familiares emigrados?
Ainda tenho.
Em que país?
Tenho o meu irmão no Brasil, e dois filhos na Venezuela.
Foi fácil para si vê-los partir?
Olhe quando a nossa família caminha é sempre um desgosto.
Acha que a escola é importante para o nosso desenvolvimento
educacional?
Eu não fui à escola, mas a escola é importante para todos. Eu fui como no
meu tempo: não fui à escola mas vivi assim. Agora os outros que estão a
aprender sabem mais do que a gente que aprendeu naquele tempo.
O que é que a senhora faz no seu dia-a-dia?
Rezo, outra coisa não posso! Olhe, faz um ano, agora, para o mês de agosto
que eu fui ao Porto Santo! Tenho uma neta, que veio aqui em Agosto e
convidou-me para ir ao Porto Santo. Mas eu só consigo andar com a
andadeira e fui subindo devagarinho até chegar à estrada. Depois meteram-
me no carro, e só saí dentro do barco. No barco meteram-me numa cadeira
de rodas. Estive 4 dias no Porto Santo e gostei.
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31. Como é que era a praia da Ribeira Brava antigamente?
Eu não sei o que é a praia, nunca toquei
na água do mar porque os meus pais
nunca me deixaram.
Acha que a Ribeira Brava6
mudou muito?
Claro, antigamente havia mais coisas na
vila, mas agora está tudo mais para cima.
A Ribeira Brava está a mudar.
Como é que era ir à Ribeira Brava? Os transportes como eram?
A primeira vez que andei de “horário” foi no São Pedro, havia um que vinha
buscar os passageiros e depois à noite vinha trazer. Depois começou a haver
mais horários, mas as coisas têm mudado bastante5
. O que é que espera ver
nos próximos 10 anos no concelho da Ribeira Brava?
Oh, meu Deus! Não sei como vai ser. Só Deus é que sabe.
Muito Obrigada, senhora Rosa (vestida de branco) pela sua participação!
5
Na imagem, antiga ribeira da Ribeira Brava nos anos 60 do séc. XX.
Maria Rita
Rosa, no sitio
da Pereira, ao
centro, na
Serra de Água,
num exclusivo
para a
“Descobrindo”.
À esq., a filha
da Sra. Rosa, à
porta da casa
delas e, bem
perto, uma das
suas vizinhas,
em 2014.
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32. 04.1 - VIDAS CENTENÁRIAS (II)
Nascimentos registados no concelho da Ribeira Brava (1914-1915)
Até maio de 1914 os assentos
1911, 1912, 1913 e 1914
encontravam-se na
Conservatória do Registo Civil
da Ponta do Sol, os anteriores a esta data estão no Arquivo Regional da
Madeira.
Deste modo, no ano de 1914 foram registados 234 nascimentos, e em 1915
539 nascimentos.
Uma ponte rudimentar ligava a Ribeira Brava a Oeste. A vila era um centro de
trabalho, com o decorrer do tempo o pequeno núcleo transformou-se, no
século XVIII, num centro económico onde aportavam, quase
permanentemente, os barcos de carreira.
A pesca foi um sector importante da economia ribeirabravense e
desempenhou também um papel defensivo, quando em 1786, para efeitos de
defesa da ilha, o governador Diogo Forjaz Coutinho dividiu a Madeira em
vários distritos.
A Ribeira Brava passou a ser um concelho que abrangia a Tabua e a Serra de
Água. O Campanário constituía também outro concelho que se estendia até à
Quinta Grande.
O Forte de São Bento atesta a importância defensiva da localidade. Sob a
administração da Câmara do Funchal, que se estendia da parte ocidental do
Caniço até a Lombada da Ponta do Sol, o território era administrado pelo juiz
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33. do lugar, o juiz pedâneo, o alcaide, o porteiro, o quadrilheiro, que deviam
evitar o furto de gado e outros danos nos sítios mais recuados, e o meirinho
da serra.
Os cargos eram normalmente exercidos por cidadãos da Ribeira Brava que
então funcionava como cabeça das quatro freguesias. Este tipo de
administração manteve-se até 1835, quando se procedeu à nova divisão da
concelhia: Câmara de Lobos, Santana e Porto Moniz, passando a Ribeira
Brava6
a integrar o município da Ponta do Sol. Insatisfeitos, os
ribeirabravenses reivindicavam a fundação de um novo concelho que
aglutinasse a freguesia da Tabua, Serra de Água e Campanário. Os moradores
do Campanário esclareceram então que, esgotada a possibilidade de
integrarem o novo concelho, preferiam pertencer ao Funchal e não a Câmara
de Lobos, por condicionalismo geográficos. Por sua vez a Tabua preferia
também unir-se a Ribeira Brava, pelas relações de vizinhança que mantinha.
Quanto à Serra de Água, situada num enclave, não tinha outra saída.
Um lugar privilegiado
A Ribeira Brava começou por ser um dos lugares privilegiados, desde os
primórdios do povoamento, assumindo a tutela das quatro freguesias que
foram sendo criadas e que a circundavam. Os senhores das terras tornaram-
se opulentos e, a rodeá-los, um corpo de moradores servia os interesses
camarários e régios, a nível de administração.
Primeiramente, irei falar dos povoadores mais importantes da Ribeira Brava,
ou seja, aqueles que assumiram a administração das terras que foram
6 Imagem: Vila da Ribeira Brava nos anos 30 do séc. XX.
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34. distribuídas num regímen de sesmarias, para serem devidamente
aproveitadas. A toponímia ainda era um pouco vaga neste final do séc. XV e
afinal eram os fenómenos naturais que, muitas vezes, serviam para designar
este ou aquele sítio. Também um punhado de casas, ou ainda a distância a
que ficava o engenho, poderia servir como referência para situar este ou
aquele canavial. Noutros casos, a demarcação era efetuada pelo caminho do
concelho e, finalmente, pela proximidade da rocha ou do calhau do mar.
Um dos maiores produtores de açúcar era Álvaro Vaz. Tinha 1495 canaviais
na Ribeira Brava, acima da casa onde vivia Fernando Eanes Botelho, que
produzia 530 arrobas.
Em resumo, a Ribeira Brava desde os primórdios do povoamento, tornou-se
uma terra próspera.
RIBEIRO, João Adriano (1998),Ribeira Brava, Subsídios para a história do
concelho, CMRB
Alguns testemunhos recolhidos no dia 7 de junho de 2014.
Entrevista
Entrevista realizada à Dona Antonieta7
de 69 anos, natural do sitio de São João,
Ribeira Brava. Numa das visitas ao
Centro Social e Paroquial de São Bento.
7
Entrevista, na imagem, à esquerda, ocorrida no dia 7 de junho de 2014 aos utentes do Centro Social e
Paroquial de São Bento.
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35. Marisa: Boa tarde, vamos dar inicio às entrevistas dos utentes do Centro
Social e Paroquial de São Bento sobre a “Ribeira Brava antiga”. Como é que
está, Senhora Antonieta?
Bem-disposta!
Ainda bem, é o que é preciso. Então, conte-me como era viver antigamente
no concelho da Ribeira Brava?
O concelho da Ribeira Brava está muito diferente do que era. Hoje está mais
moderno, mas também já esteve mais, pois agora está um bocadinho parado.
Antigamente a vida era muito difícil, porém, havia mais agricultura, agora os
terrenos estão todos baldios.
Como foi educar os seus filhos naquela altura, em que a agricultura era a
atividade predominante?
Não foi muito fácil, mas eu consegui. Até fui junto com eles à escola para tirar
a 4º classe.
Havia muita emigração, nesse tempo. A senhora, chegou a emigrar?
Não senhora, o meu marido sim, o meu pai e os meus irmãos também.
E neste preciso momento tem familiares emigrados?
Sim, tenho os meus irmãos e sobrinhos.
Disse que tinha tirado a 4ª classe junto com os seus filhos. Quando era
criança, chegou a andar na escola?
Sim, até a 3ª classe.
E acha que a escola é uma boa instituição para a educação das
crianças/jovens?
Sim senhora, ajuda muito.
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36. Como é que acha que a Ribeira Brava vai ser daqui a 20 anos?
Daqui a 20 anos? Peço a Deus que esteja melhor, pois acho que está um
bocadinho difícil, mas disseram que isto ia dar uma volta e que ia melhorar.
Espero bem.
Quer deixar algum apelo aos jovens do concelho?
Eu quero deixar um conselho aos jovens: que tomem um pouco de juízo e
que prestem atenção à vida que os seus pais e avós levaram. E oxalá que o
tempo não volte atrás.
Muito obrigada pela sua colaboração, senhora Antonieta.
05 - FÉ, FESTA E TRADIÇÃO
Cortejo das Açucenas: A última festa que é
realizada na freguesia de Campanário, ocorre numa
pequena capela, propriedade privada, instituída em
1672 por Jerónimo de Autouguia Betencourt e sua
esposa D. Catarina Spanger. A marcar este arraial
popular, há um tradicional e único CORTEJO DAS
AÇUCENAS, o qual realiza-se sempre da quinta para
a sexta que antecede a “Festa da Capelinha”.
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37. Dita a tradição que
durante a madrugada de
Sexta (cerca das 3 às 4
horas da manhã) estalam
foguetes a anunciar a
concentração dos
populares para partirem a
pé até às Fontainhas.
Como curiosidade,
registe-se que em tempos
idos, alguns dos adeptos
da “Ida às Açucenas”
também o faziam para
colher alguns peros nas
Fontainhas, sendo esta
prática alvo inclusive de
alguns incidentes, que no entanto, nunca chegaram a impedir a tradição de se
realizar.
No presente, a principal nota de reparo, é para o facto de muitos dos
populares se deslocarem no cortejo não a pé mas de carro, impondo uma
alteração à tradição por via da evolução dos tempos.
Texto da autoria de Luís Drumond (colaborações para o boletim da ADC
“Mais Saúde, Mais Lazer, Campanário a Mexer” (adaptado).
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38. Na festa de Nossa Sra. do Bom Despacho, no
Campanário, a procissão habitualmente sai da
Capela até ao Tornadouro, Porta Nova, Volta do
Pico, novamente ao Tornadouro e regressa à
Capela. As confrarias, os andores, os
cumpridores de promessas, a banda de música,
e os meros acompanhantes, fazem da procissão
um dos pontos altos e mais sentidos da festa de
Nossa Sra. do Bom Despacho no Campanário.
As principais promessas constituem em ofertas
em dinheiro, cordões ou anéis de ouro, círios ou
velas na procissão, ou simplesmente
acompanhar a procissão.
http://www.prestservi.com.br/diaconoalfredo/titulos_maria/b/bomdes
pacho.htm [2015/4/17].
Campanário, 26/9/2014: A Sra. Almerinda e a Alícia (ex-aluna de Sociologia da
EBSPMA), aguardam, na sua casa, sorridentes, a passagem do cortejo.
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39. DOMINGO DE
PENTECOSTES NA Rª.
BRAVA, 2014
Antes de ser uma
festa dos cristãos,
Pentecostes foi festa
dos judeus, e sua
origem se perde nas
sombras do passado.
Antes de se chamar
assim, tinha outros
nomes, e era uma
festa agrícola.
Fonte:
http://www.paroquiasaopauloapost
olo.com.br/index.php?id=1102%3As
ignificado-
pentecostes&option=com_content
[2015/4719].
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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40. O que significa
Pentecostes?
É uma palavra que vem
do grego e significa
"quinquagésimo".
É o 50° dia depois da
Páscoa.
É a solenidade da vinda
do Espírito Santo. Junto
com Natal e Páscoa,
forma o tripé mais
importante do Ano
Litúrgico.
Esse detalhe ajuda a
compreender por que
Pentecostes pertence ao
Ciclo da Páscoa.
O vermelho domina essa
solenidade, associado ao
fogo, símbolo do amor.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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42. Ribeira Brava - adro da igreja: uma
cerimonia religiosa celebrada com muita
solenidade. A banda, o presidente da junta
de freguesia e a sua família e outras
comunidades. Jovens, professores, idosos e
crianças para verem e admirarem uma vez
mais, também a dança das espadas.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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43. ESPÍRITO SANTO
A devoção ao Espírito Santo na piedade popular madeirense enraíza na mesma
descoberta da ilha em 1420, e no início do povoamento, por meados de 1425.
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44. 19/7/2014: A “Festa do Espírito
Santo” é uma tradição com muitos
anos no Campanário. As “saloias”,
crianças vestidas com trajes brancos
e vermelhos, “decoradas” com ouro
e cestos de flores, tornam esta
tradição como especial para os pais.
Habitualmente, “as saloias”,
cantam versos típicos do Espirito
Santo e vão acompanhadas por
instrumentos tradicionais.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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45. As saloias trajam vestido branco, manga curta franzida e saia também
franzida. Habitualmente o vestido é ornamentado com colares de ouro
e folhas de alegra-campo verde. Sobre o cabelo trançado coloca-se
uma carapuça enfeitada com colares e prendas de ouro.
Serra d’Água e Meia Légua
A tradição é vivida com
intensidade pelas famílias
madeirenses bem como junto
das comunidades portuguesas
espalhadas pelo mundo. É
comum, em muitos lares, uma
limpeza das casas ao pormenor
para receber o Pároco ou o
representante da Igreja.
A família e os amigos mais
próximos juntam-se.
As refeições são melhoradas
para este dia com bolos, doces,
licores, entre outras iguarias.
Fonte:
http://www.cantinhodamadeira.pt/index.php/ev
entos/item/96-festas-divino-espirito-santo
[2015/4/18].
Por Joana Sofia (EBSPMA), à esq.
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46. Micaela Abreu
Festa do SS. S. d`Água
Tapete do Santissimo
Sacramento.
Normalmente, esta festa é
celebrada no domingo a seguir
ao da padroeira, ‘’Nossa
Senhora da Ajuda’’.
Há uma manifestação de fé
que consiste em levar símbolos
religiosos. O branco é uma cor
dominante nesta
festividade.círios,
apresentando-se com os seus
fatos domingueiros.
Festa do
Santissimo
Sacramento,
na Serra
d’Água
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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47. Tapete de flores na festa do Santíssimo
Sacramento na Serra d’Água.
As pessoas de cada sítio, reúnem-se para a
recolha de flores, sendo depois, pela manhã,
utilizadas para a organização e preparação do
tapete. Após a Eeucaristia, dá-se a saída da
procissão, onde o prior é único a passar por cima
do tapete de flores. Os paroquianos rezam e
admiram os arranjos floridos que estão no chão.
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48. Meninos que fizeram a
primeira cumunhão
participam na
procissão do
Santíssimo (Serra
d’Água).
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49. Arraial do São Pedro, 28 e 29 de junho
Rª. Brava, 28/6/2014: Marchas São Pedro
Por Catarina
Garcês e
colegas.
História da Casa do Povo da Rª. Brava (síntese)
Localização Anterior: Edifício da Cooperativa
Agrícola da Ribeira Brava – Cave
Localização atual: Rua Juvenal José Ferreira Pestana
- 9350 - 208 Ribeira Brava .
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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50. • Órgão de gestão ao longo do tempo
Até 1999 esteve na gestão o presidente José Ismael Fernandes, sendo que
desde essa data e até à atualidade permanece como órgão de gestão o
Presidente José Pereira de Abreu.
• Quando foi fundada a Casa do Povo da Ribeira Brava?
A Casa
do Povo
iniciou a
sua
existênci
a a 29 de Agosto de 1973 em conjunto com outras Casas do Povo.
Resultou duma vontade do
povo em ter uma
organização que pautasse a
vida cultural do concelho da
Ribeira Brava. As Casas do
Povo, que antes do 25 de
Abril de 1974, eram órgãos
representativos, de
providência social e
animação sociocultural das
comunidades rurais, uma vez criados os Centros Regionais de Saúde e
Segurança Social e os Sindicatos Livres para defesa dos interesses dos
agricultores, ficam com uma área bastante reduzida. Em 1982, o Governo
Regional imprime uma nova dinâmica às Casas do Povo confiando-lhes a
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51. tarefa de desenvolvimento sociocultural e económico das populações rurais,
dando às mesmas apoio técnico e financeiro, através de um Decreto
Regulamentar Regional.
As Casas do Povo foram então definidas como "instituições de base
associativa, dotadas de personalidade jurídica e autonomias administrativa e
financeira, que se constituem por tempo indeterminado e se destinam ao
desenvolvimento cultural, recreativo e desportivo das comunidades".
Começou-se por fazer levantamentos sobre os
trajes, músicas, e bailados dos vários locais
madeirenses. Em meados dos anos 80 (86-89) com
50 sócios, era Presidente, o Sr. José Ismael
Fernandes.
Desde então começaram-se a desenvolver
atividades, como cursos de música (viola,
braguinha, rajão e acordeão), formaram-se a Tuna, o Grupo Folclórico da
Ribeira Brava, o Grupo de Romagens. Mais tarde, surgiram os Cursos de
Culinária, Costura, etc.. até às inúmeras atividades que hoje são
desenvolvidas por esta instituição.
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52. Atualmente conta com 226 sócios.
• Marchas Populares
As Marchas populares remontam a
1932 (como são conhecidas hoje),
sendo uma das mais antigas e
crescentes tradições, (às marchas,
"juntaram-se" em 1958, os
Casamentos de Santo
António). Porém, já se realizavam
marchas desde o século XVIII. Se
bem que, por motivos óbvios de
inclinação comercial, não seja tão sabido, também a tradição das Marchas
Populares tem forte expressão, agregando coletividades de diversas cidades e
arredores.
• Vestuário das Marchas Populares
Para os homens: Para as mulheres:
Calças pretas;
Camisa branca;
Colete;
Chapéu;
Fitas;
Sapatos pretos.
Saia;
Camisa branca;
Avental;
Chapéu;
Capa;
Sapatos pretos.
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53. • Marcha da Rª. Brava (quando se participa no S. António – Funchal)
1ª Quadra
Santo António do
Funchal,
Festa no mundo
sem par
Há folia toda a
noite
Balões e arcos no
ar.
REFRÃO
Entrem na
marcha alegre e
animada,
Junta-te a nós,
vem connosco
bailar,
Não fiques em
casa em noite de
alegria
Arcos e balões
nunca parem de
cantar.
2ª Quadra
Vem aqui a Ribeira
Brava
E a juventude vem
com ela
Venham todos
tomar parte
Nesta marcha tao
singela.
3ª Quadra
Dia 28 de junho
Dia de tanta
alegria
É o arraial de
Santo António
O maior da
freguesia
4ª Quadra
Esta marcha tão
querida
Vem mantendo a
tradição
Rapazes e
raparigas
Santo António no
coração.
5ª Quadra
Venham ver nossos
balões
E arcos muito
enfeitados
E este bando de
jovens
Alegres
enamorados
6ª Quadra
É com os nossos
balões
Sempre no ar a
brilhar
Esta nossa
tradição
Nunca mais há-de
acabar
7ª Quadra
Venham todos
para a festa
O arraial animar
Venham novos,
venham velhos
Connosco cantar
e bailar.
8ª Quadra
Vamos todos dar as
mãos
Com os arcos e
balões
Cantar com o
coração
Ao som dos
acordeões.
9ª Quadra
Toda a nossa
juventude
Anseia por este
dia
Dão largos ao
coração
Nesta nossa
Romaria
10ª Quadra
Reunimos esta
marcha
Não pode vir mais
ninguém
Demos boa noite
a todos
Até ao ano que
vem
REFRÃO
Entrem na marcha
alegre e animada,
Junta-te a nós, vem
connosco bailar,
Não fiques em casa
em noite de alegria
Arcos e balões
nunca parem de
cantar.
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54. São Pedro
O Santo Protetor dos Pescadores é assinalado a 29 de junho. O último dos
Santos Populares é assinalado com pompa e circunstância na Vila da Ribeira
Brava, Câmara de Lobos e no sítio de São Pedro, em Santa Cruz. São locais
com tradição piscatória.
No entanto, a mais concorrida é a Festa da Ribeira Brava. No passado,
algumas empresas de transporte marítimo realizavam viagens em barco de
recreio entre a Marina do Funchal e a Ribeira Brava. O arraial ficou conhecido
pela forte animação musical e pelas marchas populares sobretudo na véspera
de São Pedro:
“Vestuário”, por
Tânia Pita, 12º. A, C.
T. de Ação Social,
2013/14 (EBSPMA).
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55. “São Pedro meu padroeiro. Trazes a chave na mão. Vê se encontras meu
amor. Para abrir meu coração”.
“ARCOS”
Por Daniela Faria
O que sou: Sou uma rapariga impulsiva, amiga de
quem merece, espontânea, gosto das coisas à
minha maneira, gosto que tudo dê certo,
preocupada com a aparência, sou divertida,
alegre e digo sempre tudo o que penso.
O que não sou: Não sou paciente, nem egoísta,
odeio injustiças e mentiras. Não sou pessoa de
perdoar traições.
Os meus objetivos: Tenho um objetivo geral, conseguir viver com o que a vida
me dá, ter força de enfrentar sempre os problemas em vez de torná-los
maiores. Quero construir uma vida, ter a minha casa, o meu trabalho, e ir
conseguindo as coisas com o meu esforço sem nunca desiludir quem confia
em mim.
• Arcos, o que são?
Os arcos das marchas são a maneira mais simples, aperfeiçoada e bonita de
dar ânimo e cor a uma marcha. Cada marcha, cada sítio tem o seu,
independentemente das cores, formas ou tamanhos.
Os nossos foram feitos com ferros, colocados em forma de arco,
embrulhando jornal à volta do ferro e depois fitas de várias cores para dar
alegria à marcha.
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56. Os arcos foram uma ideia de tornar a
marcha algo vivo, ajudar nos passos
de dança. Em Lisboa estes são
armados num banco baixo ou em
degraus feitos de caixas ou caixotes,
forrados com um pano branco,
ostentando no degrau cimeiro a
imagem do santo, quase sempre em
barro.
O resto são os enfeites de papel colorido, as flores, as velas, os vasinhos de
manjerico, as figurinhas e os pequenos objetos dispostos ao gosto de cada
um.
Há também arcos mais elaborados e de maiores dimensões em lugares
públicos, símbolo da devoção popular dos moradores de cada rua, ou pátio
dos bairros antigos de Lisboa.
É necessário fazê-los sempre com cuidado e imaginação para que corra tudo
bem na hora da atuação, amarrar as fitas com arames, e prender tudo com
muita força. Os balões foi uma ideia de dar ainda mais ânimo ao arco devido
à luz que esta solta de maneira a conseguir a atenção da plateia:
‘’ Alegrar as pessoas não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver
pessoas sem nada para fazer, mais triste ainda é vê-las sentadas
enfileiradas em casas sem ar, apenas olhando para o nada pensando
que a vida já acabou.’’
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57. • Testemunho de quem possui mais experiência do que nós (I)
O que sei é que as marchas não são daqui, ou seja, nós também festejamos o
São Pedro, São João mas tem uma maior predominância em Lisboa.
O ponto mais alto do São João é no Porto e Santo António é Lisboa. No
passado, os organizadores das marchas foram os professores João Abreu
Gomes (Tito) e Eleutério, a Jenny.
Este ano foi o que mais me marcou em
termos de marchas, por ver o esforço e
o trabalho que estas miúdas tiveram
para a realização das marchas. Rosa
Carolina.
Nota de Redação: Rosa Carolina, na
imagem, é a atual funcionária da Casa
do Povo; nasceu em 1975 e mora no
Pomar da Rocha, concelho da Rª.
Brava.
• Testemunho de quem possui mais experiência do que nós (II)
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58. Um senhor, por acaso um dos professores
da nossa escola, que há alguns anos liderou
a Marcha Popular da Ribeira Brava deixa-
nos o seu testemunho como as coisas eram
e o que mudou…
Nome: João Abreu Gomes (Tito)
Morada: Ponta de Sol.
Estive na liderança das marchas em 1989
até 1996, fiz 3 anos só como membro
depois mais 6 anos como ensaiador e
membro. O local de ensaio era na antiga
escola Primária, a escola da sede. E depois
no antigo cinema – atual biblioteca municipal. O horário era pós-laboral, depois das
18 horas e envolvia jovens dos 14 até idade ilimitada, pois havia muitas pessoas a se
inscrever e depois havia uma pré-seleção.
As marchas da Ribeira Brava eram um cartaz turístico, por causa do são Pedro, apesar
do São Pedro estar morrendo aos poucos.
Eram selecionados 16 pares, sempre rapaz-rapariga, e tinha início cerca de 15 de
maio.
Os passos eram meus pela experiência e com a
visualização das marchas de lisboa. A letra era original
pelo Santo António e trazíamos sempre prémios desta
festa. A de são João era letra e música própria assim
como a de São Pedro.
São Pedro: ‘‘ viva a São Pedro, viva, viva a nossa festa,
não há na Madeira uma festa como esta, viva a São
Pedro, viva a nossa freguesia, viva a nossa juventude, que canta com alegria ‘’
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59. A Banda Municipal, na altura, 20 anos atrás, voluntariava-se para acompanhar o
grupo, ao longo dos 3 eventos. Os arcos eram reformulados todos os anos, com papel
crepe, o aro era de ferro, todo o matérial era doado pelos comerciantes da Ribeira
Brava, assim como, os comes e bebes pelos restaurantes.
As roupas, eram típicas da Ribeira Brava. Raparigas com saia vermelha bordada, blusa
branca e lenço vermelho, os rapazes com calça preta, camisola branca, chapéu preto
de filtro e faixa vermelha. As roupas das raparigas eram propriedade da Casa do
Povo.
Nos ensaios, os primeiros dias eram sempre muito agitados. Os transportes eram
oferecidos pela Casa do Povo, o poli desportivo da Rª. Brava e a Câmara Municipal
para levar os músicos. O grupo arrecadou bastantes prémios. O percurso iniciava-se
na “Escola da Sede”, passando pelo largo Herédia, descendo toda a Rua do Visconde,
rua Coutinho, e terminávamos no adro da igreja.
Não havia carros alegóricos. Era um trabalho voluntário, mas quase semiprofissional
porque havia dedicação e empenho de todos os participantes para sermos sempre a
melhor marcha. As primeiras duas semanas eram de ensaio da letra e da música, e os
restantes era ensaio da coreografia, sendo os últimos dois dias de marcha de rua. A
coreografia que nós tínhamos era diversificada e estava adaptada a cada local.
Depois das marchas havia sempre animação até muito tarde.
Cheguei a ir à Serra de Água, sempre sem rivalidades, pois nós queríamos sempre
aperfeiçoar. E também fui ao Campanário.
As roupas tradicionais já eram de 1970. Procurávamos sempre fazer coisas
diferentes, dado que o Santo António (Funchal) era uma festa muito concorrida.
A meu ver, perdeu-se muito em não se manter a tradição das marchas de São Pedro,
quer a nível de vestuário / musical. Passávamos nas ruas e quem cantava eram as
pessoas, visto que, a letra da marcha era muito conhecida e fazia com que a plateia
também participasse na marcha a cantando. Talvez daqui uns a anos se volte a pegar
nisto, mas sei que muita coisa iria mudar porque sou um homem muito exigente.
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60. Esta experiência ajudou-me na Universidade da Madeira. Deu-me azo a fundar duas.
A TUMa - Tuna Masculina da Universidade da Madeira iniciou as suas atividades em
setembro de 1995, tendo-se formado, no entanto, em abril de 1994 como tuna
mista. A 13 de Março de 1998 é constituída a Associação denominada Tuna
Universitária da Madeira (TUMa). Em abril de 1997, a TUMa apadrinhou a Tuna
D’Elas – Tuna Feminina da Universidade da Madeira e em Outubro de 1998
apadrinhou também a Tun’UMa - Tuna Mista da Universidade da Madeira. Do meu
ponto de vista, a “Mista” não atingiu, na época, os objetivos pretendidos, porque as
raparigas ficavam irritadas por cantarmos para outras raparigas.
Uma vez um colega nosso estava chateado com a namorada, então perguntamos
onde era a casa dela. Fomos todos à volta dele, cantamos a serenata, e acredite ou
não, deu casamento …
Concluo com uma pequena amostra de imagens recolhidas por nós em maio e junho
de 2014, durante a nossa participação muito ativa:
Foi sem dúvida uma experiência fantástica, o nosso trabalho e dedicação valeu a
pena. Um muito obrigada a todos!
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61. Imagem 1: S. Pedro da Fajã da Ribeira de 2014; imagem 2: Placa identificativa
do sítio, em 2014. No dia 5 de novembro de 2014: um arco-íris.
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63. A tradicional e monumental «Charola de São Pedro», da Fajã da Ribeira,
levada em romagem.
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64. São Pedro da Ribeira Brava, junho de 2013 – Contributo dos sítios de Pico,
Achada e Banda d’Além.
O termo «charola», devido ao formato arredondado,
quer da «charola» da Madeira, quer da «charola»
algarvia, terá origem na dança de roda mais popular da
Europa entre o século XII e o século XVII, primitivamente
uma dança religiosa, à qual era dado o mesmo nome:
«charola».
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65. ♫ Grande obrigado pela ajuda de todos na Festa de São Pedro da Ribeira
Brava: sítios com as Romagens (Vale, Moreno, lados da Avé Maria, Pomar da
Rocha), Barco (Achada/Pico/Apresentação) e Charola (Fajã da Ribeira/Meia
Légua).- Obrigado à família que ofereceu as flores para a igreja8
.
8 http://www.igrejarbrava.com/oraetlabora.htm (Acedido a 2015/1/18).
Rª. Brava, junho
de 2013.
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66. Festas de São Pedro na Ribeira Brava (2013-06-28), uma das maiores festas
religiosas tradicionais da Madeira, bastante concorrida e divulgada através de
todos os meios de comunicação social da Madeira, incluindo as televisões.
O concelho da Ribeira
Brava celebra São
Pedro nos dias 26, 27,
28 e 29 de Junho,
tendo o seu ponto alto
no dia 28, logo pelas
12 horas com a
tradicional girândola
e atuação da banda
municipal, seguindo-
se as romagens ao
Sítio do Vale, Avé
Maria, Pomar da
Rocha, Achada, Pico
Banda de Além e Fajã
da Ribeira.
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67. A vila da Ribeira Brava celebra a Festa de São Pedro com grande animação. A
vila é decorada com flores e instrumentos de pesca. Os fiéis transportam
produtos agrícolas, pão, vinho, bolos, dinheiro em notas, em honra a S.
Pedro, para o adro da Igreja.
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68. “A FESTA”, de 8 de DEZEMBRO a 8 de JANEIRO
Fotorreportagem de J. Ramos
No “Bar Coelho” (Boa Morte) e na festa de Nª. Sra.
Conceição, no sítio da Cruz, em 2014.
FESTA DO ESPÍRITO SANTO: A devoção ao Espírito Santo na Ilha da Madeira remonta ao
início do seu povoamento, por volta de 1425. A manifestação mais expressiva dessa
devoção são as visitas pascais denominadas "Visitas do Espírito Santo". Realizam-se
entre o II Domingo de Páscoa e o Dia de Nossa Senhora da Ascensão. Texto adaptado de
http://www.madeirarural.com/guia_viagem/ver_item.cfm?id=555&lingua=po (Consultado em 22/12/2014).
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69. O Firmino está emigrado na África do Sul. Tem lá um negócio e gosta tanto da “sua”
Ribeira Brava que, se pudesse, permanecia por cá mais tampo. Fernando, desde
muito novo que viajou por esse mundo fora, com destaque para a Venezuela. O
António, ex-funcionário público, ainda canta, toca acordeão, rajão (espécie de viola
pequena com cinco cordas) e viola. Colaborador assíduo da Casa do Povo da Ribeira
Brava.
A propósito do rajão, um dos instrumentos mais preferidos pelo músico António, o
primeiro da esquerda, na imagem, a “Wikipédia” ensina-nos:
o “Rajão” (designação utilizada somente na Madeira), de acordo com o
sistema de classificação de Hornbostel-Sachs, caracteriza-se como sendo
um cordofone, mais especificamente, um cordofone composto
de cordas beliscadas. O som é produzido pela vibração de uma ou
mais cordas, apresentando uma caixa-de-ressonância como parte integral do
instrumento.
Mercearia Nova (Vila da Rª. Brava), natal de 2014 - Da esquerda para a
direita, três amigos de longa data, em plena confraternização: António
Manso, Fernando Ambrósio e Firmino Macedo.
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70. Presépios e Lapinhas Madeirenses, na EBSPMA, em 2014
Na Madeira, o povo não
costuma distinguir entre
«Presépio» e «Lapinha». O
presépio mais clássico,
também é denominado de
«Lapinha».
Durante o mês de
dezembro de 2014, alguns
dos funcionários da
EBSPMA, em grupo e por
turnos, orientados pelo
Conselho Executivo,
colaboraram na nas
festividades natalícias
executando, com empenho
os trabalhos que aqui
deixamos aos nossos
leitores.
O “Presépio”, cujo
conceito original
significa “um lugar onde
se recolhe o gado;
curral, estábulo, foi
recriado por alguns
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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71. funcionários da EBSPMA, e m dezembro de 2014.
A Lapinha será só uma tradição da Madeira e do Porto Santo?
Não. Ela é feita, também, em alguns sítios do Brasil, principalmente no
nordeste mas a lapinha tradicional na Madeira apresenta duas variantes
distintas: a escadinha e a rochinha. O armar da lapinha acontecia
habitualmente nas vésperas do dia de Festa. Nos dias de hoje, ocorre mais
cedo, como aconteceu, em 2014, na EBSPMA9
.
9 Imagens recolhidas em parceria com o Gabinete de Informática EBSPMA.
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72. As Missas de Parto na Igreja-Matriz, em 2014
“Searinhas do Menino Jesus” na Igreja Matriz, à
esquerda, uma tradição que, a nível europeu, teve
início no século XVI, quando o cardeal francês
Bérulle decidiu adornar o presépio com searinhas
e laranjas para que as sementeiras e árvores de
fruto fossem abençoadas e dessem muito durante
o ano inteiro.
Depois, a “Barraca dos Escuteiros da Rª. Brava,
aqui representada por 3 rostos bem conhecidos
no meio local.
E, finalmente, as professoras Luísa Afonseca e
Teresa Vale, acompanhadas por familiares e
amigos, após o final da “missa de parto” de
19/12/2014, na Ribeira Brava. Dentro da Igreja,
mesmo depois de findas as cerimónias, há quem
desfrute, calmamente, os últimos momentos para
praticarem a sua fé.
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73. As "missas do parto" acontecem na Madeira
antes do natal, todos os dias às 6h da manhã!
Depois das missas, tocadores e populares tocam
e cantam pelas ruas da vila... Por aqui são estas
coisas que fazem lembrar o Natal.
Texto de Graciela Sousa, em 2014.
O presépio do
Sr. Francisco, no
sítio da
Murteira (Vila
da Rª. Brava),
2014
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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74. Murteira (Rª. Brava), 28/12/2014: Mais de 500 peças, novas e antigas, mas sempre com
arranjo diferente, de ano para ano, no mesmo espaço (quarto exclusivo para esse efeito).
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75. “Presépios
madeirenses.
Mensagem.”
(16-12-2014 até 17-03-2015)
Embutidos de Luz
Ornelas e cerâmica
de Helena Alencastre
Museu Etnográfico
da Madeira
Rua de São Francisco, 24 -
Ribeira Brava. Tel.: 291 952
598.Terça à sexta das 9h30
às 17h00. Sábado e domingo
das 10h00 às 12h30 e das
13h30 às 17h30.
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76. Na Noite de Mercado
No centro da página, em
cima - Nisa Quinta ou a “
Alegria de viver!”, como
dizia uma das suas
amigas, nessa noite,
depois de visualizar a
foto.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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77. Celina Coelho, em discurso direto: Sou uma pessoa criativa, alegre e
inovadora.
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78. Gosto de desafios e de criar arte com coisas que aparentemente seriam
inúteis. Todos os dias há algo que me surpreende e é por isso que tento
sempre criar algo que surpreenda os outros.
Boa Morte (Ribeira Brava), 28/12/2014:
Uma pequeníssima amostra do vasto
“mundo artístico de Celina”.
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79. O NATAL NO PASSADO10
10
Fontes: GOUVEIA, Horácio Bento de, O Natal na Cidade/A Festa No Campo, Funchal: 2001 (contracapa). Teatro
Municipal de Baltasar Dias, Presépios E meninos Jesus De Ontem E de Hoje. Funchal: 1987.
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82. DIA DE SANTO AMARO - «O VARRER DOS ARMÁRIOS» - BOA MORTE
Uma tradição que serve para estreitar laços de boa vizinhança e de convívio,
para se trocarem ditos e graças, sendo também motivo para se oferecer aos
«varredores» «a mesa posta com bolinhos e bebidas finas».
Organização e imagens: “Bar Coelho”.
No sítio da Boa
Morte (Rª. Brava)
celebrou-se o dia de
Santo Amaro (15 de
janeiro 2015) de
maneira festiva,
colocando-se na
mesa iguarias
idênticas às do dia
de Natal, dançando,
cantando e
convivendo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
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86. Emocionante vida política de
Francisco Correia de Herédia
e da sua ação na criação do
concelho da Ribeira Brava
Ana Luísa Correia11
No passado dia 07 de maio comemorou-se o 1º Centenário da Ribeira Brava
na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Cónego João Jacinto Gonçalves de
Andrade, numa iniciativa levada a cabo pelo grupo disciplinar de História,
através da realização de uma palestra dirigida aos alunos do quinto ao nono
ano de escolaridade, sendo oradores Maria Teresa Pais (Diretora do Museu
da Quinta Cruzes) e Ricardo Nascimento (Presidente do município da Ribeira
Brava).
Maria Teresa Pais falou, principalmente, da emocionante vida política de
Francisco Correia de Herédia e da sua ação na criação do concelho da Ribeira
Brava.
O Presidente da Câmara, o segundo, da esquerda para a direita, na imagem
que acompanha este texto, abordou determinados problemas do concelho no
último século, os quais alguns ainda perduram e da sua visão para o futuro do
município, numa mensagem de esperança aos ribeirabravenses.
11
Fonte: http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/446670-escola-do-campanario-comemorou-
centenario-da-ribeira-brava (adaptado em 2014-5-10). Foto: “DR”.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
86
87. CENTRO DE CONVÍVIO DO CAMPANÁRIO12
Centro de Convívio:
“Resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de
serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio
sociofamiliar”.[1]
O Centro de Convívio do Campanário é uma resposta social para a população
idosa, desenvolvida pelo Instituto de Segurança Social da Madeira, tendo
entrado em funcionamento no ano de 2000.
12http://www.cm-ribeirabrava.pt/index.php?lang=pt&s=directorio&pid=259&ppid=174&title=Instituicoes_de_Cariz_Social (2015/3/12).
Sítio da Igreja (Campanário): Na sexta
que antecede o carnaval, no Centro de
Convívio, crianças das escolas primárias
da freguesia e os idosos,
acompanhados pelo Presidente da
Junta (Prof. João Silva, à direita) e
demais população, num convívio
Intergeracional, muito animado e
colorida.
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88. Rezam as crónicas que, quando os
descobridores chegaram à Madeira no
século XV, ao passarem pelo
promontório do Cabo Girão,
avistaram, junto à costa, um pequeno
ilhéu.
Parecia um sino, tal a forma de
campanário que surgia entre o mar do
litoral sul da ilha.
Diz-se que, inicialmente, o ilhéu tinha
duas saliências, sendo que uma
acabaria por ser destruída pelo mar.
Com o tempo, a terra sem nome
passou a chamar-se Campanário, o tal
que, apesar da insistência do mar,
teimava em não emitir qualquer som.
O Campanário é freguesia desde o
século XVI. Os primeiros senhores das
terras tê-las-iam vendido, por
entenderem que a sua rentabilidade
não era viável.
No entanto começaram a chegar à ilha
pessoas empenhadas em extrair do
solo uma produtividade que lhes permitisse a subsistência. Foi então que,
ainda no séc. XVI, instalou-se um engenho de captação de águas. Não tardou
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
88
89. que o Campanário atingisse relativa prosperidade. A freguesia, noutros
tempos chegou a ser conhecida por celeiro das conquistas. Isto porque os
seus terrenos produziam uma quantidade considerável de cereais,
concretamente trigo e centeio, exportados para as costas do norte de África.
Para esta edição, a “Descobrindo”, destacou dois eventos relacionados com a
freguesia de Campanário: “EXPOSIÇÃO CAMPANÁRIO 500 ANOS-
RECRIAÇÃO DO LOGÓTIPO” e…
Ficha técnica
Texto: http://www.madeirarural.com/pt/freguesia-campanario/ (Consultado
em 2014/12/8).
Imagens: https://www.facebook.com/juntadefreguesiadecampanario?fref=ts
(Consultado em 2014/12/8)
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
89
90. Na 9ª edição da Feira do Campanário, de 14
a 18 de maio de 2014, organizada pela
Associação local, destacamos o seguinte,
entre outros (ilustrados com imagens), a
campanha solidária em parceria com a
ADbrava, visando atribuir 1 computador e
várias cadeiras de rodas a cidadãos
carenciados. Para tal desenvolveu-se uma
campanha de donativos e de venda de rifas a
reverter totalmente para este fim.
Feira do Campanário de 2014,
organizada pela Associação
Desportiva local.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
90
91. Feira do Campanário 2014 – 14 a 18 de maio
Feira do
Campanário, de
2014, organizada
pela Associação
Desportiva local.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
91
93. 07 - RIBEIRA BRAVA - O NOME QUE VEIO DA RIBEIRA
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
93
94. • Breve referência a outras valências da Casa do Povo13
Cursos na Casa do Povo (Sede)
•Arte Floral
•Curso de rendas antigas
•Iniciação a Culinária
•Tapeçaria de Arraiolos
•Iniciação a Informática nível II
•Cursos de Bandolim, Braguinha, Viola e Rajão.
•Curso de pintura em Tela e Estanho e Vidro
•Curso de Acordeão
•Curso de Inglês Iniciação e Aperfeiçoamento
Cursos Técnico Profissionais para a obtenção
do CAP: (em parceria com a Empresa Carlos
Coelho Ferreira, Lda.)
• Técnico de Obra
• Técnico de Eletricidade
• ITED
• Auxiliar de Educação Sénior
•Contabilidade e Administração
Cursos em outros locais da freguesia
•Culinária Tradicional - Lombo Cesteiro Ribeira Brava.
•Curso de Corte e Costura Nível II - Sitio de São Paulo – Rª Brava.
13 Autor das imagens: AJAP, em dezembro de 2014, na Casa do Povo, uma formação em broinhas de Natal.
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94
95. •Curso de Ponto de Cruz – Sitio da Eira de Mourão.
Grupos Musicais
•Tuna.
•Grupo de folclore Marchas para Santos
Populares em 2007 e 2008 obteve o 1º lugar no
concurso das Marchas de Santo António –
Funchal.
Outras Atividades
• Apoio a várias atividades realizadas na Festa
de São Pedro.
• Celebração do Aniversário do Grupo de Folclore.
• Exposições de trabalhos realizados na Casa do Povo.
• Acesso a Internet gratuita na Sala multimédia.
• Espetáculo de Natal realizado na vila com grupos da Casa e outras
instituições.
• Realização do VII Festibrava.
• Participação nas festividades de são Pedro (charola).
Clube de Emprego da Casa do Povo da Rª Brava
Os Clubes de Emprego são um serviço acreditado pelo Instituto Regional de
Emprego (IRE) que presta apoio a pessoas em situação de desemprego na
resolução de problemas de inserção ou reinserção profissional, em
cooperação com os Serviços de Emprego competentes.
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96. 08 - EDUCAÇÃO , CULTURA & OUTROS
Revolução dos cravos recordada, também, na Ribeira Brava, em 2014.
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97. HÁ UM NÃO – CELEBRAÇÕES DO 6 DE MAIO
SESSÃO SOLENE - 6 DE MAIO de 2014
De cima para baixo, da
esquerda para a direita:
Drs. Alberto João, Cunha
e Silva e Jaime Freitas,
foram, entre outras, as
altas individualidades
regionais e locais que
celebraram o 6 de maio
de 2014, na Rª. Brava.
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98. Dia 6 de maio foi
marcado, como se
disse, pelo centésimo
aniversário do
concelho da Ribeira
Brava.
"Não fizemos uma
reforma profunda do
Estado, que tem uma
série de organismos
desnecessários, o
que exigia uma
revisão da
Constituição e uma
mudança completa
no sistema de
justiça", considerou
Alberto João Jardim
no seu discurso na
cerimónia
comemorativa dos
100 anos do
município da Ribeira Brava.
O presidente do Governo Regional madeirense disse ainda discordar da
prioridade de reduzir o défice "quando existem famílias em dificuldade".
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99. As questões sociais também constaram do discurso do presidente da câmara
da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, que se mostrou preocupado com o
desemprego no concelho e com as necessidades de apoios sociais:
"Existem muitos ribeirabravenses a necessitar de apoio social", disse o
autarca que também falou da importância de "dinamizar e valorizar o
concelho" com mais acessibilidades.
Referindo-se ao concelho, Alberto João Jardim considerou que o futuro passa
por investir nas novas instalações da Escola Básica e Secundária Padre
Manuel Álvares e continuar a canalização das ribeiras na freguesia da Serra
de Água.
Ribeira Brava,
2014:
Celebrações do
ano do
centenário,
também, através
de atividades
desportivas.
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99
100. Ribeira Brava, maio de 2014 - Festas
dos cem anos do concelho –
Exposição “O Futuro Somos Nós”
atividades desportivas (no Mercado e
junto ao Forte).
Cantigas religiosas, na Igreja-Matriz,
com a participação de alunos e
professores da EBSPMA.
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101. A exposição “O Futuro Somos Nós” – uma pequena amostra, na última
imgem desta página - foi um dos pontos altos das celebrações do 6 de maio
de 2014.
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101
102. A Escola no seu tempo
Conferência do professor e escultor Francisco Simões14
“Bom dia a todos. Costuma-se, nas situações protocolares, dizer-se senhora
presidente disto, senhor disto, senhor daquilo, senhor daquele outro. Aqui há
muitos presidentes, e eu já nem os sei contar. Portanto, caros colegas e
professores, caros amigos e caros alunos da Escola da Ribeira Brava, queridos
e antigos alunos que estão aqui presentes, muito bom dia.
14Evocação do quadragésimo aniversário (2014-1973) da ex-Escola Preparatória da Ribeira Brava, atual
Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares (EBSPMA), proferida no dia cinco de maio de 2014, na já
batizada “Sala de Francisco Simões” (antiga sala de Sessões), pelo primeiro diretor da Escola Preparatória
da Ribeira Brava (1972/1973), professor Francisco Simões.
Gravação do texto e algumas imagens: AJAP; Restantes imagens: Gabinete de Informática da EBSPMA.
Transcrição e organização do ficheiro áudio para o ficheiro word: Prof. Martinho Macedo.
Ribeira. Brava, maio de 2014: Eu sou um operário. A minha inspiração é o
trabalho. Francisco Simões.
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102
103. Vamos ver se eu serei capaz, como
me proponho, de contar a História
desta Escola, deste espaço e da
minha vida na comunidade da
Ribeira Brava. Pode ser contada de
várias formas, sendo contudo a
mesma história. Se por exemplo,
esta sala estivesse cheia de
professores da escola eu teria de
contar esta história no sentido de
lhes dizer como é que nós
conseguimos dar aulas, naquele
tempo, trabalhando com os nossos
alunos e quais eram as nossas
regras de condutas profissionais,
éticas, etc. Mas como vejo à minha frente muitos alunos, vou-vos contar a
história verdadeira desta escola para que vocês, mais pequenos, a levem e
repensem nas vossas casa. E vão ver uma diferença enorme entre o que era a
vida das pessoas da Ribeira Brava naquele tempo e como é agora.
Aconteceu um fenómeno social e político muito importante no nosso país,
Portugal, que permitiu essa melhoria de vida das pessoas, embora, ainda hoje
haja muitos problemas, já não comparáveis aos de outrora. Era uma vida de
grande pobreza, de grandes dificuldades e que limitava muito a população.
Vou começar só por vos dizer o seguinte: os alunos da Ribeira Brava, da
Calheta, do Porto Moniz, de São Vicente, os alunos desta parte oeste da ilha
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
103
104. acabavam a quarta classe e, a maioria, cerca de oitenta, oitenta e cinco por
cento, ou noventa por cento, ficavam aqui, nas suas terras, com a quarta
classe. Portanto, a existência de uma escola na Ribeira Brava era de uma
grande importância para que as pessoas não ficassem paralisadas e
pudessem continuar os seus estudos. Mas vocês me perguntarão: mas como
é que ficavam só com a quarta classe?
Antigamente, com um bom carro e
a andar depressa nas estradas,
demorava-se pelo menos uma hora
para chegar ao Funchal. O horário
ou a camionete da carreira, não sei
como é que ainda se diz ou se usa o
termo, mas, antigamente, o horário
ou a camionete dos transportes públicos, demorava três horas a chegar e
outras três para regressar. Isso significava que quem fosse estudar para o
Funchal não podia ir de transportes públicos porque teria de se levantar às
quatro horas de manhã para poder estar às oito horas nas aulas. E depois
regressaria a casa às não sei quantas da noite. O que é que acontecia então?
Acontecia que alguns pais de meninos que tinham melhores condições
económicas conseguiam colocá-los num quartinho de uma família ou de
alguém conhecido, pagando, claro, para que os pequenos pudessem estudar
no Funchal. Portanto, é esta a principal razão, por que esta escola é muito
importante para a comunidade da Ribeira Brava. Mas o que é que aconteceu
nessa altura?
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
104
105. Aconteceu ainda outro fenómeno. Estamos
a falar de uma época anterior ao 25 de Abril
de 1974. Esta escola nasceu, como
nasceram outras em Portugal, porque o
nosso país tinha o maior índice de
analfabetismo infantil. Em todo o país havia
muitas crianças que eram analfabetas, que
não estudavam e uma organização
internacional, a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico,
OCDE, pressionou o governo português
dizendo-lhe que ou fazia escolas para
responder a esta necessidade básica,
elementar, ou Portugal seria corrido da OCDE, organização internacional onde
estavam filiados a maioria dos países. Ora, isto era uma vergonha. Foi então
que o governo começou a fazer escolas.
No Diário do Governo era registado a inauguração de várias escolas sem
grandes cuidados. Não questionavam se os locais eram os mais apropriados,
se a escola era um pavilhão pré-fabricado ou se tinha um mínimo de
condições para os alunos, etc. Na Ribeira Brava aconteceu algo ainda mais
insólito. A escola existia no Diário do Governo mas não existia na realidade.
Nós não tínhamos o edifício. Havia este espaço que tinha sido da junta geral,
um sítio de experiências agrícolas, mas não havia escola.
Havia, então, uma experiência mais complicada, os professores mais velhos,
lembrar-se-ão, de uma escola na Calheta onde, enfim, se punia os alunos
Nota da redação
Francisco Simões (de casaco azul nas
imagens que acompanham este
texto): 1946 – Nasce em Porto
Brandão, Almada; 1965 – Conclui
curso da Escola de Artes Decorativas
António Arroio; 1966 – Inicia a
atividade gráfica com o pintor Mário
Costa; 1967 – É bolseiro da O.C.D.E.
em Roma, Turim, Novara, Verona e
Milão; 1968 – Trabalha no Museu do
Louvre a convite de Germain Bazin;
1969 – Vai viver para o Funchal
onde inicia a carreira docente e o
curso de escultura da Academia de
Música e Belas Artes de Madeira;
1972 – É Diretor da Escola
Preparatória da Ribeira Brava (…).
“Na escultura, a mulher é sempre o
tema central, pela sua beleza”.
Francisco Simões, durante a sua
última visita à Escola B+S Padre
Manuel Álvares.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
105
106. com chicote, alguns professores tinham apenas a quarta classe, outros o
segundo ano do ciclo preparatório,mas eram filho ou filha do diretor da escol,
portantohavia uma escola que não era um bom exemplo para ninguém mas
que era uma realidade desse tempo - um tempo onde não havia liberdade:
os professores não tinham liberdade, os alunos não tinham liberdade. Reinava
uma hierarquia repressiva, autoritária que não permitia a liberdade.
Entrementes, um amigo meu, inspetor do Ministério da Educação, veio à
Madeira e solicitou a minha ajuda para encontrar um diretor escolar para a
Ribeira Brava. Eu ajudei-o. Andámos e procurámos todas as pessoas que
podiam vir para a Ribeira Brava no sentido de evitar o descalabro que estava
a acontecer na Calheta. E a verdade é que os professores que podiam ser
diretores não aceitaram vir para a Ribeira Brava, exactamente porque era
longe, porque ganhavam mal e tinham que dar umas explicações para viver
um pouco melhor. E, assim, ficámos num vazio.
Outro amigo meu, na altura ainda muito jovem, chamado Virgílio Pereira,
uma pessoa muito conhecida na Madeira e que foi presidente da Câmara do
Funchal, deputado, etc., era um professor muito bom. Eu e ele na Escola
Industrial, naquele tempo, fazíamos uma espécie de pequena revolução:
íamos modernizando, alterando os costumes, mudando os hábitos,
formámos uma equipa boa e amiga. E, a dado momento, eu propus ao
inspetor o meu amigo Virgílio Pereira para diretor da Ribeira Brava. E o
Virgílio disse:
- Oh, senhor inspector, tenha pena de mim, eu não tenho o curso da
universidade, ando em matemáticas, vou fazendo duas cadeiras (disciplinas)
por ano, não ganho no período de férias (nessa altura as pessoas não
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
106
107. ganhavam no período de férias), e preciso de dar umas explicações para
viver. Já sou casado, tenho um filho. Isso vai-me desgraçar a vida, não posso
aceitar.
E toda a gente compreendeu as razões do Virgílio Pereira e ficámos naquela
situação de impasse. O que é que podia vir a acontecer? Podia vir para
presidente da escola o senhor padre, o presidente da câmara, o presidente
da junta de freguesia, alguém que eles escolhessem, que fosse de confiança,
é claro, para vir para aqui. Era gente que nada tinha a ver com o ensino. Ora,
os alunos iam sofrer o que já sofriam os da Calheta e o que sofriam os de
muitas escolas do nosso país. Isto não era exclusivo da Madeira. Até que o
Virgílio assegurou:
- Mas, há uma saída! Por que é que não vai o Simões?
Eu, então, lembrei:
- Eu? Mas … ninguém me vai querer … eu sou uma pessoa que tem umas
ideias, assim, um bocado estranhas. Eles não concordam com as minhas
ideias. Mas o inspetor insistiu:
- Não! Isso trato eu.
E fui nomeado diretor desta escola que não existia. E aqui começa a nossa
história. Eu venho à Ribeira Brava. Falei com o senhor padre, com o senhor
presidente da câmara, informando-os que era o director da escola.
Entretanto, um colégio particular do concelho tinha acabado de funcionar e
ninguém tinha para onde estudar. Dada a ausência de condições, o senhor
presidente fez as matrículas dos alunos na Câmara Municipal. Os senhores
que vinham a ser professores também se inscreveram na Câmara porque não
havia escola. De seguida, falei com o senhor padre para lhe pedir que
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
107
108. chamasse todos os pais para virem falar comigo. Esta era a melhor maneira
de comunicar naquele tempo, pois não havia telemóveis nem internet. A
melhor forma de convocar as pessoas era na missa através do anúncio do
senhor padre. E assim foi.
Nessa altura havia uns duzentos e setenta ou duzentos e oitenta alunos e, no
antigo cinema da Ribeira Brava, atual espaço da biblioteca municipal,
apareceram umas setecentas pessoas, ou seja, toda a comunidade. E foi feita
uma proposta. Essa proposta, eu vou contar-vos porque foi muito
importante.
Antes do 25 de Abril de 1974 esse foi o primeiro grande ato/evento de
democracia da nossa escola. Naquele tempo não havia direito à liberdade
nem o direito à democracia, como devem saber, mas a nossa escola tinha
grandes valores. Primeiro os valores democráticos e da liberdade, pois, a
democracia e a liberdade são duas coisas que têm de estar juntas. Então,
nessa escola eu disse aos pais dos alunos o seguinte:
- A escola não existe. Só temos duas soluções: numa solução os meninos
regressam a casa e ficam todos à espera e daqui a quatro, cinco ou seis
meses, quando acabarem de construir a escola, o senhor padre avisa e depois
vêm para as aulas. Significa que este ano letivo está perdido. Ninguém irá
recuperar cinco ou seis meses de atraso. Mas eu tenho uma outra solução
que é: eu não preciso da escola (edifício físico) para ter escola. Eu posso ter
uma escola sem muros. A minha escola, a escola dos vossos filhos, é toda a
Ribeira Brava: a esplanada do Renato, lá em baixo; o mercado; a igreja; a
câmara; a biblioteca e a casa do visconde da Ribeira Brava. Em todos estes
sítios, vamos aprender e vamos aprender a fazer. Portanto, meus caros
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
108
109. senhores, tenho duas propostas. Proposta a), os meninos vão para casa e
esperam e, proposta b), os meninos começam a escola amanhã, na escola da
Ribeira Brava, que é uma escola sem muros. É uma escola comunitária.
Vocês vão ser tão importantes como os professores que aqui hoje vos
apresento.
Eram jovens professores, com o antigo sétimo ano do liceu, alguns ainda com
os estudos incompletos. Não havia professores com habilitações próprias
porque ninguém queria vir para a Ribeira Brava. Depois sugeri:
- E, então, vamos votar. Quem está de acordo com a proposta a) e com a
proposta b) que levante o braço.
Nesse tempo havia votações de braço no ar, com preceitos democráticos e de
liberdade. Claro que ganhou a proposta b). Passámos no dia seguinte a ter
[ser] escola. Bem, posto isto, havia outros problemas para resolver. Um dos
principais problemas para resolver era o seguinte: havia muitos meninos que
não tinham a alimentação que hoje, os vossos pais, felizmente, já vos podem
dar. Havia muitos meninos que vinham das zonas do campo, mais distantes.
Hoje já não é campo, mas vinham das zonas mais isoladas e tinham uma
alimentação deficitária. Ainda me lembro que no Funchal, pior que aqui,
havia meninos que desmaiavam nas aulas por terem uma alimentação
paupérrima. E, então, eu tinha essa consciência e essa noção.
Também não havia oficinas nem aulas de trabalhos manuais. As aulas de
trabalhos manuais passaram a ser os trabalhos realizados nos terrenos da
nossa escola, que hoje já não existem, pois foram transformados em blocos
de cimento armado. Mas, nessa época, tínhamos os terrenos de onde
retirávamos morangos, tomates, cenouras, alfaces; cuidávamos de animais
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
109
110. como coelhos, trutas, galinhas. Até tivemos uma vaca leiteira que fornecia o
leite para os nossos jovens.
E, assim, começámos a resolver um problema que, se tivessem aqui
professores, eu diria, é um item pedagógico importante de subsistência. Bem,
falei de democracia, de liberdade, e logo a seguir eu falaria do item da
subsistência que, em termos de ensino, corresponderia à relação do homem
com outros homens, portanto, à camaradagem, à amizade, à partilha, ao
amor, a entreajuda, à solidariedade, ao seguinte valor: o homem com os
outros homens. Esta é a parte humanística.
Mas, depois, tínhamos outros aspetos: o homem e a natureza. E então
também estávamos a aprender no terreno coisas da ciência dos animais,
etc., etc. Depois viria o homem e o universo, o homem e o infinito.
Bem, não se esqueçam que nós não tínhamos livros. Não tínhamos material
didático. Os livros vinham da minha biblioteca. As pinturas que nós fazíamos
eram feitas com a própria terra. Pintávamos com morangos e com flores. Os
alunos não tinham dinheiro para comprar guaches, tintas, pincéis.
Começamos a fazer todo o ensino cientificamente rigoroso.
Os nossos alunos estavam muito, muito bem preparados, e temos aqui a
prova. Vocês têm aqui alguns dos vossos colegas que se licenciaram. Eram
meninos como vocês nessa época e que hoje são professores. No continente,
em Portugal continental, alguns desses meninos, antigos alunos da Ribeira
Brava, hoje são engenheiros, doutores, atletas profissionais, etc. Portanto,
esta é a grande experiência da Ribeira Brava. Mas esta grande experiência
da Ribeira Brava ainda tinha outras componentes que vale a pena falar
convosco, hoje.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
110
111. Eu sei que hoje o ensino é complicado e que a vossa vida não é fácil. Hoje
vivemos com liberdade, que é um valor sagrado e oxalá que nunca a
percamos. Mas, este valor, às vezes é mal usado e estraga ambientes, porque
a liberdade, a minha liberdade é “total” desde que eu não invada a liberdade,
por exemplo, desta minha companheira. Eu tenho liberdade de ser livre mas
não tenho a liberdade de coarctar a liberdade dela e de invadir a liberdade
dos outros. Ora bem, é aqui que reside o problema.
Os meus alunos da Ribeira Brava eram os mais livres que podem imaginar.
Eram os mais camaradas, os mais companheiros, os mais solidários que
também podem imaginar. E eram os mais respeitadores que vocês podem
imaginar. Nunca vi alunos tão respeitadores, muito, muito responsáveis.
Portanto, ninguém fazia um risco numa parede. Ninguém estragava, fosse o
que fosse. Toda a gente tinha pelo seu professor uma consideração e uma
estima como se fosse “quase” um pai. Os alunos mais velhos ajudavam os
alunos do ano seguinte. Os mais pequenos tinham a ajuda dos mais velhos
na integração escolar. Havia de fato uma amizade, uma equipa de paixão, de
amor, de solidariedade. Mas, por que será que eu vos estou a falar disto?
Estou a falar-vos disto porque naquele tempo nada era proibido. Ninguém
proibia nada a ninguém. Mas eram proibidas duas coisas. Eu, como diretor da
escola, só proibi duas coisas: não proibi nada aos alunos mas proibi aos meus
colegas professores duas coisas: nenhum professor podia bater no aluno.
Isso era proibido. E, nenhum professor podia pôr um aluno na rua. Isso
também era proibido. Eu estava lá para resolver os problemas. Nunca foi
preciso pôr um aluno na rua. E nunca ninguém bateu porque ninguém tem o
direito de bater em alguém, seja em que circunstância for. Esta já era a
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13
111
112. realidade da escola da Ribeira Brava antes do 25 de Abril. Mas era assim e
foi assim que os alunos quiseram que fosse. Era assim porque os alunos
mereciam que fosse assim.
Do ponto de vista do ensino propriamente dito já vos disse que esta gente
estava muito bem preparada, atendendo às ricas atividades, aos resultados e
atitudes dos alunos desta escola. Ainda antes do vinte e cinco de abril, houve
alunos que foram para o Funchal por razões diversas. Alguns porque eram
filhos de pessoas emigrantes e depois tiveram que juntar-se aos pais no
Funchal. Outros foram transferidos para o colégio de Santa Teresinha,
colégios finos do Funchal, de gente rica, etc., mas quando chegavam lá eram
gozados: “Ah, vocês são da escola dos macaquinhos” porque nós tínhamos
pintado o mercado, lá em baixo, ou porque a nossa escola estava pintada e
era muito bonita. Mas tudo era feito com peso e medida. Não era pintar por
pintar. Não era decorativismo. Tudo tinha uma estratégia e rigor
pedagógicos, um objetivo definido.
Entre os jovens professores, tínhamos a atual professora Maria José, a única
que andava no serviço cívico estudantil, na altura com o sétimo ano. Também
há aqui alunos, de então, que, hoje, são professores, nesta escola, que não
sabiam como é que se dava uma aula. Mas eu reunia todas as segundas
feiras. Fazia-lhes um plano semanal das aulas e avaliávamos diariamente os
nossos resultados para saber se estávamos a trabalhar bem ou a não. E isto,
queridos professores, é como se deve trabalhar. Claro que hoje eu não
consigo, nem nenhum professor consegue fazer isso. Os professores de hoje
têm ocupações administrativas. Já nem querem que eles pensem em
pedagogia, mas deviam. O Estado devia querer isso. Põem os professores a
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113. fazer trabalho de secretaria e afins. Portanto, tínhamos um grande rigor e os
alunos e as alunas que iam para outras escolas eram gozados porque eram
da escola dos macaquinhos. Mas depois quando começavam a fazer os
exames os alunos da Ribeira Brava tinham dezoito, dezanove e vinte
valores. Ficavam à frente deles todos. Toda a gente se calou com a Ribeira
Brava até que chegou uma altura em que, após eu me ter ido embora, foi
preciso calar a Ribeira Brava. Embora estas “Gaivotas” fossem livres, eram
crianças, e é fácil atemorizar, é fácil fazer esquecer, e tentaram, mas as
“Gaivotas” da Ribeira Brava nunca esqueceram. E hoje estão aqui. Muitas. A
Bernardina. A Rita. A Manuela. A Ivone. E vocês dir-me-ão, mas porquê as
“Gaivotas”? Por que é que eram “Gaivotas”?
Vejam lá se conseguem perceber. Nessa época não havia livros. E eu tinha
este livro ainda em inglês15
, pois não havia a versão traduzida em português.
Não sou professor de Inglês, tal como a vossa presidente da escola, mas
traduzi o livro, fazendo alguns acrescentos, sempre à minha maneira. E
porquê? Porque era muito importante criar um elo comum a toda a gente. E
qual era esse elo comum a toda a gente? Eram as “Gaivotas”.
Eu era o Francisco Gaivota. Havia a Ivone Gaivota. A Maria José Gaivota. A
Bernardina Gaivota, princesa dos caracóis. Outra era a Rita Gaivota. O Luís
Mendes que era o presidente da Câmara Municipal, lá fora, era o Luís
Gaivota. O senhor padre da igreja, lá fora, era o Ramos Gaivota. Aqui éramos
todos Gaivotas. E, então, isto que agora, aqui, estes queridos atores
representaram, nós representávamos naquele tempo. Desenhávamos as
gaivotas, o voo do Fernão. Contávamos histórias. Fazíamos redações. Era um
15
Jonathan Livingston Seagull (Fernão Capelo Gaivota), escrito por Richard Bach.
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114. leivmotiv: um motivo inspirador para nós trabalharmos como uma
Comunidade de Gaivotas. Mas o importante não era ser gaivotas. Porque
podíamos ser gaivotas que andavam da rocha para o mar e do mar para as
rochas, numa rotina, todos os dias igual, à procura de peixe, a comer, a
comer, a comer. Não. Éramos gaivotas que queriam aprender a voar. Que
queríamos aprender a voar mais alto. Que queríamos voar à velocidade do
pensamento. Ou seja, estar “aqui” e “além”, num mesmo momento e na
mesma hora. Isto é o saber. Eu para estar aqui e além tenho de saber o que é
o “além” e o que é o “aqui”. Estou ao mesmo tempo nos dois lados. Estes
alunos estavam aqui e além. E voavam já à velocidade do pensamento. E
caíam, como o Fernão Capelo Gaivota, para experimentarem os “loopings”
(novas experiências). E as “penas” caíam mas eles abanavam as “asas” e
voltavam a “voar”. Até que o Fernão foi banido do bando. O bando das
gaivotas velhas, o bando das gaivotas que queriam que ele ficasse ali a fazer
aquilo, a andar a comer sardinhas e atum todos os dias, baniram o Fernão.
Se lerem a história, o Fernão foi para outro sítio e hoje está aqui convosco.
Voltou. Está aqui uma Gaivota que ainda continua à procura de aprender a
voar. Ainda não sei. E a gente nunca sabe. Mas quero que vocês aprendam
todos a voar. Quero que façam da Ribeira Brava uma escola que tem uma
história como nenhuma outra escola da Madeira tem. Muita gente ficou
incomodada com esta história. Ainda bem. Quando nós incomodamos as
pessoas, é bom sinal. Quando nós passamos ao lado, ninguém nos liga. Não
valemos nada. É bom incomodar. Mas incomodar com correção, com valores,
com serenidade, com calma, com amizade, com respeito. Não é incomodar
com ofensas. Incomoda-se porque as pessoas querem de fato manter um
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115. certo status [estatuto], não querem evoluir, não se preocupam com o futuro.
Não é o caso específico aqui desta escola, nem dos vossos professores. Mas
era bom que o Estado se preocupasse com o futuro. O futuro é, ou melhor,
são vocês.
O futuro é preparar um caminho, um objetivo e valores para que vocês,
amanhã, possam estar como eu, como os vossos professores, seja
numaescola, seja num hospital, seja num tribunal, seja no que for como
gente crescida, de cabeça erguida que sabe voar. Portanto, a história da
Ribeira Brava é uma história muito, muito simples. É uma história de amor,
de liberdade e de democracia. E o vosso amigo Francisco Gaivota, hoje, só
quer que vocês aprendam em casa, à noite, quando pensam, isto: vou voar a
liberdade. Como é que eu voava a liberdade? Ponham-se a sonhar. Sonhem
toda a noite. E no dia seguinte, e voar a democracia, o que é voar a
democracia? Vou voar a democracia, vou aprender. Vou aprender a
amizade, vou voar a amizade. E aprendam. É isto que eu deixo para acabar
esta história. E vos dizer que gostei muito, muito, muito de ter vindo para
estar convosco. Quero agradecer à Ivone Gaivota e à Fátima que não era
Gaivota mas que passou a ser, tal como hoje vocês também são, por me
terem convidado para vir cá.
Foi um prazer muito grande vir à Ribeira Brava, falar com vocês, conhecer-vos
e um dia, quem sabe, talvez venha à Ribeira Brava, falar com todos os vossos
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116. professores. Uma história ainda mais complicada, mais profunda do que é ser
Gaivota e professor numa escola que tem uma história. Muito obrigado a
todos vós.”
ADBRAVA NO “UNIDOS PELO AUTISMO”
ADBRVA na Câmara Municipal do
Funchal, setembro de 2014: Exposição e
encerramento oficial do projeto “Projeto
Unidos pelo Autismo – UPA”. O projeto
realizou-se nas instalações da ADBrava,
Rua do Visconde nº 7, centro da Ribeira
Brava, durante o ano de 2014, em
parceria com a Associação Portuguesa
das Perturbações do Desenvolvimento do
Autismo (APPDA – Madeira).
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119. “AGENTE X”16
, 2014
16
O "AgenteX" é um campeonato de resolução de problemas de Matemática para
todos os alunos do 5º, 6º, 7º e 8º anos da região Autónoma da Madeira. Nesta página
terás informação essencialmente para o 7º e 8º anos.
Por: Prof.
Joana
Sobreira.
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120. "Esta iniciativa pretende promover e estimular o raciocínio matemático, usando como
estratégia a resolução de problemas e oferecer mais uma ferramenta didática de pensar e
fazer matemática, contribuindo assim para melhorar a relação dos alunos com a disciplina”.
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121. JORNADAS CULTURAIS 2014
«Viver é recordar» em Rasgos da minha
Infância, Ribeira Brava, 2014-11-25.
Um livro que é uma viagem, não só ao
passado, mas à infância, à vida, ao mais
íntimo de nós mesmos.
Gisela falou das narrações dessa viagem,
acompanhada pela ilustradora do
“Rasgos da minha Infância”, Louísa
Roldão, à direita na primeira imagem.
A autora, Gizela Dias Silva, em primeiro
plano na mesma imagem, referiu que
“Rasgos da minha Infância” apresenta
«as minhas vivências, as minhas
brincadeiras, já que eu não tinha
brinquedos, pegava num pedacinho de
pano, dobrava e amarrava, e era uma
boneca», admitiu, com simplicidade.
Exemplificando com largos gestos, a antiga professora primária
recordou momentos marcantes da sua meninice como «a Noite de São
João, Tosquia no campo, A beleza das joeiras, Bonecos de fogo, A
Gatinha da Louísa».
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122. Mariazinha17 era uma menina pobre, a quem a miséria deixara marcas.
Dotada, porém, de um coração que se desfazia em mimos e atenções
para com as pessoas com lidava, é fácil imaginar a simpatia que por ela
nutriam.
No tom da sua voz, havia, encanto; no seu olhar, doçura; no seu lidar,
magia!
17 SILVA, Gizela Dias da (2011), Rasgos da Minha Infância. Funchal: Editorial Eco do Funchal. P. 21.
“Bonecas de massa”, “Papoilas encarnadas”,
na capa, de Carlos, e pág. 30 e 12,
respetivamente, do livro”. Assina Louísa.
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123. No entanto, eram as meninas da sua idade as mais beneficiadas da ternura
do seu ser. Para elas, a sua presença era um bálsamo de virtudes…
Louísa18
tinha uma gatinha que lhe dera a tia Maria no dia dos seus anos!...
Não era um brinquedo, mas um animal vivo que se mexia, movimentava,
brincava, para ela olhava e miava…
18
SILVA, Gizela Dias da (2011), Rasgos da Minha Infância. Funchal: Editorial Eco do Funchal. P. 71.
Olá António, no fim de semana tratarei
de lhe enviar as fotografias de algumas
ilustrações…
Boa noite! Aí estão as imagens sobre as
quais conversámos…Cada uma delas tem
o seu título: Boneca de massa, a beleza
das joeiras, momentos de sonho, A
Gatinha da Louísa, Boneca de trapos,
Tosquia no campo, Lagar mágico…
Louísa Isabel Roldão. Dez. 2014.
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124. RASGOS DA MINHA INFÂNCIA. Gizela Dias da Silva – Texto. Louísa Isabel
Roldão – Ilustração. Editorial Eco do Funchal, Março 2011
Rasgos da minha infância é um livro de viagens…é uma viagem rasgada,
traçada, delineada… mas aberta como sulcos cavados pela criatividade e
imaginação, com esforço e dedicação. Obrigado à autora Gizela Dias da Silva
por nos propor desta maneira a viagem mais difícil e a mais importante de se
fazer: a viagem até ao mais íntimo do nosso coração.
Obrigado e bem haja!19
19Fonte: http://quintalvieira.blogspot.pt/2011/04/apresentacao-de-livro.html (Consultado em 26/12/2014).
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125. Louísa Roldão, a autora dos desenhos que ilustram o livro referido nas
páginas anteriores. Louísa é, também, admiradora de Mia Couto.
Recorde-se, a propósito, que Mia Couto é um escritor moçambicano,
conhecido em todo o mundo, por, entre outos factos, falar, nas suas
inúmeras obras, sobre a importância de não perdermos o encantamento, a
capacidade de fascinação, de êxtase diante das pequenas coisas.
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126. Castanholas da Tabua (Rª. Brava), no Museu, em
2014.
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127. Amizade: O grupo de amigos da Casa do Povo da Serra de Água atuou n dia 9
de novembro de 2014, na Festa da Castanha da Serra, realizada no Chão
Boieiro (serras do Campanário), a convite da Associação Desportiva do
Campanário.
O Fábio, aluno do 11º. Ano,
acompanhado pelo seu grande
amigo, José Elias, do 10º ano.
Estudam na EBSPMA e
aproveitaram um intervalo para
visitarem a Exposição no
mercado.
Os dois amigos, o primeiro é da
Ponta do Sol, tendo vindo
apenas para estudar na Ribeira
Brava, em 2013. O Elias,
residente na Ribeira Brava
“apoia” o Fábio.
Assina: Maria José (mãe do
Elias).
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128. Lombo de S. João - A escola onde eu andei era um edifício antigo, o ensino
era semelhante ao de hoje em dia, mas com menos disiciplinas. Não
tínhamos, por exemplo, o inglês, TIC, Plástica ou Biblioteca. A escola não
funcionava a tempo inteiro. As turmas eram grandes e rapazes e raparigas
andavam na mesma turma (nascida em 1974).
A escola era muito antiga, ainda do tempo dos meus pais, tínhamos só uma
professora para todas as disciplinas, as regras eram muito rígidas ao ponto de
ainda levarmos com a régua (nascida em 1980).
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129. 7/11/2014, pelas 17h00, a tradicional Bênção das Capas, na igreja matriz
deste concelho. Mais imagens nas páginas seguintes, antes e depois da
cerimónia oficial.
Rª. Brava, maio de 2014: Para a Comissão dos Finalistas, concorreram duas
listas, a “A” (ver pág. anterior) e a “B”, nesta foto, a lista vencedora.
Os Finalistas da EBSPMA
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130. Rª. Brava, 7/11/2014 –
Bênção das capas.
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131. Rª. Brava, 7/11/2014 – Bênção das capas.
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132. Mas a vida não se esgota aqui20
20 + Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado).
Fonte: file:///C:/Users/Ajap/Downloads/2008_05_25_b%C3%AAn%C3%A7%C3%A3o_finalistas.pdf.
(Consultado em 6/11/2014).
Caros finalistas, neste dia grande, olhando o
passado, lembrar-se-ão das dificuldades
sentidas ao longo do curso e o modo como as
superaram.
Muitos dirão: donde me veio a coragem, a
persistência, a luz que me fez ultrapassar
tantas dificuldades e chegar aqui vitorioso?
+Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado).
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133. Em resumo, sentis o apelo à felicidade, vedes à vossa frente um mundo
grande a construir, vedes o desafio de ser diferentes, vedes muita gente com
os olhos postos nas vossas capacidades, mas também sentis a par das vossas
muitas capacidades a vossa fragilidade diante de tantas dificuldades que é
preciso superar.
E perguntais: serei capaz de ser diferente? Vale a pena sonhar e lutar por um
mundo melhor? Onde encontrar luz e coragem para ir mais longe?
Por isso, caros finalistas, sonhai alto. Não vos resigneis a uma vida medíocre.
E no vosso caminhar arrastai todos para o alto.
Mas a vida não se esgota aqui. Vocês, caros
finalistas, olham para o futuro e têm sonhos
certamente grandes. Sonham com um mundo
mais solidário mas sentem o peso de um
egoísmo espesso à vossa volta. Sonham com um
mundo mais justo e fraterno onde não sejam
tão grandes as desigualdades sociais e vedes
muita injustiça.
+Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado).
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134. GERAÇÕES SOLIDÁRIAS
Por Marisa Faria do Nascimento
12º A, 2013/2014, EBSPMA
Recortes de imprensa:
Publicado no Diário de Notícias da Madeira, de 14/6/2014.
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135. CAMINHADA SOLIDÁRIA, 8 DE JUNHO DE 2014
O Combo de Jazz da Direção
de Serviços de Educação
Artística e Multimédia,
dirigido pelo professor
Rodolfo Cró, deu um
concerto, numa coprodução
entre a A. R. de Educação
Artística e Câmara Municipal
da Rª. Brava, no adro da
Igreja matriz.
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136. Rª. Brava, 8/6/2014: “Gerações
Solidárias”.
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137. CRÓNICAS
JOGADOR SOFRE DISTENSÃO AO MARCAR O GOLO DECISIVO!21
Por Marisa Faria do Nascimento
12º A, 2013/2014, EBSPMA
No passado dia 09 de março, um
desportista de 24 anos, jogador do
“portucalense” sofreu uma distensão
muscular na coxa direita, segundo a
informação disponibilizada pelos
espectadores e pela equipa médica da
equipa:
A distensão poderá ter sido causada pela
falta de aquecimento apropriado e pela
excessiva tensão sujeita ao músculo
durante uma disputa de bola, seguida de
um remate descontrolado para um golo
imbatível.
No local da lesão observou-se um
hematoma acompanhado de uma
inflamação local. O capitão da equipa tratou de colocar a vítima em posição
confortável, fazendo aplicações frias de gelo de forma indireta.
Após a aplicação indireta de gelo, repousou o músculo e elevou o membro,
envolvendo a área afetada em algodão e com uma ligadura.
21
Nota da Redação: Os nomes e as equipas são imaginários.
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138. O jogador queixava-se de uma dor local de instalação súbita, rigidez muscular
e observou-se um grande edema e uma intensa equimose.
Algum tempo depois, a ambulância transportou o jogador para o hospital
para fazer uma avaliação médica de modo a excluir a presença de fraturas e
evitar sequelas.
O que é uma distensão muscular?
Uma distensão muscular caracteriza-se por uma rutura das fibras que
compõem os músculos, por esforço maior a sua resistência. Pode ocorrer
uma distensão: devido a falta de aquecimento e alongamento, e também
devido ao próprio cansaço muscular, porém, o agente mais causador desta
lesão é sempre um movimento forte e rápido, ou um movimento exagerado
contra uma grande resistência.
Normalmente uma distensão muscular, vem sempre acompanhada de uma
dor local repentina, rigidez muscular, edema e equimose. Em caso de
socorro, devemos instalar vítima em posição confortável, caso o acidente seja
recente, devemos fazer aplicações frias, e logo depois, repousar o músculo e
elevar o membro. Para finalizar, devemos envolver a lesão em algodão e
numa ligadura.
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