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JB NEWS
Informativo Nr. 442
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Lisboa, 13 de novembro de 2011
Índice deste domingo* (Editado em Lisboa, Portugal)
1. Almanaque
2. (Ir. Barbosa Nunes)
3. O Simbolismo das Romãs
4. Verbete do Vade-Mécum do Meio-Dia À Meia-Noite: A
Proclamação da República, (Ir. João Ivo Girardi)
5. Perguntas e Respostas (Ir Pedro Juk)
6. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
Livros Indicados
Livro de autoria do IrAquiles Garcia
Grande Instrutor Litúrgico da Grande Loja de Santa Catarina
SINOPSE:
Trata-se de estudo sobre três histórias e quatro fantasias que
transitam historicamente na Maçonaria, envolvendo-a com a Ordem
dos Cavaleiros Templários da Idade Média. Após uma incursão no
panorama humano da Era Medieval, sua educação e cultura, é
descrita a pré, a proto e a história da Maçonaria Operativa, sua
transição para a Especulativa, com sua evolução histórica. Também
a proto-história e história da Cavalaria Templária. O estudo
incursiona na Arquitetura, desde recuados tempos, para chegar à
Romântica e à Gótica ligadas à envoltura dos Maçons Operativos e
da Ordem Templária. Encerra-se o estudo abordando de frente as
realidades e fantasias maçônico-templárias, inclusive sobre a gnose
hermética desses Cavaleiros que se diz fundamentando alguns dos
Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. O capítulo final trata
sobre a realidade histórica que se passou entre a Maçonaria
Operativa e osTemplários.
Esta obra já está disponível no site www.editoralexia.com
Encomendas via e-mail: fabio@editoralexia.com
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Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
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Ir Everton (Loja Templários da Nova Era)
1 – Almanaque
Hoje, 13 de novembro de 2011,
é o 317º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 48 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 615 - É eleito o Papa Adeodato I.
 1002 - O rei Ethelred II ordena a eliminação das comunidades Vikings
existentes na costa de Inglaterra.
 1197 - Morre em El Eubbad Sidi Boumediene, santo patrono de Tlemcen.
 1615 - Fundada a cidade de Cabo Frio.
 1822 - Fidié partiu de Oeiras, capital imperial do Piauí, com destino a Parnaíba,
passando por Campo Maior.
 1832 - Lugar da Barra passou a categoria de vila, com o nome de Vila de
Manaus.
 1833 - Chuva de estrelas: efeito da queda de meteoros (estrelas cadentes) é visto
do Canadá até o México.
 1894 - Criação da Sociedade Genealógica de Utah.
 1898 - Estréia do Vasco da Gama na categoria regata.
 1945 - Etiópia e Panamá são admitidos como Estados-Membros da ONU.
 1965 - Instituída lei que cria o Cruzeiro Novo como novo padrão monetário do
Brasil.
 1971 - Sonda Mariner 9 entra na órbita de Marte.
 1980 - Restabelecida a eleição direta para governadores e o fim dos senadores
biônicos, mantidos os mandatos em curso (veja Golpe militar de 1964).
 1985 - Erupção vulcânica do Nevado del Ruiz, nos Andes, soterra a cidade de
Armero, na Colômbia.
 1994 - A Suécia decide entrar para a União Europeia após um referendo.
o - Os primeiros passageiros viajam pelo Túnel da Mancha.
o - Michael Schumacher alcança o seu primeiro título mundial de Fórmula
1 no Grande Prémio da Austrália.
 2001 - Tropas da Aliança do Norte tomam o controle de Cabul.
 2002 - A Escola Agrotécnica Federal de Rio Pomba foi transformada em Centro
Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba.
Feriados e Eventos cíclicos:
 a Igreja celebra o dia de Santo Estanislau Kostka, confessor
Aniversários de Cidades
 Cabo Frio - RJ - Brasil.
 Palmelo - GO - Brasil.
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1841:
David Canabarro, um dos líideres da Revolução Farrpoupilha, é iniciado
em Alegrete.
David Canabarro
1889:
Fundado o Grande Conselho dos Maçons do Real Arco, em Arizona,
USA
1948:
Fundada a Grande Loja do Piauí.
1991:
Fundação da Associação da Imprensa Maçônica – ABIM – Seu primeiro
presidente foi Antonio do Carmo Ferreira.
2 – Caminhada da Maçonaria goiana
condena a corrupção e a impunidade
Artigo dominical do Ir Barbosa Nunes,
advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado,
professor e Grão Mestre do
Grande Oriente do Estado de Goiás
Contato: barbosanunes@terra.com.br
Ao assumir o cargo de Grão Mestre do Grande Oriente do
Estado de Goiás, para o quadriênio 2007/2011, juntamente com
Euwaldo Vaz e ao ser reconduzido, em chapa única, para o período
2011/2015, com Luis Carlos de Castro Coelho, estou muito
consciente que nossa instituição de alta credibilidade, deve estar
integrada de público com a sociedade. Estamos vivendo um
significativo e histórico momento que exige ação, veemência e
compreensão dos desafios que a atualidade brasileira nos
apresenta e demonstra.
Nas lutas sociais em favor da democracia, da Independência
do Brasil, Libertação dos Escravos, Proclamação da República,
prevenção ao uso de drogas, defesa do meio ambiente,
participação no Projeto Ficha Limpa, defesa da Amazônia e
praticamente, em todos os estados e municípios, a maçonaria
sempre se apresentou em cumprimento aos seus princípios gerais
estabelecidos em sua Carta Constitucional. Ser uma instituição
progressista e evolucionista, tendo como fim supremo a Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, condenando os privilégios, as regalias e a
exploração do homem.
Em 18 de agosto de 2008, quando da comemoração do Dia
do Maçom pela Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, afirmei
que: “temos um passado que deve ser lembrado e relembrado, para
que no futuro as nossas ações de hoje possam ser registradas,
mostrando como estamos agindo. As famílias estão sendo
instruídas pela violência e insegurança, pelo materialismo, pelo
culto às drogas, pela pratica da corrupção. A maçonaria sempre
teve laços fortes com a sociedade. Devemos cumprir e bem
conduzir as nossas missões de hoje, em favor do amanhã dos
nossos filhos”.
Um ano após, no mesmo recinto do Palácio Alfredo Nasser,
exatamente no dia 17 de agosto de 2009, o Grande Oriente do
Estado de Goiás, pela minha voz e posicionamento manifestou-se
muito tristemente e preocupado, quando anunciamos e lançamos o
Movimento da Maçonaria Goiana “A Favor da Moralidade - Contra a
Corrupção”, enfatizando de público o incômodo, a preocupação e a
indignação dos maçons.
Na sequência nos integramos em Goiás e no Brasil, coletando
milhares de assinaturas no apoio ao Projeto Ficha Limpa, também
uma bandeira maçônica, afirmando que não podemos nos omitir,
calar, ficar coniventes e assistir tudo, sem reação ou
posicionamento.
A conscientização alcançou um patamar de avaliação
equilibrada e consciente, através de seminários e reuniões
nacionais. Concluindo que temos um compromisso de agirmos para
fortalecermos a caminhada progressista, de desenvolvimento moral,
social e intelectual.
Agora, neste próximo dia 15 de novembro, data comemorativa
da Proclamação da República, acontecerá a “Caminhada Maçônica
Contra a Corrupção e a Impunidade”, em todas as capitais
brasileiras. Aqui em Goiânia, participarão Grande Oriente do Estado
de Goiás e Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás, partindo às
10 horas da manhã da Praça do Trabalhador, percorrendo a
Avenida Goiás, sendo finalizada na Praça Cívica.
Com certeza, posso afirmar em nome da instituição que
presido e em nome de Ruy Rocha de Macedo, Grão Mestre da
Grande Loja, que o movimento, sem permissão nenhuma para
aproveitamento político partidário ou personalizar autoridades,
atingirá plenamente seus objetivos de integrar em definitivo nossas
potências junto com outras tantas já ocorridas em momentos
registrados pela história. Como OAB, Ministério Público, CNBB,
Polícia Federal, imprensa, instituições religiosas, associações,
sindicatos e entidades variadas.
Mas temos uma reflexão a fazer sobre o que é a corrupção e
onde ela se inicia.
Não podemos ser conduzidos pela conclusão de que a
corrupção somente está em Brasília. É verdade que os grandes
escândalos e negociatas em desfavor da sociedade, são articulados
às encondidas na capital federal e quando revelados ao público,
através de gravações telefônicas vergonhosas e denúncias,
normalmente pelo judiciário, Polícia Federal, imprensa e Ministério
Público, tomamos conhecimento dos delitos. É preciso entender
que os atos de corrupção estão hoje impregnados em todas as
esferas, federal, estadual, municipal, na iniciativa privada e,
sobretudo no homem.
A corrupção não é coisa nova e nem é exclusiva de políticos e
homens públicos. Sempre existiu, embora em proporções menores.
A atual ascensão, os valores altíssimos em termos de vantagens
pessoais envolvem maior número de indivíduos, fortalecida pela
impunidade. Temos que reencontrar limites, redescobrir valores,
limitar ambições para que a vida pessoal não dependa do ilícito e
saibamos separar o público do privado.
A sociedade organizada está aumentando o debate sério
como está fazendo a maçonaria, empreendendo ações com vistas a
uma reversão, mesmo que gradativa. Os agentes que praticam a
corrupção são classificados em dois tipos: agentes de corrupção
ativa, são os que oferecem vantagens ou dão dinheiro. Os agentes
de corrupção passiva são os que pedem vantagens ou recebem
dinheiro.
Analise bem o quanto a rede da corrupção é multiplicadora.
Matematicamente é uma relação entre dois conjuntos, pelo fato de
que para cada corrupto existente no domínio governamental, existe
um outro corrupto no contra-domínio privado. É uma espécie de
“sociedade”.
Os tipos mais comuns de corrupção são, suborno, propina,
nepotismo, extorsão, tráfico de influência, utilização de informações
privilegiadas, compra e venda de sentenças judiciais, recebimento
de presentes ou de serviços de alto valor por autoridades, com
resultado nas atividades criminais, como tráfico de drogas, lavagem
de dinheiro, exploração da prostituição, contrabando, tráfico de
armas, tráfico de seres humanos, trafico de órgãos, tráfico de
animais silvestres e outros.
Precisamos então de uma consciência e uma análise sobre o
início da corrupção. Coloquemo-nos dentro do contexto e façamos
uma correção dos nossos comportamentos, para que nós cidadãos
que tanto estamos indignados com a corrupção, não sejamos
também dela causadores.
O resultado do que fizermos agora afetará nossos filhos e
netos e o destino do nosso país. Devemos lutar contra a corrupção.
Delito que prejudica a sociedade como um todo. Reflitamos sobre
isso com sabedoria e tranquilidade e não tentemos encontrar uma
causa única para a crise que vivemos. A sociedade precisa mudar.
Temos muitos causadores em todas as instituições e dentro de
milhares de lares.
Este é o fundamento básico do movimento maçônico, que é
permanente e não se restringe à caminhada do próximo dia 15 de
novembro, para a qual convido e conto com a participação da
família maçônica goiana.
3 – O Simbolismo da Romã
(repasse: Ir. Laurindo Gutierrez)
Loja Regeneração 3ª. – Londrina PR
A romãzeira ou pé de romã, em hebraico Rimmôn, é uma pequena
árvore, ou até um arbusto pertencente à família "Punica Granatum" –
nome latino – e no vernáculo mais purista, diz-se Romãzeira. No sul da
Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de Castela
e Aragão, conquistada aos árabes em 1492 pelos reis católicos,
chamada romã = Granada.
Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na Palestina, onde
existem três cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon e En-
Rimon. Da Palestina, através da Diáspora, foi levada a todo o mundo,
inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e posteriormente
à Austrália e Nova Zelândia.
Considerando-se a origem da Romã como sendo hebraica, nada melhor,
para uma compreensão inicial, que recorrermos às Sagradas Escrituras.
O Velho Testamento refere a Romã, ONZE vezes, enquanto o Novo
Testamento, a omite totalmente. Por ordem cronológica, transcrevemos
as passagens alusivas a esse fruto:
1) "Farás, também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul.
No meio dela haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa
abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se
rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul, púrpura
e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas. Haverá em toda a orla
da sobrepeliz uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de
ouro e outra romã. Esta sobrepeliz estará sobre Aarão quando praticar o
seu ministério, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no
santuário diante do Senhor, e quando sair, e isso para que não morra."
(Êxodo 28-31.35.)
2) "Depois vieram até o vale de Escol, por causa do cacho de uvas, o
qual o trouxeram dois homens numa vara, como também romãs e figos."
(Números 13:23)
3) "E porque nos fizeste subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar,
que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem
de água para beber?" (Números 20:5)
4)"Fez também romãs em duas fileiras por cima de uma das obras de
rede para cobrir o capitel no alto da coluna; o mesmo fez com o outro
capitel. Os capitéis que estavam no alto das colunas eram de obra de
lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados. Perto do bojo,
próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas
colunas tinham duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre
um e outro capitel." (II Reis 7:18-20)
5) "Há quatrocentas romãs para as duas redes, isto é, duas fileiras de
romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que
estavam no alto da coluna." (II Crônicas 4:13)
6) "Os teus lábios são como um fio de escarlate, e tua boca é formosa;
as tuas faces, como romã partida, brilham através de véu." (Cantares
4:3)
7) "Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes."
(Cantares 4:13)
8) "Desci ao jardim das nogueiras, para mirar as renovos do vale, para
ver se brotavam as vides e se floresciam as romãzeiras.
" (Cantares 6:11)]
9) "Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me
ensinarias; eu te daria a beber vinho aromático e mosto das minhas
romãs." (Cantares 8:2)
10) "Sobre ele havia um capitel de bronze; a altura de cada um era de
cinco côvados; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram
de bronze. Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia
noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas, sobre a obra de rede
ao redor, eram cem." (Jeremias 52:22-23)
11) "Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romãzeira
em Migron; e o povo que estava com ele era de cerca de seiscentos
homens." (I Samuel 14:2)
NO QUE DIZ RESPEITO ÀS CIDADES:
1) "Lebaote, Silim e Rimom; ao todo, vinte e nove cidades com suas
aldeias." (Josué 15:32)
2) "Então viraram e fugiram para o deserto, à penha Rimom." (Juizes
20:45)
3) "A sétima sorte saiu à tribo dos filhos de Dã; Jeúde, Bene-Beráque,
Gate-Rimom." (Josué 19:45)
4) "Em En-Rimon, em Zorá, em Jarmute." (Nemias 11:29)
Desconhece-se a origem das cidades acima referidas, mas tudo leva a
crer, que os seus nomes derivaram do grande número de Romãzeiras
existentes. Alguns autores dão a Romãzeira como originária do Egito
onde era conhecida pelo nome de "Anhmen"; fazem, outrossim, certa
ligação entre a "Romã" e o nome de "Amon Ra". Prosseguem dizendo
não caber dúvida que foi no Egito que o fruto constituía um símbolo
sagrado, pois os Sacerdotes egípcios, usavam a romã nos atos litúrgicos
iniciáticos. Para os romanos, a sua origem está no norte da África. O seu
nome latino – Punica Granatum – sugere a sua origem na cidade de
Cartago. Na realidade, esta cidade foi fundada pelos fenícios da cidade
de Tiro, que foi fundada pelos sidônios, da cidade de Sidon. Estas
cidades situam-se ao norte da Palestina, no atual Líbano.
Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés já existia a
cerimônia que incluía a Romã como fruto, com a sua rubra flor. Somente
os sacerdotes de Amon Ra tinham o privilégio de cultivar a Romãzeira.
As Romãs, consideradas como oferendas sagradas, eram colocadas
sobre os túmulos dos Faraós.
Encontram-se referências a respeito junto ao sacerdote Egípcio de
Heliópolis, de nome Manthonm, em sua história dos reis, escrita em
grego, 300 anos antes de Cristo. Sobre os Altares dos deuses Horus,
Set, Isis e Osiris, este o deus supremo e juiz do além vida, protetor da
morte, eram colocadas as mais exuberantes Romãs, como símbolo dos
iniciados nos supremos mistérios. Essas oferendas aumentavam de
número consoante a categoria do iniciado ou a importância do cargo,
como os grandes hierofantes de Amon Ra e de Osiris, que além dessas
ofertas serem colocadas em seus túmulos, eram também plantadas nos
parques funerários, um número determinado e simbólico de Romãzeiras.
O número variava entre três, cinco e sete, de conformidade com a
hierarquia. O rei Thotmesis – Tutmós - da XVIII dinastia, morto no ano 59
a .C. teve plantadas em seu parque funerário, cinco Romãs. Um hábito
curioso diz respeito às pessoas que tinham débitos com o falecido. Estas
dívidas eram pagas com Romãs, depositadas sobre o seu túmulo. Esse
fruto simbolizava a vida e a união geográfica do Egito, compreendido
assim o Alto Egito, o Meio Egito e o Baixo Egito, que representavam os
três "ninhos interiores" ou a câmara baixa; os cinco "ninhos superiores"
ou câmara alta, dos deuses Osiris, o juiz supremo da outra vida, Set,
deus das trevas, que matou a Osiris e Horus, que vingou a Osíris,
casado com Isis, além da deusa Nefritis ou Isis irmã de Osiris.
No antigo Egito o mês tinha três semanas de dez dias cada uma, e o ano
doze meses ou seja, 360 dias aos quais, para corrigir a anomalia
astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os
correspondentes aos aniversários dos deuses Osiris, Horus, Set, Isis e
Nefritis. Esses cinco dias acrescidos eram considerados de maus
augúrios, e para aplacar o azar, eram oferecidas Romãs colocadas nos
altares. Paralelamente, semeavam no parque funerário, três Romãs,
simbolizando as três o Egito e mais cinco em honra aos cinco deuses
patronos dos cinco últimos dias, e mais sete, em homenagem às sete
trajetórias que as almas deviam percorrer para purificar-se. Essa origem
da Romã no Egito conflita com as sagradas escrituras.
Na oportunidade em que Jacó saiu de Israel em direção ao Egito, para
fugir da fome que assolava a sua região, levou consigo mudas de
videira, de romãzeira, figueiras e demais árvores frutíferas, plantando-as
e cultivando-as. Na volta para Canaã, quando os hebreus chefiados por
Moisés foram inspecionar a terra prometida, trouxeram de lá, frutos
excepcionais, descritos como gigantescos, eis que para carregar um
cacho de uvas, foram precisos dois homens, pendurado o cacho numa
vara; junto, trouxeram figos e romãs; podemos imaginar, se comparados
com o enorme cacho de uvas, o tamanho dos figos e das romãs! Sem
dúvida a origem da Romãzeira, é da Palestina.
Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros frutos da
colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu suco para que o
Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o
prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romãzeira
era considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram
confeccionados amuletos. Os fenícios, tinham a Romã, também, como
frutos sagrados, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os
reproduziam nos capitéis de suas colunas e os colocavam nas tumbas
dos sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Romã era sagrada e eles a
denominavam de Roidion, e a Romãzeira de Roía; os frutos eram
oferecidos à deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para os
iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e outros, a
Romã simbolizava a fecundidade e a vida.
Se a Romã era usada como símbolo de vida, a concepção hebraica a
reforça, considerando a propagação da espécie como o elemento mais
relevante da vida. A Romã é de difícil uso como alimento, porque a
separação dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa
habilidade; mas, o seu suco, obtido com o esmagamento das suas
sementes, que na realidade se constituem cada uma em um fruto
separado, é de fácil obtenção. Obtido o suco, de certa forma abundante,
fermentado esse, produz-se um vinho de sabor suave e delicado que,
talvez para o paladar do ocidental, possa parecer estranho.
Quando de nossa estada em Israel, justamente, em Canaã, adquiri no
comércio, uma garrafa de vinho de romã; gelado, nos pareceu de
agradável paladar. Retornados ao Brasil, procuramos obter certa
quantidade de romãs retirando-lhes os grãos que esmagamos, coamos o
suco, acrescentamos um pouco de açúcar e deixamos fermentar. O
vinho obtido tinha o mesmo paladar daquele que adquirimos em Israel.
Efetivamente, depois de degustá-lo em pequenas doses, decorrido
algum tempo, notamos o seu efeito energético; preferimos denominá-lo
assim, de afrodisíaco. O relato contém além das insinuações,
simbolismos profundos relacionados com os costumes hebreus. A
análise meticulosa desvenda preciosas lições.
Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho? Além do
atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o
relato de Cantares é claro. O rei Salomão reinou sobre Israel durante
quarenta anos, portanto, não se o pode julgar uma pessoa já idosa, mas
no vigor da idade. O relato inserido em I Reis 11 nos dá:
"Ora além da filha do faraó, amou Salomão, muitas mulheres
estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, mulheres
das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel: não caseis
com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração,
para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor.
Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Sendo já
velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros
deuses; e o seu coração não era de todo para com o Senhor seu Deus,
como fora o de Davi, seu pai."
Apesar do texto bíblico denominá-lo de "velho", um homem para
contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer-
se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da
romã. Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo
sexual conjugado com os lírios, símbolo da excelência feminina.
Colocadas as Romãs e os Lírios, nos capitéis das Colunas do Templo,
quis Salomão render destaque à sua condição de rei poderoso em todos
os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas
quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava construído como
as duas respectivas colunas. No entanto, já naquele momento, Salomão
possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do
vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a
idade exata de Salomão.
No livro I Crônicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi a toda a
congregação; Salomão meu filho, o único a quem Deus escolheu, é
ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é
para homens, mas para o Senhor Deus." E no livro I Reis, 3:7 lemos:
"Agora, pois, ó Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar
de Davi meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me".
Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade de menos
de 20 anos. Poderíamos, calcular, a grosso modo, que Salomão sentira-
se criança, talvez por não ter atingido a idade de vinte anos. Portanto, se
Salomão reinara durante quarenta anos, e assumira o reinado aos vinte
anos, ao morrer, teria sessenta anos, idade que não podemos aceitar
como de pessoa já velha. Porém, se Salomão se considerou criança,
poderia, perfeitamente, ter apenas quatorze ou treze anos de idade, e
então ao morrer teria cinqüenta e três a cinqüenta e quatro anos! Mas,
se com essa idade iniciou a construção do Templo, como justificar a
presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma manifestação profética,
uma vez que esses adornos foram determinados por Davi que os
recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de
mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido
também um hábito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra,
denominada em hebraico de Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os
desejos sexuais; hoje as sementes conservadas em vinagre constituem
um condimento muito apreciado em toda a parte.
De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa muito mais
coerente sobre a presença das Romãs, do que a simplista de que
simbolizava a união fraterna, pela coesão de seus grãos. A necessidade
dos excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos
tinham de manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas; os
excessos sexuais da época não constituíam pecado ou falha moral.
Completaremos o estudo sobre a Romã, examinando detalhadamente o
seu aspecto interno e externo. O fruto é arredondado, assemelhando-se
a um pequeno cântaro, ou a uma laranja de bom tamanho. Sua casca é
lisa e manchada na coloração mista do vermelho com o verde, com
manchas amareladas.
Na parte oposta ao pedúnculo que se prende ao ramo, apresenta uma
coroa formada de pequenos triângulos, e no seu centro, restos de pistilos
secos de sua flor. Essa flor é de cor escarlate e composta de três pétalas
carnosas que após desabrochar completamente dão lugar a uma
rosácea de cinco pétalas; curiosamente, ao formar-se o fruto, surgem
mais duas pétalas que se mantêm envolvidas pela coroa, secando
paulatinamente até ao completo desenvolvimento do fruto.
A casca é grossa e robusta; quando bem maduro o fruto rompe-se,
pondo à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada em lugar
quente, a Romã seca lentamente; não apodrece; e mesmo seco, o fruto
é utilizado, pois os seus grãos apresentam-se mais doces ainda. O
interior apresenta duas câmaras: a alta que contém cinco celas onde se
espremem dezenas de grãos, e a câmara baixa, que se apresenta da
mesma forma; os grãos têm no centro, uma diminuta semente branca e
ao redor uma grande parte carnosa e transparente, nas colorações que
partem do rosa pálido ao vermelho rubi. Essa parte interna lembra os
favos de mel; as celas são divididas por uma espécie de cortina branca e
leve.
Essa película resistente é amarga, como o é toda a casca exterior,
possuindo propriedades medicinais; pela grande quantidade de tanino
que contém, é usada como adstringente para diarréia; a casca, em forma
de chá é um excelente vermífugo. Os grãos são saborosos, podendo ser
ingeridos agrupados; o gosto esquisito, é agridoce. No Oriente, como já
referimos, esses grãos macerados produzem um líquido que fermentado
resulta em vinho afrodisíaco. O simbolismo do fruto e de sua flor se
adequa à filosofia maçônica. A planta, ou melhor, o arbusto, tem as
folhas pequenas e perenes, de um verde escuro; a planta não atinge
altura significativa e desde cedo, quando em desenvolvimento, tendo um
metro e meio, já produz frutos. Os grãos simbolizam a união dos maçons
em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui "carne",
"sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes). Os grãos crescem unidos de
tal forma que perdem o formato natural, que seria redondo; espremidos
uns aos outros, são semelhantes a polígonos geométricos, com várias
facetas; são lustrosos e belos, lembrando os favos de uma colméia de
abelhas; as abelhas trabalham sem descanso e assim lutam os maçons.
Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno; são
pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As câmaras
simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o
espírito. As cinco células da Câmara Alta representam as fases
intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna;, o conhecimento,
o impulso para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia.
Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas, perfeitamente
unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem:
a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura. As
três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao
companheirismo e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue,
carne e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma.
As três luzes: Ven.'. e Vvig.'.. O formato externo, representa a Terra, seja
pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo.
O astronauta soviético Yuri Gagarin, quando pôde contemplar a Terra do
Cosmos, exclamou: "Ela é azul!". Hoje passada quase uma geração, o
jornalista japonês Akiyama, a bordo da estação orbital russa Mir enviou a
seguinte mensagem: "O ar e as águas estão visivelmente sujos. Estou
muito ocupado aqui, em cima, para ser filosófico; mas sinto que
realmente faço parte da mãe Terra, agora, e acredito que temos que
realmente fazer alguma coisa para salvá-la - acrescentou: eu não estou
falando dos desertos, mas em outras partes da África e da Ásia não há
muitas árvores". Que expressiva diferença após poucos anos! A Terra
para Gagarin era azul; para Toyohiro Akiyama, a Terra perdeu a
suavidade colorida!
A Romã expressa, na sua coloração, a realidade. A coroa de triângulos
ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do amor ao
próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o
coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do
entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua
jornada. As cores da Romã simbolizam: o verde, o reino vegetal; a
amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal. As membranas
brancas, que não constituem cor, mas a mistura de todas as cores como
as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o arco-íris,
simboliza a paz e o amor fraterno.
Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na Arte
Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada, da Corda de
81 Nós, e ao do Feixe de Esopo.
Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua a Egrégora.
4 – Verbete do Vade-Mécum:
Proclamação da República
O Ir. João Ivo Girardi
da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau)
dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes
de sua obra de 700 páginas.
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”.
Contato: joaogira@terra.com.br
VERBETE DESTE DOMINGO:
PEÇA DE ARQUITETURA:
1
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA:
1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A partir de 1870,
com a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom Quintino Bocaiúva, uma das
maiores expressões, intensifica-se a ação política na Ordem pelo movimento. Em seguida o
Grão-Mestre Saldanha Marinho publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro
passa a circular o jornal: A República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram
fervorosamente Silva Jardim, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o
Império estava sustentando uma crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa,
a questão militar e a própria abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se
os Irmãos Bocaiúva, Rui e Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um
boato de suposta prisão de Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente-
coronel Silva Teles reúna as tropas em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana.
Hélio Silva em sua obra: O Primeiro Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de
novembro de 1889: Deodoro propunha-se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado
de saúde, só ali, junto à tropa, é que montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o
comando ergueu o boné e deu o grito de Viva o Imperador, que segundo testemunhas da época,
foi abafado por salvas de artilharia, ordenadas por Benjamim Constant. O general combalido
pela doença, visivelmente abatido, penetra no quartel-general e vai ao encontro de Ouro
Preto: Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haverem perseguidos oficiais do
Exército, e revelarem o firme propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem
o próprio Exército. E, finalizando a breve alocução, diz ainda: nos pântanos do Paraguai, muitas
vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto,
altivo, observa: Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar. Preso sob palavra,
todo o gabinete aos gritos de Viva a República, estava proclamada e extinta a monarquia no
Brasil. Assim nos relata o nosso Irmão Frederico G. Costa este acontecimento: O Decreto
N.º1, datado de 15 de novembro de 1889, instituindo a República, nascida de Golpe Militar, não
contra a Monarquia, mas a favor dos interesses políticos, nos quais a Maçonaria, como
Instituição, a nosso ver, pouca ou nenhuma participação teve, em que pese ter, entre os
conspiradores, obreiros dignos de suas Colunas.
2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da
República não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que
eram na verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era
maçom na época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do
Brasil, Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a
República, Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério
totalmente constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides
Lobo, na do Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos
Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da
Agricultura. Esses homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que
era chamado de republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz
coincidência, pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria
abrigava os melhores homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do
mesmo ano de 1889, Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873
- era eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a
24 de março de 1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o
novo regime necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já
que, desde os primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas:
uma queria uma república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma
ditadura sociocrática do tipo comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte
(e não se pode esquecer que grandes maçons expoentes do movimento republicano, como
Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente
democrática, sustentada por Rui Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a
elaboração do projeto de Constituição Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de
novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e
promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo e o
federalismo. Dois dias depois, eram realizadas as eleições indiretas, com duas chapas
concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro, para presidente, e Eduardo Wandelock,
para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi
de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande
Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu Grão-Mestre, a qual foi respondida a
5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do Gabinete da Presidência da República: As
Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S S A prancha de 2 do corrente mez
E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de Presidente Constitucional da
República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o Congresso Nacional está
recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs respeitados pelo caracter e
pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch do Univ como também
pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e pelos votos que fazeis
pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o Legislativo, já se
desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo líder
conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número
de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora
militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da
imprensa, críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro
de 1889 - chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso,
muitos dos seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus
atos, opondo-se algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna;
isso levaria à crise de janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião
foi que, demonstrando sua inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de
Lucena, notório monarquista, o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em
consequência do difícil relacionamento, o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o
primeiro - de uma longa série - atentado à democracia republicana. Ocorreu que, para que
Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira corrente de ameaças, aos congressistas,
veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto do Exército quanto da Marinha. Isso
foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo governar com o Congresso,
dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os apoios, inclusive nos meios
militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano, que
ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de novembro o almirante
Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da
Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear uma guerra civil,
entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente, como uma
amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu Grão-
Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também ao
Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia
apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão
competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi
substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo
Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de
Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons,
diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado
de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda
sem organismos protetores.
3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da
Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há
alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou
Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o
entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira
Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais
proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia
a marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à
Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A
força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo
provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio
Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa).
2. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi
uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à
fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato
de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o
território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma
engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os
rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade,
os irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não
quer dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização
como alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a
Revolução de 30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas
passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria
um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de
seis meses depois de assumir o cargo.
Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da
Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era
completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o
gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva
(Transportes), Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant
(Guerra), Campos Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da
Maçonaria. A partir desse momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do
republicanismo, que passou a ser encarado como um importante passo na marcha rumo ao
progresso e a evolução social do país. (Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da
Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro da Fonseca, Independência do Benjamin
Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão Religiosa).
HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do Brasil
tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-1902).
Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz
desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir
dos mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um
novo porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade!
Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz!
V - Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu
libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros
colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação
da República).
DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia
(hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892.
0 marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República
do Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de
Grande Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola
Militar em 1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente,
integrou a tropa destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como
capitão, seguiu para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do
Paraguai, da qual também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874
era promovido a brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada
Questão Militar, de fundamental importância no processo que resultou na queda do império,
embora tenha havido, também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas
econômicos causados pela abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando
comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da
posição de seu subordinado, coronel Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela
imprensa, a administração do ministro da Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada
por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara dos Deputados, tendo havido, também, uma
denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação, apresentada ao Supremo Tribunal de
Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e é recebido com as mais amplas
manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos Oficiais do Exército e da
Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886, presididos por Benjamin
Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai), ambos maçons (o último
foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os militares conseguiram,
então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do ministro. Em julho
de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin Constant na vice-
presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos futuros, pois o
Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora, neste último
caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito pela família
imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa Regente, Dna.
Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da tarefa de
proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a intenção
de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos - nomeou-o
para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se quando foi
nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha Matos,
a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de Janeiro,
em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por Benjamim
Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro acabaria
desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de novembro de
1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa reunião
realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons paulistas
Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o maior,
era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi necessário
o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram por
convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do
movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da
República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a
verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida
de que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao
movimento. Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o
velho imperador terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime.
Tanto isso é verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de
Ouro Preto, Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a
tomar providências para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar
procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o
Gabinete. Foi aí que entrou em cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do
movimento, Benjamin Constant, que alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em
diante, por sua rebeldia, caso sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república,
Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério
totalmente constituído por maçons, embora nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do
Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos Transportes; Benjamin Constant, ministro da
Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos Salles, ministro da Justiça; Eduardo
Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura. Alguns autores
maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses homens foram escolhidos devido ao fato
de serem maçons, o que não corresponde, evidentemente, à visão imparcial da história, pois
eles foram escolhidos porque representavam a nata dos chamados republicanos históricos
(com exceção de Rui, que, não tendo participado do movimento, era considerado republicano do
dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob a égide da Instituição Maçônica, numa
época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a elite intelectual da nação.
Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas correntes republicanas com ideias
antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto que a outra
desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou seja, de acordo com a doutrina de
Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui, seu maior
expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória. Em
decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de
fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, que instituía o
presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a Assembleia elegeu, para a Presidência da
República, por pequena margem sobre Prudente de Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice-
presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da oposição, o qual derrotou Wandenkolk.
A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo, para não provocar uma guerra civil,
diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio de Melo, em reação ao golpe do
presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o Senado. (...) Foi um maçom ativo
desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja Rocha Negra, de São
Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, do qual seria
dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio Grande do Sul.
Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção, teve que
deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma apreciável
atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de Janeiro, e
foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890,
tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias
depois de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão-
Mestre do Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse;
o Grande Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares,
que assumira o cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva
Filho. Doente e desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz
Jakobi). (...) Nesse entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu
próprio ministro do Exército, irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses
depois da Proclamação da República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o
Congresso. Malograda sua intenção, demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e
vindo a falecer meses depois.
2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890,
EVReprodução do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo
Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil, e
Sob Gr Mestr Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas AAug
Off, SSubl CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em sessão de 22
de Setembro do corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e RReg GGer da
Ord incluindo as ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as alterações precisas, de
accordo com a actual forma do Governo do Paiz. Comentário: Tratava-se de adaptação da
Constituição à nova situação política do País, pois era recente a proclamação da República. (V.
Brasil: História do, Proclamação a República).
Manoel Deodoro da Fonseca –
Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil –
De 3/1890 Até 2/1892 Efetivo
A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o Regime Republicano,
necessária se fez a promulgação de uma nova Constituição, voltada para os anseios do novo regime.
DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta:
Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação
brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da
federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no
exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva,
elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios
regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á reeleição
das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo Provisório
da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por
governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados federados
adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da ordem e da
segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer nacionaes,
quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for perturbada e onde
faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e
tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio
da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos cidadãos e a livre acção das
autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa Brazileira a forma de governo
proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum governo local
contrario á forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto
da nação livremente expressado pelo sufragio popular. Art. 8o - A força publica regular,
representada pelas tres armas do Exercito e pela Armada nacional onde existam guarnições ou
contingentes nas diversas provincias, continuará subordinada exclusivamente dependente do
Governo Provisório da Republica, podendo os governos locaes, pelos meios ao seu alcance,
decretar a organisação de uma guarda civica destinada ao policiamento do território de cada um
dos novos Estados. Art. 9o - Ficam egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica
todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira.
Art. 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do
Governo Provisório da República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também,
provisoriamente, séde do poder federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto,
na parte que a cada um pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios
do actual Governo provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889,
1o da Republica. (Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S.
Lobo; Rui Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que
assinam o documento eram Maçons.
5 – Perguntas e Respostas - Ir Pedro Juk
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão
Marcos Pereira, Loja Rei Salomão, REAA, GOB-
PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná.
marcospereira@brturbo.com.br
Gostaria de dirimir uma dúvida, no nosso Ritual Grau de
Aprendiz, página 40. Marcha com três passos, sem arrastar os
pés. Página 164. Marcha com um passo, sem arrastar o pé.
Você pode dar uma explicação para o assunto? Na Marcha não
se arrasta mais os pés?
CONSIDERAÇÕES:
Houve por muito tempo a aplicação errada de que o Aprendiz, no
Rito Escocês Antigo e Aceito deveria “arrastar” os pés durante a
execução da Marcha do Grau (para alguns se arrastaria o pé que
avança, para outros o pé que se junta ao outro e ainda outros mais,
os dois pés).
Evidentemente essa prática originalmente nunca existiu, salvo
quando colocada em rituais ultrapassados e completamente em
desuso. Alegavam certos ritualistas e autores que a prática do
arrasto vinha de encontro com a idade do Aprendiz.
Ora, se a criança inicia “engatinhando” e posteriormente dá os
primeiros passos (não arrastados, porém cambaleantes), imagine-
se então a prática literal do ato.
Veríamos um Aprendiz em posição no mínimo constrangedora.
Assim, a tese equivocada cai por terra. Na marcha o executor dá
passos normais, todavia intercalados em cada movimento para
redundar na esquadria conhecida.
Não existe essa “estória” de se arrastar os pés como se o Obreiro
estivesse arrastando um peso metálico feito um presidiário em uma
colônia penal. Daí o Ritual estar correto por ocasião do que emana
na sua página 40.
Quanto a página 164 não se trata propriamente da Marcha,
entretanto do primeiro passo regular da Maçonaria que,
obviamente, virá fazer parte da caminhada simbólica proposta na
Marcha do Grau.
Na verdade, nos ritos de origem francesa não existe a prática
comum do primeiro passo regular, senão a Marcha. No sistema
inglês é que o Obreiro para compor o Sinal, antes dá o primeiro
passo regular, pois foi assim que ele recebeu os segredos do Grau
(Sinal, Toque e Palavra).
Já no caso do Ritual do Rito Escocês (origem francesa) a prática
exarada na página 164 é mais para ensinar a postura que o Obreiro
deve assumir para compor o Sinal Penal quando estiver à Ordem,
não se tratando exclusivamente da Marcha, porém uma prática
enxertada de outro sistema quando identifica o Passo Real (sic) –
verdadeiramente “regular” para a comunicação dos mistérios.
No Rito Escocês originalmente não existe esse passo regular.
Ensina-se primeira a postura do corpo na forma conhecida, sem dar
passo algum, e posteriormente a composição e execução do Sinal
Penal, nesse caso o Gutural.
De qualquer maneira, em nenhum caso está prevista a prática de se
arrastar os pés, assim como que o que está previsto no Ritual em
vigor deve ser religiosamente executado. As minhas observações
são apenas de caráter elucidativo.
TFA
Ir Pedro Juk – Nov/2011
Contato: jukirm@hotmail.com
Não fique na dúvida,
Envie agora mesmo a sua pergunta para o
jbnews@floripa.com.br
mencionando nome completo, Loja,
Oriente, Rito praticado e Obediência.
O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro
Juk e através do próprio JB News.
6 – Destaques JB
Maçonaria é notícia em Portugal
Neste sábado (12) a delegação brasileira visitou a Grande Loja
Regular de Portugal que trabalha no Rito Escocês Retificado.
Os irmãos portugueses sensibilizaram-se com a delegação
brasileira de 24 Irmãos com representantes da Grande Loja de
Santa Catarina (3) Grande Oriente de São Paulo (2) e os
demais da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
Foi uma Sessão dotada de uma ritualística interessante, e que
empolgou os brasileiros. As delegações ofertaram souvenir
aos irmãos de Portugal tendo o Venerável Mestre sido
agraciado por um do de Minas Gerais com a Bandeira
Nacional.
Antecedendo a Sessão houve uma palestra acerca do Rito
Escocês Retificado, incluindo batidas, sinais e detalhes que
nos levam à reflexão.
A Loja Templários da Nova Era esteve representada pelo seu
Venerável Mestre, Ir. Valdemar Krause, Ir. Ademar Valsechi,
MI e este editor.
Em edição específica, voltaremos a enfocar tal acontecimento.
A confraternização entre brasileiros e portugueses. Templo da
Grande Loja Regular de Portugal
Aqui em Portugal sou ouço
a Rádio Sintonia 33
24 horas do no ar
Acesse: www.radiosintonia33.com.br
Chateau de Almourol - Portugal
Templo da Grande Loja Regular de Portugal que trabalha no Rito
Escocês Retificado.
Ir Sinval Santos da Silveira*
O CARCEREIRO DE PASSARINHOS
A mata repleta de passarinhos,
entoava canções que
chamavam a atenção dos meninos,
e dos adultos, também.
Cada qual mais lindo do que o outro.
Os danadinhos cantavam pra valer !
E até um bom dinheiro os
bichinhos valiam.
Por ausência de outras distrações,
era moda, aqui no sul do
País, a "caçada de gaiolas".
ia-se mata a dentro,
com os alçapões,
gaiolas reservas,
chamas
para atrair os bichinhos,
e comida de passarinhos.
Era uma festa maravilhosa !
A chegada do passarinho,
à borda do alçapão,
seguida do salto para
o poleiro desarmar,
causava uma subida de adrenalina tão grande,
que o coração chegava a disparar.
Veio a legislação proibitiva.
Os passarinhos são propriedades da
nação,
reza a Constituição,
e caça-los, é crime inafiançavel.
Acabou a festa.
Contar estas histórias para um menino de hoje,
não tem graça nenhuma.
Iria me chamar de idiota
ou retardado social.
Felizmente, acabou a maldade.
Prenderam o carcereiro !
Veja mais poemas do autor:
Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira
Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes
Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina
Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org
Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 442 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Lisboa, 13 de novembro de 2011 Índice deste domingo* (Editado em Lisboa, Portugal) 1. Almanaque 2. (Ir. Barbosa Nunes) 3. O Simbolismo das Romãs 4. Verbete do Vade-Mécum do Meio-Dia À Meia-Noite: A Proclamação da República, (Ir. João Ivo Girardi) 5. Perguntas e Respostas (Ir Pedro Juk) 6. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. Livros Indicados Livro de autoria do IrAquiles Garcia Grande Instrutor Litúrgico da Grande Loja de Santa Catarina SINOPSE: Trata-se de estudo sobre três histórias e quatro fantasias que transitam historicamente na Maçonaria, envolvendo-a com a Ordem dos Cavaleiros Templários da Idade Média. Após uma incursão no panorama humano da Era Medieval, sua educação e cultura, é descrita a pré, a proto e a história da Maçonaria Operativa, sua transição para a Especulativa, com sua evolução histórica. Também a proto-história e história da Cavalaria Templária. O estudo incursiona na Arquitetura, desde recuados tempos, para chegar à Romântica e à Gótica ligadas à envoltura dos Maçons Operativos e da Ordem Templária. Encerra-se o estudo abordando de frente as realidades e fantasias maçônico-templárias, inclusive sobre a gnose hermética desses Cavaleiros que se diz fundamentando alguns dos Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. O capítulo final trata sobre a realidade histórica que se passou entre a Maçonaria Operativa e osTemplários.
  • 3. Esta obra já está disponível no site www.editoralexia.com Encomendas via e-mail: fabio@editoralexia.com alexandra@editoralexia.com - via telefone: (11) 3020 3009 visite O Museu Maçônico Paranaense http://www.museumaconicoparanaense.com Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br Avenida dos Búzios 470, Loja 03, Jurerê, Florianópolis, SC 55 48 3266 4913 - advocaciaimobiliaria@gmail.com http://advocaciaimobiliaria.googlepages.com Ir Everton (Loja Templários da Nova Era)
  • 4. 1 – Almanaque Hoje, 13 de novembro de 2011, é o 317º. dia do calendário gregoriano. Faltam 48 para acabar o ano. Eventos Históricos:  615 - É eleito o Papa Adeodato I.  1002 - O rei Ethelred II ordena a eliminação das comunidades Vikings existentes na costa de Inglaterra.  1197 - Morre em El Eubbad Sidi Boumediene, santo patrono de Tlemcen.  1615 - Fundada a cidade de Cabo Frio.  1822 - Fidié partiu de Oeiras, capital imperial do Piauí, com destino a Parnaíba, passando por Campo Maior.  1832 - Lugar da Barra passou a categoria de vila, com o nome de Vila de Manaus.  1833 - Chuva de estrelas: efeito da queda de meteoros (estrelas cadentes) é visto do Canadá até o México.  1894 - Criação da Sociedade Genealógica de Utah.  1898 - Estréia do Vasco da Gama na categoria regata.  1945 - Etiópia e Panamá são admitidos como Estados-Membros da ONU.  1965 - Instituída lei que cria o Cruzeiro Novo como novo padrão monetário do Brasil.  1971 - Sonda Mariner 9 entra na órbita de Marte.  1980 - Restabelecida a eleição direta para governadores e o fim dos senadores biônicos, mantidos os mandatos em curso (veja Golpe militar de 1964).  1985 - Erupção vulcânica do Nevado del Ruiz, nos Andes, soterra a cidade de Armero, na Colômbia.  1994 - A Suécia decide entrar para a União Europeia após um referendo. o - Os primeiros passageiros viajam pelo Túnel da Mancha. o - Michael Schumacher alcança o seu primeiro título mundial de Fórmula 1 no Grande Prémio da Austrália.  2001 - Tropas da Aliança do Norte tomam o controle de Cabul.  2002 - A Escola Agrotécnica Federal de Rio Pomba foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba. Feriados e Eventos cíclicos:  a Igreja celebra o dia de Santo Estanislau Kostka, confessor Aniversários de Cidades  Cabo Frio - RJ - Brasil.  Palmelo - GO - Brasil.
  • 5. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1841: David Canabarro, um dos líideres da Revolução Farrpoupilha, é iniciado em Alegrete. David Canabarro 1889: Fundado o Grande Conselho dos Maçons do Real Arco, em Arizona, USA 1948: Fundada a Grande Loja do Piauí. 1991: Fundação da Associação da Imprensa Maçônica – ABIM – Seu primeiro presidente foi Antonio do Carmo Ferreira.
  • 6. 2 – Caminhada da Maçonaria goiana condena a corrupção e a impunidade Artigo dominical do Ir Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás Contato: barbosanunes@terra.com.br Ao assumir o cargo de Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás, para o quadriênio 2007/2011, juntamente com Euwaldo Vaz e ao ser reconduzido, em chapa única, para o período 2011/2015, com Luis Carlos de Castro Coelho, estou muito consciente que nossa instituição de alta credibilidade, deve estar integrada de público com a sociedade. Estamos vivendo um significativo e histórico momento que exige ação, veemência e compreensão dos desafios que a atualidade brasileira nos apresenta e demonstra. Nas lutas sociais em favor da democracia, da Independência do Brasil, Libertação dos Escravos, Proclamação da República, prevenção ao uso de drogas, defesa do meio ambiente, participação no Projeto Ficha Limpa, defesa da Amazônia e praticamente, em todos os estados e municípios, a maçonaria sempre se apresentou em cumprimento aos seus princípios gerais estabelecidos em sua Carta Constitucional. Ser uma instituição progressista e evolucionista, tendo como fim supremo a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, condenando os privilégios, as regalias e a exploração do homem.
  • 7. Em 18 de agosto de 2008, quando da comemoração do Dia do Maçom pela Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, afirmei que: “temos um passado que deve ser lembrado e relembrado, para que no futuro as nossas ações de hoje possam ser registradas, mostrando como estamos agindo. As famílias estão sendo instruídas pela violência e insegurança, pelo materialismo, pelo culto às drogas, pela pratica da corrupção. A maçonaria sempre teve laços fortes com a sociedade. Devemos cumprir e bem conduzir as nossas missões de hoje, em favor do amanhã dos nossos filhos”. Um ano após, no mesmo recinto do Palácio Alfredo Nasser, exatamente no dia 17 de agosto de 2009, o Grande Oriente do Estado de Goiás, pela minha voz e posicionamento manifestou-se muito tristemente e preocupado, quando anunciamos e lançamos o Movimento da Maçonaria Goiana “A Favor da Moralidade - Contra a Corrupção”, enfatizando de público o incômodo, a preocupação e a indignação dos maçons. Na sequência nos integramos em Goiás e no Brasil, coletando milhares de assinaturas no apoio ao Projeto Ficha Limpa, também uma bandeira maçônica, afirmando que não podemos nos omitir, calar, ficar coniventes e assistir tudo, sem reação ou posicionamento. A conscientização alcançou um patamar de avaliação equilibrada e consciente, através de seminários e reuniões nacionais. Concluindo que temos um compromisso de agirmos para fortalecermos a caminhada progressista, de desenvolvimento moral, social e intelectual. Agora, neste próximo dia 15 de novembro, data comemorativa da Proclamação da República, acontecerá a “Caminhada Maçônica Contra a Corrupção e a Impunidade”, em todas as capitais brasileiras. Aqui em Goiânia, participarão Grande Oriente do Estado de Goiás e Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás, partindo às 10 horas da manhã da Praça do Trabalhador, percorrendo a Avenida Goiás, sendo finalizada na Praça Cívica. Com certeza, posso afirmar em nome da instituição que presido e em nome de Ruy Rocha de Macedo, Grão Mestre da
  • 8. Grande Loja, que o movimento, sem permissão nenhuma para aproveitamento político partidário ou personalizar autoridades, atingirá plenamente seus objetivos de integrar em definitivo nossas potências junto com outras tantas já ocorridas em momentos registrados pela história. Como OAB, Ministério Público, CNBB, Polícia Federal, imprensa, instituições religiosas, associações, sindicatos e entidades variadas. Mas temos uma reflexão a fazer sobre o que é a corrupção e onde ela se inicia. Não podemos ser conduzidos pela conclusão de que a corrupção somente está em Brasília. É verdade que os grandes escândalos e negociatas em desfavor da sociedade, são articulados às encondidas na capital federal e quando revelados ao público, através de gravações telefônicas vergonhosas e denúncias, normalmente pelo judiciário, Polícia Federal, imprensa e Ministério Público, tomamos conhecimento dos delitos. É preciso entender que os atos de corrupção estão hoje impregnados em todas as esferas, federal, estadual, municipal, na iniciativa privada e, sobretudo no homem. A corrupção não é coisa nova e nem é exclusiva de políticos e homens públicos. Sempre existiu, embora em proporções menores. A atual ascensão, os valores altíssimos em termos de vantagens pessoais envolvem maior número de indivíduos, fortalecida pela impunidade. Temos que reencontrar limites, redescobrir valores, limitar ambições para que a vida pessoal não dependa do ilícito e saibamos separar o público do privado. A sociedade organizada está aumentando o debate sério como está fazendo a maçonaria, empreendendo ações com vistas a uma reversão, mesmo que gradativa. Os agentes que praticam a corrupção são classificados em dois tipos: agentes de corrupção ativa, são os que oferecem vantagens ou dão dinheiro. Os agentes de corrupção passiva são os que pedem vantagens ou recebem dinheiro. Analise bem o quanto a rede da corrupção é multiplicadora. Matematicamente é uma relação entre dois conjuntos, pelo fato de que para cada corrupto existente no domínio governamental, existe um outro corrupto no contra-domínio privado. É uma espécie de “sociedade”. Os tipos mais comuns de corrupção são, suborno, propina, nepotismo, extorsão, tráfico de influência, utilização de informações privilegiadas, compra e venda de sentenças judiciais, recebimento de presentes ou de serviços de alto valor por autoridades, com
  • 9. resultado nas atividades criminais, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, exploração da prostituição, contrabando, tráfico de armas, tráfico de seres humanos, trafico de órgãos, tráfico de animais silvestres e outros. Precisamos então de uma consciência e uma análise sobre o início da corrupção. Coloquemo-nos dentro do contexto e façamos uma correção dos nossos comportamentos, para que nós cidadãos que tanto estamos indignados com a corrupção, não sejamos também dela causadores. O resultado do que fizermos agora afetará nossos filhos e netos e o destino do nosso país. Devemos lutar contra a corrupção. Delito que prejudica a sociedade como um todo. Reflitamos sobre isso com sabedoria e tranquilidade e não tentemos encontrar uma causa única para a crise que vivemos. A sociedade precisa mudar. Temos muitos causadores em todas as instituições e dentro de milhares de lares. Este é o fundamento básico do movimento maçônico, que é permanente e não se restringe à caminhada do próximo dia 15 de novembro, para a qual convido e conto com a participação da família maçônica goiana.
  • 10. 3 – O Simbolismo da Romã (repasse: Ir. Laurindo Gutierrez) Loja Regeneração 3ª. – Londrina PR A romãzeira ou pé de romã, em hebraico Rimmôn, é uma pequena árvore, ou até um arbusto pertencente à família "Punica Granatum" – nome latino – e no vernáculo mais purista, diz-se Romãzeira. No sul da Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de Castela e Aragão, conquistada aos árabes em 1492 pelos reis católicos, chamada romã = Granada. Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na Palestina, onde existem três cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon e En- Rimon. Da Palestina, através da Diáspora, foi levada a todo o mundo, inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e posteriormente à Austrália e Nova Zelândia. Considerando-se a origem da Romã como sendo hebraica, nada melhor, para uma compreensão inicial, que recorrermos às Sagradas Escrituras. O Velho Testamento refere a Romã, ONZE vezes, enquanto o Novo Testamento, a omite totalmente. Por ordem cronológica, transcrevemos
  • 11. as passagens alusivas a esse fruto: 1) "Farás, também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul, púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas. Haverá em toda a orla da sobrepeliz uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã. Esta sobrepeliz estará sobre Aarão quando praticar o seu ministério, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, e isso para que não morra." (Êxodo 28-31.35.) 2) "Depois vieram até o vale de Escol, por causa do cacho de uvas, o qual o trouxeram dois homens numa vara, como também romãs e figos." (Números 13:23) 3) "E porque nos fizeste subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber?" (Números 20:5) 4)"Fez também romãs em duas fileiras por cima de uma das obras de rede para cobrir o capitel no alto da coluna; o mesmo fez com o outro capitel. Os capitéis que estavam no alto das colunas eram de obra de lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados. Perto do bojo, próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas colunas tinham duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre um e outro capitel." (II Reis 7:18-20) 5) "Há quatrocentas romãs para as duas redes, isto é, duas fileiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam no alto da coluna." (II Crônicas 4:13) 6) "Os teus lábios são como um fio de escarlate, e tua boca é formosa; as tuas faces, como romã partida, brilham através de véu." (Cantares 4:3) 7) "Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes." (Cantares 4:13) 8) "Desci ao jardim das nogueiras, para mirar as renovos do vale, para ver se brotavam as vides e se floresciam as romãzeiras. " (Cantares 6:11)]
  • 12. 9) "Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me ensinarias; eu te daria a beber vinho aromático e mosto das minhas romãs." (Cantares 8:2) 10) "Sobre ele havia um capitel de bronze; a altura de cada um era de cinco côvados; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram de bronze. Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas, sobre a obra de rede ao redor, eram cem." (Jeremias 52:22-23) 11) "Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romãzeira em Migron; e o povo que estava com ele era de cerca de seiscentos homens." (I Samuel 14:2) NO QUE DIZ RESPEITO ÀS CIDADES: 1) "Lebaote, Silim e Rimom; ao todo, vinte e nove cidades com suas aldeias." (Josué 15:32) 2) "Então viraram e fugiram para o deserto, à penha Rimom." (Juizes 20:45) 3) "A sétima sorte saiu à tribo dos filhos de Dã; Jeúde, Bene-Beráque, Gate-Rimom." (Josué 19:45) 4) "Em En-Rimon, em Zorá, em Jarmute." (Nemias 11:29) Desconhece-se a origem das cidades acima referidas, mas tudo leva a crer, que os seus nomes derivaram do grande número de Romãzeiras existentes. Alguns autores dão a Romãzeira como originária do Egito onde era conhecida pelo nome de "Anhmen"; fazem, outrossim, certa ligação entre a "Romã" e o nome de "Amon Ra". Prosseguem dizendo não caber dúvida que foi no Egito que o fruto constituía um símbolo sagrado, pois os Sacerdotes egípcios, usavam a romã nos atos litúrgicos iniciáticos. Para os romanos, a sua origem está no norte da África. O seu nome latino – Punica Granatum – sugere a sua origem na cidade de Cartago. Na realidade, esta cidade foi fundada pelos fenícios da cidade de Tiro, que foi fundada pelos sidônios, da cidade de Sidon. Estas cidades situam-se ao norte da Palestina, no atual Líbano. Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés já existia a cerimônia que incluía a Romã como fruto, com a sua rubra flor. Somente
  • 13. os sacerdotes de Amon Ra tinham o privilégio de cultivar a Romãzeira. As Romãs, consideradas como oferendas sagradas, eram colocadas sobre os túmulos dos Faraós. Encontram-se referências a respeito junto ao sacerdote Egípcio de Heliópolis, de nome Manthonm, em sua história dos reis, escrita em grego, 300 anos antes de Cristo. Sobre os Altares dos deuses Horus, Set, Isis e Osiris, este o deus supremo e juiz do além vida, protetor da morte, eram colocadas as mais exuberantes Romãs, como símbolo dos iniciados nos supremos mistérios. Essas oferendas aumentavam de número consoante a categoria do iniciado ou a importância do cargo, como os grandes hierofantes de Amon Ra e de Osiris, que além dessas ofertas serem colocadas em seus túmulos, eram também plantadas nos parques funerários, um número determinado e simbólico de Romãzeiras. O número variava entre três, cinco e sete, de conformidade com a hierarquia. O rei Thotmesis – Tutmós - da XVIII dinastia, morto no ano 59 a .C. teve plantadas em seu parque funerário, cinco Romãs. Um hábito curioso diz respeito às pessoas que tinham débitos com o falecido. Estas dívidas eram pagas com Romãs, depositadas sobre o seu túmulo. Esse fruto simbolizava a vida e a união geográfica do Egito, compreendido assim o Alto Egito, o Meio Egito e o Baixo Egito, que representavam os três "ninhos interiores" ou a câmara baixa; os cinco "ninhos superiores" ou câmara alta, dos deuses Osiris, o juiz supremo da outra vida, Set, deus das trevas, que matou a Osiris e Horus, que vingou a Osíris, casado com Isis, além da deusa Nefritis ou Isis irmã de Osiris. No antigo Egito o mês tinha três semanas de dez dias cada uma, e o ano doze meses ou seja, 360 dias aos quais, para corrigir a anomalia astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os correspondentes aos aniversários dos deuses Osiris, Horus, Set, Isis e Nefritis. Esses cinco dias acrescidos eram considerados de maus augúrios, e para aplacar o azar, eram oferecidas Romãs colocadas nos altares. Paralelamente, semeavam no parque funerário, três Romãs, simbolizando as três o Egito e mais cinco em honra aos cinco deuses patronos dos cinco últimos dias, e mais sete, em homenagem às sete trajetórias que as almas deviam percorrer para purificar-se. Essa origem da Romã no Egito conflita com as sagradas escrituras. Na oportunidade em que Jacó saiu de Israel em direção ao Egito, para fugir da fome que assolava a sua região, levou consigo mudas de videira, de romãzeira, figueiras e demais árvores frutíferas, plantando-as e cultivando-as. Na volta para Canaã, quando os hebreus chefiados por
  • 14. Moisés foram inspecionar a terra prometida, trouxeram de lá, frutos excepcionais, descritos como gigantescos, eis que para carregar um cacho de uvas, foram precisos dois homens, pendurado o cacho numa vara; junto, trouxeram figos e romãs; podemos imaginar, se comparados com o enorme cacho de uvas, o tamanho dos figos e das romãs! Sem dúvida a origem da Romãzeira, é da Palestina. Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu suco para que o Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romãzeira era considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram confeccionados amuletos. Os fenícios, tinham a Romã, também, como frutos sagrados, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os reproduziam nos capitéis de suas colunas e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Romã era sagrada e eles a denominavam de Roidion, e a Romãzeira de Roía; os frutos eram oferecidos à deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para os iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e outros, a Romã simbolizava a fecundidade e a vida. Se a Romã era usada como símbolo de vida, a concepção hebraica a reforça, considerando a propagação da espécie como o elemento mais relevante da vida. A Romã é de difícil uso como alimento, porque a separação dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa habilidade; mas, o seu suco, obtido com o esmagamento das suas sementes, que na realidade se constituem cada uma em um fruto separado, é de fácil obtenção. Obtido o suco, de certa forma abundante, fermentado esse, produz-se um vinho de sabor suave e delicado que, talvez para o paladar do ocidental, possa parecer estranho. Quando de nossa estada em Israel, justamente, em Canaã, adquiri no comércio, uma garrafa de vinho de romã; gelado, nos pareceu de agradável paladar. Retornados ao Brasil, procuramos obter certa quantidade de romãs retirando-lhes os grãos que esmagamos, coamos o suco, acrescentamos um pouco de açúcar e deixamos fermentar. O vinho obtido tinha o mesmo paladar daquele que adquirimos em Israel. Efetivamente, depois de degustá-lo em pequenas doses, decorrido algum tempo, notamos o seu efeito energético; preferimos denominá-lo assim, de afrodisíaco. O relato contém além das insinuações, simbolismos profundos relacionados com os costumes hebreus. A análise meticulosa desvenda preciosas lições.
  • 15. Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho? Além do atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o relato de Cantares é claro. O rei Salomão reinou sobre Israel durante quarenta anos, portanto, não se o pode julgar uma pessoa já idosa, mas no vigor da idade. O relato inserido em I Reis 11 nos dá: "Ora além da filha do faraó, amou Salomão, muitas mulheres estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel: não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai." Apesar do texto bíblico denominá-lo de "velho", um homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer- se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da romã. Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo sexual conjugado com os lírios, símbolo da excelência feminina. Colocadas as Romãs e os Lírios, nos capitéis das Colunas do Templo, quis Salomão render destaque à sua condição de rei poderoso em todos os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava construído como as duas respectivas colunas. No entanto, já naquele momento, Salomão possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a idade exata de Salomão. No livro I Crônicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi a toda a congregação; Salomão meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus." E no livro I Reis, 3:7 lemos: "Agora, pois, ó Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me". Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade de menos de 20 anos. Poderíamos, calcular, a grosso modo, que Salomão sentira- se criança, talvez por não ter atingido a idade de vinte anos. Portanto, se Salomão reinara durante quarenta anos, e assumira o reinado aos vinte anos, ao morrer, teria sessenta anos, idade que não podemos aceitar como de pessoa já velha. Porém, se Salomão se considerou criança,
  • 16. poderia, perfeitamente, ter apenas quatorze ou treze anos de idade, e então ao morrer teria cinqüenta e três a cinqüenta e quatro anos! Mas, se com essa idade iniciou a construção do Templo, como justificar a presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma manifestação profética, uma vez que esses adornos foram determinados por Davi que os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido também um hábito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra, denominada em hebraico de Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os desejos sexuais; hoje as sementes conservadas em vinagre constituem um condimento muito apreciado em toda a parte. De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa muito mais coerente sobre a presença das Romãs, do que a simplista de que simbolizava a união fraterna, pela coesão de seus grãos. A necessidade dos excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos tinham de manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas; os excessos sexuais da época não constituíam pecado ou falha moral. Completaremos o estudo sobre a Romã, examinando detalhadamente o seu aspecto interno e externo. O fruto é arredondado, assemelhando-se a um pequeno cântaro, ou a uma laranja de bom tamanho. Sua casca é lisa e manchada na coloração mista do vermelho com o verde, com manchas amareladas. Na parte oposta ao pedúnculo que se prende ao ramo, apresenta uma coroa formada de pequenos triângulos, e no seu centro, restos de pistilos secos de sua flor. Essa flor é de cor escarlate e composta de três pétalas carnosas que após desabrochar completamente dão lugar a uma rosácea de cinco pétalas; curiosamente, ao formar-se o fruto, surgem mais duas pétalas que se mantêm envolvidas pela coroa, secando paulatinamente até ao completo desenvolvimento do fruto. A casca é grossa e robusta; quando bem maduro o fruto rompe-se, pondo à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada em lugar quente, a Romã seca lentamente; não apodrece; e mesmo seco, o fruto é utilizado, pois os seus grãos apresentam-se mais doces ainda. O interior apresenta duas câmaras: a alta que contém cinco celas onde se espremem dezenas de grãos, e a câmara baixa, que se apresenta da mesma forma; os grãos têm no centro, uma diminuta semente branca e ao redor uma grande parte carnosa e transparente, nas colorações que partem do rosa pálido ao vermelho rubi. Essa parte interna lembra os favos de mel; as celas são divididas por uma espécie de cortina branca e
  • 17. leve. Essa película resistente é amarga, como o é toda a casca exterior, possuindo propriedades medicinais; pela grande quantidade de tanino que contém, é usada como adstringente para diarréia; a casca, em forma de chá é um excelente vermífugo. Os grãos são saborosos, podendo ser ingeridos agrupados; o gosto esquisito, é agridoce. No Oriente, como já referimos, esses grãos macerados produzem um líquido que fermentado resulta em vinho afrodisíaco. O simbolismo do fruto e de sua flor se adequa à filosofia maçônica. A planta, ou melhor, o arbusto, tem as folhas pequenas e perenes, de um verde escuro; a planta não atinge altura significativa e desde cedo, quando em desenvolvimento, tendo um metro e meio, já produz frutos. Os grãos simbolizam a união dos maçons em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui "carne", "sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes). Os grãos crescem unidos de tal forma que perdem o formato natural, que seria redondo; espremidos uns aos outros, são semelhantes a polígonos geométricos, com várias facetas; são lustrosos e belos, lembrando os favos de uma colméia de abelhas; as abelhas trabalham sem descanso e assim lutam os maçons. Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno; são pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As câmaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o espírito. As cinco células da Câmara Alta representam as fases intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna;, o conhecimento, o impulso para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia. Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas, perfeitamente unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem: a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura. As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue, carne e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma. As três luzes: Ven.'. e Vvig.'.. O formato externo, representa a Terra, seja pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo. O astronauta soviético Yuri Gagarin, quando pôde contemplar a Terra do Cosmos, exclamou: "Ela é azul!". Hoje passada quase uma geração, o jornalista japonês Akiyama, a bordo da estação orbital russa Mir enviou a seguinte mensagem: "O ar e as águas estão visivelmente sujos. Estou muito ocupado aqui, em cima, para ser filosófico; mas sinto que realmente faço parte da mãe Terra, agora, e acredito que temos que realmente fazer alguma coisa para salvá-la - acrescentou: eu não estou
  • 18. falando dos desertos, mas em outras partes da África e da Ásia não há muitas árvores". Que expressiva diferença após poucos anos! A Terra para Gagarin era azul; para Toyohiro Akiyama, a Terra perdeu a suavidade colorida! A Romã expressa, na sua coloração, a realidade. A coroa de triângulos ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do amor ao próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores da Romã simbolizam: o verde, o reino vegetal; a amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal. As membranas brancas, que não constituem cor, mas a mistura de todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o arco-íris, simboliza a paz e o amor fraterno. Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na Arte Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada, da Corda de 81 Nós, e ao do Feixe de Esopo. Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua a Egrégora. 4 – Verbete do Vade-Mécum: Proclamação da República O Ir. João Ivo Girardi da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas. “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”. Contato: joaogira@terra.com.br
  • 19. VERBETE DESTE DOMINGO: PEÇA DE ARQUITETURA: 1 PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A partir de 1870, com a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom Quintino Bocaiúva, uma das maiores expressões, intensifica-se a ação política na Ordem pelo movimento. Em seguida o Grão-Mestre Saldanha Marinho publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro passa a circular o jornal: A República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram fervorosamente Silva Jardim, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o Império estava sustentando uma crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa, a questão militar e a própria abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se os Irmãos Bocaiúva, Rui e Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um boato de suposta prisão de Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente- coronel Silva Teles reúna as tropas em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana. Hélio Silva em sua obra: O Primeiro Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de novembro de 1889: Deodoro propunha-se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado de saúde, só ali, junto à tropa, é que montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o comando ergueu o boné e deu o grito de Viva o Imperador, que segundo testemunhas da época, foi abafado por salvas de artilharia, ordenadas por Benjamim Constant. O general combalido pela doença, visivelmente abatido, penetra no quartel-general e vai ao encontro de Ouro Preto: Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haverem perseguidos oficiais do Exército, e revelarem o firme propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército. E, finalizando a breve alocução, diz ainda: nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto, altivo, observa: Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar. Preso sob palavra, todo o gabinete aos gritos de Viva a República, estava proclamada e extinta a monarquia no Brasil. Assim nos relata o nosso Irmão Frederico G. Costa este acontecimento: O Decreto
  • 20. N.º1, datado de 15 de novembro de 1889, instituindo a República, nascida de Golpe Militar, não contra a Monarquia, mas a favor dos interesses políticos, nos quais a Maçonaria, como Instituição, a nosso ver, pouca ou nenhuma participação teve, em que pese ter, entre os conspiradores, obreiros dignos de suas Colunas. 2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da República não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que eram na verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era maçom na época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do Brasil, Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a República, Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da Agricultura. Esses homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que era chamado de republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz coincidência, pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do mesmo ano de 1889, Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873 - era eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a 24 de março de 1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o novo regime necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já que, desde os primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma ditadura sociocrática do tipo comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte (e não se pode esquecer que grandes maçons expoentes do movimento republicano, como Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, eram realizadas as eleições indiretas, com duas chapas concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro, para presidente, e Eduardo Wandelock, para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu Grão-Mestre, a qual foi respondida a 5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do Gabinete da Presidência da República: As Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S S A prancha de 2 do corrente mez E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o Congresso Nacional está recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs respeitados pelo caracter e pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch do Univ como também pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e pelos votos que fazeis pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o Legislativo, já se desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo líder
  • 21. conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da imprensa, críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro de 1889 - chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso, muitos dos seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus atos, opondo-se algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna; isso levaria à crise de janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião foi que, demonstrando sua inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de Lucena, notório monarquista, o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em consequência do difícil relacionamento, o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o primeiro - de uma longa série - atentado à democracia republicana. Ocorreu que, para que Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira corrente de ameaças, aos congressistas, veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto do Exército quanto da Marinha. Isso foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo governar com o Congresso, dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os apoios, inclusive nos meios militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano, que ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de novembro o almirante Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear uma guerra civil, entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente, como uma amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu Grão- Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também ao Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons, diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda sem organismos protetores. 3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia a marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa).
  • 22. 2. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade, os irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não quer dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização como alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a Revolução de 30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de seis meses depois de assumir o cargo. Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva (Transportes), Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant (Guerra), Campos Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da Maçonaria. A partir desse momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do republicanismo, que passou a ser encarado como um importante passo na marcha rumo ao progresso e a evolução social do país. (Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro da Fonseca, Independência do Benjamin Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão Religiosa). HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do Brasil tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-1902). Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir dos mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um novo porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade! Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz! V - Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação da República). DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia (hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892. 0 marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República
  • 23. do Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de Grande Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola Militar em 1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente, integrou a tropa destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como capitão, seguiu para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do Paraguai, da qual também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874 era promovido a brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada Questão Militar, de fundamental importância no processo que resultou na queda do império, embora tenha havido, também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas econômicos causados pela abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da posição de seu subordinado, coronel Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela imprensa, a administração do ministro da Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara dos Deputados, tendo havido, também, uma denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação, apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e é recebido com as mais amplas manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos Oficiais do Exército e da Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886, presididos por Benjamin Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai), ambos maçons (o último foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os militares conseguiram, então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do ministro. Em julho de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin Constant na vice- presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos futuros, pois o Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora, neste último caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito pela família imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa Regente, Dna. Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da tarefa de proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a intenção de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos - nomeou-o para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se quando foi nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha Matos, a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de Janeiro, em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por Benjamim Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro acabaria desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de novembro de 1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa reunião realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons paulistas Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o maior, era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi necessário o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram por convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida de que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao
  • 24. movimento. Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o velho imperador terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime. Tanto isso é verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de Ouro Preto, Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a tomar providências para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o Gabinete. Foi aí que entrou em cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do movimento, Benjamin Constant, que alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em diante, por sua rebeldia, caso sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república, Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído por maçons, embora nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos Transportes; Benjamin Constant, ministro da Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos Salles, ministro da Justiça; Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura. Alguns autores maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses homens foram escolhidos devido ao fato de serem maçons, o que não corresponde, evidentemente, à visão imparcial da história, pois eles foram escolhidos porque representavam a nata dos chamados republicanos históricos (com exceção de Rui, que, não tendo participado do movimento, era considerado republicano do dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob a égide da Instituição Maçônica, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a elite intelectual da nação. Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas correntes republicanas com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto que a outra desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou seja, de acordo com a doutrina de Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória. Em decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, que instituía o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a Assembleia elegeu, para a Presidência da República, por pequena margem sobre Prudente de Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice- presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da oposição, o qual derrotou Wandenkolk. A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo, para não provocar uma guerra civil, diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio de Melo, em reação ao golpe do presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o Senado. (...) Foi um maçom ativo desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja Rocha Negra, de São Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, do qual seria dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio Grande do Sul. Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção, teve que deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma apreciável atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de Janeiro, e foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890, tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias depois de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão- Mestre do Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse; o Grande Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares, que assumira o cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva
  • 25. Filho. Doente e desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz Jakobi). (...) Nesse entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu próprio ministro do Exército, irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses depois da Proclamação da República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o Congresso. Malograda sua intenção, demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e vindo a falecer meses depois. 2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890, EVReprodução do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil, e Sob Gr Mestr Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas AAug Off, SSubl CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em sessão de 22 de Setembro do corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e RReg GGer da Ord incluindo as ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as alterações precisas, de accordo com a actual forma do Governo do Paiz. Comentário: Tratava-se de adaptação da Constituição à nova situação política do País, pois era recente a proclamação da República. (V. Brasil: História do, Proclamação a República). Manoel Deodoro da Fonseca – Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil – De 3/1890 Até 2/1892 Efetivo A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o Regime Republicano, necessária se fez a promulgação de uma nova Constituição, voltada para os anseios do novo regime. DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta: Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á reeleição das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo Provisório da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por
  • 26. governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados federados adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da ordem e da segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer nacionaes, quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for perturbada e onde faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos cidadãos e a livre acção das autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa Brazileira a forma de governo proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum governo local contrario á forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da nação livremente expressado pelo sufragio popular. Art. 8o - A força publica regular, representada pelas tres armas do Exercito e pela Armada nacional onde existam guarnições ou contingentes nas diversas provincias, continuará subordinada exclusivamente dependente do Governo Provisório da Republica, podendo os governos locaes, pelos meios ao seu alcance, decretar a organisação de uma guarda civica destinada ao policiamento do território de cada um dos novos Estados. Art. 9o - Ficam egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira. Art. 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do Governo Provisório da República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também, provisoriamente, séde do poder federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto, na parte que a cada um pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios do actual Governo provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889, 1o da Republica. (Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S. Lobo; Rui Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que assinam o documento eram Maçons.
  • 27. 5 – Perguntas e Respostas - Ir Pedro Juk Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Marcos Pereira, Loja Rei Salomão, REAA, GOB- PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná. marcospereira@brturbo.com.br Gostaria de dirimir uma dúvida, no nosso Ritual Grau de Aprendiz, página 40. Marcha com três passos, sem arrastar os pés. Página 164. Marcha com um passo, sem arrastar o pé. Você pode dar uma explicação para o assunto? Na Marcha não se arrasta mais os pés? CONSIDERAÇÕES: Houve por muito tempo a aplicação errada de que o Aprendiz, no Rito Escocês Antigo e Aceito deveria “arrastar” os pés durante a execução da Marcha do Grau (para alguns se arrastaria o pé que avança, para outros o pé que se junta ao outro e ainda outros mais, os dois pés). Evidentemente essa prática originalmente nunca existiu, salvo quando colocada em rituais ultrapassados e completamente em desuso. Alegavam certos ritualistas e autores que a prática do arrasto vinha de encontro com a idade do Aprendiz. Ora, se a criança inicia “engatinhando” e posteriormente dá os primeiros passos (não arrastados, porém cambaleantes), imagine- se então a prática literal do ato. Veríamos um Aprendiz em posição no mínimo constrangedora. Assim, a tese equivocada cai por terra. Na marcha o executor dá passos normais, todavia intercalados em cada movimento para redundar na esquadria conhecida. Não existe essa “estória” de se arrastar os pés como se o Obreiro estivesse arrastando um peso metálico feito um presidiário em uma
  • 28. colônia penal. Daí o Ritual estar correto por ocasião do que emana na sua página 40. Quanto a página 164 não se trata propriamente da Marcha, entretanto do primeiro passo regular da Maçonaria que, obviamente, virá fazer parte da caminhada simbólica proposta na Marcha do Grau. Na verdade, nos ritos de origem francesa não existe a prática comum do primeiro passo regular, senão a Marcha. No sistema inglês é que o Obreiro para compor o Sinal, antes dá o primeiro passo regular, pois foi assim que ele recebeu os segredos do Grau (Sinal, Toque e Palavra). Já no caso do Ritual do Rito Escocês (origem francesa) a prática exarada na página 164 é mais para ensinar a postura que o Obreiro deve assumir para compor o Sinal Penal quando estiver à Ordem, não se tratando exclusivamente da Marcha, porém uma prática enxertada de outro sistema quando identifica o Passo Real (sic) – verdadeiramente “regular” para a comunicação dos mistérios. No Rito Escocês originalmente não existe esse passo regular. Ensina-se primeira a postura do corpo na forma conhecida, sem dar passo algum, e posteriormente a composição e execução do Sinal Penal, nesse caso o Gutural. De qualquer maneira, em nenhum caso está prevista a prática de se arrastar os pés, assim como que o que está previsto no Ritual em vigor deve ser religiosamente executado. As minhas observações são apenas de caráter elucidativo. TFA Ir Pedro Juk – Nov/2011 Contato: jukirm@hotmail.com Não fique na dúvida, Envie agora mesmo a sua pergunta para o jbnews@floripa.com.br mencionando nome completo, Loja, Oriente, Rito praticado e Obediência. O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro Juk e através do próprio JB News.
  • 29. 6 – Destaques JB Maçonaria é notícia em Portugal Neste sábado (12) a delegação brasileira visitou a Grande Loja Regular de Portugal que trabalha no Rito Escocês Retificado. Os irmãos portugueses sensibilizaram-se com a delegação brasileira de 24 Irmãos com representantes da Grande Loja de Santa Catarina (3) Grande Oriente de São Paulo (2) e os demais da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. Foi uma Sessão dotada de uma ritualística interessante, e que empolgou os brasileiros. As delegações ofertaram souvenir aos irmãos de Portugal tendo o Venerável Mestre sido agraciado por um do de Minas Gerais com a Bandeira Nacional. Antecedendo a Sessão houve uma palestra acerca do Rito Escocês Retificado, incluindo batidas, sinais e detalhes que nos levam à reflexão. A Loja Templários da Nova Era esteve representada pelo seu Venerável Mestre, Ir. Valdemar Krause, Ir. Ademar Valsechi, MI e este editor. Em edição específica, voltaremos a enfocar tal acontecimento.
  • 30. A confraternização entre brasileiros e portugueses. Templo da Grande Loja Regular de Portugal Aqui em Portugal sou ouço a Rádio Sintonia 33 24 horas do no ar Acesse: www.radiosintonia33.com.br
  • 31. Chateau de Almourol - Portugal
  • 32. Templo da Grande Loja Regular de Portugal que trabalha no Rito Escocês Retificado.
  • 33. Ir Sinval Santos da Silveira* O CARCEREIRO DE PASSARINHOS
  • 34. A mata repleta de passarinhos, entoava canções que chamavam a atenção dos meninos, e dos adultos, também. Cada qual mais lindo do que o outro. Os danadinhos cantavam pra valer ! E até um bom dinheiro os bichinhos valiam. Por ausência de outras distrações, era moda, aqui no sul do País, a "caçada de gaiolas". ia-se mata a dentro, com os alçapões, gaiolas reservas, chamas para atrair os bichinhos, e comida de passarinhos. Era uma festa maravilhosa ! A chegada do passarinho, à borda do alçapão, seguida do salto para
  • 35. o poleiro desarmar, causava uma subida de adrenalina tão grande, que o coração chegava a disparar. Veio a legislação proibitiva. Os passarinhos são propriedades da nação, reza a Constituição, e caça-los, é crime inafiançavel. Acabou a festa. Contar estas histórias para um menino de hoje, não tem graça nenhuma. Iria me chamar de idiota ou retardado social. Felizmente, acabou a maldade. Prenderam o carcereiro ! Veja mais poemas do autor: Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro