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1 
OPERAÇÕES 
UNITÁRIAS FÍSICAS 
CHRISTIANNE GARCIA RODRIGUES
2 
Geralmente, o engenheiro atua em 
quatro campos: 
 Dimensionamento da instalação industrial: 
desenho, dimensionamento e construção. 
 Operação: supervisão, manutenção e otimização. 
 Administração, logística, vendas e planejamento. 
 Pesquisa: básica ou aplicada para o 
desenvolvimento de produtos e processos.
3 
O QUE O ENGENHEIRO FAZ? 
• Seleciona o tipo de equipamento adequado 
• Dimensiona os equipamentos 
• Calcula o tempo de processamento 
• Elabora os balanços de massa e energia da 
operação 
• Calcula os custos do investimento necessário 
• Calcula os custos operacionais 
• Avalia o desempenho do processo
Conceito: Na engenharia química e seus campos 
relacionados, uma operação unitária é uma etapa 
básica de um processo 
4 
- Um processo tem várias operações unitárias presentes para que se 
possa obter o produto desejado
 Processo: É um conjunto de ações executadas em 
etapas, que envolvem modificações da composição 
química, que geralmente são acompanhadas de certas 
modificações físicas na matéria prima, para se obter o 
produto final. 
 Operação unitária: é a operação que ira realizar 
alguma alteração física em seu produto em questão. 
 Por exemplo: a fermentação pode ser considerada 
uma operação unitária independente do tipo de 
material que irá fermentar. Esta operação tem como 
princípio básico a transformação de uma substância 
em outra, produzida a partir de microorganismos, tais 
como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo, 
chamados nestes casos de fermentos, gerando um 
produto desejado. 
5
Um grande número de operações trata os 
sistemas sólido-fluido sem alterar sua 
composição e propriedades físicas; em outras, as 
composições químicas também não são 
alteradas, mas as propriedades físicas sofrem 
modificações sob influência de variáveis como 
temperatura, pressão, concentração, etc. 
6
O que é um sólido particulado? 
Um material composto de 
materiais sólidos de tamanho 
reduzido (partículas). 
O tamanho pequeno das 
partículas pode ser uma 
característica natural do 
material ou pode ser devido 
a um processo prévio de 
fragmentação. 
7
Importância 
O conhecimento das 
propriedades dos sólidos 
particulados é fundamental 
para o estudo de muitas 
operações unitárias como: 
Redução de 
tamanho 
Fluidização 
Transporte 
Pneumático 
Centrifugação 
Decantação 
Sedimentação 
Filtração 
8
PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS 
A) as que dependem da natureza das partículas: 
o tamanho, a forma, a dureza, a densidade, o calor 
específico e a condutividade. 
B) as que dependem do sistema (leito poroso): 
a densidade aparente, a área específica, 
a porosidade, o ângulo de talude, entre outras. 
Neste caso, a propriedade passa a ser uma 
característica do conjunto de partículas (leito) 
e não mais do sólido em si. 
9
Tamanho de Partículas 
Granulometria é o termo usado para caracterizar o 
tamanho das partículas de um material. 
1 μm até 0,5 mm 
Pós 
Sólidos Granulares 0,5 a 10 mm 
Blocos Pequenos 1 a 5 cm 
Blocos Médios 5 a 15 cm 
Blocos Grandes > 15 cm 
Distinguem-se pelo 
tamanho cinco tipos de 
sólidos particulados: 
10
FORMA E COMPOSIÇÃO DAS PARTÍCULAS 
A forma e composição das partículas é determinada pelo 
sistema cristalino dos sólidos naturais e no caso dos 
produtos industriais pelo processo de fabricação. A forma 
é uma variável importante. 
A) Esfericidade e Diâmetro 
Equivalente 
B) Densidade 
C) Dureza 
D) Fragilidade 
E) Aspereza 
F) Porosidade (e) 
G) Densidade Aparente 
Os parâmetros mais utilizados 
são os seguintes: 
11
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
A forma de uma partícula pode ser expressa pela esfericidade (), 
que mede o afastamento da forma esférica. 
  
Superfície da esfera de igual volume da partícula 
Superfície externa da partícula real 
Logo = 1 para uma partícula esférica 
< 1 para qualquer outra forma 
0   1 
12
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
Seja uma partícula de volume Vp e área Ap: 
Volume da esfera 
13 
Por definição: 
d 2  
p 
eq 
A 
 
 
 
2 
p eq A  d
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
14 
d 2  
p 
eq 
A 
 
 

A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
15 
d 2  
p 
eq 
A 
 
 

A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
Número de partículas 
Dada uma massa (m) de partículas, de densidade s e Volume 
Vp, o número total de partículas (N) pode ser calculado como: 
16
A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 
Se todas as partículas têm o mesmo volume (Vp) e a mesma forma, 
a área total das partículas = número de partículas x área da partícula 
Pode ser calculada a área por unidade de massa (área específica) 
se conhecemos o diâmetro equivalente para uma partícula i: 
17
B) Densidade 
Permite classificar os sólidos nas seguintes classes: 
- Leves (<500 kg/m3) = serragem, turfa, coque 
- Médios (1000 ≦  ≦ 2000 kg/m3) = areia, minérios leves 
- Muito Pesados ( > 2000 kg/m3) = minérios pesados 
- Intermediários (550<  <1100 kg/m3) = produtos agrícolas 
18
C) Dureza 
Esta propriedade costuma ter dois significados. Nos plásticos e metais 
corresponde a resistência ao corte, enquanto que no caso dos minerais 
é a resistência que eles oferecem ao serem riscados por outros 
minerais. 
A escala de dureza que se emprega nos minerais a Escala de Mohr, 
que vai de um a dez e cujos minerais representativos são: 
19
D) Fragilidade 
Mede-se pela facilidade à fratura por torção ou impacto. Muitas vezes 
não tem relação com a dureza. Os plásticos podem ser pouco duros 
(moles) mas não são frágeis. 
E) Aspereza 
Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das partículas. 
F) Porosidade (e) 
É a propriedade da partícula que mais influencia as propriedades do 
conjunto (leito poroso) 
É a proporção de espaços vazios. Quanto mais a partícula se afastar 
da forma esférica, mais poroso será o leito. 
20
F) Porosidade (e) 
Quanto maior a esfericidade menor a porosidade 
do leito. 
21
É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa total do 
leito poroso dividida pelo volume total do leito poroso. 
Pode-se calcular por meio de um balanço de massa a 
partir das densidades do sólido e do fluido, que muitas 
vezes é o ar. 
Proporção de 
Sólido 
Densidade do 
Sólido Porosidade 
Densidade 
do Fluido 
G) Densidade Aparente (a) 
22 
ρa = (1- ε).ρp + ε.ρf
O tamanho da partícula de materiais homogêneos 
(com partículas uniformes) pode ser obtido: 
1. Com o auxílio de um microscópio 
2. Por peneiramento: fazer passar por 
malhas progressivamente menores, até 
que fique retida a maior porção. O 
tamanho corresponde ao tamanho da 
peneira o a média das peneiras. 
3. Decantação: o material é posto numa 
suspensão que se deixa em repouso 
durante um certo tempo, findo o qual o 
nível dos sólidos decantados terá descido. 
A partir das frações de massa separadas, 
calcula-se o tamanho da partícula. 
23
4. Elutriação: 
O princípio empregado é o mesmo, porém a suspensão é 
mantida em escoamento ascendente através de um tubo. 
Variando-se a velocidade de escoamento, descobre-se o 
valor necessário para evitar a decantação das partículas. Esta 
será a velocidade de decantação do material. 
5. Centrifugação: 
A força gravitacional é substituída por uma força centrífuga 
cujo valor pode ser bastante grande. É útil principalmente 
quando as partículas são muito pequenas e, por 
conseqüência, têm uma decantação natural muito lenta. 
24
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
Neste caso o material terá que ser separado em frações 
com partículas uniformes por qualquer um dos 
métodos de decantação, elutriação ou centrifugação 
anteriormente citados. 
O meio mais prático, no entanto, é o tamisamento, 
consiste em passar o material através de uma série de 
peneiras com malhas progressivamente menores, cada 
uma das quais retém uma parte da amostra. 
Esta operação, conhecida como análise granulométrica, 
é aplicável a partículas de diâmetros compreendidos 
entre 7 cm e 40 μm. 
25
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
A análise granulométrica é realizada com 
peneiras padronizadas quanto à abertura das 
malhas e à espessura dos fios de que são 
feitas. 
Séries de Peneiras mais Importantes 
British Standard (BS) 
Institute of Mining and Metallurgy (IMM) 
National Bureau of Standards - Washington 
Tyler (Série Tyler) – A mais usada no Brasil 
26
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
O sistema Tyler é constituído de quatorze 
peneiras e tem como base uma peneira de 
200 fios por polegada (200 mesh), feita 
com fios de 0,053 mm de espessura, o que 
dá uma abertura livre de 0,074 mm. 
As demais peneiras, apresentam 150, 100, 
65, 48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh. 
Quando se passa de uma peneira para a 
imediatamente superior (por exemplo da 
de 200 mesh para a de 150 mesh), a área da 
abertura é multiplicada por dois e, 
portanto, o lado da malha é multiplicado 
por 
27
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
O ensaio consiste em colocar a amostra 
sobre a peneira mais grossa a ser 
utilizada e agitar em ensaio padronizado 
o conjunto de peneiras colocadas umas 
sobre as outras na ordem decrescente da 
abertura das malhas. 
Abaixo da última peneira há uma panela 
que recolhe a fração mais fina que 
consegue passar através de todas as 
peneiras da série. 
28
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
29
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
As quantidades retidas nas 
peneiras e na panela são pesadas. 
A fração de cada tamanho se 
calcula dividindo a massa pela 
massa total da amostra. 
30
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
Esta fração poderá ser caracterizada de dois modos: 
1) Como a fração que passou pela peneira i-1 e ficou retida na peneira i. 
Se estas forem as peneiras 14 e 20, respectivamente, 
será a fração 14/20 ou –14+20. 
2) A fração será representada pelas partículas de diâmetro igual a média 
aritmética das aberturas das malhas das peneiras i e i-1. 
No caso que estamos exemplificando, será a fração com partículas de 
tamanho: 
31
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
Quando temos uma mistura de partículas de diversos 
diâmetros, podemos definir um diâmetro médio que 
represente esse material. Uma mistura que contem 
frações com Ni partículas de diâmetro equivalente deq 
(se forem esféricas seria dpi) pode apresentar uma 
distribuição granulométrica com a seguinte forma: 
32
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
33
34
MATERIAIS HETEROGÊNEOS 
É o diâmetro da partícula de volume médio. 
Multiplicando o volume desta partícula pelo número de partículas da 
amostra, obtém-se o volume total do sólido. 
O volume desta partícula é a média aritmética dos volumes de todas 
as partículas da amostra. Admite-se uma densidade igual para todas 
as partículas: 
35
TA 631 – OPERAÇÕES UNITÁRIAS I 
Exercícios 
Sólidos Particulados 
36
1) Calcule a esfericidade de um anel de Raschig de ½” 
Diâmetro 
externo 
Espessura 
- diâmetro externo = ½” 
- altura = ½” 
- espessura de parede = ⅛” 
Altura 
3 
Vp 
.6 
 
deq  
deq2  . 
Ap 
  
37 
RESPOSTA: ᶲ = 0,577
2) Compare a esfericidade de duas partículas de 
mesmo volume e de mesmo material, sendo, uma 
esférica e a outra cilíndrica. 
A relação diâmetro/comprimento do cilindro é 1/3. 
Prove que, neste caso, deq da partícula cilíndrica é 
igual ao deq da partícula esférica. 
3 
Vp 
.6 
 
deq  
deq2  . 
Ap 
  
38 
RESPOSTA: 
ᶲ partícula esférica= 1 
ᶲ partícula cilíndrica= 0,778
3) Grãos de pipoca não estourados possuem 
diâmetro equivalente de 6 mm e esfericidade 
aproximada de 1. 
Já, os grãos de pipoca estourados, apresentam 
diâmetro equivalente de 12 mm e esfericidade 
de 0,85. 
Obtenha o volume da partícula para o grão não 
estourado e para o grão estourado. 
3 
Vp 
.6 
 
deq  
deq2  . 
Ap 
  
39 
RESPOSTA: 
Volume grão não estourado = 1,13.10-7 m3 
Volume pipoca = 9,048.10-7 m3

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Operações unitárias físicas: conceitos e propriedades

  • 1. 1 OPERAÇÕES UNITÁRIAS FÍSICAS CHRISTIANNE GARCIA RODRIGUES
  • 2. 2 Geralmente, o engenheiro atua em quatro campos:  Dimensionamento da instalação industrial: desenho, dimensionamento e construção.  Operação: supervisão, manutenção e otimização.  Administração, logística, vendas e planejamento.  Pesquisa: básica ou aplicada para o desenvolvimento de produtos e processos.
  • 3. 3 O QUE O ENGENHEIRO FAZ? • Seleciona o tipo de equipamento adequado • Dimensiona os equipamentos • Calcula o tempo de processamento • Elabora os balanços de massa e energia da operação • Calcula os custos do investimento necessário • Calcula os custos operacionais • Avalia o desempenho do processo
  • 4. Conceito: Na engenharia química e seus campos relacionados, uma operação unitária é uma etapa básica de um processo 4 - Um processo tem várias operações unitárias presentes para que se possa obter o produto desejado
  • 5.  Processo: É um conjunto de ações executadas em etapas, que envolvem modificações da composição química, que geralmente são acompanhadas de certas modificações físicas na matéria prima, para se obter o produto final.  Operação unitária: é a operação que ira realizar alguma alteração física em seu produto em questão.  Por exemplo: a fermentação pode ser considerada uma operação unitária independente do tipo de material que irá fermentar. Esta operação tem como princípio básico a transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo, chamados nestes casos de fermentos, gerando um produto desejado. 5
  • 6. Um grande número de operações trata os sistemas sólido-fluido sem alterar sua composição e propriedades físicas; em outras, as composições químicas também não são alteradas, mas as propriedades físicas sofrem modificações sob influência de variáveis como temperatura, pressão, concentração, etc. 6
  • 7. O que é um sólido particulado? Um material composto de materiais sólidos de tamanho reduzido (partículas). O tamanho pequeno das partículas pode ser uma característica natural do material ou pode ser devido a um processo prévio de fragmentação. 7
  • 8. Importância O conhecimento das propriedades dos sólidos particulados é fundamental para o estudo de muitas operações unitárias como: Redução de tamanho Fluidização Transporte Pneumático Centrifugação Decantação Sedimentação Filtração 8
  • 9. PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS A) as que dependem da natureza das partículas: o tamanho, a forma, a dureza, a densidade, o calor específico e a condutividade. B) as que dependem do sistema (leito poroso): a densidade aparente, a área específica, a porosidade, o ângulo de talude, entre outras. Neste caso, a propriedade passa a ser uma característica do conjunto de partículas (leito) e não mais do sólido em si. 9
  • 10. Tamanho de Partículas Granulometria é o termo usado para caracterizar o tamanho das partículas de um material. 1 μm até 0,5 mm Pós Sólidos Granulares 0,5 a 10 mm Blocos Pequenos 1 a 5 cm Blocos Médios 5 a 15 cm Blocos Grandes > 15 cm Distinguem-se pelo tamanho cinco tipos de sólidos particulados: 10
  • 11. FORMA E COMPOSIÇÃO DAS PARTÍCULAS A forma e composição das partículas é determinada pelo sistema cristalino dos sólidos naturais e no caso dos produtos industriais pelo processo de fabricação. A forma é uma variável importante. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente B) Densidade C) Dureza D) Fragilidade E) Aspereza F) Porosidade (e) G) Densidade Aparente Os parâmetros mais utilizados são os seguintes: 11
  • 12. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente A forma de uma partícula pode ser expressa pela esfericidade (), que mede o afastamento da forma esférica.   Superfície da esfera de igual volume da partícula Superfície externa da partícula real Logo = 1 para uma partícula esférica < 1 para qualquer outra forma 0   1 12
  • 13. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente Seja uma partícula de volume Vp e área Ap: Volume da esfera 13 Por definição: d 2  p eq A    2 p eq A  d
  • 14. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 14 d 2  p eq A   
  • 15. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente 15 d 2  p eq A   
  • 16. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente Número de partículas Dada uma massa (m) de partículas, de densidade s e Volume Vp, o número total de partículas (N) pode ser calculado como: 16
  • 17. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente Se todas as partículas têm o mesmo volume (Vp) e a mesma forma, a área total das partículas = número de partículas x área da partícula Pode ser calculada a área por unidade de massa (área específica) se conhecemos o diâmetro equivalente para uma partícula i: 17
  • 18. B) Densidade Permite classificar os sólidos nas seguintes classes: - Leves (<500 kg/m3) = serragem, turfa, coque - Médios (1000 ≦  ≦ 2000 kg/m3) = areia, minérios leves - Muito Pesados ( > 2000 kg/m3) = minérios pesados - Intermediários (550<  <1100 kg/m3) = produtos agrícolas 18
  • 19. C) Dureza Esta propriedade costuma ter dois significados. Nos plásticos e metais corresponde a resistência ao corte, enquanto que no caso dos minerais é a resistência que eles oferecem ao serem riscados por outros minerais. A escala de dureza que se emprega nos minerais a Escala de Mohr, que vai de um a dez e cujos minerais representativos são: 19
  • 20. D) Fragilidade Mede-se pela facilidade à fratura por torção ou impacto. Muitas vezes não tem relação com a dureza. Os plásticos podem ser pouco duros (moles) mas não são frágeis. E) Aspereza Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das partículas. F) Porosidade (e) É a propriedade da partícula que mais influencia as propriedades do conjunto (leito poroso) É a proporção de espaços vazios. Quanto mais a partícula se afastar da forma esférica, mais poroso será o leito. 20
  • 21. F) Porosidade (e) Quanto maior a esfericidade menor a porosidade do leito. 21
  • 22. É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa total do leito poroso dividida pelo volume total do leito poroso. Pode-se calcular por meio de um balanço de massa a partir das densidades do sólido e do fluido, que muitas vezes é o ar. Proporção de Sólido Densidade do Sólido Porosidade Densidade do Fluido G) Densidade Aparente (a) 22 ρa = (1- ε).ρp + ε.ρf
  • 23. O tamanho da partícula de materiais homogêneos (com partículas uniformes) pode ser obtido: 1. Com o auxílio de um microscópio 2. Por peneiramento: fazer passar por malhas progressivamente menores, até que fique retida a maior porção. O tamanho corresponde ao tamanho da peneira o a média das peneiras. 3. Decantação: o material é posto numa suspensão que se deixa em repouso durante um certo tempo, findo o qual o nível dos sólidos decantados terá descido. A partir das frações de massa separadas, calcula-se o tamanho da partícula. 23
  • 24. 4. Elutriação: O princípio empregado é o mesmo, porém a suspensão é mantida em escoamento ascendente através de um tubo. Variando-se a velocidade de escoamento, descobre-se o valor necessário para evitar a decantação das partículas. Esta será a velocidade de decantação do material. 5. Centrifugação: A força gravitacional é substituída por uma força centrífuga cujo valor pode ser bastante grande. É útil principalmente quando as partículas são muito pequenas e, por conseqüência, têm uma decantação natural muito lenta. 24
  • 25. MATERIAIS HETEROGÊNEOS Neste caso o material terá que ser separado em frações com partículas uniformes por qualquer um dos métodos de decantação, elutriação ou centrifugação anteriormente citados. O meio mais prático, no entanto, é o tamisamento, consiste em passar o material através de uma série de peneiras com malhas progressivamente menores, cada uma das quais retém uma parte da amostra. Esta operação, conhecida como análise granulométrica, é aplicável a partículas de diâmetros compreendidos entre 7 cm e 40 μm. 25
  • 26. MATERIAIS HETEROGÊNEOS A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à abertura das malhas e à espessura dos fios de que são feitas. Séries de Peneiras mais Importantes British Standard (BS) Institute of Mining and Metallurgy (IMM) National Bureau of Standards - Washington Tyler (Série Tyler) – A mais usada no Brasil 26
  • 27. MATERIAIS HETEROGÊNEOS O sistema Tyler é constituído de quatorze peneiras e tem como base uma peneira de 200 fios por polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053 mm de espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 mm. As demais peneiras, apresentam 150, 100, 65, 48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh. Quando se passa de uma peneira para a imediatamente superior (por exemplo da de 200 mesh para a de 150 mesh), a área da abertura é multiplicada por dois e, portanto, o lado da malha é multiplicado por 27
  • 28. MATERIAIS HETEROGÊNEOS O ensaio consiste em colocar a amostra sobre a peneira mais grossa a ser utilizada e agitar em ensaio padronizado o conjunto de peneiras colocadas umas sobre as outras na ordem decrescente da abertura das malhas. Abaixo da última peneira há uma panela que recolhe a fração mais fina que consegue passar através de todas as peneiras da série. 28
  • 30. MATERIAIS HETEROGÊNEOS As quantidades retidas nas peneiras e na panela são pesadas. A fração de cada tamanho se calcula dividindo a massa pela massa total da amostra. 30
  • 31. MATERIAIS HETEROGÊNEOS Esta fração poderá ser caracterizada de dois modos: 1) Como a fração que passou pela peneira i-1 e ficou retida na peneira i. Se estas forem as peneiras 14 e 20, respectivamente, será a fração 14/20 ou –14+20. 2) A fração será representada pelas partículas de diâmetro igual a média aritmética das aberturas das malhas das peneiras i e i-1. No caso que estamos exemplificando, será a fração com partículas de tamanho: 31
  • 32. MATERIAIS HETEROGÊNEOS Quando temos uma mistura de partículas de diversos diâmetros, podemos definir um diâmetro médio que represente esse material. Uma mistura que contem frações com Ni partículas de diâmetro equivalente deq (se forem esféricas seria dpi) pode apresentar uma distribuição granulométrica com a seguinte forma: 32
  • 34. 34
  • 35. MATERIAIS HETEROGÊNEOS É o diâmetro da partícula de volume médio. Multiplicando o volume desta partícula pelo número de partículas da amostra, obtém-se o volume total do sólido. O volume desta partícula é a média aritmética dos volumes de todas as partículas da amostra. Admite-se uma densidade igual para todas as partículas: 35
  • 36. TA 631 – OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Exercícios Sólidos Particulados 36
  • 37. 1) Calcule a esfericidade de um anel de Raschig de ½” Diâmetro externo Espessura - diâmetro externo = ½” - altura = ½” - espessura de parede = ⅛” Altura 3 Vp .6  deq  deq2  . Ap   37 RESPOSTA: ᶲ = 0,577
  • 38. 2) Compare a esfericidade de duas partículas de mesmo volume e de mesmo material, sendo, uma esférica e a outra cilíndrica. A relação diâmetro/comprimento do cilindro é 1/3. Prove que, neste caso, deq da partícula cilíndrica é igual ao deq da partícula esférica. 3 Vp .6  deq  deq2  . Ap   38 RESPOSTA: ᶲ partícula esférica= 1 ᶲ partícula cilíndrica= 0,778
  • 39. 3) Grãos de pipoca não estourados possuem diâmetro equivalente de 6 mm e esfericidade aproximada de 1. Já, os grãos de pipoca estourados, apresentam diâmetro equivalente de 12 mm e esfericidade de 0,85. Obtenha o volume da partícula para o grão não estourado e para o grão estourado. 3 Vp .6  deq  deq2  . Ap   39 RESPOSTA: Volume grão não estourado = 1,13.10-7 m3 Volume pipoca = 9,048.10-7 m3