O documento descreve a organização não centralizada da cidade de Bangkok, com suas funções espalhadas de forma homogênea. Sua rede de drenagem foi fundamental para seu desenvolvimento inicial, já que está localizada em uma planície inundável. O texto também discute os problemas de trânsito da cidade e como as expressways, embora tenham dividido bairros, foram aproveitadas em um projeto de intervenção urbana.
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Bangkok: Cidade sem centro
1.
2. Bangkok é uma jovem cidade de 230 anos e futuramente vai
ser tornar uma das metrópoles mais importantes da Ásia.
Ela não é organizada de acordo com um ou vários
centros, suas funções estão espalhadas de forma
homogênea ao longo da cidade, tudo pode ser encontrado
em toda parte.
Figura: 01 – Organização de Bangkok
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.07)
3. Para entendermos a organização não centralizada de
Bangkok temos que olhar para sua rede de agua. Sua
organização está diretamente ligada ao solo da cidade, ela
está situada sob uma planície inundada com agua 30
centímetros abaixo do solo, antes da primeira ocupação
desse território, todo um sistema de drenagem d’agua tinha
que ser criado.
Figura: 02 – Rede de Agua e Ruas
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.07)
4. Bangkok é a maior cidade Asiática em número de veículos
privados, sendo a maior parte deles motocicletas, a cidade
sofre com congestionamentos imensos.
Falta incentivo por parte do poder público ao uso de
transportes coletivos.
Para solucionar o problema dos congestionamentos, o
governo construiu as “expressways”, que nada mais são do
que vias elevadas que vencem grandes distancias dentro do
perímetro urbano.
Figura: 03 – Expressways
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.39)
5. As expressways dividiram bairros da cidade, cujas partes
separadas passaram a não se conectar como antes, além dos
espaços sobre essas estruturas elevadas, que passaram a ser
“terras de ninguém”, ou seja, espaços subutilizados.
O escritório suíço Parallelab elaborou um projeto de intervenção
urbana neste cenário, mais especificamente, procurou uma
maneira de intervir nas próprias estruturas já existentes das
espressways e torna-las pontos positivos para a cidade, como uma
espécie de criação de identidade visual para Bangkok.
Figura: 04 – Perspectiva do Projeto
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.121)
6. O projeto consiste em acoplar abaixo de algumas dessas estradas
elevadas, blocos suspensos feitos de estrutura metálica, ora
vazados, ora fechados, que percorreriam essas linhas com
programas diversos, como
teatros, restaurantes, danceterias, quadras de tênis entre outros.
Tornando esses espaços subutilizados em pontos de encontro para
os pedestres, transformado o que antes separou os bairros em
uma nova maneira de congrega-los.
Figura: 05 – Serviços na Expressway
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.105)
8. MINATO MIRAI 21
Figura: 09 – Vista noturna de Minato Mirai 21
Fonte: satoh490625.blog50.fc2.com/blog-
entry-699.html
9. Quando o Japão emergiu de séculos de isolamento em meados do
século 19, Yokohama era uma pequena vila à beira-mar, que
abrigava apenas 100 pessoas ou mais. Mas como o tempo
Yokohama começou a crescer como um gateway
nacional. Yokohama é hoje um porto de comércio internacional, e a
2ª maior cidade japonesa depois de Tóquio. Situada ao longo da
costa da capital japonesa, Yokohama é agora um ímã para os
turistas não só do Japão mas é também um lugar que todo mundo
quer visitar. Muito desse desenvolvimento vem graças ao distrito de
Minato Mirai 21.
Figura: 10 – Implantação de Minato Mirai 21
Fonte: satoh490625.blog50.fc2.com/blog-entry-699.html
10. Minato Mirai 21 é uma área costeira urbana no centro
de Yokohama , cujo nome significa "porto do futuro". Tem muitos
grandes arranha-céus, incluindo o edifício mais alto do Japão, o
Landmark Tower. Até os anos 1980 a área era um grande estaleiro,
mas o estaleiro mudou e o desenvolvimento começou em um novo
centro da cidade. Em 1965 o governo anunciou um plano de
desenvolvimento da área e em 1983 começou a implantação do
projeto.
Figura: 10 – Setorização de Minato Mirai 21
Fonte: www.mm21dhc.co.jp/english/owner/erea.php#
11. O alicerce para o desenvolvimento de Minato Mirai 21 foi a
construção de imensos dutos subterrâneos, por onde passa toda a
rede de água, energia e telecomunicações. Os dutos foram
preparados para suportar, inclusive, um eventual projeto futuro de
coleta de lixo a vácuo, já implementado em cidades como
Barcelona.
Minato Mirai é abençoada com uma excelente localização junto à
água e tem uma riqueza de atrações. Visitantes para a área seram
capazes de encontrar centros comerciais, hotéis, centro de
convenções, um parque de diversões, um centro de relaxamento
com banhos termais, museus e espaço de parque.
12. As principais áreas de atividade
Desenvolvimento urbano e coordenação
Estudar a futura direção de Minato Mirai 21 com base nas
características especiais do distrito, juntamente com a
coordenação, planejamento e implementação de medidas
específicas direcionadas à preservação e melhoria do ambiente
urbano.
Medidas ambientais
Promoção ambientalmente consciente desenvolvimento urbano
para Minato Mirai 21, como um todo, através de uma série de
atividades para reduzir a carga sobre o meio ambiente global.
Atividades culturais e de promoção
Disseminação de informações dentro e fora do distrito sobre o
estado de Minato Mirai 21 e atividades dentro do distrito, e
trabalhando para melhorar a qualidade de vida através da
promoção de actividades culturais, incentivando atividades de rua e
melhorar funções de hospitalidade.
13. Figura: 11 – Vista de Minato Mirai 21
Fonte: satoh490625.blog50.fc2.com/blog-entry-699.html
14. Pequim
Jogos Olímpicos
Os Jogos Olímpicos deixam de legado para a cidade sede, uma série de
contribuições para a melhoria da qualidade de vida da população, o que mostra
claramente as relações ambientais, culturais, econômicas, políticas e sociais
que esse tipo de acontecimento provoca desde o seu processo de
captação, realização e pós realização.
Imagem retirada do Blogtvtuga da abertura dos Jogos Olímpicos em Pequim,(9/8/2008)
15. Esportivo – novas e modernas instalações esportivas; incentivo
à formação de atletas;
Turístico – ampliação da marca internacional da cidade;
captação de mais e maiores eventos;
Urbanístico – mais intervenções urbanas, de melhor qualidade
e mais rapidamente;
Empresarial – capacitação internacional;
Social – melhoria das condições de vida da população;
Lazer – mais praticantes de atividades físicas.
16. Os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, em seu Plano Olímpico
combina esporte,cultura e proteção ao meio ambiente. As
instalações que sediaram as competições.Foram 31 locais, sendo
20 instalações fixas e 11 instalações temporárias.
O Ninho de Pássaro tem
capacidade para receber 91
mil pessoas ao mesmo
tempo. Depois dos Jogos, a
capacidade do estádio, que
possui até um shopping
Center, cairá para 80 mil
pessoas.
O custo da obra estourou
o orçamento, atingindo cerca
de US$ 500 milhões.
Ninho do Pássaro, o principal estádio
erguido para as Olimpíadas.Pequim,2008
17. CUBO D’ÁGUA -O Centro
Aquático dos Jogos Olímpicos
parece feito de bolhas azuis. São
bolhas mesmo, mas feitas de um
plástico super-resistente.
A transparência do material
permite que o Cubo mude de
cor. Tem capacidade para 17 mil
pessoas
CUBO D’AGUA,Pequim 2008
18. Pequim,quatro anos,após as Olimpíadas
Segundo a reportagem, de Fernanda Moreno, de Pequim para a
BBC Brasil, atualizado em 23 de abril, 2012
... ”poucos dias de Jogos Olímpicos em Pequim mostraram aos
habitantes da cidade a qualidade de vida que poderiam ter. Mas
passados quatro anos, as mudanças foram embora junto com o
espírito olímpico do qual o governo tanto falou em 2008. O estádio
Ninho de Pássaro, que custou US$ 480 milhões, é utilizado agora
para shows de música, jogos de futebol e competições, mas ainda
não conseguiu justificar seu preço.Analistas internacionais estimam
que os custos da Olimpíada, que chegaram aos US$ 32
bilhões, levarão anos para se pagarem.Com 150 mil turistas por mês
visitando o estádio mais icônico da extravagância olímpica chinesa a
um preço de US$ 15, os custos da construção nem sequer se
pagarão nas próximas décadas.”
19. Vista lateral do
estádio
Nacional, conhecido
popularmente como
Ninho de
Pássaro, que
recebeu as provas
de atletismo e as
cerimônias de
abertura e
encerramento da
Fonte:Folha de São Paulo,9/4/2012 Olimpíada de 2008
20. Um
trabalhador olha
para o Centro
Aquático
Nacional, conheci
do como Cubo
d'Água, que
recebeu as
provas de
natação da
Olimpíada de
2008
Fonte:Folha de São Paulo,9/4/2012
21. Vista da área
onde foram
disputadas as provas
de remo da
Olimpíada de
Pequim, em 2008,
atualmente
abandonadas
Fonte:Folha de São Paulo,9/4/2012
22. Vista da área
abandonada onde
aconteceram as
partidas de vôlei de
praia da Olimpíada
de Pequim, em
2008
Fonte:Folha de São Paulo,9/4/2012
23. Placas e
grades
abandonadas
na área onde
foram
disputadas as
provas de remo
da Olimpíada
de Pequim, em
2008
Fonte:Folha de São Paulo,9/4/2012
24. ...”Desfrutando de bilhões de espectadores, as olimpíadas fazem com que
cidades-sede se transformem, momentaneamente, no admiradas centro das
atenções em escala planetária. Todavia, por mais que as imagens e informações
sejam controladas, que o país tenha liderado a corrida pelas medalhas, que a
própria cidade seja amplamente “maquiada” e que a sociedade seja preparada para
causar “boa impressão” ao mundo exterior, esta superexposição da realidade local
tende a deixar escapar os problemas e contradições que se queria esconder. As
olimpíadas de Pequim inserem-se no cenário de constante repressão e com
anunciadas perspectivas de mudanças que ainda são incertas à análise dos
pesquisadores. De toda a forma, é evidente não apenas o grau de exposição da
China ao mundo, mas também o contato (a “fricção”) que a população pôde ter com
o exterior, ao ser forçada, por exemplo, a “esconder” muitos de seus costumes
cotidianos.”
Palavras de Gilmar Mascarenhas*,a Revista Digital - Buenos Aires, -
Ano 13 - N 124 - Setiembre de 2008
*Doutor em Geografia Humana pela (USP)
e membro dos grupos de pesquisa Esporte e Cultura (CNPq)
e Área Interdisciplinares Del Deporte (UBA)
Professor adjunto – Depto. Geografia - UERJ
**Bolsistas e graduandos em Geografia –UERJ
25. Referências Bibliográficas
BORID, Geraldine; WUTHRICH, Caroline. Up-Side Down Itervention – Strategy for the
inbetween – Space. EPFL, 2007.
GRIECO, lauren; parallel lab: up side down Bangkok. Disponivel em:
http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/14569/parallel-lab-up-side-down-
bangkok.html Data de acesso: 19/08/2012.
ANDRANOVICH, G., BURBANK, M. e HEYNG, C. Olympic cities: lessons learned from
Mega-Event Politics. Journal of Urban Affairs, v.23, n.2, pp. 113-131, 2001.
T S ; Minato Mirai 21 / Yokohama / Tokyo & Kanto Area. Disponivel em:
http://satoh490625.blog50.fc2.com/blog-entry-699.html. Data de acesso: 29/08/2012