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INSTRUÇÕES PARA
PROCEDIMENTOS
Giovanni Bruno L. de S. Brito
■ Uma das tarefas mais comuns executadas pelos profissionais do SESMT é escrever e/ou
seguir os procedimentos.
■ Isso na verdade é quase uma atribuição, visto que a legislação determina que cabe ao
empregador informar os riscos e emitir ordens de serviço sobre segurança e saúde no
trabalho e este vale-se do mesmo para a elaboração dos procedimentos.
■ Quem atua diretamente na área de prevenção de acidentes sabe da importância dos
procedimentos.
■ A maior parte da cultura prevencionista brasileira veio destes documentos escritos ao
longo dos anos nos mais diversos locais de trabalho e que pouco a pouco vieram
ganhando espaço e alguns deles até mesmo servindo como base para as normas oficiais
e técnicas.
■ Tempos depois com a chegada da “onda da qualidade” o escrever procedimentos tornou-se
uma febre que muitas vezes tendenciou ao exagero.
■ Equivocadamente muitas empresas entenderam que escrevendo estariam atendendo as
normas ou pelo menos os auditores.
■ Recentemente um dos órgãos responsáveis por uma destas normas alterou substancialmente
o sentido da norma e dentre os objetivos, para esta mudança, certamente foi coibir o excesso
de papel e valorizar a prática.
■ Com o despertar para os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde, temos visto ocorrer a
mesma situação em muitas empresas.
■ Isso sem falarmos na fobia pela obtenção de evidências documentais que ao longo da última
década fez com que pilhas e mais pilhas de documentos (procedimentos, instruções,
autorizações, etc) fossem sendo desenvolvidos e emitidos pelos SESMT.
■ Se por um lado isso contribuiu de alguma forma para formação de conhecimento em nossa
área, ao mesmo tempo, tornou-a também um tanto quanto burocrática demais e assim um
pouco mais distante da sua real finalidade.
■ Como em tudo na vida, buscar a dose certa parece ser recomendável.
■ Precisamos entender o que é um procedimento de segurança:
“Procedimento de segurança é uma série de ações que devem ser seguidas para realizar
uma atividade de tal forma que esta não cause danos ao seu executor ou a terceiros.”
■ Um ponto essencial a ser observado com relação aos procedimentos é saber se de fato há
necessidade de que ele seja escrito. Parece obvio, mas não é.
■ Em muitos lugares de trabalho é comum observarmos aquelas pastas volumosas que
servem não mais do que objetos de decoração.
■ Precisamos levar em conta algumas coisas da cultura brasileira, a primeira delas é que
grande parte de nosso povo não tem o hábito de ler.
■ Assim, o melhor procedimento do mundo torna-se o mais inoperante também.
■ Observamos verdadeiros tratados, bem escritos, bem ilustrados e trabalhados, mas que
jamais foram capazes de chamar a atenção dos seus reais usuários.
■ Portanto, é preciso definir com clareza quais operações ou ações carecem realmente de
procedimentos.
■ Escrever por escrever ou para atender qualquer exigência é perda de tempo e de recursos.
■ Um bom método para discutir a real necessidade é discutir o assunto com um grupo, do qual
obrigatoriamente devem fazer parte as pessoas as quais se destinam o procedimento a ser
feito.
■ Neste debate devem ser avaliados diversos pontos, entre eles a complexidade da atividade
a ser executada, as implicações e consequências de um desvio em alguma das fases, etc.
■ Escrever procedimentos deve sempre ser trabalho em equipe.
■ Por mais trabalhoso que seja, o desenvolvimento conjunto implica numa espécie de
compromisso por parte dos envolvidos o que já é um bom ponto de partida para a futura
implantação.
■ Obviamente desta equipe deve fazer parte o profissional em segurança e saúde no
trabalho, para garantir que o texto esteja de acordo com as normas oficiais e técnicas.
■ Sempre deve ser priorizada a iniciativa dos demais participantes, pois estes detêm a
informação prática e também serão os que seguirão o que for definido.
■ Grande parte do insucesso das normas diz respeito a forma vertical com que são
elaboradas e implantadas, ou melhor, impostas.
■ Da equipe devem fazer parte representantes das áreas envolvidas na situação a ser
normalizada.
■ É comum notar que muitas equipes contam apenas com homens de produção deixando de
lado, por exemplo, os integrantes da manutenção.
■ Isso muitas vezes acaba inclusive implicando na geração de mais de um procedimento
para o mesmo assunto, o que torna a situação ainda mais complexa e de difícil
atendimento.
■ Um bom procedimento deve contemplar todas as fases.
■ Uma dica para a checagem quanto a isso é usar as seis variáveis do processo (mão de
obra, máquinas, meio ambiente, método, medidas e materiais).
Diagrama de ISHIKAWA
■ Olhando assim, podemos começar pelas necessidades da mão de obra envolvida (exames
específicos, treinamentos, pausas, etc).
■ Logo em seguida, podemos focar a questão das máquinas e equipamentos (manutenções,
preventivas, EPC, limpeza, etc).
■ Passando ao meio ambiente podemos definir as questões de controles ambientais aplicáveis.
■ Indo ao método podemos definir itens importantes para a segurança e ergonomia.
■ Quando chegarmos aos materiais podemos definir inspeções prévias, aprovações para o
caso de produtos químicos, etc.
■ Não é incomum que situações de risco ou perigo sejam gerados em operações feitas
em áreas anteriores do processo e que isso não esteja contemplado no estudo para
elaboração ou mesmo no próprio procedimento.
■ Quando este for o caso é essencial envolver no desenvolvimento do procedimento pessoas
de outras áreas.
■ Sempre, a difusão e debate sobre os riscos será muito favorável, mesmo que por fim opte-se
por não emitir o procedimento.
■ Um procedimento que surja da real necessidade e que esteja escrito em linguagem
acessível e a partir do debate com os envolvidos é sem sombra de dúvida um forte elemento
prevencionista, além de ser um documento pleno caso seja preciso demonstrar um
gerenciamento de segurança para dado assunto.
■ Quanto há consciência da real utilidade dos procedimentos, estes melhoram em muito a
comunicação e minimizam a ocorrência de enganos e falhas.
PROCEDIMENTO NA PRÁTICA
Roteiro para o desenvolvimento de um procedimento
1) Formação de um Grupo de Trabalho
 Deverá ser composto conforme o assunto a ser tratado.
 Devem fazer parte os representantes do SESMT e as demais áreas que tenham
envolvimento com o problema e principalmente com a solução.
 Ao formar a equipe, para agilizar os trabalhos, devem ser definidas algumas regras.
 A primeira delas diz respeito a duração das reuniões, que sugerimos jamais passar de
60 minutos.
 Deve-se também definir um líder para orientar os trabalhos e se possível escolher alguma
metodologia ou ferramenta para pelo menos garantir um formato lógico ao debate.
2) Discutir a intenção
 Fazer ou não um procedimento?
 Este procedimento contribuirá para melhoria?
 Será possível cumpri-lo?
 Enfim, conforme a realidade de cada empresa ou assunto.
3) Definir o alcance
 Cabe aqui a sensatez de notar os limites do grupo e suas ações, se este foi designado pela
direção, etc.
 É essencial que representantes de todas as áreas a serem alcançadas participem do debate.
 Existe a cultura de elaborar procedimentos para que os outros cumpram sem que ao menos
sejam consultados.
 Se o procedimento tiver alcance corporativo é preciso discuti-lo com responsáveis por outras
fábricas/Unidades/Plantas.
4) Definir o objetivo
 Agora que já temos uma equipe de trabalho, a certeza da necessidade do procedimento e o
alcance do mesmo, vamos definir o foco do procedimento.
 Veja que este ponto é de suma importância pois é a partir da clareza deste que teremos ou
não um procedimento acessível e interessante.
 Deve-se evitar a difusão de assuntos e temas, buscando a especificidade que, no entanto,
contemple todas as fases do processo ou ação.
Daqui sairemos com a definição
“Procedimento para...”
5) Descrição do procedimento
 É a alma do trabalho. É recomendado que seja trazido para a reunião uma análise de
riscos do processo, operação ou ação que será objeto do procedimento.
 Neste momento não deve ser apresentado ao grupo as medidas de segurança propostas,
pois este irá discuti-las na sequência.
 O profissional de segurança e saúde deve no entanto manter junto a si as necessidades
mínimas e no futuro debate intervir sutilmente quando notar que algo ficou de fora.
 Com ela em mãos transcrever todas as fases e discutir exaustivamente com o grupo tanto
a sequência como cada uma das fases.
 Esta fase do trabalho deve ser feita em mais de uma reunião, conforme a dimensão do
estudo.
5) Descrição do procedimento (continuação...)
 A participação do Líder do grupo é fundamental e será decisiva para obtenção de um
número maior de informações fornecidas pelos participantes.
 Concluída a parte de definição das fases e hora de discutir as medidas de segurança.
 Neste momento geralmente as medidas propostas alcançam o mais alto nível e muitas
vezes excedem as expectativas.
 O debate favorece o desenvolvimento da cultura e questionamento da prevenção,
traduzindo-se em compromisso futuro.
 Neste ponto é importante zelar pela simplicidade da linguagem.
 Há toda uma tendência de “escrever difícil para ficar bonito” – procedimento não é poesia!
6) Definir Responsabilidades
 Aqui iremos definir por quem será feito.
 Cuidado especial ao atribuirmos responsabilidades a funções ou áreas ausentes ou mesmo
responsabilidades a funções/áreas que não tenham funcionalmente como assumi-las.
7) Citar referências
 O procedimento ganhará força ou possibilitará consultas a fontes mais detalhadas quando
citarmos as referências utilizadas para sua elaboração.
8) Glossário
 Quando for impossível evitar termos técnicos ou que não seja usuais pelos empregados é
essencial colocarmos um glossário contendo as palavras e termos que possam ser motivo
de dúvida.
9) Distribuidor
 É preciso dizer quem irá receber o procedimento, geralmente feito pelas funções (Gerentes,
Supervisores, Operadores, etc), desta área ou de todas as áreas ou todas as fábricas, enfim,
cada realidade é uma realidade diferente.
10) Anexos
 Se há necessidade de planilhas, quadros, desenhos anexos, os mesmos devem ser citados
no próprio procedimento em campo especifico.
11) Data de emissão / Responsável / Data revisão
 Todo procedimento deve ser datado e quando atualizado constar a data de revisão.
 Deve também ter o nome do(s) responsável(is) pela elaboração/revisão.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
■ Escrito o procedimento é preciso agora pensar em duas coisas.
■ Primeiramente na forma de distribuição.
■ Difícil definir aqui uma forma única que se aplique a empresas que tenham 50 empregados
e outra com 20 mil.
■ Hoje em dia, com o uso dos meios de informática é comum vermos empresas onde a
divulgação de procedimentos é feito via intranet.
■ É interessante a modernidade, mas nem todos acessam a intranet e que em muitas
empresas nem mesmo há disponibilidade de terminais para todas as pessoas.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
■ Vale aqui citar que o desconhecimento de um procedimento de segurança, em certos casos,
pode significar perdas de vidas.
■ Portanto, não confie tanto na modernidade, ainda engatinhando em muitas empresas.
■ Um bom motivo para ter uma lista de assinaturas é poder depois enviar as atualizações,
caso sejam necessárias, e ter certeza que todos irão recebê-la.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
■ Também não podemos deixar de pensar na implantação.
■ Alguns procedimentos carecem de ações especificas para implantação, que vão de simples
reuniões, mudança de cultura, medidas de engenharia, etc.
■ Fica claro que transferir informação para alguém carece de cuidados que devem ser bem
analisados e talvez nestes residam os bons resultados.
O desenvolvimento de bons procedimentos
irão contribuir para o desenvolvimento para
a prevenção de acidentes
Obrigado
gb.brito@outlook.com

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  • 2. ■ Uma das tarefas mais comuns executadas pelos profissionais do SESMT é escrever e/ou seguir os procedimentos. ■ Isso na verdade é quase uma atribuição, visto que a legislação determina que cabe ao empregador informar os riscos e emitir ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho e este vale-se do mesmo para a elaboração dos procedimentos.
  • 3. ■ Quem atua diretamente na área de prevenção de acidentes sabe da importância dos procedimentos. ■ A maior parte da cultura prevencionista brasileira veio destes documentos escritos ao longo dos anos nos mais diversos locais de trabalho e que pouco a pouco vieram ganhando espaço e alguns deles até mesmo servindo como base para as normas oficiais e técnicas.
  • 4. ■ Tempos depois com a chegada da “onda da qualidade” o escrever procedimentos tornou-se uma febre que muitas vezes tendenciou ao exagero. ■ Equivocadamente muitas empresas entenderam que escrevendo estariam atendendo as normas ou pelo menos os auditores. ■ Recentemente um dos órgãos responsáveis por uma destas normas alterou substancialmente o sentido da norma e dentre os objetivos, para esta mudança, certamente foi coibir o excesso de papel e valorizar a prática.
  • 5. ■ Com o despertar para os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde, temos visto ocorrer a mesma situação em muitas empresas. ■ Isso sem falarmos na fobia pela obtenção de evidências documentais que ao longo da última década fez com que pilhas e mais pilhas de documentos (procedimentos, instruções, autorizações, etc) fossem sendo desenvolvidos e emitidos pelos SESMT. ■ Se por um lado isso contribuiu de alguma forma para formação de conhecimento em nossa área, ao mesmo tempo, tornou-a também um tanto quanto burocrática demais e assim um pouco mais distante da sua real finalidade. ■ Como em tudo na vida, buscar a dose certa parece ser recomendável.
  • 6. ■ Precisamos entender o que é um procedimento de segurança: “Procedimento de segurança é uma série de ações que devem ser seguidas para realizar uma atividade de tal forma que esta não cause danos ao seu executor ou a terceiros.”
  • 7.
  • 8. ■ Um ponto essencial a ser observado com relação aos procedimentos é saber se de fato há necessidade de que ele seja escrito. Parece obvio, mas não é. ■ Em muitos lugares de trabalho é comum observarmos aquelas pastas volumosas que servem não mais do que objetos de decoração. ■ Precisamos levar em conta algumas coisas da cultura brasileira, a primeira delas é que grande parte de nosso povo não tem o hábito de ler. ■ Assim, o melhor procedimento do mundo torna-se o mais inoperante também.
  • 9. ■ Observamos verdadeiros tratados, bem escritos, bem ilustrados e trabalhados, mas que jamais foram capazes de chamar a atenção dos seus reais usuários. ■ Portanto, é preciso definir com clareza quais operações ou ações carecem realmente de procedimentos. ■ Escrever por escrever ou para atender qualquer exigência é perda de tempo e de recursos.
  • 10. ■ Um bom método para discutir a real necessidade é discutir o assunto com um grupo, do qual obrigatoriamente devem fazer parte as pessoas as quais se destinam o procedimento a ser feito. ■ Neste debate devem ser avaliados diversos pontos, entre eles a complexidade da atividade a ser executada, as implicações e consequências de um desvio em alguma das fases, etc.
  • 11. ■ Escrever procedimentos deve sempre ser trabalho em equipe. ■ Por mais trabalhoso que seja, o desenvolvimento conjunto implica numa espécie de compromisso por parte dos envolvidos o que já é um bom ponto de partida para a futura implantação. ■ Obviamente desta equipe deve fazer parte o profissional em segurança e saúde no trabalho, para garantir que o texto esteja de acordo com as normas oficiais e técnicas.
  • 12. ■ Sempre deve ser priorizada a iniciativa dos demais participantes, pois estes detêm a informação prática e também serão os que seguirão o que for definido. ■ Grande parte do insucesso das normas diz respeito a forma vertical com que são elaboradas e implantadas, ou melhor, impostas.
  • 13. ■ Da equipe devem fazer parte representantes das áreas envolvidas na situação a ser normalizada. ■ É comum notar que muitas equipes contam apenas com homens de produção deixando de lado, por exemplo, os integrantes da manutenção. ■ Isso muitas vezes acaba inclusive implicando na geração de mais de um procedimento para o mesmo assunto, o que torna a situação ainda mais complexa e de difícil atendimento. ■ Um bom procedimento deve contemplar todas as fases. ■ Uma dica para a checagem quanto a isso é usar as seis variáveis do processo (mão de obra, máquinas, meio ambiente, método, medidas e materiais).
  • 15. ■ Olhando assim, podemos começar pelas necessidades da mão de obra envolvida (exames específicos, treinamentos, pausas, etc). ■ Logo em seguida, podemos focar a questão das máquinas e equipamentos (manutenções, preventivas, EPC, limpeza, etc). ■ Passando ao meio ambiente podemos definir as questões de controles ambientais aplicáveis. ■ Indo ao método podemos definir itens importantes para a segurança e ergonomia. ■ Quando chegarmos aos materiais podemos definir inspeções prévias, aprovações para o caso de produtos químicos, etc.
  • 16. ■ Não é incomum que situações de risco ou perigo sejam gerados em operações feitas em áreas anteriores do processo e que isso não esteja contemplado no estudo para elaboração ou mesmo no próprio procedimento. ■ Quando este for o caso é essencial envolver no desenvolvimento do procedimento pessoas de outras áreas. ■ Sempre, a difusão e debate sobre os riscos será muito favorável, mesmo que por fim opte-se por não emitir o procedimento.
  • 17. ■ Um procedimento que surja da real necessidade e que esteja escrito em linguagem acessível e a partir do debate com os envolvidos é sem sombra de dúvida um forte elemento prevencionista, além de ser um documento pleno caso seja preciso demonstrar um gerenciamento de segurança para dado assunto. ■ Quanto há consciência da real utilidade dos procedimentos, estes melhoram em muito a comunicação e minimizam a ocorrência de enganos e falhas.
  • 18. PROCEDIMENTO NA PRÁTICA Roteiro para o desenvolvimento de um procedimento
  • 19. 1) Formação de um Grupo de Trabalho  Deverá ser composto conforme o assunto a ser tratado.  Devem fazer parte os representantes do SESMT e as demais áreas que tenham envolvimento com o problema e principalmente com a solução.  Ao formar a equipe, para agilizar os trabalhos, devem ser definidas algumas regras.  A primeira delas diz respeito a duração das reuniões, que sugerimos jamais passar de 60 minutos.  Deve-se também definir um líder para orientar os trabalhos e se possível escolher alguma metodologia ou ferramenta para pelo menos garantir um formato lógico ao debate.
  • 20. 2) Discutir a intenção  Fazer ou não um procedimento?  Este procedimento contribuirá para melhoria?  Será possível cumpri-lo?  Enfim, conforme a realidade de cada empresa ou assunto.
  • 21. 3) Definir o alcance  Cabe aqui a sensatez de notar os limites do grupo e suas ações, se este foi designado pela direção, etc.  É essencial que representantes de todas as áreas a serem alcançadas participem do debate.  Existe a cultura de elaborar procedimentos para que os outros cumpram sem que ao menos sejam consultados.  Se o procedimento tiver alcance corporativo é preciso discuti-lo com responsáveis por outras fábricas/Unidades/Plantas.
  • 22. 4) Definir o objetivo  Agora que já temos uma equipe de trabalho, a certeza da necessidade do procedimento e o alcance do mesmo, vamos definir o foco do procedimento.  Veja que este ponto é de suma importância pois é a partir da clareza deste que teremos ou não um procedimento acessível e interessante.  Deve-se evitar a difusão de assuntos e temas, buscando a especificidade que, no entanto, contemple todas as fases do processo ou ação.
  • 23. Daqui sairemos com a definição “Procedimento para...”
  • 24. 5) Descrição do procedimento  É a alma do trabalho. É recomendado que seja trazido para a reunião uma análise de riscos do processo, operação ou ação que será objeto do procedimento.  Neste momento não deve ser apresentado ao grupo as medidas de segurança propostas, pois este irá discuti-las na sequência.  O profissional de segurança e saúde deve no entanto manter junto a si as necessidades mínimas e no futuro debate intervir sutilmente quando notar que algo ficou de fora.  Com ela em mãos transcrever todas as fases e discutir exaustivamente com o grupo tanto a sequência como cada uma das fases.  Esta fase do trabalho deve ser feita em mais de uma reunião, conforme a dimensão do estudo.
  • 25. 5) Descrição do procedimento (continuação...)  A participação do Líder do grupo é fundamental e será decisiva para obtenção de um número maior de informações fornecidas pelos participantes.  Concluída a parte de definição das fases e hora de discutir as medidas de segurança.  Neste momento geralmente as medidas propostas alcançam o mais alto nível e muitas vezes excedem as expectativas.  O debate favorece o desenvolvimento da cultura e questionamento da prevenção, traduzindo-se em compromisso futuro.  Neste ponto é importante zelar pela simplicidade da linguagem.  Há toda uma tendência de “escrever difícil para ficar bonito” – procedimento não é poesia!
  • 26. 6) Definir Responsabilidades  Aqui iremos definir por quem será feito.  Cuidado especial ao atribuirmos responsabilidades a funções ou áreas ausentes ou mesmo responsabilidades a funções/áreas que não tenham funcionalmente como assumi-las.
  • 27. 7) Citar referências  O procedimento ganhará força ou possibilitará consultas a fontes mais detalhadas quando citarmos as referências utilizadas para sua elaboração.
  • 28. 8) Glossário  Quando for impossível evitar termos técnicos ou que não seja usuais pelos empregados é essencial colocarmos um glossário contendo as palavras e termos que possam ser motivo de dúvida.
  • 29. 9) Distribuidor  É preciso dizer quem irá receber o procedimento, geralmente feito pelas funções (Gerentes, Supervisores, Operadores, etc), desta área ou de todas as áreas ou todas as fábricas, enfim, cada realidade é uma realidade diferente.
  • 30. 10) Anexos  Se há necessidade de planilhas, quadros, desenhos anexos, os mesmos devem ser citados no próprio procedimento em campo especifico.
  • 31. 11) Data de emissão / Responsável / Data revisão  Todo procedimento deve ser datado e quando atualizado constar a data de revisão.  Deve também ter o nome do(s) responsável(is) pela elaboração/revisão.
  • 32. OUTRAS RECOMENDAÇÕES ■ Escrito o procedimento é preciso agora pensar em duas coisas. ■ Primeiramente na forma de distribuição. ■ Difícil definir aqui uma forma única que se aplique a empresas que tenham 50 empregados e outra com 20 mil. ■ Hoje em dia, com o uso dos meios de informática é comum vermos empresas onde a divulgação de procedimentos é feito via intranet. ■ É interessante a modernidade, mas nem todos acessam a intranet e que em muitas empresas nem mesmo há disponibilidade de terminais para todas as pessoas.
  • 33. OUTRAS RECOMENDAÇÕES ■ Vale aqui citar que o desconhecimento de um procedimento de segurança, em certos casos, pode significar perdas de vidas. ■ Portanto, não confie tanto na modernidade, ainda engatinhando em muitas empresas. ■ Um bom motivo para ter uma lista de assinaturas é poder depois enviar as atualizações, caso sejam necessárias, e ter certeza que todos irão recebê-la.
  • 34. OUTRAS RECOMENDAÇÕES ■ Também não podemos deixar de pensar na implantação. ■ Alguns procedimentos carecem de ações especificas para implantação, que vão de simples reuniões, mudança de cultura, medidas de engenharia, etc. ■ Fica claro que transferir informação para alguém carece de cuidados que devem ser bem analisados e talvez nestes residam os bons resultados.
  • 35. O desenvolvimento de bons procedimentos irão contribuir para o desenvolvimento para a prevenção de acidentes