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INFLUÊNCIA DO CARVÃO ATIVADO E DA LUZ NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE
Chrysobalanus icaco (ABAJERU): PLANTA MEDICINAL DA MATA ATLÂNTICA SOB AMEAÇA
Karla Silva Cota da Rocha; Regina Braga de Moura
INTRODUÇÃO
A Chrysobalanus icaco, é um arbusto conhecido como abajeru
originário da Mata Atlântica e ocorrente no Estado do Rio de Janeiro. Possui
atividade hipoglicemiante o que leva à exploração predatória e escassez da
espécie na natureza. A micropropagação é uma ferramenta importante para o
estabelecimento das espécies in vitro, pois contribui para o aumento da oferta
de matéria prima padronizada destinada a chás e fitoterápicos e para
recomposição das populações.
OBJETIVO
Este trabalho verificou a influência da luz e do carvão ativado no
desenvolvimento e na germinação in vitro de Chrysobalanus icaco, através da
técnica de micropropagação.
METODOLOGIA
Os frutos foram despolpados e secos e em condições assépticas,
passados para os meios de cultura conforme ilustra a figura 1.
Figura 1: Meios nutritivos utilizados para escuro e luz vermelha
As plântulas obtidas pela germinação foram repicadas entre as gemas
axilares dando origem a fitômeros que foram passados para meios contendo
reguladores de crescimento, como ilustram as Quadros 1 e 2.
Quadro 1: Ensaios de indução de brotação.
Quadro 2. Ensaios de indução de enraizamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A germinação é melhor no escuro (Tabela 1). Além do uso do carvão que
contribuiu para recriar o ambiente escuro e minimizar a contaminação (Figura
2).
Tabela 1:. Taxas de germinação de C. icaco para escuro e Figura 2: Germinação de C. icaco em MS/2+ CA
luz vermelha.
Mesmo com os cuidados na assepsia, houve bastante contaminação
(Tabela 2), pois como é uma espécie não domesticada ocorrem dificuldades no
cultivo in vitro devido ao pouco conhecimento de sua fisiologia (Braga et al.,
2010).
Tabela 2. Taxa de contaminação de diferentes culturas de C. icaco.
Para os ensaios de desenvolvimento, houve brotação em todos os
meios testados (Tabela 3), mas não houve enraizamento, pois espécies
lenhosas apresentam fraca capacidade de enraizamento (Canhoto, 2010).
Tabela 3: Eficiência de brotação de C. icaco para os diferentes meios de cultura testados.
O TDZ foi o regulador que promoveu boa taxa de brotação, com brotos
mais vigorosos e desenvolvimento contínuo (Figura 3A). Tanto para a brotação
quanto para o desenvolvimento, os melhores resultados foram com o uso do
MS com metade e ¼ da força iônica (Figura 3B).
Figura 3: Brotação de C. icaco. A- em meio MS/2 + TDZ.; B- em meio MS/4 .
CONCLUSÃO
Para germinação de C. icaco, o protocolo deve usar meio MS/2
acrescido de 2 mg. L-1 de carvão ativado, e submetidas à ausência de luz até a
germinação. O melhor resultado para brotação de C. icaco é em MS/2 + TDZ.
Não houve formação de raízes adventícias em nenhum dos meios testados.
Meios de Cultura Taxa de brotação (%)
MS sem raiz 64,3
MS com raiz 66,7
MS ¼ 75
MS + CA 10,9
MS + AIA 20
MS + BAP 6,1
MS+KIN 5 6,5
MS+KIN 10 0,4
MS + KIN + AIA com raiz 42,8
MS + KIN + AIA sem raiz 27,8
MS + AIB 12,5
MS/2 + TDZ 56
Semente
Escuro
MS
MS +
CA MS/2
MS/2 +
CA
MS
modific
ado
MS +
cravo
índia
Luz Vermelha
MS
MS +
CA
MS/2 +
CA
MS
modifica
do + CA
MS+
cravo
índia
Meios de cultura Número de Fitômeros
MS + BAP 180
MS + KIN 359
MS/2 + TDZ 25
Meios de cultura Número de fitômeros
MS + AIA 20
MS + AIB 8
MS + KIN + AIA 139
MS 34
MS + CA 46
MS ¼ 8
Meios de cultura
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de Ensaios
Sementes sem Contaminação (%)
MS 6 4
MS + CA 3 7
MS/2 2 22
MS/2 + CA 2 60
MS modificado 1 0
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ensaio
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germinação (%)
Escuro 53
Luz vermelha 0
A B

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  • 1. INFLUÊNCIA DO CARVÃO ATIVADO E DA LUZ NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE Chrysobalanus icaco (ABAJERU): PLANTA MEDICINAL DA MATA ATLÂNTICA SOB AMEAÇA Karla Silva Cota da Rocha; Regina Braga de Moura INTRODUÇÃO A Chrysobalanus icaco, é um arbusto conhecido como abajeru originário da Mata Atlântica e ocorrente no Estado do Rio de Janeiro. Possui atividade hipoglicemiante o que leva à exploração predatória e escassez da espécie na natureza. A micropropagação é uma ferramenta importante para o estabelecimento das espécies in vitro, pois contribui para o aumento da oferta de matéria prima padronizada destinada a chás e fitoterápicos e para recomposição das populações. OBJETIVO Este trabalho verificou a influência da luz e do carvão ativado no desenvolvimento e na germinação in vitro de Chrysobalanus icaco, através da técnica de micropropagação. METODOLOGIA Os frutos foram despolpados e secos e em condições assépticas, passados para os meios de cultura conforme ilustra a figura 1. Figura 1: Meios nutritivos utilizados para escuro e luz vermelha As plântulas obtidas pela germinação foram repicadas entre as gemas axilares dando origem a fitômeros que foram passados para meios contendo reguladores de crescimento, como ilustram as Quadros 1 e 2. Quadro 1: Ensaios de indução de brotação. Quadro 2. Ensaios de indução de enraizamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO A germinação é melhor no escuro (Tabela 1). Além do uso do carvão que contribuiu para recriar o ambiente escuro e minimizar a contaminação (Figura 2). Tabela 1:. Taxas de germinação de C. icaco para escuro e Figura 2: Germinação de C. icaco em MS/2+ CA luz vermelha. Mesmo com os cuidados na assepsia, houve bastante contaminação (Tabela 2), pois como é uma espécie não domesticada ocorrem dificuldades no cultivo in vitro devido ao pouco conhecimento de sua fisiologia (Braga et al., 2010). Tabela 2. Taxa de contaminação de diferentes culturas de C. icaco. Para os ensaios de desenvolvimento, houve brotação em todos os meios testados (Tabela 3), mas não houve enraizamento, pois espécies lenhosas apresentam fraca capacidade de enraizamento (Canhoto, 2010). Tabela 3: Eficiência de brotação de C. icaco para os diferentes meios de cultura testados. O TDZ foi o regulador que promoveu boa taxa de brotação, com brotos mais vigorosos e desenvolvimento contínuo (Figura 3A). Tanto para a brotação quanto para o desenvolvimento, os melhores resultados foram com o uso do MS com metade e ¼ da força iônica (Figura 3B). Figura 3: Brotação de C. icaco. A- em meio MS/2 + TDZ.; B- em meio MS/4 . CONCLUSÃO Para germinação de C. icaco, o protocolo deve usar meio MS/2 acrescido de 2 mg. L-1 de carvão ativado, e submetidas à ausência de luz até a germinação. O melhor resultado para brotação de C. icaco é em MS/2 + TDZ. Não houve formação de raízes adventícias em nenhum dos meios testados. Meios de Cultura Taxa de brotação (%) MS sem raiz 64,3 MS com raiz 66,7 MS ¼ 75 MS + CA 10,9 MS + AIA 20 MS + BAP 6,1 MS+KIN 5 6,5 MS+KIN 10 0,4 MS + KIN + AIA com raiz 42,8 MS + KIN + AIA sem raiz 27,8 MS + AIB 12,5 MS/2 + TDZ 56 Semente Escuro MS MS + CA MS/2 MS/2 + CA MS modific ado MS + cravo índia Luz Vermelha MS MS + CA MS/2 + CA MS modifica do + CA MS+ cravo índia Meios de cultura Número de Fitômeros MS + BAP 180 MS + KIN 359 MS/2 + TDZ 25 Meios de cultura Número de fitômeros MS + AIA 20 MS + AIB 8 MS + KIN + AIA 139 MS 34 MS + CA 46 MS ¼ 8 Meios de cultura Quantidade de Ensaios Sementes sem Contaminação (%) MS 6 4 MS + CA 3 7 MS/2 2 22 MS/2 + CA 2 60 MS modificado 1 0 MS + cravo da índia 1 0 Ambiente do ensaio Taxa de germinação (%) Escuro 53 Luz vermelha 0 A B