SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
v. 9, n. 2, p. 01-06, jan - mar, 2013.
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande.
Centro de Saúde e Tecnologia Rural – CSTR. Campus de
Patos – PB. www.cstr.ufcg.edu.br
Revista ACSA:
http://www.cstr.ufcg.edu.br/acsa/
Revista ACSA – OJS:
http://150.165.111.246/ojs-patos/index.php/ACSA
Karen M. P. Silva1*
Roseano M. da Silva1
Kaio G. V. Garcia1
Pedro R. F. Sampaio1
Ana V. M. de Aguiar2
Eudes de A. Cardoso1
_______________________
*Autor para correspondência
Recebido para publicação em 13/08/2012. Aprovado em
04/03/2013.
1
Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA,
Departamento de Ciências Vegetais. Mossoró – RN, Brasil.
E-mail: kmariany_assu@hotmail.com
2
Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Solos e
Engenharia Rural, Universidade Federal da Paraíba
(CCA/UFPB). Areia - PB, Brasil.
AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMIÁRIDO – ISSN 1808-6845
Artigo Científico
Emergência e crescimento de plântulas de
goiabeira sob diferentes substratos e
profundidade de semeadura
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da combinação entre
profundidade de semeadura e diferentes substratos na germinação e
crescimento inicial de plântulas de goiabeira „Paluma‟. O experimento
foi conduzido no período de 7 de março a 25 de abril de 2012, no
viveiro de produção de mudas do Departamento de Ciências Vegetais,
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, situado em
Mossoró – RN. A semeadura foi realizada em bandejas de polietileno
preto de 162 células, com 3 sementes por célula, em diferentes
profundidades e proporções da combinação dos substratos
vermicomposto, casca de arroz e bagana de carnaúba. Foram avaliadas
as seguintes características: índice de velocidade de emergência (IVE
em dias), percentagem de germinação (%), comprimento da parte aérea
(cm), comprimento do sistema radicular (cm), número de folhas,
matéria seca da parte aérea, matéria seca do sistema radicular e matéria
seca total. Os substratos formados de vermicomposto mais casca de
arroz nas proporções (2:1) e (3:1), apresentaram melhores resultados
para o índice de velocidade de emergência, porcentagem de germinação
e desenvolvimento das plantas. A profundidade de semeadura a 1,5cm
apresentou melhores resultados para o crescimento das plantas. Não
houve interação significativa para a combinação dos tratamentos.
Palavras-chave: Psidium guajava L., substratos, profundidade de
semeadura.
Emergence and growth of seedlings of guava
under different substrates and seeding depth
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the effect of the combination
of sowing depth and different substrates on germination and early
growth of seedlings of guava 'Paluma'. The experiment was conducted
from March 7 to April 25, 2012, in the nursery seedling production of
the Department of Plant Sciences, the da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido – UFERSA, located in Mossoró – RN. The seeds were
sown in trays of 162 cells of black polyethylene, with 3 seeds per cell,
at different depths and proportions of the combination of vermicompost
substrates, rice husk and bagana carnauba. We evaluated the following
characteristics: speed index of emergency (IVE days), germination
percentage (%), shoot length (cm), root length (cm), number of leaves,
shoot dry matter, root dry matter and total dry matter. The
vermicompost substrates formed more rice husk in ratios (2:1) and
(3:1), showed better results for the rate of speed of emergence,
germination and plant development. The sowing depth 1.5 cm showed
better results for the growth of plants. No significant interaction for the
combination of treatments.
Keywords: Psidium guajava L., substrates, sowing depth.
Karen M. P. Silva et al.
ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013
2
INTRODUÇÃO
A goiabeira (Psidium guajava L.) é
originária da região tropical da América do Sul.
Atualmente, esta mirtácea encontra-se amplamente
difundida por todas as regiões tropicais e
subtropicais do mundo (MEDINA, 1988), visto sua
habilidade em se adaptar a diferentes condições
edafoclimáticas, o que lhe confere reputação de
planta rústica (REY, 1987).
No Nordeste, a produção de goiaba vem
ganhando expressividade, porém há uma limitação
devida alguns problemas na produção, com
reflexos significativos no rendimento e na
qualidade dos frutos. A escolha correta do material
genético, manejo cultural e fitossanitário, eficazes
e obtenção de mudas de boa qualidade são alguns
dos desafios.
A propagação comercial da goiabeira é
realizada, potencialmente, por via assexuada, mas
ainda há a utilização da semente nos programas de
melhoramento e na produção de porta-enxertos.
Nesta etapa, onde normalmente é recomendado o
uso de terra local, esterco e areia (MEDINA,
1988), torna-se necessário a avaliação de outros
materiais, especialmente, orgânicos para
composição de substratos leves (TRINDADE;
OLIVEIRA, 2000). Os estudos de propagação
vegetal visam obter mudas de qualidade em
sistemas de produção que permitam redução de
custos, aumento de produtividade e preservação do
ambiente. Com isso, a formação de mudas de
qualidade exige a busca de materiais que
substituam o solo como substrato e a utilização de
recipientes adequados para sua produção
(CORREIA et al., 2001).
A profundidade de semeadura também é
um fator que influencia a germinação de sementes.
A semeadura muito profunda dificulta a
emergência das plântulas e aumenta ao período de
suscetibilidade a patógenos (NAPIER, 1985;
MARCOS FILHO, 2005). Por outro lado,
semeaduras rasas podem facilitar o ataque de
predadores ou danos decorrentes da irrigação ou,
ainda, a exposição e a destruição da raiz primária
(JELLER; PEREZ, 1997).
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito
da combinação entre profundidade de semeadura e
diferentes substratos na germinação e crescimento
inicial de plântulas para produção de porta-enxerto
de goiabeira cv. “Paluma”.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi conduzido no
período de 7 de março a 25 de abril de 2012, no
viveiro de produção de mudas do Departamento de
Ciências Vegetais, da Universidade Federal Rural
do Semi-Árido – UFERSA, situado em Mossoró –
RN.
As sementes de goiaba cv. “Paluma”
foram obtidas a partir de frutos maduros coletados
em supermercados da cidade de Mossoró/RN. As
sementes foram secas à sombra por 24 horas e em
seguida foi realizada a semeadura em bandejas de
162 células de polietileno preto, com 3 sementes
por célula, em diferentes profundidades e
proporções da combinação dos substratos
vermicomposto, casca de arroz e bagana de
carnaúba. Durante todo o período experimental
adotou-se regime de irrigação manual via
regadores com capacidades para 9 litros. O
desbaste foi realizado quando as plântulas
atingiram 5 cm de altura, deixando apenas aquela
que se apresentou mais vigorosa.
O experimento foi instalado em esquema
fatorial 2 x 5, em delineamento em blocos
casualizados (DBC). Os fatores foram formados
pela combinação das proporções dos substratos e
das diferentes profundidades de semeadura, sendo
os tratamentos: T1(Vermicomposto e 1,5cm de
profundidade); T2 (Vermicomposto e 3,0cm de
profundidade); T3 (Vermicomposto + casca de
arroz (3:1) e 1,5cm de profundidade); T4
(Vermicomposto + casca de arroz (3:1) e 3,0cm de
profundidade); T5 (Vermicomposto + casca de
arroz (2:1) e 1,5cm de profundidade); T6
(Vermicomposto + casca de arroz (2:1) e 3,0cm de
profundidade); T7 (Vermicomposto + bagana de
carnaúba (3:1) e 1,5cm de profundidade); T8
(Vermicomposto + bagana de carnaúba (3:1) e
3,0cm de profundidade); T9 (Vermicomposto +
bagana de carnaúba (2:1) e 1,5cm de
profundidade); T10 (Vermicomposto + bagana de
carnaúba (2:1) e 3,0cm de profundidade), com 4
repetições de 15 plantas, totalizando 60 plântulas
por tratamento. Realizou-se a análise química dos
substratos quanto aos teores de nutrientes, pH, CE,
CTC, sendo os valores apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Resultado da análise química das combinações dos substratos utilizados no crescimento de
plântulas de goiabeira „Paluma‟. Mossoró – RN, 2013.
Trat
N pH CE P K+
Na+
Ca2+
Mg2+
Al3+
(H+Al) SB t CTC V m PST
g/kg (água) dS/m ----- mg/dm3
------- ----------------------- cmolc/dm3
----------------------- ---------%---------
T1 0,79 5,53 1,60 6,50 846,40 47,10 16,04 9,27 0,06 0,58 29,69 27,75 28,27 98,00 0,00 1,00
T3 0,63 5,61 1,24 1,90 205,60 32,10 11,97 22,91 0,01 0,74 23,14 23,15 23,08 97,00 0,00 0,00
T5 0,60 5,62 1,33 9,40 219,80 11,70 11,90 2,37 0,25 0,52 24,89 14,97 15,41 96,60 0,60 0,33
T7 0,70 5,50 1,56 2,10 239,20 11,70 18,42 2,27 0,01 1,46 21,55 21,57 23,01 93,30 0,00 0,00
T9 0,32 5,61 1,56 3,23 239,36 11,36 14,09 1,83 0,00 2,14 16,21 16,21 218,31 88,50 0,00 0,00
T1 – Vermicomposto; T3 – V+ C.A (2:1); T5 – V+ C.A (3:1); T7 – V+ B.C (2:1); T9 – V+B.C (3:1).
Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira sob diferentes substratos e profundidade de semeadura
ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013
3
Foram efetuadas contagens aos 16, 18, 20,
22, 24, 26, 28, 30, 32 dias após a semeadura,
quando se verificou a estabilização da emergência
das plântulas para todos os tratamentos. O índice
de velocidade de emergência foi calculado a partir
do número de plântulas emergidas obtidas de cada
repetição em cada tratamento, nas observações
feitas de acordo com os intervalos citados acima.
Para determinar o IVE em dias, foram agrupados
todos os dados das observações utilizando-se da
fórmula de Edmond; Drapala (1958):
IVE (dias) = (N1 x G1) + (N2 x G2) +... + (Nn x Gn)
G1+G2+......+ Gn
Onde, IVE = índice de velocidade de
emergência (dias); G1,G2,..., Gn = número de
plântulas normais computadas na primeira,
segunda,..., última contagem; N1, N2,..., Nn=
número de dias da semeadura a primeira, segunda,
até a última contagem.
O número de sementes germinadas foi o
resultado final da soma da contagem do número de
plântulas emergidas ao final dos 32 dias após a
semeadura (DAS) de cada repetição para cada
tratamento. Para o cálculo de porcentagem de
sementes germinadas, utilizou-se da seguinte
formula:
PSG (%) = NSG x 100
NSP
Onde: PSG = percentagem de sementes
germinadas; NSG = número de sementes
germinadas e NSP = número de sementes
plantadas. A média da porcentagem de sementes
germinadas de cada parcela representou o valor
real da porcentagem de sementes para cada
tratamento.
O comprimento da parte aérea foi
realizado com auxílio de régua graduada, medindo-
se desde a superfície do solo até o ponto de
inserção da gema apical, sendo os valores
expressos em centímetros (cm).
O comprimento do sistema radicular foi
realizado após serem lavados até a completa
retirada do substrato, e em seguida medido, com
auxílio de uma régua graduada, a distância entre o
colo e a maior extremidade da raiz.
O número de folhas foi obtida pela
contagem das folhas que se apresentarem
totalmente expandidas.
Para obtenção da matéria seca, fez-se a
separação da parte aérea e das raízes com auxílio
de uma tesoura de poda, em seguida as partes
separadas foram colocadas em sacos de papel
previamente identificados e postos para secar em
estufa de circulação de ar forçado a 65°C por 48
horas, e logo após foram feitas as pesagens para
coleta de dados sendo expressos em gramas. A
massa seca total foi obtida por meio do somatório
da matéria seca da parte aérea e do sistema
radicular.
Os resultados obtidos foram submetidos
à análise de variância ao nível de 5% de
probabilidade. Os dados referentes à germinação
foram transformados em arc.sen√100%/100, para
fins de análises estatísticas. As análises foram
feitas com o auxílio do programa ASSISTAT de
Silva; Azevedo (2002).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a análise de variância,
houve diferença significativa para os diferentes
substratos apenas para as variáveis: IVE (dias),
germinação (%), altura da planta (cm), e números
de folhas, enquanto que, para a profundidade de
semeadura, só houve efeito significativo para a
altura da planta e comprimento do sistema
radicular. Não houve efeito significativo para a
interação substrato e profundidade de semeadura.
Para o índice de velocidade de
emergência, houve uma estabilização da
germinação mais precoce nos tratamentos
compostos por vermicomposto mais casca de arroz
(3:1) com 26,41 dias, vermicomposto mais casca
de arroz (2:1) com 26,07 dias, e vermicomposto
mais bagana de carnaúba na proporção de (3:1)
com 27,73 dias (Figura 1). As misturas casca de
arroz e bagana de carnaúba adicionada ao
vermicomposto favoreceram uma estabilização
mais precoce da germinação, isso possivelmente
por estes materiais serem mais leve o que favorece
essas características. Medeiros et al., (2008),
descrevem que a casca de arroz carbonizada
apresenta grande potencial para utilização como
substrato, dadas suas propriedades físicas.
Materiais que apresentam maior porosidade e
esterilidade no substrato permitem um maior
movimento de água e ar, favorecendo a emergência
e estabilidade da germinação mais rápida. Segundo
Costa et al., (2005) afirmam que a combinação
bagana de carnaúba mais vermicomposto,
apresentam boa capacidade de agregação e uma
ótima retenção de umidade.
Karen M. P. Silva et al.
ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013
4
Figura 1. Índice de velocidade de emergência de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de
diferentes substratos. Mossoró-RN, 2012.
Os substratos compostos de vermicomposto mais
casca de arroz (3:1) e vermicomposto mais casca
de arroz (2:1), apresentando maior número de
sementes germinadas (Figura 2). O uso da casca de
arroz carbonizada é um ótimo substrato para a
germinação por apresentar características como
penetração e troca de ar nas raízes, além de
apresentar firmeza para fixar sementes, volume
constante quando seca ou úmida permitindo uma
boa aeração e drenagem (SOUZA, 1993).
Figura 2. Germinação de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes substratos. Mossoró-
RN, 2012.
Os substratos vermicomposto mais bagana
de carnaúba nas proporções 3:1 e 2:1 apresentaram
melhores resultados para altura de plantas (Figura
3-A). E sementes semeadas a 1,5cm apresentaram
melhor desenvolvimento para altura da planta e
comprimento do sistema radicular (Figura 3-B e 4).
Bezerra et al., (2010), trabalhando com o uso de
resíduos agroindustriais e agropecuários na
formulação de substratos na produção de mudas de
tagetes, verificaram que o maior comprimento da
parte aérea, foi proporcionado quando utilizou
bagana de carnaúba na composição do substrato.
Os substratos a base de bagana de carnaúba
apresentam valores superiores aos encontrados nos
substratos a base de casca de arroz, para as
variáveis analisadas com exceção das variáveis
germinação e emergência. Os resultados podem
estar relacionados ao maior aporte de nutrientes
disponibilizados. Segundo Araújo (2010),
substratos formulados a base de bagana de
carnaúba triturada juntos com qualquer um dos
compostos, apresentaram uma maior
disponibilidade de alguns minerais, tais como
nitrogênio, fósforo e magnésio. Para Black (1967),
o P é o elemento-chave na fase inicial de
crescimento devido ao maior acúmulo de biomassa
nesta fase, e conseqüente gasto de energia. Já
quanto à profundidade de semeadura, Marcos Filho
(2005), afirma que a semeadura muito profunda
dificulta a emergência das plântulas, o que faz com
que seu desenvolvimento seja prejudicado.
Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira sob diferentes substratos e profundidade de semeadura
ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013
5
Figura 3. A- Altura de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes substratos. B- Altura de
plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes profundidades de semeadura. Mossoró-RN,
2012.
Figura 4. Crescimento do sistema radicular em diferentes profundidades de semeadura.
Figura 5. Número de folhas em função de diferentes substratos. Mossoró-RN, 2012.
Observa-se que os substratos compostos
de vermicomposto mais bagana de carnaúba nas
proporções de 3:1 e 2:1 apresentaram melhor
resultado para o número de folhas (Figura 5).
Araújo (2010) estudando a sobrevivência das
plantas de Vinca (Catharanthus roseus) em
recipientes de 30 mL observou que, para o número
de folhas, os melhores resultados foram obtidos
quando foi utilizado bagana de carnaúba na
composição dos substratos. Portanto, a bagana de
carnaúba influenciou positivamente no
desenvolvimento da parte aérea, provavelmente
pela maior disponibilidade de alguns nutrientes
como; nitrogênio e magnésio.
A B
Karen M. P. Silva et al.
ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013
6
CONCLUSÃO
Os substratos formados das misturas de
vermicomposto mais casca de arroz nas proporções
(2:1) e (3:1), apresentaram melhores resultados
para o índice de velocidade de emergência,
porcentagem de germinação e desenvolvimento das
plantas.
A profundidade de semeadura a 1,5cm
apresentou melhores resultados para o
desenvolvimento das mudas.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, D. B. Produção de mudas de espécies
ornamentais em substratos a base de resíduos
agroindustriais e agropecuários. 2010. 72 f.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do
Ceará, Centro de Ciências Agrárias. Fortaleza –
CE, 2010.
BEZERRA, F. C; SOUSA, H. H. F; ARAÚJO,
D.B; JUNIOR, R, N, A; R. N. A;
VASCONCELOS, F.; Uso de Resíduos
Agroindustriais e Agropecuários na Formulação
de Substratos na Produção de Mudas de Tagetes.
In: Resumo expandido apresentado no VII ENSub,
Goiânia; 2010.
BLACK, C.A. Soil plant relationships. 2.ed. New
York, J. Wiley, 1967. 792 p.
CORREIA. D. CAVALCANTI J15NIOR A. T.;
GOMES COSTA, A. M. Alternativas de
substratos para a formação de porta enxertos de
graviola em tubetes. Fortaleza-CE. 2001.
<http://www.cnaot.ernbrapa.br.>. Acesso em 23
Abr 2012.
COSTA, A. M. G; COSTA, J. T. A; JUNIOR, A.
T. C; CORREIA, D; FILHO. S. M.; Influência de
Diferentes Combinações de Substratos na
Formação de Porta-enxertos de Gravioleira
(Annona muricata L.). Revista Ciência
Agronômica, Fortaleza - CE v.36, n.3, p. 299-305,
2005.
EDMOND, J. B.; DRAPALA, W. J. The effects of
temperature, sand and soil, and acetone on
germination of okra seed. Proceedings of the
American Society for Horticultural Science,
Itahaca, v.71, p.428- 434, 1958.
JELLER, H.; PEREZ, S. C. J. G. A Efeito da
salinidade e semeadura em diferentes
profundidades na viabilidade e no vigor de
Copaifera langsdorffii Desf.- Caesalpiniaceae.
Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 19, n.
2, p. 218-224. 1997.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de
plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495
p.
MEDEIROS CAB; RODRIGUES LT; TERRA S.
2008. Casca de arroz e sua carbonização para
utilização em substratos. Pelotas: Embrapa Clima
Temperado. (Embrapa Clima Temperado –
Circular Técnica – no prelo).
MEDINA, J. C. et al.; Goiaba: cultura, matéria
prima, processamento e aspectos econômicos.
Campinas, Tal, 1988.
NAPIER, I. Tecnicas de viveros florestales con
referencia especial a lo centroamerica. Costa
Rica, Signa Tepec: Ed. Espemacifor, 1985. 274p.
REY, J. Y. Etude architecturale de la partie
aérienne du goyavier. Montpellier, 1987. 49p.
These (Doctorat) – Université de Montpellier II.
SILVA, F. de A. S. e; AZEVEDO, C. A. V. de.
Versão do programa computacional Assistat para o
sistema operacional Windows. Revista Brasileira
de Produtos Agroindustriais, Campina Grande,
2002, v.4, n.1, p. 71-78.
SOUZA, F. X de. Casca de Arroz Carbonizada:
Um Substrato para a Propagação de Plantas.
Revista Lavoura Arrozeira. CNAI/EMBRAPA.
V. 46, nº406, p 11, 1993.
TRINDADE, A. V.; OLIVEIRA, J. R. P. Mamão,
aspectos-econômicos técnicos. Embrapa
Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) –
Brasília: Embrapa comunicação para transferência
de tecnologia, 2000. 77p. (Frutas do Brasil; 3).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...
Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...
Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...Cristiane Assis
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...Thiago Pinheiro
 
Variabilidade genética em pennisetum purpureum
Variabilidade genética em pennisetum purpureumVariabilidade genética em pennisetum purpureum
Variabilidade genética em pennisetum purpureumBIOMIX
 
Cartilha - Curso de Sementes Florestais
Cartilha - Curso de Sementes FlorestaisCartilha - Curso de Sementes Florestais
Cartilha - Curso de Sementes FlorestaisElaine Dutra
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLAMÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLAAna Aguiar
 
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...Ysa35
 
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...Jose Carvalho
 
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01Bruno Rodrigues
 
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...Henrique Eggers
 
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...AcessoMacauba
 

Mais procurados (19)

Artigo bioterra v21_n2_03
Artigo bioterra v21_n2_03Artigo bioterra v21_n2_03
Artigo bioterra v21_n2_03
 
hhjhjhjhj
hhjhjhjhjhhjhjhjhj
hhjhjhjhj
 
Aula2005(2)
Aula2005(2)Aula2005(2)
Aula2005(2)
 
Marcela artigo
Marcela artigoMarcela artigo
Marcela artigo
 
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
 
Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...
Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...
Priorização de regiões do cerrado brasileiro para o monitoramento de helicove...
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...
ANÁLISE COMPARATIVA DE PROGÊNIES DE Theobroma grandiflorum tolerantes a vasso...
 
Morfometric
MorfometricMorfometric
Morfometric
 
Variabilidade genética em pennisetum purpureum
Variabilidade genética em pennisetum purpureumVariabilidade genética em pennisetum purpureum
Variabilidade genética em pennisetum purpureum
 
Cartilha - Curso de Sementes Florestais
Cartilha - Curso de Sementes FlorestaisCartilha - Curso de Sementes Florestais
Cartilha - Curso de Sementes Florestais
 
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
Efeito de terra de diatomáceas e óleo essencial de citronela, Cymbopogon nard...
 
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLAMÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA
 
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.
ENTOMOPATÓGENOS E ÓLEO DE NIM NO MANEJO DE TRIPES E PRODUTIVIDADE DE CEBOLA.
 
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...
CONTROLE DE Cerconota anonella (SEPP.) (LEP.: OECOPHORIDAE) E DE Bephratelloi...
 
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...
Parâmetros genéticos para germinação de sementes e produção de raízes de ceno...
 
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01
Sementesflorestais guiaparagerminaode100espciesnativas-130806124231-phpapp01
 
4 microbiota na soja
4 microbiota na soja4 microbiota na soja
4 microbiota na soja
 
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
 
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
Banco de germoplasma da macaúba base para o melhoramento genético gustavo sil...
 

Semelhante a Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira

POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...
POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...
POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...Ana Aguiar
 
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeEnraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeAleksander Westphal Muniz
 
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáAvaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáThiago Pinheiro
 
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃODIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃOAna Aguiar
 
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Jose Carvalho
 
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...Nahya Paola Souza
 
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICAPRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICAAna Aguiar
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Az. O.
 
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...AI Publications
 
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...Ediu Junior
 
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...Virna Braga Marques
 
Mip soja percevejo marrom
Mip soja   percevejo marromMip soja   percevejo marrom
Mip soja percevejo marromEdiney Dias
 

Semelhante a Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira (20)

POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...
POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...
POSIÇÕES DA SEMEADURA E TRATAMENTO FÍSICO DA SEMENTE NA GERMINAÇÃO E CRESCIME...
 
Artigo bioterra v22_n1_02
Artigo bioterra v22_n1_02Artigo bioterra v22_n1_02
Artigo bioterra v22_n1_02
 
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família RosaceaeEnraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
Enraizamento in vitro de frutíferas da família Rosaceae
 
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, ParáAvaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
Avaliação e Seleção de Progênies de Cupuaçuzeiro em Belém, Pará
 
Artigo pau brasil Revista Ecossistema
Artigo pau brasil Revista EcossistemaArtigo pau brasil Revista Ecossistema
Artigo pau brasil Revista Ecossistema
 
Palestra cactáceas
Palestra cactáceasPalestra cactáceas
Palestra cactáceas
 
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃODIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PIMENTÃO
 
Artigo 1
Artigo 1Artigo 1
Artigo 1
 
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
 
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...
Morfologia de flores, frutos e sementes de pau pombo (tapirira guianensis) no...
 
abc23
abc23abc23
abc23
 
1234 5109-1-pb (1)
1234 5109-1-pb (1)1234 5109-1-pb (1)
1234 5109-1-pb (1)
 
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICAPRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
 
CULTURA DO TRIGO.pptx
CULTURA DO TRIGO.pptxCULTURA DO TRIGO.pptx
CULTURA DO TRIGO.pptx
 
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...
Influence of the Size of Soybean Seeds on Germination, Vigor and Seedling Per...
 
905-3074-1-PB
905-3074-1-PB905-3074-1-PB
905-3074-1-PB
 
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...
Efeito de diferentes níveis de sombreamento no crescimento inicial de unha de...
 
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...
Germinação de Pitaia estudo fenológico da cultura custo de produção da instal...
 
Mip soja percevejo marrom
Mip soja   percevejo marromMip soja   percevejo marrom
Mip soja percevejo marrom
 

Mais de Ana Aguiar

FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...Ana Aguiar
 
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADAAVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADAAna Aguiar
 
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITY
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITYEFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITY
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITYAna Aguiar
 
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...Ana Aguiar
 
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...Ana Aguiar
 
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...Ana Aguiar
 

Mais de Ana Aguiar (6)

FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
 
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADAAVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA
 
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITY
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITYEFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITY
EFFECT OF BIOFERTILIZAÇÃO ON YELLOW PASSION FRUIT PRODUCTION AND FRUIT QUALITY
 
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE PASSIFLORA SPP. COMO PORTA-ENXERTO NO CONTROLE DE D...
 
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES POR FRUTOS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇ...
 
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...
TEORES DE NUTRIENTES EM FOLHAS DE GOIABEIRA 'PALUMA' EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO MI...
 

Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira

  • 1. v. 9, n. 2, p. 01-06, jan - mar, 2013. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Saúde e Tecnologia Rural – CSTR. Campus de Patos – PB. www.cstr.ufcg.edu.br Revista ACSA: http://www.cstr.ufcg.edu.br/acsa/ Revista ACSA – OJS: http://150.165.111.246/ojs-patos/index.php/ACSA Karen M. P. Silva1* Roseano M. da Silva1 Kaio G. V. Garcia1 Pedro R. F. Sampaio1 Ana V. M. de Aguiar2 Eudes de A. Cardoso1 _______________________ *Autor para correspondência Recebido para publicação em 13/08/2012. Aprovado em 04/03/2013. 1 Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, Departamento de Ciências Vegetais. Mossoró – RN, Brasil. E-mail: kmariany_assu@hotmail.com 2 Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Solos e Engenharia Rural, Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB). Areia - PB, Brasil. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMIÁRIDO – ISSN 1808-6845 Artigo Científico Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira sob diferentes substratos e profundidade de semeadura RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da combinação entre profundidade de semeadura e diferentes substratos na germinação e crescimento inicial de plântulas de goiabeira „Paluma‟. O experimento foi conduzido no período de 7 de março a 25 de abril de 2012, no viveiro de produção de mudas do Departamento de Ciências Vegetais, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, situado em Mossoró – RN. A semeadura foi realizada em bandejas de polietileno preto de 162 células, com 3 sementes por célula, em diferentes profundidades e proporções da combinação dos substratos vermicomposto, casca de arroz e bagana de carnaúba. Foram avaliadas as seguintes características: índice de velocidade de emergência (IVE em dias), percentagem de germinação (%), comprimento da parte aérea (cm), comprimento do sistema radicular (cm), número de folhas, matéria seca da parte aérea, matéria seca do sistema radicular e matéria seca total. Os substratos formados de vermicomposto mais casca de arroz nas proporções (2:1) e (3:1), apresentaram melhores resultados para o índice de velocidade de emergência, porcentagem de germinação e desenvolvimento das plantas. A profundidade de semeadura a 1,5cm apresentou melhores resultados para o crescimento das plantas. Não houve interação significativa para a combinação dos tratamentos. Palavras-chave: Psidium guajava L., substratos, profundidade de semeadura. Emergence and growth of seedlings of guava under different substrates and seeding depth ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the effect of the combination of sowing depth and different substrates on germination and early growth of seedlings of guava 'Paluma'. The experiment was conducted from March 7 to April 25, 2012, in the nursery seedling production of the Department of Plant Sciences, the da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, located in Mossoró – RN. The seeds were sown in trays of 162 cells of black polyethylene, with 3 seeds per cell, at different depths and proportions of the combination of vermicompost substrates, rice husk and bagana carnauba. We evaluated the following characteristics: speed index of emergency (IVE days), germination percentage (%), shoot length (cm), root length (cm), number of leaves, shoot dry matter, root dry matter and total dry matter. The vermicompost substrates formed more rice husk in ratios (2:1) and (3:1), showed better results for the rate of speed of emergence, germination and plant development. The sowing depth 1.5 cm showed better results for the growth of plants. No significant interaction for the combination of treatments. Keywords: Psidium guajava L., substrates, sowing depth.
  • 2. Karen M. P. Silva et al. ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013 2 INTRODUÇÃO A goiabeira (Psidium guajava L.) é originária da região tropical da América do Sul. Atualmente, esta mirtácea encontra-se amplamente difundida por todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo (MEDINA, 1988), visto sua habilidade em se adaptar a diferentes condições edafoclimáticas, o que lhe confere reputação de planta rústica (REY, 1987). No Nordeste, a produção de goiaba vem ganhando expressividade, porém há uma limitação devida alguns problemas na produção, com reflexos significativos no rendimento e na qualidade dos frutos. A escolha correta do material genético, manejo cultural e fitossanitário, eficazes e obtenção de mudas de boa qualidade são alguns dos desafios. A propagação comercial da goiabeira é realizada, potencialmente, por via assexuada, mas ainda há a utilização da semente nos programas de melhoramento e na produção de porta-enxertos. Nesta etapa, onde normalmente é recomendado o uso de terra local, esterco e areia (MEDINA, 1988), torna-se necessário a avaliação de outros materiais, especialmente, orgânicos para composição de substratos leves (TRINDADE; OLIVEIRA, 2000). Os estudos de propagação vegetal visam obter mudas de qualidade em sistemas de produção que permitam redução de custos, aumento de produtividade e preservação do ambiente. Com isso, a formação de mudas de qualidade exige a busca de materiais que substituam o solo como substrato e a utilização de recipientes adequados para sua produção (CORREIA et al., 2001). A profundidade de semeadura também é um fator que influencia a germinação de sementes. A semeadura muito profunda dificulta a emergência das plântulas e aumenta ao período de suscetibilidade a patógenos (NAPIER, 1985; MARCOS FILHO, 2005). Por outro lado, semeaduras rasas podem facilitar o ataque de predadores ou danos decorrentes da irrigação ou, ainda, a exposição e a destruição da raiz primária (JELLER; PEREZ, 1997). O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da combinação entre profundidade de semeadura e diferentes substratos na germinação e crescimento inicial de plântulas para produção de porta-enxerto de goiabeira cv. “Paluma”. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi conduzido no período de 7 de março a 25 de abril de 2012, no viveiro de produção de mudas do Departamento de Ciências Vegetais, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, situado em Mossoró – RN. As sementes de goiaba cv. “Paluma” foram obtidas a partir de frutos maduros coletados em supermercados da cidade de Mossoró/RN. As sementes foram secas à sombra por 24 horas e em seguida foi realizada a semeadura em bandejas de 162 células de polietileno preto, com 3 sementes por célula, em diferentes profundidades e proporções da combinação dos substratos vermicomposto, casca de arroz e bagana de carnaúba. Durante todo o período experimental adotou-se regime de irrigação manual via regadores com capacidades para 9 litros. O desbaste foi realizado quando as plântulas atingiram 5 cm de altura, deixando apenas aquela que se apresentou mais vigorosa. O experimento foi instalado em esquema fatorial 2 x 5, em delineamento em blocos casualizados (DBC). Os fatores foram formados pela combinação das proporções dos substratos e das diferentes profundidades de semeadura, sendo os tratamentos: T1(Vermicomposto e 1,5cm de profundidade); T2 (Vermicomposto e 3,0cm de profundidade); T3 (Vermicomposto + casca de arroz (3:1) e 1,5cm de profundidade); T4 (Vermicomposto + casca de arroz (3:1) e 3,0cm de profundidade); T5 (Vermicomposto + casca de arroz (2:1) e 1,5cm de profundidade); T6 (Vermicomposto + casca de arroz (2:1) e 3,0cm de profundidade); T7 (Vermicomposto + bagana de carnaúba (3:1) e 1,5cm de profundidade); T8 (Vermicomposto + bagana de carnaúba (3:1) e 3,0cm de profundidade); T9 (Vermicomposto + bagana de carnaúba (2:1) e 1,5cm de profundidade); T10 (Vermicomposto + bagana de carnaúba (2:1) e 3,0cm de profundidade), com 4 repetições de 15 plantas, totalizando 60 plântulas por tratamento. Realizou-se a análise química dos substratos quanto aos teores de nutrientes, pH, CE, CTC, sendo os valores apresentados na tabela 1. Tabela 1 – Resultado da análise química das combinações dos substratos utilizados no crescimento de plântulas de goiabeira „Paluma‟. Mossoró – RN, 2013. Trat N pH CE P K+ Na+ Ca2+ Mg2+ Al3+ (H+Al) SB t CTC V m PST g/kg (água) dS/m ----- mg/dm3 ------- ----------------------- cmolc/dm3 ----------------------- ---------%--------- T1 0,79 5,53 1,60 6,50 846,40 47,10 16,04 9,27 0,06 0,58 29,69 27,75 28,27 98,00 0,00 1,00 T3 0,63 5,61 1,24 1,90 205,60 32,10 11,97 22,91 0,01 0,74 23,14 23,15 23,08 97,00 0,00 0,00 T5 0,60 5,62 1,33 9,40 219,80 11,70 11,90 2,37 0,25 0,52 24,89 14,97 15,41 96,60 0,60 0,33 T7 0,70 5,50 1,56 2,10 239,20 11,70 18,42 2,27 0,01 1,46 21,55 21,57 23,01 93,30 0,00 0,00 T9 0,32 5,61 1,56 3,23 239,36 11,36 14,09 1,83 0,00 2,14 16,21 16,21 218,31 88,50 0,00 0,00 T1 – Vermicomposto; T3 – V+ C.A (2:1); T5 – V+ C.A (3:1); T7 – V+ B.C (2:1); T9 – V+B.C (3:1).
  • 3. Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira sob diferentes substratos e profundidade de semeadura ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013 3 Foram efetuadas contagens aos 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 32 dias após a semeadura, quando se verificou a estabilização da emergência das plântulas para todos os tratamentos. O índice de velocidade de emergência foi calculado a partir do número de plântulas emergidas obtidas de cada repetição em cada tratamento, nas observações feitas de acordo com os intervalos citados acima. Para determinar o IVE em dias, foram agrupados todos os dados das observações utilizando-se da fórmula de Edmond; Drapala (1958): IVE (dias) = (N1 x G1) + (N2 x G2) +... + (Nn x Gn) G1+G2+......+ Gn Onde, IVE = índice de velocidade de emergência (dias); G1,G2,..., Gn = número de plântulas normais computadas na primeira, segunda,..., última contagem; N1, N2,..., Nn= número de dias da semeadura a primeira, segunda, até a última contagem. O número de sementes germinadas foi o resultado final da soma da contagem do número de plântulas emergidas ao final dos 32 dias após a semeadura (DAS) de cada repetição para cada tratamento. Para o cálculo de porcentagem de sementes germinadas, utilizou-se da seguinte formula: PSG (%) = NSG x 100 NSP Onde: PSG = percentagem de sementes germinadas; NSG = número de sementes germinadas e NSP = número de sementes plantadas. A média da porcentagem de sementes germinadas de cada parcela representou o valor real da porcentagem de sementes para cada tratamento. O comprimento da parte aérea foi realizado com auxílio de régua graduada, medindo- se desde a superfície do solo até o ponto de inserção da gema apical, sendo os valores expressos em centímetros (cm). O comprimento do sistema radicular foi realizado após serem lavados até a completa retirada do substrato, e em seguida medido, com auxílio de uma régua graduada, a distância entre o colo e a maior extremidade da raiz. O número de folhas foi obtida pela contagem das folhas que se apresentarem totalmente expandidas. Para obtenção da matéria seca, fez-se a separação da parte aérea e das raízes com auxílio de uma tesoura de poda, em seguida as partes separadas foram colocadas em sacos de papel previamente identificados e postos para secar em estufa de circulação de ar forçado a 65°C por 48 horas, e logo após foram feitas as pesagens para coleta de dados sendo expressos em gramas. A massa seca total foi obtida por meio do somatório da matéria seca da parte aérea e do sistema radicular. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de probabilidade. Os dados referentes à germinação foram transformados em arc.sen√100%/100, para fins de análises estatísticas. As análises foram feitas com o auxílio do programa ASSISTAT de Silva; Azevedo (2002). RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a análise de variância, houve diferença significativa para os diferentes substratos apenas para as variáveis: IVE (dias), germinação (%), altura da planta (cm), e números de folhas, enquanto que, para a profundidade de semeadura, só houve efeito significativo para a altura da planta e comprimento do sistema radicular. Não houve efeito significativo para a interação substrato e profundidade de semeadura. Para o índice de velocidade de emergência, houve uma estabilização da germinação mais precoce nos tratamentos compostos por vermicomposto mais casca de arroz (3:1) com 26,41 dias, vermicomposto mais casca de arroz (2:1) com 26,07 dias, e vermicomposto mais bagana de carnaúba na proporção de (3:1) com 27,73 dias (Figura 1). As misturas casca de arroz e bagana de carnaúba adicionada ao vermicomposto favoreceram uma estabilização mais precoce da germinação, isso possivelmente por estes materiais serem mais leve o que favorece essas características. Medeiros et al., (2008), descrevem que a casca de arroz carbonizada apresenta grande potencial para utilização como substrato, dadas suas propriedades físicas. Materiais que apresentam maior porosidade e esterilidade no substrato permitem um maior movimento de água e ar, favorecendo a emergência e estabilidade da germinação mais rápida. Segundo Costa et al., (2005) afirmam que a combinação bagana de carnaúba mais vermicomposto, apresentam boa capacidade de agregação e uma ótima retenção de umidade.
  • 4. Karen M. P. Silva et al. ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013 4 Figura 1. Índice de velocidade de emergência de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes substratos. Mossoró-RN, 2012. Os substratos compostos de vermicomposto mais casca de arroz (3:1) e vermicomposto mais casca de arroz (2:1), apresentando maior número de sementes germinadas (Figura 2). O uso da casca de arroz carbonizada é um ótimo substrato para a germinação por apresentar características como penetração e troca de ar nas raízes, além de apresentar firmeza para fixar sementes, volume constante quando seca ou úmida permitindo uma boa aeração e drenagem (SOUZA, 1993). Figura 2. Germinação de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes substratos. Mossoró- RN, 2012. Os substratos vermicomposto mais bagana de carnaúba nas proporções 3:1 e 2:1 apresentaram melhores resultados para altura de plantas (Figura 3-A). E sementes semeadas a 1,5cm apresentaram melhor desenvolvimento para altura da planta e comprimento do sistema radicular (Figura 3-B e 4). Bezerra et al., (2010), trabalhando com o uso de resíduos agroindustriais e agropecuários na formulação de substratos na produção de mudas de tagetes, verificaram que o maior comprimento da parte aérea, foi proporcionado quando utilizou bagana de carnaúba na composição do substrato. Os substratos a base de bagana de carnaúba apresentam valores superiores aos encontrados nos substratos a base de casca de arroz, para as variáveis analisadas com exceção das variáveis germinação e emergência. Os resultados podem estar relacionados ao maior aporte de nutrientes disponibilizados. Segundo Araújo (2010), substratos formulados a base de bagana de carnaúba triturada juntos com qualquer um dos compostos, apresentaram uma maior disponibilidade de alguns minerais, tais como nitrogênio, fósforo e magnésio. Para Black (1967), o P é o elemento-chave na fase inicial de crescimento devido ao maior acúmulo de biomassa nesta fase, e conseqüente gasto de energia. Já quanto à profundidade de semeadura, Marcos Filho (2005), afirma que a semeadura muito profunda dificulta a emergência das plântulas, o que faz com que seu desenvolvimento seja prejudicado.
  • 5. Emergência e crescimento de plântulas de goiabeira sob diferentes substratos e profundidade de semeadura ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013 5 Figura 3. A- Altura de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes substratos. B- Altura de plântulas de goiabeira “Paluma” em função de diferentes profundidades de semeadura. Mossoró-RN, 2012. Figura 4. Crescimento do sistema radicular em diferentes profundidades de semeadura. Figura 5. Número de folhas em função de diferentes substratos. Mossoró-RN, 2012. Observa-se que os substratos compostos de vermicomposto mais bagana de carnaúba nas proporções de 3:1 e 2:1 apresentaram melhor resultado para o número de folhas (Figura 5). Araújo (2010) estudando a sobrevivência das plantas de Vinca (Catharanthus roseus) em recipientes de 30 mL observou que, para o número de folhas, os melhores resultados foram obtidos quando foi utilizado bagana de carnaúba na composição dos substratos. Portanto, a bagana de carnaúba influenciou positivamente no desenvolvimento da parte aérea, provavelmente pela maior disponibilidade de alguns nutrientes como; nitrogênio e magnésio. A B
  • 6. Karen M. P. Silva et al. ACSA – Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.9, n.2, p.01-06, abr-jun, 2013 6 CONCLUSÃO Os substratos formados das misturas de vermicomposto mais casca de arroz nas proporções (2:1) e (3:1), apresentaram melhores resultados para o índice de velocidade de emergência, porcentagem de germinação e desenvolvimento das plantas. A profundidade de semeadura a 1,5cm apresentou melhores resultados para o desenvolvimento das mudas. REFERÊNCIAS ARAÚJO, D. B. Produção de mudas de espécies ornamentais em substratos a base de resíduos agroindustriais e agropecuários. 2010. 72 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias. Fortaleza – CE, 2010. BEZERRA, F. C; SOUSA, H. H. F; ARAÚJO, D.B; JUNIOR, R, N, A; R. N. A; VASCONCELOS, F.; Uso de Resíduos Agroindustriais e Agropecuários na Formulação de Substratos na Produção de Mudas de Tagetes. In: Resumo expandido apresentado no VII ENSub, Goiânia; 2010. BLACK, C.A. Soil plant relationships. 2.ed. New York, J. Wiley, 1967. 792 p. CORREIA. D. CAVALCANTI J15NIOR A. T.; GOMES COSTA, A. M. Alternativas de substratos para a formação de porta enxertos de graviola em tubetes. Fortaleza-CE. 2001. <http://www.cnaot.ernbrapa.br.>. Acesso em 23 Abr 2012. COSTA, A. M. G; COSTA, J. T. A; JUNIOR, A. T. C; CORREIA, D; FILHO. S. M.; Influência de Diferentes Combinações de Substratos na Formação de Porta-enxertos de Gravioleira (Annona muricata L.). Revista Ciência Agronômica, Fortaleza - CE v.36, n.3, p. 299-305, 2005. EDMOND, J. B.; DRAPALA, W. J. The effects of temperature, sand and soil, and acetone on germination of okra seed. Proceedings of the American Society for Horticultural Science, Itahaca, v.71, p.428- 434, 1958. JELLER, H.; PEREZ, S. C. J. G. A Efeito da salinidade e semeadura em diferentes profundidades na viabilidade e no vigor de Copaifera langsdorffii Desf.- Caesalpiniaceae. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 19, n. 2, p. 218-224. 1997. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495 p. MEDEIROS CAB; RODRIGUES LT; TERRA S. 2008. Casca de arroz e sua carbonização para utilização em substratos. Pelotas: Embrapa Clima Temperado. (Embrapa Clima Temperado – Circular Técnica – no prelo). MEDINA, J. C. et al.; Goiaba: cultura, matéria prima, processamento e aspectos econômicos. Campinas, Tal, 1988. NAPIER, I. Tecnicas de viveros florestales con referencia especial a lo centroamerica. Costa Rica, Signa Tepec: Ed. Espemacifor, 1985. 274p. REY, J. Y. Etude architecturale de la partie aérienne du goyavier. Montpellier, 1987. 49p. These (Doctorat) – Université de Montpellier II. SILVA, F. de A. S. e; AZEVEDO, C. A. V. de. Versão do programa computacional Assistat para o sistema operacional Windows. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, 2002, v.4, n.1, p. 71-78. SOUZA, F. X de. Casca de Arroz Carbonizada: Um Substrato para a Propagação de Plantas. Revista Lavoura Arrozeira. CNAI/EMBRAPA. V. 46, nº406, p 11, 1993. TRINDADE, A. V.; OLIVEIRA, J. R. P. Mamão, aspectos-econômicos técnicos. Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) – Brasília: Embrapa comunicação para transferência de tecnologia, 2000. 77p. (Frutas do Brasil; 3).