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HISTÓRIA DA AVIAÇÃO - 18 
AGO
. 
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA 
PLANEJAR É UMA AÇÃO ESTRATÉGICA, OU SEJA, DE LONGO 
ALCANCE NO TEMPO E NO ESPAÇO. DIFERENTE DA AÇÃO 
TÁTICA, QUE É CIRCUNSTANCIAL (DE EFEITO LOCALIZADO E 
TEMPORÁRIO) A AÇÃO ESTRATÉGICA É ESTRUTURAL, 
PORTANTO, TEM A INTENÇÃO DE ALTERAR UMA 
ESTRUTURA SEDIMENTADA, PARA DELA OBTER 
RESULTADOS DIFERENTES DO QUE SE TEM ATÉ O 
MOMENTO. 
POR ISSO, PLANEJAMENTO É UMA AÇÃO DE GERENCIAMENTO 
E, ASSIM, REQUER CONHECIMENTO SUFICIENTE DA 
ESTRUTURA, DESDE SUA ORIGEM ATÉ O PRESENTE, PARA 
QUE, ENTÃO, SE POSSA FAZER UMA PROJEÇÃO DE FUTURO 
MAIS REALISTA E, CONSEQUENTEMENTE, OBTER MELHOR 
RESULTADO.
. 
ESTA É A FUNÇÃO DA HISTÓRIA: CONHECER AS ORIGENS E O 
PERCURSO ATÉ O PRESENTE, POSSIBILITANDO 
COMPREENDER O FUNCIONAMENTO DE UMA DETERMINADA 
ESTRUTURA NO TEMPO E NO ESPAÇO E, A PARTIR DESTA 
COMPREENSÃO, PROJETAR COM MAIS ACERTO O SEU 
FUTURO. 
ENTÃO, A HISTÓRIA É UM INSTRUMENTO IMPRESCINDÍVEL DO 
PLANEJAMENTO, PORQUE ANALISA FATOS DO PASSADO, 
PARA COMPREENDER O PRESENTE E, DAÍ, POSSIBILITAR 
ESSA PROJEÇÃO MAIS CONSISTENTE DO FUTURO.
. 
ESTE É O OBJETIVO DA DISCIPLINA ‘HISTÓRIA DA AVIAÇÃO’ NO 
CURRÍCULO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS 
AERONÁUTICAS, POIS, SENDO UM INSTRUMENTO DO 
PLANEJAMENTO, QUE POR SUA VEZ É UMA AÇÃO DE 
GERÊNCIA, CABE AO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR DA 
AVIAÇÃO CIVIL UTILIZÁ-LO EM BENEFÍCIO DE SEU SETOR DE 
ATUAÇÃO E MESMO PARA PROJEÇÃO DE SUA CARREIRA NO 
MERCADO DE TRABALHO. 
Gerenciar significa antecipar 
soluções viáveis
. 
PORTANTO, A DISCIPLINA NÃO SE CONSTITUI EM APRESENTAR 
NOMES, DATAS E LUGARES PARA SIMPLES MEMORIZAÇÃO, 
COMO SE FOSSE UM CONHECIMENTO DE UM 
COMPARTIMENTO ESTANQUE DOS DEMAIS QUE PERFAZEM 
A INSTRUMENTALIZAÇÃO À PROFISSÃO, PORÉM TRATA-SE 
DE APRENDER A FAZER A LEITURA ANALÍTICA DE FATOS DO 
PASSADO QUE MOLDARAM A AVIAÇÃO TAL COMO HOJE 
ELA É, COM SEUS ERROS E ACERTOS E, ENTÃO, VERIFICAR 
A NECESSIDADE DE REPENSAR, OU NÃO, O TRANSPORTE 
AÉREO COMO MEIO DE ATENDER A ECONOMIA DO PAÍS. DE 
IMEDIATO, TAL COMPREENSÃO POSSIBILITA CONSTRUIR 
UMA PROJEÇÃO DA CARREIRA PROFISSIONAL, PARA QUE, 
ASSIM, HAJA MELHOR PROBABILIDADE DE ÊXITO.
. 
APRESENTAÇÃO 
Este é apenas um material didático para ser utilizado na disciplina 
de História da Aviação, considerando o aspecto do 
desenvolvimento do transporte aéreo no Brasil. Portanto, não é 
um livro de História e nem sequer um registro de memória. 
Para ter alguma lógica em sua maior parte segue uma ordem 
cronológica, evidenciando os acontecimentos que mais 
influíram no progresso da aviação de transporte no país. E, 
para melhor compreensão, é preciso primeiro contextualizá-lo 
no curso da História Mundial. Por isto, antes é visto seu início, 
evolução e aplicação aos meios econômicos no mundo, uma 
vez que ele e as telecomunicações são os suportes do 
processo de globalização em curso. E, depois, vê-se a sua 
atuação na economia brasileira no correr do tempo.
. 
O SONHO DE VOAR EXPRESSA 
O DESEJO DE LIBERDADE 
A mitologia grega conta que Dédalo, por ter 
matado Talo, foi preso junto com seu filho no 
labirinto. Então, construiu asas artificiais, juntando penas de 
gaivota com cera do mel de abelhas. Assim, conseguiram fugir. 
Antes, alertou o filho para não voar muito perto do Sol, pois a 
cera das asas poderia derreter com o calor, e nem muito perto 
do mar porque as asas ficariam mais pesadas. O jovem Ícaro, 
porém, não atendeu os conselhos do pai e, querendo realizar o 
sonho de ir mais alto, subiu e suas asas se desfizeram e ele 
despencou no mar Egeu, enquanto que seu pai, aos prantos, 
voou rumo à costa, chegando a salvo. Estranhamente, sempre 
se reverencia o jovem Ícaro, que errou, e não Dédalo, o 
planejador, projetista, orientador e zeloso da segurança.
. 
DO MITO À REALIDADE 
O ser humano sempre tentou realizar o sonho de voar p/ alcançar 
um grau de liberdade que as limitações de seu corpo lhe 
impõem: Transpor montanhas, cursos d’água, florestas e evitar 
várias dificuldades naturais eram idealizações humanas 
despertadas quando apreciava o vôo dos pássaros e via como 
superavam tudo que lhes obstruía o caminho. 
Voar significa vencer a força da gravidade, afastar-se do campo 
de atração do planeta e, assim, poder percorrer os espaços, 
vencendo facilmente os obstáculos da natureza. 
Já na Antiguidade algumas tentativas foram feitas, por exemplo, 
c/ pipas, na China. 
Na Idade Média Leonardo Da Vinci desenvolveu teorias sobre o 
vôo, observando como os pássaros o realizavam. 
Mas, tais estudos e tentativas de concretizá-lo frustravam-se por 
falta de tecnologia que o tornasse real. Só na Idade Moderna 
(Séc. XIX) desenvolveu-se tecnologias suficientes p/ projetar e 
construir máquinas voadoras... E o homem enfim voou!
. 
LEONARDO DA VINCI - fez os 1ºs estudos sobre o vôo c/ 
alguma base científica. 
Leonardo di Ser Piero da Vinci nasceu em 1452 em Anchiano 
(média Itália). Artista, poeta, matemático, arquiteto, engenheiro 
militar, trabalhou c/ matemática, perspectiva, ótica, mecânica, 
balística, fortificações, hidráulica e astronomia, desenhou um 
fuso móvel, um dispositivo p/ tornos e um conjunto automatizado 
de rosca e parafuso. Iniciou a análise dos movimentos e via na 
força da água um propulsor de máquinas, e a matemática como o 
meio do homem se relacionar c/ a natureza. 
Um estudo interessante foi a idealização de uma máquina que 
voasse, usando como modelo asas do morcego. Estudou a 
sustentabilidade e direcionalidade. 
Faleceu em Amboise (1519) deixando anotações desses estudos, 
que ficaram perdidas por longo tempo. Recentemente 
descobertas, percebeu-se então o quanto aquele gênio do 
Renascimento estava avançado em relação ao seu tempo. Só 
200 anos depois se completaria seus estudos sobre o vôo c/ 
experiências práticas.
. 
.
. 
BARTOLOMEU DE GUSMÃO 
E quem os realizou foi o Pe. Bartolomeu Lourenço de Gusmão, brasileiro de Santos (SP), 
nascido em 1685. Já na juventude solucionou um problema de abastecimento de água do 
seminário onde estudava. Concluído seu curso no seminário foi para Salvador (capital do 
Brasil à época) e ingressou na Companhia de Jesus. Viajou para Portugal e, em 1702, de 
volta ao Brasil foi ordenado sacerdote. Obteve do rei D. João V, em 1707, através da 
Câmara da Bahia a primeira patente concedida a um brasileiro, a do seu invento de 
elevação de água, desenvolvido quando ainda no seminário. Em 1709 obteve a patente de 
um instrumento para se andar pelo ar (aeróstato ou balão). Dizem que concebeu uma 
máquina voadora chamada “Passarola”, porém ela havia sido elaborada por um seu 
assistente, única pessoa à qual era permitido acesso ao verdadeiro engenho voador. 
Como o rapaz vivesse assediado por curiosos acerca da invenção, para deixar de ser 
importunado, elaborou o desenho da Passarola, em que tudo era propositadamente 
falseado. Para preservar o verdadeiro princípio da invenção, o princípio de Arquimedes, 
atribuiu a ascensão ao magnetismo, resposta para quase todos os mistérios científicos da 
época. Assim, protegeria o segredo, com aprovação de Bartolomeu. A Passarola acabou 
sendo copiada e se espalhou pela Europa, para grande riso dos dois. Mas, foi 
experimentando balões de ar quente que Bartolomeu conseguiu provar a viabilidade do 
vôo por instrumentos humanos. Diante da corte portuguesa fez 5 experiências de voo com 
pequenos balões: na 1ª o balão pegou fogo; na 2ª o balão se elevou a 4 m e incendiou-se; 
na 3ª o balão voou e, no pouso, incendiou-se; na 4ª o balão elevou-se alto e pousou 
lentamente; na 5ª o balão subiu até o teto do palácio e, após algum tempo, desceu 
suavemente e pousou. Pouco tempo depois conseguiu fazer subir um balão maior que 
flutuou, desceu e pousou com suavidade, diante de outras 5 testemunhas. Bartolomeu 
veio a falecer em Toledo (Espanha) em 1724, com apenas 38 anos de idade.
. 
SAMUEL LANGLEY 
Somente no Século XIX as experiências com o vôo por máquinas voltariam a ter maior 
significado, pois a pesquisa sobre o trabalho proporcionado pelas forças físicas, com o 
consequente desenvolvimento de máquinas, possibilitou o avanço dos estudos sobre o 
vôo humano. Vários pesquisadores dedicaram-se à aerodinâmica e à meteorologia e, 
dentre eles, Samuel Pierpoint Langley, professor de matemática na Academia Naval dos 
Estados Unidos, de astronomia na Universidade de Pittsburgh e secretário do Smithsonian 
Institute, destacou-se nos estudos, confecção de projetos e construção de uma máquina 
de voar. Em 1896 construiu um avião a vapor não tripulado, designado Aerodrome nº6, 
fazendo-o voar por 1.200 m até acabar o vapor que o movia. O Departamento de Guerra e o 
Instituto Smithsoniano investiram US$100.000 em um projeto de Langley de uma máquina 
voadora, o Great Aerodrome. Em 1903 foram feitas duas tentativas, mas ambas não 
lograram sucesso. O aparelho foi lançado de uma barcaça instalada no rio Potomac e, 
após um salto, caiu na água e afundou. Crê-se que o vôo teria acontecido se Langley 
tivesse colocado rodas nele e, assim, realizado a decolagem de uma pista onde pudesse 
então adquirir a necessária velocidade e alçar vôo. As críticas a Langley foram muitas, 
dizendo até que a única coisa que ele fez voar foi o dinheiro do governo e que havia 
recebido dinheiro público para construir castelos no ar. O Departamento de Guerra 
expediu um relatório dizendo que ainda estava longe o vôo por máquinas e que muito 
tempo e investimentos seriam necessários para se realizar tal proeza. No entanto, apenas 
8 dias após o fracasso de Langley os irmãos Wright conseguem catapultar ao ar um 
aparelho voador, o Flyer. Desiludido, o cientista da aviação abandona seus projetos, vindo 
a falecer em 1906, menos de oito meses antes de Santos-Dumont fazer voar o seu 14-Bis. 
Após 18 anos de esforços Langley não conseguiu fazer seu vôo, mas deu importante 
contribuição ao estudo da aerodinâmica e 8 anos após sua morte o construtuor Glenn 
Curtis colocou trem de pouso no Aerodrome e o pilotou em um vôo de sucesso em Nova 
Iorque.
A ERA DOS BALÕES e DIRIGÍVEIS 
ENSAIOS DE VOO 
Progressão dos estudos sobre o voo - uso da tecnologia em 
desenvolvimento no Século XIX, Revolução Industrial 
1852- Henri Giffard (FR) patenteia a “aplicação do vapor na 
locomoção aérea e constrói um balão com forma de baleia, 
coloca um leme e um motor a vapor de 3 HP. Voa 27 KM.
1874- Ferdinand von Zeppelin (AL) projeta o “navio 
aéreo”: dirigível em que o gás ficava em 
câmaras independentes, motores laterais 
externos e gôndolas p/ passageiros e carga 
1881 - Júlio César Ribeiro de Sousa, paraense 
(BR), constrói o balão dirigível “Victória”, 
patenteando-o na França, Inglaterra, Itália, Bélgica, 
Rússia e EUA e depois constrói o “Santa Maria 
de Belém”
1883- Gaston e Albert Tissandier (FR) 
constroem um balão dirigível c/ motor elétrico 
de 1,5 HP de 24 baterias. 
1884 – Charles Renard e Arthur Krebs (FR) 
constroem o dirigível “La France”, c/ motor 
elétrico, c/ velocidade de 24 KMH e totalmente 
dirigível
1890 - Leopoldo Corrêa da Silva (BR), 
constitui no Brasil a empresa “Sociedade 
Particular de Navegação Aérea”, c/ 2 dirigíveis.
1894- Augusto Severo de Albuquerque Maranhão 
(BR) constrói o dirigível “Bartolomeu de 
Gusmão” na França e o faz voar no Rio de 
Janeiro. 
No mesmo ano Santos-Dumont muda-se para Paris 
e começa a se envolver com os estudos 
aeronáuticos, entre outros. 
Aproveitando as teorias e as experiências de vários 
pesquisadores da área ele começa a projetar seus 
próprios aparelhos voadores.
Zeppelin sobrevoando o RJ na década de 30
1895- Zeppelin patenteia seu dirigível motorizado 
e c/ boa capacidade de carga e autonomia. 
1897 - Karl Wölfert (AL) constrói e voa um 
dirigível c/ motor a gasolina... que explodiu.
No mesmo ano Auguste André, Strindburg e Fraenbel 
(FR) decolam em um dirigível da Noruega p/ o Pólo 
Norte e... desaparecem, achando-se seus corpos 33 
anos depois.
1898 - Santos-Dumont (BR) voa no seu 1º balão, 
“Brasil”, na França.
1900- Zeppelin faz voar pela 1ª vez o LZ-1, por 
20 minutos e c/ 5 passageiros a bordo. 
Os grandes dirigíveis de Zeppelin passaram 36 anos 
cruzando os céus do mundo, fazendo voos 
transcontinentais e mostrando aos povos que 
havia uma nova forma de viajar, que não os 
demorados navios. Suas silhuetas grandiosas 
impressionavam ao sobrevoarem lentamente as 
áreas povoadas.
Com bilhetes muito caros e luxo interior, era um 
meio de transporte reservado às pessoas da alta 
sociedade, que desejassem uma viagem mais 
rápida e com uma excelente visão panorâmica em 
altitude, até então impossível ao ser humano. 
No transcurso dos 36 anos de serviços prestados, 
provocou significativos aperfeiçoamentos de 
tecnologias: motores mais leves e eficientes, 
metais leves e mais resistentes, técnicas de 
navegação aérea e compreensão dos fenômenos 
meteorológicos, melhoria nas rádio-comunicações, 
etc.
E por um bom tempo o transporte aéreo era feito pelos 
dirigíveis, inclusive chegando ao Brasil. 
1901 - Augusto Severo faz evoluções, 
c/ curvas fechadas, no seu 2° dirigível 
“Pax” (2 motores e hélices tratoras e 
propulsoras), a 400 m/alt que, ao 
final, pega fogo. 
No mesmo ano Santos-Dumont 
vence o prêmio “Deutsch de la 
Meurth” de 120000 FR$ (acrescidos 
de 9000 FR$), c/ seu dirigível nº 6, 
contornando a Torre Eiffel 
(11 km em 30 min.)
1937- O dirigível “Hindeburg” explode em Nova 
Iorque, colocando em cheque a segurança dessas 
naves. 
FIM DE UMA ERA.
Total de LZ construídos = 129, de 1901 a 1937 
1912 a 1913 = 881 voos, 19.100 passageiros 
Deutsche Luftschiffahrts Akitiengesellschaft – 
DELAG 1ª empresa de aviação do mundo 
1909 Dirigida por Alfredo Colsman. 
Capital inicial: 3.000.000 de marcos. 
Inicia-se a busca por 
alternativas p/ o transporte 
aéreo
O ESTUDO DA AERODINÂMICA DO MAIS 
PESADO QUE O AR ADQUIRE NOVA 
DINÂMICA. 
NÃO HÁ MAIS COMO A HUMANIDADE 
VIVER SEM O TRANSPORTE AÉREO. 
OS AEROPLANOS PRECISAVAM EVOLUIR, 
TORNAREM-SE CONFIÁVEIS E DAR NOVO 
IMPULSO AO MODAL AÉREO. 
------------------------------------------------------------ 
---- 
O que deixaram os balões-dirigíveis aos 
aeroplanos? 
Estudo da meteorologia aeronáutica
1937 – O FIM DOS DIRIGÍVEIS COM O ACIDENTE DO 
“HINDEBURG” 
O DESENVOLVIMENTO DOS PEQUENOS “AVIONS” 
Então, os maiores aviões tinham 2 ou 3 motores, pesavam 
umas 6 toneladas, transportavam uns 15 passageiros, 
autonomia aproximada de 4 h, c/ velocidade de 200 
km/h, como o Boeing-247 e o Ford Trimotor. Assim, não 
faziam vôos transoceânicos.
Os dirigíveis já cruzavam os céus (início do Século XX) 
e os 1ºs aviões mal saiam do chão, nas versões do 
“Flyer” dos irmãos Wright (1903) e do “14-Bis” de 
Santos-Dumont (1906). 
Esses aeroplanos, ainda meros planadores, também têm 
base tecnológica no Século XIX. 
Fatos que exemplificam esse desenvolvimento:
1806 – Degen produz o seu ornitóptero – 1º projeto de 
aeroplano; 
1842 – Henson projeta o Aerial e 
Letur faz um pára-quedas; 
1852 – George Cayley, o pai da aerodinâmica, constrói o 
“coachman carrier” e faz seu cocheiro nele voar 
(1° aviador?) por 397 m... e cai. Concluiu que o homem era 
incapaz de promover potência necessária ao vôo e propôs 
a fabricação de um motor; 
1860 - Ponton d’Amecourt projeta um helicóptero a vapor; 
1876 – Étienne-Jules Marey publica a obra “La machine 
animale” - tratado de aerodinâmica - sobre o vôo dos 
pássaros; 
.
. 
Ainda em1876 o Engº Clément Ader escreveu “Aviação 
Militar”, teoria adotada a seguir no projeto de máquinas 
voadoras. 
Constrói o “Éole” c/ 14 m / envergadura, 6,5 m / 
comprimento, asas iguais a de morcego, motor de 20 
HP e peso de 296 KG, c/ o qual voou em 1890, por 50 m 
e 20 cm / altura. 
Inventa, também, o termo “avion” (“appareil volant les 
imitant oisaux naturels” – aparelho voador que imita os 
pássaros naturais). 
Fez ainda o avion II (Zephir) e o III – bimotor com 20 HP 
cada e hélices quadripás;
. 
Tudo em 1880: 
Thomaz Alva Édison, inventor da lâmpada, projeta seu 
“navio voador”; 
Alphonse Penaud desenvolve um modelo com hélices 
propulsionado por uma fita de borracha (mais tarde 
bastante estudado pelos Wright); 
O Engº Otto Lilienthal desenvolve o trabalho “O vôo das 
aves como base da aviação”, e faz um aparelho que voa 
até 30 m;
. 
1891 – Octave Chanute reunia aficcionados em aviação p/ 
incentivá-los à busca de soluções aos problemas do 
vôo. 
Publicou artigos a respeito que se transformaram em um 
manual: “Progresso das máquinas voadoras”, citando 
Langley, Maxims, Pilcher, Hargraves, Lilienthal, etc. 
Estudou a localização do centro de gravidade do avião, 
estabilidade e dirigibilidade nas asas. 
Foi orientador dos Wright’s, e assistiu vários testes do 
“Flyer”;
. 
1895 – Lilienthal produz planadores biplanos, faz 2 mil 
saltos, voando por + de 250 m de distância a 20 m /alt. 
Fez um morro artificial c/ rampa e base subterrânea p/ 
seus aparelhos. 
Vendia asas-planadores, ensinava manobras de vôo 
planado e a influência dos ventos. 
Equipou um aparelho com um motor de 2,5 HP (41 KG) e 
saltou de uma colina, quando uma rajada de vento o faz 
colidir com o solo e ele morre. 
O material que deixou serviu aos pioneiros a projetarem 
seus aeroplanos.
. 
Ainda em 1895 Samuel Pierpoint Langley (US) teorizou 
que o avião, após decolar, podia voar sem parar, c/ 
energia dos ventos. 
Mas, seus estudos acabaram apontando na direção do 
desenvolvimento de um motor a combustão interna. 
Testou um aparelho em escala – “aerodrome” – que voou 
aproximadamente 1000 a 1500 m / distância e a mais de 
50 kmh, c/ motor radial de 5 cilindros, 2 hélices, 
refrigerado a água e que foi fabricado por Charles 
Manley. 
Em testes funcionou por 10 h consecutivas sem perder 
potência. 
As 2 tentativas de voar c/ o aparelho em tamanho real 
fracassaram... 1903.
. 
Mais experiências p/ tirar um aparelho + pesado que o ar 
do chão foram feitas no Sec. XIX. 
Importantes foram os estudos sobre os princípios básicos 
do vôo de um aeroplano, diferente do vôo dos pássaros, 
precisava de um motor p/ fazê-lo cortar o ar e, assim, 
ganhar sustentação. 
Problemas a serem resolvidos: 
Motorização (relação peso / potência) 
Efeito dos ventos (Meteorologia Aeronáutica) 
Manobrabilidade (Comandos e Centro de Gravidade) 
Tamanho das asas (área alar) 
No início do século seguinte, isto solucionado, consegue-se 
fazer voar por meios próprios o + pesado que o ar... 
Mas, se os dirigíveis voavam bem, para quê os “avions”?...
Wright’s ou Dumont ?...
Quem eram WILBUR e ORVILLE WRIGHT: 
. Filhos do clérigo Milton Wright , de Dayton (USA) 
1882. abrem uma oficina 
de bicicletas 
(Wright Cycle Company) 
1890. estudam as obras de Lilienthal, Cayley, Ader, 
Henson, Chanute e Langley (considerado um rival) 
1899. o Serviço de Meteorologia indica-lhes Kitty Hawk 
como local p/ testes. 
1900. testaram sua primeira asa como uma pipa.
1901. planam uma asa tripulada e tentam dirigi-la c/ . 
movimentos do corpo. 
1901. fizeram um túnel de vento p/ ensaios de vôo. 
1901. incluem na asa um compensador dianteiro, p/ subir e 
descer e 2 planos verticais atrás como lemes. 
1902. asa n.3 equipada c/ motor de 4 cilindros de 12 hp. 
1903. (17 DEZ) c/ ventos de 40 kmh o Flyer foi catapultado 
ao ar nas dunas de Kill Devil Hills, c/ 5 testemunhas. 
Fazem 3 outros voos c/ o mesmo aparelho, de 59 seg. à 
velocidade de 50 kmh. 
Tentaram vender ao Exército dos EUA; ao governo 
francês; e a um grupo de industriais. 
Afixaram uma placa no Flyer, exposto no Smithsonian: 
"O avião original dos Irmãos Wright: a primeira máquina do mundo 
movida a energia, mais pesada que o ar, na qual o homem fez vôos 
livres, controlados e sustentados".
Quem era ALBERTO 
SANTOS-DUMONT: 
- filho do Eng. Henrique Dumont, formado em Paris e 
próspero produtor de café. 
1880. Santos-Dumont (7 anos) já guiava os locomóveis da 
fazenda. Aos 12 dirigia as locomotivas e lia as obras de 
ficção de Júlio Verne. 
1891. faz viagem turística à Inglaterra e na França escalou 
o Monte Branco. 
1892. emancipado pelo pai volta à França e ingressa no 
automobilismo. Inicia estudos científicos c/ um professor 
espanhol, Garcia.
. 
1894. viajou para os Estados Unidos: Nova 
Iorque, Chicago e Boston. 
1897. herdando a fortuna paterna, vai p/ França e 
contrata aeronautas p/ lhe ensinar sobre 
os balões. 
1898, 1º. dirigível, o N-1, no Jardim da 
Aclimação de Paris, ao inflar, acaba rasgado 
antes de subir (falha no apoio em terra). Dois 
dias depois, partiu e evoluiu bem. Uma pane na 
bomba de ar o fez dobrar e cair de 400 m / alt. 
1899. o N-2 (comprimento e forma do N-1), c/ 
diâmetro maior e c/ a bomba de ar modificada. 
O teste terminou nas árvores próximas.
1899. o N-3 partiu do Parque de Aerostação, 
passou pela Torre Eiffel, seguiu p/ o Parque dos 
Príncipes e p/ Bagatelle. Aterrissou em condições 
controladas. 
1900. faz em St. Cloud um hangar p/ o N-3 
(inflado) + ferramental p/ fabricação do hidrogênio: 
30 m comp. 7 de largura e 11 de alt 
1900, Henri Deutsch de la Meurthe (magnata do 
petróleo) junto ao Aeroclube da França, lança o 
prêmio de 100.000 francos a quem faça uma 
máquina voadora seguir à Torre Eiffel, contorne-a, 
volte à origem (11 km) em 30 min. s/ escalas. 
O esportista Dumont interessa-se pelo torneio.
1901. N-4 tinha por baixo uma quilha c/ um selim 
e os pedais de uma bicicleta p/ dar partida ao 
motor de 7 hp, acionando uma hélice dianteira c/ 2 
pás de 4 m. Cordas controlavam a regulagem do 
carburador, válvulas, manuseio do leme, do lastro 
e dos pesos deslocáveis. 
1901. faz o balão Fatum, esférico.Testou nele um 
invento de Emmanuel Aimé, o “termosfera”, p/ 
permitir melhor controle de altitude. 
1901. c/ o N-5, motor de 16 hp, disputou o Prêmio 
Deutsch. Fez o trajeto, mas ultrapassou em 10 
min o tempo da prova. Em outra tentativa 
chocou-o contra um prédio.
C/ o balão N-6, motor de 20 HP, enfim executa a 
prova e recebe o prêmio. 
O governo brasileiro enviou-lhe um prêmio em $$$ 
no mesmo valor do Deutsch, e uma medalha de 
ouro c/ sua efígie e a frase de Camões: 
“Por céus nunca dantes navegados”. 
O objetivo de alcançar o podium do novo e 
sofisticado esporte, tornara-o o 1º campeão da 
modalidade. 
Dumont – brasileiro – era um esportista e, por isto, 
valorizava a vitória.
. 1904. N-7, motor de 46 hp, foi projetado p/ corridas, 
mas sofreu sabotagem numa exposição nos EUA. 
Alguém deu 48 facadas no balão. 
1904. N-8 cópia do N-6 encomendado por um 
colecionador americano, Boyce; 
N-9, c/ motor de 3 hp, um dirigível de passeio, também 
vendido a Boyce; 
N-10, c/ motor de 60 hp, foi um dirigível ônibus p/ 
servir de transporte coletivo. Fez algumas 
ascensões, mas nunca foi terminado; 
N-11, c/ motor de 16 hp, era cópia reduzida do N-10; 
N-12, réplica do N-9, foi outra encomenda de Boyce; 
N-13, luxuoso balão de ar quente e hidrogênio, p/ ficar 
semanas no ar, foi destruído por uma tempestade 
antes de ser experimentado.
INSTITUÍDOS PRÊMIOS A QUEM FIZER VOAR UM 
APARELHO MAIS PESADO QUE O AR POR MEIOS 
PRÓPRIOS: 
1904. Archdeacon, Aeroclube da França e 
Deutsch-Archdeacon. 
1º, de Ernest Archdeacon, de 3.000 francos p/ 
quem voasse 25 m; 
2º, do Aeroclube, de 1.500 francos p/ quem 
voasse 100 m; 
3º, de La Meurthe e Archdeacon, de 50.000 
francos p/ quem voasse 1.000 m em circuito 
fechado. 
Dumont interessou-se muito por eles.
. 
1905. faz um aeromodelo planador conforme 
protótipo de Cayley, há 100 anos. 
1905. faz o 14-bis, um avião unido a um balão, p/ 
reduzir o peso na decolagem. 
1905. inspirado em um hidroplanador, fez o ‘Ave 
de Rapina”, um biplano de células de 
Hargraves, c/ motor de 24 hp, depois trocado 
por um de 50 hp.O aeronauta ia em pé, em uma 
cesta central. 
Na 1ª. tentativa não decolou, na 2ª. saltou 
somente. No pouso a hélice e a parte traseira 
ficaram danificadas.
Enfim... o voo do + pesado que o ar 
1906. (23 de outubro) nas manobras do aeroplano 
pelo gramado o eixo da hélice se partiu, sendo logo 
consertado. 
Na presença de uma multidão o 14-BIS, agora 
envernizado para reduzir a porosidade do tecido e 
aumentar a sustentação, correu cerca de 100 m e 
decolou, ficou 6 segundos no ar e após haver 
atingido 3 m de altura, pousou a 60 m de onde 
partira. 
A prova havia sido cumprida: + do dobro da distância 
determinada fora coberta. 
Alguns dias depois voou 220 m, ganhando o Prêmio do 
Aeroclube da França!
A cópia do Flyer, construída pelo portentoso 
Smithsonian Institute com tecnologia moderna não 
consegue voar em 2003: 
. . .
A réplica do 14-Bis (autenticada oficialmente), 
construída pelo mecânico amador Allan Calassa, em 
Caldas Novas (GO), com a mesma tecnologia da época 
de sua invenção por Dumont, voa majestosamente 
várias vezes e em diversos lugares, em 2006: 
.
Medalha Mérito Santos-Dumont, concedida aos 
que tenham feitos relevantes à aeronáutica 
brasileira 
.
. 
• O AVIÃO - 1906 A 1914 
• UM ESPORTE P/ A CLASSE ALTA NAS GRANDES 
CIDADES 
• OS PROJETISTAS TORNAM-SE MARCAS, VENDEM AVIÕES 
E ENSINAM A VOAR: 
• BLÉRIOT, AVRO, CURTISS, WRIGHT, FARMAN… 
HOMENS MADUROS PROCURAM GANHAR DINHEIRO E OS 
JOVENS PROCURAM AVENTURA DA PILOTAGEM. 
• DEMOISELLE, PRECURSOR DO ULTRA-LEVE, PROJETADO E 
CONSTRUÍDO POR SANTOS-DUMONT, QUE COLOCA O 
PROJETO À DISPOSIÇÃO DO PÚBLICO GRATUITAMENTE:
. 
• O AEROCLUBE DA FRANÇA TORNA-SE UMA 
INSTITUIÇÃO PÚBLICA EM 1909 PARA: ESTIPULAR 
NORMAS DE SEGURANÇA, DEFINIR TÉCNICAS 
BÁSICAS DE VOO E EXPEDIR LICENÇA DE VOO 
(BREVET): 
LICENÇA Nº 1 À BLÉRIOT; LICENÇA Nº 12 À 
DUMONT E LICENÇAS NºS 13 e 14 AOS 
WRIGHT. 
VIVE-SE A ERA DAS COMPETIÇÕES AÉREAS:
TRAVESSIA DO CANAL DA MANCHA 
1908 - PROMOTOR: JORNAL DAILY MAIL (GB), VALOR: 5000 
LIBRAS, VENCEDOR: BLÉRIOT. 
CONVENÇÃO DE REIMS - 1909; VENCEDORES: 
GLENN CURTISS = PROVA DE VELOCIDADE 
HENRI FARMAN = PERMANÊNCIA NO AR 03:15 H 
LATHAM = ALTURA (C / ACOMPANHANTE) 155 M 
1º SALÃO DE AERONÁUTICA DE PARIS 1909: AVIÕES À VENDA: 
FLYER = 30.000 FRANCOS 
ANTOINETTE = 25.000 FRANCOS 
BLÉRIOT = 10.000 FRANCOS 
DEMOISELLE = 7.500 FRANCOS
. 
COMPETIÇÃO LONDRES-MANCHESTER: 320 KM - 
1910; PRÊMIO: 10.000 LIBRAS 
PROMOVIDA PELO JORNAL DAILY MAIL. 
TAÇA SCHNEIDER – 1912; C/ COMPETIÇÕES 
ANUAIS, O PAÍS TINHA DE VENCER POR 5 ANOS 
CONSEUTIVOS. VITÓRIA SÓ ALCANÇADA EM 1931, 
PELA INGLATERRA, C/ O HIDROAVIÃO 
SUPERMARINE (DO QUAL SE ORIGINARIA O 
FAMOSO SPIT FIRE).
. 
TRAVESSIA DO MAR MEDITERRÂNEO – 1913; DA FRANÇA À 
TUNÍSIA (ÁFRICA) 
PERCURSO DE APROXIMADAMENTE 750 KM; VENCEDOR: 
ROLAND GARROS (07:53 H/V) 
------------------------------------------------------ 
ESPORTE X ARMA DE GUERRA: 
MILITARES DIVIDIDOS: 
- EM GERAL ACREDITAVAM SER 
O AVIÃO PROMISSORA ARMA 
DE GUERRA. 
ASSISTINDO DEMONSTRAÇÕES DO FLYER OFICIAIS ALEMÃES 
O ACHARAM INVIÁVEL 
GEN. FOCH (FR): “SERVE PARA ESPORTE, NÃO COMO ARMA” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
1ª EMPRESA. AÉREA USANDO AVIÕES – 01/01/1914 A “St. 
PETERSBURG-TAMPA AIRBOAT LINE” FAZ O 1º VOO 
COMERCIAL DO MUNDO (SÓ DURA ALGUNS MESES).
. 
E NO BRASIL... 
O FRANCÊS DIMITRI DE LAVAUD CONSTRÓI O AVIÃO “SÃO 
PAULO” (OSASCO), EM 1910, E VOA 103M. 
O JORNAL “A NOITE” (RJ) 1911 PROMOVE A CORRIDA AÉREA 
PÇ. MAUÁ – ILHA DO GOVERNADOR C/ PERCURSO DE 48 
KM... NÃO HOUVE COMPETIDOR. 
O AERO-CLUB BRASILEIRO É FUNDADO EM 1911 NA 
FAZENDA DOS AFONSOS (RJ). SÃO SEUS PRESIDENTES: 
DE HONRA SANTOS-DUMONT E DE ENCARGO ALMTE. 
JOSÉ C. DE CARVALHO.
. 
O DIRETOR-SECRETÁRIO TEN. RICARDO KIRK OBTÉM P/ A 
INSTITUIÇÃO A FILIAÇÃO À FEDERAÇÃO AERONÁUTICA 
INTERNACIONAL (FAI) EM 1913 P/ EMITIR LICENÇAS E 
TRAZ 2 AVIÕES DA FRANÇA. 
A ESCOLA BRASILEIRA DE AVIAÇÃO: O MINISTÉRIO DA 
GUERRA E A CIA. GINO BUCCELLI (IT), MONTAM UMA 
ESCOLA, EM 1913, C/ 9 AVIÕES NOS AFONSOS, E COMO 
FISCAL DO GOVERNO É NOMEADO O PILOTO TEN. JORGE H. 
MOLLER. A ESCOLA NÃO FUNCIONA NÃO CHEGA A 
FORMAR PILOTOS. C/ O ADVENTO DA GRANDE GUERRA NA 
EUROPA, OS ITALIANOS RETORNAM À ITÁLIA. 
A FORÇA PÚBLICA DO ESTADO DE S. PAULO FUNDA SUA 
ESCOLA DE AVIAÇÃO EM GUAPIRA (SP). 
1ª ENCONTRO AMERICANO DE AVIAÇÃO BRASILEIRO 
ACONTECE EM INDIANÁPOLIS, 1910.
. 
E, NA FRANÇA, HENRI FABRE VOA O 1º HIDROAVIÃO, EM 1910 
EM 1911 PERRY RODGERS VOA DE NOVA 
IORQUE À CALIFÓRNIA EM 84 DIAS!!! 
CONTEMPORANEAMENTE ACONTECE A 1ª 
FEIRA DE AVIAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS: 
ALTA – Associação Latino-Americana de Transporte 
Aéreo -fundada em 1913 (Panamá) por um grupo de 
empresários da região. Destinava-se aos objetivos 
atuais da IATA c/ relação as empresas do T.A. latino-americanas. 
Fazer acordos bilaterais e auxiliar seus 
membros em assuntos comerciais. Instituição privada.
. 
NO FINAL DE 1913 OS DESENTENDIMENTOS 
ENTRE AS PRINCIPAIS NAÇÕES DA EUROPA JÁ 
SE CARACTERIZAVA POR UM AMBIENTE PRÉ- 
GUERRA E AS PAIXÕES NACIONALISTAS 
SOBREPUNHAM-SE ÀS DEMAIS... INCLUSIVE AO 
NOVO ESPORTE - A AVIAÇÃO, QUE LOGO 
ASSUMIRIA UM NOVO PAPEL... O DE ARMA DE 
GUERRA. 
-----------------------------------------------------------////////////////////// 
Caudron G.3 reconhec. (Ing)
. 
AVIÃO – uma ARMA na 1ª Guerra Mundial 
Por que guerra “mundial”? 
- Motor das guerras: o interesse econômico. 
- Motivo da Grande Guerra: redistribuição das colônias 
na África e na Ásia (ouro, diamantes e... petróleo) e a 
França insatisfeita com a perda de terras para a 
Alemanha na guerra anterior. 
beneficiados: França Inglaterra Rússia (EUA) 
prejudicados: Alemanha Áustria/Hungria Itália 
Sopwith Tabloid hidroavião de 
reconhecimento (Ing)
. 
- Em 1915 a Itália muda de lado 
- Em 1917 a Rússia sai da guerra na Europa, por causa 
de uma guerra interna, a Revolução Bolchevique, com a 
qual os comunistas derrubam o regime czarista, tomam 
o poder e impõem a “ditadura do proletariado” ao país 
- Os EUA aproveitam a oportunidade para se firmar como 
grande potência e, assim, entrar na disputa pelos 
mercados mundiais. 
- Porque guerra “mundial”: os 2 grupos eram as principais 
potências econômicas do mundo e, por isto, a guerra 
deles afetou a economia da maioria dos países.
. 
.
- O estopim: um sérvio assassinou Francisco Ferdinando, 
príncipe do império austro-húngaro que, em meados de 
1914, declara guerra à Sérvia... e a França (e seu grupo) 
aproveita a chance e a guerra espalhou-se pela Europa e 
nela... o avião ! 
Primeiramente como instrumento de 
OBSERVAÇÃO (reconhecimento):100 HP, 800 Kg de peso, 95 
km/h, umas 3 h/ autonomia e teto 10.000 ft. 
guerra de trincheiras... E o avião vence trincheiras 
NESTA ESTRÉIA COMO PLATAFORMA DE 
COMBATE MUITOS MODELOS FORAM 
CONSTRUÍDOS. 
Farman F.7 reconhec. 
(Fr)
AVIÕES DE CAÇA: 
. Morane S T.N caça (Fr.) 
Albatroz D.III caça 
(Ing) 
Sopwith Caudron caça (Ing.) Fokker DR.I - 80 vitórias 
Manfred Von Richthofen - 
o “Barão Vermelho” 
Em média: 
150 HP, 600 Kg, 200 km/h, 3 h/autonomia, 
18.000 ft / teto, armados c/ 2 metralhadoras
. 
AVIÕES DE BOMBARDEIRO: 
Caproni Ca.4 (IT) 
AEG-IV (AL) 
Zeppelin RV.I bombarbdeiro (AL) 
Sikorsky Ilya (RU) 
150 HP cada motor, 3,5 ton, 150 km/h, 700 km/raio 
12.000 ft / teto, 400 kg / bombas
. 
FIM DA GUERRA: NOVEMBRO 1918 e 
INÍCIO DO TRANSPORTE AÉREO C/ AVIÕES: 
Aproveita-se a 
desmobilização 
dos profissionais da 
Aviação (pilotos, 
mecânicos e pessoal 
de apoio) e aviões 
de bombardeiros p/ o 
transporte de 
Passageiros e cargas 
Maior capacidade de 
carga – maior 
autonomia.
. 
Dados importantes da Aviação na 1ª. Guerra Mundial: 
Aviação francesa formou + de 16.000 pilotos (+ de 7.000 morreram em combate). 
Os alemães perderam quase 7.800 pilotos e observadores. 
A Inglaterra formou 24.600 pilotos (9.300 morreram em combate). 
Tempo médio de vida do piloto britânico na guerra até 1916: 3 semanas.
. 
Além do perigo do combate, os aviadores dos 2 lados partilhavam 
grandes riscos: 
- Voavam em aviões c/ cabines abertas, atrás de motores roncando e a 
temperaturas abaixo de 0°, c/ vento frio batendo-lhes c/ força . 
Motores rotatórios soltavam uma garoa de óleo lubrificante das 
válvulas de exaustão na direção do piloto. Sistemas de oxigênio 
ineficientes. Pára-quedas só existiram p/ os alemães e no final da 
guerra. Decolagens e pousos eram perigosos. A maioria dos pilotos 
novatos tinha dificuldade até p/ controlar o avião no céu e ainda 
tinham de ficar alerta p/ descobrir o inimigo e combatê-lo. A maior 
parte tinha pouca instrução tática. Além do adversário humano, 
tinha também um inimigo invisível: o frio. Muitos morreram 
congelados em cabines abertas s/ ineficientes a temperaturas baixas. 
Os ases da aviação eram admirados pelos demais. Acordavam s/ saber se 
estariam vivos no fim do dia. Inventavam táticas de acordo c/ a 
situação. 
Um grupo de pilotos da Marinha brasileira integrou um esquadrão inglês, 
p/ missões de patrulha no Canal da Mancha, s/ participar de combates. 
O Ten. Eugênio Possolo, faleceu em treinamento, chocando-se c/ 
outro avião.
. 
Ases do combate aéreo: 
• Alemanha: Richtoffen c/ 80 vitórias e + 21 pilotos c/ 35 a 62 vitórias 
• Áustria-Hungria: Godwin Brumowski c/ 35 vitórias 
• França: René Fonck c/ 75 + 5 pilotos c/ 35 a 53 vitórias 
• Inglaterra: Edward Mannock c/ 73 + 12 pilotos c/ 35 a 54 vitórias 
• EUA: Eddie Rickenbacker c/ 26 vitórias 
• Rússia: Alexander Kozakov c/ 20 vitórias 
• Canadá: Willian Bishop c/ 72 + 8 pilotos c/ 35 a 60 vitórias 
• Austrália: Robert Little c/ 47 vitórias. (Galante, 2008)
. 
- Avanços tecnológicos durante a guerra: 
motores +duráveis, leves e eficientes (até 300hp) 
uso do metal em partes da fuselagem, em especial na estrutura 
controles + precisos e melhor dimensionados 
1ºs aviônicos: manômetro, velocímetro, altímetro, amperímetro, 
horizonte artificial, etc. 
estrutura de aeroportos, c/ telégrafos, observação meteorológica 
e equipe de rampa 
planilha de custos das operações aéreas
. 
Após a guerra a importância do avião como eficiente plataforma de 
combate é inquestionável. 
Surge o: 
Poder Aéreo – conceito concebido pelo general eng. Giulio Douhet 
(Itália), de uma Força Aérea independente do Exército e da Marinha 
e à ela subordinados todos os meios aéreos do país: 
-formação e controle dos profissionais 
-indústria aeronáutica 
-Infraestrutura aeroportuária 
-controle do tráfego aéreo 
-empresas aéreas 
-formulação de políticas para a aviação civil 
-normatização e fiscalização da aviação civil
. 
O Poder Aéreo necessita da existência de indústria de base 
(siderurgia/metalurgia) p/ ser independente de importações, 
pois, guerra dependente é guerra perdida. 
Recursos da Indústria: 
-financeiros 
-logísticos (energia, transportes, comunicações, saneamento) 
-materiais (matéria prima, edificações, maquinário) 
-operacionais (linha de produção, comercialização) 
-humanos (profissionais)
. 
Economia: 
dependente = produtos básicos + 
financiamento público + importação 
de produtos industrializados ou absorção de tecnologia 
independente = produtos industrializados /serviços + 
financiamento privado + desenvolvimento de ciência & 
tecnologia 
Brasil: 
economia dependente = incapacidade de produzir aviões... 
... que só veio acontecer 50 depois.
Concentração do Parque Industrial Brasileiro (fgv)
. 
EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO COMERCIAL DA ALEMANHA, 
FRANÇA e ESTADOS UNIDOS 
1919 - Fundação da IATA – Associação Internacional do Tráfego Aéreo 
– Haia (Holanda) 
Aviação Comercial Alemã 
aviões Dornier Komet II 
Junkers F-13 G-24 JU-52 
1919 - 1ª empresa de aviação 
comercial bem sucedida c/ 
Aviões: DLR 
rota Berlim (capital da 
Alemanha) e Weimar (cidade onde instalara-se a Assembléia Nacional) 
mala postal. 
Condor Syndikat é fundado para vender aviões e peças no mundo.
. 
1920 – DLR + KLM (Holanda) + DDL (Dinamarca) = 1ª linha 
internacional do mundo: Copenhagen - Hamburgo - Bremen - Amsterdã 
1922 – Linha Koenigsburg (Alemanha) - Moscou (Rússia) 1.800 km 
1923 – Linhas Berlim – Londres 
1926 – Governo alemão força a fusão das empresas aéreas em uma: 
Luft Hansa 
1926 – Linha Berlim (Alemanha) - Pequim (China) a 10.000 km 
1927 – Luft Hansa assume o Condor Syndikat 
1927 – Linha Berlim (Alemanha) – Teerã (Irã) 3.500 km passando por 5 
países 
1927 – Syndicat Condor chega ao sul do Brasil, c/ o hidroavião Dornier 
Wall (1º do RAB), representado pela firma Hermann Stoltz. 
O Ministério da Viação e Obras Públicas (Aviso 60/G) autoriza a 
operação entre Rio Grande e Rio de Janeiro, via Santos, Paranaguá, 
Florianópolis, Porto Alegre 
1928 – muda o nome no Brasil para Syndicato Condor.
. 
- Aviação Comercial Francesa: 
1919 – 1ª linhas internacional Toulouse (França) – Rabat (Marrocos) 
1920 – Linha Paris – Bucareste (Romênia) 
1922 – Extensão da linha Bucareste – Constantinopla (Turquia) 
1922 – Inaugurada a Sociedade Industrial de Aviação Latecoére: fábrica e 
transporte aéreo. 
1923 – Linhas Paris – Londres, Lyon – Genebra (Suíça), Paris – Berlim, 
Marselha – Saigon (Colônia da Indochina a 10.000 km). 
1923 – Linha da Colônia de Marrocos à Colônia do Senegal – Dacar. 
1924 – Funcionários da Latecoére vêm ao Brasil estudar a implantação de 
uma linha Recife – Buenos Aires, c/ várias escalas. 
1928 – Linhas Toulouse – Dacar (avião), Dacar – Recife (navio), Recife – 
Buenos Aires (avião) mala postal. Constrói campos de pouso ao pelo 
litoral brasileiro, uruguaio e argentino. No Brasil, recebe apoio da 
Missão Militar Francesa, nos Afonsos. 
1930 – 1ª travessia do Atlântico Sul por avião comercial: Laté-28, pilotado 
por Jean Mermoz (piloto chefe da Latecoére). 
1931 – a Aéropostale (antiga Latecoére) entra em falência. 
1933 – Governo francês força a fusão das empresas. Surge a Air France.
. 
Aviação Comercial dos EUA: 
1919 – Algumas tentativas frustradas em NY e Flórida. 
1920 – Início das operações de mala postal no noroeste (Seattle) e se 
espalha pelo território americano. 
1920 – Emrpesas: Aeromarine Airways, Florida West Airways, Pacific 
Marine Airways e outras. 
1920 – Surgem os primeiros táxi-aéreos, c/ aviões usados na 1 Guerra 
Mundial. 
1920 – Usa-se um avião adaptado para lançar pesticidas sobre 
plantações.
. 
1925 – O Correio conclui a organização da mala postal aérea. 
1925 – Juan Trippe funda a Colonial Air Transport (CAT). NY – Boston. 
1926 – Juan Trippe deixa a CAT, vai p/ Miami e funda a Pan American 
Airways (PAN AM), c/ linhas Miami – Havana (Cuba). 
Foi a 1ª empresa Aérea dos EUA a transportar passageiros. 
1926 – A Ford e a TWA fundam o serviço meteorológico p/ a aviação, 
através dos revendedores de carro. 
1926 – Produzidos 190 unidades do Ford Trimotor (até 1932) p/ 
transporte de peças de carros e técnicos. 
1929 – A Nyrba – NY - Rio de Janeiro - Buenos Aires Line é fundada 
nos EUA, c/Trimotores Ford e c/ hidros Sikorsky S-38 
1929 – Quebra da Bolsa de Valores de NY, recessão econômica e a 
PAN AM compra a Nyrba. 
No Brasil surge a subsidiária da PAN AM, a Panair do Brasil, 
usando como nome o seu endereço telegráfico. 
1930 – A subvenção financeira negada à Nyrba p/ voar à América do 
Sul é, então, concedida à PAN AM pelo governo americano.
Juan Trippe X Cel. Ralph O’Neil 
. 
X
. 
INÍCIO DO TRANSPORTE AÉREO COMERCIAL 
1919 
Milhares de pilotos, mecânicos, pessoal de apoio e aviões 
desmobilizados. 
Muitos campos de aviação e várias fábricas de aviões desativados. 
O Tratado de Versailles limitava: Alemanha só podia construir aviões 
até 60hp, 170kmh e 600kg/carga. 
Fabricantes alemães transferem-se p/ outros países: FOKKER = 
Holanda e DORNIER = Suíça, Itália e URSS (União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas, comandada pela Rússia).
Aviões bombardeiros ainda não tinham autonomia p/ voar 
sobre oceanos. Só em linhas continentais. 
Grandes hidroaviões no transporte aéreo comercial: 
não precisavam de pistas e podiam amerissar 
(próprios p/ voar sobre oceanos). 
Baby Clipper 
Jahu . Savioa Marcchetti
. 
Hidroaviões (estes só amerissam e os “anfíbios” amerissam e 
pousam), conhecidos por "Clipper", como o Boeing 314, o 
maior deles, realizou o 1º voo comercial à volta do mundo. 40 
passageiros sentados ou 34 em camas, 2250kg/carga. Faziam 
rotas longas: Costa Oeste dos EUA para Havaí, Hong-Kong, 
Singapura e Nova Zelândia. Costa Leste para Lisboa, Marselha 
e Londres e, ainda, Bermudas, Brasil e África Ocidental. 
1º hidroavião de passageiros: Junkers F-13 (piloto mais 4 passageiros) 
e c/ trem de pouso:
A ERA DOS GRANDES HIDROAVIÕES DE PASSAGEIROS . 
Na 1ª. fase da Aviação Comercial, entre as 2 guerras mundiais, a 
infraestrutura existente p/ atender os voos era precária. 
Uma dificuldade da aviação comercial era transpor os oceanos. 
Era difícil, embora já existissem linhas regulares sobre eles... c/ muitas 
escalas em Ilhas e navios de apoio. 
Expansão das Linhas Aéreas O desenvolvimento de novas 
tecnologias Os Grandes Hidroaviões.
. 
A Boeing fez um grande hidro p/ Juan Trippe, da Pan American, p/ 
atravessar o Atlântico s/ quase escalas o B-314, c/ 45 m 
/envergadura, 36 poltronas-camas, 4 motores de 14 cilindros 
e1500hp cada, 16.000 L / fuel, 3200 NM /alcance, (+ 6.000 
Km),velocidade de cruzeiro 163 Kt e teto de 11 mil ft. 
8500 nm via Ásia e 
África já em 1941 
Embarque em um 
Iniciando a decolagem Baby Clipper 
Refeitório de bordo
. 
A espaçosa cabine de comando Postos de pilotagem 
-O hidro cede vez ao que pousa... em terra. 
Quando a 2ª. Guerra Mundial acabou 
(1945) findou também a era dos grandes 
hidroaviões... 
-Nem a Beriev russa conseguiu 
emplacar os seus jatos anfíbios. 
-Muitos aeroportos foram construídos 
durante a guerra e os aviões c/ base em 
terra desenvolveram-se.
. 
Algumas indústrias ainda tentaram insistir na continuidade dos 
hidros e anfíbios, como a alemã Dornier, a canadense Canadair 
e a russa Beriev, porém sem obter sucesso. 
Os grandes nomes da indústria aeronáutica de então: 
Boeing... Douglas... Curtiss... Laté... Caproni... Fiat... Junkers... 
Dornier... Fokker... 
projetam e constroem aviões c/ trem de pouso terrestre , que entram 
no cotidiano de todos os países. 
Os + utilizados: 
ALEMANHA - FRANÇA – EUA 
SUAS LINHAS AÉREAS CRESCEM, ULTRAPASSAM SUAS FRONTEIRAS 
A CAMINHO DE TODOS OS CONTINENTES... AMÉRICA DO SUL.
. 
Em 1919 o consórcio alemão Condor Syndikat chega à 
Colômbia e funda a SCDATA (Avianca) e, na Bolívia, o Loyd 
Aéreo Boliviano em 1920. c/ aviões Dornier-Wal. 
1927 – o Condor Syndikat chega ao Brasil e recebe apoio do 
presidente do Rio Grande do Sul – Getúlio Vargas, 
aficcionado da aviação – p/ iniciar suas atividades, c/ o nome 
de Sindicato Condor e, posteriormente, Serviços Aéreos 
Cruzeiro do Sul – SACS. 
Na disputa pela primazia, ganhou Otto Ernest Meyer, fundando 
a Viação Aérea Rio Grandense – VARIG, no mesmo ano.
. 
Latecoére – os pioneiros da França: 1º destino internacional: 
África do Norte e, depois, o desafio de atravessar o Atlântico. 
Jean Mermoz o fez em um Laté-28 20:30 h/voo – 3100 km A 
linha francesa estendia-se até a Argentina. 
MISSÃO MILITAR FRANCESA NO BRASIL - 1919 a 1929: 
Escola de Aviação Militar – C. Afonsos 
Caudrons, Latés, Farmans são os aviões que formam os pilotos 
militares brasileiros... 
...e o Positivismo, de Auguste Comte, também. 
Germe do Movimento Tenentista e base p/ a instituição de um 
futuro Ministério do Ar. 
(A Missão Mil. Francesa apoiava a Latecoére)
. 
A HISTÓRIA DE ORTHON WILLIAN HOOVER 
-Piloto e mecânico de avião, amigo e colaborador do fabricante de 
aviões americano Gleen Curtiss 
-Vem ao Brasil em1916, trazendo 4 aviões p/ a Marinha de Guerra. 
Monta-os e ensina os marinheiros a voar... e apaixona-se pelo 
Brasil. 
-Retorna aos EUA, desliga-se da fábrica Curtiss e vem residir em S. 
Paulo, onde projeta aviões e treina pilotos. 
-Precursor do avião “Paulistinha” - projetou e 
construiu o “Ypiranga”, vendendo à Cia. de 
Aviação Paulista – CAP. 
-Precursor das escolas de aviação civis – 
montou sua escola de aviação pioneira em S. Paulo 
-Precursor dos aeroportos brasileiros - Projetou o Campo de Marte p/ ser 
a Escola de Aviação da Força Pública do Estado de S. Paulo 
-Participou da perseguição à Coluna Prestes, quando, em 1926, pousou o 
1º avião em Goiás, Hoover era o piloto. Foi pouso forçado e noturno:
.
. 
.
. 
DESENVOLVIMENTO DA AVIAÇÃO COMERCIAL 
BRASILEIRA 
NAS DÉCADAS DE 1920 A 1940 
MUITAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO FORAM 
FUNDADAS À ÉPOCA, A MAIORIA POR PILOTOS QUE 
DESEJAVAM EMPREENDER NO SETOR. 
MAS, A ‘FORMAÇÃO’ DESSES PROFISSIONAIS NÃO LHES 
DAVAM INSTRUMENTOS P/ DESENVOLVER GRANDES E 
COMPLEXAS EMPRESAS, COMO SÃO AS DA AVIAÇÃO. 
A MAIORIA DELES ACABAVA POR TER DE RECORRER AOS 
COFRES PÚBLICOS P/ MANTER SUAS EMPRESAS ATIVAS. 
NENHUMA DELAS SOBREVIVEU AO TEMPO. 
NENHUMA DAS QUE EXISTEM HOJE É DAQUELE TEMPO. 
O MERCADO INTERNACIONAL DE TRANSPORTEAÉREO É 
INSTÁVEL... MAS, O BRASILEIRO É MAIS... POR QUÊ?
. 
FUNCIONAMENTO DO MERCADO BRASILEIRO 
DESDE QUE GETÚLIO VARGAS ASSUMIU O PODER (REVOLUÇÃO 
DE 1930) HOUVE UM GRADATIVO CRESCIMENTO DO 
TAMANHO DO ESTADO. 
TORNOU-SE ONIPRESENTE EM TODAS AS ATIVIDADES 
ECONÔMICAS, PASSANDO A SER O PRINCIPAL AGENTE DA 
ECONOMIA. 
DESDE LÁ, ESTA FORMA DE GOVERNAR PASSOU A FAZER 
PARTE DA CULTURA POLÍTICA DO PAÍS, C/ RAROS 
MOMENTOS DE TENTATIVAS DE LIBERAR O MERCADO 
DESSAS AMARRAS. 
DEVIDO A ESTA CARACTERÍSTICA, A INICIATIVA PRIVADA EM 
GERAL, P/ ATUAR, FICA NA DEPENDÊNCIA DAS BENESSES 
DO PARTIDO POLÍTICO QUE ESTEJA NO PODER. 
QUANDO HÁ MUDANÇA DE LADO, OBVIAMENTE A ALA 
EMPRESARIAL QUE APOIAVA O LADO PERDEDOR CAI EM 
DESGRAÇA, E A QUE APOIA QUEM ASSUME O PODER PASSA 
A SER BENEFICIADA.
. 
O TRANSPORTE AÉREO, POR SER UM DOS SEGMENTOS 
DA ECONOMIA, SOFRE ESTAS MESMAS 
CONSEQUÊNCIAS: 
-SUAS EMPRESAS SOBEM E DESCEM AO SABOR DAS 
INCONSTANTES VARIÁVEIS POLÍTICAS, E NÃO 
SOMENTE PELAS VARIÁVEIS ECONÔMICAS. 
EXEMPLOS NOTÁVEIS DESSA INFLUÊNCIA: FALÊNCIAS DA 
PANAIR E VARIG, GRANDES EMPRESAS QUE FIZERAM 
NOME NO MEIO DO TRANSPORTE AÉREO.
. 
PRINCIPAIS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO DAQUELE 
PERÍODO 
Sindicato Condor / Cruzeiro do Sul – 1927 : 
Fundada no Rio Grande do Sul pelo grupo alemão Condor Syndikat, 
que deu origem às 2 primeiras empresas aéreas da América do Sul 
– SCADTA, na Colômbia, e Loyd Aéreo Boliviano, na Bolívia. 
Iniciou suas OOP no RS e, depois, subiu o litoral até a capital federal, 
Rio de Janeiro e, depois, até o Nordeste. 
Pela Bacia do Prata chegou ao Pantanal Matogrossense, até Cuiabá, 
em 1933. 
Vendia aviões e peças, e p/ fixar-se 
neste ramo no mercado sul americano, 
estabeleceu linha aérea da Alemanha 
à Santiago (Chile), fazendo a mala 
postal, c/ aviões diversos, e até navios 
p/ a parte oceânica do trajeto.
. 
1933 – rota até Cuiabá e depois chega ao Acre via Rondônia, c/ aviões 
com trem de pouso terrestre (e não hidroaviões). 
1935 – a sua rota litorânea chega à Fortaleza (CE). 
1937 – inicia a rota para Carolina (MA). 
1939 – substitui os hidros por Junkers Ju-52. Chega até Rio Branco AC 
1943 – C/ a 2ª Guerra Mundial, faltam peças aos aviões alemães. 
O Governo brasileiro adere aos Aliados. 
A empresa se reestrutura: troca seus aviões alemães por “gringos” 
(DC-3) e passa a ser a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – SACS 
1947 - rotas internacionais: Porto Rico, New York e Washington. 
1963 – inicia operação com jatos (Caravelle). 
1965 – Herda da ex-Panair Caravelles e Catalinas p/ as rotas da AMZ. 
1970 – a Varig dominando o mercado, acirra a disputa entre elas. C/ 
gestão incapaz de enfrentar os desafios, suas finanças caem. 
1975 – é adquirida pela Fundação Rubem Berta (Varig), que a mantém 
como subsidiária, talvez por conveniências fiscais. Mas, em 1993, é 
forçada a extinguir a marca
. 
CONDOR / CRUZEIRO DO SUL
. 
Aviões: 
5 Dornier Wall 3 Junkers G-24 
4 Ju F-13 7 Ju W-33/4 
2 Ju 46 16 Ju 52 
2 Focke Wulf 200 2 FW 58 
Pós-guerra: 
50 DC-3 5 Beech AT-11 
3 Catalinas 3 DC-4 
10 Fh C-82 19 Convair 240/340/440 
11 YS-11 (turbo) 7 Caravelle (jato) 
6 B-737 (jato) 8 B-727 (jato) 
2 A-300 (jato) TOTAL: 166
. 
VARIG – 1927: 
Fundada também no Rio Grande do Sul, pelo alemão Otto Ernest 
Meyer, um ex-funcionário das Casas Pernambucanas da família 
alemã Ludgreen. 
Iniciou suas atividades no Sul, seguindo a linha litorânea chegou ao 
Rio de Janeiro e prosseguiu rumo ao Nordeste. 
Foi a empresa aérea + duradoura do país (80 anos) e teve relevante 
participação junto ao Ministério da Aeronáutica de 1941 à 1985: 
-Adquiriu o Consórcio Real Aerovias Nacional 
-Absorveu serviços da PANAIR 
-Adquiriu os Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – SACS 
-OOP a Ponte Aérea Rio-S. Paulo 
-Prestou-se como a principal reserva da 
FAB no caso de conflito. 
Sua marca chegou a significar o país em 
muitas partes do mundo.
. 
1927 - Linha Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande c/ o hidro ‘Atlântico’. 
1941 – Otto Ernest Meyer, fundador e sempre seu presidente, p/ fazê-la 
escapar das políticas de guerra, entrega a presidência ao seu 1º 
funcionário, Ruben Berta, que a preside até morrer (1966). 
1942 – 1ª rota internacional – de Porto Alegre a Montividéu. 
1945 – instituída a Fundação dos Funcionários da Varig que, 
depois, passou a se chamar Fundação Ruben Berta (1966), 
mantenedora da Varig. 
1961 – Adquire o Consórcio Real Aerovias Nacional. 
1965 – Assume as linhas interncaionais da Panair, que tinha a maior 
malha p/ o exterior. 
1975 – Adquire os 
Serviços Aéreos cruzeiro 
do Sul – SACS.
. 
1977 – Passa a ter importante papel no mercado do transporte aéreo 
brasileiro, c/ todo apoio do MAer, via DAC. 
Principal instrumento de transporte logístico no Plano de Defesa Aérea 
Nacional, tornando-se fiel aliada do Regime Militar. 
1985 - C/ o fim do ciclo militar, permanece c/ seu status na era Sarney. 
1990 – No governo Collor inicia um processo de readequação do setor 
às novas políticas do país: é aberto o mercado da aviação nas rotas 
internacionais. Concorrem: Vasp, Transbrasil e Cias. estrangeiras. 
Diante disto começam os prejuízos da Varig. Fim do ciclo de benesses 
1993 – Com a reestruturação p/ fazer frente às dificuldades implanta a 
Divisão CARGO VARIG. 
1994 – A reestruturação da empresa 
dispensa + de 3.000 funcionários fecha 
30 escritórios no exterior, suspende 
pagamentos a credores por 60 dias e 
renegocia contratos de leasing de ACFT. 
1997 – Entra para a Star Aliance.
. 
1999 - A TAM passa a principal concorrente no mercado interno e inicia 
voos p/ o exterior. 
2000 – Surge a Varig Log, como a 3ª maior empresa do grupo. 
2001 – Gol no mercado doméstico, a Varig perde + espaço e suas dívidas 
aumentam. 
2002 – A Fundação Ruben Berta rejeita acordo c/ credores e o BNDES 
deixa de procurar saída à crise da empresa. 
2003 - Assina c/ a TAM proposta p/ se fundirem e compartilham vôos. 
Isto não acontece e ela perde a liderança do mercado interno p/ TAM. 
2005 – C/ o fim do compartilhamento de vôos c/ a TAM, ela cancela rotas 
e a Gol a ultrapassa no mercado doméstico. 
Fundação Ruben Berta formaliza c/ a TAP a venda da Varig Log e da VEM 
(MNT) e entra c/ pedido de recuperação judicial (concordata) 
Em N. York livra-se de ter tomados aviões por Cias. de leasing dos EUA. 
O Judiciário tira a Fundação Ruben Berta da gestão da Varig. 
2006 - A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) liquida o Aerus, 
fundo de previdência dos funcionários da Varig. S/ condições de 
honrar seus compromissos financeiros, entra em falência. 
2007 – A Gol compra o que restou da Varig.
. 
Aviões: 
2 Dornier 2 Klemm 3 Ju 50 
2 Ju F-13 2 Messerschmitt + 8 outros 
Pós-guerra: 
47 DC-3, 8 Lockeed 10A 26 Curtiss Commando 
13 Convair 240 10 Super-Constellation 5 DC-6 
15 Electra (turbo) 11 Avro (turbo) 21 B-707 (Jet) 
3 Caravelle (jet) 3 Convair 990 (jet) 25 B-727 (jet) 
45 B-737 (jet) 11 B-747 (jet) 2 A-300 (jet) 
15 B-767 (jet) 8 B-777 (jet) 4 B-757 (jet) 
18 DC-10 (jet) 18 MD-11 (jet) TOTAL: 327
. 
VARIG
. 
VASP – 1934: 1ª empresa aérea genuinamente brasileira 
-Fundada por um grupo de empresários paulistas p/ em, 1º 
lugar, apoiar os negócios no interior de SP e no Triângulo 
Mineiro, logo após a Revolução Constitucionalista de 1932. 
-C/ sua base no Campo de Marte, iniciou suas linhas p/ o 
interior até Uberaba, então, um centro de pecuária. 
-Foi a 1ª empresa aérea a operar em Goiás, logo no início 
da nova capital – Goiânia. 
-O governo de S. Paulo assume o controle acionário -1935. 
-Estende suas linhas pelo país, chegando a fazer linhas 
internacionais. 
-Reprivatizada (1990) inicia longo processo de 
degeneração até a falência. 
-Decretada intervenção em 2005.
. 
1933 – Implanta as rotas p/ São José do Rio Preto -SP via 
São Carlos -SP e p/ Uberaba -MG via Ribeirão Preto -SP. 
1934 – As deficientes condições do Campo de Marte, 
sujeito a alagações, definiram a construção de um novo 
aeroporto p/ S. Paulo, Congonhas. 
P/ lá a Vasp transferiu toda sua infra-estrutura e, por isto, 
ficou conhecido como o “Campo da Vasp”. 
1935 – O crescimento da empresa exigiu + investimentos, 
e seus fundadores recorreram ao governo de S. Paulo, 
que assumiu o controle da empresa. 
1ºs aviões da VASP 
Monospar 
e 
Dragon
. 
1936 – Começa a voar p/ a capital da república – RJ. 
1939 – adquire a empresa Aerolloyd Iguassu, da 
Companhia Chá Mate Leão. 
1945 – A empresa amplia suas rotas aéreas p/ o interior, 
até o Norte do país, cobrindo todo o território nacional. 
1947 – Adquire da Scandinavian Airlines e da 
Aerotransport todos os 17 aviões do modelo Saab 90 
Scandia, tornando-se a sua única operadora no mundo.
. 
1955 – Inicia OOP c/ aviões turbo-hélices no Brasil: 
quadrimotor inglês Viscount 800, também adquiridos 
pela FAB para atender a presidência da república. 
1962 – Adquiriu a empresa Lloyd Aéreo Nacional, então de 
propriedade do Cel. Gibson (futuro dono da TABA – 
Transportes Aéreos da Bacia Amazônica). 
1968 – Entra na era do jato, c/ aviões ingleses BAC One 
Eleven 400.
. 
1972 – Lança no controlado mercado aéreo brasileiro o Plano SEM 
(venda de passagens Sem avalista, Sem entrada e Sem juros), 
pioneiro no parcelamento de longo prazo de bilhetes. 
1982 – Adquire aviões da AIRBUS: A-300. O consórcio europeu 
iniciava sua disputa c/ a onipresente Boeing (USA). 
1991 – Devido aos efeitos da hiper-inflação no governo paulista, a 
Vasp é reprivatizada e assume seu controle acionário o dono 
da principal companhia de ônibus coletivos de Brasília e dono 
de uma empresa de táxi aéreo, Wagner Canhedo. 
1992 – C/ a abertura do mercado inicia 
seus voos internacionais c/ aviões A-300 e 
B-727-200. 
1994 – Assume o controle acionário do 
Lloyd Aéreo Boliviano, da Ecquatoriana de 
Aviación e da Transportes Aereos Neuquén 
(da Argentina), formando o grupo VASP Air 
System.
. 
1997 – Inicia um longo processo de desajustes financeiros, 
aumentados c/ a liberação do mercado ainda durante o 
governo Collor, que intensificou a concorrência. 
1998 – O VASP Air System, s/ condições financeiras, é desfeito. 
2004 – O DAC suspende 8 de seus aviões (falta de segurança) 
que, s/ condições de se realizar a manutenção prevista, 
tornam-se fonte de suprimento aos outros (canibalização). 
Sofrendo pesada concorrência de empresas que adotaram a 
administração low cost low fare, a Vasp perdeu rapidamente 
espaço no mercado e sua situação financeira piorou. 
2005 – O DAC cassa a autorização de funcionamento da Vasp, 
encerrando suas 
atividades. 
Assim, acaba a 1ª 
Cia. Aérea bem 
brasileira.
. 
Aviões: 
2 Monospar, 1 Dragon, 
7 Ju 52 
Pós-guerra: 
28 DC-3, 17 Scandia 
14 Curtiss Commando, 12 DC-4 
16 Viscount (turbo), 8 YS-11 (turbo) 
10 E-110 (turbo), 2 BAC One Eleven (jet), 
31 B-737 (jet), 10 B-727 (jet), 4 A-300 (jet). 
TOTAL: 163.
. 
PANAIR – 1929 : 
A norte-americana NYRBA - New York / Rio / Buenos Aires, 
comprada pela Pan Am logo no 
seu início, teve seu nome 
modificado para Panair. 
Funcionou como o braço latino americano da Pan Am até a 
aquisição da maioria das ações pelos grupos brasileiros 
Simonsen & Miranda da Rocha, já na década de 1950. 
Enquanto subsidiária da Pan Am, foi responsável por prover as 
instalações de bases militares norte-americanas no norte e 
nordeste brasileiros, de instalar estações rádio de apoio à 
navegação e de coletar a borracha produzida na Amazônia para 
o esforço de guerra, na 2ª G.M. 
Instalou uma oficina de grupos 
moto-propulsores em Petrópolis 
e operou várias linhas 
internacionais e na Amazônia.
. 
1929 – Inicia suas OOP aqui como NYRBA do Brasil S.A., 
subsidiária da NYRBA Inc. (New York / Rio / Buenos 
Aires) do Cel. Ralph Ambrose O’Neill. 
-Tentara comprar a ETA – Empresa de Transporte Aéreo 
(de Anápolis - GO) s/ sucesso. 
-Montou sua sede no aeroporto do Calabouço (em 1936 
inaugurado como Aeroporto Santos-Dumont) - RJ. 
-Foi a 1ª empresa a ter sua sede na capital federal. 
-Fazia o transporte de malas postais. 
1930 – Pan Am compra a Nyrba e nasce a Panair do Brasil
. 
1931 – Estabelece vôo de passageiros entre Belém e Rio... 5 dias. 
1933 – Inicia suas OOP na Região Amazônica c/ hidroaviões e 
aviões anfíbios chegando a Manaus 
Panair: Belém / Manaus 
1937 – Inaugura nova 
sede no Aeroporto Santos-Dumont, inspirada em sua base 
de hidroaviões Pan-Americana & Terminal Bulding (Miami - USA).
. 
1941 – Durante a 2ª Guerra Mundial, pelo Decreto-Lei 3.462, de 
25/06/1941, ficou encarregada de construir, melhorar e manter 
os aeroportos de Macapá, Belém, S. Luis, Fortaleza, Natal, 
Recife, Maceió e Salvador, p/ servirem de bases operacionais 
às Forças Armadas norte-americanas, em suas ações anti-submarinas 
e de apoio ao desembarque na África do Norte. 
Também ficou encarregada de transportar a borracha produzida 
na região p/ Belém, onde era embarcada em aviões americanos 
p/ os EUA, como matéria prima à sua indústria de guerra.
. 
1946 – Grupos empresariais brasileiros adquirem o controle 
acionário da empresa (52%), iniciando sua nacionalização. 
Compram o Lockheed Constellation 049 (1ª Cia aérea fora dos 
EUA a operar este modelo). 
1947 – inicia a expansão de suas linhas pela Europa, até 1954, 
chegando a Roma, Paris, Londres, Madrid, Lisboa, Istambul, 
Zurique, Hamburgo, Düsseldorf e Frankfurt. 
Chegou ao Cairo e a Beirute. 
1953 – Faz promessa de compra dos novos jatos De Havilland 
Comet. Mas, diante dos acidentes c/ o modelo, desiste da 
aquisição no ano seguinte. 
1961 – Ingressa na era do jato com os birreatores franceses 
Sud Aviation Caravelle. 
No mesmo ano os grupos empresariais de Celso da Rocha 
Miranda e de Mário Wallace Simonsen adquirem o 
controle acionário da empresa, com 64% de suas ações.
. 
GRUPO SIMONSEN: + DE 30 EMPRESAS, EXPORTAÇÃO DE 
CAFÉ E TV EXCELSIOR. 
CRUPO ROCHA MIRANDA: COMPANHIA DE SEGUROS, 
REPRESENTAÇÕES (inclusive de aviões europeus). 
APOIADORES DOS GOVERNOS VARGAS E JK (PSD & PTB) 
1964 – MUDA O GOVERNO: 
EDUARDO GOMES 
CANDIDATO DA UDN À PRESIDÊNCIA DA 
REPÚBLICA POR 2 X 
AGORA É O MINISTRO DA AERONÁUTICA
. 
1965 – Alegando situação financeira crítica da empresa o Ministro 
da Aeronáutica, Brig. Eduardo Gomes, suspende o certificado 
de OOP da Panair, determinando sua falência e distribuindo 
suas linhas entre a Varig e a Cruzeiro do Sul. 
Encampa a sua subsidiária CELMA – o único centro de 
manutenção de jatos da América do Sul, e transforma o acervo 
de seu departamento de navegação aérea em uma empresa 
estatal, a TASA – Telecomunicações Aeronáuticas S.A. 
AVIÕES: 105 
7 Commodore, 6 Sikorsky S-38, 3 Fh 942, 7 Baby-Clipper 
20 Lockheed Lodestar, 22 DC-3, 4 DC-6, 8 Catalinas, 4 DC-6 
14 Super-Constellation, 6 DC-7, 4 DC-8 jet, 4 Caravelle jet
.
. 
OUTRAS EMPRESAS AÉREAS FUNDADAS NAQUELA ÉPOCA: 
ETA (Anápolis) – 1928 = 2 Aerolloyd Iguassu – 1933 = 5 
NAB – Nav. Aérea Brasileira – 1938 = 32 Aero Geral – 1941 = 8 
Aerovias Brasil – 1942 = 46 LAB – Linhas Aéreas Brasileiras – 1943 = 5 
LAP – Linhas Aéreas Paulistas – 1943 = 7 
Real – 1943 (Consórcio Real Aerovias Nacional-1954) = 68 
VASD – Viação Aérea S. Dumont -1944 = 5 Transcontinental - 1944 = 11 
Meridional – 1944 = 3 Aerovias Minas Gerais – 1944 = 8 
Viação Aérea Arco íris – 1945 = 7 Viação Aérea Bahiana – 1945 = 6 
OMTA – Org. Mineira de Transp. Aéreo – 1946 = 24 
VIABRAS – 1946 = 4 Linhas Aéreas Natal – 1946 = 4 SAVAG – 1946 = 4 
Nacional – 1946 = 46 VITA – 1946 = 0 Linhas Aéreas Wright – 1947 = 2 
Bandeirantes – 1947 = 7 ITAÚ – 1947 = 13 Universal – 1947 = 3 
TAC – Transportes Aéreos Catarinenses – 1947 = 5 
TASA - Transporte Aéreo Sul-Americanos – 1947 = 3 Central - 1947 = 3 
Lóide Aéreo Nacional – 1947 = 50 Aeronorte – 1948 = 17 
TAS – Transporte Aéreo Salvador – 1949 = 17 TOTAL: 33 em 22 anos!!!
. 
TRANSBRASIL – 1956 
Empresa aérea que, embora sua origem é após o entre-guerras, competiu 
no mercado brasileiro por 4 décadas e c/ bom nº de aviões e rotas, 
inclusive, internacionais. 
-Fundada pelo Cmte. Omar Fontana, filho do dono da indústria Sadia, que 
iniciou a OOP c/ 1 DC-3, voando de Florianópolis à São Paulo, via 
Videira e Joaçaba. 
Consta que a origem foi o transporte de carga e funcionários da Sadia 
entre seus pólos produtores, evoluindo depois p/ empresa aérea. 
1961 – Adquire a Cia. Transportes Aer. Salvador passando a voar p/ NE. 
1963 – Compra aviões turbo-hélices ingleses Dart Herald e completa sua 
malha nacional. 
1970 – Adquire jatos Bac One Eleven, aumentando e melhorando suas 
linhas para as capitais e principais cidades do país. 
1973 – Abre capital aos seus funcionários e muda a razão social p/ 
Transbrasil S.A. Linhas Aéreas. 
1977 – O DAC autoriza a operar “vôos noturnos” c/ 30% de desconto, 
fugindo da tabela padronizada a todas as empresas aéreas.
. 
1983 – Como o DAC reservava as linhas regulares internacionais à Varig, 
a Transbrasil Inicia seus voos internacionais como “charter” 
(fretamento não regular) p/ Orlando (Flórida – USA), c/ aviões B - 767. 
1988 – A saúde financeira da empresa fica crítica. O DAC intervém e 
afasta da presidência o fundador Omar Fontana. Só a restitui após um 
ano, ajustada às suas possibilidades de sobrevivência no mercado. 
1991 – C/ a liberação do mercado no governo Collor, obtém autorização 
para fazer linhas p/ Miami, New York, Washington, Viena, Buenos 
Aires, Amsterdam e Londres. 
1995 – Institui o InterBrasil Star - segmento regional, c/ E-120. 
Inicia voos p/ China, porém suspensos logo a seguir, pois essas linhas 
consideradas como forma de recuperar a empresa, exigem aportes 
que ela não consegue sustentar. 
Mesmo ganhando ação de indenização contra o governo, os recursos 
obtidos não foram suficientes para salvar a empresa. 
2000 – Morre o fundador Omar Fontana e ela entra em rápido declínio. 
2001 – S/ crédito p/ comprar até combustível a seus aviões restantes, c/ 
todos os voos cancelados, consequentemente, faliu. 
AVIÕES USADOS: DC-3, Dart Herald, Bac-111, B-727, B-707 cargo, B-737, 
B-767, e E-120 / E-110 na “regional”.
. 
• .
. 
FUNDAÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA 
. Sen. Salgado Filho 
1º Ministro da Aeronáutica 
Gládio Alado 
Movimento Tenentista exerceu grande influência na aviação brasileira. 
Inicia c/ atuação da Missão Militar Francesa, contratada em 1920 pelo 
Brasil, p/ modernizar o Exército e implantar nas escolas militares o 
sistema de formação do combatente europeu. 
Reforçou nessa formação os valores do Positivismo, do filósofo francês 
Auguste Comte: ‘ações humanas positivas, o que é abstrato (emoções 
e a afetividade) não fazem parte do mundo concreto, que só acontece 
pela ação humana’. 
Conceito já conhecido no meio brasileiro: proclamação da República - 
lema da bandeira expressava a idéia positivista: Ordem e Progresso 
(s/ ordem não há como uma nação progredir). Os jovens militares 
entenderam que tinham de participar da construção do país. Assim, 
surgiu o “Movimento Tenentista”.
. 
AÇÕES TENENTSTAS: 
1922 - Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, p/ forçar reformas 
moralizadoras no Estado Brasileiro. Especial participação de Eduardo 
Gomes, então, oficial navegador da Escola de Aviação Militar (SBAF). 
1924 - Revolução de 1924, c/ o mesmo objetivo e c/ a tomada da capital 
paulista, recebendo adesão dos gaúchos. Não obtiveram êxito, mas 
incentivaram o espírito de revolta contra a política “Café-com-leite” dos 
fazendeiros paulistas e mineiros. (o movimento se divide; os tradicionais, c/ 
E. Gomes, e os comunistas c/ Miguel Costa e Carlos Prestes). 
1929 – Ala Tradicional ,junto à Aliança Liberal, prega a justiça trabalhista, voto 
secreto e voto feminino, e medidas moralizantes da política. 
1930 – Aliam-se à Vargas na revolução que o colocou no governo e alterou de 
vez a estrutura de poder no país. São nomeados interventores de alguns 
estados. 
1932 - A gestão tenentista em SP gera insatisfação popular, por falta de tato 
político. Somando-se à insatisfação pela anterior deposição do presidente 
da república paulista, explode a Revolução Constitucionalista. 
1934 - Vargas afasta-os do poder e eles passam à oposição.
. 
C/ a quebra da bolsa de Nova Iorque, teve fim a exportação de café. 
Urge desenvolver um parque industrial + um mercado consumidor 
interno, p/ redirecionar a economia, e não mais depender do 
mercado externo. 
Buscando concentrar poder p/ conseguir assim estruturar o país, 
Vargas implanta a ditadura conhecida por ‘Estado Novo’ e inicia os 
projetos de INTEGRAÇÃO NACIONAL. 
A aviação teve participação decisiva nesses projetos de interiorização: 
-Levar a autoridade do governo central aos domínios 
das oligarquias (os pilotos eram oficiais do Exército); 
-Abrir rotas aéreas p/ interiorização das ‘comerciais’;
. 
Uma das idéias sugeridas pelos franceses e adotada pelos 
tenentistas, era a da instituição de um Ministério do Ar, sob o 
conceito de Poder Aéreo. 
Começam uma campanha c/: 
-artigos na imprensa, 
-palestras, 
-reuniões c/ participação de políticos, 
-junto ao Congresso Nacional. 
Apesar da natural resistência do comando (viam na proposta 
uma possibilidade de diminuição de seu poder) ganhava 
adeptos da maioria porque se percebia ser melhor ter 3 do 
que somente 2 ministros militares no poder. 
Os mais ativos: Eduardo Gomes, Deoclécio Lima de Siqueira, 
Joelmir Campos de Araripe Macedo, Casimiro Montenegro 
Filho, Nelson Freire Lavenére-Wanderley, Márcio de Souza e 
Mello, Clóvis Travassos, Délio Jardim de Mattos, entre outros.
. 
C/ a II Guerra Mundial os norte-americanos pressionam a 
Argentina e o Brasil p/ definirem de que lado estavam 
(políticos desses países simpatizavam-se ao nazi-facismo). 
Os EUA precisavam estabelecer bases militares no litoral 
norte-nordeste brasileiro, p/ vigiar o Atlântico Sul contra 
os ataques dos submarinos alemães aos comboios 
marítimos c/ material para sua indústria de guerra, e p/ 
utilizá-las como trampolim das tropas ao norte da África, 
onde se definia o domínio sobre a Líbia, a Argélia, a 
Tunísia e o Egito. 
Vargas optou por negociar a adesão do Brasil aos Aliados, 
recebendo em troca a implantação da indústria 
siderúrgica no país, base à produção da indústria 
nacional, cedendo à construção de bases em Macapá, 
Belém, Fortaleza, Natal e Recife, que até hoje servem aos 
aeroportos daquelas cidades.
. 
Cedeu também às pressões internas p/ a instituição de um 
ministério do ar e, assim, em janeiro de 1941, nasce o 
Ministério da Aeronáutica, sob o conceito de Poder Aéreo, 
transferindo-lhe as aviações do Exército e da Marinha e 
subordinando-lhe o Departamento de Aviação Civil – em que 
estavam agregados todos os meios aéreos civis – do, então, 
Ministério da Viação e Obras Públicas (hoje, Ministério dos 
Transportes). 
Estrutura do novo Ministério da Aeronáutica: 
Comando Geral do Ar, responsável pela operacionalização da 
Força Aérea Brasileira (FAB) 
Comando Geral do Pessoal 
Comando de Apoio Militar 
Dptº de Pesquisa e Desenvolvimento 
Dptº de Ensino 
Dptº de Aviação Civil, sob o qual ficou subordinada toda a 
Aviação Civil Brasileira até 2006 (65 anos depois) 
quando foi instituída a ANAC.
. 
Dentro do Comando Militar de Apoio ficou a 
DIRETORIA DE ROTAS AÉREAS 
responsável pelo 
-CAN – Correio Aéreo Nacional (implantar rotas aéreas) 
-SPV – Serviço de Proteção ao Vôo (navegação aérea) 
ambos instrumentos dos 
PROJETOS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL de G. Vargas 
C C-47 do CAN e 
Estação-rádio da DRA
. 
AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA II GUERRA MUNDIAL ÚTEIS 
À AVIAÇÃO COMERCIAL: 
Derrotada na 1ª Guerra, a Alemanha tenta de novo, pelas armas, 
a soberania sobre a Europa (1939 a 1945). 
A novidade era a blitzkrieg (guerra relâmpago): 
-Avanço rápido constante, s/ dar chance do inimigo se 
reagrupar p/contra-atacar. 
Principais armas: Tanques velozes, leves, c/ torres giratórias 
e canhão de recuo; Infantaria motorizada; 
Bombardeiros de mergulho (Stuka). 
(Stuka em voo picado e c/ 
canhões anti-tanques)
. 
MELHORES CAÇAS (ALEMANHA, INGLATERRA, EUA): 
- ME-109 3.1 t, 1.450 hp, 620 km/h, 11.700 m/teto 
720 km/alcance 
- Spitifire (2.8 t, 1.030 hp, 580 km/h, 9.700 m/teto, 
630 km/alcance) 
- P-51 Mustang (5.5 t, 1.650 hp, 700 km/h, 12.700 m/teto, 
1.600 km/alcance) 
Ases da Aviação de Caça: pilotos combatentes que conseguiam 
um grande nº de vitórias. Alguns dizem que o termo “ÁS” 
surgiu do jogo de cartas com que os pilotos em alerta se 
distraíam enquanto aguardavam nova ordem de missão.
.. 
Um exemplo excepcional: 
O jovem Erich Hartmann , piloto de Messerschmitt ME Bf 109 G 
abateu 352 (260 eram caças) aviões inimigos, em 1.425 missões 
de combate, em 2,5 anos. Em 24/08/1944 abateu 11 caças 
russos em 12 minutos e o ditador Stalin ofereceu recompensa 
de US$50.000 a quem o abatesse. Aposentou-se em 1970 
como coronel da Luftwaffe e faleceu em 1993 com 71 anos.
. 
AVIAÇÃO NO FINAL DA 2ª GUERRA MUNDIAL - OS 
GRANDES BOMBARDEIROS E OS PRIMEIROS JATOS - 
aviões que, no pós-guerra, mudaram o transporte aéreo de 
longo curso: 
B-24 Liberator (US) 1941 
Comprimento 20,6 m Envergadura 33,5 m Altura 5,5 m Peso 
máximo 29.500 kg Motores 4xPratt & Whitney 1800 hp 
Velocidade máx. 470 kmh Alcance 3.400 km Teto 8.500 
m Armamento: Metralhadoras 10 x 12 mm Bombas 5,800 
kg de bombas Tripulação 10
. 
Boeing B-17 “Fortaleza Voadora” 1943 
Comp. 22,66 m Largura 31,62 m Altura 5,82 m 
Peso máximo 24.495 kg Velocidade máxima 462 km/h 
Alcance - 3.219 km Teto - 10.850 m 
Armamento: 13 metralhadoras .50 e 2000kg Bombas Tripulação 
10 4 motores Wright/Cyclone 1200hp 
Boeing B-29 Superfortress 1945 Comprimento 30,18 m 
Envergadura 43,05 m Altura 9,02 m 
Velocidade máxima 574 kmh Teto 10.250 m Peso máximo 
60.560 kg Bombas 9.000 kg 
Motores 4 Wright 2200 hp Vel. Máx. 550 kmh Alcance 2.000 km 
Tripulação 11
. 
FOCKE WULF FW 200 1938 Motores 4 BMW 1.200 hp 
Envergadura 32.8 m Comp. 23.5 m Alt 6.3 m Peso Max. 
22.700 kg Vel. Max. 360 kmh Teto 5.800 m Bombas 
2.100 kg Mísseis 2 Hs293 Tripulação 7 
e o 
Douglas DC-4 1941 Comprimento 28,60 m Envergadura 
35,81 m Altura 8,83 m Velocidade máxima 451 kmh 
Peso máx. 33.100 kg Alcance 2.000 km POB 44 + 6 
Motores 4 Wright 1450 hp Teto 6.800 m
. 
DESENVOLVIMENTO DOS MOTORES A JATO: 
ME-163 KOMET 1944 Tripulação 1 Motor-foguete 
potência equivalente a 2000 hp 
Dimensões Env. 9,3 m Comp. 5.7 m Alt. 2.7 m Peso 
máx. 4.100 kg Vel. Máx. 960 kmh - Asc. 5000m/m Teto 
16.500 m Armamento 2 canhões 30 mm. 
HEINKEL He – 162 1945 Motor BMW jato pot. Equivalente a 
1400 hp Dimensões Env. 7.2 m Comp. 9,0 m Alt. 2.6 m 
Peso Máx. 2.700 kg Vel. Máx. 840 kmh Autonomia 700 km 
Teto 12.000 m - Armamento 2 canhões de 30 mm e 2 de 20 mm.
. 
HEINKEL 178 1939 - 1 trip. 
Comprimento 7,48 m Envergadura 7,20 m Altura 2,10 m 
Peso máximo 1 998 kg 
Motores 2 HeS 3 pot. equiv. a 2.500 hp Velocidade máx. 700 
kmh Alcance 200 km Teto não verificado 
MESSERSCHNITT ME 262 345 unid. 1944 
Tripulação 1 Motores 2 Jumo 004B pot. equiv. 2.500 hp 
Dimensões env. 12.5 m comp. 11.8 m alt. 3.8 m 
Vel Máx. 870 kmh vel. ascensão 1.200 m/min Teto 
11.500 m Alcance 1.050 km 
Armamento 4 canhões de 20 mm
. 
ARADO Ar 234 1944 BOMBARDEIRO Tripulação1 Comp. 
12.63m Env. 14.10m Alt. 4.30m Peso máx. 9.850 kg 
Motores 2 jt Jumo 109/4 pot. equiv. 1.800 hp Vel. Máx. 742 
kmh Alcance 1.100 km Teto 10.000m Armamento 2 canhões 
de 20 mm e 1.500 kg bombas 
============================ 
C/ o fim da guerra os vencedores, 
EUA, Inglaterra e URSS se 
apoderaram do acervo tecnológico 
germânico, estudando-o e, dele, desen-volveram 
projetos bem sucedidos: 
-1º caça jato totalmente OOP produzido em larga escala, 
-1º avião comercial a jato c/ grande capacidade de carga.
. 
GLOSTER METEOR 1944 Tripulação 1 Dimensões Comp. 
13.6m Env. 11.3m Alt. 3.9m 
Peso 7120 kg Vel. Máx. 965 kmh Teto13.100 m Motores 
Rolls Royce D8 3.500 lb cada 
Armamento 4 canhões de 20 mm Alcance 600 km 
................................................................................................................... 
COMET DE HAVILLAND 1949 121 unid. 
Dimensões Comp.35,97m Env.35,00m Alt. 8,69m Motores 4 jatos 
Rolls Royce Avon 525B 4.763 lb 
Peso 73.500Kg Primeiro voo 27 julho 1949 Vel. cruzeiro 
809km/h Vel. máxima 880 Km/h 
Autonomia p/ voar até 4.300Km 
Tripulação Técnica 3 
Passageiros 72
. 
DESENVOLVIMENTO DO RADAR 
Radar foi projetado por Christian Hülsmeyer 
na Alemanha (1904) s/ utilidade prática (baixa precisão 
construção difícil e detecção ineficiente). 
Pierre David (1934) encontrou o estudo realizado pelo alemão e iniciou 
experiências para a localização de alvos. 
Em 1935, foi instalado o primeiro sistema de radiotelemetria no navio 
Normandie (GB)p/ prevenir a aproximação de obstáculos. 
No início da II GM (1939), Watson Watt melhorou e desenvolveu o 
sistema de telemetria fixa e rotatória. 
Os radares ingleses foram importantes na previsão de ataques , pois 
detectava distância, velocidade e direção. 
A Alemanha também 
estava desenvolvendo 
sistema similar, mas p/ 
uso diferente: aumentar 
a precisão de tiro.
. 
Inovações tecnológicas da 2ª G.M. na Europa 
aproveitadas pela aviação comercial 
-Desenvolvimento de motores mais potentes e duráveis 
-Aperfeiçoamento do radar e da radiocomunicação 
-Aumento da capacidade de carga – autonomia de voo 
-Desenvolvimento do motor a jato 
-Invenção de sistemas de navegação (NDB, VOR, ILS, 
INS...) 
-Melhoria e padronização das cartas aeronáuticas 
-Procedimentos de voo IFR – diurno e noturno 
-Estruturação da logística de apoio à aviação 
.--------------------------------------------------------------------- 
Efeitos: Formação mais técnica dos profissionais do setor 
e uma convenção internacional p/ estabelecer padrões.
. 
CONTRIBUIÇÃO DA GUERRA NO PACÍFICO À AVIAÇÃO 
COMERCIAL: 
Guerra do Pacífico: Japão X EUA, GB, China e aliados c/ 
ocupação nipônica de parte da China (1937). Mudou p/ 
guerra total em 07/12/1941, c/ ataque aéreo japonês à Pearl 
Harbor (Havaí). 
2 etapas: 1937/1942 Japão na ofensiva, ocupou: parte da 
China, Hong Kong, Singapura, Tailândia, Birmânia, Malásia, 
Filipinas, Nova Guiné, Índias Orientais Holandesas, Ilhas 
Salomão e atacou Pearl Harbor. 
==============================
. 
ATAQUE A TOKIO – o revanche 
Um esquadrão de B-25 - bombardeiros médios – após muito 
treino, decolam de um porta-aviões e bombardeiam a capital 
japonesa, s/ autonomia p/ o retorno. Os sobreviventes 
deveriam procurar socorro junto aos chineses.
. 
O início do fim: 
A partir da Batalha de Midway, c/ vitória americana impedindo 
o desembarque japonês e destruindo os seus porta-aviões, 
os EUA passam à ofensiva e foi reconquistando os territórios 
invadidos, c/ as batalhas de Guadalcanal, Tarawa, Golf de 
Leyte, Filipinas, Saipan, Iwo Jima e Okinawa, encerrando a 
guerra c/os ataques atômicos 
em Hiroshima e Nagasaki e c/ 
a rendição em 02/09/1945, 4 
meses após a Alemanha. 
Uma guerra em terrenos 
inóspitos: 
ilhas montanhosas cobertas 
por florestas e pântanos.
. 
Tenente Hiroo Onoda ex-oficial do Exército 
Imperial Japonês da 2ª Guerra Mundial 
(Tóquio -91 anos). 
Em 26/12/1944 na ilha Lubang nas Filipinas, 
recebeu ordens a fazer tudo p/ resistir à invasão da ilha e que não se 
rendesse. - Fim da guerra, mas Onoda e outros esconderam-se 
na selva. Ele foi o único que sobreviveu. 
Encontrado anos depois por um estudante japonês que tentou lhe 
atualizar sobre o fim da guerra e o novo contexto mundial, se 
recusou a acreditar e afirmou que só se renderia caso recebesse 
ordens diretamente de seu oficial superior. Em 1974, seu antigo 
comandante foi em seu esconderijo e deu-lhe ordem p/ entregar 
suas armas. 
Aposentado, mudou-se 
p/ o Brasil, tornando-se 
Fazendeiro no 
Pantanal (MS).
. AVIÕES LEVES PARA AUMENTAR A AUTONOMIA: “ZERO” - Mitsubishi 
A6M5-52; Motor Nakajima radial de 1.130 hp; Peso máx DEP: 2,7 
ton; 560 kmh/vel; 11.750 m/teto; 1.900 km/alcance; 
Armamento: no nariz - 2 metralhadoras de 13.2 mm e 1 de 7 mm; nas 
asas - canhão 20 mm e 4 metralhadoras de 13,2 mm 
(não tinha blindagem). 11.000 unidades fabricadas 
No início não haviam grandes bombardeiros que cruzassem oceanos e a 
construção de porta-aviões (Japão e EUA) possibilitou o uso de aviões 
menores. 
Kamikazes – pilotos suicidas 
Nakajimas: torpedeiro e bombardeiro leve 
S/ grandes aviões os porta-aviões possibilitou o uso de aviões 
menores.
. 
A GUERRA NO PACÍFICO CONTRIBUIU PARA: 
- Infraestrutura aeroportuária simples e eficiente* 
- Sistema de apoio logístico fácil de montar* 
- Unidades aéreas capazes de se auto-sustentarem* 
- Formação de técnicos no local* 
- Fabricação e adaptação de peças no local 
- Sistemas de comunicações e navegação c/ poucos recursos, mas em 
condições de operar 
- Cadeia de comando (gerenciamento) tático rápido* 
- Porta-aviões como navio comando de esquadra, em substituição aos 
Couraçados. 
Alguns destes itens foram aproveitados principalmente pela aviação 
comercial de pequeno porte (regionais). 
============================================================================= 
RESULTADOS DA 2ª GUERRA MUNDIAL: 
-por volta de 60 milhões de mortos, -mais de 100 milhões de feridos, 
-milhares que ficaram aleijados, -milhares de famílias desfeitas, 
-dezenas de cidades destruídas, -economia de muitos países falida. 
...em apenas 6 anos de guerra.
. 
Redesenho da economia no mundo: 
Estados Unidos se consolida como maior potência, exercendo influência 
na Europa, Japão e adjacências. Na área militar forma-se a OTAN. 
URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, comandada pela 
Rússia, contrapõem-se ao Ocidente . Na área militar forma-se o Pacto 
de Varsóvia. 
Inicia-se a Guerra Fria, que será a tônica por mais de 40 anos. 
............................................................................................................................. 
A função da aviação no pós-guerra: 
C/ o aproveitamento da tecnologia dos grandes bombardeiros e dos 
sistemas logísticos desenvolvidos no decorrer da guerra, a aviação 
torna-se o principal meio de transporte p/ manter a integração dos 
blocos dos países alinhados c/ os EUA e c/ a URSS (bipolaridade). 
Assim, as linhas internacionais multiplicam-se. As antigas empresas 
aéreas crescem e novas empresas surgem, intensificando o tráfego 
aéreo. 
Os EUA convocam os países p/ Convenção de Aviação de Chicago, em 
1944, p/ estabelecerem padrões de funcionamento à Aviação Civil 
Internacional.
. 
constante Guerra de Espionagem (1945 / 1990) 
Muro de Berlim 65 km (1961 / 1989) 
Guerra da Coréia (1950 / 1953) 
Crise dos Mísseis de Cuba (1962) 
Guerra do Vietnã (1965 / 1973) 
Guerra do Afeganistão (1979 / 1989)
. 
CONVEÇÃO DE CHICAGO DE 1944 E OACI 1946 
52 países reunidos 
NORMAS E RECOMENDAÇÕES P/ AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL 
MANTIDO O PRINCÍPIO DA SOBERANIA AÉREA DOS PAÍSES 
ESTABELECIDA UMA ORGANIZAÇÃO P/ CUIDAR PERMANENTEMENTE 
DA AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL – A OACI 
UMA AGÊNCIA DA ONU ESPECIALIZADA EM TRANSPORTE AÉREO 
(1946) C/ SEDE EM MONTREAL (CANADÁ). 
-INCENTIVAR O DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES AÉREOS P/ 
FINS PACÍFICOS. 
-INCENTIVAR O DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA 
AEROPORTUÁRIA. 
-ASSEGURAR O TRANSPORTE AÉREO A TODAS AS NAÇÕES DE 
FORMA SEGURA, REGULAR, EFICIENTE E ECONÔMICA. 
-CONTRIBUIR P/ SEGURANÇA DE VOO E DA NAVEGAÇÃO AÉREA 
INTERNACIONAL.
. 
ESTRUTURA DA OACI: 
-ASSEMBLÉIA: TODOS OS PAÍSES INTEGRANTES DA ORGANIZAÇÃO, 
QUE SE REÚNE A CADA 3 ANOS OU POR CONVOCAÇÃO 
EXTRAORDINÁRIA DE PELO MENOS 10 PAÍSES. 
-CONSELHO: 33 PAÍSES ELEITOS PELA ASSEMBLÉIA. ELEITO A CADA 3 
ANOS PELA ASSEMBLÉIA – NORMAS E RECOMENDAÇÕES: 
GRUPO 1 = ALEMANHA, AUSTRÁLIA, BRASIL, CANADÁ, EUA, 
FRANÇA, ITÁLIA, JAPÃO, INGLATERRA E RÚSSIA. 
GRUPO 2 = ARÁBIA SAUDITA, ARGENTINA, BÉLGICA, COLÔMBIA, 
CHINA, EGITO, ESPANHA, ÍNDIA, ISALANDIA E MÉXICO. 
GRUPO 3 = CAMARÕES, INDONÉSIA, EQUADRO, LÍBANO, MARROCOS, 
NICARÁGUA, PAQUISTÃO, QUÊNIA, SENEGAL, TANZÂNIA, NIGÉRIA, 
REPÚBLICA TCHECA, TRINIDAD E TOBAGO.
. 
Os EUA defendia uma posição de soberania sobre os outros Estados. P/ 
a Inglaterra o tráfego aéreo deveria ser dividido de forma eqüitativa. O 
Canadá situava-se na média, ou seja, em parte concordava c/ um e c/ 
o outro. 
Devido a importância da Convenção de Chicago à Aviação Civil 
Internacional o dia 07 de dezembro, data de sua instituição, passou a 
ser o Dia Mundial da Aviação. 
Liberdades da Convenção de Chicago: 
1ª - Direito de sobrevoar outro território; 
2ª - Direito de pouso técnico (combustível e manutenção); 
3ª - Direito de desembarcar (passageiros e carga) originados no País de 
matrícula da aeronave; 
4ª - Direito de trazer passageiros e carga não originados no País de 
matrícula da aeronave; 
5ª - Direito de desembarcar e trazer de volta (passageiros x carga) de um 
3º País; 
6ª - Direito de transportar passageiros e carga, através do território do 
País.
. 
A Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Convention on 
International Civil Aviation), ou Convenção de Chicago, assinada em 
07/12/1944 em Chicago. 
A OACI e a IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) têm 
seus próprios de códigos para designar aeroportos e companhias 
aéreas. O sistema da OACI usa quatro letras para aeroportos e três 
letras para companhias. Talvez em um futuro próximo a IATA utilize os 
mesmos códigos do padrão OACI. 
Escritórios regionais da OACI: 
Ásia e Pacífico: Bangkok, Tailândia 
Oriente Médio: Cairo, Egito 
África Central e Ocidental: Dacar, Senegal 
América do Sul: Lima, Peru 
América do Norte, Central e Caribe: Cidade do México, México 
África Oriental e Setentrional: Nairobi, Quênia 
Europa e Atlântico Norte: Paris, França.
. 
O seu reconhecimento pelo Brasil foi através do: 
DECRETO Nº 21713, DE 27 DE AGÔSTO DE 1946. 
Promulga a Convenção sôbre Aviação Civil Internacional, concluída em 
Chicago a 7 de dezembro de 1944 e firmado pelo Brasil, em 
Washington, a 29 de maio de 1945. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , 
CONSIDERANDO que foi aprovada a 11 de setembro de 1945 e ratificada 
a 26 de março de 1946, pelo Govêrno brasileiro a Convenção sôbre 
Aviação Civil Internacional, concluída em Chicago a 7 de dezembro de 
1944, por ocasião da Conferência Internacional de Aviação Civil, e 
firmada pelo Brasil, em Washington, a 29/05/1945; 
DECRETA: 
Art 1º Fica promulgada a Conversão sôbre Aviação Civil Internacional, 
apensa por cópia ao presente decreto, firmada pelo Brasil em 
Washington, em 29 de maio de 1945. 
Art 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação. 
Rio de Janeiro, em 27 de agôsto de 1946; 125º da Independência e 58º da 
República. EURICO G. DUTRA S. de Sousa Leão Gracie
. 
ANEXOS à Convenção de Chicago, de 1944: 
Anexo 1 – Licenças de pessoal (todos os assuntos relacionados à 
profissionalização na aviação); 
Anexo 2 – Regras do ar (aquelas que devem ser comuns ao tráfego aéreo 
internacional); 
Anexo 3 – Serviço meteorológico para a navegação aérea internacional 
(específico para aviação); 
Anexo 4 – Cartas aeronáuticas (padrões definidos sobre a confecção e 
uso das publicações); 
Anexo 5 – Unidades de medida utilizadas nas operações aéreas e 
terrestres (padronizadas); 
Anexo 6 – Operações com aeronaves: 
Parte I – Transporte aéreo comercial internacional – aviões; 
Parte II – Aviação geral internacional – aviões; 
Parte III – Operações internacionais – helicópteros; 
Anexo 7 – Marcas de nacionalidade e de matrícula das aeronaves 
(distintas para cada país);; 
Anexo 8 – Aeronavegabilidade (padrões definidos para todos os países 
membros);
. 
Anexo 9 – Facilitação (infra-estrutura aeronáutica usada pela aviação); 
Anexo 10 – Telecomunicações aeronáuticas: Volume I – Equipamentos e 
radiofreqüências; Volume II – Procedimentos de comunicações; 
Anexo 11 – Serviços de tráfego aéreo (todos os serviços ATS: ATC, ATIS, 
FIS, ATIS, AFIS e AUXÍLIOS); 
Anexo 12 – Busca e Salvamento; 
Anexo 13 – Investigação de acidentes aéreos (procedimentos padrões 
segundo a filosofia SIPAER); 
Anexo 14 – Aeródromos: Volume I - Aeródromos; Volume II - Heliportos; 
Anexo 15 – Serviços de Informação Aeronáutica – AIS; 
Anexo 16 – Proteção ambiental: Volume I – Ruído de aeronaves; 
Volume II – Emissão de gases dos motores das aeronaves; 
Anexo 17 – Segurança aérea – Proteção da Aviação Civil Internacional 
contra os atos ilícitos; 
Anexo 18 – Transporte de mercadorias perigosas. 
Os anexos contêm normas e práticas recomendadas e devem ser 
seguidos por todos os países membros da OACI e as diferenças de 
adoção devem ser comunicadas à OACI e a todos os demais.
. 
A IDEIA DE UMA AEROBRÁS: 
O Sindicato Nacional dos Aeronautas - SNA, em 1959, propôs a 
desapropriação das empresas aéreas pelo governo federal, 
transformando-as em única empresa estatal, já que deviam à União 
valores equivalentes aos seus patrimônios e suas possibilidades de 
saldar as dívidas eram remotas. =========================== 
Baseavam-se no seguinte: 
-Sendo as linhas aéreas concessões, o governo podia cassá-las a bem 
do interesse público. 
-O status de funcionário público era mais confortável do que continuar 
sob a instabilidade do setor aéreo privado. 
As finanças das Cias aéreas piorou em 1961, e o Presidente Jânio 
Quadros informou a Ruben Berta que a Real estava falida, c/ 6.000 
funcionários em risco desemprego, só havendo 2 soluções: 
-Varig adquiria a REAL ou seria a instituição da Aerobrás (c/ a Varig tb) 
(O que poderia ser + uma estatal ineficiente quanto qualquer outra) 
Berta então adquire a Real, c/ $$$ público e a ideia da estatal acaba.
. 
DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO VOO E 
DA INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA NO BRASIL 
O CORREIO AÉREO NACIONAL 
Uma linda página da História da Aviação Brasileira. 
Em 1927 o transporte aéreo comercial 
iniciou seus serviços no Brasil c/ 2 
empresas : Condor Syndicat e VARIG (RS) 
somente c/ linhas litorâneas 
(no interior não havia infra-estrutura de apoio) 
Eduardo Gomes O Correio Aéreo 
P/ implantar um mercado interno consumidor dos produtos do parque 
industrial de SP, precisava integrar o vasto interior. 
Daí surgiram os Projetos de Integração Nacional em que o avião 
apresentava-se como principal meio.
. 
Instruído pelo ministro da guerra, Gen. Leite de Castro, o major 
Eduardo Gomes inicia o Serviço Postal Aéreo Militar – SPAM, 
logo mudado p/ Correio Aéreo Militar - CAM, para: 
-transportar mala postal, 
-apoiar ações governamentais 
-abrir rotas aéreas pelo sertão, p/ que a aviação 
comercial pudesse estabelecer suas linhas 
regulares unindo o litoral desenvolvido ao 
interior subdesenvolvido 
======================================= 
Eduardo Gomes obtém autorização do ministro p/ romper o ‘Cone dos 
Afonsos’ (espaço aéreo cônico de 10 km/raio sobre SBAF 
estabelecido pelos franceses da Missão Militar, de onde os pilotos 
brasileiros não deviam sair) e realizar o primeiro voo do CAM. 
A Marinha de Guerra já fazia o seu CAN – Correio Aéreo Naval, 
ligando as bases da esquadra ao longo do litoral.
. 
Em 12/06/1931, os Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nélson 
Freire Lavenère-Wanderley, DEP SBAF em um Curtiss 
“Fledgling” - K263, rumo a SP. Após 05:20 h de voo, fazendo a 
rota por cima da Serra do Mar, a potência do motor diminuiu, e 
c/ vento contrário e ar turbulento, a velocidade ficou reduzida a 
80 km/h, atrasando a chegada. 
S/ localizar o SBMT, pousaram no hipódromo do Prado da Mooca 
que, a tal hora, já tinha os portões fechados. 
Os pilotos saltaram o muro e de táxi foram entregar a mala postal 
na agência central dos correios em São Paulo. 
Estava inaugurado o CAM.
. 
Mas, o desafio era o sertão: -Em setembro de 1931 o Ten. Casimiro 
Montenegro Filho seguiu de São Paulo até Goiás, instruindo os 
prefeitos de várias cidades a construírem campos de aviação e 
providenciarem o apoio aos aviões do CAM. 
Feito isto, ele e o Ten. Nelson Freire Lavenére-Wanderley DEP SBAF em 
12/10/1931. Mas, o tempo ruim sobre a serra obrigou-os a um pouso 
de emergência. Montenegro ferido retornou ao Rio. 
7 dias depois outro Curtiss K-272, c/ Ten. Joelmir Campos de Araripe 
Macedo e Nelson Wanderley, DEP SBAF, pernoita em SP e no dia 
seguinte DEP p/ Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Araguari e 
pernoita em Ipameri, onde recebe apoio de um batalhão do Exército. 
Na manhã seguinte DEP p/ Leopoldo de Bulhões e chega à capital Goiaz. 
Realizou-se, assim, a 1ª rota aérea de 
integração nacional. 
Outras 3 aconteceram até 1933: 
-Mato Grosso,S. Francisco e Tocantins. 
C/ essa malha inicial o CAM abriu caminho 
à aviação comercial.
. 
C/ a fundação do Ministério da Aeronáutica, os 2 correios aéreos – 
o do Exército e o da Marinha – são unificados c/ o nome de 
Correio Aéreo Nacional – CAN. 
Suas rotas estenderam-se até as fronteiras oeste da Amazônia, 
possibilitando a instalação de grupamentos militares naqueles 
rincões, p/ garantir os limites do país aonde então só se 
chegava de barco. 
Ficou responsável pelo CAN a Diretoria de Rotas Aéreas – DRA, 
dirigida por Eduardo Gomes e que tinha também sob sua 
responsabilidade o Serviço de Proteção ao Vôo – SPV, cuja 
missão era estabelecer estações de comunicações, de coleta 
de dados meteorológicos e de apoio à navegação aérea em 
todas as rotas abertas pelo CAN. 
============================================================================= 
2 modelos de aviões foram os principais instrumentos do CAN: 
-Douglas C-47, que OOP em todo o sertão brasileiro, e o 
-Catalina C-10A, por ser anfíbio, OOP nos rios da Amazônia.
. 
O C-47/ DC-3 operava em qualquer campo, fossem bons ou 
ruins, e serviu às aviações 
militar e civil Cabine de pilotagem C-47 
Cabine de passageiros / carga C-47 
Catalina C-10A 
e sua 
Cabine de pilotagem
. 
-A DRA também apoiava as prefeituras do interior na: 
.construção de campos de pouso, 
.instalação de abastecimento de combustível e 
.construção de estações de passageiros, de carga e de hangares. 
-Apoiava os aeroclubes que iam sendo fundados em diversas cidades. 
-Dividia c/ a Panair o apoio à navegação aérea pelo interior brasileiro. 
========================================================================================== 
Na medida em que aumentava o tráfego aéreo + era preciso dar-lhe 
meios de navegação e de fazer o seu controle, p/ garantir 
segurança aos voos. 
Controlar voos já significava ter complexa estrutura de equipamentos, 
operadores, técnicos e normas, p/ oferecer cobertura em todo o 
território. 
O ATC originou-se c/ Archie League (USA): em 1920 começou a 
indicar por bandeirolas usadas em marinharia ordem de ARR / 
DEP no campo de aviação em St. Louis. 
Daí em diante o uso de equipamentos eletro-eletrônicos e de normas 
formatou um sistema complexo: Air Traffic Control.
. 
Archie League 
ACS – Estações 
Rádio de Aerovias 
e seus equipamentos 
NDB / CW e APP-MN 1976
. 
ACS da Panair 
Tripulação abastecendo o seu avião. 
================================================================================================ 
Serviço de Busca e Salvamento - SAR: 
Grande realização do SPV foi desenvolver o Serviço de Busca e 
Salvamento - SAR, em especial na difícil Região Amazônica. 
Seu maior desafio ali foram acidentado na foz 
as buscas e o resgate do Japurá 
do FAB-2068 (1967) 
considerada a que + tempo 
durou (20 dias) e usou a 
maior quantidade de recursos de 22 só 4 
sobrevivem

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  • 2. . JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA PLANEJAR É UMA AÇÃO ESTRATÉGICA, OU SEJA, DE LONGO ALCANCE NO TEMPO E NO ESPAÇO. DIFERENTE DA AÇÃO TÁTICA, QUE É CIRCUNSTANCIAL (DE EFEITO LOCALIZADO E TEMPORÁRIO) A AÇÃO ESTRATÉGICA É ESTRUTURAL, PORTANTO, TEM A INTENÇÃO DE ALTERAR UMA ESTRUTURA SEDIMENTADA, PARA DELA OBTER RESULTADOS DIFERENTES DO QUE SE TEM ATÉ O MOMENTO. POR ISSO, PLANEJAMENTO É UMA AÇÃO DE GERENCIAMENTO E, ASSIM, REQUER CONHECIMENTO SUFICIENTE DA ESTRUTURA, DESDE SUA ORIGEM ATÉ O PRESENTE, PARA QUE, ENTÃO, SE POSSA FAZER UMA PROJEÇÃO DE FUTURO MAIS REALISTA E, CONSEQUENTEMENTE, OBTER MELHOR RESULTADO.
  • 3. . ESTA É A FUNÇÃO DA HISTÓRIA: CONHECER AS ORIGENS E O PERCURSO ATÉ O PRESENTE, POSSIBILITANDO COMPREENDER O FUNCIONAMENTO DE UMA DETERMINADA ESTRUTURA NO TEMPO E NO ESPAÇO E, A PARTIR DESTA COMPREENSÃO, PROJETAR COM MAIS ACERTO O SEU FUTURO. ENTÃO, A HISTÓRIA É UM INSTRUMENTO IMPRESCINDÍVEL DO PLANEJAMENTO, PORQUE ANALISA FATOS DO PASSADO, PARA COMPREENDER O PRESENTE E, DAÍ, POSSIBILITAR ESSA PROJEÇÃO MAIS CONSISTENTE DO FUTURO.
  • 4. . ESTE É O OBJETIVO DA DISCIPLINA ‘HISTÓRIA DA AVIAÇÃO’ NO CURRÍCULO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AERONÁUTICAS, POIS, SENDO UM INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO, QUE POR SUA VEZ É UMA AÇÃO DE GERÊNCIA, CABE AO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR DA AVIAÇÃO CIVIL UTILIZÁ-LO EM BENEFÍCIO DE SEU SETOR DE ATUAÇÃO E MESMO PARA PROJEÇÃO DE SUA CARREIRA NO MERCADO DE TRABALHO. Gerenciar significa antecipar soluções viáveis
  • 5. . PORTANTO, A DISCIPLINA NÃO SE CONSTITUI EM APRESENTAR NOMES, DATAS E LUGARES PARA SIMPLES MEMORIZAÇÃO, COMO SE FOSSE UM CONHECIMENTO DE UM COMPARTIMENTO ESTANQUE DOS DEMAIS QUE PERFAZEM A INSTRUMENTALIZAÇÃO À PROFISSÃO, PORÉM TRATA-SE DE APRENDER A FAZER A LEITURA ANALÍTICA DE FATOS DO PASSADO QUE MOLDARAM A AVIAÇÃO TAL COMO HOJE ELA É, COM SEUS ERROS E ACERTOS E, ENTÃO, VERIFICAR A NECESSIDADE DE REPENSAR, OU NÃO, O TRANSPORTE AÉREO COMO MEIO DE ATENDER A ECONOMIA DO PAÍS. DE IMEDIATO, TAL COMPREENSÃO POSSIBILITA CONSTRUIR UMA PROJEÇÃO DA CARREIRA PROFISSIONAL, PARA QUE, ASSIM, HAJA MELHOR PROBABILIDADE DE ÊXITO.
  • 6. . APRESENTAÇÃO Este é apenas um material didático para ser utilizado na disciplina de História da Aviação, considerando o aspecto do desenvolvimento do transporte aéreo no Brasil. Portanto, não é um livro de História e nem sequer um registro de memória. Para ter alguma lógica em sua maior parte segue uma ordem cronológica, evidenciando os acontecimentos que mais influíram no progresso da aviação de transporte no país. E, para melhor compreensão, é preciso primeiro contextualizá-lo no curso da História Mundial. Por isto, antes é visto seu início, evolução e aplicação aos meios econômicos no mundo, uma vez que ele e as telecomunicações são os suportes do processo de globalização em curso. E, depois, vê-se a sua atuação na economia brasileira no correr do tempo.
  • 7. . O SONHO DE VOAR EXPRESSA O DESEJO DE LIBERDADE A mitologia grega conta que Dédalo, por ter matado Talo, foi preso junto com seu filho no labirinto. Então, construiu asas artificiais, juntando penas de gaivota com cera do mel de abelhas. Assim, conseguiram fugir. Antes, alertou o filho para não voar muito perto do Sol, pois a cera das asas poderia derreter com o calor, e nem muito perto do mar porque as asas ficariam mais pesadas. O jovem Ícaro, porém, não atendeu os conselhos do pai e, querendo realizar o sonho de ir mais alto, subiu e suas asas se desfizeram e ele despencou no mar Egeu, enquanto que seu pai, aos prantos, voou rumo à costa, chegando a salvo. Estranhamente, sempre se reverencia o jovem Ícaro, que errou, e não Dédalo, o planejador, projetista, orientador e zeloso da segurança.
  • 8. . DO MITO À REALIDADE O ser humano sempre tentou realizar o sonho de voar p/ alcançar um grau de liberdade que as limitações de seu corpo lhe impõem: Transpor montanhas, cursos d’água, florestas e evitar várias dificuldades naturais eram idealizações humanas despertadas quando apreciava o vôo dos pássaros e via como superavam tudo que lhes obstruía o caminho. Voar significa vencer a força da gravidade, afastar-se do campo de atração do planeta e, assim, poder percorrer os espaços, vencendo facilmente os obstáculos da natureza. Já na Antiguidade algumas tentativas foram feitas, por exemplo, c/ pipas, na China. Na Idade Média Leonardo Da Vinci desenvolveu teorias sobre o vôo, observando como os pássaros o realizavam. Mas, tais estudos e tentativas de concretizá-lo frustravam-se por falta de tecnologia que o tornasse real. Só na Idade Moderna (Séc. XIX) desenvolveu-se tecnologias suficientes p/ projetar e construir máquinas voadoras... E o homem enfim voou!
  • 9. . LEONARDO DA VINCI - fez os 1ºs estudos sobre o vôo c/ alguma base científica. Leonardo di Ser Piero da Vinci nasceu em 1452 em Anchiano (média Itália). Artista, poeta, matemático, arquiteto, engenheiro militar, trabalhou c/ matemática, perspectiva, ótica, mecânica, balística, fortificações, hidráulica e astronomia, desenhou um fuso móvel, um dispositivo p/ tornos e um conjunto automatizado de rosca e parafuso. Iniciou a análise dos movimentos e via na força da água um propulsor de máquinas, e a matemática como o meio do homem se relacionar c/ a natureza. Um estudo interessante foi a idealização de uma máquina que voasse, usando como modelo asas do morcego. Estudou a sustentabilidade e direcionalidade. Faleceu em Amboise (1519) deixando anotações desses estudos, que ficaram perdidas por longo tempo. Recentemente descobertas, percebeu-se então o quanto aquele gênio do Renascimento estava avançado em relação ao seu tempo. Só 200 anos depois se completaria seus estudos sobre o vôo c/ experiências práticas.
  • 10. . .
  • 11. . BARTOLOMEU DE GUSMÃO E quem os realizou foi o Pe. Bartolomeu Lourenço de Gusmão, brasileiro de Santos (SP), nascido em 1685. Já na juventude solucionou um problema de abastecimento de água do seminário onde estudava. Concluído seu curso no seminário foi para Salvador (capital do Brasil à época) e ingressou na Companhia de Jesus. Viajou para Portugal e, em 1702, de volta ao Brasil foi ordenado sacerdote. Obteve do rei D. João V, em 1707, através da Câmara da Bahia a primeira patente concedida a um brasileiro, a do seu invento de elevação de água, desenvolvido quando ainda no seminário. Em 1709 obteve a patente de um instrumento para se andar pelo ar (aeróstato ou balão). Dizem que concebeu uma máquina voadora chamada “Passarola”, porém ela havia sido elaborada por um seu assistente, única pessoa à qual era permitido acesso ao verdadeiro engenho voador. Como o rapaz vivesse assediado por curiosos acerca da invenção, para deixar de ser importunado, elaborou o desenho da Passarola, em que tudo era propositadamente falseado. Para preservar o verdadeiro princípio da invenção, o princípio de Arquimedes, atribuiu a ascensão ao magnetismo, resposta para quase todos os mistérios científicos da época. Assim, protegeria o segredo, com aprovação de Bartolomeu. A Passarola acabou sendo copiada e se espalhou pela Europa, para grande riso dos dois. Mas, foi experimentando balões de ar quente que Bartolomeu conseguiu provar a viabilidade do vôo por instrumentos humanos. Diante da corte portuguesa fez 5 experiências de voo com pequenos balões: na 1ª o balão pegou fogo; na 2ª o balão se elevou a 4 m e incendiou-se; na 3ª o balão voou e, no pouso, incendiou-se; na 4ª o balão elevou-se alto e pousou lentamente; na 5ª o balão subiu até o teto do palácio e, após algum tempo, desceu suavemente e pousou. Pouco tempo depois conseguiu fazer subir um balão maior que flutuou, desceu e pousou com suavidade, diante de outras 5 testemunhas. Bartolomeu veio a falecer em Toledo (Espanha) em 1724, com apenas 38 anos de idade.
  • 12. . SAMUEL LANGLEY Somente no Século XIX as experiências com o vôo por máquinas voltariam a ter maior significado, pois a pesquisa sobre o trabalho proporcionado pelas forças físicas, com o consequente desenvolvimento de máquinas, possibilitou o avanço dos estudos sobre o vôo humano. Vários pesquisadores dedicaram-se à aerodinâmica e à meteorologia e, dentre eles, Samuel Pierpoint Langley, professor de matemática na Academia Naval dos Estados Unidos, de astronomia na Universidade de Pittsburgh e secretário do Smithsonian Institute, destacou-se nos estudos, confecção de projetos e construção de uma máquina de voar. Em 1896 construiu um avião a vapor não tripulado, designado Aerodrome nº6, fazendo-o voar por 1.200 m até acabar o vapor que o movia. O Departamento de Guerra e o Instituto Smithsoniano investiram US$100.000 em um projeto de Langley de uma máquina voadora, o Great Aerodrome. Em 1903 foram feitas duas tentativas, mas ambas não lograram sucesso. O aparelho foi lançado de uma barcaça instalada no rio Potomac e, após um salto, caiu na água e afundou. Crê-se que o vôo teria acontecido se Langley tivesse colocado rodas nele e, assim, realizado a decolagem de uma pista onde pudesse então adquirir a necessária velocidade e alçar vôo. As críticas a Langley foram muitas, dizendo até que a única coisa que ele fez voar foi o dinheiro do governo e que havia recebido dinheiro público para construir castelos no ar. O Departamento de Guerra expediu um relatório dizendo que ainda estava longe o vôo por máquinas e que muito tempo e investimentos seriam necessários para se realizar tal proeza. No entanto, apenas 8 dias após o fracasso de Langley os irmãos Wright conseguem catapultar ao ar um aparelho voador, o Flyer. Desiludido, o cientista da aviação abandona seus projetos, vindo a falecer em 1906, menos de oito meses antes de Santos-Dumont fazer voar o seu 14-Bis. Após 18 anos de esforços Langley não conseguiu fazer seu vôo, mas deu importante contribuição ao estudo da aerodinâmica e 8 anos após sua morte o construtuor Glenn Curtis colocou trem de pouso no Aerodrome e o pilotou em um vôo de sucesso em Nova Iorque.
  • 13. A ERA DOS BALÕES e DIRIGÍVEIS ENSAIOS DE VOO Progressão dos estudos sobre o voo - uso da tecnologia em desenvolvimento no Século XIX, Revolução Industrial 1852- Henri Giffard (FR) patenteia a “aplicação do vapor na locomoção aérea e constrói um balão com forma de baleia, coloca um leme e um motor a vapor de 3 HP. Voa 27 KM.
  • 14. 1874- Ferdinand von Zeppelin (AL) projeta o “navio aéreo”: dirigível em que o gás ficava em câmaras independentes, motores laterais externos e gôndolas p/ passageiros e carga 1881 - Júlio César Ribeiro de Sousa, paraense (BR), constrói o balão dirigível “Victória”, patenteando-o na França, Inglaterra, Itália, Bélgica, Rússia e EUA e depois constrói o “Santa Maria de Belém”
  • 15. 1883- Gaston e Albert Tissandier (FR) constroem um balão dirigível c/ motor elétrico de 1,5 HP de 24 baterias. 1884 – Charles Renard e Arthur Krebs (FR) constroem o dirigível “La France”, c/ motor elétrico, c/ velocidade de 24 KMH e totalmente dirigível
  • 16. 1890 - Leopoldo Corrêa da Silva (BR), constitui no Brasil a empresa “Sociedade Particular de Navegação Aérea”, c/ 2 dirigíveis.
  • 17. 1894- Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (BR) constrói o dirigível “Bartolomeu de Gusmão” na França e o faz voar no Rio de Janeiro. No mesmo ano Santos-Dumont muda-se para Paris e começa a se envolver com os estudos aeronáuticos, entre outros. Aproveitando as teorias e as experiências de vários pesquisadores da área ele começa a projetar seus próprios aparelhos voadores.
  • 18. Zeppelin sobrevoando o RJ na década de 30
  • 19. 1895- Zeppelin patenteia seu dirigível motorizado e c/ boa capacidade de carga e autonomia. 1897 - Karl Wölfert (AL) constrói e voa um dirigível c/ motor a gasolina... que explodiu.
  • 20. No mesmo ano Auguste André, Strindburg e Fraenbel (FR) decolam em um dirigível da Noruega p/ o Pólo Norte e... desaparecem, achando-se seus corpos 33 anos depois.
  • 21. 1898 - Santos-Dumont (BR) voa no seu 1º balão, “Brasil”, na França.
  • 22. 1900- Zeppelin faz voar pela 1ª vez o LZ-1, por 20 minutos e c/ 5 passageiros a bordo. Os grandes dirigíveis de Zeppelin passaram 36 anos cruzando os céus do mundo, fazendo voos transcontinentais e mostrando aos povos que havia uma nova forma de viajar, que não os demorados navios. Suas silhuetas grandiosas impressionavam ao sobrevoarem lentamente as áreas povoadas.
  • 23. Com bilhetes muito caros e luxo interior, era um meio de transporte reservado às pessoas da alta sociedade, que desejassem uma viagem mais rápida e com uma excelente visão panorâmica em altitude, até então impossível ao ser humano. No transcurso dos 36 anos de serviços prestados, provocou significativos aperfeiçoamentos de tecnologias: motores mais leves e eficientes, metais leves e mais resistentes, técnicas de navegação aérea e compreensão dos fenômenos meteorológicos, melhoria nas rádio-comunicações, etc.
  • 24. E por um bom tempo o transporte aéreo era feito pelos dirigíveis, inclusive chegando ao Brasil. 1901 - Augusto Severo faz evoluções, c/ curvas fechadas, no seu 2° dirigível “Pax” (2 motores e hélices tratoras e propulsoras), a 400 m/alt que, ao final, pega fogo. No mesmo ano Santos-Dumont vence o prêmio “Deutsch de la Meurth” de 120000 FR$ (acrescidos de 9000 FR$), c/ seu dirigível nº 6, contornando a Torre Eiffel (11 km em 30 min.)
  • 25. 1937- O dirigível “Hindeburg” explode em Nova Iorque, colocando em cheque a segurança dessas naves. FIM DE UMA ERA.
  • 26. Total de LZ construídos = 129, de 1901 a 1937 1912 a 1913 = 881 voos, 19.100 passageiros Deutsche Luftschiffahrts Akitiengesellschaft – DELAG 1ª empresa de aviação do mundo 1909 Dirigida por Alfredo Colsman. Capital inicial: 3.000.000 de marcos. Inicia-se a busca por alternativas p/ o transporte aéreo
  • 27. O ESTUDO DA AERODINÂMICA DO MAIS PESADO QUE O AR ADQUIRE NOVA DINÂMICA. NÃO HÁ MAIS COMO A HUMANIDADE VIVER SEM O TRANSPORTE AÉREO. OS AEROPLANOS PRECISAVAM EVOLUIR, TORNAREM-SE CONFIÁVEIS E DAR NOVO IMPULSO AO MODAL AÉREO. ------------------------------------------------------------ ---- O que deixaram os balões-dirigíveis aos aeroplanos? Estudo da meteorologia aeronáutica
  • 28. 1937 – O FIM DOS DIRIGÍVEIS COM O ACIDENTE DO “HINDEBURG” O DESENVOLVIMENTO DOS PEQUENOS “AVIONS” Então, os maiores aviões tinham 2 ou 3 motores, pesavam umas 6 toneladas, transportavam uns 15 passageiros, autonomia aproximada de 4 h, c/ velocidade de 200 km/h, como o Boeing-247 e o Ford Trimotor. Assim, não faziam vôos transoceânicos.
  • 29. Os dirigíveis já cruzavam os céus (início do Século XX) e os 1ºs aviões mal saiam do chão, nas versões do “Flyer” dos irmãos Wright (1903) e do “14-Bis” de Santos-Dumont (1906). Esses aeroplanos, ainda meros planadores, também têm base tecnológica no Século XIX. Fatos que exemplificam esse desenvolvimento:
  • 30. 1806 – Degen produz o seu ornitóptero – 1º projeto de aeroplano; 1842 – Henson projeta o Aerial e Letur faz um pára-quedas; 1852 – George Cayley, o pai da aerodinâmica, constrói o “coachman carrier” e faz seu cocheiro nele voar (1° aviador?) por 397 m... e cai. Concluiu que o homem era incapaz de promover potência necessária ao vôo e propôs a fabricação de um motor; 1860 - Ponton d’Amecourt projeta um helicóptero a vapor; 1876 – Étienne-Jules Marey publica a obra “La machine animale” - tratado de aerodinâmica - sobre o vôo dos pássaros; .
  • 31. . Ainda em1876 o Engº Clément Ader escreveu “Aviação Militar”, teoria adotada a seguir no projeto de máquinas voadoras. Constrói o “Éole” c/ 14 m / envergadura, 6,5 m / comprimento, asas iguais a de morcego, motor de 20 HP e peso de 296 KG, c/ o qual voou em 1890, por 50 m e 20 cm / altura. Inventa, também, o termo “avion” (“appareil volant les imitant oisaux naturels” – aparelho voador que imita os pássaros naturais). Fez ainda o avion II (Zephir) e o III – bimotor com 20 HP cada e hélices quadripás;
  • 32. . Tudo em 1880: Thomaz Alva Édison, inventor da lâmpada, projeta seu “navio voador”; Alphonse Penaud desenvolve um modelo com hélices propulsionado por uma fita de borracha (mais tarde bastante estudado pelos Wright); O Engº Otto Lilienthal desenvolve o trabalho “O vôo das aves como base da aviação”, e faz um aparelho que voa até 30 m;
  • 33. . 1891 – Octave Chanute reunia aficcionados em aviação p/ incentivá-los à busca de soluções aos problemas do vôo. Publicou artigos a respeito que se transformaram em um manual: “Progresso das máquinas voadoras”, citando Langley, Maxims, Pilcher, Hargraves, Lilienthal, etc. Estudou a localização do centro de gravidade do avião, estabilidade e dirigibilidade nas asas. Foi orientador dos Wright’s, e assistiu vários testes do “Flyer”;
  • 34. . 1895 – Lilienthal produz planadores biplanos, faz 2 mil saltos, voando por + de 250 m de distância a 20 m /alt. Fez um morro artificial c/ rampa e base subterrânea p/ seus aparelhos. Vendia asas-planadores, ensinava manobras de vôo planado e a influência dos ventos. Equipou um aparelho com um motor de 2,5 HP (41 KG) e saltou de uma colina, quando uma rajada de vento o faz colidir com o solo e ele morre. O material que deixou serviu aos pioneiros a projetarem seus aeroplanos.
  • 35. . Ainda em 1895 Samuel Pierpoint Langley (US) teorizou que o avião, após decolar, podia voar sem parar, c/ energia dos ventos. Mas, seus estudos acabaram apontando na direção do desenvolvimento de um motor a combustão interna. Testou um aparelho em escala – “aerodrome” – que voou aproximadamente 1000 a 1500 m / distância e a mais de 50 kmh, c/ motor radial de 5 cilindros, 2 hélices, refrigerado a água e que foi fabricado por Charles Manley. Em testes funcionou por 10 h consecutivas sem perder potência. As 2 tentativas de voar c/ o aparelho em tamanho real fracassaram... 1903.
  • 36. . Mais experiências p/ tirar um aparelho + pesado que o ar do chão foram feitas no Sec. XIX. Importantes foram os estudos sobre os princípios básicos do vôo de um aeroplano, diferente do vôo dos pássaros, precisava de um motor p/ fazê-lo cortar o ar e, assim, ganhar sustentação. Problemas a serem resolvidos: Motorização (relação peso / potência) Efeito dos ventos (Meteorologia Aeronáutica) Manobrabilidade (Comandos e Centro de Gravidade) Tamanho das asas (área alar) No início do século seguinte, isto solucionado, consegue-se fazer voar por meios próprios o + pesado que o ar... Mas, se os dirigíveis voavam bem, para quê os “avions”?...
  • 38. Quem eram WILBUR e ORVILLE WRIGHT: . Filhos do clérigo Milton Wright , de Dayton (USA) 1882. abrem uma oficina de bicicletas (Wright Cycle Company) 1890. estudam as obras de Lilienthal, Cayley, Ader, Henson, Chanute e Langley (considerado um rival) 1899. o Serviço de Meteorologia indica-lhes Kitty Hawk como local p/ testes. 1900. testaram sua primeira asa como uma pipa.
  • 39. 1901. planam uma asa tripulada e tentam dirigi-la c/ . movimentos do corpo. 1901. fizeram um túnel de vento p/ ensaios de vôo. 1901. incluem na asa um compensador dianteiro, p/ subir e descer e 2 planos verticais atrás como lemes. 1902. asa n.3 equipada c/ motor de 4 cilindros de 12 hp. 1903. (17 DEZ) c/ ventos de 40 kmh o Flyer foi catapultado ao ar nas dunas de Kill Devil Hills, c/ 5 testemunhas. Fazem 3 outros voos c/ o mesmo aparelho, de 59 seg. à velocidade de 50 kmh. Tentaram vender ao Exército dos EUA; ao governo francês; e a um grupo de industriais. Afixaram uma placa no Flyer, exposto no Smithsonian: "O avião original dos Irmãos Wright: a primeira máquina do mundo movida a energia, mais pesada que o ar, na qual o homem fez vôos livres, controlados e sustentados".
  • 40. Quem era ALBERTO SANTOS-DUMONT: - filho do Eng. Henrique Dumont, formado em Paris e próspero produtor de café. 1880. Santos-Dumont (7 anos) já guiava os locomóveis da fazenda. Aos 12 dirigia as locomotivas e lia as obras de ficção de Júlio Verne. 1891. faz viagem turística à Inglaterra e na França escalou o Monte Branco. 1892. emancipado pelo pai volta à França e ingressa no automobilismo. Inicia estudos científicos c/ um professor espanhol, Garcia.
  • 41. . 1894. viajou para os Estados Unidos: Nova Iorque, Chicago e Boston. 1897. herdando a fortuna paterna, vai p/ França e contrata aeronautas p/ lhe ensinar sobre os balões. 1898, 1º. dirigível, o N-1, no Jardim da Aclimação de Paris, ao inflar, acaba rasgado antes de subir (falha no apoio em terra). Dois dias depois, partiu e evoluiu bem. Uma pane na bomba de ar o fez dobrar e cair de 400 m / alt. 1899. o N-2 (comprimento e forma do N-1), c/ diâmetro maior e c/ a bomba de ar modificada. O teste terminou nas árvores próximas.
  • 42. 1899. o N-3 partiu do Parque de Aerostação, passou pela Torre Eiffel, seguiu p/ o Parque dos Príncipes e p/ Bagatelle. Aterrissou em condições controladas. 1900. faz em St. Cloud um hangar p/ o N-3 (inflado) + ferramental p/ fabricação do hidrogênio: 30 m comp. 7 de largura e 11 de alt 1900, Henri Deutsch de la Meurthe (magnata do petróleo) junto ao Aeroclube da França, lança o prêmio de 100.000 francos a quem faça uma máquina voadora seguir à Torre Eiffel, contorne-a, volte à origem (11 km) em 30 min. s/ escalas. O esportista Dumont interessa-se pelo torneio.
  • 43. 1901. N-4 tinha por baixo uma quilha c/ um selim e os pedais de uma bicicleta p/ dar partida ao motor de 7 hp, acionando uma hélice dianteira c/ 2 pás de 4 m. Cordas controlavam a regulagem do carburador, válvulas, manuseio do leme, do lastro e dos pesos deslocáveis. 1901. faz o balão Fatum, esférico.Testou nele um invento de Emmanuel Aimé, o “termosfera”, p/ permitir melhor controle de altitude. 1901. c/ o N-5, motor de 16 hp, disputou o Prêmio Deutsch. Fez o trajeto, mas ultrapassou em 10 min o tempo da prova. Em outra tentativa chocou-o contra um prédio.
  • 44. C/ o balão N-6, motor de 20 HP, enfim executa a prova e recebe o prêmio. O governo brasileiro enviou-lhe um prêmio em $$$ no mesmo valor do Deutsch, e uma medalha de ouro c/ sua efígie e a frase de Camões: “Por céus nunca dantes navegados”. O objetivo de alcançar o podium do novo e sofisticado esporte, tornara-o o 1º campeão da modalidade. Dumont – brasileiro – era um esportista e, por isto, valorizava a vitória.
  • 45. . 1904. N-7, motor de 46 hp, foi projetado p/ corridas, mas sofreu sabotagem numa exposição nos EUA. Alguém deu 48 facadas no balão. 1904. N-8 cópia do N-6 encomendado por um colecionador americano, Boyce; N-9, c/ motor de 3 hp, um dirigível de passeio, também vendido a Boyce; N-10, c/ motor de 60 hp, foi um dirigível ônibus p/ servir de transporte coletivo. Fez algumas ascensões, mas nunca foi terminado; N-11, c/ motor de 16 hp, era cópia reduzida do N-10; N-12, réplica do N-9, foi outra encomenda de Boyce; N-13, luxuoso balão de ar quente e hidrogênio, p/ ficar semanas no ar, foi destruído por uma tempestade antes de ser experimentado.
  • 46. INSTITUÍDOS PRÊMIOS A QUEM FIZER VOAR UM APARELHO MAIS PESADO QUE O AR POR MEIOS PRÓPRIOS: 1904. Archdeacon, Aeroclube da França e Deutsch-Archdeacon. 1º, de Ernest Archdeacon, de 3.000 francos p/ quem voasse 25 m; 2º, do Aeroclube, de 1.500 francos p/ quem voasse 100 m; 3º, de La Meurthe e Archdeacon, de 50.000 francos p/ quem voasse 1.000 m em circuito fechado. Dumont interessou-se muito por eles.
  • 47. . 1905. faz um aeromodelo planador conforme protótipo de Cayley, há 100 anos. 1905. faz o 14-bis, um avião unido a um balão, p/ reduzir o peso na decolagem. 1905. inspirado em um hidroplanador, fez o ‘Ave de Rapina”, um biplano de células de Hargraves, c/ motor de 24 hp, depois trocado por um de 50 hp.O aeronauta ia em pé, em uma cesta central. Na 1ª. tentativa não decolou, na 2ª. saltou somente. No pouso a hélice e a parte traseira ficaram danificadas.
  • 48. Enfim... o voo do + pesado que o ar 1906. (23 de outubro) nas manobras do aeroplano pelo gramado o eixo da hélice se partiu, sendo logo consertado. Na presença de uma multidão o 14-BIS, agora envernizado para reduzir a porosidade do tecido e aumentar a sustentação, correu cerca de 100 m e decolou, ficou 6 segundos no ar e após haver atingido 3 m de altura, pousou a 60 m de onde partira. A prova havia sido cumprida: + do dobro da distância determinada fora coberta. Alguns dias depois voou 220 m, ganhando o Prêmio do Aeroclube da França!
  • 49. A cópia do Flyer, construída pelo portentoso Smithsonian Institute com tecnologia moderna não consegue voar em 2003: . . .
  • 50. A réplica do 14-Bis (autenticada oficialmente), construída pelo mecânico amador Allan Calassa, em Caldas Novas (GO), com a mesma tecnologia da época de sua invenção por Dumont, voa majestosamente várias vezes e em diversos lugares, em 2006: .
  • 51. Medalha Mérito Santos-Dumont, concedida aos que tenham feitos relevantes à aeronáutica brasileira .
  • 52. . • O AVIÃO - 1906 A 1914 • UM ESPORTE P/ A CLASSE ALTA NAS GRANDES CIDADES • OS PROJETISTAS TORNAM-SE MARCAS, VENDEM AVIÕES E ENSINAM A VOAR: • BLÉRIOT, AVRO, CURTISS, WRIGHT, FARMAN… HOMENS MADUROS PROCURAM GANHAR DINHEIRO E OS JOVENS PROCURAM AVENTURA DA PILOTAGEM. • DEMOISELLE, PRECURSOR DO ULTRA-LEVE, PROJETADO E CONSTRUÍDO POR SANTOS-DUMONT, QUE COLOCA O PROJETO À DISPOSIÇÃO DO PÚBLICO GRATUITAMENTE:
  • 53. . • O AEROCLUBE DA FRANÇA TORNA-SE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA EM 1909 PARA: ESTIPULAR NORMAS DE SEGURANÇA, DEFINIR TÉCNICAS BÁSICAS DE VOO E EXPEDIR LICENÇA DE VOO (BREVET): LICENÇA Nº 1 À BLÉRIOT; LICENÇA Nº 12 À DUMONT E LICENÇAS NºS 13 e 14 AOS WRIGHT. VIVE-SE A ERA DAS COMPETIÇÕES AÉREAS:
  • 54. TRAVESSIA DO CANAL DA MANCHA 1908 - PROMOTOR: JORNAL DAILY MAIL (GB), VALOR: 5000 LIBRAS, VENCEDOR: BLÉRIOT. CONVENÇÃO DE REIMS - 1909; VENCEDORES: GLENN CURTISS = PROVA DE VELOCIDADE HENRI FARMAN = PERMANÊNCIA NO AR 03:15 H LATHAM = ALTURA (C / ACOMPANHANTE) 155 M 1º SALÃO DE AERONÁUTICA DE PARIS 1909: AVIÕES À VENDA: FLYER = 30.000 FRANCOS ANTOINETTE = 25.000 FRANCOS BLÉRIOT = 10.000 FRANCOS DEMOISELLE = 7.500 FRANCOS
  • 55. . COMPETIÇÃO LONDRES-MANCHESTER: 320 KM - 1910; PRÊMIO: 10.000 LIBRAS PROMOVIDA PELO JORNAL DAILY MAIL. TAÇA SCHNEIDER – 1912; C/ COMPETIÇÕES ANUAIS, O PAÍS TINHA DE VENCER POR 5 ANOS CONSEUTIVOS. VITÓRIA SÓ ALCANÇADA EM 1931, PELA INGLATERRA, C/ O HIDROAVIÃO SUPERMARINE (DO QUAL SE ORIGINARIA O FAMOSO SPIT FIRE).
  • 56. . TRAVESSIA DO MAR MEDITERRÂNEO – 1913; DA FRANÇA À TUNÍSIA (ÁFRICA) PERCURSO DE APROXIMADAMENTE 750 KM; VENCEDOR: ROLAND GARROS (07:53 H/V) ------------------------------------------------------ ESPORTE X ARMA DE GUERRA: MILITARES DIVIDIDOS: - EM GERAL ACREDITAVAM SER O AVIÃO PROMISSORA ARMA DE GUERRA. ASSISTINDO DEMONSTRAÇÕES DO FLYER OFICIAIS ALEMÃES O ACHARAM INVIÁVEL GEN. FOCH (FR): “SERVE PARA ESPORTE, NÃO COMO ARMA” ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1ª EMPRESA. AÉREA USANDO AVIÕES – 01/01/1914 A “St. PETERSBURG-TAMPA AIRBOAT LINE” FAZ O 1º VOO COMERCIAL DO MUNDO (SÓ DURA ALGUNS MESES).
  • 57. . E NO BRASIL... O FRANCÊS DIMITRI DE LAVAUD CONSTRÓI O AVIÃO “SÃO PAULO” (OSASCO), EM 1910, E VOA 103M. O JORNAL “A NOITE” (RJ) 1911 PROMOVE A CORRIDA AÉREA PÇ. MAUÁ – ILHA DO GOVERNADOR C/ PERCURSO DE 48 KM... NÃO HOUVE COMPETIDOR. O AERO-CLUB BRASILEIRO É FUNDADO EM 1911 NA FAZENDA DOS AFONSOS (RJ). SÃO SEUS PRESIDENTES: DE HONRA SANTOS-DUMONT E DE ENCARGO ALMTE. JOSÉ C. DE CARVALHO.
  • 58. . O DIRETOR-SECRETÁRIO TEN. RICARDO KIRK OBTÉM P/ A INSTITUIÇÃO A FILIAÇÃO À FEDERAÇÃO AERONÁUTICA INTERNACIONAL (FAI) EM 1913 P/ EMITIR LICENÇAS E TRAZ 2 AVIÕES DA FRANÇA. A ESCOLA BRASILEIRA DE AVIAÇÃO: O MINISTÉRIO DA GUERRA E A CIA. GINO BUCCELLI (IT), MONTAM UMA ESCOLA, EM 1913, C/ 9 AVIÕES NOS AFONSOS, E COMO FISCAL DO GOVERNO É NOMEADO O PILOTO TEN. JORGE H. MOLLER. A ESCOLA NÃO FUNCIONA NÃO CHEGA A FORMAR PILOTOS. C/ O ADVENTO DA GRANDE GUERRA NA EUROPA, OS ITALIANOS RETORNAM À ITÁLIA. A FORÇA PÚBLICA DO ESTADO DE S. PAULO FUNDA SUA ESCOLA DE AVIAÇÃO EM GUAPIRA (SP). 1ª ENCONTRO AMERICANO DE AVIAÇÃO BRASILEIRO ACONTECE EM INDIANÁPOLIS, 1910.
  • 59. . E, NA FRANÇA, HENRI FABRE VOA O 1º HIDROAVIÃO, EM 1910 EM 1911 PERRY RODGERS VOA DE NOVA IORQUE À CALIFÓRNIA EM 84 DIAS!!! CONTEMPORANEAMENTE ACONTECE A 1ª FEIRA DE AVIAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS: ALTA – Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo -fundada em 1913 (Panamá) por um grupo de empresários da região. Destinava-se aos objetivos atuais da IATA c/ relação as empresas do T.A. latino-americanas. Fazer acordos bilaterais e auxiliar seus membros em assuntos comerciais. Instituição privada.
  • 60. . NO FINAL DE 1913 OS DESENTENDIMENTOS ENTRE AS PRINCIPAIS NAÇÕES DA EUROPA JÁ SE CARACTERIZAVA POR UM AMBIENTE PRÉ- GUERRA E AS PAIXÕES NACIONALISTAS SOBREPUNHAM-SE ÀS DEMAIS... INCLUSIVE AO NOVO ESPORTE - A AVIAÇÃO, QUE LOGO ASSUMIRIA UM NOVO PAPEL... O DE ARMA DE GUERRA. -----------------------------------------------------------////////////////////// Caudron G.3 reconhec. (Ing)
  • 61. . AVIÃO – uma ARMA na 1ª Guerra Mundial Por que guerra “mundial”? - Motor das guerras: o interesse econômico. - Motivo da Grande Guerra: redistribuição das colônias na África e na Ásia (ouro, diamantes e... petróleo) e a França insatisfeita com a perda de terras para a Alemanha na guerra anterior. beneficiados: França Inglaterra Rússia (EUA) prejudicados: Alemanha Áustria/Hungria Itália Sopwith Tabloid hidroavião de reconhecimento (Ing)
  • 62. . - Em 1915 a Itália muda de lado - Em 1917 a Rússia sai da guerra na Europa, por causa de uma guerra interna, a Revolução Bolchevique, com a qual os comunistas derrubam o regime czarista, tomam o poder e impõem a “ditadura do proletariado” ao país - Os EUA aproveitam a oportunidade para se firmar como grande potência e, assim, entrar na disputa pelos mercados mundiais. - Porque guerra “mundial”: os 2 grupos eram as principais potências econômicas do mundo e, por isto, a guerra deles afetou a economia da maioria dos países.
  • 63. . .
  • 64. - O estopim: um sérvio assassinou Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro que, em meados de 1914, declara guerra à Sérvia... e a França (e seu grupo) aproveita a chance e a guerra espalhou-se pela Europa e nela... o avião ! Primeiramente como instrumento de OBSERVAÇÃO (reconhecimento):100 HP, 800 Kg de peso, 95 km/h, umas 3 h/ autonomia e teto 10.000 ft. guerra de trincheiras... E o avião vence trincheiras NESTA ESTRÉIA COMO PLATAFORMA DE COMBATE MUITOS MODELOS FORAM CONSTRUÍDOS. Farman F.7 reconhec. (Fr)
  • 65. AVIÕES DE CAÇA: . Morane S T.N caça (Fr.) Albatroz D.III caça (Ing) Sopwith Caudron caça (Ing.) Fokker DR.I - 80 vitórias Manfred Von Richthofen - o “Barão Vermelho” Em média: 150 HP, 600 Kg, 200 km/h, 3 h/autonomia, 18.000 ft / teto, armados c/ 2 metralhadoras
  • 66. . AVIÕES DE BOMBARDEIRO: Caproni Ca.4 (IT) AEG-IV (AL) Zeppelin RV.I bombarbdeiro (AL) Sikorsky Ilya (RU) 150 HP cada motor, 3,5 ton, 150 km/h, 700 km/raio 12.000 ft / teto, 400 kg / bombas
  • 67. . FIM DA GUERRA: NOVEMBRO 1918 e INÍCIO DO TRANSPORTE AÉREO C/ AVIÕES: Aproveita-se a desmobilização dos profissionais da Aviação (pilotos, mecânicos e pessoal de apoio) e aviões de bombardeiros p/ o transporte de Passageiros e cargas Maior capacidade de carga – maior autonomia.
  • 68. . Dados importantes da Aviação na 1ª. Guerra Mundial: Aviação francesa formou + de 16.000 pilotos (+ de 7.000 morreram em combate). Os alemães perderam quase 7.800 pilotos e observadores. A Inglaterra formou 24.600 pilotos (9.300 morreram em combate). Tempo médio de vida do piloto britânico na guerra até 1916: 3 semanas.
  • 69. . Além do perigo do combate, os aviadores dos 2 lados partilhavam grandes riscos: - Voavam em aviões c/ cabines abertas, atrás de motores roncando e a temperaturas abaixo de 0°, c/ vento frio batendo-lhes c/ força . Motores rotatórios soltavam uma garoa de óleo lubrificante das válvulas de exaustão na direção do piloto. Sistemas de oxigênio ineficientes. Pára-quedas só existiram p/ os alemães e no final da guerra. Decolagens e pousos eram perigosos. A maioria dos pilotos novatos tinha dificuldade até p/ controlar o avião no céu e ainda tinham de ficar alerta p/ descobrir o inimigo e combatê-lo. A maior parte tinha pouca instrução tática. Além do adversário humano, tinha também um inimigo invisível: o frio. Muitos morreram congelados em cabines abertas s/ ineficientes a temperaturas baixas. Os ases da aviação eram admirados pelos demais. Acordavam s/ saber se estariam vivos no fim do dia. Inventavam táticas de acordo c/ a situação. Um grupo de pilotos da Marinha brasileira integrou um esquadrão inglês, p/ missões de patrulha no Canal da Mancha, s/ participar de combates. O Ten. Eugênio Possolo, faleceu em treinamento, chocando-se c/ outro avião.
  • 70. . Ases do combate aéreo: • Alemanha: Richtoffen c/ 80 vitórias e + 21 pilotos c/ 35 a 62 vitórias • Áustria-Hungria: Godwin Brumowski c/ 35 vitórias • França: René Fonck c/ 75 + 5 pilotos c/ 35 a 53 vitórias • Inglaterra: Edward Mannock c/ 73 + 12 pilotos c/ 35 a 54 vitórias • EUA: Eddie Rickenbacker c/ 26 vitórias • Rússia: Alexander Kozakov c/ 20 vitórias • Canadá: Willian Bishop c/ 72 + 8 pilotos c/ 35 a 60 vitórias • Austrália: Robert Little c/ 47 vitórias. (Galante, 2008)
  • 71. . - Avanços tecnológicos durante a guerra: motores +duráveis, leves e eficientes (até 300hp) uso do metal em partes da fuselagem, em especial na estrutura controles + precisos e melhor dimensionados 1ºs aviônicos: manômetro, velocímetro, altímetro, amperímetro, horizonte artificial, etc. estrutura de aeroportos, c/ telégrafos, observação meteorológica e equipe de rampa planilha de custos das operações aéreas
  • 72. . Após a guerra a importância do avião como eficiente plataforma de combate é inquestionável. Surge o: Poder Aéreo – conceito concebido pelo general eng. Giulio Douhet (Itália), de uma Força Aérea independente do Exército e da Marinha e à ela subordinados todos os meios aéreos do país: -formação e controle dos profissionais -indústria aeronáutica -Infraestrutura aeroportuária -controle do tráfego aéreo -empresas aéreas -formulação de políticas para a aviação civil -normatização e fiscalização da aviação civil
  • 73. . O Poder Aéreo necessita da existência de indústria de base (siderurgia/metalurgia) p/ ser independente de importações, pois, guerra dependente é guerra perdida. Recursos da Indústria: -financeiros -logísticos (energia, transportes, comunicações, saneamento) -materiais (matéria prima, edificações, maquinário) -operacionais (linha de produção, comercialização) -humanos (profissionais)
  • 74. . Economia: dependente = produtos básicos + financiamento público + importação de produtos industrializados ou absorção de tecnologia independente = produtos industrializados /serviços + financiamento privado + desenvolvimento de ciência & tecnologia Brasil: economia dependente = incapacidade de produzir aviões... ... que só veio acontecer 50 depois.
  • 75. Concentração do Parque Industrial Brasileiro (fgv)
  • 76. . EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO COMERCIAL DA ALEMANHA, FRANÇA e ESTADOS UNIDOS 1919 - Fundação da IATA – Associação Internacional do Tráfego Aéreo – Haia (Holanda) Aviação Comercial Alemã aviões Dornier Komet II Junkers F-13 G-24 JU-52 1919 - 1ª empresa de aviação comercial bem sucedida c/ Aviões: DLR rota Berlim (capital da Alemanha) e Weimar (cidade onde instalara-se a Assembléia Nacional) mala postal. Condor Syndikat é fundado para vender aviões e peças no mundo.
  • 77. . 1920 – DLR + KLM (Holanda) + DDL (Dinamarca) = 1ª linha internacional do mundo: Copenhagen - Hamburgo - Bremen - Amsterdã 1922 – Linha Koenigsburg (Alemanha) - Moscou (Rússia) 1.800 km 1923 – Linhas Berlim – Londres 1926 – Governo alemão força a fusão das empresas aéreas em uma: Luft Hansa 1926 – Linha Berlim (Alemanha) - Pequim (China) a 10.000 km 1927 – Luft Hansa assume o Condor Syndikat 1927 – Linha Berlim (Alemanha) – Teerã (Irã) 3.500 km passando por 5 países 1927 – Syndicat Condor chega ao sul do Brasil, c/ o hidroavião Dornier Wall (1º do RAB), representado pela firma Hermann Stoltz. O Ministério da Viação e Obras Públicas (Aviso 60/G) autoriza a operação entre Rio Grande e Rio de Janeiro, via Santos, Paranaguá, Florianópolis, Porto Alegre 1928 – muda o nome no Brasil para Syndicato Condor.
  • 78. . - Aviação Comercial Francesa: 1919 – 1ª linhas internacional Toulouse (França) – Rabat (Marrocos) 1920 – Linha Paris – Bucareste (Romênia) 1922 – Extensão da linha Bucareste – Constantinopla (Turquia) 1922 – Inaugurada a Sociedade Industrial de Aviação Latecoére: fábrica e transporte aéreo. 1923 – Linhas Paris – Londres, Lyon – Genebra (Suíça), Paris – Berlim, Marselha – Saigon (Colônia da Indochina a 10.000 km). 1923 – Linha da Colônia de Marrocos à Colônia do Senegal – Dacar. 1924 – Funcionários da Latecoére vêm ao Brasil estudar a implantação de uma linha Recife – Buenos Aires, c/ várias escalas. 1928 – Linhas Toulouse – Dacar (avião), Dacar – Recife (navio), Recife – Buenos Aires (avião) mala postal. Constrói campos de pouso ao pelo litoral brasileiro, uruguaio e argentino. No Brasil, recebe apoio da Missão Militar Francesa, nos Afonsos. 1930 – 1ª travessia do Atlântico Sul por avião comercial: Laté-28, pilotado por Jean Mermoz (piloto chefe da Latecoére). 1931 – a Aéropostale (antiga Latecoére) entra em falência. 1933 – Governo francês força a fusão das empresas. Surge a Air France.
  • 79. . Aviação Comercial dos EUA: 1919 – Algumas tentativas frustradas em NY e Flórida. 1920 – Início das operações de mala postal no noroeste (Seattle) e se espalha pelo território americano. 1920 – Emrpesas: Aeromarine Airways, Florida West Airways, Pacific Marine Airways e outras. 1920 – Surgem os primeiros táxi-aéreos, c/ aviões usados na 1 Guerra Mundial. 1920 – Usa-se um avião adaptado para lançar pesticidas sobre plantações.
  • 80. . 1925 – O Correio conclui a organização da mala postal aérea. 1925 – Juan Trippe funda a Colonial Air Transport (CAT). NY – Boston. 1926 – Juan Trippe deixa a CAT, vai p/ Miami e funda a Pan American Airways (PAN AM), c/ linhas Miami – Havana (Cuba). Foi a 1ª empresa Aérea dos EUA a transportar passageiros. 1926 – A Ford e a TWA fundam o serviço meteorológico p/ a aviação, através dos revendedores de carro. 1926 – Produzidos 190 unidades do Ford Trimotor (até 1932) p/ transporte de peças de carros e técnicos. 1929 – A Nyrba – NY - Rio de Janeiro - Buenos Aires Line é fundada nos EUA, c/Trimotores Ford e c/ hidros Sikorsky S-38 1929 – Quebra da Bolsa de Valores de NY, recessão econômica e a PAN AM compra a Nyrba. No Brasil surge a subsidiária da PAN AM, a Panair do Brasil, usando como nome o seu endereço telegráfico. 1930 – A subvenção financeira negada à Nyrba p/ voar à América do Sul é, então, concedida à PAN AM pelo governo americano.
  • 81. Juan Trippe X Cel. Ralph O’Neil . X
  • 82. . INÍCIO DO TRANSPORTE AÉREO COMERCIAL 1919 Milhares de pilotos, mecânicos, pessoal de apoio e aviões desmobilizados. Muitos campos de aviação e várias fábricas de aviões desativados. O Tratado de Versailles limitava: Alemanha só podia construir aviões até 60hp, 170kmh e 600kg/carga. Fabricantes alemães transferem-se p/ outros países: FOKKER = Holanda e DORNIER = Suíça, Itália e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, comandada pela Rússia).
  • 83. Aviões bombardeiros ainda não tinham autonomia p/ voar sobre oceanos. Só em linhas continentais. Grandes hidroaviões no transporte aéreo comercial: não precisavam de pistas e podiam amerissar (próprios p/ voar sobre oceanos). Baby Clipper Jahu . Savioa Marcchetti
  • 84. . Hidroaviões (estes só amerissam e os “anfíbios” amerissam e pousam), conhecidos por "Clipper", como o Boeing 314, o maior deles, realizou o 1º voo comercial à volta do mundo. 40 passageiros sentados ou 34 em camas, 2250kg/carga. Faziam rotas longas: Costa Oeste dos EUA para Havaí, Hong-Kong, Singapura e Nova Zelândia. Costa Leste para Lisboa, Marselha e Londres e, ainda, Bermudas, Brasil e África Ocidental. 1º hidroavião de passageiros: Junkers F-13 (piloto mais 4 passageiros) e c/ trem de pouso:
  • 85. A ERA DOS GRANDES HIDROAVIÕES DE PASSAGEIROS . Na 1ª. fase da Aviação Comercial, entre as 2 guerras mundiais, a infraestrutura existente p/ atender os voos era precária. Uma dificuldade da aviação comercial era transpor os oceanos. Era difícil, embora já existissem linhas regulares sobre eles... c/ muitas escalas em Ilhas e navios de apoio. Expansão das Linhas Aéreas O desenvolvimento de novas tecnologias Os Grandes Hidroaviões.
  • 86. . A Boeing fez um grande hidro p/ Juan Trippe, da Pan American, p/ atravessar o Atlântico s/ quase escalas o B-314, c/ 45 m /envergadura, 36 poltronas-camas, 4 motores de 14 cilindros e1500hp cada, 16.000 L / fuel, 3200 NM /alcance, (+ 6.000 Km),velocidade de cruzeiro 163 Kt e teto de 11 mil ft. 8500 nm via Ásia e África já em 1941 Embarque em um Iniciando a decolagem Baby Clipper Refeitório de bordo
  • 87. . A espaçosa cabine de comando Postos de pilotagem -O hidro cede vez ao que pousa... em terra. Quando a 2ª. Guerra Mundial acabou (1945) findou também a era dos grandes hidroaviões... -Nem a Beriev russa conseguiu emplacar os seus jatos anfíbios. -Muitos aeroportos foram construídos durante a guerra e os aviões c/ base em terra desenvolveram-se.
  • 88. . Algumas indústrias ainda tentaram insistir na continuidade dos hidros e anfíbios, como a alemã Dornier, a canadense Canadair e a russa Beriev, porém sem obter sucesso. Os grandes nomes da indústria aeronáutica de então: Boeing... Douglas... Curtiss... Laté... Caproni... Fiat... Junkers... Dornier... Fokker... projetam e constroem aviões c/ trem de pouso terrestre , que entram no cotidiano de todos os países. Os + utilizados: ALEMANHA - FRANÇA – EUA SUAS LINHAS AÉREAS CRESCEM, ULTRAPASSAM SUAS FRONTEIRAS A CAMINHO DE TODOS OS CONTINENTES... AMÉRICA DO SUL.
  • 89. . Em 1919 o consórcio alemão Condor Syndikat chega à Colômbia e funda a SCDATA (Avianca) e, na Bolívia, o Loyd Aéreo Boliviano em 1920. c/ aviões Dornier-Wal. 1927 – o Condor Syndikat chega ao Brasil e recebe apoio do presidente do Rio Grande do Sul – Getúlio Vargas, aficcionado da aviação – p/ iniciar suas atividades, c/ o nome de Sindicato Condor e, posteriormente, Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – SACS. Na disputa pela primazia, ganhou Otto Ernest Meyer, fundando a Viação Aérea Rio Grandense – VARIG, no mesmo ano.
  • 90. . Latecoére – os pioneiros da França: 1º destino internacional: África do Norte e, depois, o desafio de atravessar o Atlântico. Jean Mermoz o fez em um Laté-28 20:30 h/voo – 3100 km A linha francesa estendia-se até a Argentina. MISSÃO MILITAR FRANCESA NO BRASIL - 1919 a 1929: Escola de Aviação Militar – C. Afonsos Caudrons, Latés, Farmans são os aviões que formam os pilotos militares brasileiros... ...e o Positivismo, de Auguste Comte, também. Germe do Movimento Tenentista e base p/ a instituição de um futuro Ministério do Ar. (A Missão Mil. Francesa apoiava a Latecoére)
  • 91. . A HISTÓRIA DE ORTHON WILLIAN HOOVER -Piloto e mecânico de avião, amigo e colaborador do fabricante de aviões americano Gleen Curtiss -Vem ao Brasil em1916, trazendo 4 aviões p/ a Marinha de Guerra. Monta-os e ensina os marinheiros a voar... e apaixona-se pelo Brasil. -Retorna aos EUA, desliga-se da fábrica Curtiss e vem residir em S. Paulo, onde projeta aviões e treina pilotos. -Precursor do avião “Paulistinha” - projetou e construiu o “Ypiranga”, vendendo à Cia. de Aviação Paulista – CAP. -Precursor das escolas de aviação civis – montou sua escola de aviação pioneira em S. Paulo -Precursor dos aeroportos brasileiros - Projetou o Campo de Marte p/ ser a Escola de Aviação da Força Pública do Estado de S. Paulo -Participou da perseguição à Coluna Prestes, quando, em 1926, pousou o 1º avião em Goiás, Hoover era o piloto. Foi pouso forçado e noturno:
  • 92. .
  • 93. . .
  • 94. . DESENVOLVIMENTO DA AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA NAS DÉCADAS DE 1920 A 1940 MUITAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO FORAM FUNDADAS À ÉPOCA, A MAIORIA POR PILOTOS QUE DESEJAVAM EMPREENDER NO SETOR. MAS, A ‘FORMAÇÃO’ DESSES PROFISSIONAIS NÃO LHES DAVAM INSTRUMENTOS P/ DESENVOLVER GRANDES E COMPLEXAS EMPRESAS, COMO SÃO AS DA AVIAÇÃO. A MAIORIA DELES ACABAVA POR TER DE RECORRER AOS COFRES PÚBLICOS P/ MANTER SUAS EMPRESAS ATIVAS. NENHUMA DELAS SOBREVIVEU AO TEMPO. NENHUMA DAS QUE EXISTEM HOJE É DAQUELE TEMPO. O MERCADO INTERNACIONAL DE TRANSPORTEAÉREO É INSTÁVEL... MAS, O BRASILEIRO É MAIS... POR QUÊ?
  • 95. . FUNCIONAMENTO DO MERCADO BRASILEIRO DESDE QUE GETÚLIO VARGAS ASSUMIU O PODER (REVOLUÇÃO DE 1930) HOUVE UM GRADATIVO CRESCIMENTO DO TAMANHO DO ESTADO. TORNOU-SE ONIPRESENTE EM TODAS AS ATIVIDADES ECONÔMICAS, PASSANDO A SER O PRINCIPAL AGENTE DA ECONOMIA. DESDE LÁ, ESTA FORMA DE GOVERNAR PASSOU A FAZER PARTE DA CULTURA POLÍTICA DO PAÍS, C/ RAROS MOMENTOS DE TENTATIVAS DE LIBERAR O MERCADO DESSAS AMARRAS. DEVIDO A ESTA CARACTERÍSTICA, A INICIATIVA PRIVADA EM GERAL, P/ ATUAR, FICA NA DEPENDÊNCIA DAS BENESSES DO PARTIDO POLÍTICO QUE ESTEJA NO PODER. QUANDO HÁ MUDANÇA DE LADO, OBVIAMENTE A ALA EMPRESARIAL QUE APOIAVA O LADO PERDEDOR CAI EM DESGRAÇA, E A QUE APOIA QUEM ASSUME O PODER PASSA A SER BENEFICIADA.
  • 96. . O TRANSPORTE AÉREO, POR SER UM DOS SEGMENTOS DA ECONOMIA, SOFRE ESTAS MESMAS CONSEQUÊNCIAS: -SUAS EMPRESAS SOBEM E DESCEM AO SABOR DAS INCONSTANTES VARIÁVEIS POLÍTICAS, E NÃO SOMENTE PELAS VARIÁVEIS ECONÔMICAS. EXEMPLOS NOTÁVEIS DESSA INFLUÊNCIA: FALÊNCIAS DA PANAIR E VARIG, GRANDES EMPRESAS QUE FIZERAM NOME NO MEIO DO TRANSPORTE AÉREO.
  • 97. . PRINCIPAIS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO DAQUELE PERÍODO Sindicato Condor / Cruzeiro do Sul – 1927 : Fundada no Rio Grande do Sul pelo grupo alemão Condor Syndikat, que deu origem às 2 primeiras empresas aéreas da América do Sul – SCADTA, na Colômbia, e Loyd Aéreo Boliviano, na Bolívia. Iniciou suas OOP no RS e, depois, subiu o litoral até a capital federal, Rio de Janeiro e, depois, até o Nordeste. Pela Bacia do Prata chegou ao Pantanal Matogrossense, até Cuiabá, em 1933. Vendia aviões e peças, e p/ fixar-se neste ramo no mercado sul americano, estabeleceu linha aérea da Alemanha à Santiago (Chile), fazendo a mala postal, c/ aviões diversos, e até navios p/ a parte oceânica do trajeto.
  • 98. . 1933 – rota até Cuiabá e depois chega ao Acre via Rondônia, c/ aviões com trem de pouso terrestre (e não hidroaviões). 1935 – a sua rota litorânea chega à Fortaleza (CE). 1937 – inicia a rota para Carolina (MA). 1939 – substitui os hidros por Junkers Ju-52. Chega até Rio Branco AC 1943 – C/ a 2ª Guerra Mundial, faltam peças aos aviões alemães. O Governo brasileiro adere aos Aliados. A empresa se reestrutura: troca seus aviões alemães por “gringos” (DC-3) e passa a ser a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – SACS 1947 - rotas internacionais: Porto Rico, New York e Washington. 1963 – inicia operação com jatos (Caravelle). 1965 – Herda da ex-Panair Caravelles e Catalinas p/ as rotas da AMZ. 1970 – a Varig dominando o mercado, acirra a disputa entre elas. C/ gestão incapaz de enfrentar os desafios, suas finanças caem. 1975 – é adquirida pela Fundação Rubem Berta (Varig), que a mantém como subsidiária, talvez por conveniências fiscais. Mas, em 1993, é forçada a extinguir a marca
  • 99. . CONDOR / CRUZEIRO DO SUL
  • 100. . Aviões: 5 Dornier Wall 3 Junkers G-24 4 Ju F-13 7 Ju W-33/4 2 Ju 46 16 Ju 52 2 Focke Wulf 200 2 FW 58 Pós-guerra: 50 DC-3 5 Beech AT-11 3 Catalinas 3 DC-4 10 Fh C-82 19 Convair 240/340/440 11 YS-11 (turbo) 7 Caravelle (jato) 6 B-737 (jato) 8 B-727 (jato) 2 A-300 (jato) TOTAL: 166
  • 101. . VARIG – 1927: Fundada também no Rio Grande do Sul, pelo alemão Otto Ernest Meyer, um ex-funcionário das Casas Pernambucanas da família alemã Ludgreen. Iniciou suas atividades no Sul, seguindo a linha litorânea chegou ao Rio de Janeiro e prosseguiu rumo ao Nordeste. Foi a empresa aérea + duradoura do país (80 anos) e teve relevante participação junto ao Ministério da Aeronáutica de 1941 à 1985: -Adquiriu o Consórcio Real Aerovias Nacional -Absorveu serviços da PANAIR -Adquiriu os Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – SACS -OOP a Ponte Aérea Rio-S. Paulo -Prestou-se como a principal reserva da FAB no caso de conflito. Sua marca chegou a significar o país em muitas partes do mundo.
  • 102. . 1927 - Linha Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande c/ o hidro ‘Atlântico’. 1941 – Otto Ernest Meyer, fundador e sempre seu presidente, p/ fazê-la escapar das políticas de guerra, entrega a presidência ao seu 1º funcionário, Ruben Berta, que a preside até morrer (1966). 1942 – 1ª rota internacional – de Porto Alegre a Montividéu. 1945 – instituída a Fundação dos Funcionários da Varig que, depois, passou a se chamar Fundação Ruben Berta (1966), mantenedora da Varig. 1961 – Adquire o Consórcio Real Aerovias Nacional. 1965 – Assume as linhas interncaionais da Panair, que tinha a maior malha p/ o exterior. 1975 – Adquire os Serviços Aéreos cruzeiro do Sul – SACS.
  • 103. . 1977 – Passa a ter importante papel no mercado do transporte aéreo brasileiro, c/ todo apoio do MAer, via DAC. Principal instrumento de transporte logístico no Plano de Defesa Aérea Nacional, tornando-se fiel aliada do Regime Militar. 1985 - C/ o fim do ciclo militar, permanece c/ seu status na era Sarney. 1990 – No governo Collor inicia um processo de readequação do setor às novas políticas do país: é aberto o mercado da aviação nas rotas internacionais. Concorrem: Vasp, Transbrasil e Cias. estrangeiras. Diante disto começam os prejuízos da Varig. Fim do ciclo de benesses 1993 – Com a reestruturação p/ fazer frente às dificuldades implanta a Divisão CARGO VARIG. 1994 – A reestruturação da empresa dispensa + de 3.000 funcionários fecha 30 escritórios no exterior, suspende pagamentos a credores por 60 dias e renegocia contratos de leasing de ACFT. 1997 – Entra para a Star Aliance.
  • 104. . 1999 - A TAM passa a principal concorrente no mercado interno e inicia voos p/ o exterior. 2000 – Surge a Varig Log, como a 3ª maior empresa do grupo. 2001 – Gol no mercado doméstico, a Varig perde + espaço e suas dívidas aumentam. 2002 – A Fundação Ruben Berta rejeita acordo c/ credores e o BNDES deixa de procurar saída à crise da empresa. 2003 - Assina c/ a TAM proposta p/ se fundirem e compartilham vôos. Isto não acontece e ela perde a liderança do mercado interno p/ TAM. 2005 – C/ o fim do compartilhamento de vôos c/ a TAM, ela cancela rotas e a Gol a ultrapassa no mercado doméstico. Fundação Ruben Berta formaliza c/ a TAP a venda da Varig Log e da VEM (MNT) e entra c/ pedido de recuperação judicial (concordata) Em N. York livra-se de ter tomados aviões por Cias. de leasing dos EUA. O Judiciário tira a Fundação Ruben Berta da gestão da Varig. 2006 - A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) liquida o Aerus, fundo de previdência dos funcionários da Varig. S/ condições de honrar seus compromissos financeiros, entra em falência. 2007 – A Gol compra o que restou da Varig.
  • 105. . Aviões: 2 Dornier 2 Klemm 3 Ju 50 2 Ju F-13 2 Messerschmitt + 8 outros Pós-guerra: 47 DC-3, 8 Lockeed 10A 26 Curtiss Commando 13 Convair 240 10 Super-Constellation 5 DC-6 15 Electra (turbo) 11 Avro (turbo) 21 B-707 (Jet) 3 Caravelle (jet) 3 Convair 990 (jet) 25 B-727 (jet) 45 B-737 (jet) 11 B-747 (jet) 2 A-300 (jet) 15 B-767 (jet) 8 B-777 (jet) 4 B-757 (jet) 18 DC-10 (jet) 18 MD-11 (jet) TOTAL: 327
  • 107. . VASP – 1934: 1ª empresa aérea genuinamente brasileira -Fundada por um grupo de empresários paulistas p/ em, 1º lugar, apoiar os negócios no interior de SP e no Triângulo Mineiro, logo após a Revolução Constitucionalista de 1932. -C/ sua base no Campo de Marte, iniciou suas linhas p/ o interior até Uberaba, então, um centro de pecuária. -Foi a 1ª empresa aérea a operar em Goiás, logo no início da nova capital – Goiânia. -O governo de S. Paulo assume o controle acionário -1935. -Estende suas linhas pelo país, chegando a fazer linhas internacionais. -Reprivatizada (1990) inicia longo processo de degeneração até a falência. -Decretada intervenção em 2005.
  • 108. . 1933 – Implanta as rotas p/ São José do Rio Preto -SP via São Carlos -SP e p/ Uberaba -MG via Ribeirão Preto -SP. 1934 – As deficientes condições do Campo de Marte, sujeito a alagações, definiram a construção de um novo aeroporto p/ S. Paulo, Congonhas. P/ lá a Vasp transferiu toda sua infra-estrutura e, por isto, ficou conhecido como o “Campo da Vasp”. 1935 – O crescimento da empresa exigiu + investimentos, e seus fundadores recorreram ao governo de S. Paulo, que assumiu o controle da empresa. 1ºs aviões da VASP Monospar e Dragon
  • 109. . 1936 – Começa a voar p/ a capital da república – RJ. 1939 – adquire a empresa Aerolloyd Iguassu, da Companhia Chá Mate Leão. 1945 – A empresa amplia suas rotas aéreas p/ o interior, até o Norte do país, cobrindo todo o território nacional. 1947 – Adquire da Scandinavian Airlines e da Aerotransport todos os 17 aviões do modelo Saab 90 Scandia, tornando-se a sua única operadora no mundo.
  • 110. . 1955 – Inicia OOP c/ aviões turbo-hélices no Brasil: quadrimotor inglês Viscount 800, também adquiridos pela FAB para atender a presidência da república. 1962 – Adquiriu a empresa Lloyd Aéreo Nacional, então de propriedade do Cel. Gibson (futuro dono da TABA – Transportes Aéreos da Bacia Amazônica). 1968 – Entra na era do jato, c/ aviões ingleses BAC One Eleven 400.
  • 111. . 1972 – Lança no controlado mercado aéreo brasileiro o Plano SEM (venda de passagens Sem avalista, Sem entrada e Sem juros), pioneiro no parcelamento de longo prazo de bilhetes. 1982 – Adquire aviões da AIRBUS: A-300. O consórcio europeu iniciava sua disputa c/ a onipresente Boeing (USA). 1991 – Devido aos efeitos da hiper-inflação no governo paulista, a Vasp é reprivatizada e assume seu controle acionário o dono da principal companhia de ônibus coletivos de Brasília e dono de uma empresa de táxi aéreo, Wagner Canhedo. 1992 – C/ a abertura do mercado inicia seus voos internacionais c/ aviões A-300 e B-727-200. 1994 – Assume o controle acionário do Lloyd Aéreo Boliviano, da Ecquatoriana de Aviación e da Transportes Aereos Neuquén (da Argentina), formando o grupo VASP Air System.
  • 112. . 1997 – Inicia um longo processo de desajustes financeiros, aumentados c/ a liberação do mercado ainda durante o governo Collor, que intensificou a concorrência. 1998 – O VASP Air System, s/ condições financeiras, é desfeito. 2004 – O DAC suspende 8 de seus aviões (falta de segurança) que, s/ condições de se realizar a manutenção prevista, tornam-se fonte de suprimento aos outros (canibalização). Sofrendo pesada concorrência de empresas que adotaram a administração low cost low fare, a Vasp perdeu rapidamente espaço no mercado e sua situação financeira piorou. 2005 – O DAC cassa a autorização de funcionamento da Vasp, encerrando suas atividades. Assim, acaba a 1ª Cia. Aérea bem brasileira.
  • 113. . Aviões: 2 Monospar, 1 Dragon, 7 Ju 52 Pós-guerra: 28 DC-3, 17 Scandia 14 Curtiss Commando, 12 DC-4 16 Viscount (turbo), 8 YS-11 (turbo) 10 E-110 (turbo), 2 BAC One Eleven (jet), 31 B-737 (jet), 10 B-727 (jet), 4 A-300 (jet). TOTAL: 163.
  • 114. . PANAIR – 1929 : A norte-americana NYRBA - New York / Rio / Buenos Aires, comprada pela Pan Am logo no seu início, teve seu nome modificado para Panair. Funcionou como o braço latino americano da Pan Am até a aquisição da maioria das ações pelos grupos brasileiros Simonsen & Miranda da Rocha, já na década de 1950. Enquanto subsidiária da Pan Am, foi responsável por prover as instalações de bases militares norte-americanas no norte e nordeste brasileiros, de instalar estações rádio de apoio à navegação e de coletar a borracha produzida na Amazônia para o esforço de guerra, na 2ª G.M. Instalou uma oficina de grupos moto-propulsores em Petrópolis e operou várias linhas internacionais e na Amazônia.
  • 115. . 1929 – Inicia suas OOP aqui como NYRBA do Brasil S.A., subsidiária da NYRBA Inc. (New York / Rio / Buenos Aires) do Cel. Ralph Ambrose O’Neill. -Tentara comprar a ETA – Empresa de Transporte Aéreo (de Anápolis - GO) s/ sucesso. -Montou sua sede no aeroporto do Calabouço (em 1936 inaugurado como Aeroporto Santos-Dumont) - RJ. -Foi a 1ª empresa a ter sua sede na capital federal. -Fazia o transporte de malas postais. 1930 – Pan Am compra a Nyrba e nasce a Panair do Brasil
  • 116. . 1931 – Estabelece vôo de passageiros entre Belém e Rio... 5 dias. 1933 – Inicia suas OOP na Região Amazônica c/ hidroaviões e aviões anfíbios chegando a Manaus Panair: Belém / Manaus 1937 – Inaugura nova sede no Aeroporto Santos-Dumont, inspirada em sua base de hidroaviões Pan-Americana & Terminal Bulding (Miami - USA).
  • 117. . 1941 – Durante a 2ª Guerra Mundial, pelo Decreto-Lei 3.462, de 25/06/1941, ficou encarregada de construir, melhorar e manter os aeroportos de Macapá, Belém, S. Luis, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió e Salvador, p/ servirem de bases operacionais às Forças Armadas norte-americanas, em suas ações anti-submarinas e de apoio ao desembarque na África do Norte. Também ficou encarregada de transportar a borracha produzida na região p/ Belém, onde era embarcada em aviões americanos p/ os EUA, como matéria prima à sua indústria de guerra.
  • 118. . 1946 – Grupos empresariais brasileiros adquirem o controle acionário da empresa (52%), iniciando sua nacionalização. Compram o Lockheed Constellation 049 (1ª Cia aérea fora dos EUA a operar este modelo). 1947 – inicia a expansão de suas linhas pela Europa, até 1954, chegando a Roma, Paris, Londres, Madrid, Lisboa, Istambul, Zurique, Hamburgo, Düsseldorf e Frankfurt. Chegou ao Cairo e a Beirute. 1953 – Faz promessa de compra dos novos jatos De Havilland Comet. Mas, diante dos acidentes c/ o modelo, desiste da aquisição no ano seguinte. 1961 – Ingressa na era do jato com os birreatores franceses Sud Aviation Caravelle. No mesmo ano os grupos empresariais de Celso da Rocha Miranda e de Mário Wallace Simonsen adquirem o controle acionário da empresa, com 64% de suas ações.
  • 119. . GRUPO SIMONSEN: + DE 30 EMPRESAS, EXPORTAÇÃO DE CAFÉ E TV EXCELSIOR. CRUPO ROCHA MIRANDA: COMPANHIA DE SEGUROS, REPRESENTAÇÕES (inclusive de aviões europeus). APOIADORES DOS GOVERNOS VARGAS E JK (PSD & PTB) 1964 – MUDA O GOVERNO: EDUARDO GOMES CANDIDATO DA UDN À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA POR 2 X AGORA É O MINISTRO DA AERONÁUTICA
  • 120. . 1965 – Alegando situação financeira crítica da empresa o Ministro da Aeronáutica, Brig. Eduardo Gomes, suspende o certificado de OOP da Panair, determinando sua falência e distribuindo suas linhas entre a Varig e a Cruzeiro do Sul. Encampa a sua subsidiária CELMA – o único centro de manutenção de jatos da América do Sul, e transforma o acervo de seu departamento de navegação aérea em uma empresa estatal, a TASA – Telecomunicações Aeronáuticas S.A. AVIÕES: 105 7 Commodore, 6 Sikorsky S-38, 3 Fh 942, 7 Baby-Clipper 20 Lockheed Lodestar, 22 DC-3, 4 DC-6, 8 Catalinas, 4 DC-6 14 Super-Constellation, 6 DC-7, 4 DC-8 jet, 4 Caravelle jet
  • 121. .
  • 122. . OUTRAS EMPRESAS AÉREAS FUNDADAS NAQUELA ÉPOCA: ETA (Anápolis) – 1928 = 2 Aerolloyd Iguassu – 1933 = 5 NAB – Nav. Aérea Brasileira – 1938 = 32 Aero Geral – 1941 = 8 Aerovias Brasil – 1942 = 46 LAB – Linhas Aéreas Brasileiras – 1943 = 5 LAP – Linhas Aéreas Paulistas – 1943 = 7 Real – 1943 (Consórcio Real Aerovias Nacional-1954) = 68 VASD – Viação Aérea S. Dumont -1944 = 5 Transcontinental - 1944 = 11 Meridional – 1944 = 3 Aerovias Minas Gerais – 1944 = 8 Viação Aérea Arco íris – 1945 = 7 Viação Aérea Bahiana – 1945 = 6 OMTA – Org. Mineira de Transp. Aéreo – 1946 = 24 VIABRAS – 1946 = 4 Linhas Aéreas Natal – 1946 = 4 SAVAG – 1946 = 4 Nacional – 1946 = 46 VITA – 1946 = 0 Linhas Aéreas Wright – 1947 = 2 Bandeirantes – 1947 = 7 ITAÚ – 1947 = 13 Universal – 1947 = 3 TAC – Transportes Aéreos Catarinenses – 1947 = 5 TASA - Transporte Aéreo Sul-Americanos – 1947 = 3 Central - 1947 = 3 Lóide Aéreo Nacional – 1947 = 50 Aeronorte – 1948 = 17 TAS – Transporte Aéreo Salvador – 1949 = 17 TOTAL: 33 em 22 anos!!!
  • 123. . TRANSBRASIL – 1956 Empresa aérea que, embora sua origem é após o entre-guerras, competiu no mercado brasileiro por 4 décadas e c/ bom nº de aviões e rotas, inclusive, internacionais. -Fundada pelo Cmte. Omar Fontana, filho do dono da indústria Sadia, que iniciou a OOP c/ 1 DC-3, voando de Florianópolis à São Paulo, via Videira e Joaçaba. Consta que a origem foi o transporte de carga e funcionários da Sadia entre seus pólos produtores, evoluindo depois p/ empresa aérea. 1961 – Adquire a Cia. Transportes Aer. Salvador passando a voar p/ NE. 1963 – Compra aviões turbo-hélices ingleses Dart Herald e completa sua malha nacional. 1970 – Adquire jatos Bac One Eleven, aumentando e melhorando suas linhas para as capitais e principais cidades do país. 1973 – Abre capital aos seus funcionários e muda a razão social p/ Transbrasil S.A. Linhas Aéreas. 1977 – O DAC autoriza a operar “vôos noturnos” c/ 30% de desconto, fugindo da tabela padronizada a todas as empresas aéreas.
  • 124. . 1983 – Como o DAC reservava as linhas regulares internacionais à Varig, a Transbrasil Inicia seus voos internacionais como “charter” (fretamento não regular) p/ Orlando (Flórida – USA), c/ aviões B - 767. 1988 – A saúde financeira da empresa fica crítica. O DAC intervém e afasta da presidência o fundador Omar Fontana. Só a restitui após um ano, ajustada às suas possibilidades de sobrevivência no mercado. 1991 – C/ a liberação do mercado no governo Collor, obtém autorização para fazer linhas p/ Miami, New York, Washington, Viena, Buenos Aires, Amsterdam e Londres. 1995 – Institui o InterBrasil Star - segmento regional, c/ E-120. Inicia voos p/ China, porém suspensos logo a seguir, pois essas linhas consideradas como forma de recuperar a empresa, exigem aportes que ela não consegue sustentar. Mesmo ganhando ação de indenização contra o governo, os recursos obtidos não foram suficientes para salvar a empresa. 2000 – Morre o fundador Omar Fontana e ela entra em rápido declínio. 2001 – S/ crédito p/ comprar até combustível a seus aviões restantes, c/ todos os voos cancelados, consequentemente, faliu. AVIÕES USADOS: DC-3, Dart Herald, Bac-111, B-727, B-707 cargo, B-737, B-767, e E-120 / E-110 na “regional”.
  • 126. . FUNDAÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA . Sen. Salgado Filho 1º Ministro da Aeronáutica Gládio Alado Movimento Tenentista exerceu grande influência na aviação brasileira. Inicia c/ atuação da Missão Militar Francesa, contratada em 1920 pelo Brasil, p/ modernizar o Exército e implantar nas escolas militares o sistema de formação do combatente europeu. Reforçou nessa formação os valores do Positivismo, do filósofo francês Auguste Comte: ‘ações humanas positivas, o que é abstrato (emoções e a afetividade) não fazem parte do mundo concreto, que só acontece pela ação humana’. Conceito já conhecido no meio brasileiro: proclamação da República - lema da bandeira expressava a idéia positivista: Ordem e Progresso (s/ ordem não há como uma nação progredir). Os jovens militares entenderam que tinham de participar da construção do país. Assim, surgiu o “Movimento Tenentista”.
  • 127. . AÇÕES TENENTSTAS: 1922 - Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, p/ forçar reformas moralizadoras no Estado Brasileiro. Especial participação de Eduardo Gomes, então, oficial navegador da Escola de Aviação Militar (SBAF). 1924 - Revolução de 1924, c/ o mesmo objetivo e c/ a tomada da capital paulista, recebendo adesão dos gaúchos. Não obtiveram êxito, mas incentivaram o espírito de revolta contra a política “Café-com-leite” dos fazendeiros paulistas e mineiros. (o movimento se divide; os tradicionais, c/ E. Gomes, e os comunistas c/ Miguel Costa e Carlos Prestes). 1929 – Ala Tradicional ,junto à Aliança Liberal, prega a justiça trabalhista, voto secreto e voto feminino, e medidas moralizantes da política. 1930 – Aliam-se à Vargas na revolução que o colocou no governo e alterou de vez a estrutura de poder no país. São nomeados interventores de alguns estados. 1932 - A gestão tenentista em SP gera insatisfação popular, por falta de tato político. Somando-se à insatisfação pela anterior deposição do presidente da república paulista, explode a Revolução Constitucionalista. 1934 - Vargas afasta-os do poder e eles passam à oposição.
  • 128. . C/ a quebra da bolsa de Nova Iorque, teve fim a exportação de café. Urge desenvolver um parque industrial + um mercado consumidor interno, p/ redirecionar a economia, e não mais depender do mercado externo. Buscando concentrar poder p/ conseguir assim estruturar o país, Vargas implanta a ditadura conhecida por ‘Estado Novo’ e inicia os projetos de INTEGRAÇÃO NACIONAL. A aviação teve participação decisiva nesses projetos de interiorização: -Levar a autoridade do governo central aos domínios das oligarquias (os pilotos eram oficiais do Exército); -Abrir rotas aéreas p/ interiorização das ‘comerciais’;
  • 129. . Uma das idéias sugeridas pelos franceses e adotada pelos tenentistas, era a da instituição de um Ministério do Ar, sob o conceito de Poder Aéreo. Começam uma campanha c/: -artigos na imprensa, -palestras, -reuniões c/ participação de políticos, -junto ao Congresso Nacional. Apesar da natural resistência do comando (viam na proposta uma possibilidade de diminuição de seu poder) ganhava adeptos da maioria porque se percebia ser melhor ter 3 do que somente 2 ministros militares no poder. Os mais ativos: Eduardo Gomes, Deoclécio Lima de Siqueira, Joelmir Campos de Araripe Macedo, Casimiro Montenegro Filho, Nelson Freire Lavenére-Wanderley, Márcio de Souza e Mello, Clóvis Travassos, Délio Jardim de Mattos, entre outros.
  • 130. . C/ a II Guerra Mundial os norte-americanos pressionam a Argentina e o Brasil p/ definirem de que lado estavam (políticos desses países simpatizavam-se ao nazi-facismo). Os EUA precisavam estabelecer bases militares no litoral norte-nordeste brasileiro, p/ vigiar o Atlântico Sul contra os ataques dos submarinos alemães aos comboios marítimos c/ material para sua indústria de guerra, e p/ utilizá-las como trampolim das tropas ao norte da África, onde se definia o domínio sobre a Líbia, a Argélia, a Tunísia e o Egito. Vargas optou por negociar a adesão do Brasil aos Aliados, recebendo em troca a implantação da indústria siderúrgica no país, base à produção da indústria nacional, cedendo à construção de bases em Macapá, Belém, Fortaleza, Natal e Recife, que até hoje servem aos aeroportos daquelas cidades.
  • 131. . Cedeu também às pressões internas p/ a instituição de um ministério do ar e, assim, em janeiro de 1941, nasce o Ministério da Aeronáutica, sob o conceito de Poder Aéreo, transferindo-lhe as aviações do Exército e da Marinha e subordinando-lhe o Departamento de Aviação Civil – em que estavam agregados todos os meios aéreos civis – do, então, Ministério da Viação e Obras Públicas (hoje, Ministério dos Transportes). Estrutura do novo Ministério da Aeronáutica: Comando Geral do Ar, responsável pela operacionalização da Força Aérea Brasileira (FAB) Comando Geral do Pessoal Comando de Apoio Militar Dptº de Pesquisa e Desenvolvimento Dptº de Ensino Dptº de Aviação Civil, sob o qual ficou subordinada toda a Aviação Civil Brasileira até 2006 (65 anos depois) quando foi instituída a ANAC.
  • 132. . Dentro do Comando Militar de Apoio ficou a DIRETORIA DE ROTAS AÉREAS responsável pelo -CAN – Correio Aéreo Nacional (implantar rotas aéreas) -SPV – Serviço de Proteção ao Vôo (navegação aérea) ambos instrumentos dos PROJETOS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL de G. Vargas C C-47 do CAN e Estação-rádio da DRA
  • 133. . AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA II GUERRA MUNDIAL ÚTEIS À AVIAÇÃO COMERCIAL: Derrotada na 1ª Guerra, a Alemanha tenta de novo, pelas armas, a soberania sobre a Europa (1939 a 1945). A novidade era a blitzkrieg (guerra relâmpago): -Avanço rápido constante, s/ dar chance do inimigo se reagrupar p/contra-atacar. Principais armas: Tanques velozes, leves, c/ torres giratórias e canhão de recuo; Infantaria motorizada; Bombardeiros de mergulho (Stuka). (Stuka em voo picado e c/ canhões anti-tanques)
  • 134. . MELHORES CAÇAS (ALEMANHA, INGLATERRA, EUA): - ME-109 3.1 t, 1.450 hp, 620 km/h, 11.700 m/teto 720 km/alcance - Spitifire (2.8 t, 1.030 hp, 580 km/h, 9.700 m/teto, 630 km/alcance) - P-51 Mustang (5.5 t, 1.650 hp, 700 km/h, 12.700 m/teto, 1.600 km/alcance) Ases da Aviação de Caça: pilotos combatentes que conseguiam um grande nº de vitórias. Alguns dizem que o termo “ÁS” surgiu do jogo de cartas com que os pilotos em alerta se distraíam enquanto aguardavam nova ordem de missão.
  • 135. .. Um exemplo excepcional: O jovem Erich Hartmann , piloto de Messerschmitt ME Bf 109 G abateu 352 (260 eram caças) aviões inimigos, em 1.425 missões de combate, em 2,5 anos. Em 24/08/1944 abateu 11 caças russos em 12 minutos e o ditador Stalin ofereceu recompensa de US$50.000 a quem o abatesse. Aposentou-se em 1970 como coronel da Luftwaffe e faleceu em 1993 com 71 anos.
  • 136. . AVIAÇÃO NO FINAL DA 2ª GUERRA MUNDIAL - OS GRANDES BOMBARDEIROS E OS PRIMEIROS JATOS - aviões que, no pós-guerra, mudaram o transporte aéreo de longo curso: B-24 Liberator (US) 1941 Comprimento 20,6 m Envergadura 33,5 m Altura 5,5 m Peso máximo 29.500 kg Motores 4xPratt & Whitney 1800 hp Velocidade máx. 470 kmh Alcance 3.400 km Teto 8.500 m Armamento: Metralhadoras 10 x 12 mm Bombas 5,800 kg de bombas Tripulação 10
  • 137. . Boeing B-17 “Fortaleza Voadora” 1943 Comp. 22,66 m Largura 31,62 m Altura 5,82 m Peso máximo 24.495 kg Velocidade máxima 462 km/h Alcance - 3.219 km Teto - 10.850 m Armamento: 13 metralhadoras .50 e 2000kg Bombas Tripulação 10 4 motores Wright/Cyclone 1200hp Boeing B-29 Superfortress 1945 Comprimento 30,18 m Envergadura 43,05 m Altura 9,02 m Velocidade máxima 574 kmh Teto 10.250 m Peso máximo 60.560 kg Bombas 9.000 kg Motores 4 Wright 2200 hp Vel. Máx. 550 kmh Alcance 2.000 km Tripulação 11
  • 138. . FOCKE WULF FW 200 1938 Motores 4 BMW 1.200 hp Envergadura 32.8 m Comp. 23.5 m Alt 6.3 m Peso Max. 22.700 kg Vel. Max. 360 kmh Teto 5.800 m Bombas 2.100 kg Mísseis 2 Hs293 Tripulação 7 e o Douglas DC-4 1941 Comprimento 28,60 m Envergadura 35,81 m Altura 8,83 m Velocidade máxima 451 kmh Peso máx. 33.100 kg Alcance 2.000 km POB 44 + 6 Motores 4 Wright 1450 hp Teto 6.800 m
  • 139. . DESENVOLVIMENTO DOS MOTORES A JATO: ME-163 KOMET 1944 Tripulação 1 Motor-foguete potência equivalente a 2000 hp Dimensões Env. 9,3 m Comp. 5.7 m Alt. 2.7 m Peso máx. 4.100 kg Vel. Máx. 960 kmh - Asc. 5000m/m Teto 16.500 m Armamento 2 canhões 30 mm. HEINKEL He – 162 1945 Motor BMW jato pot. Equivalente a 1400 hp Dimensões Env. 7.2 m Comp. 9,0 m Alt. 2.6 m Peso Máx. 2.700 kg Vel. Máx. 840 kmh Autonomia 700 km Teto 12.000 m - Armamento 2 canhões de 30 mm e 2 de 20 mm.
  • 140. . HEINKEL 178 1939 - 1 trip. Comprimento 7,48 m Envergadura 7,20 m Altura 2,10 m Peso máximo 1 998 kg Motores 2 HeS 3 pot. equiv. a 2.500 hp Velocidade máx. 700 kmh Alcance 200 km Teto não verificado MESSERSCHNITT ME 262 345 unid. 1944 Tripulação 1 Motores 2 Jumo 004B pot. equiv. 2.500 hp Dimensões env. 12.5 m comp. 11.8 m alt. 3.8 m Vel Máx. 870 kmh vel. ascensão 1.200 m/min Teto 11.500 m Alcance 1.050 km Armamento 4 canhões de 20 mm
  • 141. . ARADO Ar 234 1944 BOMBARDEIRO Tripulação1 Comp. 12.63m Env. 14.10m Alt. 4.30m Peso máx. 9.850 kg Motores 2 jt Jumo 109/4 pot. equiv. 1.800 hp Vel. Máx. 742 kmh Alcance 1.100 km Teto 10.000m Armamento 2 canhões de 20 mm e 1.500 kg bombas ============================ C/ o fim da guerra os vencedores, EUA, Inglaterra e URSS se apoderaram do acervo tecnológico germânico, estudando-o e, dele, desen-volveram projetos bem sucedidos: -1º caça jato totalmente OOP produzido em larga escala, -1º avião comercial a jato c/ grande capacidade de carga.
  • 142. . GLOSTER METEOR 1944 Tripulação 1 Dimensões Comp. 13.6m Env. 11.3m Alt. 3.9m Peso 7120 kg Vel. Máx. 965 kmh Teto13.100 m Motores Rolls Royce D8 3.500 lb cada Armamento 4 canhões de 20 mm Alcance 600 km ................................................................................................................... COMET DE HAVILLAND 1949 121 unid. Dimensões Comp.35,97m Env.35,00m Alt. 8,69m Motores 4 jatos Rolls Royce Avon 525B 4.763 lb Peso 73.500Kg Primeiro voo 27 julho 1949 Vel. cruzeiro 809km/h Vel. máxima 880 Km/h Autonomia p/ voar até 4.300Km Tripulação Técnica 3 Passageiros 72
  • 143. . DESENVOLVIMENTO DO RADAR Radar foi projetado por Christian Hülsmeyer na Alemanha (1904) s/ utilidade prática (baixa precisão construção difícil e detecção ineficiente). Pierre David (1934) encontrou o estudo realizado pelo alemão e iniciou experiências para a localização de alvos. Em 1935, foi instalado o primeiro sistema de radiotelemetria no navio Normandie (GB)p/ prevenir a aproximação de obstáculos. No início da II GM (1939), Watson Watt melhorou e desenvolveu o sistema de telemetria fixa e rotatória. Os radares ingleses foram importantes na previsão de ataques , pois detectava distância, velocidade e direção. A Alemanha também estava desenvolvendo sistema similar, mas p/ uso diferente: aumentar a precisão de tiro.
  • 144. . Inovações tecnológicas da 2ª G.M. na Europa aproveitadas pela aviação comercial -Desenvolvimento de motores mais potentes e duráveis -Aperfeiçoamento do radar e da radiocomunicação -Aumento da capacidade de carga – autonomia de voo -Desenvolvimento do motor a jato -Invenção de sistemas de navegação (NDB, VOR, ILS, INS...) -Melhoria e padronização das cartas aeronáuticas -Procedimentos de voo IFR – diurno e noturno -Estruturação da logística de apoio à aviação .--------------------------------------------------------------------- Efeitos: Formação mais técnica dos profissionais do setor e uma convenção internacional p/ estabelecer padrões.
  • 145. . CONTRIBUIÇÃO DA GUERRA NO PACÍFICO À AVIAÇÃO COMERCIAL: Guerra do Pacífico: Japão X EUA, GB, China e aliados c/ ocupação nipônica de parte da China (1937). Mudou p/ guerra total em 07/12/1941, c/ ataque aéreo japonês à Pearl Harbor (Havaí). 2 etapas: 1937/1942 Japão na ofensiva, ocupou: parte da China, Hong Kong, Singapura, Tailândia, Birmânia, Malásia, Filipinas, Nova Guiné, Índias Orientais Holandesas, Ilhas Salomão e atacou Pearl Harbor. ==============================
  • 146. . ATAQUE A TOKIO – o revanche Um esquadrão de B-25 - bombardeiros médios – após muito treino, decolam de um porta-aviões e bombardeiam a capital japonesa, s/ autonomia p/ o retorno. Os sobreviventes deveriam procurar socorro junto aos chineses.
  • 147. . O início do fim: A partir da Batalha de Midway, c/ vitória americana impedindo o desembarque japonês e destruindo os seus porta-aviões, os EUA passam à ofensiva e foi reconquistando os territórios invadidos, c/ as batalhas de Guadalcanal, Tarawa, Golf de Leyte, Filipinas, Saipan, Iwo Jima e Okinawa, encerrando a guerra c/os ataques atômicos em Hiroshima e Nagasaki e c/ a rendição em 02/09/1945, 4 meses após a Alemanha. Uma guerra em terrenos inóspitos: ilhas montanhosas cobertas por florestas e pântanos.
  • 148. . Tenente Hiroo Onoda ex-oficial do Exército Imperial Japonês da 2ª Guerra Mundial (Tóquio -91 anos). Em 26/12/1944 na ilha Lubang nas Filipinas, recebeu ordens a fazer tudo p/ resistir à invasão da ilha e que não se rendesse. - Fim da guerra, mas Onoda e outros esconderam-se na selva. Ele foi o único que sobreviveu. Encontrado anos depois por um estudante japonês que tentou lhe atualizar sobre o fim da guerra e o novo contexto mundial, se recusou a acreditar e afirmou que só se renderia caso recebesse ordens diretamente de seu oficial superior. Em 1974, seu antigo comandante foi em seu esconderijo e deu-lhe ordem p/ entregar suas armas. Aposentado, mudou-se p/ o Brasil, tornando-se Fazendeiro no Pantanal (MS).
  • 149. . AVIÕES LEVES PARA AUMENTAR A AUTONOMIA: “ZERO” - Mitsubishi A6M5-52; Motor Nakajima radial de 1.130 hp; Peso máx DEP: 2,7 ton; 560 kmh/vel; 11.750 m/teto; 1.900 km/alcance; Armamento: no nariz - 2 metralhadoras de 13.2 mm e 1 de 7 mm; nas asas - canhão 20 mm e 4 metralhadoras de 13,2 mm (não tinha blindagem). 11.000 unidades fabricadas No início não haviam grandes bombardeiros que cruzassem oceanos e a construção de porta-aviões (Japão e EUA) possibilitou o uso de aviões menores. Kamikazes – pilotos suicidas Nakajimas: torpedeiro e bombardeiro leve S/ grandes aviões os porta-aviões possibilitou o uso de aviões menores.
  • 150. . A GUERRA NO PACÍFICO CONTRIBUIU PARA: - Infraestrutura aeroportuária simples e eficiente* - Sistema de apoio logístico fácil de montar* - Unidades aéreas capazes de se auto-sustentarem* - Formação de técnicos no local* - Fabricação e adaptação de peças no local - Sistemas de comunicações e navegação c/ poucos recursos, mas em condições de operar - Cadeia de comando (gerenciamento) tático rápido* - Porta-aviões como navio comando de esquadra, em substituição aos Couraçados. Alguns destes itens foram aproveitados principalmente pela aviação comercial de pequeno porte (regionais). ============================================================================= RESULTADOS DA 2ª GUERRA MUNDIAL: -por volta de 60 milhões de mortos, -mais de 100 milhões de feridos, -milhares que ficaram aleijados, -milhares de famílias desfeitas, -dezenas de cidades destruídas, -economia de muitos países falida. ...em apenas 6 anos de guerra.
  • 151. . Redesenho da economia no mundo: Estados Unidos se consolida como maior potência, exercendo influência na Europa, Japão e adjacências. Na área militar forma-se a OTAN. URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, comandada pela Rússia, contrapõem-se ao Ocidente . Na área militar forma-se o Pacto de Varsóvia. Inicia-se a Guerra Fria, que será a tônica por mais de 40 anos. ............................................................................................................................. A função da aviação no pós-guerra: C/ o aproveitamento da tecnologia dos grandes bombardeiros e dos sistemas logísticos desenvolvidos no decorrer da guerra, a aviação torna-se o principal meio de transporte p/ manter a integração dos blocos dos países alinhados c/ os EUA e c/ a URSS (bipolaridade). Assim, as linhas internacionais multiplicam-se. As antigas empresas aéreas crescem e novas empresas surgem, intensificando o tráfego aéreo. Os EUA convocam os países p/ Convenção de Aviação de Chicago, em 1944, p/ estabelecerem padrões de funcionamento à Aviação Civil Internacional.
  • 152. . constante Guerra de Espionagem (1945 / 1990) Muro de Berlim 65 km (1961 / 1989) Guerra da Coréia (1950 / 1953) Crise dos Mísseis de Cuba (1962) Guerra do Vietnã (1965 / 1973) Guerra do Afeganistão (1979 / 1989)
  • 153. . CONVEÇÃO DE CHICAGO DE 1944 E OACI 1946 52 países reunidos NORMAS E RECOMENDAÇÕES P/ AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL MANTIDO O PRINCÍPIO DA SOBERANIA AÉREA DOS PAÍSES ESTABELECIDA UMA ORGANIZAÇÃO P/ CUIDAR PERMANENTEMENTE DA AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL – A OACI UMA AGÊNCIA DA ONU ESPECIALIZADA EM TRANSPORTE AÉREO (1946) C/ SEDE EM MONTREAL (CANADÁ). -INCENTIVAR O DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES AÉREOS P/ FINS PACÍFICOS. -INCENTIVAR O DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA. -ASSEGURAR O TRANSPORTE AÉREO A TODAS AS NAÇÕES DE FORMA SEGURA, REGULAR, EFICIENTE E ECONÔMICA. -CONTRIBUIR P/ SEGURANÇA DE VOO E DA NAVEGAÇÃO AÉREA INTERNACIONAL.
  • 154. . ESTRUTURA DA OACI: -ASSEMBLÉIA: TODOS OS PAÍSES INTEGRANTES DA ORGANIZAÇÃO, QUE SE REÚNE A CADA 3 ANOS OU POR CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE PELO MENOS 10 PAÍSES. -CONSELHO: 33 PAÍSES ELEITOS PELA ASSEMBLÉIA. ELEITO A CADA 3 ANOS PELA ASSEMBLÉIA – NORMAS E RECOMENDAÇÕES: GRUPO 1 = ALEMANHA, AUSTRÁLIA, BRASIL, CANADÁ, EUA, FRANÇA, ITÁLIA, JAPÃO, INGLATERRA E RÚSSIA. GRUPO 2 = ARÁBIA SAUDITA, ARGENTINA, BÉLGICA, COLÔMBIA, CHINA, EGITO, ESPANHA, ÍNDIA, ISALANDIA E MÉXICO. GRUPO 3 = CAMARÕES, INDONÉSIA, EQUADRO, LÍBANO, MARROCOS, NICARÁGUA, PAQUISTÃO, QUÊNIA, SENEGAL, TANZÂNIA, NIGÉRIA, REPÚBLICA TCHECA, TRINIDAD E TOBAGO.
  • 155. . Os EUA defendia uma posição de soberania sobre os outros Estados. P/ a Inglaterra o tráfego aéreo deveria ser dividido de forma eqüitativa. O Canadá situava-se na média, ou seja, em parte concordava c/ um e c/ o outro. Devido a importância da Convenção de Chicago à Aviação Civil Internacional o dia 07 de dezembro, data de sua instituição, passou a ser o Dia Mundial da Aviação. Liberdades da Convenção de Chicago: 1ª - Direito de sobrevoar outro território; 2ª - Direito de pouso técnico (combustível e manutenção); 3ª - Direito de desembarcar (passageiros e carga) originados no País de matrícula da aeronave; 4ª - Direito de trazer passageiros e carga não originados no País de matrícula da aeronave; 5ª - Direito de desembarcar e trazer de volta (passageiros x carga) de um 3º País; 6ª - Direito de transportar passageiros e carga, através do território do País.
  • 156. . A Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Convention on International Civil Aviation), ou Convenção de Chicago, assinada em 07/12/1944 em Chicago. A OACI e a IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) têm seus próprios de códigos para designar aeroportos e companhias aéreas. O sistema da OACI usa quatro letras para aeroportos e três letras para companhias. Talvez em um futuro próximo a IATA utilize os mesmos códigos do padrão OACI. Escritórios regionais da OACI: Ásia e Pacífico: Bangkok, Tailândia Oriente Médio: Cairo, Egito África Central e Ocidental: Dacar, Senegal América do Sul: Lima, Peru América do Norte, Central e Caribe: Cidade do México, México África Oriental e Setentrional: Nairobi, Quênia Europa e Atlântico Norte: Paris, França.
  • 157. . O seu reconhecimento pelo Brasil foi através do: DECRETO Nº 21713, DE 27 DE AGÔSTO DE 1946. Promulga a Convenção sôbre Aviação Civil Internacional, concluída em Chicago a 7 de dezembro de 1944 e firmado pelo Brasil, em Washington, a 29 de maio de 1945. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , CONSIDERANDO que foi aprovada a 11 de setembro de 1945 e ratificada a 26 de março de 1946, pelo Govêrno brasileiro a Convenção sôbre Aviação Civil Internacional, concluída em Chicago a 7 de dezembro de 1944, por ocasião da Conferência Internacional de Aviação Civil, e firmada pelo Brasil, em Washington, a 29/05/1945; DECRETA: Art 1º Fica promulgada a Conversão sôbre Aviação Civil Internacional, apensa por cópia ao presente decreto, firmada pelo Brasil em Washington, em 29 de maio de 1945. Art 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, em 27 de agôsto de 1946; 125º da Independência e 58º da República. EURICO G. DUTRA S. de Sousa Leão Gracie
  • 158. . ANEXOS à Convenção de Chicago, de 1944: Anexo 1 – Licenças de pessoal (todos os assuntos relacionados à profissionalização na aviação); Anexo 2 – Regras do ar (aquelas que devem ser comuns ao tráfego aéreo internacional); Anexo 3 – Serviço meteorológico para a navegação aérea internacional (específico para aviação); Anexo 4 – Cartas aeronáuticas (padrões definidos sobre a confecção e uso das publicações); Anexo 5 – Unidades de medida utilizadas nas operações aéreas e terrestres (padronizadas); Anexo 6 – Operações com aeronaves: Parte I – Transporte aéreo comercial internacional – aviões; Parte II – Aviação geral internacional – aviões; Parte III – Operações internacionais – helicópteros; Anexo 7 – Marcas de nacionalidade e de matrícula das aeronaves (distintas para cada país);; Anexo 8 – Aeronavegabilidade (padrões definidos para todos os países membros);
  • 159. . Anexo 9 – Facilitação (infra-estrutura aeronáutica usada pela aviação); Anexo 10 – Telecomunicações aeronáuticas: Volume I – Equipamentos e radiofreqüências; Volume II – Procedimentos de comunicações; Anexo 11 – Serviços de tráfego aéreo (todos os serviços ATS: ATC, ATIS, FIS, ATIS, AFIS e AUXÍLIOS); Anexo 12 – Busca e Salvamento; Anexo 13 – Investigação de acidentes aéreos (procedimentos padrões segundo a filosofia SIPAER); Anexo 14 – Aeródromos: Volume I - Aeródromos; Volume II - Heliportos; Anexo 15 – Serviços de Informação Aeronáutica – AIS; Anexo 16 – Proteção ambiental: Volume I – Ruído de aeronaves; Volume II – Emissão de gases dos motores das aeronaves; Anexo 17 – Segurança aérea – Proteção da Aviação Civil Internacional contra os atos ilícitos; Anexo 18 – Transporte de mercadorias perigosas. Os anexos contêm normas e práticas recomendadas e devem ser seguidos por todos os países membros da OACI e as diferenças de adoção devem ser comunicadas à OACI e a todos os demais.
  • 160. . A IDEIA DE UMA AEROBRÁS: O Sindicato Nacional dos Aeronautas - SNA, em 1959, propôs a desapropriação das empresas aéreas pelo governo federal, transformando-as em única empresa estatal, já que deviam à União valores equivalentes aos seus patrimônios e suas possibilidades de saldar as dívidas eram remotas. =========================== Baseavam-se no seguinte: -Sendo as linhas aéreas concessões, o governo podia cassá-las a bem do interesse público. -O status de funcionário público era mais confortável do que continuar sob a instabilidade do setor aéreo privado. As finanças das Cias aéreas piorou em 1961, e o Presidente Jânio Quadros informou a Ruben Berta que a Real estava falida, c/ 6.000 funcionários em risco desemprego, só havendo 2 soluções: -Varig adquiria a REAL ou seria a instituição da Aerobrás (c/ a Varig tb) (O que poderia ser + uma estatal ineficiente quanto qualquer outra) Berta então adquire a Real, c/ $$$ público e a ideia da estatal acaba.
  • 161. . DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO VOO E DA INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA NO BRASIL O CORREIO AÉREO NACIONAL Uma linda página da História da Aviação Brasileira. Em 1927 o transporte aéreo comercial iniciou seus serviços no Brasil c/ 2 empresas : Condor Syndicat e VARIG (RS) somente c/ linhas litorâneas (no interior não havia infra-estrutura de apoio) Eduardo Gomes O Correio Aéreo P/ implantar um mercado interno consumidor dos produtos do parque industrial de SP, precisava integrar o vasto interior. Daí surgiram os Projetos de Integração Nacional em que o avião apresentava-se como principal meio.
  • 162. . Instruído pelo ministro da guerra, Gen. Leite de Castro, o major Eduardo Gomes inicia o Serviço Postal Aéreo Militar – SPAM, logo mudado p/ Correio Aéreo Militar - CAM, para: -transportar mala postal, -apoiar ações governamentais -abrir rotas aéreas pelo sertão, p/ que a aviação comercial pudesse estabelecer suas linhas regulares unindo o litoral desenvolvido ao interior subdesenvolvido ======================================= Eduardo Gomes obtém autorização do ministro p/ romper o ‘Cone dos Afonsos’ (espaço aéreo cônico de 10 km/raio sobre SBAF estabelecido pelos franceses da Missão Militar, de onde os pilotos brasileiros não deviam sair) e realizar o primeiro voo do CAM. A Marinha de Guerra já fazia o seu CAN – Correio Aéreo Naval, ligando as bases da esquadra ao longo do litoral.
  • 163. . Em 12/06/1931, os Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nélson Freire Lavenère-Wanderley, DEP SBAF em um Curtiss “Fledgling” - K263, rumo a SP. Após 05:20 h de voo, fazendo a rota por cima da Serra do Mar, a potência do motor diminuiu, e c/ vento contrário e ar turbulento, a velocidade ficou reduzida a 80 km/h, atrasando a chegada. S/ localizar o SBMT, pousaram no hipódromo do Prado da Mooca que, a tal hora, já tinha os portões fechados. Os pilotos saltaram o muro e de táxi foram entregar a mala postal na agência central dos correios em São Paulo. Estava inaugurado o CAM.
  • 164. . Mas, o desafio era o sertão: -Em setembro de 1931 o Ten. Casimiro Montenegro Filho seguiu de São Paulo até Goiás, instruindo os prefeitos de várias cidades a construírem campos de aviação e providenciarem o apoio aos aviões do CAM. Feito isto, ele e o Ten. Nelson Freire Lavenére-Wanderley DEP SBAF em 12/10/1931. Mas, o tempo ruim sobre a serra obrigou-os a um pouso de emergência. Montenegro ferido retornou ao Rio. 7 dias depois outro Curtiss K-272, c/ Ten. Joelmir Campos de Araripe Macedo e Nelson Wanderley, DEP SBAF, pernoita em SP e no dia seguinte DEP p/ Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Araguari e pernoita em Ipameri, onde recebe apoio de um batalhão do Exército. Na manhã seguinte DEP p/ Leopoldo de Bulhões e chega à capital Goiaz. Realizou-se, assim, a 1ª rota aérea de integração nacional. Outras 3 aconteceram até 1933: -Mato Grosso,S. Francisco e Tocantins. C/ essa malha inicial o CAM abriu caminho à aviação comercial.
  • 165. . C/ a fundação do Ministério da Aeronáutica, os 2 correios aéreos – o do Exército e o da Marinha – são unificados c/ o nome de Correio Aéreo Nacional – CAN. Suas rotas estenderam-se até as fronteiras oeste da Amazônia, possibilitando a instalação de grupamentos militares naqueles rincões, p/ garantir os limites do país aonde então só se chegava de barco. Ficou responsável pelo CAN a Diretoria de Rotas Aéreas – DRA, dirigida por Eduardo Gomes e que tinha também sob sua responsabilidade o Serviço de Proteção ao Vôo – SPV, cuja missão era estabelecer estações de comunicações, de coleta de dados meteorológicos e de apoio à navegação aérea em todas as rotas abertas pelo CAN. ============================================================================= 2 modelos de aviões foram os principais instrumentos do CAN: -Douglas C-47, que OOP em todo o sertão brasileiro, e o -Catalina C-10A, por ser anfíbio, OOP nos rios da Amazônia.
  • 166. . O C-47/ DC-3 operava em qualquer campo, fossem bons ou ruins, e serviu às aviações militar e civil Cabine de pilotagem C-47 Cabine de passageiros / carga C-47 Catalina C-10A e sua Cabine de pilotagem
  • 167. . -A DRA também apoiava as prefeituras do interior na: .construção de campos de pouso, .instalação de abastecimento de combustível e .construção de estações de passageiros, de carga e de hangares. -Apoiava os aeroclubes que iam sendo fundados em diversas cidades. -Dividia c/ a Panair o apoio à navegação aérea pelo interior brasileiro. ========================================================================================== Na medida em que aumentava o tráfego aéreo + era preciso dar-lhe meios de navegação e de fazer o seu controle, p/ garantir segurança aos voos. Controlar voos já significava ter complexa estrutura de equipamentos, operadores, técnicos e normas, p/ oferecer cobertura em todo o território. O ATC originou-se c/ Archie League (USA): em 1920 começou a indicar por bandeirolas usadas em marinharia ordem de ARR / DEP no campo de aviação em St. Louis. Daí em diante o uso de equipamentos eletro-eletrônicos e de normas formatou um sistema complexo: Air Traffic Control.
  • 168. . Archie League ACS – Estações Rádio de Aerovias e seus equipamentos NDB / CW e APP-MN 1976
  • 169. . ACS da Panair Tripulação abastecendo o seu avião. ================================================================================================ Serviço de Busca e Salvamento - SAR: Grande realização do SPV foi desenvolver o Serviço de Busca e Salvamento - SAR, em especial na difícil Região Amazônica. Seu maior desafio ali foram acidentado na foz as buscas e o resgate do Japurá do FAB-2068 (1967) considerada a que + tempo durou (20 dias) e usou a maior quantidade de recursos de 22 só 4 sobrevivem