O documento discute os conceitos de ideologia e ideologias. Apresenta brevemente as origens do termo ideologia no início do século XIX na França e como ele assumiu um significado pejorativo. Também explora como Marx diferenciou ideologia da verdade ao associar esta última com a classe operária e seu papel progressista na história.
Esse powerpoint apresenta a origem do conceito de ideologia e alguns de seus teóricos. As referências bibliográficas auxiliam aqueles que desejarem aprofundar essa discussão.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como a globalização levou a uma crise de identidade. A antropologia passou de um enfoque em distanciamento cultural para um paradigma hermenêutico de interpretação, reconhecendo a capacidade simbólica dos sujeitos. Grupos minoritários também ganharam voz política à medida que instituições perderam capacidade de consolidar identidades.
O documento discute os primeiros sociólogos e o desenvolvimento da sociologia. Aborda pensadores como Comte, que fundou a sociologia; Durkheim, que viu a sociedade como um conjunto de normas; e Marx, que analisou a sociedade em termos de classes sociais e luta de classes. Também apresenta conceitos-chave da sociologia como cultura, valores e normas.
Este documento apresenta um resumo do livro "Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social" de Roberto DaMatta. O autor discute como a antropologia social se diferencia das ciências naturais ao estudar fenômenos sociais complexos em vez de fatos isoláveis. Ele também argumenta que a antropologia deve adotar uma perspectiva humilde ao estudar outras culturas, reconhecendo que podemos aprender com elas. A antropologia nos ensina a relativizar nossas certezas e a entender o mundo a partir da perspectiva do "
O documento discute o conceito de ideologia, definindo-a como um conjunto de ideias ou pensamentos de um grupo. Explora suas definições ao longo da história e como foi usada por filósofos como Destutt de Tracy e Karl Marx. Também resume as variações de ideologias no século XX e como o discurso pode ter uma dimensão ideológica.
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
O documento descreve os três principais pensadores clássicos da sociologia: Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. Resume suas principais ideias e contribuições, destacando que Marx analisou as classes sociais, Durkheim se preocupou em estabelecer o objeto e método da sociologia e explicar fatos sociais, e Weber se concentrou na compreensão da ação social.
Esse powerpoint apresenta a origem do conceito de ideologia e alguns de seus teóricos. As referências bibliográficas auxiliam aqueles que desejarem aprofundar essa discussão.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como a globalização levou a uma crise de identidade. A antropologia passou de um enfoque em distanciamento cultural para um paradigma hermenêutico de interpretação, reconhecendo a capacidade simbólica dos sujeitos. Grupos minoritários também ganharam voz política à medida que instituições perderam capacidade de consolidar identidades.
O documento discute os primeiros sociólogos e o desenvolvimento da sociologia. Aborda pensadores como Comte, que fundou a sociologia; Durkheim, que viu a sociedade como um conjunto de normas; e Marx, que analisou a sociedade em termos de classes sociais e luta de classes. Também apresenta conceitos-chave da sociologia como cultura, valores e normas.
Este documento apresenta um resumo do livro "Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social" de Roberto DaMatta. O autor discute como a antropologia social se diferencia das ciências naturais ao estudar fenômenos sociais complexos em vez de fatos isoláveis. Ele também argumenta que a antropologia deve adotar uma perspectiva humilde ao estudar outras culturas, reconhecendo que podemos aprender com elas. A antropologia nos ensina a relativizar nossas certezas e a entender o mundo a partir da perspectiva do "
O documento discute o conceito de ideologia, definindo-a como um conjunto de ideias ou pensamentos de um grupo. Explora suas definições ao longo da história e como foi usada por filósofos como Destutt de Tracy e Karl Marx. Também resume as variações de ideologias no século XX e como o discurso pode ter uma dimensão ideológica.
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
O documento descreve os três principais pensadores clássicos da sociologia: Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. Resume suas principais ideias e contribuições, destacando que Marx analisou as classes sociais, Durkheim se preocupou em estabelecer o objeto e método da sociologia e explicar fatos sociais, e Weber se concentrou na compreensão da ação social.
1. O documento discute a importância do uso rigoroso dos referenciais teóricos nas ciências humanas.
2. Apresenta os conceitos de pressupostos teóricos e paradigmas que devem ser considerados para escolher referenciais compatíveis.
3. Discutem-se equívocos como combinar referenciais incompatíveis de diferentes tradições teóricas.
1) O documento discute a sociologia de Max Weber e como ela se diferencia da sociologia positivista.
2) Weber enfatiza a importância da ação social e do sentido subjetivo dado pelos indivíduos às suas ações.
3) Ele usa o método do "tipo ideal" para analisar conceitos como capitalismo de forma interpretativa.
Auguste Comte é considerado o fundador da Sociologia. Ele propôs estudar a sociedade como um organismo vivo e dar importância às idéias compartilhadas que mantêm a ordem social. Émile Durkheim formulou a Sociologia como uma ciência objetiva, vendo os fatos sociais como coisas externas que exercem coerção sobre as pessoas. Max Weber defendeu uma abordagem interpretativa, focada no sentido dado pelas pessoas às suas próprias ações.
O documento discute o conceito complexo de ideologia, abordando suas origens e definições. A concepção marxista é destacada, definindo ideologia como um sistema de crenças ilusórias que inverte a realidade social para legitimar a dominação da classe dominante, ocultando antagonismos de classe. A ideologia se espalha pela pirâmide social e faz com que a organização hierárquica e desigualitária pareça natural.
Augusto Comte foi o criador do positivismo e da sociologia. Marx idealizou o comunismo como alternativa ao capitalismo, que via como responsável pelas desigualdades sociais. Durkheim defendeu o método científico no estudo da sociedade e conceitos como consciência coletiva.
A ideia para este curso partiu da observação de diversos infográficos elaborados por grupos de pesquisa e de monitoramento do comportamento nas redes sociais.
Dentre estes, chamou-me a atenção o recente e interessante infográfico elaborado pelo grupo norte americano Psychology Degree intitulado “A psicologia das redes sociais”.
Para iluminar algumas dinâmicas próprias da psicologia nas redes sociais, proponho partir de duas observações acerca da natureza humana feitas pelo filósofo grego Aristóteles:
a) A primeira é de que o ser humano é essencialmente um animal social;
b) A segunda é a de que a vontade de conhecer é natural e determinante na constituição dos seres humanos.
Rupturas?
A partir destas duas constatações, defendo que as redes sociais e a era digital nada mais fazem do que fornecer meios em que a dimensão social e conhecedora (curiosa) dos seres humanos é potencializada e amplificada a níveis jamais experimentados na história.
Assim, argumento que a era digital não implica uma ruptura com dinâmicas e comportamentos anteriores, mas que, antes de tudo, potencializa e amplifica a característica social e curiosa dos seres humanos.
O ser humano sempre foi social. Desde o tempo das cavernas. A busca por conhecimento, um móvel onipresente na história da humanidade.
E se não no mesmo nível de profundidade e abrangência, sempre existiram redes sociais e compartilhamento de experiências. A vida em comunidade, central nas relações humanas.
O papel do olhar na relação com o mundo:
Abro um parêntese aqui para lembrar que Aristóteles foi um filósofo que postulava que o conhecimento tinha como ponto de partida os sentidos humanos.
Donde, a relação entre prazer físico das sensações e a busca pelo conhecimento.
Dos cinco sentidos, somente a audição (referida à linguagem) rivaliza com a visão no léxico do conhecimento. Os demais, ou estão ausentes ou operam como metáforas da visão. Falamos em captar uma idéia ou em agarrá-la. Dizemos que um conceito contém ou envolve certas determinações e que as compreendemos (as seguramos juntas) ou as explicamos (as desdobramos uma a uma).
Destaca-se aqui a sensação visual como sentido privilegiado no processo de busca do conhecimento:
Como informa Marilena Chaui (39), lemos nos livros de Aristóteles Sobre a Alma e Sobre a Sensação, que a despeito de o tato estar espalhado pelo corpo e assim estar mais apto para a investigação, a vista é o sentido que mais nos causa prazer.
Para reforçar esta abordagem recorro também ao filósofo francês Maurice Merleau- Ponty. Em obras seminais da filosofia contemporânea como “A fenomenologia da Percepção” e “O visível e o invisível”, o filósofo afirma que a prevalência do olhar sobre os demais sentidos se dá justamente porque ver é ter à distância. Por suas características o olhar permite tocar, apalpar, viajar no meio das coisas sem precisar se apropriar delas. Ter e co
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
O documento fornece uma introdução à sociologia, definindo o objeto de estudo da sociologia como a sociedade e suas organizações sociais. Explora conceitos-chave como senso comum, senso crítico, conhecimento científico e classificação das ciências. Resume os principais modos de produção e modelos socioeconômicos e como eles influenciam a sociedade. Apresenta pensadores fundamentais da sociologia como Comte, Durkheim, Marx e Weber.
O estruturalismo surgiu a partir dos trabalhos de Ferdinand de Saussure sobre linguística e se propõe a analisar culturas e sociedades como sistemas de relações. Claude Lévi-Strauss aplicou essa abordagem à antropologia, buscando entender as estruturas profundas que produzem significado cultural. Marxistas contribuíram com uma visão crítica das relações de poder entre culturas e uma metodologia anticolonialista. Geertz definiu cultura como um conjunto de significados compartilhados em um grupo.
1. A antropologia cultural estuda o homem como um ser cultural, analisando as culturas humanas em todos os aspectos, incluindo comportamentos, valores, crenças e linguagem.
2. A antropologia cultural utiliza métodos como a etnografia, etnologia e arqueologia para estudar culturas passadas e presentes de forma comparativa.
3. A antropologia da religião é o estudo das crenças e práticas religiosas entre os povos, analisando como a religião influencia a cultura e a sociedade.
O documento discute o conceito de ideologia, desde sua criação no século XIX até autores como Gramsci, Mannheim, Foucault e Hall. A ideologia é vista inicialmente como um instrumento de dominação das classes dominantes, mas Gramsci propõe que a revolução é cultural e a ideologia pode ser um campo de resistência. Mannheim destaca que cada período é dominado por um estilo de pensamento.
O documento apresenta um trabalho realizado por um grupo de alunos sobre os fundamentos sociológicos da educação. Ele discute os significados de sociologia e suas contribuições para a educação, apresentando teóricos como Comte, Durkheim, Marx e Weber. Também resenha e reflete sobre o filme "Entre os Muros da Escola" comparando-o com a realidade escolar brasileira.
O documento discute o senso comum e o conhecimento sociológico. Apresenta definições de senso comum como um saber baseado na experiência cotidiana, em contraste com a abordagem sociológica, que se baseia em métodos objetivos e distanciados. Também discute como Durkheim e Weber analisaram temas como suicídio e capitalismo de uma perspectiva sociológica.
A razão Patrimonial na Europa do século XVIII ao XXI_ Dominique PoulotDany Pereira
O documento discute a emergência do conceito de patrimônio cultural na Europa dos séculos XVIII ao XXI. Aborda a patrimonialização como um processo social e intelectual complexo, que envolve a historicização dos objetos e lugares, assim como a construção de narrativas identitárias. Também analisa como o patrimônio mobilizou diferentes campos do saber e estabeleceu procedimentos para a catalogação e divulgação dos bens culturais.
Nietzsche critica os valores morais ocidentais, vendo-os como produtos históricos e não absolutos. Ele define "moral de rebanho" como a aceitação passiva dos valores cristãos. Também diferencia "moral de escravos", baseada na razão sobre os instintos, da "moral de senhores", fundada na afirmação da vida e potência do indivíduo.
O documento discute três conceitos-chave da antropologia:
1) Paidéia, que se refere à educação e cultura na Grécia Antiga;
2) Alteridade, a qualidade de ser diferente do outro e reconhecer outras culturas;
3) Relativismo cultural, a ideia de que cada cultura deve ser entendida nos próprios termos sem julgamentos de valor.
A alternativa correta é a letra B. De acordo com a visão de Durkheim, a sociedade nos define, mas é por sua vez definida por nós. Isso porque para ele a sociedade é um fato objetivo que nos coage e nos cria, porém os indivíduos também contribuem para definir a sociedade através de suas ações. As demais alternativas ou apresentam uma visão excessivamente determinista ou reducionista da relação indivíduo-sociedade.
O documento discute a evolução do conceito de ideologia desde seu surgimento até autores contemporâneos. Apresenta as visões de Destutt De Tracy, Francis Bacon, Helvétius, Holbach, Marx, Engels, Lenin e Mannheim sobre ideologia. Critica a maneira como a Psicologia Social vem abordando pouco os fenômenos ideológicos e sugere que passe a estudar também a "Psicologia Social do Proletariado".
Jürgen Habermas - Introdução à Teoria da Ação ComunicativaAndréia Pisco
O documento discute as influências e teorias de Jürgen Habermas. Ele foi influenciado por filósofos como Adorno, Kant e Marx e desenvolveu a Teoria Crítica, que integra filosofia e ciências sociais. Habermas busca promover normas de não dominação e razão comunicativa entre as pessoas. Ele também discute domínios do conhecimento humano como trabalho, interação e poder.
O documento descreve um livro sobre o conceito de ideologia. Apresenta dois significados principais: positivo, como conjunto de ideias que explicam a realidade, e negativo, como distorção das contradições sociais segundo Marx.
Sociologia - MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. “A ideologia em geral e particula...Jessica Amaral
1) O documento analisa a obra "A Ideologia Alemã" de Marx e Engels, que critica o idealismo filosófico alemão e defende uma abordagem materialista histórica.
2) Marx e Engels argumentam que as ideologias surgem das relações sociais e econômicas, não de representações intelectuais.
3) Eles propõem estudar empiricamente as relações entre indivíduos, classes e nações para entender como as ideologias mistificam a realidade histórica.
1. O documento discute a importância do uso rigoroso dos referenciais teóricos nas ciências humanas.
2. Apresenta os conceitos de pressupostos teóricos e paradigmas que devem ser considerados para escolher referenciais compatíveis.
3. Discutem-se equívocos como combinar referenciais incompatíveis de diferentes tradições teóricas.
1) O documento discute a sociologia de Max Weber e como ela se diferencia da sociologia positivista.
2) Weber enfatiza a importância da ação social e do sentido subjetivo dado pelos indivíduos às suas ações.
3) Ele usa o método do "tipo ideal" para analisar conceitos como capitalismo de forma interpretativa.
Auguste Comte é considerado o fundador da Sociologia. Ele propôs estudar a sociedade como um organismo vivo e dar importância às idéias compartilhadas que mantêm a ordem social. Émile Durkheim formulou a Sociologia como uma ciência objetiva, vendo os fatos sociais como coisas externas que exercem coerção sobre as pessoas. Max Weber defendeu uma abordagem interpretativa, focada no sentido dado pelas pessoas às suas próprias ações.
O documento discute o conceito complexo de ideologia, abordando suas origens e definições. A concepção marxista é destacada, definindo ideologia como um sistema de crenças ilusórias que inverte a realidade social para legitimar a dominação da classe dominante, ocultando antagonismos de classe. A ideologia se espalha pela pirâmide social e faz com que a organização hierárquica e desigualitária pareça natural.
Augusto Comte foi o criador do positivismo e da sociologia. Marx idealizou o comunismo como alternativa ao capitalismo, que via como responsável pelas desigualdades sociais. Durkheim defendeu o método científico no estudo da sociedade e conceitos como consciência coletiva.
A ideia para este curso partiu da observação de diversos infográficos elaborados por grupos de pesquisa e de monitoramento do comportamento nas redes sociais.
Dentre estes, chamou-me a atenção o recente e interessante infográfico elaborado pelo grupo norte americano Psychology Degree intitulado “A psicologia das redes sociais”.
Para iluminar algumas dinâmicas próprias da psicologia nas redes sociais, proponho partir de duas observações acerca da natureza humana feitas pelo filósofo grego Aristóteles:
a) A primeira é de que o ser humano é essencialmente um animal social;
b) A segunda é a de que a vontade de conhecer é natural e determinante na constituição dos seres humanos.
Rupturas?
A partir destas duas constatações, defendo que as redes sociais e a era digital nada mais fazem do que fornecer meios em que a dimensão social e conhecedora (curiosa) dos seres humanos é potencializada e amplificada a níveis jamais experimentados na história.
Assim, argumento que a era digital não implica uma ruptura com dinâmicas e comportamentos anteriores, mas que, antes de tudo, potencializa e amplifica a característica social e curiosa dos seres humanos.
O ser humano sempre foi social. Desde o tempo das cavernas. A busca por conhecimento, um móvel onipresente na história da humanidade.
E se não no mesmo nível de profundidade e abrangência, sempre existiram redes sociais e compartilhamento de experiências. A vida em comunidade, central nas relações humanas.
O papel do olhar na relação com o mundo:
Abro um parêntese aqui para lembrar que Aristóteles foi um filósofo que postulava que o conhecimento tinha como ponto de partida os sentidos humanos.
Donde, a relação entre prazer físico das sensações e a busca pelo conhecimento.
Dos cinco sentidos, somente a audição (referida à linguagem) rivaliza com a visão no léxico do conhecimento. Os demais, ou estão ausentes ou operam como metáforas da visão. Falamos em captar uma idéia ou em agarrá-la. Dizemos que um conceito contém ou envolve certas determinações e que as compreendemos (as seguramos juntas) ou as explicamos (as desdobramos uma a uma).
Destaca-se aqui a sensação visual como sentido privilegiado no processo de busca do conhecimento:
Como informa Marilena Chaui (39), lemos nos livros de Aristóteles Sobre a Alma e Sobre a Sensação, que a despeito de o tato estar espalhado pelo corpo e assim estar mais apto para a investigação, a vista é o sentido que mais nos causa prazer.
Para reforçar esta abordagem recorro também ao filósofo francês Maurice Merleau- Ponty. Em obras seminais da filosofia contemporânea como “A fenomenologia da Percepção” e “O visível e o invisível”, o filósofo afirma que a prevalência do olhar sobre os demais sentidos se dá justamente porque ver é ter à distância. Por suas características o olhar permite tocar, apalpar, viajar no meio das coisas sem precisar se apropriar delas. Ter e co
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
O documento fornece uma introdução à sociologia, definindo o objeto de estudo da sociologia como a sociedade e suas organizações sociais. Explora conceitos-chave como senso comum, senso crítico, conhecimento científico e classificação das ciências. Resume os principais modos de produção e modelos socioeconômicos e como eles influenciam a sociedade. Apresenta pensadores fundamentais da sociologia como Comte, Durkheim, Marx e Weber.
O estruturalismo surgiu a partir dos trabalhos de Ferdinand de Saussure sobre linguística e se propõe a analisar culturas e sociedades como sistemas de relações. Claude Lévi-Strauss aplicou essa abordagem à antropologia, buscando entender as estruturas profundas que produzem significado cultural. Marxistas contribuíram com uma visão crítica das relações de poder entre culturas e uma metodologia anticolonialista. Geertz definiu cultura como um conjunto de significados compartilhados em um grupo.
1. A antropologia cultural estuda o homem como um ser cultural, analisando as culturas humanas em todos os aspectos, incluindo comportamentos, valores, crenças e linguagem.
2. A antropologia cultural utiliza métodos como a etnografia, etnologia e arqueologia para estudar culturas passadas e presentes de forma comparativa.
3. A antropologia da religião é o estudo das crenças e práticas religiosas entre os povos, analisando como a religião influencia a cultura e a sociedade.
O documento discute o conceito de ideologia, desde sua criação no século XIX até autores como Gramsci, Mannheim, Foucault e Hall. A ideologia é vista inicialmente como um instrumento de dominação das classes dominantes, mas Gramsci propõe que a revolução é cultural e a ideologia pode ser um campo de resistência. Mannheim destaca que cada período é dominado por um estilo de pensamento.
O documento apresenta um trabalho realizado por um grupo de alunos sobre os fundamentos sociológicos da educação. Ele discute os significados de sociologia e suas contribuições para a educação, apresentando teóricos como Comte, Durkheim, Marx e Weber. Também resenha e reflete sobre o filme "Entre os Muros da Escola" comparando-o com a realidade escolar brasileira.
O documento discute o senso comum e o conhecimento sociológico. Apresenta definições de senso comum como um saber baseado na experiência cotidiana, em contraste com a abordagem sociológica, que se baseia em métodos objetivos e distanciados. Também discute como Durkheim e Weber analisaram temas como suicídio e capitalismo de uma perspectiva sociológica.
A razão Patrimonial na Europa do século XVIII ao XXI_ Dominique PoulotDany Pereira
O documento discute a emergência do conceito de patrimônio cultural na Europa dos séculos XVIII ao XXI. Aborda a patrimonialização como um processo social e intelectual complexo, que envolve a historicização dos objetos e lugares, assim como a construção de narrativas identitárias. Também analisa como o patrimônio mobilizou diferentes campos do saber e estabeleceu procedimentos para a catalogação e divulgação dos bens culturais.
Nietzsche critica os valores morais ocidentais, vendo-os como produtos históricos e não absolutos. Ele define "moral de rebanho" como a aceitação passiva dos valores cristãos. Também diferencia "moral de escravos", baseada na razão sobre os instintos, da "moral de senhores", fundada na afirmação da vida e potência do indivíduo.
O documento discute três conceitos-chave da antropologia:
1) Paidéia, que se refere à educação e cultura na Grécia Antiga;
2) Alteridade, a qualidade de ser diferente do outro e reconhecer outras culturas;
3) Relativismo cultural, a ideia de que cada cultura deve ser entendida nos próprios termos sem julgamentos de valor.
A alternativa correta é a letra B. De acordo com a visão de Durkheim, a sociedade nos define, mas é por sua vez definida por nós. Isso porque para ele a sociedade é um fato objetivo que nos coage e nos cria, porém os indivíduos também contribuem para definir a sociedade através de suas ações. As demais alternativas ou apresentam uma visão excessivamente determinista ou reducionista da relação indivíduo-sociedade.
O documento discute a evolução do conceito de ideologia desde seu surgimento até autores contemporâneos. Apresenta as visões de Destutt De Tracy, Francis Bacon, Helvétius, Holbach, Marx, Engels, Lenin e Mannheim sobre ideologia. Critica a maneira como a Psicologia Social vem abordando pouco os fenômenos ideológicos e sugere que passe a estudar também a "Psicologia Social do Proletariado".
Jürgen Habermas - Introdução à Teoria da Ação ComunicativaAndréia Pisco
O documento discute as influências e teorias de Jürgen Habermas. Ele foi influenciado por filósofos como Adorno, Kant e Marx e desenvolveu a Teoria Crítica, que integra filosofia e ciências sociais. Habermas busca promover normas de não dominação e razão comunicativa entre as pessoas. Ele também discute domínios do conhecimento humano como trabalho, interação e poder.
O documento descreve um livro sobre o conceito de ideologia. Apresenta dois significados principais: positivo, como conjunto de ideias que explicam a realidade, e negativo, como distorção das contradições sociais segundo Marx.
Sociologia - MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. “A ideologia em geral e particula...Jessica Amaral
1) O documento analisa a obra "A Ideologia Alemã" de Marx e Engels, que critica o idealismo filosófico alemão e defende uma abordagem materialista histórica.
2) Marx e Engels argumentam que as ideologias surgem das relações sociais e econômicas, não de representações intelectuais.
3) Eles propõem estudar empiricamente as relações entre indivíduos, classes e nações para entender como as ideologias mistificam a realidade histórica.
O documento apresenta uma avaliação de filosofia para alunos do 3o ano do ensino médio. A avaliação contém 5 questões sobre temas como o neoliberalismo, o Iluminismo, a noção de alteridade e a teoria do discurso de Habermas.
O documento discute os conceitos de alienação e ideologia de acordo com Karl Marx. A ideologia é usada pela classe dominante para manter e justificar a desigualdade social e exploração do trabalho, ocultando a verdadeira natureza das relações sociais por meio da "falsa consciência". A alienação e a ideologia se reforçam mutuamente, impedindo que as massas percebam sua exploração e organizem uma ação revolucionária.
1) O professor Patrick Charaudeau discute como a análise do discurso é uma área interdisciplinar que estuda a linguagem humana em sociedade e as relações de poder.
2) Três principais objetos de estudo da análise do discurso são o discurso midiático, o discurso político e o discurso científico.
3) Charaudeau argumenta que conceber o sujeito como mero portador de ideias da sociedade é limitado e que é importante estudar a agência e identidades plurais do sujeito contemporâneo
O documento discute a teoria do capital cultural de Pierre Bourdieu, incluindo seus três estados - incorporado, objetivado e institucionalizado. Também aborda como o capital social se refere às relações sociais que permitem a ação coletiva. Finalmente, menciona a noção de violência simbólica quando uma cultura é imposta como superior.
O documento discute como a distinção entre esquerda e direita contribui para a compreensão da política como uma questão de lado em vez de modo. Apesar de conceitos originalmente geométricos, esquerda e direita adquiriram forte conteúdo ideológico, com cada lado acreditando estar certo. No entanto, com resultados negativos de ambos os lados, fica claro que ético não é o lado, mas o modo de resolver conflitos de forma democrática. A política deve se afastar de ser questão de lado e se aproximar de ser questão
O documento discute os aspectos teóricos da indústria cultural segundo a Escola de Frankfurt, incluindo como a indústria cultural leva à alienação e reificação das pessoas e promove a manipulação do imaginário através da fantasia regressiva para estimular o consumo. Também aborda temas como ideologia, estereótipos e fetiche da mercadoria.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como seus objetos de estudo e abordagens teóricas mudaram ao longo do tempo. A antropologia abandonou paradigmas estruturalistas e funcionalistas em favor de uma abordagem hermenêutica e interpretativa, focada na construção de identidades culturais. Também analisa como a globalização e padronização cultural desafiam a manutenção de identidades distintas, e como minorias passaram a reivindicar o reconhecimento de suas diferenças.
O documento discute os principais conceitos da sociologia clássica de três pensadores: Marx, Durkheim e Weber. Apresenta brevemente suas biografias e áreas de estudo, como classes sociais, fato social e ação social. Também resume os principais conceitos de Durkheim como fato social, consciência coletiva e solidariedade mecânica e orgânica.
Tido como o intelectual de maior influência sobre o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Anthony Giddens já escreveu mais de 30 livros. Ele estuda o impacto do desenvolvimento econômico, científico e tecnológico sobre a vida humana no século XX e também as incertezas que cercam a humanidade nessa virada de século, onde a previsão do futuro se perde no terreno das hipóteses.
Há uma concepção utópica no pensamento marxista (revisado maio 2012)GabrielaMansur
Este documento discute se há uma concepção utópica no pensamento marxista. Apresenta diferentes tipos de mentalidade utópica e como Marx e Engels criticaram os socialistas utópicos do século XIX por não levarem em conta as condições reais e a participação das massas. No entanto, argumenta-se que a idealização de uma sociedade socialista após o fim do capitalismo contém um elemento utópico essencial no pensamento marxista, ainda que Marx tenha sido tímido em descrever a nova sociedade.
Este diálogo entre Pierre Bourdieu e Roger Chartier discute as tensões entre abordagens objetivistas e subjetivistas nas ciências sociais. Bourdieu argumenta que essa é uma falsa oposição enraizada em problemas políticos reais. Ele defende uma abordagem que engloba tanto a objetividade quanto o ponto de vista subjetivo dos agentes sociais.
O documento discute como a antropologia contemporânea enfrenta desafios devido à globalização e perda de distâncias entre culturas. Apresenta um novo paradigma hermenêutico que enfatiza a interpretação e significados culturais em vez de generalizações. Também explica como as identidades culturais são afetadas quando as formas tradicionais de construí-las, como ocupação e nacionalismo, tornam-se menos eficazes.
O documento discute três concepções de cultura: 1) cultura-valor, referente a habilidades culturais; 2) cultura-alma coletiva, relacionada à identidade de grupos; 3) cultura-mercadoria, ligada a bens de consumo.
O documento discute o conceito de representação social nas ciências sociais e como ele é abordado por diferentes áreas como Antropologia, História da Cultura, Sociologia e Psicologia Social. Também analisa como o conceito pode ser aplicado no estudo dos processos informacionais para compreender melhor o "sujeito informacional" e suas representações.
O documento apresenta uma introdução ao curso de sociologia ministrado pelo professor Adeildo. Aborda conceitos básicos da sociologia como temas, teorias, conceitos e métodos de pesquisa. Também apresenta breves biografias de pensadores clássicos da sociologia como Durkheim, Marx e Weber e suas principais contribuições à disciplina.
Sociologia positivismo, marxismo e sociologia compreensivaDaniele Rubim
O documento discute as principais correntes filosóficas sociais do positivismo, marxismo e sociologia compreensiva. O positivismo defende que só o conhecimento científico é verdadeiro e que a sociedade segue leis naturais. O marxismo enfatiza que as relações econômicas determinam a sociedade e que a luta de classes motiva mudanças. A sociologia compreensiva busca entender as ações humanas por meio da interpretação dos motivos e sentidos compartilhados.
O documento discute como a filosofia contemporânea questionou o otimismo do século 19 em relação à ciência, tecnologia e ideologias políticas revolucionárias. A filosofia passou a desconfiar destes devido a eventos como guerras e totalitarismos. Também questionou a ideia de progresso cultural único e afirmou a pluralidade cultural.
1. Ideologia, ideologias? ROGATA SOARES DEL GAUDIO Professora do COLTEC/UFMG, graduada em Geografia (IGC/UFMG); mestre em Ciências Sociais (ênfase em Ciência Política) - PUC/SP; doutora em Educação - FAE/UFMG. Membro do NEILS (Núcleo de Estudos sobre Ideologias e Lutas Sociais – PUC/SP). Tutora da TABA ELETRÔNICA. DORALICE BARROS PEREIRA Professora do IGC/UFMG, graduada em Geografia, mestre em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutora em Geografia pela Universidade de Montréal. Slides preparados para a disciplina Tópicos Especiais IV – Geografias e Ideologias, ministrada pelas referidas professoras no Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da UFMG entre 2009 e 2010.
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4. O significado pejorativo de ideologia tornou-se um recurso nas lutas políticas do século XIX, quando a política dos notáveis deu lugar ao desenvolvimento de partidos políticos, com apelos às massas. As questões públicas eram preocupação de uns poucos privilegiados, que partiam do princípio de que sabiam o que era melhor para seus inferiores. O privilégio de sua posição social dispensava justificativas às suas ações e seus oponentes eram acusados de visionários ideológicos que subvertiam a ordem social através de maquinações abstratas, fora de contato com a realidade. Liberais e radicais sustentavam que as questões públicas eram uma preocupação do povo e organizavam clubes ou partidos políticos para promoverem seus objetivos. Era o velho paradoxo do mentiroso: um homem diz que todos os homens usam idéias para enganar; ele é homem, logo sua própria afirmação também é enganosa. Marx e Engels denunciaram seus oponentes como "ideólogos" e elaboraram uma teoria da "verdade histórica" que afirmava que seus próprios pontos de vista eram científicos. A história é uma história de lutas de classe , afirmaram, brotando da organização da produção e afetando todos os aspectos da consciência. Marx diferencia sucessivas estruturas sociais, tais como feudalismo e capitalismo, em termos das classes e da consciência a que elas dão origem. Eles identificam a verdade com o papel histórico da classe que, pelo fato de ter sido subjugada no passado, tem o futuro progressista em suas mãos. O domínio reacionário de uma classe (a aristocracia no feudalismo, a burguesia no capitalismo) leva a defesas ideológicas do status quo ; o papel progressista de uma classe (a burguesia no feudalismo, o proletariado no capitalismo) é a fonte da verdade no sentido do acesso à compreensão correta de toda a presente alienação e da emancipação humana no futuro.
5. No passado os filósofos interpretaram o mundo e produziram reflexões ideológicas de relações de classe desumanizantes, por mais abstratamente que fosse. Hoje trata-se de destruir tais condições desumanizantes por uma unidade de teoria e prática tal que, na crise final do capitalismo (e devido a ela), os que se identificam com a classe operária poderão e irão compreender "teoricamente o movimento histórico como um todo". A obra de Marx foi colocada no centro de sua distinção histórico-mundial entre ideologia e verdade. Estar do "lado certo", e portanto "científico", da história do mundo distingue o marxismo de todas as outras teorias sociais e políticas. Outras concepções de ideologia consideram que as idéias não podem nem devem ser tomadas pelo seu significado manifesto, mas analisadas quanto as "forças" que estão por trás delas: as lutas de classe de Marx, a vontade de poder de Nietzsche, a constituição libidinal da natureza humana de Freud ou uma preferência geral por explicações genéticas. A atenção se volta não sobre o que uma pessoa diz, mas o motivo porque ela o diz , o que retarda o "fim da ideologia". (OUTHWAITE, William e BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Social do Século XX. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1996, p. 371-372)
6. CHAUÍ, (2006): “desfazer a suposição de que a ideologia é um ideário qualquer ou qualquer conjunto encadeado de idéias e, ao contrário, mostrar que a ideologia é um ideário histórico, social e político que oculta a realidade, e que esse ocultamento é uma forma de assegurar e manter a exploração econômica, a desigualdade social e a dominação política”. Concepção de ideologia : “tomar as idéias como independentes da realidade histórica e social, quando na verdade é essa realidade que torna compreensíveis as idéias elaboradas e a capacidade ou não que elas possuem para explicar a realidade que as provocou”. (CHAUI, 2006, p. 8 e 13) A alienação social se exprime numa “teoria” do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida. Exemplo: a “explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa (preguiça, ignorância) ou por vontade divina ou por inferioridade natural”. Esse senso comum social resulta de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade - sacerdotes, filósofos, cientistas, professores, jornalistas, artistas -, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a qual pertencem, a classe dominante de sua sociedade. Tal elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as opiniões e as idéias de uma das classes sociais - a dominante e dirigente - tornam-se o ponto de vista e a opinião de todas as classes e de toda a sociedade. A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos induzidos a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou de “nação” e “pátria”, ou “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc.
7. A produção ideológica da ilusão social visa fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as idéias. P. ex., a ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua, os mendigos não tem direitos ou tem direitos restritos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas é distinto daquele das crianças em escolas particulares, pois o acesso aos bens culturais é diferenciado; negros e índios são discriminados como inferiores; os homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc. A maioria, porém, acredita que o fato de ser eleitor, pagar as dívidas e contribuir com os impostos já os faz cidadãos, sem considerar as condições concretas que fazem alguns serem mais cidadãos que outros. A função da ideologia é impedir-nos de pensar nessas coisas .
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9. A segunda maneira de operar da ideologia é a produção do imaginário social, através da imaginação reprodutora. Recolhendo as imagens diretas e imediatas da experiência social (isto é, do modo como vivemos as relações sociais), a ideologia as reproduz, mas transformando-as num conjunto coerente, lógico e sistemático de idéias que funcionam em dois registros: a) representações da realidade (sistema explicativo ou teórico) e b) como normas e regras de conduta e comportamento : Representações, normas e valores formam um tecido de imagens que explicam toda a realidade e prescrevem para toda a sociedade o que ela deve e como deve pensar, falar, sentir e agir . A ideologia assegura, a todos, modos de entender a realidade e de se comportar nela ou diante dela, eliminando dúvidas, ansiedades, angústias, admirações, ocultando as contradições da vida social , bem como as contradições entre esta e as idéias que supostamente a explicam e controlam.
10. 3ª. maneira de operação da ideologia é o silêncio. Um imaginário social se parece com uma frase onde nem tudo é dito, nem pode ser dito, porque, se tudo fosse dito, a frase perderia a coerência, tornar-se-ia incoerente e contraditória e ninguém nela acreditaria. A coerência e a unidade do imaginário social ou ideologia vêm, portanto, do que é silenciado (e, sob esse aspecto, a ideologia opera exatamente como o inconsciente descrito pela psicanálise). Por ex., a certas ideologias afirmam que o adultério é crime (tanto assim que homens que matam suas esposas e os amantes delas foram por décadas e são, em alguns países, considerados inocentes porque praticaram um ato em nome da honra), que a virgindade feminina é preciosa e que o homossexualismo é uma perversão e uma doença grave (tão grave que, para alguns, Deus resolveu punir os homossexuais enviando a peste, isto é, a Aids).
11. O que está sendo silenciado pela ideologia? Os motivos pelos quais, em nossa sociedade o vínculo entre sexo e procriação é tão importante é que ela exige a procriação legítima e legal a que se realiza pelos laços do casamento, porque ela garante, para a classe dominante, a transmissão do capital aos herdeiros. Assim, o adultério e a perda da virgindade são perigosos para o capital e para a transmissão legal da riqueza; por isso, o primeiro se torna crime e a segunda é valorizada como virtude suprema das mulheres jovens. Em nossa sociedade, a reprodução da força de trabalho se faz pelo aumento do número de trabalhadores e, portanto, a procriação é fundamental para o aumento do capital que precisa da mão-de-obra. Por esse motivo, toda sexualidade que não se realizar com finalidade reprodutiva será considerada anormal, perversa e doentia, donde a condenação do homossexualismo. A ideologia, porém, perderia sua força e coerência se dissesse essas coisas então as silencia.
12. Erguendo o véu, tirando a máscara Para que tanto esforço na teoria do conhecimento, se, afinal, tudo é ilusão, véu e máscara? Para que compreender a atividade da consciência, se ela é a “pobre coitada”, espremida entre o id e o super-ego, esmagada entre a classe dominante e os ideólogos? Como, sendo a consciência tão frágil, o Inconsciente e a ideologia tão poderosos, Freud e Marx chegaram a conhecê-los, explicar seus modos de funcionamento e suas finalidades? A prática médica e a busca de uma técnica terapêutica para os indivíduos que permitiram Freud a descoberta do inconsciente e o trabalho teórico de onde nasceu a psicanálise. Marx decidiu compreender a realidade a partir da prática política de uma classe social (os trabalhadores) e portanto perceber os mecanismos de dominação e exploração sociais, de onde surgiu a formulação teórica da ideologia. A busca da cura dos sofrimentos psíquicos, em Freud, e a luta pela emancipação dos explorados, em Marx, criaram condições para uma tomada de consciência pela qual o sujeito do conhecimento pôde recomeçar a crítica das ilusões e dos preconceitos que iniciara desde a Grécia, mas, agora, como crítica de suas próprias ilusões e preconceitos.
13. Em lugar de invalidar a razão, a reflexão, o pensamento e a busca da verdade, as descobertas do inconsciente e da ideologia fizeram o sujeito do conhecimento conhecer as condições - psíquicas, sociais, históricas - nas quais o conhecimento e o pensamento se realizam. Como disseram os filósofos existencialistas acerca dessas descobertas: Encarnaram o sujeito num corpo vivido real e numa história coletiva real, situaram o sujeito. Desvendando os obstáculos psíquicos e histórico-sociais para o conhecimento, puseram em primeiro plano as relações entre pensar e agir, ou, como se costuma dizer entre a teoria e a prática. ( CHAUÍ, Convite à filosofia, 2000, p.172-5)
14. A alienação social é o desconhecimento das condições histórico-sociais concretas em que vivemos, produzidas pela ação humana também sob o peso de outras condições históricas anteriores e determinadas. Dupla alienação: os homens não se reconhecem como agentes e autores da vida social com suas instituições - não percebem que instituem a sociedade; por outro lado e ao mesmo tempo, julgam-se indivíduos plenamente livres, capazes de mudar suas vidas individuais como e quando quiserem, apesar das instituições sociais e das condições históricas - ignoram que a sociedade instituída determina seus pensamentos e ações. As três formas da alienação social nas sociedades modernas ou capitalistas: 1. A alienação social, os humanos não se reconhecem como produtores das instituições sociopolíticas e oscilam entre duas atitudes: ou aceitam passivamente tudo o que existe, por ser tido como natural, divino ou racional, ou se rebelam individualmente, julgando que, por sua própria vontade e inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona. Nos dois casos, a sociedade é o outro (alienus), algo externo, separado, diferente de nós e com poder total ou nenhum poder sobre nós.
15. 2. A alienação econômica, os produtores não se reconhecem como tal, nem nos objetos produzidos por seu trabalho. A alienação econômica é dupla: 1º. os trabalhadores, como classe social, vendem sua força de trabalho aos proprietários do capital (donos) = serão mercadorias e receberão um preço= o salário. Mas, os trabalhadores não percebem que foram reduzidos à condição de coisas que produzem coisas; que foram desumanizados e coisificados . 2º. o trabalho produz alimentos, objetos de consumo, instrumentos para a produção de outros trabalhos (máquinas), condições para a realização de outros trabalhos. A mercadoria-trabalhador produz mercadorias. Nas lojas parecem estar ali porque lá foram colocadas (não pensamos no trabalho humano nelas cristalizado, nem efetuado para que chegassem até nós) e, como o trabalhador, elas também recebem preço. O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada e não percebe que ele, enquanto classe social foi quem produziu tudo aquilo com seu trabalho. Não pode ter os produtos porque seu salário não comporta seus preços altos. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e tornam-se bens em si e por si mesmas (como a propaganda as mostra e oferece). Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho por alguma coisa que tem 1um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador. Na segunda forma, as mercadorias não permitem que o trabalhador nelas se reconheça e dele estão separadas, são lhes exteriores e podem mais do que ele. As mercadorias são um igualmente um outro, que não o trabalhador.
16. 3. A alienação intelectual = separação social entre trabalho material (que produz mercadorias) e trabalho intelectual (que produz idéias). A divisão social entre as duas modalidades de trabalho leva a crer que o trabalho material é uma tarefa que não exige conhecimentos, apenas habilidades manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável exclusivo pelos conhecimentos. Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se alienam triplamente: 1o, esquecem ou ignoram que suas idéias estão ligadas às opiniões e pontos de vista da classe a qual pertencem, isto é, a classe dominante, e imaginam, ao contrário, que são idéias universais, válidas para todos, em todos os tempos e lugares. 2o, esquecem ou ignoram que as idéias são produzidas por eles para explicar a realidade e passam a crer que elas se encontram gravadas na própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma de teorias gerais. 3o, esquecendo ou ignorando a origem social das idéias e seu próprio trabalho para criá-las. Acreditam que as idéias existem em si e por si mesmas, criam a realidade e a controlam, dirigem e dominam. Pouco a pouco, passam a acreditar que as idéias se produzem umas as outras, são causas e efeitos umas das outras e que somos apenas seus receptáculos ou instrumentos. As idéias se tornam separadas de seus autores, externas a eles, transcendentes a eles: tornam-se um outro.
17.
18. 2. Ideologia no campo das ciências sociais: vertente não marxista WEBER, M. The Methodology of the Social Sciences, 1946 DURKHEIM, E. The Rules of Social Method, 1982 FREUD, S. Totem and Taboo, 1939 MANNHEIM, K. Essays on the Sociology of Knowledge, 1957 _____________, Ideology and Utopia, 1936 3. Ideologia no campo das ciências sociais: vertente marxista MCLELLAN, D. A ideologia. Lisboa: Estampa, 1987, 151p. THERBORN, Göran. La ideología del poder y el poder de la ideología (1991;1987).
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