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HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE SARANDI

       Sarandi foi fundado em maio de 1947 pela Companhia de Terras Norte do
Paraná, fez parte de um amplo projeto de colonização do norte paranaense, ao
mesmo tempo de Maringá.
       Nesse mesmo ano houve uma intensa corrida pioneira, sobretudo para Maringá,
cuja atração eram as terras de alto teor de fertilidade. No entanto, a história da
ocupação territorial de Sarandi tem início em 1935, quando os primeiros habitantes
eram, em sua maioria, imigrantes vindos do Estado de São Paulo, Minas e do
Nordeste brasileiro, sonhando com as riquezas do Norte do Paraná, adquiriram seus
lotes de terras. A partir daí, os cafezais começaram a ser erradicados para dar lugar
aos loteamentos. Com a venda dos lotes demarcados, o fluxo de convergência de
moradores ao novo núcleo habitacional intensificou-se, sobretudo, dada a proximidade
com Maringá.
       Através da Lei Estadual 790 (14 de novembro de 1951) Sarandi tornou –se
distrito administrativo de Marialva, a partir de 1953 passa a ser administrado por
agentes administrativos nomeados pelo prefeito de Marialva. No ano de 1966, através
de Lei Estadual 5.311/66 foi elevado a distrito judiciário, o que lhe garantiu
representante na Câmara Municipal de Marialva como vereador - Irineu Gonçalves de
Aguiar.
     A partir de 1974, teve início a expansão da área urbana do município. A expansão
do município se deu, ao contrário do que ocorreu em Maringá, de forma
completamente desordenada, sem nenhum planejamento urbanístico ou conjunto de
legislação que pudesse definir um plano para a ampliação e o parcelamento da
cidade.
       Em conseqüência deste descontrole, há grandes vazios urbanos que separam
áreas mais próximas ao centro de outras zonas ocupadas, que estão ilhadas em plena
zona agrícola. Vale registrar que, historicamente, o município foi vítima da ação de
despejo adotada pelo prefeito de Maringá, no período entre l.961 a 1.964, onde as
pessoas eram conduzidas para fora dos limites da cidade.
       Segundo Caniatto (1995), em sua pesquisa realizada através de um projeto de
extensão da Universidade Estadual de Maringá, nos anos de 1982 a 1987, a
Prefeitura Municipal de Maringá entrou com a polícia e tratores na Favela do
Cemitério, derrubando os barracos onde moravam várias famílias oferecendo-lhes
uma indenização espúria para deixarem a área. Assim, seus pertences eram
colocados em caminhões e deixados na beira da estrada em municípios vizinhos.
A cidade possui hoje oitenta e cinco bairros implantados, entretanto, apenas 50%
do espaço incorporado está ocupado. A maioria dos loteamentos foi aberta sem
asfalto, água, esgoto ou energia elétrica, ou seja, sem a infra-estrutura básica
necessária.
       O município de Sarandi possui uma área de 113.350 km2 dividido em zona rural
e urbana com 85 bairros. Localizado no norte do Paraná, a cerca de 412 quilômetros
de Curitiba, capital do Estado, é a vigésima segunda cidade paranaense em
população e a segunda maior da micro região 9, composta de 30 municípios.
       O crescimento demográfico de Sarandi tem seu marco em 1976 quando ainda
era distrito de Marialva, o qual recebeu a população da área rural que deixou o campo
por força da geada que dizimou os cafezais, momento em que o governo federal
iniciou incentivo para plantação de soja. Com a política agrícola mecanizada aumenta
o êxodo rural, fazendo com que as pessoas procurem núcleos urbanos para instalar-
se. Como em Sarandi o preço dos lotes era mais ameno que em Maringá, não
somente os moradores do município procuraram loteamentos, mas toda região.
       A economia do município está baseada, principalmente, na prestação de
serviços e fornecimento da força de trabalho à cidade de Maringá - pólo industrial e
comercial da região atribuindo à Sarandi o título de cidade dormitório. Sem dúvida,
esse é um quadro econômico que, precisa ser (des) construído, pois ao mesmo tempo
em que trabalham, os assalariados também consomem em Maringá, o que significa
uma redução nas possibilidades de arrecadação do município.
       Do ponto de vista social, as conseqüências de baixa arrecadação somada à falta
da política de desenvolvimento econômico ao longo dos anos em Sarandi, têm
refletido drasticamente nas políticas públicas, afetando as áreas como a de saúde,
educação, habitação, trabalho, assistência social, segurança e outras. No entanto,
Maringá tem sido reconhecidamente elemento importante enquanto cidade pólo no
sentido de atração de investimentos para a Região, bem como na sustentação
econômica através dos postos de trabalho ofertados à população dos municípios
vizinhos.
                                                                        Equipe O Diário.

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Histórico Sarandi

  • 1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE SARANDI Sarandi foi fundado em maio de 1947 pela Companhia de Terras Norte do Paraná, fez parte de um amplo projeto de colonização do norte paranaense, ao mesmo tempo de Maringá. Nesse mesmo ano houve uma intensa corrida pioneira, sobretudo para Maringá, cuja atração eram as terras de alto teor de fertilidade. No entanto, a história da ocupação territorial de Sarandi tem início em 1935, quando os primeiros habitantes eram, em sua maioria, imigrantes vindos do Estado de São Paulo, Minas e do Nordeste brasileiro, sonhando com as riquezas do Norte do Paraná, adquiriram seus lotes de terras. A partir daí, os cafezais começaram a ser erradicados para dar lugar aos loteamentos. Com a venda dos lotes demarcados, o fluxo de convergência de moradores ao novo núcleo habitacional intensificou-se, sobretudo, dada a proximidade com Maringá. Através da Lei Estadual 790 (14 de novembro de 1951) Sarandi tornou –se distrito administrativo de Marialva, a partir de 1953 passa a ser administrado por agentes administrativos nomeados pelo prefeito de Marialva. No ano de 1966, através de Lei Estadual 5.311/66 foi elevado a distrito judiciário, o que lhe garantiu representante na Câmara Municipal de Marialva como vereador - Irineu Gonçalves de Aguiar. A partir de 1974, teve início a expansão da área urbana do município. A expansão do município se deu, ao contrário do que ocorreu em Maringá, de forma completamente desordenada, sem nenhum planejamento urbanístico ou conjunto de legislação que pudesse definir um plano para a ampliação e o parcelamento da cidade. Em conseqüência deste descontrole, há grandes vazios urbanos que separam áreas mais próximas ao centro de outras zonas ocupadas, que estão ilhadas em plena zona agrícola. Vale registrar que, historicamente, o município foi vítima da ação de despejo adotada pelo prefeito de Maringá, no período entre l.961 a 1.964, onde as pessoas eram conduzidas para fora dos limites da cidade. Segundo Caniatto (1995), em sua pesquisa realizada através de um projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá, nos anos de 1982 a 1987, a Prefeitura Municipal de Maringá entrou com a polícia e tratores na Favela do Cemitério, derrubando os barracos onde moravam várias famílias oferecendo-lhes uma indenização espúria para deixarem a área. Assim, seus pertences eram colocados em caminhões e deixados na beira da estrada em municípios vizinhos.
  • 2. A cidade possui hoje oitenta e cinco bairros implantados, entretanto, apenas 50% do espaço incorporado está ocupado. A maioria dos loteamentos foi aberta sem asfalto, água, esgoto ou energia elétrica, ou seja, sem a infra-estrutura básica necessária. O município de Sarandi possui uma área de 113.350 km2 dividido em zona rural e urbana com 85 bairros. Localizado no norte do Paraná, a cerca de 412 quilômetros de Curitiba, capital do Estado, é a vigésima segunda cidade paranaense em população e a segunda maior da micro região 9, composta de 30 municípios. O crescimento demográfico de Sarandi tem seu marco em 1976 quando ainda era distrito de Marialva, o qual recebeu a população da área rural que deixou o campo por força da geada que dizimou os cafezais, momento em que o governo federal iniciou incentivo para plantação de soja. Com a política agrícola mecanizada aumenta o êxodo rural, fazendo com que as pessoas procurem núcleos urbanos para instalar- se. Como em Sarandi o preço dos lotes era mais ameno que em Maringá, não somente os moradores do município procuraram loteamentos, mas toda região. A economia do município está baseada, principalmente, na prestação de serviços e fornecimento da força de trabalho à cidade de Maringá - pólo industrial e comercial da região atribuindo à Sarandi o título de cidade dormitório. Sem dúvida, esse é um quadro econômico que, precisa ser (des) construído, pois ao mesmo tempo em que trabalham, os assalariados também consomem em Maringá, o que significa uma redução nas possibilidades de arrecadação do município. Do ponto de vista social, as conseqüências de baixa arrecadação somada à falta da política de desenvolvimento econômico ao longo dos anos em Sarandi, têm refletido drasticamente nas políticas públicas, afetando as áreas como a de saúde, educação, habitação, trabalho, assistência social, segurança e outras. No entanto, Maringá tem sido reconhecidamente elemento importante enquanto cidade pólo no sentido de atração de investimentos para a Região, bem como na sustentação econômica através dos postos de trabalho ofertados à população dos municípios vizinhos. Equipe O Diário.