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EEEM "IRMÃ MARIA HORTA"
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS
HISTÓRIA E TEMPORALIDADE
PROFº FELIPE PAES
Toda a "representação do tempo" é subjetiva , socialmente localizada. Não existe o tempo histórico
em si mesmo, mas apenas formas variadas e predominantes de se conceber o tempo histórico nas várias
sociedades e nas várias épocas.
O camponês medieval tendia a representar o seu tempo cotidiano de maneira cíclica, sob a
influência das atividades que lhe pautavam a existência e que eram regidas pelos ciclos da noite e do dia,
das estações, da alternância de plantio e colheita.
A partir da invenção do relógio no século XIII, o tempo seria medido, contado e percorrido
cronologicamente de uma maneira que pudesse acompanhar os novos desenvolvimentos de uma
sociedade regida pelo comércio, pelos intercâmbios intensos, por um ritmo progressivamente acelerado da
vida nos meios urbanos.
Na transição da sociedade medieval para a moderna, passava-se de uma noção religiosa do tempo
para uma divisão laica do tempo.
Esta nova noção de temporalidade foi sendo progressivamente elaborada pelo mundo moderno. O
homem passava a se imaginar enredado por um tempo dos relógios, dos calendários, das datas
contratuais, das certidões de nascimento e dos registros diários - que passavam também a definir o
homem por sua idade.
Tudo isso contribuía para compor no imaginário social um registro linear e progressivo de tempo
que logo seria intensificado pelos jornais, a martelar insistentemente para cada indivíduo e para a
sociedade inteira uma consciência de que homem está definitivamente amarrado a uma cadeia de eventos
imperceptíveis que o empurram para o futuro.
Adaptado de José D' Assunção Barros. Usos e temporalidade
na escrita da História in Seculum Revista de História (13) jul/dez 2005,
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Após a leitura e discussão do texto fazer a seguinte pesquisa:
 O papel do tempo na História.
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