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A utilização de mapas em Geografia e História
As representações da terra
Há diferentes formas de representar a superfície terrestre: globos, mapas,
fotografias aéreas, imagens de satélite.
As formas de representação da Terra mais utilizadas são os globos e os mapas.
Os globos terrestres são representações esféricas do planeta Terra. A vantagem é
de ser a representação da Terra que mais se assemelha à realidade e as
desvantagens são: difíceis de transportar, de arrumar e não permitem ver toda a
superfície da Terra ao mesmo tempo.
Os mapas são representações da Terra numa superfície plana.
As vantagens são: fáceis de transportar, de arrumar e permitem observar toda a
superfície da Terra ou apenas uma região ou país.
A única desvantagem é apresentarem necessariamente alguma deformação da
realidade.
Ao mapa que representa toda a Terra chamamos planisfério.
Os cinco oceanos – Atlântico, Índico, Pacífico, Glacial Ártico e Glacial Antártico –
comunicam todos entre si e ocupam a maior parte da superfície terrestre.
O seis continentes – Europa, Ásia, África, América, Oceânia e Antártida – ocupam
uma pequena parte da superfície terrestre.
Rede de linhas e pontos imaginários
Para melhor estudar a Terra e localizar qualquer ponto à superfície, os geógrafos
criaram uma rede de linhas e pontos imaginários sobre os mapas e globos terrestres.
Polos - Os polos representam o extremo Norte e Sul da Terra.
Equador - É uma linha imaginária situada a igual distância dos polos e que divide a
Terra em duas partes iguais, às quais damos o nome de hemisférios (o que quer
dizer meias esferas).
Eixo da terra - É a linha imaginária que liga o Polo Norte ao Polo Sul e passa pelo
centro da Terra.
Paralelos - São círculos paralelos à linha do Equador. Exemplos: Círculo Polar Ártico,
Círculo Polar Antártico, Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio.
Meridianos – São círculos perpendiculares à linha do Equador e que passam pelos
polos. O meridiano de Greenwich é o meridiano principal. (Todos os meridianos
dividem a Terra em duas partes iguais.)
Elementos para a compreensão de um mapa
Os principais elementos para a compreensão de um mapa são: o título, a orientação, a
legenda, a escala e a fonte.
Título - Informa sobre o que está representado no mapa. (Normalmente aparece na
legenda da figura.)
Orientação – Indica a direção do norte. Aparece o desenho de uma seta ou a rosa dos
ventos.
Legenda – Dá informações quanto ao significado dos sinais ou cores usados no mapa.
Escala – Indica o número de vezes que a realidade foi reduzida.
Fonte - Informa sobre quem é o autor do mapa ou a origem dos dados registados.
Na orientação de um mapa recorre-se à rosa dos ventos. A rosa dos ventos indica a
direção dos pontos cardeais e dos pontos colaterais.
• Os pontos cardeais são o norte (N), o sul (S), o este (E) e o oeste (O).
• Os pontos colaterais são o nordeste (NE), o noroeste (NO), o sudeste (SE) e o
sudoeste (SO).
A escala pode ser de dois tipos: numérica ou gráfica
• A escala numérica surge representada em números 1:3000 significa que um
centímetro no mapa corresponde a 3000 centímetros na realidade.
• A escala gráfica aparece representada num segmento de reta dividido em partes
iguais 0 I------I 250 significa que um espaço no mapa igual a este segmento de reta
correspondente, na realidade, a 250 km.
A localização de Portugal e da Península Ibérica
na Europa e no Mundo
Portugal continental localiza-se na parte mais ocidental da Península Ibérica e é
banhado pelo oceano Atlântico.
Portugal é constituído por:
• uma parte continental integrada na Península Ibérica;
• e uma parte insular constituída pelos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
A Península Ibérica é uma das principais penínsulas do continente europeu e
caracteriza-se por ter a forma de um polígono e uma linha de costa pouco recortada.
Os seus limites naturais são:
• o oceano Atlântico – a norte, a oeste e a sul;
• o mar Mediterrâneo – a sul e a este;
• e a cadeia montanhosa dos Pirenéus – a nordeste.
A Península Ibérica localiza-se no extremo sudoeste da Europa, entre o oceano
Atlântico e o mar Mediterrâneo.
Importância da posição da Península Ibérica
Pela sua localização, a Península Ibérica ocupa uma posição estratégica na Europa e
no Mundo.
Verificamos que:
• É a parte da Europa que se encontra mais perto de África e, separa-a deste
continente apenas um estreito marítimo – o estreito de Gibraltar
• E também, uma grande parte da linha de costa da Península Ibérica é banhada pelo
oceano Atlântico. O oceano Atlântico faz a “ponte de ligação” entre três continentes
– Europa, África e América.
Características naturais da Península Ibérica
O relevo da Península Ibérica
A superfície da Terra não apresenta sempre a mesma forma.
Umas vezes é plana, outras vezes surge com pequenas ou grandes elevações.
As principais formas de relevo são quatro:
• Planície - grande superfície de terreno plano e de muito pouca altitude.
• Planalto - grande superfície de terreno plano ou ondulado de média ou grande altitude.
• Montanha - elevação de terreno que se destaca das terras circundantes pela sua
altitude.
• Vale - espaço compreendido entre dois montes, no qual, geralmente, corre um rio.
Para estudar o relevo é necessário ter em atenção não só as suas formas mas sobretudo a
altitude que representa.
A altitude é a distância em metros medida na vertical a partir do nível médio das águas do
mar até um certo lugar, e são de dois tipos:
• Altitude positiva - quando o local se situa acima do nível médio das águas do mar.
• Altitude negativa - quando o local se situa abaixo do nível das águas do mar.
Código de cores dos mapas de relevo:
São cinco as cores utilizadas.
• o verde representa as planícies de baixa altitude;
• o amarelo representa as planícies onduladas e planaltos de baixa altitude;
• o castanho-claro representa os planaltos de grande altitude; à medida que a
altitude aumenta, o castanho é cada vez mais escuro;
• o branco representa as montanhas com neves perpétuas;
• o azul representa os rios, os lagos e os mares.
A Península Ibérica é uma das regiões mais montanhosas do continente europeu.
O centro da Península Ibérica é constituído por um conjunto de planaltos e
montanhas que se inclinam para o ocidente. Destacam-se nesse conjunto:
• o Planalto Central – que é o mais extenso e alto dos planaltos peninsulares;
• e a Cordilheira Central – que é uma cadeia montanhosa que corta a meio o
Planalto Central.
Fora do conjunto da Cordilheira Central existem outras montanhas, como, por
exemplo, a cordilheira dos Pirenéus.
Na Península Ibérica, para além dos planaltos e das montanhas, também existem
planícies:
• pequenas planícies costeiras, ao longo do litoral;
• e três grandes planícies situadas nas margens de grandes rios – planície do Ebro,
planície do Guadalquivir e planície do Tejo-Sado.
O relevo de Portugal continental apresenta duas zonas distintas; Norte e Sul.
O Norte
É a zona das terras altas, onde predominam os planaltos e as serras. Aí se localizam as
serras de maior altitude: Peneda, Gerês, Marão, Montemuro e Estrela.
No litoral predominam as pequenas planícies costeiras.
O Sul
É a zona das terras baixas e planas. Aí encontram-se as principais planícies portuguesas;
as planícies fluviais do Tejo e do Sado e as grandes planícies onduladas do Alentejo.
No interior predominam os planaltos e as serras.
A linha da costa portuguesa é, de uma maneira geral, pouco recortada. No entanto,
apresenta diferentes tipos de costa; umas vezes é baixa e arenosa, outras vezes é alta e
rochosa.
O clima da Península Ibérica
Chamamos estado de tempo ao estado da atmosfera num determinado local e
momento.
Estado de tempo e clima não são a mesma coisa.
Para caracterizar o clima é necessário ter em conta os valores médios dos elementos
climáticos durante um período de 30 anos.
Os principais elementos de que nos servimos para definir o clima são:
• a temperatura – grau de calor ou de frio do ar;
• a precipitação – quantidade de água caída no solo (chuva, neve ou granizo);
• e o vento – movimento do ar.
Como a terra tem forma esférica, isto dá origem a que existam zonas climáticas
diferentes:
• as zonas frias - são as zonas que se encontram à volta dos polos (Zona Frígida do
Norte, Zona Frígida do Sul);
• a zona quente - é a zona que está mais próxima do equador (situa-se entre o Trópico
de Câncer e o Trópico de Capricórnio);
• e as zonas temperadas - são as zonas de transição entre climas excessivamente quentes
e climas excessivamente frios e que apresentam quatro estações – primavera, verão,
outono e inverno (Zona Temperada do Norte e Zona Temperada do Sul).
A Península Ibérica localiza-se na Zona Temperada do Norte e, por isso, tem um clima
temperado.
Há regiões da Península Ibérica com características diferentes de temperatura e de
pluviosidade.
• O Norte e o Noroeste da Península são muito húmidos, com chuvas abundantes e
temperaturas suaves, tanto no inverno como no verão – é o clima temperado marítimo.
• O Interior da Península tem invernos muito frios, com poucas chuvas, e verões muito
quentes – é o clima temperado continental.
• O Sul da Península é seco, com poucas chuvas, mas tem invernos suaves e verões
quentes, devido à influência do mar e do ar quente do Norte de África – é o clima
temperado mediterrâneo.
Os principais fatores de clima que explicam as variações regionais na Península Ibérica
são:
• a proximidade ou afastamento do mar;
• o relevo;
• e os ventos dominantes.
Estando integrado na Península Ibérica, Portugal continental tem um clima temperado
com variações regionais. De uma maneira geral, o Sul é mais quente e seco do que o
Norte.
• No Norte Litoral há chuvas abundantes. As temperaturas são amenas tanto no inverno
como no verão.
• No Norte Interior há poucas chuvas, os invernos são muito frios, com neve, e os verões
quentes e secos.
• No Sul há igualmente poucas chuvas e os verões são quentes. Os invernos são bastante
suaves.
Os rios da Península Ibérica
Os rios são cursos regulares de água que desaguam no mar ou noutro rio.
Quase todos os rios da Península Ibérica nascem nas grandes cadeias montanhosas,
onde existem muitas nascentes e neves.
Esses rios são muito influenciados pelo relevo e é a inclinação do relevo que determina a
direção que o rio toma.
Por isso, muitos dos grandes rios, como o Minho, o Douro, o Tejo, e o Guadiana, são rios
que desaguam no Atlântico. Enquanto outros rios, como o Ebro e o Júcar, desaguam no
Mediterrâneo.
Chama-se caudal à quantidade de água que um rio leva ao longo do ano.
Tanto os rios do Norte como os do Sul têm um caudal variável.
Em algumas regiões chegam mesmo a ter períodos de secas (no verão) ou de
grandes cheias (no inverno).
Por influência da precipitação, os rios do Norte são em maior número, têm menos
períodos de seca e o seu curso é mais rápido do que os rios do Sul.
A vegetação natural da Península Ibérica
A vegetação natural é a vegetação que nasce espontaneamente, sem a intervenção
do ser humano.
A vegetação dominante na Península Ibérica é constituída por algumas espécies da
floresta primitiva e por espécies vegetais vindas de outras regiões do Mundo.
As características do relevo e do clima fazem com que a vegetação dominante na
Península Ibérica seja diferente conforme as regiões.
Ibéria Húmida
• Na Ibéria Húmida, que corresponde ao Norte e Noroeste da Península Ibérica,
onde chove mais e a paisagem é sempre verde, encontramos florestas de folha
caduca, prados naturais e matagais.
• No Norte de Portugal continental predominam os carvalhos, os castanheiros e, junto à
costa, os pinheiros bravos.
Ibéria Seca
• Na Ibéria Seca, que corresponde ao Interior e Sul da Península Ibérica, zona quente e
pouco chuvosa e onde a paisagem é muito menos verde, encontramos florestas de folha
persistente, matagais e arbustos.
• No Sul de Portugal predominam os sobreiros, as azinheiras e os pinheiros mansos.
A diversidade natural dos arquipélagos dos
Açores e da Madeira
O arquipélago dos Açores situa-se em pleno oceano Atlântico, a meio caminho
entre a Europa e a América do Norte. É constituído por nove ilhas, que formam três
grandes grupos: o grupo oriental (Santa Maria e S. Miguel), o grupo central
(Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial) e o grupo ocidental (Flores e Corvo).
O arquipélago da Madeira também se situa no oceano Atlântico, a sudoeste da
Europa. É constituído pelas ilhas da Madeira e de Porto Santo e por dois grupos de
pequenas ilhas desabitadas: as Desertas e as Selvagens.
O relevo dos arquipélago dos Açores e da Madeira é muito montanhoso e de origem
vulcânica. As ilhas apresentam, de uma maneira geral, costas altas e de difícil acesso.
Os cursos de água que existem tanto nos Açores como na Madeira são pouco extensos
e, por isso, têm o nome de ribeiras.
Nos Açores encontram-se algumas grandes lagoas, que ocupam crateras de vulcões
extintos, como, por exemplo, a Lagoa das Sete Cidades, na ilha de S. Miguel, e a Lagoa
do Caldeirão, na ilha do Corvo.
O clima nos arquipélagos dos Açores e da Madeira é considerado temperado. A
localização das ilhas, o relevo e os ventos são fatores que influenciam o clima.
Nos Açores não há grandes diferenças de temperatura entre as quatro estações do
ano. As chuvas são frequentes durante todo o ano.
Na Madeira, o verão é quente e seco e o inverno é ameno, com precipitações mais
elevadas na montanha e vertente norte.
As primeiras comunidades recoletoras
Condições naturais e origem dos primeiros grupos humanos
Há muitos milhares de anos, a Europa e outras partes da Terra estavam cobertas, em
grandes extensões, por espessas camadas de gelo, o que tornava o clima muito frio.
Por essa altura chegaram à Península Ibérica os primeiros grupos humanos vindos do
Norte de África.
A luta pela sobrevivência
Os primeiros grupos humanos que habitaram a Península Ibérica viviam em pequenas
comunidades. Estes homens e mulheres tinham que lutar duramente pela sua
sobrevivência. Era muito difícil não só aguentar o frio intenso e os animais ferozes como
também encontrar comida e lugares onde se abrigarem.
O modo de vida
A sua alimentação baseava-se na caça, na pesca e na recoleção, ou seja, na recolha
daquilo que a Natureza lhes oferecia – grãos e frutos silvestres (amoras, avelãs, bolotas),
raízes tenras, mel ovos de pássaros e moluscos marinhos (mexilhão e amêijoa).
Cobriam-se com peles de animais e refugiavam-se em grutas e abrigos naturais existentes
nas rochas.
As comunidades recoletoras alimentavam-se, exclusivamente, dos recursos naturais e
não viviam sempre no mesmo local, por isso, não tinham casa fixa. A estes grupos
humanos chamamos nómadas.
Com a descoberta do fogo, estes homens e mulheres passaram a poder cozinhar os
alimentos, a aquecerem-se nas noites frias, a espantar as feras e a iluminar as cavernas.
Manifestações artísticas
Os homens e as mulheres recoletoras gravavam e pintavam animais e cenas de caça nas
paredes das grutas e nas rochas ao ar livre. A estas gravuras e pinturas, porque saão
feitas sobre pedra, chamamos arte rupestre.
Há vestígios da arte rupestre no litoral e nas margens dos rios Douro, Coa, Tejo e Sado.
As primeiras comunidades agropastoris
Os primeiros povoados
Os grupos humanos que habitavam a Península Ibérica, há cerca de 5.000 anos, eram
Comunidades agropastoris. Estas comunidades já praticavam a agricultura, a pastorícia e a
domesticação de animais.
Com as sementeiras de cereais (cevada, trigo e aveia) e com a criação de rebanhos (cabras
e carneiros), generalizou-se o consumo de pão e do leite e a alimentação melhorou.
Este novo modo de vida permitiu-lhes ter casa fixa e viver sempre no mesmo local, quer
dizer, deixaram de ser nómadas para se tornarem sedentários. Apareceram então os
primeiros povoados.
Alguns destes povoados situavam-se na margem dos rios onde os terrenos eram mais
férteis.
Outros povoados situavam-se no cimo dos montes, rodeados de muralhas (fortes muros
de pedra). Aí, os seus habitantes tinham a vantagem de se defenderem melhor.
A estes povoados localizados no Norte e no Oeste da Península Ibérica chamamos castros
ou citânias.
Novas técnicas e instrumentos
Estas novas comunidades sedentárias inventaram novas técnicas: a cestaria (fabrico de
cestos), a cerâmica (fabrico de objetos de barro) e tecelagem (confeção de panos
grosseiros de linho e de lã).
Ao mesmo tempo, inventaram novos utensílios – foice, enxada de pedra, arado de
madeira, mó manual – e vulgarizaram o uso da roda.
As comunidades agropastoris do Norte e Oeste foram muito influenciadas pelos Celtas,
povo vindo do Centro da Europa.
Até à chegada dos Celtas, os povos que habitavam a Península Ibérica, só conheciam o
cobre e o bronze.
Foram os Celtas que trouxeram para a Península Ibérica a arte de trabalhar o ouro e a
técnica de fabrico de objetos em ferro. Com a utilização do ferro, as armas, os utensílios
e os instrumentos agrícolas passaram a ser muito mais resistentes.
Povos mediterrânicos que contactaram com
a Península Ibérica
Fenícios, Gregos e Cartagineses
Os Iberos e outros povos que viviam no Sul e no Sudeste da Península Ibérica tinham
melhores condições de vida do que os povos que viviam a norte do Tejo.
O seu grande desenvolvimento ficou a dever-se também ao contacto com os Fenícios,
Gregos e Cartagineses, que eram povos mais evoluídos.
Os Fenícios foram os primeiros povos navegadores do Mediterrâneo a chegar à
Península Ibérica. Conseguiram-no navegando junto à costa e utilizando barcos
bastante rápidos.
Passados muitos anos chegaram os Gregos e só mais tarde os Cartagineses.
Trazem e levam
Os Fenícios, Os Gregos e os Cartagineses eram povos que se dedicavam ao comércio.
Nos locais em que desembarcavam ou se fixavam estabeleciam contactos comerciais
com os povos da região.
Na Península Ibérica encontraram metais, sobretudo o ouro, a prata, o cobre e o
estanho, necessários para as suas indústrias. Em troca ofereciam objetos de vidro
(frascos de perfume), adornos, cerâmicas, tecidos de linho e púrpura.
Os povos do Mediterrâneo trouxeram para a Península Ibérica novas ideias e costumes
e deram a conhecer:
• o alfabeto fenício;
• a moeda grega;
• a conservação de alimentos pelo sal, usados pelos cartagineses.
A expansão de Roma
Roma era uma cidade da Península Itálica situada nas margens do rio Tibre.
À medida que os Romanos conseguiam conquistar os povos vizinhos, a cidade ia
crescendo.
Com o tempo, através de sucessivas conquistas, os Romanos conseguiram construir
um grande império.
O Império Romano era formado por um conjunto de territórios situados à volta do
Mediterrâneo e distribuídos por três continentes – Europa, Ásia e África.
Os Romanos controlavam toda a navegação e comércio que se fazia no mar
mediterrâneo. Nenhum outro povo podia aí navegar sem autorização dos Romanos,
por isso, chamavam ao mar Mediterrâneo “mare nostrum”.
A conquista romana e a resistência dos
povos ibéricos
A conquista
Os Romanos vinham atraídos pelas riquezas da Península Ibérica e pela possibilidade
de aumentar os seus territórios, de modo a conseguirem o domínio do comércio do
Mediterrâneo.
A resistência
Os Lusitanos são um dos exemplos conhecidos de povo que resistiu aos Romanos.
A resistência dos Lusitanos durou muitos anos e a luta manteve-se mesmo depois de
Viriato ter sido assassinado a mando dos Romanos. E, tal como outros povos peninsulares
desta época, os Lusitanos acabaram por ser dominados.
A romanização da Península Ibérica
Os Romanos permaneceram quase 700 anos na Península Ibérica.
Durante esse período, os povos ibéricos aprenderam a língua, as leis, os costumes, as
técnicas de construção e outros conhecimentos dos Romanos. Às transformações das
paisagens e do modo de vida dos povos peninsulares, por influência dos Romanos,
chamamos romanização.
A herança romana
Os Romanos construíram uma rede de estradas e pontes para unir as cidades mais
Importantes e permitir uma ligação rápida a Roma.
Essa rede de estradas facilitava as deslocações dos exércitos romanos, as trocas comerciais
e o envio para Roma dos impostos e riquezas peninsulares.
O idioma dos Romanos era o latim. O latim passou a ser a língua falada na Península
Ibérica.
Para além de a língua Portuguesa ter muitas palavras de origem latina, ainda hoje se
utiliza, em várias situações, a numeração romana.
Muitas construções feitas na Península Ibérica neste período mostram como os Romanos
se preocupavam em fazer com que as suas casas e monumentos durassem muito tempo.
Daí a utilização de novas técnicas de construção e novos materiais, como a telha, o tijolo e
o mosaico.
Por influência dos Romanos, intensificou-se na Península Ibérica a produção agrícola
(vinho, azeite e trigo) e a exploração de minas. Foram criadas indústrias (salga do peixe,
olaria, tecelagem), desenvolveu-se o comércio e o uso da moeda generalizou-se.
A cristianização da Península Ibérica
Durante o período de ocupação da Península Ibérica pelos Romanos, os povos
Peninsulares eram politeístas, o que quer dizer que adoravam vários deuses.
Pouco depois de os Romanos conquistarem a Península Ibérica, Jesus Cristo nasceu em
Belém, na Judeia, que já fazia parte do império Romano.
Aos 30 anos, Jesus Cristo, começou a percorrer a Palestina a pregar uma nova religião – o
Cristianismo.
O Cristianismo era uma religião monoteísta que reconhecia um único Deus como o criador
de todas as coisas e defendia os seguintes princípios:
• A igualdade entre todos os homens (livres e escravos; ricos e pobres)
• A bondade e o amor a Deus e ao próximo (condenava a violência)
• A promessa de uma vida eterna (para além da morte, como recompensa das boas ações)
No ano 380 (séc. IV), o imperador Teodósio declarou o “Cristianismo religião oficial do
império”.
O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia.
A contagem do tempo na era cristã
A maior parte dos países europeus faz a contagem do tempo tendo como ponto de
Referência o nascimento de Cristo. Por isso se diz que utilizam a “era cristã”.
Na contagem do tempo, utilizamos como principais unidades de medida: o ano, a década
(10 anos), o século (100 anos) e o milénio (1000 anos).
Para fazer corresponder os anos aos séculos há uma regra muito simples. Quando o ano
termina em dois zeros, o número de centenas já te indica o século. Se não for esse o
caso, acrescentas uma unidade ao número de centenas.
O fim do império Romano
Os Romanos chamavam Bárbaros a todos os povos que viviam fora do Império Romano e
não falavam a sua língua.
Na segunda metade do século IV e durante o século V, povos bárbaros, vindos da Europa
Central, invadiram o Império Romano.
Estes invasores eram guerreiros e cavaleiros hábeis, dispunham de armas de ferro e
provocaram lutas violentas. Conseguiram desorganizar o exército romano e dividiram o
império em diversos reinos.
Os Bárbaros que invadiram a Península Ibérica tinham uma forma de vida diferente da
população peninsular romanizada. Eram povos que dedicavam à agricultura e pastorícia.
Quando entraram em contacto com os Romanos foram, pouco a pouco, perdendo alguns
dos seus costumes e adotaram costumes da população peninsular.
A Península Ibérica ficou dividida em dois reinos: o reino dos Suevos, com capital em
Braga, e o reino dos Visigodos, com capital em Toledo.
Em meados do século VI, os Visigodos conseguiram vencer os Suevos e passaram a
dominar a Península Ibérica.
Lentamente, os Visigodos acabaram por aceitar a cultura peninsular.
A religião Islâmica
No século VI, a Arábia era bastante pobre. Os Árabes que aí viviam agrupavam-se em
tribos junto dos oásis do deserto. Dedicavam-se à pastorícia e ao comércio e acreditavam
em vários deuses.
Maomé nasceu na cidade de Meca, cerca de 570, e em 612, Maomé começou a pregar,
em Meca, uma nova religião – a religião islâmica ou islamismo.
Os seguidores do Islamismo são conhecidos pelo nome de Muçulmanos. Acreditam num
Deus único, a que chamam Alá.
Os princípios da religião islâmica estão reunidos num livro sagrado – o Corão.
O princípios fundamentais são:
• reconhecer Alá como Deus único e Maomé como seu profeta
• rezar cinco vezes por dia de preferência na mesquita e virados para Meca
• jejuar no mês do ramadão (o nono mês do calendário muçulmano)
• dar esmola aos mais pobres
• ir em peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
Ocupação muçulmana da Península Ibérica
A conquista
Os Muçulmanos lançaram-se na conquista de outros territórios por dois motivos:
• expandir o Islamismo, procurando converter outros povos à sua religião
• melhorar as suas condições de vida, uma vez que a Arábia era um território muito
pobre
Assim, começaram a dominar os territórios perto da Arábia e rapidamente ocuparam
grandes áreas na Ásia e no Norte de África.
Em 711 (século VIII), os Muçulmanos iniciaram a conquista da Península Ibérica.
Comandados por Tarik, atravessaram o estreito de Gibraltar e venceram os cristãos
visigodos na batalha de Guadalete.
Passados dois anos, em 713, os Muçulmanos já tinham ocupado quase toda a Península
Ibérica.
O território muçulmano na Península Ibérica ficou conhecido pelo nome árabe de Al-
Andalus.
Os cristãos chamavam Mouros aos Muçulmanos do Norte de África que invadiram a
Península Ibérica.
Na ocupação da Península Ibérica, os Muçulmanos usaram a força das armas e travaram
muitas batalhas.
Mas, em muitos casos, fizeram acordos com os chefes visigodos, o que permitiu a estes
conservar as suas terras. Em troca, os Visigodos tinham de se submeter aos novos
conquistadores.

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Mapas e representações da Terra em Geografia

  • 1. A utilização de mapas em Geografia e História As representações da terra Há diferentes formas de representar a superfície terrestre: globos, mapas, fotografias aéreas, imagens de satélite. As formas de representação da Terra mais utilizadas são os globos e os mapas. Os globos terrestres são representações esféricas do planeta Terra. A vantagem é de ser a representação da Terra que mais se assemelha à realidade e as desvantagens são: difíceis de transportar, de arrumar e não permitem ver toda a superfície da Terra ao mesmo tempo. Os mapas são representações da Terra numa superfície plana. As vantagens são: fáceis de transportar, de arrumar e permitem observar toda a superfície da Terra ou apenas uma região ou país. A única desvantagem é apresentarem necessariamente alguma deformação da realidade. Ao mapa que representa toda a Terra chamamos planisfério.
  • 2. Os cinco oceanos – Atlântico, Índico, Pacífico, Glacial Ártico e Glacial Antártico – comunicam todos entre si e ocupam a maior parte da superfície terrestre. O seis continentes – Europa, Ásia, África, América, Oceânia e Antártida – ocupam uma pequena parte da superfície terrestre. Rede de linhas e pontos imaginários Para melhor estudar a Terra e localizar qualquer ponto à superfície, os geógrafos criaram uma rede de linhas e pontos imaginários sobre os mapas e globos terrestres. Polos - Os polos representam o extremo Norte e Sul da Terra. Equador - É uma linha imaginária situada a igual distância dos polos e que divide a Terra em duas partes iguais, às quais damos o nome de hemisférios (o que quer dizer meias esferas). Eixo da terra - É a linha imaginária que liga o Polo Norte ao Polo Sul e passa pelo centro da Terra.
  • 3. Paralelos - São círculos paralelos à linha do Equador. Exemplos: Círculo Polar Ártico, Círculo Polar Antártico, Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio. Meridianos – São círculos perpendiculares à linha do Equador e que passam pelos polos. O meridiano de Greenwich é o meridiano principal. (Todos os meridianos dividem a Terra em duas partes iguais.) Elementos para a compreensão de um mapa Os principais elementos para a compreensão de um mapa são: o título, a orientação, a legenda, a escala e a fonte. Título - Informa sobre o que está representado no mapa. (Normalmente aparece na legenda da figura.) Orientação – Indica a direção do norte. Aparece o desenho de uma seta ou a rosa dos ventos. Legenda – Dá informações quanto ao significado dos sinais ou cores usados no mapa. Escala – Indica o número de vezes que a realidade foi reduzida.
  • 4. Fonte - Informa sobre quem é o autor do mapa ou a origem dos dados registados. Na orientação de um mapa recorre-se à rosa dos ventos. A rosa dos ventos indica a direção dos pontos cardeais e dos pontos colaterais. • Os pontos cardeais são o norte (N), o sul (S), o este (E) e o oeste (O). • Os pontos colaterais são o nordeste (NE), o noroeste (NO), o sudeste (SE) e o sudoeste (SO). A escala pode ser de dois tipos: numérica ou gráfica • A escala numérica surge representada em números 1:3000 significa que um centímetro no mapa corresponde a 3000 centímetros na realidade. • A escala gráfica aparece representada num segmento de reta dividido em partes iguais 0 I------I 250 significa que um espaço no mapa igual a este segmento de reta correspondente, na realidade, a 250 km.
  • 5. A localização de Portugal e da Península Ibérica na Europa e no Mundo Portugal continental localiza-se na parte mais ocidental da Península Ibérica e é banhado pelo oceano Atlântico. Portugal é constituído por: • uma parte continental integrada na Península Ibérica; • e uma parte insular constituída pelos arquipélagos da Madeira e dos Açores. A Península Ibérica é uma das principais penínsulas do continente europeu e caracteriza-se por ter a forma de um polígono e uma linha de costa pouco recortada. Os seus limites naturais são: • o oceano Atlântico – a norte, a oeste e a sul; • o mar Mediterrâneo – a sul e a este; • e a cadeia montanhosa dos Pirenéus – a nordeste. A Península Ibérica localiza-se no extremo sudoeste da Europa, entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo.
  • 6. Importância da posição da Península Ibérica Pela sua localização, a Península Ibérica ocupa uma posição estratégica na Europa e no Mundo. Verificamos que: • É a parte da Europa que se encontra mais perto de África e, separa-a deste continente apenas um estreito marítimo – o estreito de Gibraltar • E também, uma grande parte da linha de costa da Península Ibérica é banhada pelo oceano Atlântico. O oceano Atlântico faz a “ponte de ligação” entre três continentes – Europa, África e América. Características naturais da Península Ibérica O relevo da Península Ibérica A superfície da Terra não apresenta sempre a mesma forma. Umas vezes é plana, outras vezes surge com pequenas ou grandes elevações.
  • 7. As principais formas de relevo são quatro: • Planície - grande superfície de terreno plano e de muito pouca altitude. • Planalto - grande superfície de terreno plano ou ondulado de média ou grande altitude. • Montanha - elevação de terreno que se destaca das terras circundantes pela sua altitude. • Vale - espaço compreendido entre dois montes, no qual, geralmente, corre um rio. Para estudar o relevo é necessário ter em atenção não só as suas formas mas sobretudo a altitude que representa. A altitude é a distância em metros medida na vertical a partir do nível médio das águas do mar até um certo lugar, e são de dois tipos: • Altitude positiva - quando o local se situa acima do nível médio das águas do mar. • Altitude negativa - quando o local se situa abaixo do nível das águas do mar. Código de cores dos mapas de relevo: São cinco as cores utilizadas. • o verde representa as planícies de baixa altitude; • o amarelo representa as planícies onduladas e planaltos de baixa altitude;
  • 8. • o castanho-claro representa os planaltos de grande altitude; à medida que a altitude aumenta, o castanho é cada vez mais escuro; • o branco representa as montanhas com neves perpétuas; • o azul representa os rios, os lagos e os mares. A Península Ibérica é uma das regiões mais montanhosas do continente europeu. O centro da Península Ibérica é constituído por um conjunto de planaltos e montanhas que se inclinam para o ocidente. Destacam-se nesse conjunto: • o Planalto Central – que é o mais extenso e alto dos planaltos peninsulares; • e a Cordilheira Central – que é uma cadeia montanhosa que corta a meio o Planalto Central. Fora do conjunto da Cordilheira Central existem outras montanhas, como, por exemplo, a cordilheira dos Pirenéus. Na Península Ibérica, para além dos planaltos e das montanhas, também existem planícies: • pequenas planícies costeiras, ao longo do litoral;
  • 9. • e três grandes planícies situadas nas margens de grandes rios – planície do Ebro, planície do Guadalquivir e planície do Tejo-Sado. O relevo de Portugal continental apresenta duas zonas distintas; Norte e Sul. O Norte É a zona das terras altas, onde predominam os planaltos e as serras. Aí se localizam as serras de maior altitude: Peneda, Gerês, Marão, Montemuro e Estrela. No litoral predominam as pequenas planícies costeiras. O Sul É a zona das terras baixas e planas. Aí encontram-se as principais planícies portuguesas; as planícies fluviais do Tejo e do Sado e as grandes planícies onduladas do Alentejo. No interior predominam os planaltos e as serras. A linha da costa portuguesa é, de uma maneira geral, pouco recortada. No entanto, apresenta diferentes tipos de costa; umas vezes é baixa e arenosa, outras vezes é alta e rochosa.
  • 10. O clima da Península Ibérica Chamamos estado de tempo ao estado da atmosfera num determinado local e momento. Estado de tempo e clima não são a mesma coisa. Para caracterizar o clima é necessário ter em conta os valores médios dos elementos climáticos durante um período de 30 anos. Os principais elementos de que nos servimos para definir o clima são: • a temperatura – grau de calor ou de frio do ar; • a precipitação – quantidade de água caída no solo (chuva, neve ou granizo); • e o vento – movimento do ar. Como a terra tem forma esférica, isto dá origem a que existam zonas climáticas diferentes: • as zonas frias - são as zonas que se encontram à volta dos polos (Zona Frígida do Norte, Zona Frígida do Sul); • a zona quente - é a zona que está mais próxima do equador (situa-se entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio);
  • 11. • e as zonas temperadas - são as zonas de transição entre climas excessivamente quentes e climas excessivamente frios e que apresentam quatro estações – primavera, verão, outono e inverno (Zona Temperada do Norte e Zona Temperada do Sul). A Península Ibérica localiza-se na Zona Temperada do Norte e, por isso, tem um clima temperado. Há regiões da Península Ibérica com características diferentes de temperatura e de pluviosidade. • O Norte e o Noroeste da Península são muito húmidos, com chuvas abundantes e temperaturas suaves, tanto no inverno como no verão – é o clima temperado marítimo. • O Interior da Península tem invernos muito frios, com poucas chuvas, e verões muito quentes – é o clima temperado continental. • O Sul da Península é seco, com poucas chuvas, mas tem invernos suaves e verões quentes, devido à influência do mar e do ar quente do Norte de África – é o clima temperado mediterrâneo. Os principais fatores de clima que explicam as variações regionais na Península Ibérica são: • a proximidade ou afastamento do mar; • o relevo; • e os ventos dominantes.
  • 12. Estando integrado na Península Ibérica, Portugal continental tem um clima temperado com variações regionais. De uma maneira geral, o Sul é mais quente e seco do que o Norte. • No Norte Litoral há chuvas abundantes. As temperaturas são amenas tanto no inverno como no verão. • No Norte Interior há poucas chuvas, os invernos são muito frios, com neve, e os verões quentes e secos. • No Sul há igualmente poucas chuvas e os verões são quentes. Os invernos são bastante suaves. Os rios da Península Ibérica Os rios são cursos regulares de água que desaguam no mar ou noutro rio. Quase todos os rios da Península Ibérica nascem nas grandes cadeias montanhosas, onde existem muitas nascentes e neves. Esses rios são muito influenciados pelo relevo e é a inclinação do relevo que determina a direção que o rio toma. Por isso, muitos dos grandes rios, como o Minho, o Douro, o Tejo, e o Guadiana, são rios que desaguam no Atlântico. Enquanto outros rios, como o Ebro e o Júcar, desaguam no Mediterrâneo.
  • 13. Chama-se caudal à quantidade de água que um rio leva ao longo do ano. Tanto os rios do Norte como os do Sul têm um caudal variável. Em algumas regiões chegam mesmo a ter períodos de secas (no verão) ou de grandes cheias (no inverno). Por influência da precipitação, os rios do Norte são em maior número, têm menos períodos de seca e o seu curso é mais rápido do que os rios do Sul. A vegetação natural da Península Ibérica A vegetação natural é a vegetação que nasce espontaneamente, sem a intervenção do ser humano. A vegetação dominante na Península Ibérica é constituída por algumas espécies da floresta primitiva e por espécies vegetais vindas de outras regiões do Mundo. As características do relevo e do clima fazem com que a vegetação dominante na Península Ibérica seja diferente conforme as regiões. Ibéria Húmida • Na Ibéria Húmida, que corresponde ao Norte e Noroeste da Península Ibérica, onde chove mais e a paisagem é sempre verde, encontramos florestas de folha caduca, prados naturais e matagais.
  • 14. • No Norte de Portugal continental predominam os carvalhos, os castanheiros e, junto à costa, os pinheiros bravos. Ibéria Seca • Na Ibéria Seca, que corresponde ao Interior e Sul da Península Ibérica, zona quente e pouco chuvosa e onde a paisagem é muito menos verde, encontramos florestas de folha persistente, matagais e arbustos. • No Sul de Portugal predominam os sobreiros, as azinheiras e os pinheiros mansos. A diversidade natural dos arquipélagos dos Açores e da Madeira O arquipélago dos Açores situa-se em pleno oceano Atlântico, a meio caminho entre a Europa e a América do Norte. É constituído por nove ilhas, que formam três grandes grupos: o grupo oriental (Santa Maria e S. Miguel), o grupo central (Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial) e o grupo ocidental (Flores e Corvo). O arquipélago da Madeira também se situa no oceano Atlântico, a sudoeste da Europa. É constituído pelas ilhas da Madeira e de Porto Santo e por dois grupos de pequenas ilhas desabitadas: as Desertas e as Selvagens.
  • 15. O relevo dos arquipélago dos Açores e da Madeira é muito montanhoso e de origem vulcânica. As ilhas apresentam, de uma maneira geral, costas altas e de difícil acesso. Os cursos de água que existem tanto nos Açores como na Madeira são pouco extensos e, por isso, têm o nome de ribeiras. Nos Açores encontram-se algumas grandes lagoas, que ocupam crateras de vulcões extintos, como, por exemplo, a Lagoa das Sete Cidades, na ilha de S. Miguel, e a Lagoa do Caldeirão, na ilha do Corvo. O clima nos arquipélagos dos Açores e da Madeira é considerado temperado. A localização das ilhas, o relevo e os ventos são fatores que influenciam o clima. Nos Açores não há grandes diferenças de temperatura entre as quatro estações do ano. As chuvas são frequentes durante todo o ano. Na Madeira, o verão é quente e seco e o inverno é ameno, com precipitações mais elevadas na montanha e vertente norte.
  • 16. As primeiras comunidades recoletoras Condições naturais e origem dos primeiros grupos humanos Há muitos milhares de anos, a Europa e outras partes da Terra estavam cobertas, em grandes extensões, por espessas camadas de gelo, o que tornava o clima muito frio. Por essa altura chegaram à Península Ibérica os primeiros grupos humanos vindos do Norte de África. A luta pela sobrevivência Os primeiros grupos humanos que habitaram a Península Ibérica viviam em pequenas comunidades. Estes homens e mulheres tinham que lutar duramente pela sua sobrevivência. Era muito difícil não só aguentar o frio intenso e os animais ferozes como também encontrar comida e lugares onde se abrigarem. O modo de vida A sua alimentação baseava-se na caça, na pesca e na recoleção, ou seja, na recolha daquilo que a Natureza lhes oferecia – grãos e frutos silvestres (amoras, avelãs, bolotas), raízes tenras, mel ovos de pássaros e moluscos marinhos (mexilhão e amêijoa).
  • 17. Cobriam-se com peles de animais e refugiavam-se em grutas e abrigos naturais existentes nas rochas. As comunidades recoletoras alimentavam-se, exclusivamente, dos recursos naturais e não viviam sempre no mesmo local, por isso, não tinham casa fixa. A estes grupos humanos chamamos nómadas. Com a descoberta do fogo, estes homens e mulheres passaram a poder cozinhar os alimentos, a aquecerem-se nas noites frias, a espantar as feras e a iluminar as cavernas. Manifestações artísticas Os homens e as mulheres recoletoras gravavam e pintavam animais e cenas de caça nas paredes das grutas e nas rochas ao ar livre. A estas gravuras e pinturas, porque saão feitas sobre pedra, chamamos arte rupestre. Há vestígios da arte rupestre no litoral e nas margens dos rios Douro, Coa, Tejo e Sado. As primeiras comunidades agropastoris Os primeiros povoados Os grupos humanos que habitavam a Península Ibérica, há cerca de 5.000 anos, eram
  • 18. Comunidades agropastoris. Estas comunidades já praticavam a agricultura, a pastorícia e a domesticação de animais. Com as sementeiras de cereais (cevada, trigo e aveia) e com a criação de rebanhos (cabras e carneiros), generalizou-se o consumo de pão e do leite e a alimentação melhorou. Este novo modo de vida permitiu-lhes ter casa fixa e viver sempre no mesmo local, quer dizer, deixaram de ser nómadas para se tornarem sedentários. Apareceram então os primeiros povoados. Alguns destes povoados situavam-se na margem dos rios onde os terrenos eram mais férteis. Outros povoados situavam-se no cimo dos montes, rodeados de muralhas (fortes muros de pedra). Aí, os seus habitantes tinham a vantagem de se defenderem melhor. A estes povoados localizados no Norte e no Oeste da Península Ibérica chamamos castros ou citânias. Novas técnicas e instrumentos Estas novas comunidades sedentárias inventaram novas técnicas: a cestaria (fabrico de cestos), a cerâmica (fabrico de objetos de barro) e tecelagem (confeção de panos grosseiros de linho e de lã). Ao mesmo tempo, inventaram novos utensílios – foice, enxada de pedra, arado de madeira, mó manual – e vulgarizaram o uso da roda.
  • 19. As comunidades agropastoris do Norte e Oeste foram muito influenciadas pelos Celtas, povo vindo do Centro da Europa. Até à chegada dos Celtas, os povos que habitavam a Península Ibérica, só conheciam o cobre e o bronze. Foram os Celtas que trouxeram para a Península Ibérica a arte de trabalhar o ouro e a técnica de fabrico de objetos em ferro. Com a utilização do ferro, as armas, os utensílios e os instrumentos agrícolas passaram a ser muito mais resistentes. Povos mediterrânicos que contactaram com a Península Ibérica Fenícios, Gregos e Cartagineses Os Iberos e outros povos que viviam no Sul e no Sudeste da Península Ibérica tinham melhores condições de vida do que os povos que viviam a norte do Tejo. O seu grande desenvolvimento ficou a dever-se também ao contacto com os Fenícios, Gregos e Cartagineses, que eram povos mais evoluídos. Os Fenícios foram os primeiros povos navegadores do Mediterrâneo a chegar à
  • 20. Península Ibérica. Conseguiram-no navegando junto à costa e utilizando barcos bastante rápidos. Passados muitos anos chegaram os Gregos e só mais tarde os Cartagineses. Trazem e levam Os Fenícios, Os Gregos e os Cartagineses eram povos que se dedicavam ao comércio. Nos locais em que desembarcavam ou se fixavam estabeleciam contactos comerciais com os povos da região. Na Península Ibérica encontraram metais, sobretudo o ouro, a prata, o cobre e o estanho, necessários para as suas indústrias. Em troca ofereciam objetos de vidro (frascos de perfume), adornos, cerâmicas, tecidos de linho e púrpura. Os povos do Mediterrâneo trouxeram para a Península Ibérica novas ideias e costumes e deram a conhecer: • o alfabeto fenício; • a moeda grega; • a conservação de alimentos pelo sal, usados pelos cartagineses.
  • 21. A expansão de Roma Roma era uma cidade da Península Itálica situada nas margens do rio Tibre. À medida que os Romanos conseguiam conquistar os povos vizinhos, a cidade ia crescendo. Com o tempo, através de sucessivas conquistas, os Romanos conseguiram construir um grande império. O Império Romano era formado por um conjunto de territórios situados à volta do Mediterrâneo e distribuídos por três continentes – Europa, Ásia e África. Os Romanos controlavam toda a navegação e comércio que se fazia no mar mediterrâneo. Nenhum outro povo podia aí navegar sem autorização dos Romanos, por isso, chamavam ao mar Mediterrâneo “mare nostrum”. A conquista romana e a resistência dos povos ibéricos A conquista Os Romanos vinham atraídos pelas riquezas da Península Ibérica e pela possibilidade
  • 22. de aumentar os seus territórios, de modo a conseguirem o domínio do comércio do Mediterrâneo. A resistência Os Lusitanos são um dos exemplos conhecidos de povo que resistiu aos Romanos. A resistência dos Lusitanos durou muitos anos e a luta manteve-se mesmo depois de Viriato ter sido assassinado a mando dos Romanos. E, tal como outros povos peninsulares desta época, os Lusitanos acabaram por ser dominados. A romanização da Península Ibérica Os Romanos permaneceram quase 700 anos na Península Ibérica. Durante esse período, os povos ibéricos aprenderam a língua, as leis, os costumes, as técnicas de construção e outros conhecimentos dos Romanos. Às transformações das paisagens e do modo de vida dos povos peninsulares, por influência dos Romanos, chamamos romanização. A herança romana Os Romanos construíram uma rede de estradas e pontes para unir as cidades mais
  • 23. Importantes e permitir uma ligação rápida a Roma. Essa rede de estradas facilitava as deslocações dos exércitos romanos, as trocas comerciais e o envio para Roma dos impostos e riquezas peninsulares. O idioma dos Romanos era o latim. O latim passou a ser a língua falada na Península Ibérica. Para além de a língua Portuguesa ter muitas palavras de origem latina, ainda hoje se utiliza, em várias situações, a numeração romana. Muitas construções feitas na Península Ibérica neste período mostram como os Romanos se preocupavam em fazer com que as suas casas e monumentos durassem muito tempo. Daí a utilização de novas técnicas de construção e novos materiais, como a telha, o tijolo e o mosaico. Por influência dos Romanos, intensificou-se na Península Ibérica a produção agrícola (vinho, azeite e trigo) e a exploração de minas. Foram criadas indústrias (salga do peixe, olaria, tecelagem), desenvolveu-se o comércio e o uso da moeda generalizou-se. A cristianização da Península Ibérica Durante o período de ocupação da Península Ibérica pelos Romanos, os povos
  • 24. Peninsulares eram politeístas, o que quer dizer que adoravam vários deuses. Pouco depois de os Romanos conquistarem a Península Ibérica, Jesus Cristo nasceu em Belém, na Judeia, que já fazia parte do império Romano. Aos 30 anos, Jesus Cristo, começou a percorrer a Palestina a pregar uma nova religião – o Cristianismo. O Cristianismo era uma religião monoteísta que reconhecia um único Deus como o criador de todas as coisas e defendia os seguintes princípios: • A igualdade entre todos os homens (livres e escravos; ricos e pobres) • A bondade e o amor a Deus e ao próximo (condenava a violência) • A promessa de uma vida eterna (para além da morte, como recompensa das boas ações) No ano 380 (séc. IV), o imperador Teodósio declarou o “Cristianismo religião oficial do império”. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia. A contagem do tempo na era cristã A maior parte dos países europeus faz a contagem do tempo tendo como ponto de
  • 25. Referência o nascimento de Cristo. Por isso se diz que utilizam a “era cristã”. Na contagem do tempo, utilizamos como principais unidades de medida: o ano, a década (10 anos), o século (100 anos) e o milénio (1000 anos). Para fazer corresponder os anos aos séculos há uma regra muito simples. Quando o ano termina em dois zeros, o número de centenas já te indica o século. Se não for esse o caso, acrescentas uma unidade ao número de centenas. O fim do império Romano Os Romanos chamavam Bárbaros a todos os povos que viviam fora do Império Romano e não falavam a sua língua. Na segunda metade do século IV e durante o século V, povos bárbaros, vindos da Europa Central, invadiram o Império Romano. Estes invasores eram guerreiros e cavaleiros hábeis, dispunham de armas de ferro e provocaram lutas violentas. Conseguiram desorganizar o exército romano e dividiram o império em diversos reinos.
  • 26. Os Bárbaros que invadiram a Península Ibérica tinham uma forma de vida diferente da população peninsular romanizada. Eram povos que dedicavam à agricultura e pastorícia. Quando entraram em contacto com os Romanos foram, pouco a pouco, perdendo alguns dos seus costumes e adotaram costumes da população peninsular. A Península Ibérica ficou dividida em dois reinos: o reino dos Suevos, com capital em Braga, e o reino dos Visigodos, com capital em Toledo. Em meados do século VI, os Visigodos conseguiram vencer os Suevos e passaram a dominar a Península Ibérica. Lentamente, os Visigodos acabaram por aceitar a cultura peninsular. A religião Islâmica No século VI, a Arábia era bastante pobre. Os Árabes que aí viviam agrupavam-se em tribos junto dos oásis do deserto. Dedicavam-se à pastorícia e ao comércio e acreditavam em vários deuses. Maomé nasceu na cidade de Meca, cerca de 570, e em 612, Maomé começou a pregar, em Meca, uma nova religião – a religião islâmica ou islamismo.
  • 27. Os seguidores do Islamismo são conhecidos pelo nome de Muçulmanos. Acreditam num Deus único, a que chamam Alá. Os princípios da religião islâmica estão reunidos num livro sagrado – o Corão. O princípios fundamentais são: • reconhecer Alá como Deus único e Maomé como seu profeta • rezar cinco vezes por dia de preferência na mesquita e virados para Meca • jejuar no mês do ramadão (o nono mês do calendário muçulmano) • dar esmola aos mais pobres • ir em peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida. Ocupação muçulmana da Península Ibérica A conquista Os Muçulmanos lançaram-se na conquista de outros territórios por dois motivos: • expandir o Islamismo, procurando converter outros povos à sua religião • melhorar as suas condições de vida, uma vez que a Arábia era um território muito pobre
  • 28. Assim, começaram a dominar os territórios perto da Arábia e rapidamente ocuparam grandes áreas na Ásia e no Norte de África. Em 711 (século VIII), os Muçulmanos iniciaram a conquista da Península Ibérica. Comandados por Tarik, atravessaram o estreito de Gibraltar e venceram os cristãos visigodos na batalha de Guadalete. Passados dois anos, em 713, os Muçulmanos já tinham ocupado quase toda a Península Ibérica. O território muçulmano na Península Ibérica ficou conhecido pelo nome árabe de Al- Andalus. Os cristãos chamavam Mouros aos Muçulmanos do Norte de África que invadiram a Península Ibérica. Na ocupação da Península Ibérica, os Muçulmanos usaram a força das armas e travaram muitas batalhas. Mas, em muitos casos, fizeram acordos com os chefes visigodos, o que permitiu a estes conservar as suas terras. Em troca, os Visigodos tinham de se submeter aos novos conquistadores.