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Sociedade, Tecnologia e Ciência 
Nome:____________________________________________ 
Data: ___/___/___ 
NG6: Urbanismo e Mobilidades 
NG6 – DR1 
Tema: Construção e Arquitetura 
Domínio de Referência 1 – DR1 – Associar conceitos de construção e arquitetura à integração social e à melhoria do bem-estar individual 
Ficha de Trabalho 
A Evolução das Habitações 
As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, pois foram elas que tornaram a espécie humana mais adaptável, capaz de sobreviver desde o equador aos polos. 
Habitação é, desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartamento, etc. Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". 
Abrigos naturais 
A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior. 
Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o hábito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca resistência aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendência à clivagem vertical. 
Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vários inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situados e húmidos, conjunto de circunstâncias negativas para um coletor ou caçador sempre em movimento. Como os próprios antropoides atuais fazem ninhos para dormir (chimpanzé, gorila), e o orangotango chega a cobrir ninho com uma cúpula de galhos ou ramos trançados, é se presumir que os australopitecíneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais. 
Abrigos artificiais 
No sítio mesolítico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de habitações semissubterrâneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e barrotes colocados horizontalmente. O conjunto é coberto por paus roliços mais finos, e estes são recobertos com terra. No centro há um orifício por onde escapa o fumo. 
Habitações 
O conceito de casa tem uma existência mais recente e a sua configuração depende fatores como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por certo grupo e as suas conceções de planeamento e arquitetura, em função das atividades económicas, do género de vida dos padrões culturais. 
Habitação rural
Sociedade, Tecnologia e Ciência 
É na habitação rural que as influências geográficas se apresentam com 
maior nitidez, não só porque no campo as comunidades humanas têm 
contacto direto com a natureza, mas também por constituírem grupos 
menos equipados tecnicamente e mais presos à tradição. Além disso, a 
habitação rural é abrigo e também, muitas vezes, local de trabalho e de 
armazenamento de produtos, de tal forma que revela nitidamente as 
atividades e necessidades dos seus ocupantes. As mais simples utilizam 
material vegetal praticamente sem elaboração. São constituídas 
basicamente por um arcabouço de troncos e ramos de árvores entrelaçados e usualmente amarrados por fios, 
forrado ou não com barro, esteiras ou folhas. A cobertura é feita de palha, folhas de árvore ou, em áreas mais 
evoluídas, de telhas. 
Casa de pedra 
A pedra é um material oferecido pela natureza que já no Império 
Romano, no Egito e na Grécia antigos foi amplamente utilizado. A casa 
de pedra é um tipo de habitação que pode surgir onde quer que a 
formação geológica forneça materiais suscetíveis de aproveitamento, 
como o granito e o xisto. Embora exista em todos os continentes, o seu 
domínio específico é da área europeia que circunda o Mediterrâneo, em 
que constitui a residência rural típica e de onde aparentemente se 
difundiu para outras regiões. 
Casa de tijolo 
Proveniente de matéria-prima fornecida pela natureza, mas já resultante de certa elaboração, o tijolo nasceu 
nas regiões desérticas, onde, pela falta de madeira, é o elemento básico da construção de moradias. O tijolo 
seco ao sol, ou adobe, foi amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistência tornou-o facilmente 
destrutível, especialmente sob a ação da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a ter boa resistência. É, 
atualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a base da arquitetura 
dominante nos centros urbanos. 
Outros tipos de habitações 
Existem ainda tipos específicos de habitação, de domínio geográfico nitidamente demarcado. Entre eles 
destaca-se a tenda, habitação típica dos pastores nómadas do Velho Mundo e também utilizada pelos 
esquimós no verão, quando se tornam nómadas. No inverno, quando se sedentarizam, a sua habitação é o 
iglu, construído com blocos de gelo, que se mantém de pé somente na estação invernal e se dissolve na 
primavera. 
Adaptação às condições naturais 
Além da influência que o meio físico exerce sobre a habitação rural mediante o material de construção, a 
sua ação faz-se sentir em outros aspetos da moradia. Assim, nos climas tropicais procura-se protegê-la do
Sociedade, Tecnologia e Ciência 
calor por meio de varandas e pátios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados são amplos, projetados 
para além das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o pátio com poço central atende também ao 
abastecimento de água, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas árabes, não precisando servir para o 
escoamento das águas, pode tornar-se plana, em forma de terraço. Nas regiões de inverno rigoroso, os 
telhados são pronunciadamente inclinados, para não acumularem neve. Janelas e portas têm tamanho 
reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a lareira domina o conjunto arquitetónico e a sala 
principal da habitação. A influência das condições naturais é sentida também em territórios frequentemente 
atingidos por terramotos, como o Japão, nos quais se adotam casas leves e flexíveis, feitas com armações de 
madeira e papel. 
Casa urbana 
Graças à utilização de técnicas avançadas, a habitação urbana tornou-se 
relativamente independente das condições físicas locais. Nas 
grandes construções imperam o ferro e o cimento, o que leva ao 
surgimento de novas conceções arquitetónicas, enquanto técnicas de 
refrigeração e calafetação de ambientes tornam a casa urbana imune 
aos efeitos climáticos. 
Embora não dependa tanto das condições naturais, a casa 
urbana, no entanto, torna mais evidentes as diferenças sociais. O 
equipamento técnico fica claramente documentado nas formas e 
estilos arquitetónicos. Os padrões de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com 
habitações de luxo edificadas muitas vezes perto de paupérrimas habitações coletivas, como os bairros sociais. 
A habitação urbana muda de acordo com o gosto de cada época, sem chegar a criar um estilo próprio. 
Nas cidades europeias, entre moradias de linhas modernas de estilo indefinido, veem-se construções de rara 
beleza, ou habitações que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo americano, no entanto, o 
individualismo leva à convivência de diversos estilos dentro de uma mesma cidade ou bairro, ou a produção em 
série inviabiliza toda originalidade. 
Uma característica específica da vida urbana, a falta de espaço, afeta a moradia urbana na sua conceção e 
aspeto. Às vezes, comprimem-se umas contra as outras, em fachadas estreitas e em vários andares, como é 
comum nos Países Baixos e na Itália. Outras vezes, grandes prédios são subdivididos em várias moradias, 
com o aproveitamento dos sótãos e águas-furtadas, como é comum em Paris. Outras vezes ainda, as 
habitações acumulam-se em grandes edifícios, os arranha-céus, característicos dos centros comerciais e 
bancários das cidades americanas, que se tornaram a marca das grandes metrópoles de todo o mundo no 
século XX. 
Proposta de trabalho: 
Elabore um texto que contenha a informação facultada na ficha. Pode incluir algumas informações/imagens 
adicionais que considere pertinentes.

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A evolução das habitações desde as cavernas até as casas modernas

  • 1. Sociedade, Tecnologia e Ciência Nome:____________________________________________ Data: ___/___/___ NG6: Urbanismo e Mobilidades NG6 – DR1 Tema: Construção e Arquitetura Domínio de Referência 1 – DR1 – Associar conceitos de construção e arquitetura à integração social e à melhoria do bem-estar individual Ficha de Trabalho A Evolução das Habitações As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, pois foram elas que tornaram a espécie humana mais adaptável, capaz de sobreviver desde o equador aos polos. Habitação é, desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartamento, etc. Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". Abrigos naturais A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior. Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o hábito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca resistência aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendência à clivagem vertical. Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vários inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situados e húmidos, conjunto de circunstâncias negativas para um coletor ou caçador sempre em movimento. Como os próprios antropoides atuais fazem ninhos para dormir (chimpanzé, gorila), e o orangotango chega a cobrir ninho com uma cúpula de galhos ou ramos trançados, é se presumir que os australopitecíneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais. Abrigos artificiais No sítio mesolítico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de habitações semissubterrâneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e barrotes colocados horizontalmente. O conjunto é coberto por paus roliços mais finos, e estes são recobertos com terra. No centro há um orifício por onde escapa o fumo. Habitações O conceito de casa tem uma existência mais recente e a sua configuração depende fatores como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por certo grupo e as suas conceções de planeamento e arquitetura, em função das atividades económicas, do género de vida dos padrões culturais. Habitação rural
  • 2. Sociedade, Tecnologia e Ciência É na habitação rural que as influências geográficas se apresentam com maior nitidez, não só porque no campo as comunidades humanas têm contacto direto com a natureza, mas também por constituírem grupos menos equipados tecnicamente e mais presos à tradição. Além disso, a habitação rural é abrigo e também, muitas vezes, local de trabalho e de armazenamento de produtos, de tal forma que revela nitidamente as atividades e necessidades dos seus ocupantes. As mais simples utilizam material vegetal praticamente sem elaboração. São constituídas basicamente por um arcabouço de troncos e ramos de árvores entrelaçados e usualmente amarrados por fios, forrado ou não com barro, esteiras ou folhas. A cobertura é feita de palha, folhas de árvore ou, em áreas mais evoluídas, de telhas. Casa de pedra A pedra é um material oferecido pela natureza que já no Império Romano, no Egito e na Grécia antigos foi amplamente utilizado. A casa de pedra é um tipo de habitação que pode surgir onde quer que a formação geológica forneça materiais suscetíveis de aproveitamento, como o granito e o xisto. Embora exista em todos os continentes, o seu domínio específico é da área europeia que circunda o Mediterrâneo, em que constitui a residência rural típica e de onde aparentemente se difundiu para outras regiões. Casa de tijolo Proveniente de matéria-prima fornecida pela natureza, mas já resultante de certa elaboração, o tijolo nasceu nas regiões desérticas, onde, pela falta de madeira, é o elemento básico da construção de moradias. O tijolo seco ao sol, ou adobe, foi amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistência tornou-o facilmente destrutível, especialmente sob a ação da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a ter boa resistência. É, atualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a base da arquitetura dominante nos centros urbanos. Outros tipos de habitações Existem ainda tipos específicos de habitação, de domínio geográfico nitidamente demarcado. Entre eles destaca-se a tenda, habitação típica dos pastores nómadas do Velho Mundo e também utilizada pelos esquimós no verão, quando se tornam nómadas. No inverno, quando se sedentarizam, a sua habitação é o iglu, construído com blocos de gelo, que se mantém de pé somente na estação invernal e se dissolve na primavera. Adaptação às condições naturais Além da influência que o meio físico exerce sobre a habitação rural mediante o material de construção, a sua ação faz-se sentir em outros aspetos da moradia. Assim, nos climas tropicais procura-se protegê-la do
  • 3. Sociedade, Tecnologia e Ciência calor por meio de varandas e pátios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados são amplos, projetados para além das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o pátio com poço central atende também ao abastecimento de água, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas árabes, não precisando servir para o escoamento das águas, pode tornar-se plana, em forma de terraço. Nas regiões de inverno rigoroso, os telhados são pronunciadamente inclinados, para não acumularem neve. Janelas e portas têm tamanho reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a lareira domina o conjunto arquitetónico e a sala principal da habitação. A influência das condições naturais é sentida também em territórios frequentemente atingidos por terramotos, como o Japão, nos quais se adotam casas leves e flexíveis, feitas com armações de madeira e papel. Casa urbana Graças à utilização de técnicas avançadas, a habitação urbana tornou-se relativamente independente das condições físicas locais. Nas grandes construções imperam o ferro e o cimento, o que leva ao surgimento de novas conceções arquitetónicas, enquanto técnicas de refrigeração e calafetação de ambientes tornam a casa urbana imune aos efeitos climáticos. Embora não dependa tanto das condições naturais, a casa urbana, no entanto, torna mais evidentes as diferenças sociais. O equipamento técnico fica claramente documentado nas formas e estilos arquitetónicos. Os padrões de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com habitações de luxo edificadas muitas vezes perto de paupérrimas habitações coletivas, como os bairros sociais. A habitação urbana muda de acordo com o gosto de cada época, sem chegar a criar um estilo próprio. Nas cidades europeias, entre moradias de linhas modernas de estilo indefinido, veem-se construções de rara beleza, ou habitações que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo americano, no entanto, o individualismo leva à convivência de diversos estilos dentro de uma mesma cidade ou bairro, ou a produção em série inviabiliza toda originalidade. Uma característica específica da vida urbana, a falta de espaço, afeta a moradia urbana na sua conceção e aspeto. Às vezes, comprimem-se umas contra as outras, em fachadas estreitas e em vários andares, como é comum nos Países Baixos e na Itália. Outras vezes, grandes prédios são subdivididos em várias moradias, com o aproveitamento dos sótãos e águas-furtadas, como é comum em Paris. Outras vezes ainda, as habitações acumulam-se em grandes edifícios, os arranha-céus, característicos dos centros comerciais e bancários das cidades americanas, que se tornaram a marca das grandes metrópoles de todo o mundo no século XX. Proposta de trabalho: Elabore um texto que contenha a informação facultada na ficha. Pode incluir algumas informações/imagens adicionais que considere pertinentes.