fabcr22_apresentação_Talentos em Captação - Como está o mercado e a seleção d...
O que não fazer ao captar recursos com fundações e cooperação
1. O Que Não Fazer Quando Se Está Captando Com
Fundações ou Com a Cooperação Internacional
Fernando Rossetti (GIP)
2. Cooperação Internacional
• Os recursos do Norte para o chamado Sul
Global estão aumentando, articulados à
globalização das economias
• Só em 2011 o fluxo de recursos de cooperação
dos países da OECD foi da ordem de US$ 59 bi
• A visão é que a filantropia incorpora ao
desenvolvimento social novos atores,
diversifica as perspectivas e alavanca recursos
Fonte: UNDP
3. Fundações e Doações Privadas Globais
Foundation Maps (dados desde 2006)
• Programas de doação e fundações corporativas
US$ 2.093.624.145
• Fundações Independentes
US$ 180.165.803.898
• ONGs
US$ 26.719.340 Fonte: Foundation Center
4. As 10+ do Mundo (doações desde 2006)
Fundação País Valor em US$
Bill & Melinda Gates Foundation EUA 26,651,942,721
Ford Foundation EUA 4,186,795,463
Big Lottery Fund Inglaterra 3,396,798,590
Walton Family Foundation, Inc. EUA 3,318,368,101
The Robert Wood Johnson Foundation EUA 3,219,894,166
The William and Flora Hewlett Foundation EUA 2,981,655,035
W. K. Kellogg Foundation EUA 2,321,358,439
The David and Lucile Packard Foundation EUA 2,088,797,653
The Atlantic Philanthropies EUA 2,029,240,503
Open Society Institute EUA 2,020,501,596
5. As 10+ para o Brasil (desde 2006)
Fundação Doadora Grant Ano Valor em US$
W. K. Kellogg Foundation Fundacao de Desenvolvimento da Pesquisa 2009 25,000,000
Bill & Melinda Gates Foundation Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria 2013 6,957,203
Bill & Melinda Gates Foundation Fundacao Ataulpho de Paiva 2010 3,138,113
Ford Foundation Fundo Brasil de Direitos Humanos 2007 3,000,000
The William and Flora Hewlett Foundation Instituto de Energia e Meio Ambiente 2010 3,000,000
UN Women's Fund for Gender Equality Secretaria Especial de Politicas para as Mulheres2010 3,000,000
UN Women's Fund for Gender Equality SOS Corpo-Feminist Institute for Democracy 2010 3,000,000
W. K. Kellogg Foundation Baoba-Fund for Racial Equity 2013 2,804,241
Bill & Melinda Gates Foundation Oswaldo Cruz Foundation 2014 2,663,855
The Skoll Foundation Imazon – Inst. do Homem e M. Ambiente da AM2012 2,600,000
6. Doação Global Comparada
Brasil China Russia
PIB em US$ mi 2245 9240 2097
Doações em US$ 393.358.009 833.669.792 164.122.862
Doadores 133 124 57
Beneficiários 1.185 1.415 650
Doação/PIB 0,18 0,09 0,08
Doadores/Beneficiários 0,11 0,09 0,09
7. O QUE NÃO FAZER QUANDO SE ESTÁ
CAPTANDO COM FUNDAÇÕES OU COM
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Fernando Rossetti e Ana Toni (GIP – Gestão de Interesse Público)
8. 1 | O que não fazer...
Pense apenas na proposta que está
sendo apresentada
Pensar no seu próprio projeto ou
organização sem considerar e se alinhar
com o posicionamento estratégico do
potencial doador garante uma bola fora.
9. 2 | O que não fazer...
Aja como se só existisse seu projeto
ou organização
Acreditar que sozinho consegue-se
mudar uma realidade pode deixá-lo...
sozinho.
10. 3 | O que não fazer...
Seja uma “jabuticaba”
E continue assim…
11. 4 | O que não fazer...
Dependa exclusivamente do
financiamento que busca
Depender demais do financiamento em
questão vai te afastar do recurso.
12. 5 | O que não fazer...
Esqueça da transparência e não saiba
o que é accountability
Não ter bons relatórios, indicadores e
números te deixará sem dinheiro.
13. 6 | O que não fazer...
Despreze a governança e descuide de
seu conselho
Ter conselhos fracos, apenas proforma,
assustará potenciais financiadores.
14. 7 | O que não fazer...
Só tenha objetivos de longo prazo e
intangíveis
Vender suas ações sem delimitar os
passos que serão dados a cada momento
e como se medirá a evolução
periodicamente não convence um
investidor.
15. 8 | O que não fazer...
Pense pequeno e apenas na sua
comunidade
Restringir o olhar ao publico direto
restringe também as fontes de recursos.
16. 9 | O que não fazer...
Esqueça o financiador depois que o
cheque foi depositado
Deixar de cuidar do relacionamento te
deixará sem esse parceiro.
17. 10 | O que não fazer...
Considere o doador como um auditor
Comunicar apenas as boas notícias vai
gerar no final uma má notícia.
18. 11 | O que não fazer...
Posso mandar amanhã?
Claro, mande quando quiser (e nós
também avaliaremos quando
quisermos).
The world is at a pivotal moment for global development cooperation. While many stakeholders are
brought increasingly into international development processes, philanthropy stands apart, despite the
scale, ambition and potential of philanthropy’s contributions to international development. Its
resources are growing as a proportion of total Official Development Assistance (ODA), and in 2011
philanthropic North-South flows from OECD DAC donors alone was at least US$59 billion. But
philanthropy should not be viewed principally as a “gap filler” for ODA. Instead, and crucially,
philanthropy brings a complementary and beneficial set of new actors, approaches, and types of
funding.
http://www.undp.org/content/dam/undp/documents/partners/civil_society/UNDP-CSO-philanthropy.pdf
Page 2
Source: Foundation Maps
Source: Foundationmaps 4/5/2015
Source: Foundationmaps 4/5/2015
See word doc
FALAR
> Toda fundação e toda ação de cooperação internacional investe anos em análise de contexto e em planejamento estratégico e operacional.
> A cooperação internacional se organiza por setores ou áreas de trabalho. Cada uma delas tem um lógica específica e gols claros.
FALAR
> Fundações e a cooperação internacional lidam com desafios complexos. A melhoria da educação ou a garantia de direitos, por exemplo, são alcançados com aproximações sistêmicas, por meio da articulação de diversos atores.
> Apresentar seu projeto sem contextualizar a diferença que este projeto pode ou nãoo fazer num campo de atuação maior ou sem mostrar que o projeto é uma alavanca para algo maior é uma bola fora.
> Apresentar uma proposta sem dados é neste sentido mais uma bola fora.
FALAR
> Seu projeto e a missão de sua instituição são tão complexos, tão diferente e tão especial que ninguém consegue entender direito o que você faz.
> Ser “jabuticaba” não é vantagem alguma. Argumentos como “no Brasil é tudo diferente”, não funciona bem com financiadores de fora. Lógico as diferenças existem, mas isto não pode ser visto como algo ruim ou difícil do doador entender pois isto pode lhes dar a impressão que nunca vai entender (só nós brasileiros podemos entender) e por isto não conseguirá defender diante ao seu conselho.
>Neste sentido, ajude a “traduzir e simplificar” o Brasil e não na mão nas diferenças.
FALAR
> Uma das prioridades para os investidores internacionais é que as organizações apoiadas sejam sustentáveis – isto é, que mais cedo ou mais tarde andem com as próprias pernas, sem depender para sempre do financiador do projeto.
> Escrever uma proposta sem que você sinalize de como vai trazer outros apoiadores para sua instituição vai demonstrar que não parou para pensar nisto.
FALAR
> O escrutínio sobre a sociedade civil é cada vez maior em todas as partes do mundo. Governo, empresas, fundações, todos querem saber de onde vem seu dinheiro, para onde ele vai e com que resultados e impacto.
> Um relatório bom não é um relatório grande ou que descreve as atividades feitas, é aquele que consegue demonstrar que teve impacto concreto.
FALAR
> Uma das principais garantias de sustentabilidade e transparência de uma organização é ter um bom sistema de governança, que promova a perpetuidade das suas ações para além dos líderes de turno – mesmo que pioneiros.
FALAR
> Todos querem promover a democracia e a justiça social, e sabem que, para isso, são essenciais projetos de advocacy e de conscientização pública.
> O discurso de mudar o mundo não vai convencer os financiadores, mudanças concretas e ações ousadas vão.
FALAR
> Por mais específica que for a sua ação, por mais circunscrita a uma determinada comunidade, espera-se em geral que ela esteja construindo soluções que possam ganhar escala e gerar transformações que ajudem milhões.
FALAR
O trabalho do captador não acaba quando o dinheiro estiver na conta. A cooperação internacional fez um doação não para um projeto mas para uma relação com aquela instituição. Manter esta relação viva e aberta é parte integral da captação. O doador não é um banco é quer ser reconhecido e tratado como alguém engajado na causa e parte do projeto.
FALAR
Confiança é tudo na relação com os doadores institucionais, e para confiar você precisa entender e poder defender. Neste sentido se você pensa que esta relação é baseada somente em “boas notícias” e por isto tem que encobrir as dificuldades, problemas e até erros vocês esta perdido. O doador não é um auditor, ele é quer e precisa que você tenha sucesso, ele é seu “cumplice” e por isto vai requerer ajuda-lo. Para isto ele precisar entender seus desafios.
FALAR
Não, não pode!! Prazo é algo sagrado para os parceiros da cooperação, por isto não atrase nunca. Se você cumprir os pequenos rituais de prazo, horário, formato do template, tabela de orçamento etc, fica muiiiiiito mais fácil negociar as grande coisas como mudança de objetivo se necessário, problemas que surjam etc.
> Não deixe as pequenas coisas minarem a confiança e seriedade da parceria.