Apresentação de ppt criada para auxiliar na apresentação de um trabalho de literatura do Colégio Objetivo de Catalão-GO, que visava analisar as obras "Tocador de Berimbau", de Aldemir Martins e "Berimbau" de Vinícius de Moraes e Baden Powell.
2. GRUPO D
COLÉGIO OBJETIVO DE CATALÃO-GO
PROFESSOR: José Ricardo Lima
COMPONENTES DO GRUPO
ARTHUR DORY
BIANCA MIRANDA
LETÍCIA BORGES
LUCAS MESQUITA
YASMIN DIAS
3. ALDEMIR MARTINS
Aldemir Martins nasceu no dia 8 de novembro de 1922
em Ingazeiras, Ceará. Foi artista plástico de grande
importância no Brasil, com sua qualidade técnica e sua
representação da figura do brasileiro, em seu cotidiano
e costumes.
Desde o colégio, demonstrava sua arte, sendo
orientador artístico da classe. Serviu ao exército de
1941 a 1945 e foi considerado patente Cabo Pintor. Em
1945 mudou-se para o Rio de Janeiro e em 1946 para
São Paulo, tendo gosto por viajar e sendo apaixonado
pelo interior brasileiro.
4. ALDEMIR MARTINS
Trabalhava com diversas superfícies (pratos, bandejas,
xícaras) e cores, chegando até mesmo a trabalhar com
formas de pizzas.
Isso foi usado na abertura da telenovela "Gabriela,
Cravo e Canela", baseada na obra de Jorge Amado.
Conquistou vários prêmios, incluindo o de Melhor
Desenho Nacional (III Bienal de São Paulo) e melhor
desenhista internacional (XXVIII Bienal de Veneza).
Devido a um infarto, Aldemir falece em 5 de fevereiro
de 2006, aos 83 anos, em São Paulo.
5. TOCADOR DE BERIMBAU
Ano: 1967.
Dimensões: 22 x 16 cm.
Técnica: acrílica sobre tela.
Localização: Coleção particular.
6. TOCADOR DE BERIMBAU
É uma obra que se encaixa perfeitamente dentro da
cultura brasileira, pois o berimbau é um instrumento
de percussão, trazido pelos escravos africanos,
especialmente da Angola, que acompanha o jogo de
capoeira, marcando o ritmo. A capoeira é ao mesmo
tempo, música, dança e luta, sendo hoje parte de nossa
cultura que, em 1940, deixou de fazer parte do Código
Penal Brasileiro como prática ilegal.
7. TOCADOR DE BERIMBAU
A composição apresenta apenas uma figura masculina
tocando seu berimbau, no exato momento em que toca
a corda do instrumento. Seu corpo curvado parece
tomar a forma do arco do berimbau, quando seus
músculos rígidos são evidenciados. O homem tem o
rosto voltado para o observador e na mão direita,
juntamente com a vareta que tange o instrumento, traz
um chocalho de palha denominado caxixi ou mucaxixi,
cheio de sementes, que também auxilia na música.
8. TOCADOR DE BERIMBAU
Tal obra pode ser entendida como uma releitura do
cubismo de Pablo Picasso.
O desenho descritivo da anatomia da perna do
personagem remete à linguagem modernista.
9. VINÍCIUS DE MORAES
Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes (nome de
batismo, ele mesmo muda posteriormente) nasceu no
dia 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro.
Seus pais foram artistas amadores, o pai violonista e a
mãe pianista.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro,
cinema e música. Ainda assim, sempre considerou que
a poesia foi sua primeira e maior vocação, e que toda
sua atividade artística deriva do fato de ser poeta.
10. VINÍCIUS DE MORAES
Vinícius escreveu seus primeiros versos logo na
infância. Também cantava no coral da igreja e montava
pequenas peças de teatro.
Formou-se em Direito na Faculdade de Direito do
Catête. Em 1938, ganhou bolsa e foi estudar Língua e
Literatura Inglesas em Oxford, retornando ao Brasil no
início da Segunda Guerra Mundial.
11. VINÍCIUS DE MORAES
Foi um dos poetas mais populares da Literatura
Brasileira.
No campo musical, fez parceria com grandes cantores
e compositores brasileiros, como Carlos Lyra, Tom
Jobim, Baden Powell, Toquinho, Chico Buarque e
outros.
Tornou-se também cronista.
12. VINÍCIUS DE MORAES
“Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob
o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado
natural.”
– Carlos Drummond de Andrade.
13. BADEN POWELL
Baden Powell de Aquino nasceu em 6 de agosto de
1937 em Varre-Sai, Rio de Janeiro. Tem seu nome em
homenagem a um general britânico.
Foi um dos maiores violonistas de todos os tempos e
um dos maiores músicos brasileiros.
Começou a tocar violão com sete anos, aprendendo
inicialmente com seu pai e depois com Meira, grande
violonista e compositor brasileiro.
14. BADEN POWELL
Criador de um estilo próprio, foi o violonista mais
influente de sua geração. Sua música rompe as
barreiras que separam a música erudita da música
popular, trazendo consigo as raízes afro-brasileiras e o
regional brasileiro.
Fez parceria com grandes cantores e compositores
brasileiros, como Vinícius de Moraes, Pixinguinha e
Paulo César Pinheiro.
15. BERIMBAU
Composição de Baden
Powell e Vinícius de
Moraes.
Responsável por abrir a
série de Afro-sambas.
Criado em uma época em
que Baden estava muito
interessado no candomblé,
principalmente após uma
viagem à Bahia.
16. BERIMBAU
Baden busca inspiração nos cantos gregorianos que
estava aprendendo e em suas semelhanças com os
cantos afros que ouvira na Bahia.
“Baden sempre ficava lá em casa quando vinha para
Salvador, e ele falou do interesse que tinha nos ritmos
da capoeira, do candomblé. Meu pai resolveu
apresentá-lo a Canjiquinha. Aí nós fomos todos para a
casa dele, com Baden.”
– Walter Queiroz, filho de Nilo Queiroz.
(O Violão Vadio de Baden Powell)
17. BERIMBAU
Berimbau tem estrofes construídas sobre amplitudes
pequenas, com ênfase rítmica chegada à fala e sobre
poucos acordes; entretanto, o refrão se contrasta com
um agudo e melodia aberta.
Quanto à letra, pode-se ser observada uma definição,
principalmente no início da música, de um “homem de
bem”, que consiste em não trair, fazer o que diz, não
falar em vão. Assim como em muitas outras obras de
Vinícius, o amor e a dor são citados, mostrando a
proximidade de ambas.
18. BERIMBAU
Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
19. BERIMBAU
Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza, camará
Se não tivesse o amor (2x)
Se não tivesse essa dor (2x)
E se não tivesse o sofrer (2x)
E se não tivesse o chorar (2x)
Melhor era tudo se acabar (2x)
20. BERIMBAU
Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais, mais
do que eu
Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza camará