A família é um local onde aprendemos a praticar o amor de forma desafiadora através das relações conjugais, parentais e fraternais. As diferenças entre os membros da família, que antes eram sufocadas, agora precisam ser respeitadas. Suportar uns aos outros é um dos maiores desafios da família.
3. Família: são os ideais, os
sonhos, os anelos, as lutas e
as árduas tarefas, os
sofrimentos e as aspirações,
as tradições morais elevadas
que se cimentam nos liames
da concessão divina, no
mesmo grupo doméstico
onde medram as nobres
expressões da elevação
espiritual na Terra.
(Estudos Espíritas – J.A.)
5. A família é o lugar por
excelência onde seremos
convidados a colaborar
praticando a lei de amor de
forma mais intensa e
desafiadora. Somos
convidados a aprender a
exercitar o amor na
convivência conjugal,
maternal, paternal, filial,
fraternal, etc.
6. É NA FAMÍLIA QUE
ENCONTRAMOS
NOSSOS MAIORES
DESAFETOS
É nesse
ambiente
familiar que
nos
reunimos
para
reconstruir
as relações
outrora
estremecid
as
7. QUEM SÃO ESSES
DESAFETOS?
São aqueles pelos
quais um dia já
tivemos algum tipo
de afeto, que por
algum motivo, sério
ou banal, tornaram-
se um desafeto.
8. FAMÍLIA
É…
O reencontro de
antigos amores, que
por ignorância, por
descuido, por
negligência, por
orgulho, por egoísmo
(nosso ou do outro)
tomaram rumos
diferentes
18. Diferenças que por muito tempo ficaram sufocadas na família
e na sociedade e que na atualidade se fazem ser respeitadas.
Deus criou um mundo cheio de diferenças e diversidades e
isso é uma das coisas mais belas da criação.
Respeitar essas diferenças é uma necessidade e talvez um
dos maiores desafios da família.
23. O SER CONSCIENTE NEM
SE CULPA, NEM SE
DESCULPA, NEM SE
JUSTIFICA. (JOANNA DE
ÂNGELIS)
24.
25. Cacoal - RO
Para o homem, há outra coisa além das
necessidades
físicas: a necessidade do progresso. Os laços
sociais são necessários ao progresso e os de família
estreitam os sociais: eis por que fazem parte da lei
natural. Deus quis que os homens aprendessem
O projeto evolutivo dependa da família porque é nela que tudo acontece e depois é transferido para sociedade como experiências. Aqui desenvolvemos a capacidade de ultrapassar os desafios do dia a dia, melhorando-nos na família para depois construirmos um mundo melhor.
É uma oportunidade de reconexão de almas temporariamente desajustadas umas com as outras.
Ajustes – se reúnem, se reconectam para ajudarem-se mutuamente (é aquele com o qual vc tem mais afinidade)
Desajustes – se reúnem, se reconectam para, por meio do perdão, retomar a caminhada evolutiva.
Natural que nesse reencontro de almas, tenhamos desafios
DIVERSIDADE – somos pessoas diferentes, mesmo que tenhamos pontos em comum, temos a nossa personalidade única, nossa opiniões, nossos pensamentos, nossos gostos. Ninguém bate 100 % como outro.
LOCAL IDEAL PARA A CARIDADE MORAL
Suportar no sentido total da palavra
É nesse ambiente que nos tornamos indivíduos, sem esse ambiente tornariamo-nos
Recrudescência = aumento, elevação
Será que existe a família perfeita???
Qual seria a família perfeita???
Quais as características da família perfeita????
(amorosa, onde não existe conflitos, egoísmo, orgulho, os filhos são todos obedientes, o marido concorda sempre com a esposa, assim como a esposa com o marido...) Esse modelo de família perfeita, não cabe num mundo de provas e espiações, como o nosso. Eu não me encaixo nessa família)
Quando abrimos mão dessa conexão e permitimos o afrouxar desses laços familiares eu estou preparando uma futura derrota, uma futura queda, como indivíduo, como família e como sociedade.
Apertar os laços familiares não significa sufocar família ou uns aos outro, mas sim, ampliando as conexões de afeto.
Nos remete novamente à irmã Rosália quando diz que devemos suportar uns aos outro, suportar no sentido de amar o outro apesar das diferenças, apesar das divergências.
Nossa tendência é querer fazer com que o outro aja e pense da forma como nós pensamos. E quando isso não acontece, seja em qualquer campo, nasce o conflito.
Acontece muito isso nas redes sociais no quesito político. Mas acontece muito dentro de casa, quando eu quero que o outro faça como eu quero que seja feito. Que fale como eu quero que seja falado. Falo das relações adultas mesmo. Não a dos filhos menores, nas quais nós como adultos devemos sim exercer nossa autoridade. E mesmo nesse exercício de autoridades junto aos filhos devemos fazer isso com sabedoria. Porque os espíritos que agora encarnam, diferente da nossa geração, são questionadores por natureza. São em sua maioria muito mais inteligentes que nós, mas não possuem a maturidade para as escolhas pessoais ainda, portanto temos sim que exercer nossa autoridade como pais e muitas vezes ditar as regras diariamente sem desistirmos. Mas nas nossas relações adultas, precisamos aprender a respeitar o posicionamento do outro, mesmo não concordando.
Para isso devemos nos colocar no lugar do outro, conversar. Tentar entender o leva o outro a pensar daquela forma.
Com a pandemia, em que todos tiveram que ficar em casa, essas diferenças ficaram exacerbadas, parece até que aumentaram. Ficando difícil suportar. Antes vivía-se mais na correria do dia a dia, trabalhando o dia todo fora de casa, muitas vezes nem almoçando em casa, viam-se de manhã no café e depois somente a noitinha quando do retorno. Estando todos quase que no piloto automático. a correria não permitia que tivéssemos tempo para surtar. Aí veio a pandemia e PÁ. De repente todo mundo em casa. O serviço tendo de continuar a ser feito mas as crianças também precisando de cuidados. Mas a Pandemia nos jogou no ambiente familiar provocando o reencontro, mas nisso muitos se desencontraram, porque o casamento era mantido mais pela ausência que pela presença, não resistindo ao excesso de presença um do outro, percebendo as rachaduras que já existiam, mas que não percebiam e o casamento então sucumbe. Muitos pais que terceirizavam a educação dos filhos (futebol) se viram as voltas com as crianças em casa, obrigando-os a retomarem seus papeis, muitos querendo que as escolas voltem, não preocupados com a vida acadêmica dos filhos mas para devolvera terceirização por se recusarem a assumir seu papel de pais Muitos pais estão felizes com o comportamento dos filhos em casa, alguns outros percebem que necessitam de alguns ajustes, alguma retomada. Outros simplesmente estão desesperados por perceberem o completo descompromisso dos filhos com a escola.
Se tudo isso que aprendemos aqui nesses livros, nas palestras, nos estudos, que tocam fundo nosso coração, com lições tão belas, se esses aprendizados não se traduzirem em gestos e atitudes eu serei uma pessoa incoerente. No centro espírita eu sou querida, compreensiva, tenho uma voz doce, acolhemos os desconhecidos, entendemos os problemas dos que aqui chegam suplicando por ajuda e eu estendo os braços acolhendo com um amor que eu nem sabia que tinha, mas no lar… não compreendo e não tolero o irmão que pensa diferente de mim, que não coaduna com meus ideais políticos, com meus gostos. O pai já velho que demanda cuidados e paciência já não tenho capacidade de aturar, me irrita com seu andar vacilante, com a lerdeza natural da idade. O filho que precisa de um acompanhamento na lição de casa eu simplesmente acho mais fácil deixar para lá e a professora que se vire la na escola, afinal é o trabalho dela. Falamos muito de Jesus e seus ensinamentos aqui no Centro, mas em casa as vezes nem nos lembramos dele.
Lembremo-nos de Jesus. Tendo-o como modelo e guia e não somente como objeto de culto. E isso começa na família, quando trago meus filhos para a evangelização, para a mocidade. Quando vivencio o evangelho no lar. Quando acolho o irmão, o filho, o marido, a esposa, a sogra, o sogro, enfim todos aqueles que formam o corpo familiar, sejam os membros mais próximos, sejam os mais afastados, dentro da hierarquia familiar. Se percebemos que temos alguma rachadura na nossa família, seja problema no casamento ou na educação dos filhos, olhemos para o nosso Lar sem culpa e imediatamente iniciemos a nossa retomada. Fazendo com que nossa família seja
Simplesmente ao perceber o problema e se transforma, o evangelho nos convida a orbitarmos uns aos outros pelo amor.
A vida está nos convidando, nos intimando a nos transformar como membro dessa família (seja qual for a posição que ocupemos – filho, esposa, marido, cunhado) deixando de cultuar mágoas, de cultuar vícios e passar a olhar com mais delicadeza, com mais amor para essa família tão diversificada.