Este poema de Manuel Bandeira descreve uma noite sob a luz da lua, onde várias pessoas estão reunidas em uma praça. A lua "ardente e terna" ilumina a solidão com sua melancolia. O poeta observa diferentes pessoas - um velho contando contas, dois homens conversando sobre política, uma mulher magra lembrando uma estátua grega, outra conversando sobre matar uma galinha para jantar. Apesar da luz e beleza da lua, ela não consegue iluminar a solidão das pessoas.
Este poema de Manuel Bandeira descreve uma noite em que a lua brilha sobre uma cena solitária. O poeta observa as pessoas ao seu redor - um velho que faz contas, dois homens onde um fala de política, e duas mulheres onde uma conversa sobre matar uma galinha para sua mãe. Apesar da luz da lua, há uma sensação de solidão e melancolia que permeia a noite.
1) O documento apresenta poemas e excertos de poemas de diversos autores brasileiros e estrangeiros como Carlos Drummond de Andrade, William Shakespeare, Giuseppe Ghiaroni, Manuel Bandeira, Raquel de Queiroz, entre outros.
2) Muitos poemas tratam de temas como amor, saudade, melancolia e passagem do tempo.
3) Shakespeare é representado por sonetos que abordam a beleza, o amor e os efeitos do tempo. Seus poemas costumam ter estrutura e linguagem refinadas
1. Luís de Camões escreveu a epopeia Os Lusíadas, narrando a viagem de Vasco da Gama às Índias e glorificando as conquistas portuguesas; 2. A obra contém episódios como o encontro com o gigante Adamastor no Cabo das Tormentas e a passagem pela Ilha dos Amores; 3. Camões utiliza recursos como invocação às musas e profecias para exaltar o povo e a expansão de Portugal.
O poeta expressa sentimentos disfóricos sobre o dia em que nasceu através de uma maldição apocalíptica. Ele deseja que o dia nunca tenha acontecido e que, se voltar a ocorrer, seja acompanhado por fenômenos extraordinários como eclipses e monstros para que todos saibam que nele nasceu a pessoa mais desgraçada.
O documento resume a vida e obra do poeta português Luís de Camões. Apresenta informações sobre seu nascimento, família, educação, serviço militar, exílio, obras principais como Os Lusíadas e falecimento. Também descreve Camões como o maior poeta lírico português, abordando seus temas e estilos poéticos principais como o amor, a natureza e a crítica social.
Este documento apresenta vários poemas e excertos literários relacionados com o mar. A maioria celebra a beleza, poder e importância do mar para a identidade portuguesa, descrevendo imagens como ondas, barcos, pescadores e a relação emocional com o oceano. Alguns textos refletem sobre temas como a metamorfose e mistérios do mar, enquanto outros evocam sentimentos como saudade e esperança. No geral, o documento procura inspirar a apreciação da literatura e história marítima portug
Este documento descreve os últimos momentos de vida de uma velha. Enquanto ela está morrendo, é visitada por uma figura misteriosa chamada Avejão, que coloca em dúvida a vida dedicada à religião e caridade que ela levou. O Avejão sugere que ela viveu uma mentira e que seu sacrifício foi em vão. A velha fica perturbada ao questionar se desperdiçou sua vida.
1) O personagem principal aciona um botão em seu carro que abre a janela, permitindo que ele cante uma música sobre um velho romântico.
2) Ele imagina ser um jato voando alto e admirando a natureza de cima.
3) Sua imaginação o leva a se ver como um planeta gigante cercado por estrelas menores.
Este poema de Manuel Bandeira descreve uma noite em que a lua brilha sobre uma cena solitária. O poeta observa as pessoas ao seu redor - um velho que faz contas, dois homens onde um fala de política, e duas mulheres onde uma conversa sobre matar uma galinha para sua mãe. Apesar da luz da lua, há uma sensação de solidão e melancolia que permeia a noite.
1) O documento apresenta poemas e excertos de poemas de diversos autores brasileiros e estrangeiros como Carlos Drummond de Andrade, William Shakespeare, Giuseppe Ghiaroni, Manuel Bandeira, Raquel de Queiroz, entre outros.
2) Muitos poemas tratam de temas como amor, saudade, melancolia e passagem do tempo.
3) Shakespeare é representado por sonetos que abordam a beleza, o amor e os efeitos do tempo. Seus poemas costumam ter estrutura e linguagem refinadas
1. Luís de Camões escreveu a epopeia Os Lusíadas, narrando a viagem de Vasco da Gama às Índias e glorificando as conquistas portuguesas; 2. A obra contém episódios como o encontro com o gigante Adamastor no Cabo das Tormentas e a passagem pela Ilha dos Amores; 3. Camões utiliza recursos como invocação às musas e profecias para exaltar o povo e a expansão de Portugal.
O poeta expressa sentimentos disfóricos sobre o dia em que nasceu através de uma maldição apocalíptica. Ele deseja que o dia nunca tenha acontecido e que, se voltar a ocorrer, seja acompanhado por fenômenos extraordinários como eclipses e monstros para que todos saibam que nele nasceu a pessoa mais desgraçada.
O documento resume a vida e obra do poeta português Luís de Camões. Apresenta informações sobre seu nascimento, família, educação, serviço militar, exílio, obras principais como Os Lusíadas e falecimento. Também descreve Camões como o maior poeta lírico português, abordando seus temas e estilos poéticos principais como o amor, a natureza e a crítica social.
Este documento apresenta vários poemas e excertos literários relacionados com o mar. A maioria celebra a beleza, poder e importância do mar para a identidade portuguesa, descrevendo imagens como ondas, barcos, pescadores e a relação emocional com o oceano. Alguns textos refletem sobre temas como a metamorfose e mistérios do mar, enquanto outros evocam sentimentos como saudade e esperança. No geral, o documento procura inspirar a apreciação da literatura e história marítima portug
Este documento descreve os últimos momentos de vida de uma velha. Enquanto ela está morrendo, é visitada por uma figura misteriosa chamada Avejão, que coloca em dúvida a vida dedicada à religião e caridade que ela levou. O Avejão sugere que ela viveu uma mentira e que seu sacrifício foi em vão. A velha fica perturbada ao questionar se desperdiçou sua vida.
1) O personagem principal aciona um botão em seu carro que abre a janela, permitindo que ele cante uma música sobre um velho romântico.
2) Ele imagina ser um jato voando alto e admirando a natureza de cima.
3) Sua imaginação o leva a se ver como um planeta gigante cercado por estrelas menores.
Este documento é um calendário do mês de outubro contendo poemas e citações de diversos autores. Os textos abordam temas como memória, amor, solidão, esperança e autoconhecimento.
1) O documento discute o período do Arcadismo no Brasil entre 1768-1808, caracterizado pela imitação dos clássicos, temas pastoris e idealização feminina.
2) Apresenta os poetas Bocage, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, destacando suas obras líricas que refletem elementos árcades como o bucolismo e o pessimismo pré-romântico.
3) Aborda a dualidade entre otimismo e pessimismo na obra de Gonzaga "Marília de Dirceu".
Treinamento de questões abertas de literatura, 01ma.no.el.ne.ves
Os dois poemas trabalham a ideia de utopia ao descreverem lugares idealizados onde os sentimentos e desejos dos locutores poderiam ser realizados. Gonçalves Dias constrói uma utopia baseada na natureza exuberante do Brasil, enquanto Manuel Bandeira cria a cidade ficcional de Pasárgada, onde teria liberdade para amar e viver intensamente.
Este documento apresenta a cena inicial do encontro entre Adão e Lilith após acordarem no Jardim do Éden. Os anjos Sanvai, Sansevai e Semangelof aparecem e dão instruções sobre seu papel como senhores da Terra. Lilith questiona as proibições e decide sair sozinha para explorar e nomear o mundo.
Este documento contém poemas e excertos literários de diversos autores para cada dia do mês de julho de 2010. Ao longo do mês, são apresentados textos que abordam temas como amor, saudade, natureza, espiritualidade e reflexões sobre a vida.
O documento apresenta dois trechos literários que descrevem personagens se relacionando com o meio natural de formas distintas. No trecho de O Cortiço, há uma fusão entre os elementos naturais e as reações humanas, enquanto em Vidas Secas a personagem se vê como um animal em comparação à natureza hostil.
O documento resume três sonetos de Luís de Camões sobre o amor. O primeiro soneto descreve o amor como um fogo que arde sem se ver e uma dor que desatina sem doer. O segundo soneto fala sobre como os tempos e vontades mudam, assim como tudo no mundo. O terceiro soneto trata da alma gentil que parte cedo desta vida descontente.
Este documento é uma nota preliminar para o Cancioneiro de Fernando Pessoa. Nele, Pessoa discute como os estados de alma de uma pessoa podem ser representados por paisagens interiores e como esses estados de alma interagem com as paisagens exteriores percebidas pelos sentidos. Ele argumenta que a arte deve tentar representar simultaneamente a paisagem interior e exterior para capturar fielmente a realidade.
Folhetim Literário Desiderata n 1 - SonhosJosé Feldman
1. O poema "Desiderata" se tornou famoso nos anos 1960 com o movimento hippie, apesar de ter sido escrito pelo filósofo Max Ehrman e publicado postumamente em 1948.
2. Por muitos anos, acreditou-se erroneamente que o poema havia sido escrito por um monge anônimo em 1692 e encontrado em uma igreja em Baltimore.
3. O erro surgiu quando um pastor anotou erroneamente a data e localização ao compilar vários textos, incluindo "Desiderata", para uma edição especial de
O documento apresenta vários poemas de diferentes autores sobre temas como amor, saudade, natureza e reflexões sobre a vida. Os poemas celebram a página "Lunas Café Poético" como um espaço de encontro entre poetas para compartilhar sua arte livre de maldades.
Desejos obscuros livro II- FragmentadaRaquel Alves
Este documento é uma coletânea de poemas que abordam temas como solidão, amor, desejo, sofrimento e libertação. Os poemas exploram esses temas de maneira profunda e introspectiva, por meio de imagens e símbolos ricos. Há também poemas que refletem sobre a condição feminina e a busca pela afirmação individual.
Este documento contém vários poemas e reflexões sobre temas como solidão, desejo, ilusão, sonhos e recordações. Expressa sentimentos de melancolia e uma busca por significado através da escrita.
Este documento contém quatro sequências de poemas sobre temas como mágoas, dor e perda. Os poemas exploram sentimentos de solidão, tristeza e uma busca pela leveza em meio ao sofrimento. Há referências à morte, silêncio, cicatrizes e uma sensação de peso no corpo e na alma.
Este documento contém vários poemas e pensamentos do escritor português Fernando Pessoa. Os poemas refletem sobre temas como a solidão, a condição humana, a criação poética e a identidade. Pessoa também expressa reflexões filosóficas sobre a natureza do pensamento e da percepção.
Mirdad prevê a morte do pai de Himbal de forma violenta por um boi, o que causa grande sofrimento a Himbal. Mirdad explica que a morte é apenas uma transformação e que o espírito do pai de Himbal continua vivo, embora em forma que os sentidos não podem perceber. Ele ensina que o tempo é um conceito ilusório criado pelos sentidos e que todas as coisas estão interligadas em um fluxo contínuo de crescimento e decadência.
O documento descreve o movimento literário Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e divisões em três gerações. A primeira geração valorizou a imaginação e originalidade e incluiu autores como Álvares de Azevedo. A segunda geração enfatizou o nacionalismo e teve como expoente Castro Alves. A terceira geração priorizou a consciência social e contou com Gonçalves Dias.
Luís Vaz de Camões foi o maior poeta português, conhecido principalmente por seu épico Os Lusíadas. Além de poesia lírica, ele também escreveu peças teatrais. Os Lusíadas narra a epopeia dos portugueses e foi a obra mais significativa de Camões.
Vinicius de Moraes foi um poeta e compositor brasileiro nascido em 1913 no Rio de Janeiro e falecido em 1980. O documento fornece informações biográficas sobre Vinicius de Moraes, incluindo datas de nascimento e morte, além de citar algumas de suas famosas poesias e a influência na bossa nova, especialmente na canção "Garota de Ipanema".
O documento apresenta uma introdução sobre literatura, abordando seus conceitos e características. Discute literatura como forma de arte que usa a linguagem verbal para expressão e reflexão de época. Apresenta também os gêneros literários mais comuns: épico, lírico e dramático. Por fim, exemplifica esses gêneros com trechos de obras literárias brasileiras e estrangeiras.
Slide segunda gerção do Romantismo- UltrarromantismoRichard Lincont
O documento descreve as três fases do Romantismo no Brasil, com foco na segunda geração. A segunda geração se caracterizou pelo extremo subjetivismo e sentimentos de morte e obscuridade, influenciada pelo poeta Lord Byron. Poetas como Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela faziam parte desta geração e morreram prematuramente.
Este documento é um calendário do mês de outubro contendo poemas e citações de diversos autores. Os textos abordam temas como memória, amor, solidão, esperança e autoconhecimento.
1) O documento discute o período do Arcadismo no Brasil entre 1768-1808, caracterizado pela imitação dos clássicos, temas pastoris e idealização feminina.
2) Apresenta os poetas Bocage, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, destacando suas obras líricas que refletem elementos árcades como o bucolismo e o pessimismo pré-romântico.
3) Aborda a dualidade entre otimismo e pessimismo na obra de Gonzaga "Marília de Dirceu".
Treinamento de questões abertas de literatura, 01ma.no.el.ne.ves
Os dois poemas trabalham a ideia de utopia ao descreverem lugares idealizados onde os sentimentos e desejos dos locutores poderiam ser realizados. Gonçalves Dias constrói uma utopia baseada na natureza exuberante do Brasil, enquanto Manuel Bandeira cria a cidade ficcional de Pasárgada, onde teria liberdade para amar e viver intensamente.
Este documento apresenta a cena inicial do encontro entre Adão e Lilith após acordarem no Jardim do Éden. Os anjos Sanvai, Sansevai e Semangelof aparecem e dão instruções sobre seu papel como senhores da Terra. Lilith questiona as proibições e decide sair sozinha para explorar e nomear o mundo.
Este documento contém poemas e excertos literários de diversos autores para cada dia do mês de julho de 2010. Ao longo do mês, são apresentados textos que abordam temas como amor, saudade, natureza, espiritualidade e reflexões sobre a vida.
O documento apresenta dois trechos literários que descrevem personagens se relacionando com o meio natural de formas distintas. No trecho de O Cortiço, há uma fusão entre os elementos naturais e as reações humanas, enquanto em Vidas Secas a personagem se vê como um animal em comparação à natureza hostil.
O documento resume três sonetos de Luís de Camões sobre o amor. O primeiro soneto descreve o amor como um fogo que arde sem se ver e uma dor que desatina sem doer. O segundo soneto fala sobre como os tempos e vontades mudam, assim como tudo no mundo. O terceiro soneto trata da alma gentil que parte cedo desta vida descontente.
Este documento é uma nota preliminar para o Cancioneiro de Fernando Pessoa. Nele, Pessoa discute como os estados de alma de uma pessoa podem ser representados por paisagens interiores e como esses estados de alma interagem com as paisagens exteriores percebidas pelos sentidos. Ele argumenta que a arte deve tentar representar simultaneamente a paisagem interior e exterior para capturar fielmente a realidade.
Folhetim Literário Desiderata n 1 - SonhosJosé Feldman
1. O poema "Desiderata" se tornou famoso nos anos 1960 com o movimento hippie, apesar de ter sido escrito pelo filósofo Max Ehrman e publicado postumamente em 1948.
2. Por muitos anos, acreditou-se erroneamente que o poema havia sido escrito por um monge anônimo em 1692 e encontrado em uma igreja em Baltimore.
3. O erro surgiu quando um pastor anotou erroneamente a data e localização ao compilar vários textos, incluindo "Desiderata", para uma edição especial de
O documento apresenta vários poemas de diferentes autores sobre temas como amor, saudade, natureza e reflexões sobre a vida. Os poemas celebram a página "Lunas Café Poético" como um espaço de encontro entre poetas para compartilhar sua arte livre de maldades.
Desejos obscuros livro II- FragmentadaRaquel Alves
Este documento é uma coletânea de poemas que abordam temas como solidão, amor, desejo, sofrimento e libertação. Os poemas exploram esses temas de maneira profunda e introspectiva, por meio de imagens e símbolos ricos. Há também poemas que refletem sobre a condição feminina e a busca pela afirmação individual.
Este documento contém vários poemas e reflexões sobre temas como solidão, desejo, ilusão, sonhos e recordações. Expressa sentimentos de melancolia e uma busca por significado através da escrita.
Este documento contém quatro sequências de poemas sobre temas como mágoas, dor e perda. Os poemas exploram sentimentos de solidão, tristeza e uma busca pela leveza em meio ao sofrimento. Há referências à morte, silêncio, cicatrizes e uma sensação de peso no corpo e na alma.
Este documento contém vários poemas e pensamentos do escritor português Fernando Pessoa. Os poemas refletem sobre temas como a solidão, a condição humana, a criação poética e a identidade. Pessoa também expressa reflexões filosóficas sobre a natureza do pensamento e da percepção.
Mirdad prevê a morte do pai de Himbal de forma violenta por um boi, o que causa grande sofrimento a Himbal. Mirdad explica que a morte é apenas uma transformação e que o espírito do pai de Himbal continua vivo, embora em forma que os sentidos não podem perceber. Ele ensina que o tempo é um conceito ilusório criado pelos sentidos e que todas as coisas estão interligadas em um fluxo contínuo de crescimento e decadência.
O documento descreve o movimento literário Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e divisões em três gerações. A primeira geração valorizou a imaginação e originalidade e incluiu autores como Álvares de Azevedo. A segunda geração enfatizou o nacionalismo e teve como expoente Castro Alves. A terceira geração priorizou a consciência social e contou com Gonçalves Dias.
Luís Vaz de Camões foi o maior poeta português, conhecido principalmente por seu épico Os Lusíadas. Além de poesia lírica, ele também escreveu peças teatrais. Os Lusíadas narra a epopeia dos portugueses e foi a obra mais significativa de Camões.
Vinicius de Moraes foi um poeta e compositor brasileiro nascido em 1913 no Rio de Janeiro e falecido em 1980. O documento fornece informações biográficas sobre Vinicius de Moraes, incluindo datas de nascimento e morte, além de citar algumas de suas famosas poesias e a influência na bossa nova, especialmente na canção "Garota de Ipanema".
O documento apresenta uma introdução sobre literatura, abordando seus conceitos e características. Discute literatura como forma de arte que usa a linguagem verbal para expressão e reflexão de época. Apresenta também os gêneros literários mais comuns: épico, lírico e dramático. Por fim, exemplifica esses gêneros com trechos de obras literárias brasileiras e estrangeiras.
Slide segunda gerção do Romantismo- UltrarromantismoRichard Lincont
O documento descreve as três fases do Romantismo no Brasil, com foco na segunda geração. A segunda geração se caracterizou pelo extremo subjetivismo e sentimentos de morte e obscuridade, influenciada pelo poeta Lord Byron. Poetas como Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela faziam parte desta geração e morreram prematuramente.
Este documento é a 42a edição do e-zine de literatura e ideias Chicos, de Cataguases, MG. Apresenta poemas e artigos de vários colaboradores, incluindo uma homenagem à poeta Celina Ferreira e notícias sobre eventos literários como o Clube de Leitura Nossas Causas e os 70 anos da morte de Mário de Andrade.
Este documento é uma coletânea de poemas e trechos de poemas escritos pelo autor em diferentes fases de sua vida, divididos em quatro seções:
1) Entre 12-17 anos, com poemas da infância e adolescência.
2) Entre 18-23 anos, com poemas influenciados por cultura e ativismo social.
3) Em abril de 1970, data de aniversário do autor quando preso político.
4) Beirando os 90 anos, com um poema para sua amada.
O autor explica que reuniu es
Este documento apresenta três poemas simbolistas brasileiros do final do século XIX. O primeiro poema de Auta de Sousa fala sobre o descanso eterno após as amarguras da vida. O segundo poema também de Auta de Sousa é sobre alguém que sofreu muito e amou demais encontrando repouso no céu. O terceiro poema de Charles Baudelaire descreve a sepultura de um poeta maldito como um lugar assombrado.
O documento resume o contexto histórico e as principais características do Romantismo no Brasil em 3 frases:
1) O Romantismo no Brasil surgiu no início do século XIX, influenciado pelos ideais da Revolução Francesa e pela chegada da família real portuguesa em 1808, com três gerações de escritores românticos exaltando temas nacionais, a natureza e a morte.
2) A primeira geração de autores era indianista e nacionalista, a segunda era influenciada por
O documento apresenta vários poemas de autores portugueses e brasileiros. Três poemas destacam a fuga do tempo e a necessidade de aproveitar o presente, a dor da perda de um ente querido, e a busca pelo amor em meio às dificuldades da vida.
O soneto descreve a história bíblica de Jacó, que serviu Labão por sete anos para casar com Raquel, mas foi enganado e recebeu Lia no lugar. Jacó serviu outros sete anos para ficar com Raquel, indicando que seu amor por ela era tão grande que mais serviria, se a vida não fosse tão curta.
O documento resume as principais fases e características da obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. A primeira fase, chamada de "Gauche", é marcada por humor, ironia e linguagem coloquial. A segunda fase, "Social", mostra o poeta preocupado com os problemas sociais do mundo. A terceira fase é mais filosófica e universal, abordando temas como vida e morte. Por fim, a quarta fase é uma síntese das anteriores, com retomada dos temas em forma mais aprofundada. O documento
O documento descreve o movimento literário Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e divisões em três gerações. A primeira geração valorizou a imaginação e originalidade e incluiu autores como Álvares de Azevedo. A segunda geração enfatizou o nacionalismo e teve como expoente Castro Alves. A terceira geração priorizou a consciência social e contou com Gonçalves Dias.
O documento resume o Romantismo no Brasil, incluindo seus principais autores como Gonçalves Dias, Castro Alves, Machado de Assis e Vinicius de Moraes. Brevemente descreve cada um deles e inclui um poema representativo de cada um.
O documento descreve características da poesia e biografia de alguns poetas oitocentistas portugueses, incluindo Antero de Quental, Almeida Garrett, Camilo Pessanha e Cesário Verde. Aborda temas como razão, amor, desencanto e erotismo em suas obras poéticas.
Este documento apresenta poemas e textos de diferentes autores sobre temas como amor, saudade, natureza e reflexões sobre a vida. O documento inclui 15 entradas curtas com poemas ou pensamentos de autores como Florbela Espanca, Olavo Bilac, Adélia Prado e Nando Reis.
O documento resume a vida e obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Dividiu sua carreira poética em quatro fases, cada uma caracterizada por temas e visões de mundo diferentes. A primeira fase é marcada por pessimismo e individualismo, enquanto a segunda aborda temas sociais. A terceira fase é mais metafísica e a quarta incorpora elementos materiais da linguagem.
O documento resume o Romantismo no Brasil, incluindo suas características, cronologia e principais autores. A poesia romântica é dividida em três gerações. A primeira geração focou no nacionalismo e indianismo, a segunda no mal do século e pessimismo, e a terceira no abolicionismo e temas sociais e políticos.
O documento resume o Romantismo no Brasil, incluindo suas características, cronologia e principais autores. A poesia romântica é dividida em três gerações. A primeira geração enfatizou o nacionalismo. A segunda geração explorou temas como o "mal do século" e a morte. A terceira geração focou em temas sociais e políticos como a abolição da escravatura.
O documento resume o Romantismo no Brasil, incluindo suas características, cronologia e principais autores. A poesia romântica é dividida em três gerações. A primeira geração enfatizou o nacionalismo. A segunda geração explorou temas como o "mal do século" e a morte. A terceira geração focou em temas sociais e políticos como a abolição da escravatura.
O documento resume o Romantismo no Brasil, incluindo suas características, cronologia e principais autores. A poesia romântica é dividida em três gerações. A primeira geração focou no nacionalismo e indianismo, a segunda no mal do século e pessimismo, e a terceira no abolicionismo e temas sociais. Autores como Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves são destacados.
This document provides a summary of Sílvio Mendes' 2010 work. It includes an index, three sections on sowing and reaping man, the city, and words. There is a note from the author and publication details.
O documento apresenta uma coletânea de poemas de diferentes autores sobre temas como poesia, amor, esperança e perdão. Os poemas são majoritariamente curtos, com 3 frases ou menos, e exploram esses temas de forma lírica e introspectiva.
1) A fé é fundamental para a salvação segundo a Bíblia e os ensinamentos de Paulo.
2) A fé envolve diferentes níveis de compromisso: pessoal, comunitário e missionário.
3) A razão moderna reduziu seu escopo, mas é preciso uma visão mais ampla que inclua a "razão intuitiva".
1) A fé é fundamental para a salvação segundo a Bíblia e os apóstolos Paulo e Tiago.
2) A fé possui diferentes níveis: aceitação de Cristo, encarnação do Evangelho na vida, contexto comunitário e exigência missionária.
3) A razão moderna reduziu seu escopo às funções demonstrativa e empírico-formal, mas é necessária uma ampliação do conceito de razão.
Este documento apresenta vários poemas e textos de diferentes autores sobre temas como partidas, rios, poesia, haicais, aldeias, ruas, relacionamentos e fé. Os autores incluem Bernardino de Matos, Marco Fontolan, Luis Filipe, José Geraldo Martinez, Mercília Rodrigues, Márcia Possar, Vera Mussi e outros.
Este documento contém vários poemas de diferentes autores em português. Os poemas tratam de temas como amor, natureza, saudade, esperança e fé. Há também poemas que descrevem paisagens e aspectos da vida rural.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais se tornou a segunda maior orquestra sinfônica do Brasil em apenas três anos e meio de existência, graças à sua gestão inovadora e comprometimento com a qualidade musical. Sob a direção do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica se apresenta regularmente em cidades mineiras de todos os tamanhos e atrai um público fiel em Belo Horizonte, além de receber elogios de músicos internacionais. No entanto, a orquestra enfrenta desafios como
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais se tornou a segunda maior orquestra sinfônica do Brasil em apenas três anos e meio de existência, graças à sua gestão inovadora e investimentos do governo estadual. Sob a direção do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica se apresenta para públicos de todas as idades em cidades mineiras grandes e pequenas e recebe aplausos de pé após cada concerto. No entanto, a orquestra enfrenta desafios como a falta de um espaço próprio para
O Hotel Toffolo em Ouro Preto é um ponto histórico e cultural conhecido por hospedar figuras ilustres como os poetas Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. O hotel de 110 anos ainda mantém suas características originais e é administrado pela proprietária Gracinda Toffolo.
Este documento contém vários poemas de diferentes autores em português. Os poemas abordam temas como amor, natureza, beleza feminina, saudade, e aspectos da vida rural e da aldeia portuguesa.
Este documento contém vários poemas de diferentes autores. Os poemas tratam de temas como amor, natureza, vida rural e saudade. Há também haicais descrevendo cenas e estações do ano.
Obrigado pela sugestão, mas acho melhor não copiar ou reproduzir textos inteiros de outras obras aqui sem permissão do autor, para evitar possíveis questões de direitos autorais.
Este documento apresenta uma série de poemas curtos trocados entre diferentes poetas. Os poemas abordam temas como a poesia, a alma, os sentimentos e a natureza. Muitos dos poemas são respostas ou continuações uns dos outros, criando um diálogo poético entre os autores.
Este documento contém poemas de vários autores brasileiros. Entre os temas abordados estão a despedida, a natureza, a poesia, haicais, retalhos de uma aldeia, esquinas de rua, jeitos, naturalidades, beleza feminina, ilusão e fé. Os autores incluem Bernardino de Matos, Marco Fontolan, Luis Filipe, José Geraldo Martinez e Mercília Rodrigues.
Este documento descreve as características e importância do rio Tejo em Portugal, citando poemas e textos que destacam sua beleza e significado cultural e econômico para a região. O Tejo é descrito como fonte de vida e riqueza que banha férteis campos no Ribatejo e é testemunha da história e cultura portuguesa.
Este poema descreve o que é verdadeira elegância. Ele sugere que a elegância vem de dentro, de tratar os outros com gentileza e paciência, enfrentar adversidades com coragem, e ser generoso sem esperar nada em troca. A elegância também significa ser discreto, falar a verdade, ter bom gosto, e usar palavras educadas como "por favor", "obrigado", e "perdão".
O rio Mosela atravessa a França, Luxemburgo e Alemanha, passando por muitas cidades ao longo de seus 564 km, antes de desaguar no Reno em Koblenz. O vale do Mosela no Luxemburgo é dividido em duas regiões vinícolas distintas, produzindo vinhos harmoniosos e de melhor qualidade. A região é reconhecida por sua excelência na produção de vinho.
O rio Mosela atravessa a França, Luxemburgo e Alemanha antes de desaguar no Reno. Ele passa por muitas cidades históricas ao longo de seu curso de 564 km e atravessa regiões vinícolas renomadas, como o Vale do Mosela no Luxemburgo, onde as condições climáticas produzem vinhos de alta qualidade. A paisagem ao longo do rio, com suas encostas íngremes cobertas por videiras, é descrita como um "anfiteatro natural".
O poema reflete sobre como raramente vemos a realidade completamente, seja dos outros ou de nós mesmos, e que a realidade está em constante mudança. A aparência nem sempre revela a verdade, e devemos ter cuidado com nossos julgamentos sobre as outras pessoas e sobre nós, já que cada um é um universo complexo em evolução.
O poema reflete sobre como raramente vemos a realidade completamente, seja dos outros ou de nós mesmos, e que a realidade está em constante mudança. A aparência nem sempre revela a verdade, e devemos ter cuidado com nossos julgamentos sobre as outras pessoas e sobre nós, já que cada um é um universo complexo em evolução.
Em um mundo cada vez mais digital, a segurança da informação tornou-se essencial para proteger dados pessoais e empresariais contra ameaças cibernéticas. Nesta apresentação, abordaremos os principais conceitos e práticas de segurança digital, incluindo o reconhecimento de ameaças comuns, como malware e phishing, e a implementação de medidas de proteção e mitigação para vazamento de senhas.
As classes de modelagem podem ser comparadas a moldes ou
formas que definem as características e os comportamentos dos
objetos criados a partir delas. Vale traçar um paralelo com o projeto de
um automóvel. Os engenheiros definem as medidas, a quantidade de
portas, a potência do motor, a localização do estepe, dentre outras
descrições necessárias para a fabricação de um veículo
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...Faga1939
Este artigo tem por objetivo apresentar como ocorreu a evolução do consumo e da produção de energia desde a pré-história até os tempos atuais, bem como propor o futuro da energia requerido para o mundo. Da pré-história até o século XVIII predominou o uso de fontes renováveis de energia como a madeira, o vento e a energia hidráulica. Do século XVIII até a era contemporânea, os combustíveis fósseis predominaram com o carvão e o petróleo, mas seu uso chegará ao fim provavelmente a partir do século XXI para evitar a mudança climática catastrófica global resultante de sua utilização ao emitir gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. Com o fim da era dos combustíveis fósseis virá a era das fontes renováveis de energia quando prevalecerá a utilização da energia hidrelétrica, energia solar, energia eólica, energia das marés, energia das ondas, energia geotérmica, energia da biomassa e energia do hidrogênio. Não existem dúvidas de que as atividades humanas sobre a Terra provocam alterações no meio ambiente em que vivemos. Muitos destes impactos ambientais são provenientes da geração, manuseio e uso da energia com o uso de combustíveis fósseis. A principal razão para a existência desses impactos ambientais reside no fato de que o consumo mundial de energia primária proveniente de fontes não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e nuclear) corresponde a aproximadamente 88% do total, cabendo apenas 12% às fontes renováveis. Independentemente das várias soluções que venham a ser adotadas para eliminar ou mitigar as causas do efeito estufa, a mais importante ação é, sem dúvidas, a adoção de medidas que contribuam para a eliminação ou redução do consumo de combustíveis fósseis na produção de energia, bem como para seu uso mais eficiente nos transportes, na indústria, na agropecuária e nas cidades (residências e comércio), haja vista que o uso e a produção de energia são responsáveis por 57% dos gases de estufa emitidos pela atividade humana. Neste sentido, é imprescindível a implantação de um sistema de energia sustentável no mundo. Em um sistema de energia sustentável, a matriz energética mundial só deveria contar com fontes de energia limpa e renováveis (hidroelétrica, solar, eólica, hidrogênio, geotérmica, das marés, das ondas e biomassa), não devendo contar, portanto, com o uso dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
A linguagem C# aproveita conceitos de muitas outras linguagens,
mas especialmente de C++ e Java. Sua sintaxe é relativamente fácil, o que
diminui o tempo de aprendizado. Todos os programas desenvolvidos devem
ser compilados, gerando um arquivo com a extensão DLL ou EXE. Isso torna a
execução dos programas mais rápida se comparados com as linguagens de
script (VBScript , JavaScript) que atualmente utilizamos na internet
1. Carlos Drummond de Andrade – Fazedor de homens
William Shakespeare – Coletânea escolhida
Giuseppe Guiaroni – A palavra querida
Manuel Bandeira – O inútil luar
Manuel Bandeira – Vou-me embora pra Pasárgada
Raquel de Queiroz – Telha de vidro
Giuseppe Guiaroni – A máquina de escrever
Giuseppe Guiaroni – Dia das mães
Carlos Drummond de Andrade - Resíduo
2. Fazedor de Homens
Todo homem é uma ilha...
É bom ser uma ilha distante
tanto quanto é bom ser um homem.
Todo homem possui uma ponte
pois é preciso sair da ilha, seguro.
A ponte de um homem é um braço estendido.
Todo homem é um mundo.
O mundo roda no sistema egocêntrico
de suas realidades,
pequenos alumbramentos,
medos e coragens.
E quando o homem encara o
mundo e se depara
- homem-mundo,
mundo-homem,
volta à ilha:
Todo homem ama sua ilha.
II
O homem faz o homem.
E porque fez o homem, sem nem o
homem querer aufere direitos do homem.
Diz a ele: Cresça!
E ele fica mais alto.
Diz ao homem: Trabalhe!
3. E ele usa o corpo.
Diz ao homem: Viva!
E ele respira e existe.
Diz ao homem: Ame!
E ele não sabe como.
Mas diz ao homem: Procrie!
E ele faz homens.
Um dia ele morre.
Se a vida foi longa para viver -
é curta para morrer -
porque o homem não fez, não escolheu,
não pensou nada.
III
O que faz um homem diferente de
outro homem é o que ele pensa.
O que o transforma, também,
de um simples fazedor de homens,
num criador de homens.
Todo homem é uma vontade.
E se deixa de ser vontade
teme a perda de sua posse.
Todo homem é uma consciência.
Nela inclui o seu saber
e a parte maior do não saber,
e se aceita o fato, é com ela que ele se entende.
Todo homem é seu corpo.
E sabe dele em contraste com outro corpo,
tal é a sua medida.
Como também, a medida de um homem é a sua carência:
porque é assim que ele se assume,
porque é assim que ele se liberta.
Quanto mais ele precisa
mais ele é maior. E dá.
Pede. Reivindica. Exige, quanto pode.
Luta e sofre.
Todo homem quer deixar sua ilha.
Temeroso de ter que voltar um dia, entretanto,
não destrói as pontes.
Enquanto isso, a ilha fica ali, só ilha.
A ponte fica ali, só ponte.
E o homem fica ali, só homem.
Carlos Drummond de Andrade
Publicado no Jornal Última Hora (RJ) de 23/04/73
Título
4. Soneto 18 - Shakespeare
Devo igualar-te a um dia de verão?
Mais afável e belo é o teu semblante:
O vento esfolha Maio inda em botão,
Dura o termo estival um breve instante.
Muitas vezes a luz do céu calcina,
Mas o áureo tom também perde a clareza:
De seu belo a beleza enfim declina,
Ao léu ou pelas leis da Natureza.
Só teu verão eterno não se acaba
Nem a posse de tua formosura;
De impor-te a sombra a Morte não se gaba
Pois que esta estrofe eterna ao Tempo dura.
Enquanto houver viventes nesta lida,
Há-de viver meu verso e te dar vida.
5. Se Nada Há de Novo
Se nada há de novo e tudo o que há
já dantes era como agora é,
só ilusão a criação será:
criar o já criado para quê?
Que alguém me mostre, sobre um livro antigo
como quinhentas translações astrais,
a tua imagem, na inscrição, no abrigo
do espírito em seus signos iniciais.
Que eu saiba o que diria o velho mundo
deste milagre que é a tua forma;
se te viram melhor, se me confundo,
se as translações seguem a mesma norma.
Mas disto estou seguro: antigos textos
louvaram mais com bem menores pretextos.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
A Noite não me Deu nenhum Sossego
Como voltar feliz ao meu trabalho
se a noite não me deu nenhum sossego?
A noite, o dia, cartas dum baralho
sempre trocadas neste jogo cego.
Eles dois, inimigos de mãos dadas,
me torturam, envolvem no seu cerco
de fadiga, de dúbias madrugadas:
e tu, quanto mais sofro mais te perco.
Digo ao dia que brilhas para ele,
que desfazes as nuvens do seu rosto;
digo à noite sem estrelas que és o mel
na sua pele escura: o oiro, o gosto.
Mas dia a dia alonga-se a jornada
e cada noite a noite é mais fechada.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
Meus Olhos Veem Melhor se os Vou Fechando
Meus olhos veem melhor se os vou fechando.
Viram coisas de dia e foi em vão,
mas quando durmo, em sonhos te fitando,
são escura luz que luz na escuridão.
Tu cuja sombra faz a sombra clara,
6. como em forma de sombras assombravas
ledo o claro dia em luz mais rara,
se em sombra a olhos sem visão brilhavas!
Que benção a meus olhos fora feita
vendo-te à viva luz do dia bem,
se a tua sombra em trevas imperfeita
a olhos sem visão no sono vem!
Vejo os dias quais noites não te vendo,
e as noites dias claros sonhos tendo.
William Shakespeare, in "Sonetos (43)"
Soneto 107
Medos, nem alma capaz de prever
Medos, nem alma capaz de prever
Os sonhos de porvir do mundo inteiro,
Podem o meu amor circunscrever,
Nem dar-lhe fado triste por certeiro.
A Lua seu eclipse superou,
Os agourentos de si podem rir,
A incerteza agora se firmou,
A paz proclama olivas no porvir.
Com o orvalho dos tempos refrescado
O meu amor a própria morte prende
E em meus versos vivo consagrado,
Enquanto as tribos mudas ela ofende.
Aqui encontrarás teu monumento,
E o bronze dos tiranos vai com o vento.
Soneto 54
Oh, como a beleza parece mais bela
com o doce ornamento que a verdade produz!
A rosa tão bela, mas mais bela a julgamos
Pelo doce aroma que nela seduz.
As rosas silvestres têm a cor tão profunda
Quanto a tintura das rosas perfumadas,
Têm os mesmos espinhos e brincam tão vivamente
Quando o sopro do verão expõe os botões velados;
Mas exibem-se apenas para si mesmas,
Vivem esquecidas e murcham obscuras;
Morrem sozinhas. As doces rosas, não;
7. De suas doces mortes surgem as mais doces essências.
e assim também a ti, a bela e adorável mocidade,
Fenecido o frescor, revela em versos tua verdade.
Soneto 73
Em mim tu vês a época do estio
Em mim tu vês a época do estio
Na qual as folhas pendem, amarelas,
De ramos que se agitam contra o frio,
Coros onde cantaram aves belas.
Tu me vês no ocaso de um tal dia
Depois que o Sol no poente se enterra,
Quando depois que a noite o esvazia,
O outro eu da morte sela a terra.
Em mim tu vês o brilho da pira
Que nas cinzas de sua juventude
Como em leito de morte agora expira
Comido pelo que lhe deu saúde.
Visto isso, tens mais força para amar
E amar muito o que em breve vais deixar.
William Shakespeare
Resumo
William Shakespeare foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais
influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do
Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo").
Nasceu em 26 de abril de 1564 em Stratford-upon-Avon onde também foi criado.
Foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível
em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de
Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard
Shaw chamava de "bardolatria". No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por
novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente
populares hoje em dia , e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos
contextos culturais e políticos, por todo o mundo.
William Shakespeare morreu em 23 de Abril de 1616, mesmo dia de seu aniversário.É bem conhecida a
coincidência das datas de morte de dois dos grandes escritores da humanidade, Miguel de Cervantes e
William Shakespeare, ambos com data de falecimento em 23 de Abril de 1616. Porém, é importante notar
que o Calendário gregoriano já era utilizado na Espanha desde o século XVI, enquanto que na Inglaterra
sua adoção somente ocorreu em 1751. Daí, em realidade, Miguel de Cervantes faleceu dez dias antes de
William Shakespeare.
Título
8. A palavra Querida...
Giuseppe Ghiaronni
A palavra "querida", está para a garganta,
como o mel para a boca e a mulher para o olhar.
Quando um santo do céu, se dirige a uma santa,
de face imaculada e expressão comovida,
é assim, penso, que ele a deve chamar:
oh!querida!
Querida é um substantivo espiritual, é um nome.
É um fio emocional de um ouro cristalino,
que se estende e que atrai um destino e um destino...
Que alinhava e que enleia uma vida e uma vida.
Não é somente um modo de tratar, é um nome,
Assim como Izabel, Marina, Margarida...
No entanto é mais que isso, é um nome divino,
que em si define um sonho, um sentimento e um bem.
Querida, não é só uma palavra, é alguém,
alguém que tem a vida em nossa própria vida.
Querida quer dizer eu mesmo e mais alguém...
oh! querida!
Querida é um adjetivo estranhamente feito
de carinho, ciúme, adoração, ternura.
Ninguém dirá "querida" a uma mulher impura,
9. pois parte da expressão fica em ecos no peito daquele que a usou...
A expressão querida não é bem para ser falada, nem ouvida.
É para que uma alma pense e outra a sinta.
Sempre será maldita uma mulher que minta, em silêncio atendendo
a alguém que assim a chama,
se não se ouviu chamar, antes que ele falasse,
por um tic no peito e um carinho na face,
se não é profundamente a querida que o ama!
Que cruel, que infiel esta mulher fingida,
que se deixa chamar de querida e, não ama,
oh!querida!
Querida, quer dizer a que eu amo e estremeço,
a que é a minha amante, a minha amiga e irmã,
conheço-a mais que a mim e a tudo que conheço,
e com ela eu esqueço o ontem e o amanhã.
A palavra querida é a articulação do primeiro vagido instintivo e inconsciente.
É Deus na nossa boca e o céu na nossa frente,
é ter mundos no olhar, ter estrelas na mão,
é ser um fio d´água e uma constelação...
é partilhar da grande Vida Universal,
é viver, mas viver como anjo e animal,
é encontrar o espaço e resumir a vida,
é trilhar confiante uma senda perdida
é ser quase divino é ser quase brutal,
é ter uma utopia entre a sala e o quintal
é prender-te, sentir-te integrada, diluída em meus braços, em mim,
infiltrada em meus poros, depois que eu derrubei os gigantes e os toros
da floresta do mundo e a transpus triunfante!
É te chamar "querida" e ver o teu semblante
transtornado de luz, uma luz comovida...
É chegares o ouvido ao meu peito anelante
e ouvir meu coração dizer de instante em instante:
Oh! querida... querida...
Título
10. Manuel Bandeira
O inútil luar
É noite. A Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia...
Dormem as sombras na alameda
Ao longo do ermo Piabanha.
E dele um ruído vem de seda
Que se amarfanha. . .
No largo, sob os jambolanos,
Procuro a sombra embalsamada.
(Noite, consolo dos humanos!
Sombra sagrada!)
Um velho senta-se ao meu lado.
Medita. Há no seu rosto uma ânsia . . .
Talvez se lembre aqui, coitado!
De sua infância.
Ei-lo que saca de um papel . . .
Dobra-o direito, ajusta as pontas,
11. E pensativo, a olhar o anel,
Faz umas contas . . .
Com outro moço que se cala,
Fala um de compleição raquítica.
Presto atenção ao que ele fala:
— É de política.
Adiante uma senhora magra,
Em ampla charpa que a modela,
Lembra uma estátua de Tanagra.
E, junto dela,
Outra a entretém, a conversar:
— "Mamãe não avisou se vinha.
Se ela vier, mando matar
Uma galinha."
E embalde a Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia . . .
Título
12. Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
13. Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Título
14. Telha de Vidro
Por Rachel de Queiroz
Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...
A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...
Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que — coitados — tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
15. da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.
Que linda camarinha! Era tão feia!
— Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!
Título
16. Giuseppe Ghiaroni
A Máquina de Escrever
Mãe, se eu morrer de um repentino mal,
vende meus bens a bem dos meus credores:
a fantasia de festivas cores
que usei no derradeiro Carnaval.
Vende ese rádio que ganhei de prêmio
por um concurso num jornal do povo,
e aquele terno novo, ou quase novo,
com poucas manchas de café boêmio.
Vende também meus óculos antigos
que me davam uns ares inocentes.
Já não precisarei de duas lentes
para enxergar os corações amigos.
Vende , além das gravatas, do chapéu,
meus sapatos rangentes. Sem ruído
é mais provável que eu alcance o Céu
e logre penetrar despercebido.
Vende meu dente de ouro. O Paraíso
requer apenas a expressão do olhar.
Já não precisarei do meu sorriso
para um outro sorriso me enganar.
17. Vende meus olhos a um brechó qualquer
que os guarde numa loja poeirenta,
reluzindo na sombra pardacenta,
refletindo um semblante de mulher.
Vende tudo, ao findar a minha sorte,
libertando minha alma pensativa
para ninguém chorar a minha morte
sem realmente desejar que eu viva.
Pode vender meu próprio leito e roupa
para pagar àqueles a quem devo.
Sim, vende tudo, minha mãe, mas poupa
esta caduca máquina em que escrevo.
Mas poupa a minha amiga de horas mortas,
de teclas bambas,tique-taque incerto.
De ano em ano, manda-a ao conserto
e unta de azeite as suas peças tortas.
Vende todas as grandes pequenezas
que eram meu humílimo tesouro,
mas não! ainda que ofereçam ouro,
não venda o meu filtro de tristezas!
Quanta vez esta máquina afugenta
meus fantasmas da dúvida e do mal,
ela que é minha rude ferramenta,
o meu doce instrumento musical.
Bate rangendo, numa espécie de asma,
mas cada vez que bate é um grão de trigo.
Quando eu morrer, quem a levar consigo
há de levar consigo o meu fantasma.
Pois será para ela uma tortura
sentir nas bambas eclas solitárias
um bando de dez unhas usurárias
a datilografar uma fatura.
Deixa-a morrer também quando eu morrer;
deixa-a calar numa quietude extrema,
à espera do meu último poema
que as palavras não dão para fazer.
Conserva-a, minha mãe, no velho lar,
conservando os meus íntimos instantes,
e, nas noites de lua, não te espantes
quando as teclas baterem devagar.
Título
18. Giuseppe Ghiaroni
Dia das Mães
Mãe! eu volto a te ver na antiga sala
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
porque a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar, depois... perder.
Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita
ainda se volta para abençoá-la
Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
olhando o leito que eu deixei vazio,
cantando uma cantiga de ninar.
Hoje volto coberto de poeira
e te encontro quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
19. Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.
O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar: ''Sou eu!"
Eu bebi na taberna dos cretinos,
eu brandi o punhal dos assassinos,
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
eu fui vilão em todas as tragédias,
eu fui covarde em todas as batalhas.
Eu te esqueci: as mães são esquecidas.
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança,
e só agora quando a dor me alcança
lembro quem nunca se esqueceu de mim.
Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz: "Meu filho!", e chora.
E chora e treme como fala e ri,
e parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
quase é como se o Céu me perdoasse,
me limpasse de todos os pecados.
Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
que eu compreendo o que significa:
o filho é pobre, mas a mãe é rica!
O filho é homem, mas a mãe é santa!
Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.
20. Dia das Mães! É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo.
Por mais que o homem seja um mesquinho,
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
cantará a esperança para o mundo!
Título
21. Resíduo
Carlos Drummond de Andrade
De tudo ficou um pouco
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco
Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).
Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.
Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço
- vazio - de cigarros, ficou um pouco.
Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
22. no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?
Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...
De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver... de aspirina.
De tudo ficou um pouco.
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço, o cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte escarlate
e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes
23. e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão. Às vezes um rato.
Título