1. O documento discute as causas da mortalidade prematura de startups brasileiras com base em uma pesquisa realizada com empreendedores.
2. Os resultados mostram que startups com mais de um sócio desde o início e aquelas que receberam grandes volumes de capital antes de gerar vendas tiveram maiores chances de descontinuidade.
3. Fatores como qualificação da equipe, capacidade de adaptação do modelo de negócios e aceitação do produto pelo mercado também influenciaram no sucesso ou fracasso das startups.
A Fundação Dom Cabral divulgou, na semana passada, os resultados da pesquisa Causas da Mortalidade de Startups Brasileiras, que investigou os motivos pelos quais essas empresas – embrionárias e de forte propósito inovador – acabam encerrando suas atividades precocemente. O estudo consultou os fundadores de 221 startups – 130 em operação e 91 já descontinuadas -, com foco na análise do empreendedor, das características das startups e do seu ambiente de negócios.
Estado da gestão para a sustentabilidade no Brasil - setores mais e menos des...Fundação Dom Cabral - FDC
Em 2014, o Núcleo de Sustentabilidade da Fundação
Dom Cabral lançou a segunda edição da pesquisa
Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil,
com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento
da sustentabilidade corporativa no país.
A Fundação Dom Cabral divulgou, na semana passada, os resultados da pesquisa Causas da Mortalidade de Startups Brasileiras, que investigou os motivos pelos quais essas empresas – embrionárias e de forte propósito inovador – acabam encerrando suas atividades precocemente. O estudo consultou os fundadores de 221 startups – 130 em operação e 91 já descontinuadas -, com foco na análise do empreendedor, das características das startups e do seu ambiente de negócios.
Estado da gestão para a sustentabilidade no Brasil - setores mais e menos des...Fundação Dom Cabral - FDC
Em 2014, o Núcleo de Sustentabilidade da Fundação
Dom Cabral lançou a segunda edição da pesquisa
Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil,
com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento
da sustentabilidade corporativa no país.
Marketing no século xxi um estudo sobre as estratégias de marketing e instr...João Paulo Longuinho
O presente trabalho buscou Identificar como as empresas oliveirenses estão utilizando a internet no plano estratégico de marketing para atrair consumidores frente aos desafios do século XXI.
Bianca Dramali_Conhecendo O Mercado De Trabalho O Que As Empresas Esperam De...Bianca Dramali
Palestra ministrada em estúdio para todo o RJ, a partir da Universidade Estácio de Sá, em 2008. O tema é "o que as empresas esperam de você". E explorei esse tema a partir de minha experiência como gestora na Infoglobo.
Empreendedorismo Desenvolvimento de Negocios & Plano de Negócios Prof Adriano...Adriano Moitinho Pinto
Neste trabalho conheceremos e discutiremos alguns dos assuntos mais relevantes em relação ao início e ao desenvolvimento de uma atividade empresarial. Vamos estudar e analisar as principais estratégias que devem ser adotadas pelos empreendedores, visando a garantir um início de sucesso para a empresa.
O objetivo é possibilitar a melhora do raciocínio de planejamento estratégico, habilitando o aluno a identificar e qualificar situações e procedimentos que ocorrem no cotidiano do setor empresarial, principalmente voltadas às oportunidades de mercado que podem surgir e como essas oportunidades devem ser aproveitadas.
A palestra tem como objetivo principal despertar nas pessoas e nos jovens, em especial, a importância de serem empreendedores e inovadores, desenvolvendo competências para a realização dos seus objetivos, quer seja em abrir seu próprio negócio ou seguir carreira dentro de uma organização. Para isso é necessário "aprender a empreender", é de suma importância ser criativo, inovador, saber correr riscos de mercado. Motivá-los a serem Empreendedores.
Palestrante:
Adm. Marco Antônio Ferreira Matheus
Bacharel em Administração de Empresas pela FAER/UNIRP de São José do Rio Preto-SP; pós-graduado em Administração com ênfase em Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP-SP.
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), em parceria com o Instituto Friedrich Naumann, a publicação mostra como começar e manter um negócio como se a trajetória fosse uma viagem.
Marco de Biasi
Sócio gestor da LAAS - Latin America Angels Association. Administrador de Empresas com especialização em economia internacional. Ex-gerente e diretor da TIM e Banca Commerciale Italiana. Experiência internacional na criação de parcerias para novos negócios e novos produtos e na gestão de startups. Foi sócio, fundador e membro do comitê de projetos da Sao Paulo Anjos. Conselheiro Fiscal da Câmara Italo-Brasileira de comércio indústria e agricultura de Sao Paulo.
Renato Simon
Sócio gestor da LAAS - Latin America Angels Association. Economista (USP) com especialização em Finanças (FGV-SP). Foi Presidente e CFO da Trelleborg Automotive do Brasil, CFO de empresas do Grupo BTR e Controller da Sandoz Agro, membro do Conselho Consultivo da Câmara de Comércio Sueca-Brasileira, Diretor da Associação de Fornecedores da Toyota-Brasil e professor de Planejamento Financeiro na Faculdade de Administração de Empresas da FAAP-SP.
Apresentação de Felipe Matos no 2º Negócios Digitais, Circuito de Encontros Empresariais, oportunidades de inovação em Software, Hardware e Serviços, realizados entre 04 e 05 de setembro de 2014, no auditório do CIMATEC, em Salvador - BA, e com realização do Sebrae BA.
Felipe Matos é COO do Startup Brasil, programa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação de apoio e fomento a startups digitais. É também fundador da Startup Farm, programa de aceleração digital pioneiro na América Latina. Já atuou como CEO em algumas empresas e como investidor, mentor e conselheiro em dezenas de startups brasileiras e no Vale do Silício.
Marketing no século xxi um estudo sobre as estratégias de marketing e instr...João Paulo Longuinho
O presente trabalho buscou Identificar como as empresas oliveirenses estão utilizando a internet no plano estratégico de marketing para atrair consumidores frente aos desafios do século XXI.
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Palestra ministrada em estúdio para todo o RJ, a partir da Universidade Estácio de Sá, em 2008. O tema é "o que as empresas esperam de você". E explorei esse tema a partir de minha experiência como gestora na Infoglobo.
Empreendedorismo Desenvolvimento de Negocios & Plano de Negócios Prof Adriano...Adriano Moitinho Pinto
Neste trabalho conheceremos e discutiremos alguns dos assuntos mais relevantes em relação ao início e ao desenvolvimento de uma atividade empresarial. Vamos estudar e analisar as principais estratégias que devem ser adotadas pelos empreendedores, visando a garantir um início de sucesso para a empresa.
O objetivo é possibilitar a melhora do raciocínio de planejamento estratégico, habilitando o aluno a identificar e qualificar situações e procedimentos que ocorrem no cotidiano do setor empresarial, principalmente voltadas às oportunidades de mercado que podem surgir e como essas oportunidades devem ser aproveitadas.
A palestra tem como objetivo principal despertar nas pessoas e nos jovens, em especial, a importância de serem empreendedores e inovadores, desenvolvendo competências para a realização dos seus objetivos, quer seja em abrir seu próprio negócio ou seguir carreira dentro de uma organização. Para isso é necessário "aprender a empreender", é de suma importância ser criativo, inovador, saber correr riscos de mercado. Motivá-los a serem Empreendedores.
Palestrante:
Adm. Marco Antônio Ferreira Matheus
Bacharel em Administração de Empresas pela FAER/UNIRP de São José do Rio Preto-SP; pós-graduado em Administração com ênfase em Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP-SP.
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), em parceria com o Instituto Friedrich Naumann, a publicação mostra como começar e manter um negócio como se a trajetória fosse uma viagem.
Marco de Biasi
Sócio gestor da LAAS - Latin America Angels Association. Administrador de Empresas com especialização em economia internacional. Ex-gerente e diretor da TIM e Banca Commerciale Italiana. Experiência internacional na criação de parcerias para novos negócios e novos produtos e na gestão de startups. Foi sócio, fundador e membro do comitê de projetos da Sao Paulo Anjos. Conselheiro Fiscal da Câmara Italo-Brasileira de comércio indústria e agricultura de Sao Paulo.
Renato Simon
Sócio gestor da LAAS - Latin America Angels Association. Economista (USP) com especialização em Finanças (FGV-SP). Foi Presidente e CFO da Trelleborg Automotive do Brasil, CFO de empresas do Grupo BTR e Controller da Sandoz Agro, membro do Conselho Consultivo da Câmara de Comércio Sueca-Brasileira, Diretor da Associação de Fornecedores da Toyota-Brasil e professor de Planejamento Financeiro na Faculdade de Administração de Empresas da FAAP-SP.
Apresentação de Felipe Matos no 2º Negócios Digitais, Circuito de Encontros Empresariais, oportunidades de inovação em Software, Hardware e Serviços, realizados entre 04 e 05 de setembro de 2014, no auditório do CIMATEC, em Salvador - BA, e com realização do Sebrae BA.
Felipe Matos é COO do Startup Brasil, programa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação de apoio e fomento a startups digitais. É também fundador da Startup Farm, programa de aceleração digital pioneiro na América Latina. Já atuou como CEO em algumas empresas e como investidor, mentor e conselheiro em dezenas de startups brasileiras e no Vale do Silício.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SUCESSOS DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO COMÉRC...Adriano Alves de Aquino
No Brasil, o comércio eletrônico faturou R$ 35, 8 bilhões em 2014 e está em amplo crescimento e propício para novos empreendimentos. Porém, cerca de 70% das lojas virtuais que iniciam suas atividades fracassam poucos meses após o início de suas operações. Mesmo com alto índice de empreendedores brasileiros, alguns conceitos básicos sobre administração de negócios são ignorados. A falta da definição de missão, visão e valores e a ausência de um bom plano de negócios seguido por uma pesquisa de mercado, estratégias de marketing e planos operacionais e financeiros, fatores fundamentais para o sucesso de um negócio, físico ou virtual, são deixados de lado devido à euforia do momento ou até mesmo por falta de conhecimento do empreendedor. Diante deste cenário, serão feitas pesquisas bibliográficas, em livros, sites, artigos, revistas, e-books e outros canais de informação na busca de dados sobre os principais fatores que contribuem para o sucesso de micro e pequenas empresas no mercado virtual, colaborando com a prosperidade desses novos negócios.
Papo de Mentor ABMEN em Taubaté-SP - Por que muitas startups falham? Dicas ...Nei Grando
Neste Bate-Papo na Universidade de Taubaté, apresentei minha palestra com estes slides apenas para apoio. Depois participei de um painel com Carlos Magno, e Paulo Quintaneiros sobre o tema. O objetivo do Mentor conhecer e o empreendedor entender os principais pontos possíveis de falha, ajuda a reduzir incertezas e mitigar riscos, além de facilitar a relação com sócios, parceiros, clientes, investidores e outros elementos importantes do ecossistema de empreendedorismo inovador.
Barreiras ou Dificuldade para começar um negócio
Etapas para criar negócio próprio
visão, missão e valores do seu negócio
Seção de coaching
Pesquisa de mercado
Conceito de negócio
posicionamento
Business core
Com a grande quantidade de produtos e serviços no mercado é preciso que o empresário trabalhe o diferencial da sua empresa. O marketing é uma alternativa, mas não necessariamente uma opção cara. Hoje em dia a tecnologia oferece ferramentas gratuitas que possibilitam a disseminação de um negócio, como as redes sociais. As micro e pequenas empresas contribuem de forma significativa para o desenvolvimento econômico de um País. No Brasil, elas representam 99% de todas as empresas e empregam 52% dos trabalhadores com carteira assinada (CLT).
(Apresentação feita em janeiro de 2013)
Estudo "Empresas do Futuro" V4-2019_gwtpAmérico Roque
O que se pode prever sobre o futuro do trabalho na era da transformação digital? As empresas estão no caminho certo para se adaptarem aos novos modelos que estão surgindo?
O GPTW Brasil e o Grupo Cia de Talentos pesquisar como as empresas no mercado brasileiro estão se preparando para essa era.
Este é o relatório anual de 2019 com os dados comentados da pesquisa.
Cooperativismo brasileiro e economia verde
Redução da emissão de metano por cooperativas
Cooperando com o futuro:
Propostas do cooperativismo brasileiro na COP26
COP26
1) Regulação do mercado de carbono: De forma que viabilize o acesso facilitado de recursos
nacionais e internacionais para projetos ambientais localizados em área públicas ou em propriedades privadas, como as Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).
2) Combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal: Consideramos medidas de comando e controle ao desmatamento ilegal na Amazônia e em demais biomas são indispensáveis e imprescindíveis. Contamos, inclusive, com o apoio de todas as nações para atingir esse objetivo
com cada vez mais eficiência. Destacamos que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais modernas e rigorosas do mundo: o novo Código Florestal.
3) Fomento ao cooperativismo como arranjo produtivo sustentável: O cooperativismo é um
modelo econômico sustentável, ambientalmente responsável e socialmente justo, capaz de
proporcionar inclusão produtiva, economia de escala, geração de renda e desenvolvimento
regional e local. Para tanto, deve ser fomentado com investimentos públicos e privados.
4) Medidas de estímulo à proteção e à preservação do meio ambiente: Citamos como exemplo a
Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, a política de crédito rural para ações
sustentáveis e a emissão de títulos verdes (green bonds).
5) Valorização da produção brasileira para o combate à fome: A produção brasileira, em especial,
por meio das cooperativas agropecuárias, tem papel fundamental no combate à fome e na
garantia de segurança alimentar para o mundo
As propostas do Governo na COP26:
> Reduzir emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030 (meta anterior: 43%).
> Zerar emissões de gases do efeito estufa até 2050 (meta anterior era até 2060).
Papel do Plano ABC+
> Tecnologias no campo, como o plantio direto e os sistemas agroflorestais
> Manejo de resíduos para produção de bioinsumos e geração de energia via biomassa
A STCP desenvolve e executa projetos para tornar as cadeias produtivas mais sustentáveis. Soluções relacionadas, para diferentes segmentos: agronegócio, indústria da transformação, bancos e investimentos, governo, mineração, energia, florestal, papel e celulose, infraestrutura e logística, entre outros. Gerenciamento de + de R$7.1 bilhões em investimento em infraestrutura; Cerca de 20 milhões de hectares protegidos, no Brasil e América Latina, contribuindo para a biodiversidade e estoque de carbono; Mais de 3 mil hectares de áreas recuperadas com espécies nativas - com a fixação de mais de 500 mil toneladas de carbono; Cerca de 400 mil hectares de plantios florestais em conformidade com as legislações local e nacional.
Aplicação ESG envolvendo mudanças climáticas; Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE); Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Redução certificada das emissões de carbono. Pagamentos de Serviços Ecossistêmicos, #NetZero economy. REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) que permite não só cumprir metas de redução de emissões de GEE, mas também gerar benefícios para comunidades locais. O investimento recebido em troca da preservação traz saúde, educação e infraestrutura à região. Projetos industriais, civis, rodoviários, aeroportos, portos e ambientais.
Gerenciamento, e auditoria de obras. Avaliação de equipamentos, processos e proposição de melhorias para aumento da capacidade e modernização; Levantamento/Monitoramento com VANT e DRONE. Integração com ARCGIS (Geoprocessamento) e SIFP (Sistema de Inventário de Florestas Plantadas – STCP). Estratégia de Suprimento Industrial, Valoração de produtos florestais. Bioenergia, Projetos Agrícolas e Florestais para Biocombustíveis, Identificação de Fontes de Suprimento Energético, etc. Mais de 4 mil projetos e estudos desenvolvidos em 43 países em 5 continentes.
e-mail de contato: rp@stcp.com.br
Forests around the world - Did you know that forests cover nearly 1/3 of land globally? That’s 4.06 billion hectares.
More than half (54 percent) of the world’s forests is in only five countries – the Russian Federation, Brazil, Canada, the United States of America and China.
FRA is the mechanism for collecting data on two forest-related indicators of the Sustainable Development Goals (SDGs), which the United Nations General Assembly adopted in 2015. Specically, data submitted to FRA contribute to reporting on SDG indicator 15.1.1 (forest area as a proportion of total land area in 2015) and indicator 15.2.1 (progress towards sustainable forest management). In other words, there is around 0.52 ha of forest for every person on the planet.
O setor de base florestal madeireira tem significativa participação na formação do PIB nacional, na geração de tributos e nas exportações, com destacada contribuição na formação de superávit na balança comercial,além da expressiva geração de empregos diretos e indiretos. Também
proporciona benefícios ambientais e ecológicos que, somados a sua importância econômica e social, reúnem os atributos essenciais para o desenvolvimento sustentável.
Estudo StartUps Brasileiras 2014 Fundação Dom Cabral
1.
2. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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3. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Sumário
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 05
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 06
3. METODOLOGIA E DADOS ................................................................................................. 07
3.1 Nossas premissas ....................................................................................................... 07
4. PRINCIPAIS RESULTADOS ................................................................................................ 09
4.1 Tempo médio de sobrevivência .................................................................................. 09
4.2 Aspectos que influenciam na mortalidade de startups ............................................... 09
4.3 Percepção dos empreendedores ................................................................................ 13
4.3.1 Startups em operação ...................................................................................... 14
4.3.2 Startups descontinuadas .................................................................................. 14
5. CONCLUSÕES.................................................................................................................... 16
4. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Equipe Técnica
CARLOS ARRUDA
Doutor em Administração Internacional, pela University of Bradford, Inglaterra.
Diretor Executivo Adjunto de Parcerias Empresariais da Fundação Dom Cabral – FDC.
Coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC.
Coordenador, no Brasil, dos Estudos World Competitiveness Yearbook do IMD e do Global Competitiveness Report do World Economic Forum.
VANESSA NOGUEIRA
Professora convidada da Fundação Dom Cabral.
Mestre em Pesquisa Social pela London Metropolitan University.
Pós-Graduada em Marketing pelo Ibmec-MG.
AFONSO COZZI
Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas.
Professor e Coordenador dos projetos de Empreendedorismo da FDC.
VINÍCIUS COSTA
Bolsista de Pesquisa da Fundação Dom Cabral.
Graduando em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas.
5. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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1. APRESENTAÇÃO
A Fundação Dom Cabral tem se dedicado nos últimos anos a compreender o universo de startups no Brasil e realizou uma pesquisa, em 2012, para mapear os atores que compõem o ecossistema de empreendedorismo de startups no país, seus papéis, forças e fraquezas.
O estudo mostrou à nossa equipe que os empreendedores brasileiros que tiveram suas empresas descontinuadas se escondem atrás de uma cultura de intolerância ao fracasso e deixam com que o insucesso seja desestímulo suficiente para o empreendedorismo em série no Brasil.
Em 2012, a maior parte de nossas tentativas de conversar com empreendedores que tiveram experiências de insucesso não foi bem sucedida. Assim, a não aceitação do fracasso, além de ser uma barreira cultural ao desenvolvimento empreendedor no país, parecia gerar um gap de conhecimento com relação às causas de mortalidade dessas empresas no Brasil.
Foi justamente essa percepção que nos fez desenvolver o presente estudo, focado em compreender características, comportamentos e atitudes de empreendedores de startups no Brasil para buscar, em última instância, as razões que determinam a falência, em pouco tempo, da maioria das startups criadas no país.
Nossa intenção é apresentar nas próximas páginas resultados claros e objetivos que sirvam de ferramenta para potencializar as chances de sucesso de empreendedores brasileiros dedicados à empreendimentos de alto impacto, além de ser uma fonte de informação útil aos demais atores do ecossistema empreendedor brasileiro.
Esperamos que os insights aqui apresentados sejam transformados em ações que maximizem o potencial de nossas startups.
Desejamos uma leitura proveitosa!
Equipe do Núcleo FDC de Inovação e Empreendedorismo
6. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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2. INTRODUÇÃO
Não há novidade no entendimento de que a empresa é a peça fundamental para o funcionamento e desenvolvimento do sistema capitalista e de que é seu sucesso que determina o impulso de uma economia. Não é nova também a percepção de que é justamente o empreendedorismo que permite a criação de novos produtos, novos métodos de produção, novos modelos de negócio e a abertura de novos mercados. Schumpeter postulou essas ideias na década de 40 e continua sendo, ainda hoje, umas das principais referências nessa temática.
Nova, no entanto, é a percepção de que existe hoje uma forma de empreender que se diferencia das empresas como eram conhecidas até a década de 90. Empresas agora chamadas especificamente de startups apresentam características particulares, tanto no que diz respeito aos seus objetivos, desde sua criação, quanto ao contexto no qual são criadas e se desenvolvem.
Para Eric Ries, uma startup é uma instituição desenhada para criar um novo produto ou serviço sob condições de extrema incerteza e tem a inovação (seja tecnológica, de produto, de serviço, de processo ou de modelo de negócio) como o centro de suas operações. Julie Meyer ainda agrega a percepção de que as startups são empresas que normalmente começam pequenas, mas pensam grande e, devido ao seu grande potencial inovador, apresentam significativa probabilidade de crescimento exponencial em pouco tempo.
Essas empresas carregam consigo o imenso potencial de mudar a curva de uma economia inteira, se conseguirem permanecer no mercado. E esse é o grande desafio. Como são empresas que assumem o risco de inovar desde a concepção do negócio, enfrentam desafios bastante particulares para conseguirem se manter no mercado e, de fato, atingir o crescimento exponencial do qual fala Julie Meyer.
Dessa forma, torna-se relevante compreender quais são os determinantes de sucesso e fracasso das startups, negócios que, por estarem inseridos em um contexto tão novo e por possuírem características tão peculiares, pouco podem usufruir do conhecimento até então produzido sobre o empreendedorismo tradicional.
Assim, este estudo está focado em compreender as possíveis causas da descontinuidade de startups brasileiras para oferecer a esse mercado de novas empresas subsídio teórico capaz de permitir que elas se estabeleçam com mais segurança, potencializando suas chances de sobrevivência. Nosso objetivo é gerar conhecimento a partir da análise dos erros de quem já empreendeu e disponibilizar esses dados às startups do mercado e aos empreendedores em potencial. Acreditamos que o aprendizado a partir do erro é bem mais eficaz do que a simples repetição dos acertos. Estar ciente das causas que possivelmente levam um negócio ao fracasso é muito mais relevante do que desperdiçar o tempo tentando apontar culpados.
7. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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3. METODOLOGIA E DADOS
Para o desenvolvimento da pesquisa, foram coletados dados quantitativos por meio de um questionário online enviado a fundadores e co-fundadores de startups no Brasil.
A pesquisa considerou dois perfis de respondentes:
1. Fundadores de startups brasileiras que tiveram suas startups descontinuadas.
2. Fundadores de startups brasileiras que ainda estão atuando no mercado.
A amostra dividida em dois perfis nos ajudou a comparar padrões de empresas que foram descontinuadas com aquelas que ainda estão atuando no mercado, para responder perguntas como: há um padrão nas características do negócio ou do empreendedor que ainda está no mercado que não é seguido por aquelas empresas que foram descontinuadas? Se compararmos os dois padrões, conseguimos estabelecer as diferenças entre eles e encontrar determinantes para o sucesso ou fracasso de uma startup?
Assim, a pesquisa foi realizada com 355 indivíduos, sendo que 171 tiveram experiências com startups descontinuadas e 184 apresentaram startups em operação. Sobre o total de respondentes, 37,7% (134) dos indivíduos não responderam todo o questionário, deixando sem resposta em média 53,7% das questões. Dessa forma, foi definido trabalhar somente com os questionários totalmente respondidos, totalizando uma amostra de 221, sendo que 130 foram de empresas ainda em operação e 91 de empresas descontinuadas.
3.1 NOSSAS PREMISSAS
Estudos anteriores tendem a relacionar as causas do sucesso ou fracasso de um empreendimento às características do empreendedor ou empreendedores que fundaram a empresa. Há, no entanto, duas correntes principais no estudo do empreendedor como protagonista desse processo: uma delas foca nos traços de personalidade dos profissionais diretamente envolvidos no negócio, tentando analisar características mais subjetivas do empreendedor, como a perseverança, o desejo de obter sucesso, a determinação, a pró- atividade, entre outros traços. A segunda corrente está mais focada nas habilidades do empreendedor, em detrimento de suas características e preferências subjetivas. Essa última é adotada com maior frequência nos estudos mais recentes e foi a escolhida para balizar parte da nossa pesquisa.
8. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Em paralelo, é importante adicionar à análise do empreendedor uma investigação acerca do ambiente destas empresas e suas características no momento de sua criação. Portanto, analisar questões relativas ao ambiente em que determinada startup deseja se inserir e os recursos que a empresa utiliza para se preparar para o mercado é indispensável para se obter uma visão mais apurada sobre o que determina a sua permanência no mercado.
O presente estudo investiga, portanto, as características das startups entrevistadas partindo da análise 1) do empreendedor e 2) das características das empresas investigadas e do ambiente de negócios, no momento da criação destas startups.
Assim, apresentamos abaixo as variáveis que investigamos ao longo do estudo:
QUADRO 1 – Características do empreendedor e da empresa capazes de influenciar o sucesso ou fracasso
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nível de Escolaridade Ser membro de uma família empreendedora Capacitação/experiência em gestão Experiência anterior no negócio Identificação pessoal dos empreendedores com seu negócio Dedicação em tempo integral Sintonia entre sócios Sintonia entre sócios e investidores Capital social (networking) Utilização de consultorias externas Número de sócios envolvidos Qualificação da equipe de trabalho Mercado como principal fonte de financiamento Volume de capital investido Facilidade de produção Capacidade de adaptação do modelo de produção Capacidade de adaptação do modelo de negócio Aceitação do produto pelo mercado
9. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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4. PRINCIPAIS RESULTADOS
4.1 TEMPO MÉDIO DE SOBREVIVÊNCIA
Perguntamos a todas as startups entrevistadas qual foi o período de atuação da empresa no mercado, ou há quanto tempo estão em operação, no caso das empresas que ainda estão operando. Esse dado possibilitou uma análise do tempo médio de sobrevivência de uma startup no Brasil.
A ideia aqui é verificar a quantidade total de empresas e contabilizar quantas descontinuaram considerando períodos de sobrevivência distintos.
4.2 ASPECTOS QUE INFLUENCIAM NA MORTALIDADE DE STARTUPS
Para o desenvolvimento da pesquisa, adicionamos às premissas especificadas na sessão anterior dados de perfil das empresas respondentes, como período de atuação no mercado, local de instalação da empresa, setor de atuação, faturamento, entre outros.
Dessa forma, foi possível construirmos um modelo quantitativo de análise de dados que nos permite verificar quais das mais de 30 variáveis investigadas têm capacidade de explicar significativamente o fenômeno da descontinuidade das startups brasileiras.
10. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Os resultados mostram três aspectos significativos, conforme a seguir:
O NÚMERO DE SÓCIOS ENVOLVIDOS É UM FATOR DE RISCO PARA A SOBREVIVÊNCIA DA STARTUP
Nossa premissa inicial era de que o envolvimento de mais de um sócio na concepção da empresa representa maior acúmulo de habilidades indispensáveis para a gestão do negócio e gera maior credibilidade diante de clientes e prospects, aumentando seu potencial de sucesso. No entanto, refutando nossa premissa inicial, os dados mostram que quando a startup é composta desde o seu início por mais de um sócio, maiores são as suas chances de descontinuidade.
A cada sócio a mais que trabalha tempo integral na empresa no momento em que ela foi constituída, a chance de descontinuidade da startup aumenta em 1,24 vezes.
Há indícios de que esse insucesso esteja relacionado a problemas como menor capacidade de adaptação dos gestores às mudanças e necessidades do mercado e maior frequência de problemas de relacionamento entre os sócios (ver página 15).
O VOLUME DE CAPITAL INVESTIDO NA STARTUP, ANTERIOR AO INÍCIO DE SUAS VENDAS, PODE REPRESENTAR UM RISCO À SUA SOBREVIVÊNCIA
Nossa premissa inicial era de que financiar um negócio com grande volume de capital de investidores diminui as chances de sucesso da startup. Os dados mostram que, independentemente da fonte do capital investido, quando a empresa possui, antes de sua primeira venda, capital suficiente para manter seus custos operacionais pelo período de 2 meses a 1 ano, suas chances de descontinuidade são significativamente maiores.
11. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Aqui o que fizemos foi comparar três situações distintas:
Empresas que, antes de começar a faturar, possuíam capital suficiente para manter seus custos operacionais por apenas 1 mês.
Empresas que, antes de começar a faturar, possuíam capital suficiente para manter seus custos operacionais pelo período de 2 meses a 1 ano.
E empresas que, antes de começar a faturar, possuíam capital suficiente para manter seus custos operacionais por mais de 1 ano.
O segundo cenário é o mais preocupante. Quando o capital investido nas empresas cobre seus custos operacionais pelo período de 2 meses a 1 ano, a chance de descontinuidade das startups é:
É interessante observar que existe, ainda, uma correlação positiva entre algumas fontes de financiamento e o volume de capital investido no empreendimento antes de sua primeira venda. Quanto maior o período em que o capital investido cobre os custos operacionais da empresa, menor é a ocorrência de financiamento por capital próprio e maior é a ocorrência de financiamento por investidores-anjo e fontes de fomento.
12. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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O LOCAL DE INSTALAÇÃO DA STARTUP PODE DETERMINAR AS SUAS
CHANCES DE SUCESSO.
Apesar de não ser uma das premissas consideradas na análise anterior à coleta de dados, perguntamos tanto às empresas descontinuadas, quanto às que estão em operação, onde elas estão instaladas ou onde estavam instaladas quando em operação, no caso das descontinuadas.
As respostas das empresas geraram 3 categorias de instalação:
Home-office/coworking/escritório virtual
Aceleradora/incubadora/parque tecnológico
Escritório próprio/loja ou sala alugada
A análise dos dados nos mostrou que estar instalada em uma aceleradora, incubadora ou em um parque tecnológico representa um fator de proteção para a sobrevivência da startup, se comparado com as startups instaladas em escritório próprio, loja ou sala alugada.
Quando a startup está instalada em uma aceleradora, incubadora ou parque, a chance de descontinuidade da empresa é 3,45 vezes menor do que a de uma startup instalada em escritório próprio ou sala/loja alugada.
Além disso, vale destacar que encontramos padrões entre os estados em que essas startups estão instaladas e o local que serve de sede para suas operações. A distribuição dos locais de instalação se modifica significativamente dependendo do estado. O Gráfico 1 mostra que nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul existe uma tendência de haver um maior número de startups em aceleradoras, incubadoras e parques, enquanto que em São Paulo e Paraná existe uma tendência de haver uma maior predominância de startups em Home-office, Coworking ou Escritório virtual.
13. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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4.3 PERCEPÇÃO DOS EMPREENDEDORES
Pedimos aos empreendedores que avaliassem algumas alternativas de acordo com o grau de importância que cada uma delas teve:
para a sobrevivência de sua startup, no caso de empreendedores que ainda estão com suas empresas em operação;
ou para a descontinuidade de sua startup, no caso de empreendedores que tiveram experiência como fundadores ou co-fundadores de startups que foram descontinuadas.
Dessa forma, além de encontrar quais são os fatores significativamente capazes de explicar o fenômeno da descontinuidade das startups, temos a possibilidade de entender as diferenças entre as percepções de empreendedores que já tiveram suas startups descontinuadas e as percepções de empreendedores que ainda estão atuando no mercado.
As alternativas propostas abordavam os seguintes aspectos:
Conhecimento dos fundadores em gerenciamento e/ou gestão do negócio
Conhecimento sobre o setor de atuação da startup e suas especificidades
Disponibilidade de capital para investir no negócio
14. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Identificação pessoal dos fundadores com o negócio
Dedicação do tempo integral dos fundadores exclusivamente para a startup
Sintonia entre os fundadores
Alinhamento entre os interesses pessoais e/ou profissionais dos fundadores
Bom relacionamento e entendimento entre fundadores e investidores
Boa qualidade e extensão da rede de contatos dos fundadores
Aceitação do produto/tecnologia/ serviço comercializado pelo mercado
Capacidade de adaptar o modelo de negócio para o mercado (ex.: encontrar um custo de produção que viabilize a comercialização e a lucratividade do negócio)
Capacidade de adaptação dos gestores às necessidades/mudanças do mercado (ex.: capacidade de customizar a tecnologia oferecida para atender uma demanda real do mercado)
Facilidade na produção da tecnologia/produto inicialmente idealizado
Assertividade na contratação de uma boa equipe de trabalho
Empreendedores que estão atuando no mercado apresentaram percepções bastante diferentes daquelas compartilhadas pelos empreendedores que já tiveram experiência com a descontinuidade, conforme mostram os quadros 2 e 2.1.
QUADRO 2 – Percepção das startups
4.3.1 STARTUPS EM OPERAÇÃO Fatores + importantes para a sobrevivência 4.3.2 STARTUPS DESCONTINUADAS Fatores + importantes para a descontinuidade 1. Aceitação do produto/tecnologia/ serviço comercializado pelo mercado 2. Sintonia entre os fundadores 3. Capacidade de adaptação dos gestores às necessidades/mudanças do mercado 1. Falta de comprometimento do tempo integral dos fundadores exclusivamente para a startup 2. Não alinhamento dos interesses pessoais e ou profissionais dos fundadores 3. Falta de capital para investir no negócio
15. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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QUADRO 2.1 – Percepção das startups
4.3.1 STARTUPS EM OPERAÇÃO Fatores – importantes para a sobrevivência 4.3.2 STARTUPS DESCONTINUADAS Fatores – importantes para a descontinuidade 12. Facilidade na produção da tecnologia/produto inicialmente idealizado 13. Bom relacionamento e entendimento entre fundadores e investidores 14. Disponibilidade de capital para investir no negócio 12. Não aceitação do produto/tecnologia/serviço comercializado pelo mercado 13. Falta de identificação pessoal dos fundadores com o negócio 14. Inviabilidade de produção da tecnologia produto inicialmente idealizado
Considerando que o número de sócios envolvidos é um fator determinante para a mortalidade das startups brasileiras, avaliamos também quais fatores são percebidos pelos sócios como críticos em empresas com múltiplos fundadores.
Dentre os quatorze fatores avaliados em nossa pesquisa, cinco aparecem como prováveis razões para a descontinuidade de startups com mais de um sócio, uma vez que, quanto maior o número de sócios, maior a intensidade destes problemas nas startups entrevistadas.
16. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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5. CONCLUSÕES
A descontinuidade de empresas startups no Brasil está relacionada em maior grau com aspectos relacionados ao ambiente em que a empresa está inserida e à estrutura determinada no momento de sua concepção, mais do que com as características do próprio empreendedor, como o nível de escolaridade, a presença na família de exemplos de empreendedorismo, a capacidade de networking ou os conhecimentos e experiências especificamente na área de gestão ou relacionadas ao negócio da empresa.
O empreendedor de startup deve ficar atento a três aspectos principais da sua empresa, no momento da sua concepção: o número de sócios envolvidos, o volume de capital que irá investir e o local onde terá sua empresa instalada no início de suas operações.
1. QUANTO MENOS SÓCIOS, MELHOR! A premissa inicialmente proposta na pesquisa atribuía aos sócios um papel favorável para o sucesso da empresa, uma vez que conhecimento de diferentes campos e habilidades diversificadas são tradicionalmente vistos como diferenciais competitivos. Para uma startup a realidade se mostrou diferente: a chance de descontinuidade da empresa aumenta quanto maior é o número de sócios. É razoável pensar que o grau de envolvimento dos sócios exigido na gestão de uma startup e o alto dinamismo necessário para a tomada de decisões neste tipo de empresa dificulta a sintonia entre pessoas diferentes. Enquanto que em um negócio tradicional a atuação de cada profissional é bem definida e o cenário necessário para uma melhor performance é mais estável, em uma startup os empreendedores assumem mais de uma função e precisam pivotar com frequência para encontrar o caminho mais promissor. Nesse último cenário, parece natural que a sintonia entre pessoas diferentes seja um problema crucial para o sucesso. Tanto é que para os fundadores das startups que descontinuaram, o segundo fator de maior impacto na descontinuidade de suas empresas foi justamente o não alinhamento dos interesses pessoais e ou profissionais dos fundadores.
17. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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2. QUANTO MENOS CAPITAL, MELHOR! Investir uma grande quantidade de capital na startup antes de que ela comece a faturar, aumenta as chances de insucesso da empresa. Este pode ser um indicativo de que caminhar desde o início com foco em demandas reais de mercado pode ajudar na viabilidade do empreendimento. Quando o produto ou serviço atende demandas reais, o caminho para a venda é mais curto e o negócio pode ser viabilizado com o capital dos próprios clientes. Além disso é a venda que valida a aceitação do mercado e atesta o melhor caminho a ser seguido. O contraste de percepções dos empreendedores que tiveram suas empresas descontinuadas com as de empreendedores que estão com suas startups em operação reforça essa ideia: enquanto para os que descontinuaram a falta de capital para investir no negócio aparece como um dos 3 fatores de maior influência no fracasso da startup, para os sobreviventes a disponibilidade de capital para investir no negócio é eleito como o fator de menor importância para a sua sobrevivência. Será que para as startups que descontinuaram o que faltou foi capital ou foi um olhar mais atento para o mercado?
3. APROVEITE OS PARQUES TECNOLÓGICOS, AS INCUBADORAS E AS ACELERADORAS! Parques Tecnológicos, Incubadoras e Aceleradoras mostraram ser instituições importantes do ecossistema empreendedor, capazes de minimizar as chances de descontinuidade de uma startup. Esses espaços oferecem às startups um tempo importante necessário para tracionar o negócio sem ter os custos de um espaço próprio e, na maior parte das vezes, oferecem incentivos associados ao processo (educacionais, financeiros e de relacionamento). As startups podem usar e abusar desses espaços para potencializar o faturamento da empresa, só não podem se esquecer de fortalecer as próprias pernas durante esse tempo, para que sejam capazes de caminharem sozinhas quando tiverem que enfrentar o mercado sem esse apoio.
18. CAUSAS DA MORTALIDADE DE STARTUPS BRASILEIRAS
O que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado?
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Foram 18 premissas testadas e mais de 30 variáveis analisadas no modelo estatístico utilizado na pesquisa. Não menos importante do que refletir sobre os insights aqui apresentados, é atentar para o fato de que muitas das premissas hoje defendidas por estudiosos do empreendedorismo – clássicos e atuais – mostraram não ter impacto significativo na mortalidade de startups brasileiras.
Esse cenário, por si só, reforça a importância do desenvolvimento de estudos voltados a conhecer melhor esse novo universo. Os conceitos mais utilizados atualmente para discutir o empreendedorismo parecem precisar de uma atualização para se adaptarem a uma nova realidade empreendedora. Há traços peculiares e ainda pouco explorados, que exigem estudos e reflexões específicas capazes de potencializar a atuação dessas empresas. Afinal, quantas oportunidades não mapeadas há no fenômeno das startups que, no Brasil, está apenas começando?