estruturas de Atenção (Capítulo 6) do livro Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge
O documento discute como as novas tecnologias afetam a atenção humana e como estruturamos nossa atenção no mundo digital. A mídia digital influencia a "polifocalidade", ou a habilidade de dividir a atenção entre múltiplas tarefas simultaneamente. No entanto, a capacidade de "multitarefa" depende das circunstâncias e não é sempre benéfica.
Semelhante a estruturas de Atenção (Capítulo 6) do livro Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge
Semelhante a estruturas de Atenção (Capítulo 6) do livro Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge (20)
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estruturas de Atenção (Capítulo 6) do livro Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge
1. Attention Structures (Chapter 6)
Jones, R.H., & Hafner,
C.A. (2012).
Understanding Digital
Literacies: A Practical
Introduction. Abingdon:
Routledge
2. Introdução
Com as novas tecnologias, especialmente as
plataformas digitais, diferentes mecanismos
disputam a nossa atenção em um mesmo tempo.
E, claro, isso implica que todos que precisam
estar envolvidos com as novas tecnologias
devem conhecer e saber utilizar estas
ferramentas com as quais se deparam no dia a
dia;
Tendo isso em mente, o capítulo irá conduzir um
diálogo voltado para as diferentes formas que
estruturamos, gerimos e pensamos diante essas
ferramentas na esfera digital e como isso reflete
na nossa atenção.
3. Introdução
Ao dividirmos a nossa atenção fazendo várias
tarefas ao mesmo tempo damos o nome para
esta prática de “Multitasking”.
Existem dois processos que podem caracterizar
esta prática, tais quais:
(i) task switching;
(ii) dual tasking.
4. Introdução
Segundo Linda Stone, uma consultora de
tecnologia, há ainda uma outra característica do
termo “Multitasking”: o chamado de
continuous partial attention.
O problema é que alguns estudiosos acreditam
que as pessoas podem perder ou prejudicar a
sua capacidade de ter uma atenção focada em
apenas uma atividade:
“Now my concentration starts to drift after a page
or two. I get fidgety, lose the thread, begin looking
for something else to do” (Nicholas Carr, 2011:1)
5. Introdução
Porém segundo outros pesquisadores (Steven
Appelbaum, Marchionni and Fernandez, 2008)
defendem um paradoxo do “Multitasking”: se
por um lado há uma dificuldade de completar
tarefas (Detrimental to task completion), por outro
no trabalho se olharmos a média da
produtividade esteve em alta.
Uma dificuldade no letramento digital é
justamente de administras, focar e distribuir a
atenção com as diferentes ferramentas digitais.
6. Digital Mídia e “polifocalidade”
A mídia digital influenciou duas maneiras de
vermos e distribuirmos a nossa atenção:
(i) mostrando diferentes informações ao mesmo
tempo; e,
(ii) possibilidade de envolvermos diferentes
atividades e interações em um mesmo momento.
Ex.: Counter-Strike (jogo digital de computador)
7. Digital Mídia e “polifocalidade”
O exemplo do jogo Counter-Strike nos mostra o
que chamam de “Polyfocality”: A atenção pe
distribuída não apenas em um único ponto, mas
com o mundo virtual, a localização física do
jogador neste mundo virtual, com a interação
com outros participantes, etc.
O que observamos é que atividades feitas
através de computadores a atenção pode ser
dividida e alternada entre o mesmo tempo que se
digita se escuta uma música, assiste televisão,
olha o facebook de algum amigo, utiliza uma
ferramenta do word para escrever, etc.
8. Digital Mídia e “polifocalidade”
O fenômeno de “Polyfocality” não é um
fenômeno recente e formado apenas pela mídia
digital. Muitas interações, de fato, podem
envolver varias pessoas fazendo diferentes
atividades aos mesmo tempo.
Alguns estudiosos ainda afirmam que a
capacidade de operar diferentes atividade em um
mesmo tempo é uma habilidade própria dos
seres humanos. (It’s a multitasking called
“branching”)
9. Digital Mídia e “polifocalidade”
Algumas ferramentas digitais nos ajudam a
coordenar tanto aspectos cognitivos quanto
aspectos sociais, como por exemplo o chat do
MSN.
Porém, alguns problemas esses chats podem
nos causar quando enviamos uma mensagem
por engano. (ex. vídeo whatsapp)
10. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
Richard Lanham é um economista que estuda a
estrutura da atenção e segundo ele (2006) essas
estruturas de atenção são os diferentes meios
tecnológicos que as pessoas utilizam enquanto
defrontam com muitas informações na era
tecnológica.
Para ele essas “attention structures” é uma
forma de distribuir a atenção das pessoas em um
caso particular de interação.
11. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
Ron Scollon (2004) apontou para o fati de as
estruturas de atenção dos seres humanos
interceptam em três pontos:
(i) historical body;
(ii) interaction order; e,
(iii) discourses in place.
12. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
historical body
discourses
in place
the
interaction
order
Your relationship with
the
people aroud you
The communication
tools
available in the
situation
You and your mind
SOCIAL
ACTION
13. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
Quando distribuimos a nossa atenção ela pode
ser vista como um tipo de “social action”, ou
melhor, ação social que envolvem os três
aspectos pontuados acima.
Quando estes três componentes estão
funcionando ao mesmo tempo as pessoas tem a
sensação de “dever cumprido” ou que estão
conseguindo fazer o que elas precisam.
14. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
A mídia digital reflete em diferentes tipos de
estruturas de atenção que as pessoas adotam
em diferentes situações.
O computador utilizado fora da sala de aula para
a interação é bem diferente no utilizado dentro da
sala de aula, como por exemplo.
15. Estruturas de atenção (Attention
Structures)
De qualquer forma, a questão chave de toda
essa discursão sobre as estruturas de atenção é
se a habilidade de “multitasking” é boa ou não
depende das circunstâncias que as pessoas
estão nelas inseridas e engajadas.
16. A atenção econômica e letramento digital
(The attention economy and digital literacies)
Da mesma maneira que os avanços tecnológicos
modificaram e transformaram a atenção que as
pessoas dão às atividades que fazem, também
transformaram profundamente nossa cultura e
economia.
“Hence a wealth of information creates a poverty
of attention and a need to allocate that attention
efficiently among the overabundance of
information sources that might consume it.” p. 90
17. A atenção econômica e letramento digital
(The attention economy and digital literacies)
Por este motivo o estudioso Michael Goldhaber
(1997) acredita que não estamos vivendo uma
economia de informação, mas sim uma
“attention economy”, ou melhor, essa atenção
da economia seria o alto valor que a atenção
precisa de operar quando o que se importa é a
busca, obtenção e gratificação dessa atenção.
O que percebemos é que para termos atenção é
preciso dar atenção aos outros, ou seja, se uma
empresa quer vender seu produtos ela precisa
atingir seu público alvo de maneira diferente,
parece que a publicidade também inovou sua
forma de atingir um público por meio de
plataformas digitais como facebook, twitter, etc.
18. A atenção econômica e letramento digital
(The attention economy and digital literacies)
Essas plataformas são utilizadas para dar “illusory
attention”, ou seja, dá uma ilusão de atenção
pessoal aos outros mesmo que o público alvo seja
em larga escala.
Já se pensando na esfera digital, um bom exemplo
de dar atenção e repassá-la é o hipertexto, pois os
links de um site bem conhecido pode conduzir o
público para ver um outro site que possui menos
visibilidade.
As tecnologias envolvem atividade de ter atenção e
dar atenção aos outros quando postamos,
compartilhamos e comentamos conteúdos da
internet.
19. Conclusão
“... por trás de um conteúdo que
consome nossa atenção existem
pessoas e organizações cujos
motivos nós temos que avaliar de
maneira crítica.” (tradução minha p.
96)
20. Perguntas
Percebe-se um pequeno número de visitas e
mensagens dos tutores nos fóruns o que nos
mostra uma participação mais passiva dos
mesmos, vocês acham que a posição passiva do
professor (recebendo e respondendo
questões/dúvidas) contribui para isso?
Como poderia repensar as estratégias escolhidas
pelos professores para fazer evoluir a discussão
de modo que as diferentes representações dos
tutores sobre os conteúdos possam ser
trabalhados no sentido de possibilitar a co-construção
de conhecimento?
21. Referência Bibliográfica
GEREMIAS, B. M. Interações entre professores e
tutores na formação superior a distâncias: funções
e usos de fóruns. Hipertextus, vol.9, 2012/2
disponível em
http://www.hipertextus.net/volume9/01-Hipertextus-
Vol9-Bethania-Medeiros-Geremias.pdf
Currículo Lattes da autora:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.
do?id=K4795702T0
Notas do Editor
Antes de mais nada, gostaria de dizer que muitos termos não foram traduzidos, pois não tenho a certeza de que estes termos são realmente os que utilizam nas pesquisas em português. Porém, nos casos que a tradução tem algum sentido e/ou relação com o termo eu mesma acabei traduzindo.
1. Percebemos que a cada dia surgem uma nova mídia digital a qual utilizamos bem como diferentes redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas, e até mesmo o “antigo” e-mail. Falo antigo, pois já conhecemos e o utilizamos muito.
2. Assim, percebemos que estes novos métodos de interação digital fornece-nos novas habilidade e formas de sistematizar nossa atenção além de distribui-la a diferentes tipos de atividades feitas simultaneamente.
O task switching (alternâncias de tarefas – tradução bem minha e ao pé da letra) é quando você oscila sua atenção de uma atividade para outra, como por exemplo, quando você responde um e-mail, depois para uma mensagem instantânea, etc.
Já o dual tasking (tarefa dupla) é quando você está ocupado realizando duas ou mais tarefas no mesmo momento.
1. Este termo Continuous Partial Attention (Atenção parcial contínua) ocorre quando você está continuamente prestando atenção para as comunicações dos dispositivos que está utilizando tendo um sentimento de “perdendo algo”. 2. Como podemos ver na fala de Nicholas Carr, ele começa a perder a concentração quando leu apenas uma ou duas páginas de um livro ou de um artigo grande.
1. Como podemos ver, num primeiro aspecto, com a mudança das páginas para as telas foi possível a utilização de hipertextos e diferentes multimídias. Já num segundo aspecto, foi possível interação com diferentes atividades ao mesmo tempo e estrategicamente alternando entre elas.2. No exemplo do jogo Counter-Strike, para cumprir os objetivos o jogador dispõe de uma ´serie de ferramentas (mapa/radar do terreno, tempo, dinheiro, etc.) na borda da tela além de pode interagir por meio de caixa de diálogo com outros jogadores.
2. Essa “branching” ou ramificação seria um tipo de comportamento cognitivo que nos permite fazer diferentes atividade ao mesmo tempo. Pelo que pesquisadores afirmam, que existe uma parte superior e frontal na região do cérebro dos humanos que desenvolveu para esta habilidade. Acreditam ainda que nos tempos antigos era uma habilidade de sobrevivência quando ainda se tinha que caçar para comer.
As mensagens trocados no MSN com diferentes pessoas vão abrindo em caixas de diálogos separadamente o que permite aos usuários a darem prioridades a uma ou outra conversa. Além disso, podem ler a conversa depois verificando o que foi realmente dito ou não durante conversa. E ainda temos a lista de contatos toda organizada e se quisermos podemos acessar algumas informações que descrevem os amigos. Sem contar que podemos ver uma foto do amigo como identificação e também se o usuário está ou não disponível para um chat.
O primeiro item (historical body) diz respeito a todas as memórias e experiências que uma pessoa tem. Já o segundo (interaction order) envolve as relações sociais que as pessoas já tiveram. E, por fim, o último item (discourse in place) refere-se aos diferentes tipos de ferramentas de comunicação que utilizamos para organizar nossas interações.
1. Se observarmos a sala de aula percebemos que o computador foi utilizado para introduzir novas formas de comunicação, porém a disposição dos computadores ainda está nos limites antigos na qual os estudantes estão em fileiras e o professor na parte frontal da sala. Por outro lado, porém, percebemos uma ironia nesta estrutura já que ao mesmo tempo que o professor está na frente da sala comandando a aula ele se encontra incapaz de supervisionar as telas dos computadores e ver o que os alunos estão acessando.
1. O que acontece é que a atenção dada a um jogo de vídeo game não é a mesma quando se está lendo um livro ou assistindo televisão.
A economia passou a atuar com um intercambio de informação. Porém, o mais valioso não é exatamente a informação que se pode ter acesso mas sim à atenção dada a ela. O que acontece é que quanto mais informação temos menos atenção damos, ou de outra maneira, o que conta mesmo é quanto de atenção temos que distribuir quando estamos em contato com informações.
Como vimos no trecho acima a riqueza de informação cria uma falta de atenção e daí a necessidade de determinar que atenção eficientemente daremos a cada fonte de informação que a consome.
E é aí que a mídia digital aparece, criando novas formas de participação na economia com novos canais para concorrermos com a nossa atenção.
Em uma audiência, por exemplo, o apresentador tem um público grande mas através de um contato visual olho a olho ele mantém um contato que aproxima-o com o público alvo.
Percebemos aí o quanto a atenção das pessoas é requerida pelos outros e como ela pode ser repassada a outros.
1. Percebemos assim uma necessidade de desenvolver nossa postura crítica diante as ferramentas digitais e conteúdos de mensagens que recebemos.