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Attention Structures (Chapter 6) 
Jones, R.H., & Hafner, 
C.A. (2012). 
Understanding Digital 
Literacies: A Practical 
Introduction. Abingdon: 
Routledge
Introdução 
 Com as novas tecnologias, especialmente as 
plataformas digitais, diferentes mecanismos 
disputam a nossa atenção em um mesmo tempo. 
 E, claro, isso implica que todos que precisam 
estar envolvidos com as novas tecnologias 
devem conhecer e saber utilizar estas 
ferramentas com as quais se deparam no dia a 
dia; 
 Tendo isso em mente, o capítulo irá conduzir um 
diálogo voltado para as diferentes formas que 
estruturamos, gerimos e pensamos diante essas 
ferramentas na esfera digital e como isso reflete 
na nossa atenção.
Introdução 
 Ao dividirmos a nossa atenção fazendo várias 
tarefas ao mesmo tempo damos o nome para 
esta prática de “Multitasking”. 
 Existem dois processos que podem caracterizar 
esta prática, tais quais: 
(i) task switching; 
(ii) dual tasking.
Introdução 
 Segundo Linda Stone, uma consultora de 
tecnologia, há ainda uma outra característica do 
termo “Multitasking”: o chamado de 
continuous partial attention. 
 O problema é que alguns estudiosos acreditam 
que as pessoas podem perder ou prejudicar a 
sua capacidade de ter uma atenção focada em 
apenas uma atividade: 
 “Now my concentration starts to drift after a page 
or two. I get fidgety, lose the thread, begin looking 
for something else to do” (Nicholas Carr, 2011:1)
Introdução 
 Porém segundo outros pesquisadores (Steven 
Appelbaum, Marchionni and Fernandez, 2008) 
defendem um paradoxo do “Multitasking”: se 
por um lado há uma dificuldade de completar 
tarefas (Detrimental to task completion), por outro 
no trabalho se olharmos a média da 
produtividade esteve em alta. 
 Uma dificuldade no letramento digital é 
justamente de administras, focar e distribuir a 
atenção com as diferentes ferramentas digitais.
Digital Mídia e “polifocalidade” 
 A mídia digital influenciou duas maneiras de 
vermos e distribuirmos a nossa atenção: 
 (i) mostrando diferentes informações ao mesmo 
tempo; e, 
 (ii) possibilidade de envolvermos diferentes 
atividades e interações em um mesmo momento. 
 Ex.: Counter-Strike (jogo digital de computador)
Digital Mídia e “polifocalidade” 
 O exemplo do jogo Counter-Strike nos mostra o 
que chamam de “Polyfocality”: A atenção pe 
distribuída não apenas em um único ponto, mas 
com o mundo virtual, a localização física do 
jogador neste mundo virtual, com a interação 
com outros participantes, etc. 
 O que observamos é que atividades feitas 
através de computadores a atenção pode ser 
dividida e alternada entre o mesmo tempo que se 
digita se escuta uma música, assiste televisão, 
olha o facebook de algum amigo, utiliza uma 
ferramenta do word para escrever, etc.
Digital Mídia e “polifocalidade” 
 O fenômeno de “Polyfocality” não é um 
fenômeno recente e formado apenas pela mídia 
digital. Muitas interações, de fato, podem 
envolver varias pessoas fazendo diferentes 
atividades aos mesmo tempo. 
 Alguns estudiosos ainda afirmam que a 
capacidade de operar diferentes atividade em um 
mesmo tempo é uma habilidade própria dos 
seres humanos. (It’s a multitasking called 
“branching”)
Digital Mídia e “polifocalidade” 
 Algumas ferramentas digitais nos ajudam a 
coordenar tanto aspectos cognitivos quanto 
aspectos sociais, como por exemplo o chat do 
MSN. 
 Porém, alguns problemas esses chats podem 
nos causar quando enviamos uma mensagem 
por engano. (ex. vídeo whatsapp)
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
 Richard Lanham é um economista que estuda a 
estrutura da atenção e segundo ele (2006) essas 
estruturas de atenção são os diferentes meios 
tecnológicos que as pessoas utilizam enquanto 
defrontam com muitas informações na era 
tecnológica. 
 Para ele essas “attention structures” é uma 
forma de distribuir a atenção das pessoas em um 
caso particular de interação.
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
 Ron Scollon (2004) apontou para o fati de as 
estruturas de atenção dos seres humanos 
interceptam em três pontos: 
 (i) historical body; 
 (ii) interaction order; e, 
 (iii) discourses in place.
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
historical body 
discourses 
in place 
the 
interaction 
order 
Your relationship with 
the 
people aroud you 
The communication 
tools 
available in the 
situation 
You and your mind 
SOCIAL 
ACTION
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
 Quando distribuimos a nossa atenção ela pode 
ser vista como um tipo de “social action”, ou 
melhor, ação social que envolvem os três 
aspectos pontuados acima. 
 Quando estes três componentes estão 
funcionando ao mesmo tempo as pessoas tem a 
sensação de “dever cumprido” ou que estão 
conseguindo fazer o que elas precisam.
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
 A mídia digital reflete em diferentes tipos de 
estruturas de atenção que as pessoas adotam 
em diferentes situações. 
 O computador utilizado fora da sala de aula para 
a interação é bem diferente no utilizado dentro da 
sala de aula, como por exemplo.
Estruturas de atenção (Attention 
Structures) 
 De qualquer forma, a questão chave de toda 
essa discursão sobre as estruturas de atenção é 
se a habilidade de “multitasking” é boa ou não 
depende das circunstâncias que as pessoas 
estão nelas inseridas e engajadas.
A atenção econômica e letramento digital 
(The attention economy and digital literacies) 
 Da mesma maneira que os avanços tecnológicos 
modificaram e transformaram a atenção que as 
pessoas dão às atividades que fazem, também 
transformaram profundamente nossa cultura e 
economia. 
 “Hence a wealth of information creates a poverty 
of attention and a need to allocate that attention 
efficiently among the overabundance of 
information sources that might consume it.” p. 90
A atenção econômica e letramento digital 
(The attention economy and digital literacies) 
 Por este motivo o estudioso Michael Goldhaber 
(1997) acredita que não estamos vivendo uma 
economia de informação, mas sim uma 
“attention economy”, ou melhor, essa atenção 
da economia seria o alto valor que a atenção 
precisa de operar quando o que se importa é a 
busca, obtenção e gratificação dessa atenção. 
 O que percebemos é que para termos atenção é 
preciso dar atenção aos outros, ou seja, se uma 
empresa quer vender seu produtos ela precisa 
atingir seu público alvo de maneira diferente, 
parece que a publicidade também inovou sua 
forma de atingir um público por meio de 
plataformas digitais como facebook, twitter, etc.
A atenção econômica e letramento digital 
(The attention economy and digital literacies) 
 Essas plataformas são utilizadas para dar “illusory 
attention”, ou seja, dá uma ilusão de atenção 
pessoal aos outros mesmo que o público alvo seja 
em larga escala. 
 Já se pensando na esfera digital, um bom exemplo 
de dar atenção e repassá-la é o hipertexto, pois os 
links de um site bem conhecido pode conduzir o 
público para ver um outro site que possui menos 
visibilidade. 
 As tecnologias envolvem atividade de ter atenção e 
dar atenção aos outros quando postamos, 
compartilhamos e comentamos conteúdos da 
internet.
Conclusão 
 “... por trás de um conteúdo que 
consome nossa atenção existem 
pessoas e organizações cujos 
motivos nós temos que avaliar de 
maneira crítica.” (tradução minha p. 
96)
Perguntas 
 Percebe-se um pequeno número de visitas e 
mensagens dos tutores nos fóruns o que nos 
mostra uma participação mais passiva dos 
mesmos, vocês acham que a posição passiva do 
professor (recebendo e respondendo 
questões/dúvidas) contribui para isso? 
 Como poderia repensar as estratégias escolhidas 
pelos professores para fazer evoluir a discussão 
de modo que as diferentes representações dos 
tutores sobre os conteúdos possam ser 
trabalhados no sentido de possibilitar a co-construção 
de conhecimento?
Referência Bibliográfica 
GEREMIAS, B. M. Interações entre professores e 
tutores na formação superior a distâncias: funções 
e usos de fóruns. Hipertextus, vol.9, 2012/2 
disponível em 
http://www.hipertextus.net/volume9/01-Hipertextus- 
Vol9-Bethania-Medeiros-Geremias.pdf 
Currículo Lattes da autora: 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv. 
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estruturas de Atenção (Capítulo 6) do livro Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge

  • 1. Attention Structures (Chapter 6) Jones, R.H., & Hafner, C.A. (2012). Understanding Digital Literacies: A Practical Introduction. Abingdon: Routledge
  • 2. Introdução  Com as novas tecnologias, especialmente as plataformas digitais, diferentes mecanismos disputam a nossa atenção em um mesmo tempo.  E, claro, isso implica que todos que precisam estar envolvidos com as novas tecnologias devem conhecer e saber utilizar estas ferramentas com as quais se deparam no dia a dia;  Tendo isso em mente, o capítulo irá conduzir um diálogo voltado para as diferentes formas que estruturamos, gerimos e pensamos diante essas ferramentas na esfera digital e como isso reflete na nossa atenção.
  • 3. Introdução  Ao dividirmos a nossa atenção fazendo várias tarefas ao mesmo tempo damos o nome para esta prática de “Multitasking”.  Existem dois processos que podem caracterizar esta prática, tais quais: (i) task switching; (ii) dual tasking.
  • 4. Introdução  Segundo Linda Stone, uma consultora de tecnologia, há ainda uma outra característica do termo “Multitasking”: o chamado de continuous partial attention.  O problema é que alguns estudiosos acreditam que as pessoas podem perder ou prejudicar a sua capacidade de ter uma atenção focada em apenas uma atividade:  “Now my concentration starts to drift after a page or two. I get fidgety, lose the thread, begin looking for something else to do” (Nicholas Carr, 2011:1)
  • 5. Introdução  Porém segundo outros pesquisadores (Steven Appelbaum, Marchionni and Fernandez, 2008) defendem um paradoxo do “Multitasking”: se por um lado há uma dificuldade de completar tarefas (Detrimental to task completion), por outro no trabalho se olharmos a média da produtividade esteve em alta.  Uma dificuldade no letramento digital é justamente de administras, focar e distribuir a atenção com as diferentes ferramentas digitais.
  • 6. Digital Mídia e “polifocalidade”  A mídia digital influenciou duas maneiras de vermos e distribuirmos a nossa atenção:  (i) mostrando diferentes informações ao mesmo tempo; e,  (ii) possibilidade de envolvermos diferentes atividades e interações em um mesmo momento.  Ex.: Counter-Strike (jogo digital de computador)
  • 7. Digital Mídia e “polifocalidade”  O exemplo do jogo Counter-Strike nos mostra o que chamam de “Polyfocality”: A atenção pe distribuída não apenas em um único ponto, mas com o mundo virtual, a localização física do jogador neste mundo virtual, com a interação com outros participantes, etc.  O que observamos é que atividades feitas através de computadores a atenção pode ser dividida e alternada entre o mesmo tempo que se digita se escuta uma música, assiste televisão, olha o facebook de algum amigo, utiliza uma ferramenta do word para escrever, etc.
  • 8. Digital Mídia e “polifocalidade”  O fenômeno de “Polyfocality” não é um fenômeno recente e formado apenas pela mídia digital. Muitas interações, de fato, podem envolver varias pessoas fazendo diferentes atividades aos mesmo tempo.  Alguns estudiosos ainda afirmam que a capacidade de operar diferentes atividade em um mesmo tempo é uma habilidade própria dos seres humanos. (It’s a multitasking called “branching”)
  • 9. Digital Mídia e “polifocalidade”  Algumas ferramentas digitais nos ajudam a coordenar tanto aspectos cognitivos quanto aspectos sociais, como por exemplo o chat do MSN.  Porém, alguns problemas esses chats podem nos causar quando enviamos uma mensagem por engano. (ex. vídeo whatsapp)
  • 10. Estruturas de atenção (Attention Structures)  Richard Lanham é um economista que estuda a estrutura da atenção e segundo ele (2006) essas estruturas de atenção são os diferentes meios tecnológicos que as pessoas utilizam enquanto defrontam com muitas informações na era tecnológica.  Para ele essas “attention structures” é uma forma de distribuir a atenção das pessoas em um caso particular de interação.
  • 11. Estruturas de atenção (Attention Structures)  Ron Scollon (2004) apontou para o fati de as estruturas de atenção dos seres humanos interceptam em três pontos:  (i) historical body;  (ii) interaction order; e,  (iii) discourses in place.
  • 12. Estruturas de atenção (Attention Structures) historical body discourses in place the interaction order Your relationship with the people aroud you The communication tools available in the situation You and your mind SOCIAL ACTION
  • 13. Estruturas de atenção (Attention Structures)  Quando distribuimos a nossa atenção ela pode ser vista como um tipo de “social action”, ou melhor, ação social que envolvem os três aspectos pontuados acima.  Quando estes três componentes estão funcionando ao mesmo tempo as pessoas tem a sensação de “dever cumprido” ou que estão conseguindo fazer o que elas precisam.
  • 14. Estruturas de atenção (Attention Structures)  A mídia digital reflete em diferentes tipos de estruturas de atenção que as pessoas adotam em diferentes situações.  O computador utilizado fora da sala de aula para a interação é bem diferente no utilizado dentro da sala de aula, como por exemplo.
  • 15. Estruturas de atenção (Attention Structures)  De qualquer forma, a questão chave de toda essa discursão sobre as estruturas de atenção é se a habilidade de “multitasking” é boa ou não depende das circunstâncias que as pessoas estão nelas inseridas e engajadas.
  • 16. A atenção econômica e letramento digital (The attention economy and digital literacies)  Da mesma maneira que os avanços tecnológicos modificaram e transformaram a atenção que as pessoas dão às atividades que fazem, também transformaram profundamente nossa cultura e economia.  “Hence a wealth of information creates a poverty of attention and a need to allocate that attention efficiently among the overabundance of information sources that might consume it.” p. 90
  • 17. A atenção econômica e letramento digital (The attention economy and digital literacies)  Por este motivo o estudioso Michael Goldhaber (1997) acredita que não estamos vivendo uma economia de informação, mas sim uma “attention economy”, ou melhor, essa atenção da economia seria o alto valor que a atenção precisa de operar quando o que se importa é a busca, obtenção e gratificação dessa atenção.  O que percebemos é que para termos atenção é preciso dar atenção aos outros, ou seja, se uma empresa quer vender seu produtos ela precisa atingir seu público alvo de maneira diferente, parece que a publicidade também inovou sua forma de atingir um público por meio de plataformas digitais como facebook, twitter, etc.
  • 18. A atenção econômica e letramento digital (The attention economy and digital literacies)  Essas plataformas são utilizadas para dar “illusory attention”, ou seja, dá uma ilusão de atenção pessoal aos outros mesmo que o público alvo seja em larga escala.  Já se pensando na esfera digital, um bom exemplo de dar atenção e repassá-la é o hipertexto, pois os links de um site bem conhecido pode conduzir o público para ver um outro site que possui menos visibilidade.  As tecnologias envolvem atividade de ter atenção e dar atenção aos outros quando postamos, compartilhamos e comentamos conteúdos da internet.
  • 19. Conclusão  “... por trás de um conteúdo que consome nossa atenção existem pessoas e organizações cujos motivos nós temos que avaliar de maneira crítica.” (tradução minha p. 96)
  • 20. Perguntas  Percebe-se um pequeno número de visitas e mensagens dos tutores nos fóruns o que nos mostra uma participação mais passiva dos mesmos, vocês acham que a posição passiva do professor (recebendo e respondendo questões/dúvidas) contribui para isso?  Como poderia repensar as estratégias escolhidas pelos professores para fazer evoluir a discussão de modo que as diferentes representações dos tutores sobre os conteúdos possam ser trabalhados no sentido de possibilitar a co-construção de conhecimento?
  • 21. Referência Bibliográfica GEREMIAS, B. M. Interações entre professores e tutores na formação superior a distâncias: funções e usos de fóruns. Hipertextus, vol.9, 2012/2 disponível em http://www.hipertextus.net/volume9/01-Hipertextus- Vol9-Bethania-Medeiros-Geremias.pdf Currículo Lattes da autora: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv. do?id=K4795702T0

Notas do Editor

  1. Antes de mais nada, gostaria de dizer que muitos termos não foram traduzidos, pois não tenho a certeza de que estes termos são realmente os que utilizam nas pesquisas em português. Porém, nos casos que a tradução tem algum sentido e/ou relação com o termo eu mesma acabei traduzindo.
  2. 1. Percebemos que a cada dia surgem uma nova mídia digital a qual utilizamos bem como diferentes redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas, e até mesmo o “antigo” e-mail. Falo antigo, pois já conhecemos e o utilizamos muito. 2. Assim, percebemos que estes novos métodos de interação digital fornece-nos novas habilidade e formas de sistematizar nossa atenção além de distribui-la a diferentes tipos de atividades feitas simultaneamente.
  3. O task switching (alternâncias de tarefas – tradução bem minha e ao pé da letra) é quando você oscila sua atenção de uma atividade para outra, como por exemplo, quando você responde um e-mail, depois para uma mensagem instantânea, etc. Já o dual tasking (tarefa dupla) é quando você está ocupado realizando duas ou mais tarefas no mesmo momento.
  4. 1. Este termo Continuous Partial Attention (Atenção parcial contínua) ocorre quando você está continuamente prestando atenção para as comunicações dos dispositivos que está utilizando tendo um sentimento de “perdendo algo”. 2. Como podemos ver na fala de Nicholas Carr, ele começa a perder a concentração quando leu apenas uma ou duas páginas de um livro ou de um artigo grande.
  5. 1. Como podemos ver, num primeiro aspecto, com a mudança das páginas para as telas foi possível a utilização de hipertextos e diferentes multimídias. Já num segundo aspecto, foi possível interação com diferentes atividades ao mesmo tempo e estrategicamente alternando entre elas. 2. No exemplo do jogo Counter-Strike, para cumprir os objetivos o jogador dispõe de uma ´serie de ferramentas (mapa/radar do terreno, tempo, dinheiro, etc.) na borda da tela além de pode interagir por meio de caixa de diálogo com outros jogadores.
  6. 2. Essa “branching” ou ramificação seria um tipo de comportamento cognitivo que nos permite fazer diferentes atividade ao mesmo tempo. Pelo que pesquisadores afirmam, que existe uma parte superior e frontal na região do cérebro dos humanos que desenvolveu para esta habilidade. Acreditam ainda que nos tempos antigos era uma habilidade de sobrevivência quando ainda se tinha que caçar para comer.
  7. As mensagens trocados no MSN com diferentes pessoas vão abrindo em caixas de diálogos separadamente o que permite aos usuários a darem prioridades a uma ou outra conversa. Além disso, podem ler a conversa depois verificando o que foi realmente dito ou não durante conversa. E ainda temos a lista de contatos toda organizada e se quisermos podemos acessar algumas informações que descrevem os amigos. Sem contar que podemos ver uma foto do amigo como identificação e também se o usuário está ou não disponível para um chat.
  8. O primeiro item (historical body) diz respeito a todas as memórias e experiências que uma pessoa tem. Já o segundo (interaction order) envolve as relações sociais que as pessoas já tiveram. E, por fim, o último item (discourse in place) refere-se aos diferentes tipos de ferramentas de comunicação que utilizamos para organizar nossas interações.
  9. 1. Se observarmos a sala de aula percebemos que o computador foi utilizado para introduzir novas formas de comunicação, porém a disposição dos computadores ainda está nos limites antigos na qual os estudantes estão em fileiras e o professor na parte frontal da sala. Por outro lado, porém, percebemos uma ironia nesta estrutura já que ao mesmo tempo que o professor está na frente da sala comandando a aula ele se encontra incapaz de supervisionar as telas dos computadores e ver o que os alunos estão acessando.
  10. 1. O que acontece é que a atenção dada a um jogo de vídeo game não é a mesma quando se está lendo um livro ou assistindo televisão.
  11. A economia passou a atuar com um intercambio de informação. Porém, o mais valioso não é exatamente a informação que se pode ter acesso mas sim à atenção dada a ela. O que acontece é que quanto mais informação temos menos atenção damos, ou de outra maneira, o que conta mesmo é quanto de atenção temos que distribuir quando estamos em contato com informações. Como vimos no trecho acima a riqueza de informação cria uma falta de atenção e daí a necessidade de determinar que atenção eficientemente daremos a cada fonte de informação que a consome.
  12. E é aí que a mídia digital aparece, criando novas formas de participação na economia com novos canais para concorrermos com a nossa atenção.
  13. Em uma audiência, por exemplo, o apresentador tem um público grande mas através de um contato visual olho a olho ele mantém um contato que aproxima-o com o público alvo. Percebemos aí o quanto a atenção das pessoas é requerida pelos outros e como ela pode ser repassada a outros.
  14. 1. Percebemos assim uma necessidade de desenvolver nossa postura crítica diante as ferramentas digitais e conteúdos de mensagens que recebemos.