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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA “PRODUÇÃO VEGETAL”
Acadêmicos
ANDERSON SABINO; CRISTIAN BERNARDO & LYDAYANNE NOBRE
Rio Largo/AL, 03 de julho de 2018
ESTRESSE POR
CHOQUE TÉRMICO
ESTRESSE
É um desvio significativo das condições ótimas para a vida, e induz
mudanças e respostas em todos os níveis funcionais do
organismo, os quais são reversíveis a princípio, mas podem se
tornar permanente.
Larcher, 2000.
É qualquer condição ambiental que impeça a planta de alcançar
seu potencial genético pleno.
Taiz & Zeiger, 2017.
O Estresse em planta é uma condição ambiental adversa
que não favorece o crescimento vegetal.
Tolerância ao estresse é a aptidão
da planta para enfrentar uma
condição ambiental desfavorável.
Se a tolerância aumenta como
consequência da exposição ao
estresse, diz-se que a planta está
aclimatada.
Severidade
Duração
Exposição
Resistência
Suscetibilidade
Órgão ou tecido
Estágio de
desenvolvimento
Genótipo
Combinação
Estresse Planta Resposta Resultado
WAHID et al., 2007.
Elevação de +10 – +15ºC
supraótimas subótimas
Resfriamento: +15 – 0ºC;
Congelamento: -50 – -100ºC
SLOVÁKOVÁ et al., 2011.
Sintomas
Sementes
ortodoxas
Sementes
ortodoxas
~
~~
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Ca2+
PA ?
Tolerância ao estresse
Inibição do crescimento
Morte celular
Reconhecimento
do sinal
Transdução do sinal
~~
ESTRESSE POR
CONGELAMENTO E RESFRIAMENTO
Foto: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015.
Fotos: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015.
DANOS POR
CONGELAMENTO RESFRIAMENTO
Apoplasto
Simplasto
A formação de gelo no
apoplasto leva a dessecação
A formação de gelo no simplasto
leva a ruptura da membrana
Baixas
temperaturas
alteram
a
fluidez
da
membrana
Diminui a fotossíntese, transporte de
solutos, respiração e transdução de
sinais e pode modificar a atividade de
muitas enzimas
Modifica a composição da membrana e
altera a proporção entre ABA e GA
Bactéria
da folha
Aumentam os
danos por geadas
Fotos: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015.
DANOS POR
CONGELAMENTO RESFRIAMENTO
RESPOSTAS AO
CONGELAMENTO & RESFRIAMENTO
ESTRESSE
GENES ~
~~
~
~~
SINALIZADORES
Ativam/Reprimem a expressão
Proteínas anticongelante conferem
tolerância ao frio
Síntese de açúcares e outras substâncias
Formação de isolantes térmicos
(pilosidade ou adensamento)
Proteínas
COR/ PR/
LEA/ HSP
RESPOSTAS AO
CONGELAMENTO & RESFRIAMENTO
PILOSIDADE ADENSAMENTO
INTERAÇÃO ENTRE LUZ E TEMPERATURA
Foto:
Imagem
da
Internet.
Principal Interação:
– Fotoperíodo – alternância de temperatura;
– Para algumas espécies a vernalização deve
ser seguida do fotoperíodo adequado para
induzir a floração;
– Provavelmente a vernalização é necessária para que o meristema apical se torne
competente a responder aos sinais que induzem a floração.
CONCLUSÃO
As temperaturas subótimas e supraótimas alteram todo o
metabolismo vegetal, comprometendo desde a estabilidade da
membrana celular até a cinética das enzimas presentes no meio
e, portanto, decorrente destas alterações pode haver
complicações em eventos determinantes para o sucesso da
cultura.
Estudos futuros tendem a abordar a aclimatação e a adaptação
das plantas às mudanças de temperatura para a melhor
compreensão do desenvolvimento durante o estresse térmico.
P
N
OBRIGADO!! K
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA “PRODUÇÃO VEGETAL”

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ESTRESSE POR CHOQUE TÉRMICO

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA “PRODUÇÃO VEGETAL” Acadêmicos ANDERSON SABINO; CRISTIAN BERNARDO & LYDAYANNE NOBRE Rio Largo/AL, 03 de julho de 2018
  • 3. ESTRESSE É um desvio significativo das condições ótimas para a vida, e induz mudanças e respostas em todos os níveis funcionais do organismo, os quais são reversíveis a princípio, mas podem se tornar permanente. Larcher, 2000. É qualquer condição ambiental que impeça a planta de alcançar seu potencial genético pleno. Taiz & Zeiger, 2017.
  • 4. O Estresse em planta é uma condição ambiental adversa que não favorece o crescimento vegetal. Tolerância ao estresse é a aptidão da planta para enfrentar uma condição ambiental desfavorável. Se a tolerância aumenta como consequência da exposição ao estresse, diz-se que a planta está aclimatada.
  • 5. Severidade Duração Exposição Resistência Suscetibilidade Órgão ou tecido Estágio de desenvolvimento Genótipo Combinação Estresse Planta Resposta Resultado
  • 6. WAHID et al., 2007. Elevação de +10 – +15ºC supraótimas subótimas Resfriamento: +15 – 0ºC; Congelamento: -50 – -100ºC SLOVÁKOVÁ et al., 2011. Sintomas Sementes ortodoxas Sementes ortodoxas
  • 7. ~ ~~ ~ Ca2+ PA ? Tolerância ao estresse Inibição do crescimento Morte celular Reconhecimento do sinal Transdução do sinal ~~
  • 9. Foto: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015.
  • 10. Fotos: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015.
  • 11. DANOS POR CONGELAMENTO RESFRIAMENTO Apoplasto Simplasto A formação de gelo no apoplasto leva a dessecação A formação de gelo no simplasto leva a ruptura da membrana Baixas temperaturas alteram a fluidez da membrana Diminui a fotossíntese, transporte de solutos, respiração e transdução de sinais e pode modificar a atividade de muitas enzimas Modifica a composição da membrana e altera a proporção entre ABA e GA Bactéria da folha Aumentam os danos por geadas
  • 12. Fotos: Lazer Horser. Sickchirpse – 2015. DANOS POR CONGELAMENTO RESFRIAMENTO
  • 13. RESPOSTAS AO CONGELAMENTO & RESFRIAMENTO ESTRESSE GENES ~ ~~ ~ ~~ SINALIZADORES Ativam/Reprimem a expressão Proteínas anticongelante conferem tolerância ao frio Síntese de açúcares e outras substâncias Formação de isolantes térmicos (pilosidade ou adensamento) Proteínas COR/ PR/ LEA/ HSP
  • 14. RESPOSTAS AO CONGELAMENTO & RESFRIAMENTO PILOSIDADE ADENSAMENTO
  • 15. INTERAÇÃO ENTRE LUZ E TEMPERATURA Foto: Imagem da Internet. Principal Interação: – Fotoperíodo – alternância de temperatura; – Para algumas espécies a vernalização deve ser seguida do fotoperíodo adequado para induzir a floração; – Provavelmente a vernalização é necessária para que o meristema apical se torne competente a responder aos sinais que induzem a floração.
  • 16. CONCLUSÃO As temperaturas subótimas e supraótimas alteram todo o metabolismo vegetal, comprometendo desde a estabilidade da membrana celular até a cinética das enzimas presentes no meio e, portanto, decorrente destas alterações pode haver complicações em eventos determinantes para o sucesso da cultura. Estudos futuros tendem a abordar a aclimatação e a adaptação das plantas às mudanças de temperatura para a melhor compreensão do desenvolvimento durante o estresse térmico.
  • 17. P N OBRIGADO!! K UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA “PRODUÇÃO VEGETAL”