SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
www.autoresespiritasclassicos.com
AS VIDAS PASSADAS
DE
EMMANUEL
Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra
grafado o nome do espírito, no original francês “L'évangile selon le
spiritisme”, em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no
cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".
O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela
psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo
ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões
habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito
Emmanuel.
Descreve Chico: “Via-lhe os traços fisionômicos de homem
idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença,
mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se
fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a
forma de uma cruz.”
Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas
vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da
orgulhosa “gens Cornelia” e, também sacerdote, tendo vivido
inclusive no Brasil.
De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel
transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a
conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius,
em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance
extraordinário : Há dois mil anos.
Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu
mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde
então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a
suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos
anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea
da minha alma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/
Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: “És meu tesouro
infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como
és todo o meu amor!”
Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus,
mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe
a segunda.
Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra
mediúnica: “Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas
também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças
amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração
empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara
no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos.”
Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do
vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.
Cinqüenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao
palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado
por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus
ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no
porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do
filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante
uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a
responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é
preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é
condenado à morte.
Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num
fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo
romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital
do Império. Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de
bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a
cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas.
Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu
e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.
Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos
encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado
cultor dos ideais de liberdade.
Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a
miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a
multidão.
O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por
mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo
novo se formava sobre as ruínas do velho.
Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem
marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de
nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna
jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após
o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere.
Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde
a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de
memória e discernimento.
Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um
poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um
adolescente de mais ou menos 14 anos.
Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em
Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de
Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o
Venturoso.
Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de
Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de
Cânones da Universidade, onde freqüenta as aulas de direito
canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho
de 1541.
Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a
fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data
escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo,
pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da
Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso
O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra
“Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga” descrevendo:
“Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro.
Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570,
visita amigos e principais moradores. Despede-se de todos, porque
está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe
os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu.”
No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na
manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário,
quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços
ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.
E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: “Eu vos dou
graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de
antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na
minha religião até esta hora.”
E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez,
Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida,
paixão e morte.
A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado
Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em
programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para
28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a
oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da
Nóbrega, como E. Manuel.
Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido
Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele,
autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e
pronunciado com acentuação oxítona.
Fim

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Prefácio Fernando Pessoa
Prefácio Fernando PessoaPrefácio Fernando Pessoa
Prefácio Fernando PessoaJamildo Melo
 
O Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloO Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloJulimac
 
Minha Tribo por Benjamnin
Minha Tribo por BenjamninMinha Tribo por Benjamnin
Minha Tribo por BenjamninPlínio Reis
 
Yvonne Do Amaral Pereira
Yvonne Do Amaral PereiraYvonne Do Amaral Pereira
Yvonne Do Amaral Pereirameebpeixotinho
 
O essencial sobre bernardim ribeiro
O essencial sobre bernardim ribeiroO essencial sobre bernardim ribeiro
O essencial sobre bernardim ribeiroJanuário Esteves
 
Borges, Jorge Luis. Ficções.
Borges, Jorge Luis. Ficções.Borges, Jorge Luis. Ficções.
Borges, Jorge Luis. Ficções.Angela Rojo
 
A poesia de joão cabral de melo neto
A poesia de joão cabral de melo netoA poesia de joão cabral de melo neto
A poesia de joão cabral de melo netoma.no.el.ne.ves
 
Conto machado de assis
Conto machado de assisConto machado de assis
Conto machado de assisAnatliaMiranda
 
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismo
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismoRevisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismo
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismoma.no.el.ne.ves
 
O Ateneu especial
O Ateneu especialO Ateneu especial
O Ateneu especialAna Batista
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Ricardo Amaral
 

Mais procurados (16)

Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Prefácio Fernando Pessoa
Prefácio Fernando PessoaPrefácio Fernando Pessoa
Prefácio Fernando Pessoa
 
O Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloO Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom Crioulo
 
Vestido de noiva
Vestido de noivaVestido de noiva
Vestido de noiva
 
Nas voragens do pecado
Nas voragens do pecadoNas voragens do pecado
Nas voragens do pecado
 
Minha Tribo por Benjamnin
Minha Tribo por BenjamninMinha Tribo por Benjamnin
Minha Tribo por Benjamnin
 
Yvonne Do Amaral Pereira
Yvonne Do Amaral PereiraYvonne Do Amaral Pereira
Yvonne Do Amaral Pereira
 
O essencial sobre bernardim ribeiro
O essencial sobre bernardim ribeiroO essencial sobre bernardim ribeiro
O essencial sobre bernardim ribeiro
 
Bernardim ribeiro
Bernardim ribeiroBernardim ribeiro
Bernardim ribeiro
 
Borges, Jorge Luis. Ficções.
Borges, Jorge Luis. Ficções.Borges, Jorge Luis. Ficções.
Borges, Jorge Luis. Ficções.
 
A poesia de joão cabral de melo neto
A poesia de joão cabral de melo netoA poesia de joão cabral de melo neto
A poesia de joão cabral de melo neto
 
Conto machado de assis
Conto machado de assisConto machado de assis
Conto machado de assis
 
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismo
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismoRevisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismo
Revisional de estilos de época 14, terceira geração do modernismo
 
O Ateneu especial
O Ateneu especialO Ateneu especial
O Ateneu especial
 
Resumoexamelp
ResumoexamelpResumoexamelp
Resumoexamelp
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
 

Semelhante a As vidas passadas de Emanuel

Especial Clarice Lispector
Especial Clarice LispectorEspecial Clarice Lispector
Especial Clarice LispectorAna Batista
 
Auta de souza (psicografia chico xavier espirito auta de souza)
Auta de souza (psicografia chico xavier   espirito auta de souza)Auta de souza (psicografia chico xavier   espirito auta de souza)
Auta de souza (psicografia chico xavier espirito auta de souza)Fernando Moraes
 
memorias_de_um_suicida.pdf
memorias_de_um_suicida.pdfmemorias_de_um_suicida.pdf
memorias_de_um_suicida.pdfAdrianaDriks
 
Zai Gezunt Nº 34
Zai Gezunt Nº 34Zai Gezunt Nº 34
Zai Gezunt Nº 34PLETZ.com -
 
João da cruz e sousa poeta catarinense
João da cruz e sousa poeta catarinenseJoão da cruz e sousa poeta catarinense
João da cruz e sousa poeta catarinenseMarilene dos Santos
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELESSEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELESMarcelo Fernandes
 
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZ
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZREENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZ
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZRoque Souza
 
Huberto Rohden Por um Ideal
Huberto Rohden   Por um Ideal  Huberto Rohden   Por um Ideal
Huberto Rohden Por um Ideal HubertoRohden1
 
Cultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioCultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioProfmaria
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasrafabebum
 
Mem+¦rias de um_suicida
Mem+¦rias de um_suicidaMem+¦rias de um_suicida
Mem+¦rias de um_suicidaMariana Alves
 
Memorias de um suicida
Memorias de um suicidaMemorias de um suicida
Memorias de um suicidaguestae3c203
 
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"UFMG
 

Semelhante a As vidas passadas de Emanuel (20)

Especial Clarice Lispector
Especial Clarice LispectorEspecial Clarice Lispector
Especial Clarice Lispector
 
Edição n. 65 do CH Noticias - Novembro/2020
Edição n. 65 do CH Noticias - Novembro/2020Edição n. 65 do CH Noticias - Novembro/2020
Edição n. 65 do CH Noticias - Novembro/2020
 
Auta de souza (psicografia chico xavier espirito auta de souza)
Auta de souza (psicografia chico xavier   espirito auta de souza)Auta de souza (psicografia chico xavier   espirito auta de souza)
Auta de souza (psicografia chico xavier espirito auta de souza)
 
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
 
memorias_de_um_suicida.pdf
memorias_de_um_suicida.pdfmemorias_de_um_suicida.pdf
memorias_de_um_suicida.pdf
 
Zai Gezunt Nº 34
Zai Gezunt Nº 34Zai Gezunt Nº 34
Zai Gezunt Nº 34
 
João da cruz e sousa poeta catarinense
João da cruz e sousa poeta catarinenseJoão da cruz e sousa poeta catarinense
João da cruz e sousa poeta catarinense
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELESSEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CECÍLIA MEIRELES
 
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZ
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZREENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZ
REENCARNAÇÕES DE EMMANUEL, O MENSAGEIRO DA LUZ
 
Huberto Rohden Por um Ideal
Huberto Rohden   Por um Ideal  Huberto Rohden   Por um Ideal
Huberto Rohden Por um Ideal
 
Cultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioCultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maio
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
Mem+¦rias de um_suicida
Mem+¦rias de um_suicidaMem+¦rias de um_suicida
Mem+¦rias de um_suicida
 
Memorias de um suicida
Memorias de um suicidaMemorias de um suicida
Memorias de um suicida
 
Memorias de um suicida
Memorias de um suicidaMemorias de um suicida
Memorias de um suicida
 
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"
Ensaio literatura portuguesa: José Cardoso Pires, "De Profundis, Valsa Lenta"
 
Português-10 livros.
Português-10 livros.Português-10 livros.
Português-10 livros.
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Dom Casmurro
Dom CasmurroDom Casmurro
Dom Casmurro
 
07/06/2013 HOMENAGEM A CHICO XAVIER
07/06/2013 HOMENAGEM A CHICO XAVIER07/06/2013 HOMENAGEM A CHICO XAVIER
07/06/2013 HOMENAGEM A CHICO XAVIER
 

Mais de Instituto de Psicobiofísica Rama Schain

( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 

Mais de Instituto de Psicobiofísica Rama Schain (20)

( Espiritismo) # - influencia do meio
( Espiritismo)   # - influencia do meio( Espiritismo)   # - influencia do meio
( Espiritismo) # - influencia do meio
 
( Espiritismo) # - estudando a mediunidade
( Espiritismo)   # - estudando a mediunidade( Espiritismo)   # - estudando a mediunidade
( Espiritismo) # - estudando a mediunidade
 
( Espiritismo) # - ectoplasma mediunidade de efeitos fisicos
( Espiritismo)   # - ectoplasma mediunidade de efeitos fisicos( Espiritismo)   # - ectoplasma mediunidade de efeitos fisicos
( Espiritismo) # - ectoplasma mediunidade de efeitos fisicos
 
( Apometria) apometria em casa
( Apometria)   apometria em casa( Apometria)   apometria em casa
( Apometria) apometria em casa
 
( Apometria) apometria em casa(1)
( Apometria)   apometria em casa(1)( Apometria)   apometria em casa(1)
( Apometria) apometria em casa(1)
 
( Apometria) apometria e a cura quantica 2
( Apometria)   apometria e a cura quantica 2( Apometria)   apometria e a cura quantica 2
( Apometria) apometria e a cura quantica 2
 
( Apometria) apometria e a cura quantica 2(2)
( Apometria)   apometria e a cura quantica 2(2)( Apometria)   apometria e a cura quantica 2(2)
( Apometria) apometria e a cura quantica 2(2)
 
( Apometria) apometria e a cura quantica 2(1)
( Apometria)   apometria e a cura quantica 2(1)( Apometria)   apometria e a cura quantica 2(1)
( Apometria) apometria e a cura quantica 2(1)
 
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
 
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...( Apometria)   amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
( Apometria) amag ramgis - oracao inicial para pedir protecao trabalho de a...
 
( Apometria) a importancia da reforma intima no tratamento de apometria
( Apometria)   a importancia da reforma intima no tratamento de apometria( Apometria)   a importancia da reforma intima no tratamento de apometria
( Apometria) a importancia da reforma intima no tratamento de apometria
 
( Apometria) alexandre d c lima - apometria cosmica # nivel basico
( Apometria)   alexandre d c lima - apometria cosmica # nivel basico( Apometria)   alexandre d c lima - apometria cosmica # nivel basico
( Apometria) alexandre d c lima - apometria cosmica # nivel basico
 
50209564 20090319-apost-taiji
50209564 20090319-apost-taiji50209564 20090319-apost-taiji
50209564 20090319-apost-taiji
 
49579762 apostila-mod-3
49579762 apostila-mod-349579762 apostila-mod-3
49579762 apostila-mod-3
 
47930901 37060761-apostila-auriculo-francesa
47930901 37060761-apostila-auriculo-francesa47930901 37060761-apostila-auriculo-francesa
47930901 37060761-apostila-auriculo-francesa
 
47477314 budo-1
47477314 budo-147477314 budo-1
47477314 budo-1
 
46879180 revista-homo-optimus-nu-07
46879180 revista-homo-optimus-nu-0746879180 revista-homo-optimus-nu-07
46879180 revista-homo-optimus-nu-07
 
46265526 6985232-fundamentos-da-medicina-tradicional-chinesa
46265526 6985232-fundamentos-da-medicina-tradicional-chinesa46265526 6985232-fundamentos-da-medicina-tradicional-chinesa
46265526 6985232-fundamentos-da-medicina-tradicional-chinesa
 
44970137 ana vitoriavieiramonteiro-xamanismoarteextase
44970137 ana vitoriavieiramonteiro-xamanismoarteextase44970137 ana vitoriavieiramonteiro-xamanismoarteextase
44970137 ana vitoriavieiramonteiro-xamanismoarteextase
 
44938076 moxa
44938076 moxa44938076 moxa
44938076 moxa
 

As vidas passadas de Emanuel

  • 1. www.autoresespiritasclassicos.com AS VIDAS PASSADAS DE EMMANUEL Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês “L'évangile selon le spiritisme”, em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo". O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel. Descreve Chico: “Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença,
  • 2. mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz.” Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa “gens Cornelia” e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil. De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário : Há dois mil anos. Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minha alma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: “És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!” Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda. Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: “Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos.” Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus. Cinqüenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus
  • 3. ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte. Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império. Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia. Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade. Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão. O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho. Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere. Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento. Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.
  • 4. Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso. Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde freqüenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541. Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra “Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga” descrevendo: “Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores. Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu.” No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo. E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: “Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora.” E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte. A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para
  • 5. 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel. Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona. Fim