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. 179
Além da educação informal sobre gênero e sexualidade, em muitas escolas há
momentos educativos intencionalmente orientados para estas questões. Há
algum tempo atrás, um programa semanal de reportagem, amplamente assis-
tido na televisão brasileira, iniciava com a seguinte pergunta:“Até que ponto a
educação sexual faz falta?”. O repórter anunciava que tratariam do“drama dos
jovens que vivem suas primeiras experiências sexuais”, afirmando que, “neste
início de século, os/as adolescentes surpreendem pela pressa: tornam-se pais e
mães como se isso fosse apenas mais uma brincadeira”.Aquilo a que o repórter
se refere, já implicando um juízo de valor, como “drama dos jovens”, é a assim
chamada gravidez na adolescência, foco de preconceitos sobre os quais con-
versamos na unidade 2 deste módulo. A mensagem do programa, anunciada
desde o seu início e reiterada na sua conclusão, é a de que a função da educa-
ção é prevenir não apenas a gravidez, mas também as DSTs e a Aids.1
Trata-se
apenas disso? Estariam educadoras e educadores atuando eticamente e cum-
prindo sua obrigação constitucional se transmitissem mensagens meramente
restritivas e disciplinadoras da sexualidade? Que outros valores é necessário
recuperar? Que parâmetros é preciso estabelecer para a educação sexual res-
peitar a integridade de cada indivíduo e de cada comunidade? Como valorizar
as diferenças, em vez de vê-las como fonte de risco?
1. GLOBO REPORTER. Editora-chefe: S. Sayão. Chefe de redação: C. Piasentini e M. Cunha. Chefe de produção: V. V. de
Castro. Rio de Janeiro: Central Globo de Produções, 19 março 2004. Programa de televisão (60 min.), som., color.
Espaços formais de Educação Sexual na escola
. 180
Podemos dizer que a responsabilização da escola por estas questões é um fenômeno relativa-
mente recente no Brasil. Pense como o assunto era tratado na sua escola quando você era es-
tudante. É necessário refletir e debater se realmente estamos formando jovens para exercerem
sua sexualidade em liberdade. Quais princípios atualmente orientam a inserção da educação
sexual nas escolas?
Há relatos de algumas professoras que, por trabalharem com educação sexual, recebiam ape-
lidos de colegas como “professora pornô” ou “professora de sacanagem”. Para uma delas, foi
somente após ter recebido um prêmio da UNESCO e depois do aparecimento do tema nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que colegas passaram a reconhecer a importância
de seu trabalho. Podemos dizer que até a década de 90 não havia um consenso em torno da
questão, sendo as experiências isoladas e não resultantes de diretrizes educacionais mais am-
plas. Por muito tempo, um dos grandes problemas para a implementação da educação sexual
nas escolas era o fato de este ser considerado um assunto privado, de responsabilidade das
famílias. A ele podemos adicionar interferências religiosas no campo educacional, com um
discurso contrário à utilização de métodos anticoncepcionais.2
A publicação dos PCNs em 1996 foi um marco importante na consolidação da educação sexu-
al como uma questão escolar.3
Porém, isto não significa que alguma forma de educação sexual
seja desenvolvida, de fato, em todas as escolas, nem que haja um consenso acerca do que quer
dizer fazer educação sexual, ainda menos que esta traduza, antes de tudo, educar para a cida-
dania. Os PCNs apresentam a educação sexual como um tema transversal, nomeado como
“orientação sexual”, a ser trabalhado nas escolas brasileiras. De acordo com essa proposta, os
temas transversais tematizam problemas que, no âmbito das políticas públicas, são considera-
dos fundamentais e urgentes para a vida social, sendo o tema “orientação sexual” justificado
pelo crescimento de casos de gravidez entre adolescentes e em função do risco da contamina-
ção pelo HIV. Em sua opinião, de que modos a urgência por prevenir doenças e resultados não
desejados de relações sexuais marca o tipo de educação sexual realizada nas escolas?
Como temos refletido desde a abertura deste Curso, existe um “currículo sexual oculto” na
formação escolar que ensina a normalização das expressões de gênero, o modelo do casal
heterossexual reprodutor, a família nuclear, a hierarquização dos gêneros, a exclusão de orien-
tações sexuais diferentes etc. Ao oficializarmos a educação sexual, queremos continuar ensi-
nando as mesmas coisas?
A proposta dos PCNs prevê que a educação sexual seja trabalhada por todas as disciplinas, isto
é, nas diferentes áreas do currículo. Em outras palavras, a sexualidade deveria ser trabalhada
2. ROSEMBERG, Fúlvia.“A educação sexual na escola”. Cadernos de Pesquisa., n 53, p. 11-19, maio 1985.
3. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.
Brasília: MECSEF, 1998.
. 181
por todas e todos os educadores e educadora a partir de uma perspectiva histórica, científica,
artística etc. Pense na sua escola! Quais educadoras e educadores desenvolvem algum trabalho
sobre temas como orientação sexual, sexualidade, gravidez, Aids, entre outros? Que tipos de
atividades elas/eles desenvolvem? Como isso é visto pela equipe escolar (educadoras/es, dire-
ção, coordenação pedagógica, equipe operacional)? Alguém trabalha com essas temáticas na
perspectiva de gênero ou de direitos? Como?
Na prática, o que se tem observado, é que a proposta de transversalização da educação sexual
não é nada fácil. Por motivos diversos, os/as docentes acabam por não conseguir realizar um
trabalho integrado e transdisciplinar. Apesar de existirem exceções, quando a“educação sexu-
al” ocorre, geralmente é desenvolvida na área de Ciências, priorizando o enfoque biologicista.
A inserção no livro de ciências, não raramente, ocorre na sétima série do Ensino Fundamental
(ou quarto ciclo), no capítulo sobre corpo humano e reprodução. Esta escolha – falar do tema
exclusivamente no livro de ciências, no âmbito desta disciplina e por docentes de ciências,
imprime marcas no modo como esse trabalho é realizado. Que marcas são estas?
A sexualidade passa a ser pensada exclusivamente de uma perspectiva biológica, sem levar
em conta sua dimensão cultural e histórica. Outra questão diz respeito ao fato de que a re-
produção torna-se o eixo central do trabalho. O corpo humano – sempre de pessoas brancas,
tornando invisível a diversidade do país – é concebido como um organismo e estudado tendo
como foco principal a função reprodutiva. Este corpo deixa de ser pensado como produto
da cultura, como local de desejos, fonte de prazer etc. Ao invés disso, as/os alunos estudam o
“aparelho reprodutor” isoladamente: pênis, vagina, útero, ovários, testículos etc. Você se lem-
bra da distinção feita na unidade 1 deste módulo entre organismo e corpo? Reflita sobre
como a educação sexual poderia ser trabalhada a partir do corpo e não do organismo.
Tendo em vista o que refletimos até aqui, parece haver um paradoxo no trabalho realizado
pela escola, à medida que a educação sexual prioriza o tema da reprodução – e também como
evitá-la – em detrimento da educação voltada para o prazer, a liberdade e a valorização das
diferenças sexuais. Dá-se ênfase à reprodução, naturalizando a heterossexualidade e invisibili-
zando as diversas formas de configuração dos desejos e da sexualidade.
Deste modo, a fim de adotar uma perspectiva de sexualidade mais ampla, não restrita à sua di-
mensão biológica e à heterossexualidade, parece ser fundamental que não apenas educadoras
e educadores de ciências e biologia se envolvam com este tema. Dito de outra forma: não se
deve utilizar somente saberes deste campo quando o foco da aula é a sexualidade, dado o seu
caráter social. A esse respeito, cabe retomar algo destacado na unidade anterior quanto à pos-
tura das/os educadoras/es ao trabalharem com o tema: interesse, motivação, disponibilidade,
escuta, respeito e interação com as/os estudantes devem prevalecer em relação à sua formação
. 182
inicial. Que mudanças você faria no modo com que a educação sexual é abordada na sua esco-
la? Quais aprendizagens sobre o tema você identifica como necessárias à sua formação?
Voltemos à pergunta que abriu o programa de reportagem citado no início deste texto: “Até
que ponto a educação sexual faz falta?”. É importante que crianças, adolescentes e jovens te-
nham educação sexual nas escolas? O que aprendem fora da escola já não seria suficiente? Va-
mos refletir sobre estas questões pensando a escola em relação a outros locais onde se aprende
sobre sexualidade.
Glossário
Aids: Sigla para a expressão em inglês Acquired Immune Deficiency Syndrome, que significa síndrome da imunodeficiência adquirida (ou Sida,
na sigla em português).
Corpo: Conceito que incorpora, além das potencialidades biológicas, todas as dimensões psicológicas, sociais e culturais do aprendizado através
das quais as pessoas desenvolvem a percepção da própria vivência.
DSTs: Sigla que significa doenças sexualmente transmissíveis.
Educação Sexual: Abordagem das manifestações relativas à sexualidade na formação de crianças e adolescentes por meio da educação formal.
O foco, o conteúdo e o modo de introdução dessas problemáticas são questões debatidas de forma intensa desde a década de 1970. Tradicio-
nalmente, tem se privilegiado uma abordagem biologicista e, particularmente em resposta à epidemia da Aids e à preocupação com a chamada
“gravidez precoce”, o foco está na prevenção. Na atualidade, os conteúdos referidos à Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais
consideram a sexualidade nas suas dimensões biológica, psíquica e sociocultural.
Organismo: Infra-estrutura biológica que dá sustento às capacidades materiais da vida.
Tema transversal: Modo de organização do trabalho didático no qual determinadas questões (no caso dos Parâmetros Curriculares Nacionais
brasileiros, aquelas relativas à Ética, à Pluralidade Cultural, ao Meio Ambiente, à Saúde, ao Trabalho e ao Consumo, e à Orientação Sexual) são
incorporadas às áreas convencionais do ensino de modo a estarem presentes em todas elas. Não se trata de trabalhá-las paralelamente, mas de
trazer para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas.

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Educação Sexual na Escola

  • 1. . 179 Além da educação informal sobre gênero e sexualidade, em muitas escolas há momentos educativos intencionalmente orientados para estas questões. Há algum tempo atrás, um programa semanal de reportagem, amplamente assis- tido na televisão brasileira, iniciava com a seguinte pergunta:“Até que ponto a educação sexual faz falta?”. O repórter anunciava que tratariam do“drama dos jovens que vivem suas primeiras experiências sexuais”, afirmando que, “neste início de século, os/as adolescentes surpreendem pela pressa: tornam-se pais e mães como se isso fosse apenas mais uma brincadeira”.Aquilo a que o repórter se refere, já implicando um juízo de valor, como “drama dos jovens”, é a assim chamada gravidez na adolescência, foco de preconceitos sobre os quais con- versamos na unidade 2 deste módulo. A mensagem do programa, anunciada desde o seu início e reiterada na sua conclusão, é a de que a função da educa- ção é prevenir não apenas a gravidez, mas também as DSTs e a Aids.1 Trata-se apenas disso? Estariam educadoras e educadores atuando eticamente e cum- prindo sua obrigação constitucional se transmitissem mensagens meramente restritivas e disciplinadoras da sexualidade? Que outros valores é necessário recuperar? Que parâmetros é preciso estabelecer para a educação sexual res- peitar a integridade de cada indivíduo e de cada comunidade? Como valorizar as diferenças, em vez de vê-las como fonte de risco? 1. GLOBO REPORTER. Editora-chefe: S. Sayão. Chefe de redação: C. Piasentini e M. Cunha. Chefe de produção: V. V. de Castro. Rio de Janeiro: Central Globo de Produções, 19 março 2004. Programa de televisão (60 min.), som., color. Espaços formais de Educação Sexual na escola
  • 2. . 180 Podemos dizer que a responsabilização da escola por estas questões é um fenômeno relativa- mente recente no Brasil. Pense como o assunto era tratado na sua escola quando você era es- tudante. É necessário refletir e debater se realmente estamos formando jovens para exercerem sua sexualidade em liberdade. Quais princípios atualmente orientam a inserção da educação sexual nas escolas? Há relatos de algumas professoras que, por trabalharem com educação sexual, recebiam ape- lidos de colegas como “professora pornô” ou “professora de sacanagem”. Para uma delas, foi somente após ter recebido um prêmio da UNESCO e depois do aparecimento do tema nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que colegas passaram a reconhecer a importância de seu trabalho. Podemos dizer que até a década de 90 não havia um consenso em torno da questão, sendo as experiências isoladas e não resultantes de diretrizes educacionais mais am- plas. Por muito tempo, um dos grandes problemas para a implementação da educação sexual nas escolas era o fato de este ser considerado um assunto privado, de responsabilidade das famílias. A ele podemos adicionar interferências religiosas no campo educacional, com um discurso contrário à utilização de métodos anticoncepcionais.2 A publicação dos PCNs em 1996 foi um marco importante na consolidação da educação sexu- al como uma questão escolar.3 Porém, isto não significa que alguma forma de educação sexual seja desenvolvida, de fato, em todas as escolas, nem que haja um consenso acerca do que quer dizer fazer educação sexual, ainda menos que esta traduza, antes de tudo, educar para a cida- dania. Os PCNs apresentam a educação sexual como um tema transversal, nomeado como “orientação sexual”, a ser trabalhado nas escolas brasileiras. De acordo com essa proposta, os temas transversais tematizam problemas que, no âmbito das políticas públicas, são considera- dos fundamentais e urgentes para a vida social, sendo o tema “orientação sexual” justificado pelo crescimento de casos de gravidez entre adolescentes e em função do risco da contamina- ção pelo HIV. Em sua opinião, de que modos a urgência por prevenir doenças e resultados não desejados de relações sexuais marca o tipo de educação sexual realizada nas escolas? Como temos refletido desde a abertura deste Curso, existe um “currículo sexual oculto” na formação escolar que ensina a normalização das expressões de gênero, o modelo do casal heterossexual reprodutor, a família nuclear, a hierarquização dos gêneros, a exclusão de orien- tações sexuais diferentes etc. Ao oficializarmos a educação sexual, queremos continuar ensi- nando as mesmas coisas? A proposta dos PCNs prevê que a educação sexual seja trabalhada por todas as disciplinas, isto é, nas diferentes áreas do currículo. Em outras palavras, a sexualidade deveria ser trabalhada 2. ROSEMBERG, Fúlvia.“A educação sexual na escola”. Cadernos de Pesquisa., n 53, p. 11-19, maio 1985. 3. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MECSEF, 1998.
  • 3. . 181 por todas e todos os educadores e educadora a partir de uma perspectiva histórica, científica, artística etc. Pense na sua escola! Quais educadoras e educadores desenvolvem algum trabalho sobre temas como orientação sexual, sexualidade, gravidez, Aids, entre outros? Que tipos de atividades elas/eles desenvolvem? Como isso é visto pela equipe escolar (educadoras/es, dire- ção, coordenação pedagógica, equipe operacional)? Alguém trabalha com essas temáticas na perspectiva de gênero ou de direitos? Como? Na prática, o que se tem observado, é que a proposta de transversalização da educação sexual não é nada fácil. Por motivos diversos, os/as docentes acabam por não conseguir realizar um trabalho integrado e transdisciplinar. Apesar de existirem exceções, quando a“educação sexu- al” ocorre, geralmente é desenvolvida na área de Ciências, priorizando o enfoque biologicista. A inserção no livro de ciências, não raramente, ocorre na sétima série do Ensino Fundamental (ou quarto ciclo), no capítulo sobre corpo humano e reprodução. Esta escolha – falar do tema exclusivamente no livro de ciências, no âmbito desta disciplina e por docentes de ciências, imprime marcas no modo como esse trabalho é realizado. Que marcas são estas? A sexualidade passa a ser pensada exclusivamente de uma perspectiva biológica, sem levar em conta sua dimensão cultural e histórica. Outra questão diz respeito ao fato de que a re- produção torna-se o eixo central do trabalho. O corpo humano – sempre de pessoas brancas, tornando invisível a diversidade do país – é concebido como um organismo e estudado tendo como foco principal a função reprodutiva. Este corpo deixa de ser pensado como produto da cultura, como local de desejos, fonte de prazer etc. Ao invés disso, as/os alunos estudam o “aparelho reprodutor” isoladamente: pênis, vagina, útero, ovários, testículos etc. Você se lem- bra da distinção feita na unidade 1 deste módulo entre organismo e corpo? Reflita sobre como a educação sexual poderia ser trabalhada a partir do corpo e não do organismo. Tendo em vista o que refletimos até aqui, parece haver um paradoxo no trabalho realizado pela escola, à medida que a educação sexual prioriza o tema da reprodução – e também como evitá-la – em detrimento da educação voltada para o prazer, a liberdade e a valorização das diferenças sexuais. Dá-se ênfase à reprodução, naturalizando a heterossexualidade e invisibili- zando as diversas formas de configuração dos desejos e da sexualidade. Deste modo, a fim de adotar uma perspectiva de sexualidade mais ampla, não restrita à sua di- mensão biológica e à heterossexualidade, parece ser fundamental que não apenas educadoras e educadores de ciências e biologia se envolvam com este tema. Dito de outra forma: não se deve utilizar somente saberes deste campo quando o foco da aula é a sexualidade, dado o seu caráter social. A esse respeito, cabe retomar algo destacado na unidade anterior quanto à pos- tura das/os educadoras/es ao trabalharem com o tema: interesse, motivação, disponibilidade, escuta, respeito e interação com as/os estudantes devem prevalecer em relação à sua formação
  • 4. . 182 inicial. Que mudanças você faria no modo com que a educação sexual é abordada na sua esco- la? Quais aprendizagens sobre o tema você identifica como necessárias à sua formação? Voltemos à pergunta que abriu o programa de reportagem citado no início deste texto: “Até que ponto a educação sexual faz falta?”. É importante que crianças, adolescentes e jovens te- nham educação sexual nas escolas? O que aprendem fora da escola já não seria suficiente? Va- mos refletir sobre estas questões pensando a escola em relação a outros locais onde se aprende sobre sexualidade. Glossário Aids: Sigla para a expressão em inglês Acquired Immune Deficiency Syndrome, que significa síndrome da imunodeficiência adquirida (ou Sida, na sigla em português). Corpo: Conceito que incorpora, além das potencialidades biológicas, todas as dimensões psicológicas, sociais e culturais do aprendizado através das quais as pessoas desenvolvem a percepção da própria vivência. DSTs: Sigla que significa doenças sexualmente transmissíveis. Educação Sexual: Abordagem das manifestações relativas à sexualidade na formação de crianças e adolescentes por meio da educação formal. O foco, o conteúdo e o modo de introdução dessas problemáticas são questões debatidas de forma intensa desde a década de 1970. Tradicio- nalmente, tem se privilegiado uma abordagem biologicista e, particularmente em resposta à epidemia da Aids e à preocupação com a chamada “gravidez precoce”, o foco está na prevenção. Na atualidade, os conteúdos referidos à Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais consideram a sexualidade nas suas dimensões biológica, psíquica e sociocultural. Organismo: Infra-estrutura biológica que dá sustento às capacidades materiais da vida. Tema transversal: Modo de organização do trabalho didático no qual determinadas questões (no caso dos Parâmetros Curriculares Nacionais brasileiros, aquelas relativas à Ética, à Pluralidade Cultural, ao Meio Ambiente, à Saúde, ao Trabalho e ao Consumo, e à Orientação Sexual) são incorporadas às áreas convencionais do ensino de modo a estarem presentes em todas elas. Não se trata de trabalhá-las paralelamente, mas de trazer para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas.